As Parábolas de Jesus.
Introdução:
A
palavra portuguesa parábola deriva-se do termo grego parabolh, ; parabolé,
ou seja, "pôr ao lado de", "comparar". A palavra
hebraica é lv'm' ; mashal, tem sua raiz etimológica derivada de
um verbo hebraico que quer dizer "ser como", denotando uma símile ou
analogia; tudo indica que no Antigo Testamento a palavra poderia ser também
aplicada para "historias curtas", mas também possui outros
significados. Não devemos estranhar esta peculiaridade das expressões
idiomáticas, tanto do hebraico quanto do grego, já que seus cognatos podem ser
comparados e traduzidos como enigmas, provérbios, adágios, aforismos, charadas,
etc. Por exemplo, a historia que o profeta Natã contou ao rei Davi, no Antigo
Testamento, em II Sm 12:1-13, apresenta características de uma parábola, embora
não seja diretamente contada como tal.
O
Dr. Herbert Lockyer, em seu livro intitulado "Todas as Parábolas da
Bíblia" investigou mais de 250 dessas preciosas literaturas, que tanto
enriqueceu o povo de Deus através dos tempos. Estaremos nos atendo apenas as
parábolas contidas nos Evangelhos Sinóticos, isto é, nos evangelhos canônicos
de Mateus, Marcos e Lucas.
Em
Mateus temos 18 parábolas, sendo 11 exclusivas.
Lucas
relata 22, das quais 7 delas também figuram ou fazem consonância de relato com
as de Mateus;
as
outras 15 parábolas restantes em Lucas só aparecem em seu próprio evangelho.
No
evangelho escrito por Marcos temos apenas 5 parábolas, sendo 2 exclusivas de
seu relato e são muito curtas ou concisas em seu ensino.
Uma
observação que devemos fazer agora é que no Evangelho de João não encontraremos
parábolas registradas, pelo fato de terem sido substituídas por discursos ou
declarações enigmáticas.
Os
três primeiros evangelhos canônicos conhecidos como sinópticos, são o registro
comum de narrativas da vida e obra de Jesus do ponto de vista dos autores. Ao
passo que João quando escreve o quarto evangelho registra fatos que os outros
três omitiram. Esse fato por si só explica a ausência de parábolas. Contudo,
podemos analisar algumas imagens utilizadas por Jesus para transmitir conceitos
teológicos tremendos a respeito de Sua Pessoa e Obra. Tais como: A Parábola do
Verbo (Jo 1:1-14) ou a Parábola dos Anjos e da Escada (Jo 1: 47-51).
Jesus
utilizou as parábolas para servir de ilustração das verdades do Reino de Deus e
aplico-as como ensinos doutrinários, conotações morais e iluminações
espirituais para seus discípulos; pois, as parábolas tinham duas finalidades,
pelo menos, em sua quinta-essência.
Primeiro, revelava as verdades de Deus aos seus
discípulos fieis e confirmava-os no caminho da verdade; embora muitas das
parábolas que Jesus narrou para as multidões, os seus próprios discípulos, a
priori, não entenderam, todavia Jesus lhes ensinava tudo em particular (Mc
4:2-9,13). E a segunda finalidade das parábolas era obscurecer os ensinos do
Reino de Deus para os empedernidos e desobedientes às verdades de Deus. Vejamos
isto na pratica: ao passo que "aos de fora", como está em Mc 4:11; E
ele disse-lhes: A vós (os discípulos) vos é dado saber os mistérios do reino de
Deus, mas aos que estão de fora todas estas coisas
se
dizem por parábolas, para que, vendo, vejam, e não percebam; e, ouvindo, ouçam,
e não entendam; para que não se convertam, e lhes sejam perdoados os pecados.
