terça-feira, 24 de janeiro de 2017

O FRUTO DO ESPIRITO E AS BEM AVENTURANÇAS



Significado de 1 Coríntios 13 
1 Coríntios 13
13.1-13 — O capítulo do amor está dividido em três seções: (1) a futilidade dos dons sem o fruto do Espírito, o amor; (2) a natureza do amor e (3) o caráter eterno do amor em contraste com a temporalidade dos dons.

13.1 — Línguas dos homens e dos anjos. O dom miraculoso de falar em línguas (glossolalia) incluía línguas humanas, óbvias segundo as palavras aqui (línguas dos homens) e também em outras passagens (At 2.4,6,8,11; 10.46). Contudo, as línguas na igreja de Corinto eram línguas angelicais ou provenientes de Deus, incompreensíveis pelos homens? Quem falava em línguas poderia ter pensado assim, mas Paulo talvez tenha usado uma hipérbole: “Ainda que eu falasse em alguma língua celestial”. De qualquer modo, sem amor, esse dom não teria valor.

O metal que soa ou [...] o sino que tine eram instrumentos normalmente usados na adoração pagã. O exercício dos dons da graça, sem o amor cristão, seria pouco diferente das atividades de várias religiões pagãs ou religiões de mistério.

13.2 — O dom de profecia [...] todos os mistérios e toda a ciência [...] toda a fé. Os três aparecem na lista do capítulo 12. Usados sem amor, esses dons não têm valor.

13.3 — Distribuísse toda a minha fortuna. As pessoas podem fazer obras de caridade sem a motivação correta (1 Co 4-5). O meu corpo para ser queimado. Com esta imagem, Paulo usou uma hipérbole para mostrar que os dons não têm valor sem amor. Os dons são madeira, feno, palha (1 Co 3.12-15) perante o tribunal de Cristo.

13.4-7 — Agora, Paulo deixa de lado a superioridade do fruto do Espírito, a caridade (ou o amor, na ara) , e avança para características importantes dele. A caridade é sofredora, ou tolera pessoas de quem é fácil desistir. E benigna, ou seja, trata bem as pessoas que nos trataram mal. A caridade não é invejosa (do grego zeloo), não trata com leviandade, nem se ensoberbece. Promover-se a si mesmo foi uma praga que contaminou Corinto e que nos desafia hoje.

Portar-se com indecência significa agir de um modo injusto ou impróprio, como discutiu Paulo em 1 Coríntios 7.36. Busca (do grego zeteo) os seus interesses. Uma pessoa que ama se dispõe a pôr de lado seus próprios planos ou direitos pelo bem do outro. Não se irrita se refere a não se exasperar nem ser excessivamente melindroso com os outros; quer dizer não irar-se facilmente.

Não suspeita mal. Quando amamos uma pessoa, não imaginamos de imediato nada de mal da parte dela. Além disso, se entendermos suspeitar (logizomai), ou pensar, como um termo que sugere prestar contas, o texto significa que não fazemos um registro nem um relatório das maldades que nos são feitas.

Não folga com a injustiça [...] folga com a verdade. O amor não tem prazer no mal, de forma alguma. Quem ama não se alegra diante da queda de um irmão ou de uma irmã. Pelo contrário, o amor tem prazer em tudo o que expresse o evangelho, tanto em palavras, como em obras.

Tudo sofre [...] crê [...] espera [...] suporta. O significado literal da palavra usada para suporta é apoia. O amor é o fundamento de todos os atos que agradam a Deus. O amor crê que todas as coisas nesse amor nunca desistem e nunca perdem a esperança. O amor suporta qualquer dificuldade ou rejeição, revelando sua força superior. Diante da confrontação, o amor simplesmente persiste. Amar é o grande mandamento (compare com Jo 13.34,35) e nenhuma outra força promove mais justiça.

13.8-10 — Esta terceira seção do capítulo 13 passa da natureza do amor para seu caráter permanente.

A caridade nunca falha. A consistente afirmação contrasta com os dons da graça, que, na melhor das hipóteses, são transitórios. Um dia, todos os dons não serão mais necessários, mas o amor continuará para sempre. Profecias, línguas, ciência. Paulo concentra-se em três dos 16 dons para mostrar que todos eles são temporários.

Profecias, serão aniquiladas. A palavra traduzida por aniquiladas (katageo) está na voz passiva. A tradução literal é as profecias serão interrompidas. Línguas, cessarão [...] ciência, desaparecerá [será suspensa]. Profecia e ciência (que estão entre os 12 dons do Corpo para edificação) existem em parte (do grego ek merous). Eles, com todos os dons do capítulo 12, servem ao Corpo de Cristo, mas somente por hora.

Conhecemos em parte, profetizamos em parte. Esses dons considerados em parte (ek merous) continuarão até quando vier o que é perfeito (do grego teleios, completo) (v. 10). A perfeição em vista aqui tem sido interpretada de maneiras muito diferentes: (1) o fim da era apostólica, na qual as doutrinas centrais da Igreja foram reveladas e ensinadas; (2) o fim do cânone das Escrituras, que assegurou a fonte inspirada e fidedigna de toda a doutrina cristã verdadeira, e (3) a segunda vinda de Cristo, momento no qual o papel e o relacionamento de todos os cristãos e a Igreja serão transformados, e o que é parcial não mais será necessário. Este tempo do fim (seja qual for a visão aceita) supera e substitui todos os dons considerados em parte. Ao contrário deles, o amor dura para sempre.

13.11,12 — Menino foi usado cinco vezes no versículo 11. Paulo utilizou a passagem da infância à fase adulta como uma ilustração para explicar seus comentários nos versículos 8-10 sobre os passos em direção ao fim. E normal e esperado que uma criança aja e pense como tal. Mas, quando uma pessoa se torna adulta, ela precisa abandonar as ações e os brinquedos da infância.

Agora (usado duas vezes), vemos por espelho em enigma. É provável que o espelho seja a revelação de Deus, que, embora incompleta, está acompanhada por estes três dons. Mas, então (usado duas vezes em harmonia com agora) refere-se ao perfeito, quando conheceremos como somos conhecidos. Portanto, não haverá mais necessidade dos dons no Corpo.

13.13 — A maior [...] é a caridade. A fé, a esperança e a caridade são virtudes cristãs permanentes, mas a caridade, claramente, vem antes das outras duas. A fé é o fundamento (Hb 11.6), e a caridade é a pedra principal. A doutrina é o fundamento (1 Co 3.10; Jd 3), e a experiência é a expressão prática que atrai (Jo 13.35).



