terça-feira, 20 de junho de 2017

EBD Lição 13 - Jesus Cristo, o modelo supremo de carater

LIÇÕES BÍBLICAS CPAD ADULTOS – 2º Trim.  2017
Título: O Caráter do Cristão — Moldado pela Palavra de Deus e provado como ouro – Elinaldo Renovato
Lição 13: Jesus Cristo, o Modelo Supremo de caráter
  
TEXTO ÁUREO

6 Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu, e o principado está sobre os seus ombros, e se chamará o seu nome: Maravilhoso, Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz.

[...] E o seu nome será Maravilhoso Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz” (Is 9.6).

COMENTÁRIO DO TEXTO ÁUREO

“Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu; e o principado está sobre os seus ombros; e o seu nome será Maravilhoso Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz.” (Is 9.6)”.

O contexto do nosso texto áureo está no livro do Profeta Isaías capítulo 9 entre os versículos 1 a 7 onde está descrito o advento e o poder do Messias.
Vejamos o comentário do teólogo Ph. D., Russell Norman Champlin que escreve sobre Isaías 9.6: “O profeta falara sobre a paz que o Messias traria (vss. 3-5). O Rei é quem traria a paz universal, o fim da contenda causada pelo pecado e pela injustiça. Descrições:
1.     Um menino nasceria. O menino seria o Libertador, diferente dos sinais dados por outras crianças: Isa. 7.3; 7.14 (Emanuel) e 8.1,3. Naturalmente, uma das interpretações de Isa. 7.14 faz Emanuel ser um dos nomes do menino referido em Isa. 9.6. Como cumprimento dessa tremenda profecia, temos as histórias do nascimento virginal (Mat. 1 e Luc. 2). Ligada ao menino, também nos cumpre entender a encarnação, uma das grandes doutrinas cristãs. Isso armou palco para a missão do Messias, e a encarnação foi a rota escolhida para Sua manifestação. Da mesma sorte que Ele compartilhou nossa natureza humana, também haveremos de compartilhar Sua divindade (ver II Ped. 1.4)…
Esse menino nos foi “dado” como dádiva indizível (ver II Cor. 9.15) e nos trouxe o dom da salvação.

2.     Governo. A renovação do trono davídico, o qual, por sua vez, fala do reinado universal do Messias. O governo estaria sobre os Seus ombros, possivelmente referindo-se às vestes que assinalavam o Seu ofício. Ele possuía todas as insígnias reais: o cetro, a espada, a chave. As descrições que se seguem mostram que Ele é um Rei sem rivais. Diz aqui o original hebraico, literalmente: “a carga da autoridade” (governo). A chave estaria em Seus ombros (Is 22.22). Essa era a pesada chave do palácio presa a um laço pendurado no ombro, simbolizando o poder de fechar ou abrir, promover ou fazer cessar uma atividade, pois a chave abria a porta principal( Mt 16.19 e Ap 3.7).

3.     Seu nome augusto. Na realidade, devemos pensar em uma série de títulos… O Rei era dotado de títulos nobiliárquicos, entre os quais:

4.     Maravilhoso Conselheiro. Alguns estudiosos separam essas palavras, fazendo de cada uma delas um título do Messias, e, se assim devemos compreender o texto, então temos cinco títulos. Porém, é melhor entender as duas palavras como um único título. Nisso se demonstra a sabedoria de Cristo. Não existem problemas, nos céus ou na terra, que Ele não possa resolver. …
5.     Deus Forte (no hebraico, El Gibor; o Poder que prevalece). Reduzir isso a “divino em poder” ou “parecido com um deus” é perverter o título. A expressão ensina a deidade do Messias, que se elevava muito acima de todas as expectações judaicas. Mediante aplicação, podemos ver no menino (filho) o Ser divino, falando então da doutrina da Trindade; …

6.     Pai Eterno. Nada existe de errado em chamar o Messias de Pai, porquanto é isso o que Ele é, em relação a Israel e à igreja. Existem pais da nação israelita e pais da igreja, mas Ele é o Pai diante de quem todos os outros são meros filhos. Esse termo só causa perturbação aqui se insistirmos na doutrina da Trindade, com sua fórmula de Pai, Filho e Espirito Santo. A devida eternidade de Deus Pai é ensinada mediante este título, o qual não deveria ser reduzido a um “pai para sempre”, ou seja, a ideia de que Ele sempre cuida de Seu povo, composto por Seus filhos. Esse é um bom significado, naturalmente, mas fica muito aquém do sentido do título. Falar do Ser divino como algo menor do que eterno é uma contradição de termos. A Septuaginta e a Vulgata Latina dizem aqui “Pai da era vindoura”, mas isso exagera um pouco. Diz o original hebraico, literalmente, “Pai da era eterna”, ou seja, Pai da eternidade.