Percebam
bem, Jesus estava ocultando as realidades espirituais para os incrédulos, não
porque desejava vê-los fora do Reino de Deus, ou estivesse fazendo acepção de
pessoas para a salvação, mas porque a atitude do povo e dos religiosos da época
eram de endurecimento deliberado de seus próprios corações para com a única
mensagem que poderia livrá-los dos seus pecados, garantindo-lhes pleno perdão e
dar-lhes, de graça, entrada no céu e nas promessas eternas. Mas o Evangelho do
Reino de Deus e o Messias de Israel foi rejeitado pelos que esperavam nas
promessas feitas aos pais, Abraão, Isaac, e Jacó. Assim, se cumpria neles o que
estava predito pelo profeta Isaías, o profeta messiânico, a mais de setecentos
anos antes do advento do Cristo; (Is 6:9-10); (Mt 13:13-15); Por isso lhes falo
por parábolas; porque eles, vendo, não vêem; e, ouvindo, não ouvem nem
compreendem. Desorte que neles se cumpre a profecia de Isaías: Ouvireis com
os ouvidos e de nenhummodo entendereis; vereis com os olhos e de nenhum modo
percebereis. Porque ocoração deste povo está endurecido, E ouviram de "mau
grado" com seus ouvidos, Efecharam seus olhos; Para que não vejam com os
olhos, E ouçam com os ouvidos, Ecompreendam com o coração, E se convertam, E eu
os cure.
Podemos
ampliar um pouco as finalidades das parábolas mostrando o seu valor pedagógico
e sua utilidade para nós nos dias de hoje:
1º
Elas revelam as verdades necessárias para a nossa salvação, despertando o
interesse em aprendê-las cada vez mais (Mt 13:10, 11,16).
2º
Elas tornam mais conhecidas, ou mais iluminadas, verdades que já conhecemos,
dando-nos mais conhecimento e certeza de nossa fé em Cristo (Mt 13:11, 12,
16,17).
3º
Elas nos revelam os mistérios do Reino de Deus; coisas que são ocultas ou
obscuras para os incrédulos, nos são revelados por Cristo (Mt 13; 11).
4º
Ocultando as verdades aos ouvintes rebeldes e desinteressados, nos deixam mais
cuidadosos para que não venhamos a negligenciar as grandes verdades que nos
foram dadas por meio dos profetas do Senhor (Mt 13:11-15).
5º
Acrescentando conhecimento aos que amam a verdade, faz com que venhamos a nos
afastar daqueles que a odeiam ou não a desejam (Mt 13:12).
6º
Assim vemos as profecias se cumprirem diante de nossos olhos diariamente (Mt
13:14), pois a Palavra de Deus nunca torna vazia. (Is 55:11) assim será
a palavra que sair da minha boca: não voltará para mim vazia, mas fará o que me
apraz e prosperará naquilo para que a designei. Quando as pessoas estão cegas
pelos seus próprios pecados e se recusam em se arrependerem, reconhecendo que
só Jesus pode curá-los e salvá-los, cumpri-se nelas a profecia de Isaías.
Quando Jesus adotou o método de ensinar por meio de parábolas, quer os seus
discípulos, as multidões, aos fariseus, ou aos seus inimigos declarados, ele o
fez, a fim de convencer e confirmar os seus discípulos, ao passo que condenava
aos rebeldes e impenitentes.
Quanto ao
conteúdo das parábolas podemos dividi-las em assuntos teológicos, tais como:
I.
A
Natureza Eclesiológica das Parábolas.
I.
(Apresentam
o Reino dos Céus como uma força divina, mostram o Reino do Messias). Em sua
origem e desenvolvimento, provavelmente foram proferidas por volta da metade do
ministério de Jesus na cidade de Cafarnaum. (Seu propósito é instruir os
discípulos e treiná los para que possam desenvolver um excelente ministério).
- 1º A Parábola do Semeador.
- 2º A Parábola do Joio e do Trigo.
- 3º A Parábola do Grão de Mostarda.
- 4º A Parábola da Semente.
- 5º A Parábola do Fermento.
- 6º A Parábola do Tesouro Escondido.
- 7º A Parábola da Pérola.
- 8º A Parábola da Rede.
- 9º A Parábola da Ovelha Perdida.
- 10º A Parábola da Dracma Perdida.
- 11º A Parábola do Filho Pródigo.
(*
trata não apenas da organização, mas do comportamento cristão dentro do Reino).
- 12º A Parábola dos Trabalhadores da
Vinha.
(*
esta parábola é escatológica em sua essência doutrinaria).
II. A
Natureza Moral nas Parábolas.