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Fruto do Espírito – Crescimento Visível em Jesus Cristo
O "Fruto do Espírito" é um termo bíblico que engloba nove atributos visíveis de uma vida cristã verdadeira, os quais estão enumerados em Gálatas 5:22-23: amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão e temperança. As Escrituras nos ensinam que não são “frutos” individuais que podemos escolher. Antes, o fruto do Espírito é um só “fruto” com nove partes que caracteriza todos aqueles que verdadeiramente andam no Espírito Santo. Este é o fruto que cada cristão deveria produzir na sua nova vida com Jesus Cristo.
Fruto do Espírito – Os Nove Atributos Bíblicos
O fruto do Espírito é uma manifestação física da vida transformada de um cristão. Para amadurecermos como crentes, devemos estudar e compreender os atributos do fruto de nove partes:
Amor – “E nós conhecemos, e cremos no amor que Deus nos tem. Deus é amor; e quem permanece em amor, permanece em Deus, e Deus nele” (1 João 4:16). Com Jesus Cristo, o nosso principal propósito deve ser fazer tudo com amor. “O amor é paciente, o amor é bondoso; o amor não é invejoso, não trata com leviandade, não se ensoberbece; não se porta com indecência; não busca os seus interesses, não se irrita, não suspeita mal. O amor não se deleita com a injustiça, mas folga com a verdade; tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. O amor nunca falha” (1 Coríntios 13:4-8).
Alegria – “A alegria do Senhor é a vossa força” (Neemias 8:10). “Olhando para Jesus, autor e consumador da fé, o qual, pelo gozo que lhe estava proposto, suportou a cruz, desprezando a afronta, e assentou-se à dextra do trono de Deus” (Hebreus 12:2).
Paz – “Sendo, pois, justificados pela fé, temos paz com Deus, por nosso Senhor Jesus Cristo” (Romanos 5:1). “Ora o Deus de esperança vos encha de todo o gozo e paz, em crença, para que abundeis em esperança, pela virtude do Espírito Santo” (Romanos 15:13).
Longanimidade (paciência) – Somos “corroborados em toda a fortaleza, segundo a força da sua glória, em toda a paciência e longanimidade, com gozo” (Colossenses 1:11). “Com toda a humildade e mansidão, com longanimidade, suportando-vos uns aos outros, em amor” (Efésios 4:2).
Benignidade (simpatia) – Devemos viver “na pureza, na ciência, na longanimidade, na benignidade, no Espírito Santo, no amor não fingido, na palavra da verdade, no poder de Deus, pelas armas da justiça, à direita e à esquerda” (2 Coríntios 6:6-7).
Bondade – “Pelo que, também, rogamos sempre por vós, para que o nosso Deus vos faça dignos da sua vocação, e cumpra todo o desejo da sua bondade, e a obra da fé, com poder” (2 Tessalonicenses 1:11). “(Porque o fruto do Espírito está em toda a bondade, e justiça e verdade)” (Efésios 5:9).
(fidelidade) – “Ó Senhor, tu és o meu Deus; exaltar-te-ei a ti, e louvarei o teu nome, porque fizeste maravilhas: os teus conselhos antigos são verdade e firmeza” (Isaías 25:1). “Para que, segundo as riquezas da sua glória, vos conceda que sejais corroborados, com poder, pelo seu Espírito, no homem interior; para que Cristo habite pela fé nos vossos corações” (Efésios 3:16-17).

Mansidão – “Irmãos, se algum homem chegar a ser surpreendido nalguma ofensa, vós, que sois espirituais, encaminhai o tal com espírito de mansidão; olhando por ti mesmo, para que não sejas, também, tentado” (Gálatas 6:1). “Com toda a humildade e mansidão, com longanimidade, suportando-vos uns aos outros, em amor” (Efésios 4:2).
Temperança (auto-controle) – “Vós, também, pondo nisto mesmo toda a diligência, acrescentai à vossa fé a virtude, e à virtude, a ciência, e à ciência, temperança, e à temperança, paciência, e à paciência, piedade, e à piedade, amor fraternal, e ao amor fraternal, amor” (2 Pedro 1:5-7).
Fruto do Espírito – Um Devocional Para Todos Os Cristãos
O fruto do Espírito é um estudo maravilhoso para os cristãos em qualquer nível de maturidade espiritual. Esperamos que este sítio da internet tenha fornecido um devocional que instigue a reflexão e que seja um ponto de partida para o crescimento.