7.     Príncipe da Paz. Dizem aqui alguns estudiosos, “Príncipe da Prosperidade”, que pode ser o significado da frase; mas a maioria prefere ficar com a ideia de Príncipe da Paz. Seja como for, os benefícios que Ele dá devem incluir a paz, conforme se vê claramente nos vss. 3-5, onde Ele é retratado como um guerreiro que derrota todos os inimigos e queima todos os implementos de guerra… É em Cristo que encontramos paz com Deus (Rm 5.1). Ele acalma o conflito universal (Cl 1.20). Ver também Ez 34,24; 37.25; Dn 9.25; Zc 9.9,10 e Sl 45.5.
E notável e inexplicável que este tão augusto versículo não tenha sido citado uma vez sequer em todo o Novo Testamento. Por outro lado, ele tem feito parte da cristologia desde o princípio… Isaías, tal como os demais profetas do Antigo Testamento, não tinha consciência da distinção entre o primeiro e o segundo advento de Cristo, pelo que as descrições que se seguem não distinguem entre os dois adventos.” (CHAMPLIN, O Velho Testamento Interpretado – Versículo por Versículo. Ed. Hagnos, 2ª Ed. 2001, P. 2819-2820).


VERDADE PRÁTICA

Como Homem, Jesus encarnou e demonstrou ter um caráter perfeito, suportando as fraquezas humanas, sem dar lugar ao pecado.

LEITURA DIÁRIA

Jo 1.2 – Jesus, o Verbo de Deus
2 Ele estava no princípio com Deus.




Gn 3.15 – Jesus, a semente da mulher
15 E porei inimizade entre ti e a mulher, e entre a tua semente e a sua semente; esta te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar.

Jo 1.14 - Jesus, o Unigênito do Pai
14 E o Verbo se fez carne, e habitou entre nós, e vimos a sua glória, como a glória do unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade.

At 10.38 – Jesus, ungido por Deus
38 Mas, se as faço, e não credes em mim, crede nas obras; para que conheçais e acrediteis que o Pai está em mim e eu nele.

Jo 14.6 – Jesus, o caminho, a verdade e a vida
6 Disse-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim.

Mt 24.30 – Jesus voltará “com poder e grande glória”
30 Então aparecerá no céu o sinal do Filho do homem; e todas as tribos da terra se lamentarão, e verão o Filho do homem, vindo sobre as nuvens do céu, com poder e grande glória.


LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

Mateus 1.18,21-23; 3.16,17.

Mateus 1
18 — Ora, o nascimento de Jesus Cristo foi assim: Estando Maria, sua mãe, desposada com José, antes de se ajuntarem, achou-se ter concebido do Espírito Santo.
21 — E ela dará à luz um filho, e lhe porás o nome de Jesus, porque ele salvará o seu povo dos seus pecados.
22 — Tudo isso aconteceu para que se cumprisse o que foi dito da parte do Senhor pelo profeta, que diz:
23 — Eis que a virgem conceberá e dará à luz um filho, e ele será chamado pelo nome de EMANUEL. (EMANUEL traduzido é: Deus conosco).

Mateus 3
16 — E, sendo Jesus batizado, saiu logo da água, e eis que se lhe abriram os céus, e viu o Espírito de Deus descendo como pomba e vindo sobre ele.
17 — E eis que uma voz dos céus dizia: Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo.



HINOS SUGERIDOS

3, 41 e 412 da Harpa Cristã.


OBJETIVO GERAL

Explicar que o crente só terá uma vida frutífera se estiver ligado à Videira Verdadeira.


OBJETIVOS ESPECÍFICOS

·         I. Apresentar Jesus de Nazaré como Filho do Homem;
·         II. Apontar o ministério e caráter supremo de Jesus;
·         III. Explicar a respeito da morte, ressurreição e volta de Cristo.








INTERAGINDO COM O PROFESSOR

Prezado professor, vamos concluir o trimestre estudando a respeito do Homem mais importante de todos os tempos — Jesus. Sua vinda a este mundo se deu de forma sobrenatural e foi tão significativa e marcante que a História foi dividida em duas partes: antes de Cristo e depois. Como Homem, Jesus teve um desenvolvimento e um caráter perfeito que refletia a sua natureza divina. Até os 30 anos, Ele viveu como todo judeu. Foi apresentado no Templo por seus pais, participou das festas judaicas, trabalhou como carpinteiro, pagou impostos e teve uma vida sociável, indo a jantares na casa dos amigos e a festas de casamento. Por isso, Jesus deve ser nosso modelo e referência como Homem e servo. Que possamos seguir sempre os seus passos, glorificando o seu nome.