(A
conduta do cristão dentro do Reino. Estas parábolas possuem um caráter
evangelístico, visam ressaltar a graça de Deus e o seu cuidado com os
"pobres". Maior parte destas parábolas estão registradas em Lucas e
seu testemunho de cunho altamente moral desejam enfatizar esta presente
dispensação de graça ou da economia de Deus para esta presente geração).
- 1º A Parábola do Credor
Incompassivo.
- 2º A Parábola do Bom Samaritano.
- 3º A Parábola dos Dois Filhos.
- 4º A Parábola dos Dois Devedores.
- 5º A Parábola do Amigo Importuno.
- 6º A Parábola do Rico Insensato.
- 7º A Parábola do Mordomo Infiel.
- 8º A Parábola do Servo Inútil.
- 9º A Parábola do Juiz Iníquo.
- 10º A Parábola do Publicando e do
Fariseu.
- 11º A Parábola dos Edificadores da
Torre.
- 12º A Parábola do Rei que vai a
Guerra.
III. A
Natureza Escatológica das Parábolas.
(Conhecidas como as parábolas do ultimo período, estas
tratam da revelação de Deus na historia das noções, não apenas a nação de
Israel, mas a todas as noções que terão que passar pelos juízos de Deus e pelo
seu julgamento final. Temos aqui previsões de Jesus em seu oficio de Profeta,
narrando o que deve acontecer nos finais dos tempos. Estas parábolas ficaram
conhecidas como pequenos apocalipses, pois seu conteúdo escatológico deixa
todos em suspense, certos de que o fim de todas as coisas é iminente e que
devemos estar preparados. Em Mateus
24:
42, diz: Portanto, vigiai, porque não sabeis em que dia vem o vosso Senhor).
1º A Parábola
da Figueira Estéril.
2º A Parábola
dos Lavradores Maus.
3º A Parábola
do Servo Bom e do Servo Mau.
4º A Parábola
dos Talentos.
5º A Parábola
da Figueira.
6º A Parábola
das Bodas,
7º A Parábola
das Dez Virgens.
8º A Parábola
doa Bodes e das Ovelhas.
·
A "Parábola do Rico e Lazaro" será examinada em pormenores, pois ela
não se trata de uma parábola no seu sentido lato, mas de uma narrativa real de
um fato conhecido no meio da teologia judaica nos tempos de Jesus. Por enquanto,
deixaremos os detalhes para um momento posterior.
Quanto
à interpretação das Parábolas de Jesus, não podemos fugir dos métodos
histórico-gamatical e histórico-literário, devemos fugir sim, de uma
interpretação puramente existencialista dos textos que serão analisados.
Aplicar os recursos da hermenêutica é essencial para a verdadeira compreensão
das doutrinas escrituristica e comparar as Escrituras com as Escrituras,
verificando, no conjunto de todo arcabouço bíblico, o valor de cada palavra,
analisando os contextos imediatos e remotos, procurando conhecer os termos
básicos das narrativas, valendo-se do conhecimento das línguas originais,
conhecimentos geográficos, de legislação mosaica e até dos próprios costumes da
época, bem como seguir uma linha doutrinaria cristocêntrica, determinando o
valor teológico à luz do intuito do Autor dos autores, o Espírito Santo; não
confundido um mandamento divino com as tradições ou dogmas humanos, pois os
mandamentos divinos são sine qua non as compreensões reais das verdades
espirituais e principalmente para levar-nos ao verdadeiro arrependimento e fé
em Cristo.
As
Parábolas de Jesus são como fechas no coração dos ouvintes, pois a intenção
maior é penetrar no núcleo da alma do homem para que seu coração seja introduzido
no âmbito do Reino de Deus e para que suas ações sejam norteadas e dirigidas
pelo poder do Espírito Santo.
Para
uma melhor compreensão da interpretação das Parábolas de Jesus, use os
seguintes critérios:
1º
Destaque como clareza o ensino central nas parábolas, pois todas elas possuem
um eixo doutrinário, ou seja, um ponto central. Por exemplo: A Parábola do Joio
e do Trigo; significa que o bem e o mal convivem no mundo e assim será até o
fim dos tempos.