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Andando no Espírito (Gálatas 5:22-23)
Muitas passagens do Novo Testamento ensinam que os seguidores de Cristo precisam remover o mal de suas vidas. Temos que crucificar a carne ". . . com as suas paixões e concupiscências" (Gálatas 5:24). Algumas vezes, as pessoas não entendem tais instruções e pensam que a vida de um cristão é vazia, despojada de todo o prazer. Mas Deus não tem intenção de deixar um vazio, de tornar nossas vidas vácuos sem significado. Quando ele nos diz que precisamos remover o pecado, ele também nos mostra outras coisas ­ que são muito melhores ­ para encher nossas vidas e fazê-las mais ricas. Por exemplo, quando Paulo disse a Timóteo: “Foge, outrossim, das paixões da mocidade”, ele imediatamente acrescentou esta instrução positiva para encher o vazio: "Segue a justiça, a fé, o amor e a paz com os que, de coração puro, invocam o Senhor" (2 Timóteo 2:22). Ele tinha que remover o mal, mas imediatamente lhe foi dito que pusesse o bem no seu lugar.
Gálatas 5 torna esta distinção muito clara. Precisamos crucificar a carne, removendo suas obras de nossas vidas (versículos 19-21). Mas Paulo não parou aí. Ele continua essa lista de obras proibidas com uma descrição do "fruto do Espírito" (versículos 22-23). Aqueles que vivem no Espírito devem andar no Espírito. Devemos desenvolver cada uma destas qualidades como uma parte de nossa personalidade. O fruto do Espírito tem que ser produzido na vida de cada seguidor de Cristo. Consideremos as nove características do fruto do Espírito, para ajudar-nos a desenvolver estas atitudes quando procuramos viver e andar no Espírito.
O Fruto do Espírito (Gálatas 5:22-23)
Amor (22) é o amor puro, desprendido, sacrificial, que Deus mostra para conosco. A única maneira de aprendermos este amor é olhando para seu exemplo. Em 1 João 4:7-12, lemos: "Amados, amemo-nos uns aos outros, porque o amor procede de Deus; e todo aquele que ama é nascido de Deus e conhece a Deus. Aquele que não ama não conhece a Deus, pois Deus é amor. Nisto se manifestou o amor de Deus em nós; em haver Deus enviado o seu Filho unigênito ao mundo, para vivermos por meio dele. Nisto consiste of amor: não em que nós tenhamos amado a Deus, mas em que ele nos amou e enviou o seu Filho como propiciação pelos nossos pecados. Amados, se Deus de tal maneira nos amou, devemos nós também amar uns aos outros. Ninguém jamais viu a Deus; se amarmos uns aos outros, Deus permanece em nós, e o seu amor é, em nós, aperfeiçoado."
Sabemos, pelo exemplo de Deus, como amar. Este amor sempre procura o melhor para aqueles que são amados. Deus procurou o melhor para nós quando deu seu Filho. O esposo que ama sua esposa procura cuidar dela e protegê-la, até ao ponto de sacrificar sua vida para salvá-la (Efésios 5:25). O discípulo que ama Cristo obedece a tudo que o Senhor ordenou (João 14:15). Mas o imitador de Deus que ama seus inimigos não procura destruí-los, mas ajudá-los e salvá-los (Mateus 5:43-48). Não há maior desafio nas escrituras do que amar como Deus ama. Em contraste com as paixões da carne, vazias e passageiras, este amor é eterno (1 Coríntios 13:13).
Alegria (22) descreve o privilégio de regozijar em Cristo, apreciando as maravilhosas bênçãos de nossa relação com ele. Esta alegria não é dependente de nossas circunstâncias físicas. Dinheiro não compra esta alegria. Um dos livros do Novo Testamento que fala mais claramente sobre alegria foi escrito por um homem que sofreu muito. Enquanto ele estava na prisão, onde às vezes lhe faltava o essencial, Paulo escreveu a seus irmãos em Filipos: "alegrai-vos sempre no Senhor; outra vez digo: alegrai-vos" (Filipenses 4:4; veja também 3:1; 1 Tessalonicenses 5:16). Muitas pessoas pensam que tal felicidade depende das circunstâncias. Até mesmo muitas igrejas falam tanto de saúde física e bênçãos materiais que dão a impressão de que essas coisas são necessárias à felicidade. A prosperidade física é nada mais do que um substituto barato e temporário para a alegria real que encontramos em Cristo. Os verdadeiros cristãos não consideram cada provação e dificuldade como um sinal de infidelidade ao Senhor, mas percebem que tais provações são ocasiões para alegria e oportunidades para crescimento espiritual (Tiago 1:2-4). Nossa alegria vem de Cristo, que é totalmente suficiente, não da temporária prosperidade material.
Paz (22) é a sensação de bem-estar e tranqüilidade que resulta de nossa amizade com Deus. Numa de suas horas mais difíceis, Jesus falou com seus apóstolos a respeito de sua partida. Ele tinha que ir embora, para completar sua missão. Mas o próprio pensamento desta partida afligia profundamente os apóstolos. Nesse contexto, ele lhes deu esta segurança: "Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; não vo-la dou como a dá o mundo. Não se turbe o vosso coração, nem se atemorize" (João 14:27). Jesus não está fisicamente presente neste mundo, mas nos deixou sua paz!
Longanimidade (22) é a capacidade de pensar antes de agir. Deste modo, demonstramos paciência e perseverança. Por causa da sua longanimidade, Deus tem dado tempo suficiente ao homem para se arrepender de seus pecados (2 Pedro 3:9,15). Ele não quer condenar ninguém, então procura a reconciliação com cada pecador. Paulo nos diz que a mesma atitude deveria governar nossas relações com nossos irmãos (Efésios 4:2). Em vez de escapar com raiva ou agir despeitadamente para ferir aquele que nos feriu, deveríamos pacientemente mostrar nosso amor e procurar reconciliar com essa pessoa. Tal atitude melhorará nossas relações em todos os aspectos. Você pode imaginar como poderiam as igrejas e famílias serem mais fortes e mais felizes se cada membro praticasse a longanimidade verdadeiramente?
Benignidade (22) é a bondade de Deus, que é melhor ilustrada por suas ações para nos salvar quando estávamos profundamente enterrados no pecado. Paulo mostra este ponto em Tito 3:3-7. Deus nos viu em pecado, como escravos de todo tipo de desejo ruim e totalmente incapazes de nos salvarmos. Por causa de sua benignidade e amor, ele nos abençoou ricamente através de seu Filho e do Espírito Santo e resgatou-nos do pecado. Agora, em vez de sermos escravos, somos herdeiros, com uma esperança de vida eterna! É assim que Deus mostra benignidade. Temos que imitar tal bondade, mesmo para com nossos inimigos!
Bondade (22) é semelhante a benignidade. Esta palavra ressalta a generosidade em dar mais do que alguém merece. É a palavra que Jesus usou para descrever o homem que pagou ao seu empregado mais do que seu trabalho realmente valia (Mateus 20:15). Os cristãos não devem ser pessoas avarentas, tão preocupadas com o que é "certo" que perdem a capacidade de ser generosas e dar mais do que uma pessoa realmente merece. Deus é generoso para conosco. Podemos ser generosos para com outros.
Fidelidade (22) é a lealdade que mantém sua palavra, cumpre suas promessas e não trai os outros. Empregados devem mostrar esta qualidade em seu trabalho (Tito 2:10). Aqueles que ensinam o evangelho têm que mostrar fidelidade em seu uso da palavra, percebendo que serão julgados por Deus (2 Timóteo 2:2: 1 Coríntios 4:1-4).
Mansidão (23) é algumas vezes confundida com fraqueza e timidez, mas esta qualidade nunca é fraca. Mansidão, ou brandura, é a força sendo dominada. Moisés e Jesus eram mansos, mas mostravam força para enfrentar as autoridades poderosas de seu tempo e condenar claramente seus pecados. O cristão tem que mostrar sua sabedoria com mansidão (Tiago 3:13). Esta é a atitude da submissão humilde, dominada, com a qual temos que estudar a Bíblia (Tiago 1:21). É a atitude que os seguidores de Cristo têm que mostrar quando resgatam um irmão que recaiu no pecado (Gálatas 6:1; 2 Timóteo 2:25).
Domínio próprio (23) é a capacidade de governar nossos próprios desejos. Diferente da pessoa que anda na carne, como um escravo de paixões pecaminosas, o servo do Senhor deve mostrar o domínio próprio (2 Pedro 1:6). Esta característica nos capacita a negar nossos desejos carnais. A pessoa que aprende a se dominar é capaz de vencer os vícios e maus hábitos que governam as vidas de muitas pessoas que continuam a andar na carne.
Andando no Espírito
As obras da carne (Gálatas 5:19-21) são todas contra a vontade de Cristo, o fruto do espírito é inteiramente lícito:"Contra estas cousas não ha lei" (23). Paulo encerra esta parte relembrando-nos que aqueles que pertencem a Cristo crucificaram as paixões da carne. Seus servos vivem e andam no Espírito, demonstrando as qualidades reveladas nas Escrituras como características piedosas de verdadeiros cristãos. Procuremos todos entender estas qualidades para que possamos viver e andar com Jesus, agora e eternamente!