COMENTÁRIO

INTRODUÇÃO

Nesta lição, refletiremos a respeito de Jesus, o Homem de caráter perfeito. É impossível descrever a grandeza de sua personalidade e do seu caráter com palavras meramente humanas. Sua entrada no seio da raça humana, que se achava em miséria espiritual, não somente significou Deus entre nós, o Emanuel (Mt 1.23: 23 Eis que a virgem conceberá e dará à luz um filho, o qual será chamado EMANUEL, que traduzido é: Deus conosco.), mas o cumprimento da promessa do Criador de redimir o homem no Éden. Ele se humanizou como “a semente da mulher” que haveria de ferir a cabeça do Diabo (Gn 3.15 15 Porei inimizade entre ti e a mulher, e entre a tua descendência e a sua descendência; esta te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar.).

 [Comentário: No antigo Israel havia o costume de associar o nome ao caráter da pessoa. Podemos ver em algumas passagens Deus substituindo nomes de pessoas em razão de uma mudança de caráter: Jacó (usurpador) para Israel (príncipe de Deus); Abrão (pai exaltado) para Abraão (pai de uma multidão), entre outros. No Novo Testamento achamos Jesus aplicando a Simão (aquele que vacila) o nome de Pedro (pequena rocha). Segundo o Dr. Tim Lahaye, em seu livro “Temperamentos Transformados”, Simão era sanguíneo e, como tal, estava pronto para tudo. Por isso sempre vacilava. Você já parou para imaginar como seria o caráter de Jesus? Como seria seu temperamento? Será que nossas ações estão semelhantes às de Jesus? “Porque eu vos dei o exemplo, para que, como eu vos fiz, façais vós também” (Jo 13.15). A Bíblia afirma que o Senhor Jesus Cristo despiu-se de sua glória e revestiu-se de toda natureza humana (Jo 1.14; Fp 2.5-8; Hb 4.15), mas sem pecado. Como homem, o Mestre foi irrepreensível (Jo 8.46; 18.38; Hb 4.15). Era submisso, manso, humilde, amoroso, entre outras qualidades (Mt 11.29; Jo 15.9; Fp 2.8). O Senhor disse certa vez que todo discípulo perfeito seria como o seu mestre (Lc 6.40 cf. Jo 13.13,14). Uma vez que somos discípulos de Cristo, e Ele, como instrui-nos o apóstolo Paulo, é o “último Adão” (Rm 5.14; 1 Co 15.45), ou seja, é o novo representante da humanidade e, por conseguinte, a nova referência de ser humano a quem, os que nEle creem, devem imitar e procurar parecer (Ef 4.13; 5.1,2), nessa lição vamos estudar um pouco acerca do seu caráter. Seu caráter é o padrão que todos os crentes devem seguir.]Dito isto, vamos pensar maduramente a fé cristã?

PONTO CENTRAL

Como Homem, Jesus demonstrou ter um caráter perfeito.















I. JESUS DE NAZARÉ, O FILHO DO HOMEM

1. Sua origem humana. Jesus se fez homem a fim de remir o homem perdido, através do mistério da encarnação. Ele, o Verbo Divino se fez carne “e habitou entre nós” (Jo 1.14: 14 E o Verbo se fez carne, e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade; e vimos a sua glória, como a glória do unigênito do Pai.). Ele nasceu como homem no tempo (gr. Kairós) de Deus. Diz Paulo: “Mas, vindo a plenitude dos tempos, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a lei, para remir os que estavam debaixo da lei, a fim de recebermos a adoção de filhos” (Gl 4.4,5 Assim também nós, quando éramos meninos, estávamos reduzidos à servidão debaixo dos rudimentos do mundo; mas, vindo a plenitude dos tempos, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido debaixo de lei, para resgatar os que estavam debaixo de lei, a fim de recebermos a adoção de filhos. Gálatas 4:3-5).