2º
As parábolas, não podem, em muitos casos, serem interpretadas palavras por
palavras ou detalhes por detalhes; embora guardem paralelos que pode ser
utilizados como aplicações secundarias, desde que não venhamos a incorrer no
erro da heresia na aplicação doutrinaria.
3º
As parábolas em parte se limitam à narrativa da secção da imagem, acrescentam
uma breve comparação ou uma interpretação desenvolvida, e em parte termina com
um imperativo, com uma pergunta ou com uma sentença doutrinal.
4º
Saiba diferenciar uma parábola de uma alegoria. O principio que você pode
aplicar é que as parábolas são narrativas que possuem apenas um ponto de
comparação, para o qual conflui todo o conteúdo. Mas, as alegorias, ao
contrario, possuem em cada detalhe uma historia que pode determinar um ponto de
comparação ou partida.
Senhor).
1º A Parábola
da Figueira Estéril.
2º A Parábola
dos Lavradores Maus.
3º A Parábola
do Servo Bom e do Servo Mau.
4º A Parábola
dos Talentos.
5º A Parábola
da Figueira.
6º A Parábola
das Bodas,
7º A Parábola
das Dez Virgens.
8º A Parábola
doa Bodes e das Ovelhas.
·
A "Parábola do Rico e Lazaro" será examinada em pormenores, pois ela
não se trata de uma parábola no seu sentido lato, mas de uma narrativa real de
um fato conhecido no meio da teologia judaica nos tempos de Jesus. Por enquanto,
deixaremos os detalhes para um momento posterior.
Quanto
à interpretação das Parábolas de Jesus, não podemos fugir dos métodos
histórico-gamatical e histórico-literário, devemos fugir sim, de uma
interpretação puramente existencialista dos textos que serão analisados.
Aplicar os recursos da hermenêutica é essencial para a verdadeira compreensão
das doutrinas escrituristica e comparar as Escrituras com as Escrituras,
verificando, no conjunto de todo arcabouço bíblico, o valor de cada palavra,
analisando os contextos imediatos e remotos, procurando conhecer os termos
básicos das narrativas, valendo-se do conhecimento das línguas originais,
conhecimentos geográficos, de legislação mosaica e até dos próprios costumes da
época, bem como seguir uma linha doutrinaria cristocêntrica, determinando o
valor teológico à luz do intuito do Autor dos autores, o Espírito Santo; não
confundido um mandamento divino com as tradições ou dogmas humanos, pois os
mandamentos divinos são sine qua non as compreensões reais das verdades
espirituais e principalmente para levar-nos ao verdadeiro arrependimento e fé
em Cristo.
As
Parábolas de Jesus são como fechas no coração dos ouvintes, pois a intenção
maior é penetrar no núcleo da alma do homem para que seu coração seja introduzido
no âmbito do Reino de Deus e para que suas ações sejam norteadas e dirigidas
pelo poder do Espírito Santo.
Para
uma melhor compreensão da interpretação das Parábolas de Jesus, use os
seguintes critérios:
1º
Destaque como clareza o ensino central nas parábolas, pois todas elas possuem
um eixo doutrinário, ou seja, um ponto central. Por exemplo: A Parábola do Joio
e do Trigo; significa que o bem e o mal convivem no mundo e assim será até o
fim dos tempos.
2º
As parábolas, não podem, em muitos casos, serem interpretadas palavras por
palavras ou detalhes por detalhes; embora guardem paralelos que pode ser
utilizados como aplicações secundarias, desde que não venhamos a incorrer no
erro da heresia na aplicação doutrinaria.
3º
As parábolas em parte se limitam à narrativa da secção da imagem, acrescentam
uma breve comparação ou uma interpretação desenvolvida, e em parte termina com
um imperativo, com uma pergunta ou com uma sentença doutrinal.
4º
Saiba diferenciar uma parábola de uma alegoria. O principio que você pode
aplicar é que as parábolas são narrativas que possuem apenas um ponto de
comparação, para o qual conflui todo o conteúdo. Mas, as alegorias, ao
contrario, possuem em cada detalhe uma historia que pode determinar um ponto de
comparação ou partida.