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As Bem-aventuranças
Todo o Evangelho é um convite para viver das virtudes e dos dons do Espírito Santo. Cada passo da vida de Jesus, cada palavra saída de sua boca nos leva a buscar a Deus com mais amor, a vencer as tentações, a agir bem.
Essa vida de virtudes e de dons é o começo da vida eterna, do Paraíso, já presentes na alma em estado de graça. A Vida Eterna também é chamada de Beatitude, que significa felicidade. Os que vivem no céu são os beatos, ou bem-aventurados. Por isso, Nosso Senhor, no sermão da montanha, que lemos no cap. V de São Mateus, chama de bem-aventurados, ou seja, felizes, aqueles que viverem as bem-aventuranças que ele descreve, pois elas são atos que podemos fazer, atos de grande perfeição, que já nos faz participar da felicidade do céu. Eis como nos ensina Nosso Senhor no Evangelho citado.

«Bem-aventurados os pobres de espírito porque deles é o Reino dos Céus.
Bem-aventurados os mansos porque possuirão a terra.
Bem-aventurados os que choram porque serão consolados.
Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça porque serão saciados.
Bem-aventurados os misericordiosos porque alcançarão misericórdia.
Bem-aventurados os puros de coração porque verão a Deus.
Bem-aventurados os pacíficos porque serão chamados filhos de Deus.»

E Jesus termina resumindo tudo numa só frase: «Bem-aventurados os que sofrem perseguição por amor da justiça, porque deles é o Reino dos Céus»

Vamos analisar um pouco estas sete bem-aventuranças:

As três primeiras descrevem a recompensa da alma que ama corretamente a si mesmo, que se converte para Deus.  Como nos convertemos para Deus?
- vencendo o apego às riquezas e às honras do mundo - são os pobres de espírito
- aprendendo a se controlar, a dominar a raiva, as impaciências - são os mansos
- vencendo a tendência ao conforto, à preguiça, aprendendo a sofrer um pouco no nosso corpo por amor a Deus - são os que choram.

Em seguida vêm duas bemaventuranças que descrevem a recompensa da alma que ama o seu próximo :

- praticando a justiça, ou seja, dando a cada um o que lhe é devido - são os que têm fome e sede de justiça.
- praticando a bondade, dando ao próximo, por amor de Deus, o que pode agradá-lo - são os misericordiosos.

E por fim, as duas últimas bemaventuranças descrevem a recompensa da alma que ama a Deus acima de tudo,  que na vida de oração procura encontrá-Lo, principalmente levada pelos dons do Espírito Santo:

  - os que vivem da virtude e amam agir sempre no bem - são puros de coração.
  - os que esperam receber o prêmio pela ajuda que deram ao próximo - são os pacíficos.

Agora que compreendemos o que significa cada uma das bemaventuranças, fica fácil entender porque Jesus prometeu aos que praticarem as bemaventuranças os prêmios que estão descritos no Evangelho:

- os que se desapegam das riquezas da terra e são pobres de espírito, recebem um tesouro no céu: deles é o Reino dos Céus.
 
- os que conseguiram dominar sua agitação, vivendo pacificamente com todos são os mansos: possuirão a terra.

- os que aceitam sofrer no seu corpo por amor a Deus, os que choram: serão consolados

- os que procuram dar a cada um o que lhe é devido, com fome e sede de justiça: serão saciados.

- os que são generosos para com o próximo, os misericordiosos: alcançarão misericórdia.

- os que vivem sempre com reta intenção em tudo o que fazem,  os puros de coração: verão a Deus.

- os que imitam a Deus procurando a paz entre os homens, os pacíficos: serão chamados filhos de Deus.

As bemaventuranças e os dons do Espírito Santo
Mas esta doutrina tão elevada, que nos é ensinada por São Tomás de Aquino não poderia deixar de ser acompanhada, na alma, pelo vento impetuoso do Divino Espírito Santo, que são os dons, como já estudamos. A cada bemaventurança corresponde um dom.

Para compreendermos bem esta correspondência, vamos retomar aquela divisão das bemaventuranças que vimos acima:

As três primeiras correspondem à conversão da alma à Deus, o que é realizado pelo Espírito Santo mediante os três primeiros dons:

- os pobres de espírito são os que souberam se posicionar corretamente diante das riquezas do mundo. Este posicionamento da alma corresponde ao dom do temor de Deus
 
- os mansos são os que aprenderam a fugir da agitação do mundo, das brigas, raivas etc. Encontram-se em Deus pelo dom da piedade
 
- os que choram são os que aprenderam as causas do sofrimento, porque devemos sofrer em união a Jesus Cristo, na Cruz. Este conhecimento nos é dado pelo dom da Ciência.

As duas seguintes, como vimos antes, indicam a alma que ama ao próximo:
- os que têm fome e sede de justiça precisam lutar constantemente para que cada um receba o que lhe é devido. Precisam então do dom da Força
- os misericordiosos, que procuram em tudo ajudar aos necessitados, serão conduzidos pelo dom do Conselho.

Enfim, as duas últimas são as que mostram a alma que aprendeu a amar a Deus com perfeição

- os puros de coração, sempre agindo por amor de Deus, pelas virtudes infusas, verão a Deus, ou seja, receberão o dom da Inteligência
 
- os pacíficos, os que alcançaram a paz divina, viverão desta paz pelo dom da Sabedoria.

Os frutos do Espírito Santo
Diante desta maravilhosa doutrina a alma chega aos patamares da vida divina, ainda aqui nesta terra. E neste estado em que ela se encontra, reina no coração uma autêntica paz, manifestada por atos de virtudes infusas que são chamados os frutos do Espírito Santo. Eles são enumerados por São Paulo no cap V da Epístola aos Gálatas:

1- Caridade - ordena a alma no seu ato de amor

2- Alegria - conseqüência normal do amor verdadeiro

3- Paz - fruto da perfeita alegria, tanto interior quanto exterior

4- Paciência - o equilíbrio da alma que não se perturba com o mal.

5- Bondade - boa vontade para com o próximo

6- Benevolência - agir procurando sempre o bem do próximo

7- Longanimidade -  perseverança na vida da virtude

8- Mansidão - suporta o mal sem se alterar.

9- Fidelidade - não usa de fraude ou enganos.

10- Modéstia - bons modos nas coisas exteriores

11- Continência - a alma aprende a renunciar aos prazeres do corpo lícitos.

12- Castidade -  a alma conserva seu corpo e seu coração puros, fugindo dos prazeres ilícitos.

Esses frutos do Espírito Santo fazem a alma fugir dos frutos da carne, que São Paulo também enumera, que são diversos pecados ou vícios que levam a alma para o mal. Ao contrário, os frutos do Espírito Santo orientam a alma já avançada no amor de Deus em direção à vida eterna, Deus visto como fim último a ser alcançado, Luz Eterna que encherá nossas almas para sempre da Felicidade.