[Comentário: Tão admirável como a Doutrina da Trindade é a Doutrina da Encarnação, ou seja, que Jesus é Deus e Homem ao mesmo tempo, eternamente, numa só Pessoa. Conforme disse o teólogo contemporâneo J. I. Packer: “Temos aqui dois mistérios pelo preço de um - a pluralidade de Pessoas na unidade de Deus e a união de Deus com a humanidade, na Pessoa de Jesus Cristo... Nada na ficção é tão fantástico como o que acontece na verdade da Encarnação.” J.I. Packer, Knowing God (Downers Grove, Illinois: InterVarsity Press, 1993 edition), p. 53. Deveria ser óbvio que Jesus é Deus e que Ele sempre foi Deus. Jamais houve um tempo em que Ele tenha Se tornado Deus, pois Deus é eterno. Mas Jesus nem sempre foi Homem. O fantástico milagre é que este Deus eterno Se tornou Homem, na Encarnação. Isto aconteceu há 2.000 anos. Portanto, a Encarnação é Deus Se tornando Homem. E por causa deste grande evento é que (muitos) celebram o Natal. Mas, o que exatamente queremos dizer quando informamos que Deus o Filho Se tornou Homem? Certamente não queremos dizer que Ele Se transformou num homem, no sentido de ter deixado de ser Deus, para começar a ser homem. Jesus não renunciou à Sua Divindade, quando da Encarnação, conforme foi visto nos versos anteriores. Em vez disso, conforme disse um antigo teólogo, “Permanecendo o que Ele era, Jesus Se tornou no que não era”. Cristo “não era agora Deus, com menos elementos de Sua Divindade, mas Deus, acima de tudo, ao fazer a escolha de assumir Ele mesmo a humanidade” Packer, p. 57. Desse modo, Jesus não renunciou a qualquer dos Seus atributos na Encarnação. Ele continuou possuindo todos eles, pois se precisasse desistir dos Seus atributos divinos, Ele teria deixado de ser Deus. A verdade sobre a humanidade de Jesus é tão importante como a verdade sobre a Sua Divindade. O apóstolo João fala claramente sobre qualquer pessoa que nega que Jesus é Homem, chamando-a anticristo. (1Jo 4.2-3; 2Jo 1.7). A humanidade de Jesus é mostrada no fato de que Ele nasceu como um bebê, de mãe humana (Lc 2.7; Gl 4.4); que Ele se cansava (Jo 4.6); tinha sede (Jo 19.28); teve fome (Mt 4.2) e experimentou todas as emoções humanas, tais como Se maravilhar (Mt 8.10), entristecer-Se e chorar (Jo 11.35). Ele viveu na Terra exatamente como todos nós vivemos. É essencial sabermos que Jesus não teve uma natureza pecaminosa e que Ele jamais cometeu pecado algum, mesmo tendo sido tentado de todas as maneiras (Hb 4.15); Jesus é total e perfeitamente Homem e também passou por todas as experiências humanas. Temos um Salvador que verdadeiramente pode Se identificar conosco, porque Ele é Homem e pode nos ajudar nas tentações, visto como jamais cometeu pecado algum. Esta é uma espantosa verdade que separa o Cristianismo de todas as outras religiões. Leia mais sobre este assunto acessando: http://solascriptura-tt.org/Cristologia/ComoPodeJesusSerHomemEDeus-JPiper.htm]


2. Sua entrada no mundo. Foi marcada por eventos de caráter espiritual e humano de grande significado. O anjo Gabriel foi enviado à pequena cidade de Nazaré, na Galileia, para anunciar à jovem Maria que ela seria mãe do Salvador do mundo, e que Ele seria gerado pelo Espírito Santo (Lc 1.30,31; 34,35: 30 Disse-lhe então o anjo: Não temas, Maria; pois achaste graça diante de Deus.
31 Eis que conceberás e darás à luz um filho, ao qual porás o nome de Jesus.
32 Este será grande e será chamado filho do Altíssimo; o Senhor Deus lhe dará o trono de Davi seu pai; 33 e reinará eternamente sobre a casa de Jacó, e o seu reino não terá fim.
34 Então Maria perguntou ao anjo: Como se fará isso, uma vez que não conheço varão?
35 Respondeu-lhe o anjo: Virá sobre ti o Espírito Santo, e o poder do Altíssimo te cobrirá com a sua sombra; por isso o que há de nascer será chamado santo, Filho de Deus.). Ao ser concebido Jesus se fez Verdadeiro Homem e Verdadeiro Deus.