5º
Devemos ser capazes de saber quando é que numa parábola o autor está usando uma
linguagem coadjuvante, tal como, uma metáfora, símbolos, tipos, etc.
6º
O Principio Sola Scrititura deve nortear estes estudos das parábolas.
Ele diz o seguinte: a Escritura é inerrante como fonte única de revelação
divina escrita, única para constranger a consciência. A Bíblia sozinha ensina
tudo o que é necessário para nossa salvação do pecado, e é o padrão pelo qual
todo comportamento cristão deve ser avaliado. Negamos que qualquer credo,
concílio ou indivíduo possa constranger a consciência de um crente, que o
Espírito Santo fale independentemente, ou contrariando, o que está exposto na
Bíblia, ou que a experiência pessoal seja maior ou igual à revelação dada aos
apóstolos e profetas, no sentido de revelação escrituristica ou canônica. Só a
Escritura é a regra inerrante da vida da igreja, e não experiências pessoais
sem respaldo bíblico. Os nossos estudos precisam ser exposições da Bíblia e de
seus ensinos, não a expressão de opinião ou de idéias da presente época. Não
devemos aceitar menos do que aquilo que Deus nos tem dado. A obra do Espírito
Santo na experiência pessoal não pode ser desvinculada da Escritura. O Espírito
não fala em formas que independem da Escritura. À parte da Escritura nunca
teríamos conhecido a graça de Deus em Cristo.
7º
As Escrituras devem ser interpretadas no seu sentido geral e uniforme, tanto a
teologia bíblica quanto a teologia sistemática, são úteis para este propósito.
Cristo é a chave da interpretação da Bíblia, porquanto toda ela se refere a
Ele, se concentra Nele e dar testemunho Dele. O nosso estudo é Cristocêntrico.
Concluirmos
essa parte introdutória agrupando em nove grupos ou tipos de situação/ e ou
finalidades das Parábolas de Jesus. Ao estudarmos as parábolas estaremos nos
lembrando sempre desta lista que o Dr. Roy B. Zuck, sugeriu em seu livro
"A Interpretação Bíblica;Meios de Descobrir a Verdade da Bíblia".
1º
Parábolas em resposta a determinadas perguntas: (Mt 9:14); (Lc 10:29), etc.
2º
Parábolas em resposta a pedidos: (Lc 11:5-8); (Lc 12:16-21).
3º
Parábolas em resposta as críticas: (Lc 7:39); (Lc 15:2).
4º
Parábolas contadas com propósitos definidos: (Lc 18:1); (Lc 19:11).
5º
Parábolas sobre o Reino porque Israel rejeitava Jesus como Messias: (Mt 13:
13-52); são sete parábolas seguidas, elas foram narradas por que Jesus foi
rejeitado como alguém endemoninhado (Mt 12:24).
6º
Parábolas que trazem uma subseqüente exortação ou principio; (Mt 24:45).
7º
Parábolas que ilustram situações: (Mt 7:24); (Lc 7:31-35).
8º
Parábolas de finalidades implícitas: (Mt 25:14-30); (Mc 4:26-29).