AS BEM-AVENTURANÇAS E OS FRUTOS DO ESPÍRITO SANTO
Todo o Evangelho é um convite para viver das virtudes e dos dons do Espírito Santo. Cada passo da vida de Jesus, cada palavra saída de sua boca nos leva a buscar a Deus com mais amor, a vencer as tentações, a agir bem.
Essa vida de virtudes e de dons é o começo da vida eterna, do Paraíso, já presentes na alma em estado de graça. A Vida Eterna também é chamada de Beatitude, que significa felicidade. Os que vivem no céu são os beatos, ou bem-aventurados. Por isso, Nosso Senhor, no sermão da montanha, que lemos no cap. V de São Mateus, chama de bem-aventurados, ou seja, felizes, aqueles que viverem as bem-aventuranças que ele descreve, pois elas são atos que podemos fazer, atos de grande perfeição, que já nos faz participar da felicidade do céu. Eis como nos ensina Nosso Senhor no Evangelho citado.

«Bem-aventurados os pobres de espírito porque deles é o Reino dos Céus.
Bem-aventurados os mansos porque possuirão a terra.
Bem-aventurados os que choram porque serão consolados.
Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça porque serão saciados.
Bem-aventurados os misericordiosos porque alcançarão misericórdia.
Bem-aventurados os puros de coração porque verão a Deus.
Bem-aventurados os pacíficos porque serão chamados filhos de Deus.»

E Jesus termina resumindo tudo numa só frase: «Bem-aventurados os que sofrem perseguição por amor da justiça, porque deles é o Reino dos Céus»

Vamos analisar um pouco estas sete bem-aventuranças:
As três primeiras descrevem a recompensa da alma que ama corretamente a si mesmo, que se converte para Deus. Como nos convertemos para Deus?
– vencendo o apego às riquezas e às honras do mundo – são os pobres de espírito
– aprendendo a se controlar, a dominar a raiva, as impaciências – são os mansos;
vencendo a tendência ao conforto, à preguiça, aprendendo a sofrer um pouco no nosso corpo por amor a Deus – são os que choram.

Em seguida vêm duas bem-aventuranças que descrevem a recompensa da alma que ama o seu próximo:
praticando a justiça, ou seja, dando a cada um o que lhe é devido – são os que têm fome e sede de justiça.
– praticando a bondade, dando ao próximo, por amor de Deus, o que pode agradá-lo – são os misericordiosos.
E por fim, as duas últimas bem-aventuranças descrevem a recompensa da alma que ama a Deus acima de tudo, que na vida de oração procura encontrá-Lo, principalmente levada pelos dons do Espírito Santo:
         – os que vivem da virtude e amam agir sempre no bem – são puros de coração.
         – os que esperam receber o prêmio pela ajuda que deram ao próximo – são os pacíficos.

Agora que compreendemos o que significa cada uma das bem-aventuranças, fica fácil entender porque Jesus prometeu aos que praticarem as bem-aventuranças os prêmios que estão descritos no Evangelho:
– os que se desapegam das riquezas da terra e são pobres de espírito, recebem um tesouro no céu: deles é o Reino dos Céus.
– os que conseguiram dominar sua agitação, vivendo pacificamente com todos são os mansos: possuirão a terra.
– os que aceitam sofrer no seu corpo por amor a Deus, os que choram: serão consolados;
– os que procuram dar a cada um o que lhe é devido, com fome e sede de justiça: serão saciados.
– os que são generosos para com o próximo, os misericordiosos: alcançarão misericórdia.
<- os que vivem sempre com reta intenção em tudo o que fazem, os puros de coração: verão a Deus.
– os que imitam a Deus procurando a paz entre os homens, os pacíficos: serão chamados filhos de Deus.

As bem-aventuranças e os dons do Espírito Santo
Mas esta doutrina tão elevada, que nos é ensinada por São Tomás de Aquino não poderia deixar de ser acompanhada, na alma, pelo vento impetuoso do Divino Espírito Santo, que são os dons, como já estudamos. A cada bem-aventurança corresponde um dom.
Para compreendermos bem esta correspondência, vamos retomar aquela divisão das bem-aventuranças que vimos acima:
As três primeiras correspondem à conversão da alma a Deus, o que é realizado pelo Espírito Santo mediante os três primeiros dons:
os pobres de espírito são os que souberam se posicionar corretamente diante das riquezas do mundo. Este posicionamento da alma corresponde ao dom do temor de Deus
os mansos são os que aprenderam a fugir da agitação do mundo, das brigas, raivas etc. Encontram-se em Deus pelo dom da piedade
os que choram são os que aprenderam as causas do sofrimento, porque devemos sofrer em união a Jesus Cristo, na Cruz. Este conhecimento nos é dado pelo dom da Ciência.
As duas seguintes, como vimos antes, indicam a alma que ama ao próximo:
os que têm fome e sede de justiça precisam lutar constantemente para que cada um receba o que lhe é devido. Precisam então do dom da Força
os misericordiosos, que procuram em tudo ajudar aos necessitados, serão conduzidos pelo dom do Conselho.
Enfim, as duas últimas são as que mostram a alma que aprendeu a amar a Deus com perfeição:
os puros de coração, sempre agindo por amor de Deus, pelas virtudes infusas, verão a Deus, ou seja, receberão o dom da Inteligência;
os pacíficos, os que alcançaram a paz divina, viverão desta paz pelo dom da Sabedoria.

Os frutos do Espírito Santo
Diante desta maravilhosa doutrina a alma chega aos patamares da vida divina, ainda aqui nesta terra. E neste estado em que ela se encontra, reina no coração uma autêntica paz, manifestada por atos de virtudes infusas que são chamados os frutos do Espírito Santo. Eles são enumerados por São Paulo no cap V da Epístola aos Gálatas:
1- Caridade – ordena a alma no seu ato de amor;
2- Alegria – conseqüência normal do amor verdadeiro;
3- Paz – fruto da perfeita alegria, tanto interior quanto exterior;
4- Paciência – o equilíbrio da alma que não se perturba com o mal;
5- Bondade – boa vontade para com o próximo;
6- Benevolência – agir procurando sempre o bem do próximo;
7- Longanimidade – perseverança na vida da virtude;
8- Mansidão – suporta o mal sem se alterar;
9- Fidelidade – não usa de fraude ou enganos;
10- Modéstia – bons modos nas coisas exteriores;
11- Continência – a alma aprende a renunciar aos prazeres do corpo lícitos;
12- Castidade – a alma conserva seu corpo e seu coração puros, fugindo dos prazeres ilícitos.

Esses frutos do Espírito Santo fazem a alma fugir dos frutos da carne, que São Paulo também enumera, que são diversos pecados ou vícios que levam a alma para o mal. Ao contrário, os frutos do Espírito Santo orientam a alma já avançada no amor de Deus em direção à vida eterna, Deus visto como fim último a ser alcançado, Luz Eterna que encherá nossas almas para sempre da Felicidade.

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Fruto do Espírito: - Um Desafio Diário!

FRUTO DO ESPÍRITO: - UM DESAFIO DIÁRIO!