[Comentário: Esse subtópico pode ser explicado no primeiro, então, podemos esclarecer algo aqui que muitos crentes desconhecem: o fato de que Jesus é totalmente Deus e totalmente Homem, para sempre. Para a maior parte das pessoas, é óbvio que Jesus é e continuará sendo Deus, eternamente. Mas, para alguns de nós, tem escapado que Jesus também será eternamente Homem. Ele continua sendo Homem, agora mesmo, enquanto escrevo estas linhas e o será para sempre. Ele não deixou de ser Homem na ressurreição, Ele continua Homem. A Bíblia é clara em mostrar que Jesus ressuscitou dos mortos no mesmo corpo em que morreu (Lc 24.39) e que Ele ascendeu ao céu como Homem, em Seu corpo físico (At 1.9; Lc 24.50-51). Que Cristo continua sendo um Homem, com um corpo físico, após sua ascensão, é confirmado pelo fato de que, ao regressar, Ele o fará como Homem , em Seu corpo físico. Filipenses 3.21 diz que "Ele transformará o nosso corpo abatido, para ser conforme o seu corpo glorioso...". Este verso é claro sobre o fato de que Jesus continua com o Seu corpo físico. É um corpo de glória, que Paulo chama “o seu corpo glorioso”. E quando Jesus regressar, Ele ainda o terá, porque Ele transformará o nosso corpo abatido, para ser conforme o seu. Tanto Jesus como todos os cristãos continuarão a viver juntos, eternamente, em seus corpos. Um corpo ressurreto não pode morrer (1Co 15.42), visto como é eterno (2Co 5.1). Por que Jesus Se tornou Homem e por que Ele o será eternamente? O Livro de Hebreus diz que foi para que Cristo pudesse ser um Salvador adequado a tudo de que necessitamos. Primeiro,observem que Jesus Se tornou Homem, a fim de morrer pelos nossos pecados. Ele precisava ser Homem, a fim de pagar a penalidade dos humanos. Segundo, Hebreus 2.17 diz que pelo fato de Jesus ser humano como nós, Ele pode ser o nosso Misericordioso Sumo Sacerdote. Sua humanidade O possibilita a ter uma empatia mais perfeita e a melhor Se identificar conosco. Não posso deixar de crer que seria muito destrutivo para o nosso conforto e fé não saber que Jesus continua sendo um Homem, no Seu corpo físico. Pois, se Ele não continuasse sendo um Homem no céu, como poderíamos nos confortar, sabendo que Ele não poderia Se identificar totalmente conosco? Ele pode Se identificar e ser o nosso Fiel Sumo Sacerdote e saber o que acontece conosco, não só por ter uma vez enfrentado a morte como Homem, mas porque Ele continua sendo Homem, eternamente. Leia mais sobre isto acessandohttp://solascriptura-tt.org/Cristologia/ComoPodeJesusSerHomemEDeus-JPiper.htm]


3. Seu desenvolvimento humano e espiritual. Seu caráter singular é modelo e referência para todos os homens em todos os lugares e em todos os tempos. Em sua infância e adolescência, sua criação foi esmerada: “E o menino crescia e se fortalecia em espírito, cheio de sabedoria; e a graça de Deus estava sobre ele. Ora, todos os anos, iam seus pais a Jerusalém, à Festa da Páscoa” (Lc 2.40,41: 40 E o menino ia crescendo e fortalecendo-se, ficando cheio de sabedoria; e a graça de Deus estava sobre ele.
41 Ora, seus pais iam todos os anos a Jerusalém, à festa da páscoa.). Dos doze aos trinta anos, Jesus exerceu o ofício de carpinteiro, aguardando o momento de iniciar seu ministério terreno em prol da salvação da humanidade. Seu caráter humano refletia a sua natureza divina. Ele foi apresentado ao mundo como “O Verbo” que “era Deus”, sendo Criador de todas coisas, pois “Ele estava no princípio com Deus. Todas as coisas foram feitas por ele, e sem ele nada do que foi feito se fez” (Jo 1.1-3: 1. No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus.
2. Ele estava no princípio com Deus.
3. Todas as coisas foram feitas por intermédio dele, e sem ele nada do que foi feito se fez.).