As
parábolas devem nos colocar inevitavelmente no lugar dos personagens. Os que as
estudarem devem ser surpreendidos pela voz tonitruante do nosso Senhor nos
confrontando e nos instigando a uma tomada de decisão, isto é, somos instados a
uma mudança de vida radical e a pratica diária do verdadeiro discipulado. Como
na Parábola dos Edificadores da Torre em Lc 14: 28-30, 33, que diz: Pois
qual de vós, pretendendo construir uma torre, nãose assenta primeiro para
calcular a despesa e verificar se tem os meios para a concluir?Para que não
aconteça que, depois de haver posto os alicerces, e não a podendo acabar,todos
os que a virem comecem a escarnecer dele, dizendo: Este homem começou a
edificare não pôde acabar...Assim, pois, qualquer de vós, que não renuncia a
tudo quanto tem, nãopode ser meu discípulo. O que Jesus está dizendo aos
seus ouvintes é que o verdadeiro cristianismo custa um preço, e a sabedoria sugere
que antes de entramos nos caminhos do Senhor, devemos avaliar se temos
condições de assumir tamanha responsabilidade. E não importando o custo, ele
deve ser seguido, pois ele é o único caminho para que nossos projetos possam
estar bem alicerçados, tanto agora quanto na eternidade. O amor a todas as
coisas, e até a nós mesmo, bem como aos nossos parentes, devem estar
subordinadas a Aquele que deve e tem o direito de ter a primazia em tudo. A
lealdade a Cristo deve estar acima de qualquer amor terreno, por mais fino,
nobre ou alto que seja. Por que no se o próprio Jesus deixou sua morada e a
gloria de seu Pai para estar conosco e construir uma torre inabalável que é sua
Igreja, cujos planos foram calculados desde a eternidade. E que tal construção
pôde resistir até mesmo contra as portas do inferno que não puderam contra ela
prevalecer; e que o preço gigantesco pago por Cristo foi à sua humilhação
voluntária até ao extremo da morte e morte de cruz; tal foi o preço
estabelecido por Deus que Jesus assumiu sobre si mesmo a semelhança de nossa
carne, por que, quando Ele veio, foi como o Cordeiro de Deus, puro, imaculado e
inocente; portanto, o caminho do verdadeiro cristianismo, do verdadeiro
discipulado é que possamos ver em nós as marcas de seu sangue, para que o
sigamos como Ele seguiu o Pai. Jesus sabia de sua tarefa, Ele sabia do preço, e
Ele cumpriu triunfante quando clamou "está consumado!", e ao orar ao
Pai antecipadamente pela vitória "concluir a obra que me deste para
fazer" (Jo 17:4), era como Ele estivesse dizendo: "Eu sei para onde
estou indo, a tarefa é árdua, tem demônios, homens que desejam meu mal, o mundo
se opõe contra mim; mas eu vencerei, pois Tu meu Pai me desta condição para tal
tarefa". Deus nos deu plenas condições para o seguimos.
Falou-lhes,
pois, Jesus outra vez, dizendo: Eu sou a luz do mundo; quem me segue não andará
em trevas, mas terá a luz da vida (Jo 8:12). Jesus usou as parábolas para
anunciar a nós a salvação e comunicar as verdades divinas aos seus discípulos
de uma maneira clara, simples e direta. Jesus Cristo foi enviado para proclamar
a redenção dos homens que estão caídos e permanecem em seus pecados. Jesus
escondia esta mensagem dos que se recusavam a ouvi-lo e dos que não se
arrependiam de seus pecados, entretanto, revelava de uma forma maravilhosa os
ministérios do Reino para os seus pequeninos, os discípulos, e para todos
aqueles que cressem em Seu nome.
Devemos
lembrar que, quando um ensino espiritual é transmitido e rejeitado, o
rejeitador torna-se mais calejado do que antes, embora com cada vez menos
desculpa terá para de suas atitudes anticristãs. Deixa de compreender a Cristo
é deixa de compreender seus ditames e verdades eternas. Jesus veio para salvar
os que se encontram perdidos, mas para tanto se torna necessário estar disposto
a ouvir e praticar aquilo que está sendo revelado a luz da iluminação do
Espírito Santo em nossos corações. "Portanto, como diz o Espírito
Santo: Se ouvirdes hoje a sua voz, não endureçais os vossos corações,
Como na provocação, no dia da tentação no deserto. Onde vossos pais me
tentaram, me provaram, E viram por quarenta anos as minhas obras. Por
isso me indignei contra esta geração, E disse: Estes sempre erram em seu
coração, E não conheceram os meus caminhos. Assim jurei na minha ira Que não
entrarão no meu repouso. Tende cuidado, irmãos, jamais aconteça haver em
qualquer de vós perverso coração de incredulidade que vos afaste do Deus vivo; antes,
exortai-vos uns aos outros todos os dias, durante o tempo que se chama Hoje, para
que nenhum de vós se endureça pelo engano do pecado; porque nos
tornamos participantes de Cristo, se retivermos firmemente o princípio da nossa
confiança até ao fim (Hb 3:7-14)".
Barúrr Atá Adonai Melerr HaOlam.
(Bendito és Tu, Oh Senhor, Rei da Eternidade).
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