Sem o fruto do Espírito, passamos a desenvolver um cristianismo teórico, sem vida e seremos condenados pelos outros, como aconteceu a uma igreja inglesa, quando o famoso estadista indiano Mahatma Gandhi adentrou neste templo para assistir a um culto. No fim da reunião transtornado, numa reação que mistura indignação com sabedoria, ele assim exclamou: "O vosso Cristo eu quero, o vosso cristianismo eu não quero".

Com esta frase, podemos analisar o quão importante é o fruto do Espírito como uma verdadeira faceta de santidade pela Palavra.como João Calvino, o homem que durante dez anos tornou Genebra a cidade de Deus na terra, pois verdadeiramente lá se vivia uma teocracia, pois Deus reinava absoluto segundo os ensinamentos da palavra de Deus, pois isto o reformador genebrino assim exclamou:
"- Devemos como servos de Deus nos submeter à escola das santas escrituras e tirar dali, tudo o que for necessário".

Nossa vida fala mais alto que nossas palavras, por isso o ensino deve, novamente, ser a prioridade da igreja, pois a Palavra é a espada do Espírito (Efésios 6.17), e a forma de melhor transmiti-la é com nossa vida.

A melhor forma de ganhar o próximo para Jesus é vivendo uma vida de integridade, e isto só se torna possível mediante o fruto do Espírito Santo que são expressões do caráter de Cristo em nossas vidas.

Quando nossa vida fala mais alto, não apenas nossas palavras, são quando as pessoas vêem algo diferente no nosso falar, no nosso proceder, quando o evangelismo passa a ser também com a vida.

Esta sim é a verdadeira obra do Espírito, pois o Senhor está interessado num povo santo e de boas obras, que busque a santificação, tenha caráter e santidade para que assim possa fazer a diferença diante da pós-modernidade.


Diante de tantas indagações feitas pelo homem moderno à igreja, deve oferecer respostas e estas têm que serem apresentadas com diferença de vida e agir.
Pois, se buscarmos apenas os dons e não o fruto, poderá causar espanto apenas pelas coisas miraculosas que podem ser feitas, mas não pela diferença social e humana que devemos causar na sociedade, impactando o homem moderno com atitudes que apresentem respostas para as principais indagações dos homens nesta era pós-moderna, onde as vãs filosofias dominam e a palavra poder e glória têm tomado conta do pensamento globalizado.
Com esta reflexão, analiso primeiramente a importância do fruto do Espírito tanto no contexto evangélico, como a sua influência sobre a sociedade, em detrimento de uma igreja que busca apenas dons e poder, mas tem sérias deficiências em áreas como maturidade e caráter. Agindo assim, o mundo não observará na igreja uma agência de mudança, mas sim, uma agência de poder.

Na verdade, o poder de Deus é de suma importância para o desenvolvimento da obra, mas tem que vir acompanhado pelo fruto do Espírito, pois do contrário,  nossa membrasia corre o risco de cair no ostracismo, valorizando demais dons, graça e conseqüentemente glória própria e menos caráter, santidade o que, conseqüentemente, apresenta a glória de Deus entre os homens, como o nosso Senhor Jesus nos ensinou, "Aprendei de mim que sou manso e humilde de coração". (Mt 11.29)

DEFINIÇÕES:

FRUTO: Segundo o dicionário, a palavra fruto em sua etimologia significa filho, prole, efeito, resultado, utilidade, rendimento.
Já no sentido bíblico, o fruto está sempre associado com nossas atitudes (Mt 7:17-20), que devem estar sempre de acordo com os ensinos de Cristo (Lc 6.43-49), para que possamos estar sempre como uma vara ligada em Cristo para que possamos dar muitos frutos (Jo 15. 2-5), porque sem Cristo nada podemos fazer (Jo 15.5).

DEFINIÇÃO TEOLÓGICA DO FRUTO DO ESPÍRITO SANTO:

A Missão do Espírito Santo é conduzir o homem a toda a verdade, transmitindo a este as palavras de Cristo, fazendo-os lembrar (Jo 5.39), através da espada do Espírito (Ef 6.17), transmitindo ao homem a capacidade de ser alvo da plenitude do Senhor.
"Para que Cristo habite pela fé nos vossos corações; a fim de, estando arraigados e fundados em amor, poderdes perfeitamente compreender, com todos os santos, qual seja a largura, e o comprimento, e altura, e a profundidade, e conhecer o amor de Cristo, que excede todo entendimento para que sejais cheios de toda a plenitude de Deus" (Ef 3.17-19).
Através do Fruto do Espírito Santo, estas virtudes se manifestam na vida do crente e este é cheio do Espírito Santo (Ef 5.18). Fruto do Espírito constitui-se em expressões do caráter de Cristo em nossas vidas, pois nos torna mais parecidos com o nosso mestre, restaurando o homem à imagem de Cristo (Rm 8.29, Cl 3.10).
O Fruto do Espírito Santo produz santificação, pois ajuda o crente a ser mais submisso ao senhorio do Senhor, através de uma limpeza pela palavra (Jo 15.3), o que conduzirá o homem à santificação (Jo 17.17), apresentando a verdade (Jo 8.32, 36), tornando o salvo um eterno discípulo de nosso Senhor (Jo 8.31), o que irá ajudar o crente a dominar a sua velha natureza (II Co 5.17, Gl 5.16-17).
O que irá culminar em uma santificação de dentro para fora, ou seja, do espírito, alma e corpo, ensinando-nos o que é realmente andar no espírito (Gl 5.16), manifestando assim a verdadeira santidade.
Com isto, não são as obras que fazem o homem ser bom, mas o homem bom faz as boas obras.
Devemos atentar que a palavra fruto encontra-se no singular e não no plural significando que é um fruto subdividido em nove atributos ou virtudes que tem no amor a sua origem, sendo esta a principal virtude as outras são conseqüências ou reflexos (Gl 5.22, I Co 13.1,4-8), e quem não ama não conhece a Deus, pois Deus é amor (I Jo 4.7-8).