Comentário: O comentarista discorre sobre a fase da vida de Jesus que não há registros, ele conjectura que Jesus tenha desempenhado a profissão de carpinteiro até iniciar seu ministério. Lucas 2 esclarece que ele cresceu como toda criança normal cresceria, alimentada por comida e água. Seu corpo não era sobre-humano, e não tinha características especiais, diferentes de qualquer ser humano normal. Intelectualmente, Jesus possuía um conhecimento que se destacava em relação aos outros homens. Ninguém na História Humana disse palavras tão belas, de grande profundidade e de maior alcance. Não só isso, Jesus deu claras demonstrações de um conhecimento além da capacidade humana. Sabia o que pensava os seus amigos e inimigos (Lc 6.8; 9.47). Conhecia coisas sobre o presente, pois sabia que Lázaro estava morto (11.14), o passado, uma vez que conhecia o fato da mulher samaritana ter tido cinco maridos (Jo 4.18) e o futuro das pessoas, ilustrado no fato de antemão ter avisado a Simão Pedro de sua negação (Lc 22.33). Seu conhecimento não era ilimitado: em algumas passagens vemos Jesus fazendo perguntas retóricas a fim de reforçar algum ensinamento (Mt 22.41-45), contudo há outras passagens em que Jesus pergunta sinceramente em busca de informações às quais não possuía. Um exemplo claro foi o caso do garoto acometido de um espírito de surdez e mudez, onde Jesus pergunta ao pai dele "Há quanto tempo isto lhe sucede?" (Mt 9.20,21). Há nesta passagem uma clara alusão que Jesus não tinha tal informação, e a julgava útil e necessária para promover a restauração daquele garoto. Um outro caso ainda mais explícito foi no discurso apocalíptico em Mc 13.32, quando ao ser interpelado sobre quando voltaria uma segunda vez, Jesus respondeu francamente: "Mas a respeito daquele dia ou da hora ninguém sabe; nem os anjos no céu, nem o Filho, senão o Pai". Foi uma declaração clara de sua falta de conhecimento sobre essa informação É importante dizer que, quando afirmamos que Jesus é verdadeiro Homem, não queremos dizer que Ele seja parcialmente Homem, mas que Ele é totalmente Homem. Tudo que pertence à essência da verdadeira humanidade é verdadeiro nEle. Ele é tão exatamente Homem como cada um de nós. O fato de que Jesus é verdadeira e totalmente Homem está claro pelo fato de que Ele tem um corpo humano (Lc 24.39), uma mente humana (Lc 2.52) e uma alma humana (Mt 26.38). Jesus não Se assemelha a um homem, nem tem alguns aspectos do que seja essencial à humanidade, mas não outros. Ele possui completa humanidade.]
SÍNTESE DO TÓPICO (I)

Jesus de Nazaré foi e é o Filho do Homem.





















SUBSÍDIO CRISTOLÓGICO

“Filho do Homem
De todos os seus títulos, ‘Filho do Homem’ é o que Jesus preferia usar a respeito de si mesmo. E os escritores dos evangelhos sinóticos usam a expressão 69 vezes. O termo ‘filho do homem’ tem dois possíveis significados principais. O primeiro indica simplesmente um membro da humanidade. E, neste sentido, cada um é um filho do homem. Tal significado era conhecido nos dias de Jesus e remonta (pelo menos) aos tempos do livro de Ezequiel, onde é empregada a fraseologia hebraica bem' adam, com significado quase idêntico. Essa expressão, na realidade, pode até mesmo funcionar como o pronome da primeira pessoa do singular, ‘eu’ (cf. Mt 16.13).
Por outro lado, a expressão é usada também a respeito da personagem profetizada em Daniel e na literatura apocalíptica judaica posterior. Essa personagem surge no fim dos tempos com uma intervenção dramática, a fim de trazer a este mundo a justiça de Deus, o seu Reino e o seu julgamento. Daniel 7.13,14 é o texto fundamental para esse conceito apocalíptico” (HORTON, Stanley. Teologia Sistemática: Uma perspectiva pentecostal. 1ª Edição. RJ: CPAD, 1996, p.310).


CONHEÇA MAIS


Jesus
“O ministério terreno de Jesus começou na cidade de Belém, na província romana da Judeia. A ameaça à vinda do Rei Jesus, quando menino, levara José a reunir a família e fugir para o Egito, mas, ao retornarem, Deus recomendou que se estabelecessem em Nazaré, na Galileia. Com aproximadamente 30 anos, Jesus foi batizado no rio Jordão e, logo depois, foi tentado por Satanás no deserto da Judeia. Então, Jesus principiou seu trabalho em Cafarnaum, e passou a ministrar por toda a Israel, proferindo parábolas, ensinando sobre o Reino e curando os enfermos”. Para conhecer mais leia, Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal, CPAD, p.1210.


II. SEU MINISTÉRIO E CARÁTER SUPREMO

1. O caráter exemplar de Jesus. Em seu ministério, Jesus demonstrou aspectos do seu caráter que são referência e modelo para todos os que o aceitam como Senhor e Salvador. Suas ações revelam tanto o lado divino como o lado humano de sua personalidade marcante e singular.