VIRTUDES QUE COMPÕE O FRUTO DO ESPÍRITO

AMOR: No original grego, a palavra amor tem vários significados, podendo primeiramente ser definido como amor ágape, Eros ou fileo. Como virtude principal e inicial do fruto do Espírito o amor aqui relatado é a ágape, ou seja, o amor divino.Este amor emana de Deus para o homem, pois o Senhor é a fonte de todo o amor (I Jo 4.8).
Um certo pastor definiu como 'um desejo intenso de agradar a Deus, de fazer o bem à humanidade, à  própria alma é o espírito de toda a verdadeira religião; cumprimento da lei e aquilo que dá energia a fé'.
Nós o amamos porque ele nos amou primeiro, e se somos regenerados pela sua graça e justificados pela fé, recebemos o amor de Deus que excede a todo o entendimento (Ef 3.18), cumprindo com isto os dois principais mandamentos da lei que foram enfatizados nos ensinos de Jesus quando este debatia principalmente com os escribas e fariseus, como no caso debate inicial sobre o cumprimento da lei para herdar a vida eterna, o que culminou com Jesus contando a parábola do Samaritano.
"Amarás ao Senhor, teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todas as tuas forças, e de todo o teu entendimento e ao teu próximo como a ti mesmo" (Lc 10.27).
Agindo segundo este ensinamento, passaremos realmente a ter a plataforma para as outras virtudes do fruto do Espírito e cumpriremos cabalmente, e com total integridade, a religião verdadeira, como ensina-nos Tiago o líder da igreja em Jerusalém e irmão de nosso mestre:
"A religião pura e imaculada para com Deus, o Pai, é esta: visitar os órfãos e as viúvas nas suas tribulações e a si mesmo guardar-se da corrupção do mundo." (Tg 1.27).
Mediante este ensino de Tiago, devemos amar ao próximo, como a nós mesmos, "pois mesmo se eu falasse a língua dos anjos e não tivesse amor, seria como o metal que soa ou como o sino que tine" (I Co 13.1).
Por isso, devemos analisar o décimo terceiro capitulo da primeira epístola de Paulo a igreja de Corinto, analisando que:
"A caridade é sofredora, é benigna; a caridade não é invejosa; a caridade não trata com leviandade, não se ensoberbece, não se porta com indecência, não busca os seus interesses, não se irrita, não suspeita mal; não folga com a injustiça, mas folga com a verdade; tudo sofre; tudo crê; tudo espera; tudo suporta. A caridade nunca falha; mas, havendo profecias, serão aniquiladas; havendo línguas, cessarão, havendo ciência, desaparecerá; porque em parte conhecemos e, em parte profetizamos. Mas quando vier o que é perfeito, então, o que é em parte será aniquilado".(I Co 13.4-10 ARC).
Analisando estes versículos, sintomaticamente concluímos que o caminho para a santificação é a manutenção diária do fruto do Espírito Santo.

GOZO: No original grego é "chara".
Trata-se daquela qualidade de vida que é graciosa, e bondosa, caracterizando-se pela generosidade na dádiva aos outros, o que é resultado de um senso de bem estar e prazer na presença de Deus, o que é derivado de uma intimidade com o Senhor mediante a palavra (Os 6.3).
O que gera regozijo no Espírito Santo. Este gozo envolve todas as áreas de nossas vidas nos tornando mais tranqüilos e sensatos diante das situações, mesmo as mais adversas.
Para entendermos este gozo basta analisamos o Salmo 23.1, quando Davi assim exclama: "O Senhor é o meu pastor, nada me faltará."
Diferente do que muitos pretensos teólogos pensam, este 'nada me faltará' não se encontra ligado a bens materiais, mas a presença de Deus, pois quando realmente meditamos na palavra somos prósperos espiritualmente (Js 1.8), confiantes em Deus (Sl 46.10), sabedores de que mesmo que nunca nos falte dias de tribulações ou de alegrias devem ser sempre satisfeitas (I Tm 6.8), pois como o Senhor ensinou a Paulo ele também deseja nos ensinar:
"A minha graça te basta, porque o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza. De boa vontade, pois, me gloriarei nas minhas fraquezas, para que em mim habite o poder de Cristo, pelo que sinto prazer nas fraquezas, nas injurias, nas necessidades, nas perseguições, nas angustias, por amor de Cristo. Porque, quando estou fraco, então, sou forte." (II Co 12.9-10).

Devemos ser gratos a Deus em tudo, porque aos efésios, Paulo assim nos ensinou:
"Bendito o Deus e pai de nosso Senhor Jesus Cristo, o qual nos abençoou com todas as bênçãos espirituais nos lugares celestiais em Cristo."
Irmãos, Paulo não está nos ensinando a sermos passivos, pessoas que aceitem tudo que é ensinado na igreja, que aceitem tudo que os outros falam como palavra de Deus, mas o que Paulo nos ensina é que o gozo que nós sentimos na alma é pela presença de Deus nas nossas vidas.
Nos ensina, mesmo diante das piores situações de desespero, depressão, lutas, doenças e transtornos, que só a graça dele para nos ajudar a suportar todos os desafios.
Quando entendemos verdadeiramente o que é a alegria no Espírito Santo, teremos um gozo na alma como um refrigério, que mesmo diante das piores situações, que em muitas vezes preferimos a morte como no caso de Elias, Moisés e Jonas, a graça dele nos sustenta para nos mantermos fiéis à Sua palavra.
Não que não podemos sofrer, mas este refrigério nos ajudará a não deixarmos a nossa fé no Eterno ir embora, esmorecer. Como também nos dias de alegria, esta virtude irá nos ensinar a atribuir a Deus todas as nossas conquistas diárias, para que assim não venhamos a nos ensoberbecer, mas sempre regozijarmos no Espírito Santo pelas nossas vitórias pessoais, pois isto é dádiva dele.

PAZ: Como virtude do Espírito é a paz que excede a todo o entendimento.
Foi pelo intermédio da cruz que Deus estabeleceu a paz (Cl 1.20).
A paz envolve muito mais do que uma simples tranqüilidade. Ela se encontra totalmente ligada a transformação segundo a imagem de Cristo, onde passamos a desenvolver a mente de Cristo (Rm 12.1-2).
Assim o crente sabe qual é a boa, a perfeita e a agradável vontade de Deus, passando a desenvolver uma maturidade cristã que irá permitir-lhe viver em paz com todos (I Ts 5.13, Hb 12.14).
Abandonando assim, por completo, as implicações do eu humano, sabendo que como cristãos, nossa maior preocupação deve ser refletir a pessoa de Cristo com nossas atitudes e buscar sempre paz, tanto a interior, como a paz com todos.
O Reino de Deus é paz (Rm 14.17), porque Deus é Deus de paz (Fp 4.9, II Ts 3.16), e é Ele quem nos outorga a paz de Deus (Cl 3.15), que excede a todo o entendimento (Fp 4.7), pois as coisas do Espírito são loucura para aqueles que não são da fé.
A paz faz do crente um pacificador (Pv 15.18), alguém que, com sua palavra transmite paz, segurança e amor:
"A palavra dura suscita a irá, mas a palavra branda desvia o furor" (Pv 15.1).
Como crentes, devemos procurar manter o vínculo da paz com todos, sejam estes crentes ou descrentes (Rm 12.18). Agindo assim, iremos honrar as palavras de Cristo:
"Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou" (Jo 14.27).
Que a paz de Deus seja sempre o árbitro (juiz) em todas as nossas atitudes, e que, por meio desta paz, façamos a diferença num mundo em volta de tendências pós-modernas.