[Comentário: Pelos tópicos acima está claro que Jesus assumiu completamente a humanidade, sujeito a todos os reveses que o estado de humanidade poderia lhe trazer, contudo Jesus não um homem qualquer, igual a todos os homens. Um aspecto de seu caráter, que não foi explorado pelo comentarista, nos ensina muito: seu caráter religioso. Participava regularmente dos cultos na sinagoga (Lc 4.16): era de seu costume ensinar nas sinagogas e visitar e participar dos cultos no templo quando estava em Jerusalém. Humanamente mantinha um padrão de vida religioso irrepreensível quanto aos parâmetros de Deus. Mantinha uma vida de oração (Lc 6.12; 22.41,42; Jo 6.15): várias ocasiões vemos Jesus sair para orar sozinho ou em grupo. Sua dependência humana do Pai era total e a oração era uma prova disso. Em todas as coisas Jesus se mostrou plenamente humano, tanto no aspecto físico, como no mental. Não havia dúvidas para os autores do Novo Testamento que Jesus era plenamente homem.]

a) Humildade e mansidão. Para iniciar o seu ministério, foi até o rio Jordão para ser batizado por João Batista. Este sentiu-se constrangido, dizendo que Jesus é que deveria batizá-lo. Mas Jesus insistiu com João para que o batizasse, a fim de cumprir “toda a justiça” (Mt 3.13-15: 13 Então veio Jesus da Galiléia ter com João, junto do Jordão, para ser batizado por ele.
14 Mas João o impedia, dizendo: Eu é que preciso ser batizado por ti, e tu vens a mim?
15 Jesus, porém, lhe respondeu: Consente agora; porque assim nos convém cumprir toda a justiça. Então ele consentiu.
16 Batizado que foi Jesus, saiu logo da água; e eis que se lhe abriram os céus, e viu o Espírito Santo de Deus descendo como uma pomba e vindo sobre ele;
17 e eis que uma voz dos céus dizia: Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo.). Ele implantou a “escola da mansidão e da humildade”, convidando a todos para aprenderem com Ele (Mt 11.28-31: Vinde a mim, todos os que estai cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei.
Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração; e achareis descanso para as vossas almas.
Porque o meu jugo é suave, e o meu fardo e leve.
). Sendo Deus, Criador e Senhor, despojou-se de seus atributos divinos, tornou-se homem e servo, humilhando-se “até à morte” (Fp 2.6-8: 5 Tende em vós aquele sentimento que houve também em Cristo Jesus, 6. o qual, subsistindo em forma de Deus, não considerou o ser igual a Deus coisa a que se devia aferrar, 7. mas esvaziou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, tornando-se semelhante aos homens; 8. e, achado na forma de homem, humilhou-se a si mesmo, tornando-se obediente até a morte, e morte de cruz.). Jesus surpreendeu os discípulos quando fez um trabalho de escravo, lavando os pés de todos eles (Jo 13.3-5 2. Enquanto ceavam, tendo já o Diabo posto no coração de Judas, filho de Simão Iscariotes, que o traísse, 3. Jesus, sabendo que o Pai lhe entregara tudo nas mãos, e que viera de Deus e para Deus voltava, 4. levantou-se da ceia, tirou o manto e, tomando uma toalha, cingiu-se.
Depois deitou água na bacia e começou a lavar os pés aos discípulos, 5. e a enxugar-lhos com a toalha com que estava cingido.). Mansidão e humildade são requisitos indispensáveis para quem quer ser discípulo de Jesus.

[Comentário: No chamado hino cristológico de Filipenses 2.5-11, vemos que Jesus, mesmo sendo divino, não se apegou a sua igualdade com o Pai, mas esvaziou-se de forma voluntária e sacrifical, assumindo a condição de servo, tornando-se como nós. Depois de tornar-se como um de nós, humilhou-se e submeteu-se à morte de cruz que era uma das piores formas de execução do mundo antigo (Dt 21.22,23). Além disso, durante o tempo de sua vida terrena, como filho, foi obediente aos seus pais (Lc 2.51), como adulto, soube reconhecer o ministério de seu primo, João Batista (Mt 3.13,14), e foi igualmente responsável com questões cívicas (Mt 17.24-27; 22.15-22). O simples fato de abrir mão dos traços dos reis conquistadores do mundo antigo, apresentando-se simples, como uma pessoa do povo e sem exigir nenhum tratamento especial, foi o motivo de Jesus ser rejeitado pelo seu povo, porém, é justamente nessa sua atitude que vemos a grandeza, pois quando poderia coagir a todos para que nEle cressem, não o faz, mas oferece amor e deixa-nos livres para optar por segui-lo. Mesmo sendo perseguido e hostilizado pelo povo, pregado na cruz, sentindo dores excruciantes, Jesus orava ao Pai pedindo que Deus não lhes imputasse aquele pecado: “Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem” (Lc 23.34). Não há amor maior que este (Jo 15.13; 3.16). Contudo, é justamente esse tipo de amor que Deus espera que tenhamos (1 Jo 3.16)https://sub-ebd.blogspot.com.br/2016/01/licao-4-o-carater-de-jesus.html]