LONGANIMIDADE: No grego é "makruthumia" que significa uma qualidade atribuída a Deus, ou seja, longânimo, que ele tolera pacificamente todas as iniqüidades do homem.
Transliterando para a língua portuguesa é 'ânimo longo', o que significa = aquele que tem paciência diante de várias situações, em vez de ter ânimo precipitado (Pv 14.29).
Na Bíblia encontramos referências sobre a longanimidade de Deus (I Pe 3.20). Jesus demonstrou toda a sua longanimidade diante de todas as situações ao qual foi alvo no seu ministério terreno.
O Amor de Deus é derramado em nossos corações através da obra do Espírito Santo (Rm 5.5), assim esta virtude irá ajudar o cristão a ser longânime tanto com os seus irmãos, como em todas as situações de sua vida.
Só mesmo com paciência para agüentarmos o fardo do dia a dia, mas se tivermos o amor como plataforma, o gozo na alma, como regozijo e a paz de Deus que excede a todo o entendimento como marca, certamente então demonstraremos o animo longo em todas as nossas atitudes, sendo uma expressão do domínio próprio, diante de todos os tipos de situações, sejam elas favoráveis ou não. Quando temos animo longo, nos lembramos das palavras de nosso Senhor quando assim ensinou: "Basta a cada dia o seu mal." (Mt 6.34).

BENIGNIDADE: No original grego é "chestotes", que significa gentileza e bondade.
Este termo também pode indicar excelência de caráter, honestidade, sendo Deus a sua fonte originária e Cristo foi quem melhor exemplificou esta qualidade, passando a ser o nosso modelo Maximo de benignidade.
O cristão que possui este atributo é gracioso, gentil, educado e amável. Na Bíblia, podemos encontrar o exemplo de benignidade de nosso Senhor e salvador Jesus Cristo (II Co 10.1).
Paulo orienta a igreja de Corinto a viver na benignidade e no espírito, ou seja, viver de uma forma espiritual e com amor, para que possa transmitir isto com atitudes reais e não com hipocrisias ou com os problemas que ocorriam na cidade de Corinto em decorrência da falta de uma vida de benignidade e no Espírito (II Co 6.6).
Os seguidores do evangelho não devem se inflexíveis e amargos, mas antes gentis e suaves.
Devemos viver com  Doçura de temperamento, sobretudo para com os inferiores, predispondo-nos a uma atitude afável e cortês, que nos deixa facilmente abordáveis, quando alguém nos magoa.

BONDADE: O Termo grego usado para bondade é "agathosune" que significa retidão, prosperidade e gentileza.
Sobre este tema o apóstolo Paulo orienta os crentes em Roma:
" Eu próprio, meus irmãos, certo estou, a respeito de vós, que vós mesmos estais cheios de bondade, cheios de todo o conhecimento, podendo admoestardes uns aos outros". (Rm 15.14).
Assim, a bondade funciona como uma qualidade de generosidade e de ação gentil para com outras pessoas.
Sobre este tema, Martinho Lutero assim expressou: Uma pessoa é bondosa quando se dispõe a ajudar àqueles que estão em necessidade. Este é grande desafio da bondade, transformar a mera reflexão em ação, ou seja, não ser bondoso apenas de palavras, mas com ações, amar realmente o próximo e lembra-se todos os dias que o meu próximo não é aquele que eu encontro pelos caminhos da vida, mas aqueles em cujo caminho eu me coloco.
A bondade expressa a humildade que é a beleza da santidade, realmente se trilharmos caminhos bons, construiremos pontes entre as pessoas e não 'muralhas', seremos conhecidos não apenas pelo que pregamos, mas pelo que realizamos em vida, pois o grande interesse da vida não é viver, mas deixar marcas.

FIDELIDADE: No original grego é "pistis", que significa fidelidade ou confiança.
Esta fidelidade indubitavelmente tem a ver com a fé, pois quando temos uma fé com fundamento (I Jo 5.4), verdadeiramente somos fiéis a palavra, pois procuramos viver segundo os ditames da sã doutrina.
A fé é gerada em nós pelo ouvir e o ouvir vem pela pregação da palavra (Rm 10.17), assim quando nossa fé é baseada nas escrituras e não em emoções, somos discípulos de Cristo (Jo 8.31), o que irá nos tornar fieis ao Senhor.
Esta fidelidade é gerada em nós através da fé salvadora, que é o meio pelo qual o Espírito Santo gera em nós fé para aceitarmos o convite da salvação (Ef 2.8-9). A fé não é produto humano, mas uma ação divina, "pois não vem de nós, mas é dom de Deus", é dado aquele que Jesus convida a salvação mediante a fé salvadora que é transmitida pela pregação da palavra de Deus.
A fidelidade à doutrina é de suma importância para o caminhar cristão, pois o justo viverá da fé, e caminhará de fé em fé rumo ao céu (Jo 1.17).

MANSIDÃO: O vocábulo grego para mansidão é "prautes", que significa placidez e modéstia.
Esta é uma das qualidades expressadas no sermão da montanha para aqueles que herdarão a terra. "Os mansos herdarão a terra" (Mt 5.5). Esta era uma das qualidades de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo:
"Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração, e encontrareis descanso para a vossa alma". (Mt 11.29).
A mansidão é associada com a mente de Cristo, consistindo-se em gentileza e bons tratos com o próximo, pois são marcas indissociáveis de quem possui a mente de Cristo.
Ele nos ensinou mansidão (Lc 6.27-29), e os servos de Deus devem possuir este atributo (Tg 3.13), e se revestirem continuamente de mansidão (Cl 3.12), para que possamos ter bom trato com os outros, um olhar mais humano sobre todos os acontecimentos do dia a dia, olhando tudo em volta com humildade e sobriedade, para que assim possamos nos conservar pacíficos, com serenidade e brandura que devem ser as marcas de um verdadeiro cristão.

TEMPERANÇA OU DOMÍNIO PRÓPRIO: No grego é "egkrateia" que significa autocontrole, referindo-se a autodisciplina que um cristão precisa ter em sua vida.
Tiago, em sua epistola, assim ensina:
"Porque todos tropeçamos em muitas coisas. Se alguém não tropeça em palavra, o tal é perfeito e poderoso para refrear todo o corpo". (Tg 3.2).
Muitas vezes, o egoísmo, as contendas querem prevalecer em nossas vidas, por isso devemos buscar aniquilar as obras da carne, para viver uma vida de moderação (II Tm 1.7), que é uma força contra a carne (Gl 5.17), fazendo com que o crente busque em tudo a direção do espírito (Gl 5.25).
Se vivermos no espírito, andemos também no Espírito. Assim devemos procurar andar no espírito (Gl 5.16), pois se assim agirmos somos cheios do Espírito Santo (Ef 5.18), porque somos guiados pelo Espírito (Gl 5.18) e assim passamos a desenvolver a temperança ou o domínio próprio.
A temperança traz ricas bênçãos, pois ajuda o crente a rejeitar o mal (Sl 141.4, Dn 1.8) e lhe dá o domínio para discernir todas as coisas mediante a sua rica experiência com a palavra de Deus (I Ts 5.19, At 10.17).



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