b) Misericórdia e compaixão. Ele teve compaixão das multidões, que andavam desgarradas como ovelhas sem pastor (Mt 9.36 36 Vendo ele as multidões, compadeceu-se delas, porque andavam desgarradas e errantes, como ovelhas que não têm pastor.). Curou muitos que sofriam com enfermidades (Mt 14.14 14 E ele, ao desembarcar, viu uma grande multidão; e, compadecendo-se dela, curou os seus enfermos.). Ele se compadeceu das pessoas famintas (Mt 15.32 32 Jesus chamou os seus discípulos, e disse: Tenho compaixão da multidão, porque já faz três dias que eles estão comigo, e não têm o que comer; e não quero despedi-los em jejum, para que não desfaleçam no caminho.). Na parábola do Bom Samaritano, Jesus pôs em evidência a insensibilidade dos religiosos que não tinham compaixão pelos caídos à beira do caminho (Lc 10.30-37 Jesus, prosseguindo, disse: Um homem descia de Jerusalém a Jericó, e caiu nas mãos de salteadores, os quais o despojaram e espancando-o, se retiraram, deixando-o meio morto.
Casualmente, descia pelo mesmo caminho certo sacerdote; e vendo-o, passou de largo.
De igual modo também um levita chegou àquele lugar, viu-o, e passou de largo.
Mas um samaritano, que ia de viagem, chegou perto dele e, vendo-o, encheu-se de compaixão; e aproximando-se, atou-lhe as feridas, deitando nelas azeite e vinho; e pondo-o sobre a sua cavalgadura, levou-o para uma estalagem e cuidou dele.
No dia seguinte tirou dois denários, deu-os ao hospedeiro e disse-lhe: Cuida dele; e tudo o que gastares a mais, eu to pagarei quando voltar.
Qual, pois, destes três te parece ter sido o próximo daquele que caiu nas mãos dos salteadores? Respondeu o doutor da lei: Aquele que usou de misericórdia para com ele. Disse-lhe, pois, Jesus: Vai, e faze tu o mesmo.). Hoje, infelizmente, muitos que se dizem cristãos têm mais preocupação com riquezas, posições e prestígio pessoal do que com as almas atacadas pelo Maligno.

[Comentário: No latim, compaixão (cum + patior) significa “sofrer com”, no sentido de “suportar com”, “lutar com”, “importar-se com”. Indica o movimento de partilhar com outros em momentos de fome, nudez, solidão, dor, perdas, ou mesmo sonhos partidos. Jesus moveu-se por íntima compaixão pelas multidões (Mt 9.36, 14.14, 15.32; Mc 6.34, 8.2) por pequenos grupos (Mt 20.34), ou mesmo por uma única pessoa (Mc 1.41; Lc 7.13). Jesus ensinou a respeito de compaixão em algumas de suas mais marcantes parábolas que condenou o credor incompassivo (Mt 18.27), pôs em destaque o bom samaritano (Lc 10.33) e revelou o coração do pai do filho pródigo (Lc 15.20). Jesus estava aberto a ouvir pedido por compaixão (Mc 9.22), porque seu coração não conseguiria ser diferente disso. Em Lucas 10.25 encontramos Jesus ensinando acerca da compaixão. A parábola do Bom Samaritano destaca a verdade de que compaixão e cuidado são coisas intrínsecas à fé salvadora e à obediência a Cristo. Amar a Deus deve ser também amar ao próximo. (1) A vida e a graça que Cristo transmite aos que o aceitam produzem amor, misericórdia e compaixão pelos necessitados e aflitos. Esse amor é um dom da graça de Deus através de Cristo. O crente tem a responsabilidade de viver à altura do amor do Espírito Santo tendo, dentro dele, um coração não endurecido. (2) Quem afirma ser cristão, mas tem o coração insensível diante do sofrimento e da necessidade dos outros, demonstra cabalmente que não tem em si a vida eterna (vv. 25-28; 31-37; cf. Mt 25.41-46; 1 Jo 3.16-20).]


c) Espírito pacificador. Jesus conhecia bem a natureza humana sujeita a desavenças e desentendimentos, mesmo entre os irmãos. Por isso, exortou: “Portanto, se trouxeres a tua oferta ao altar e aí te lembrares de que teu irmão tem alguma coisa contra ti, deixa ali diante do altar a tua oferta, e vai reconciliar-te primeiro com teu irmão, e depois vem, e apresenta a tua oferta” (Mt 5.23,24 Portanto, se estiveres apresentando a tua oferta no altar, e aí te lembrares de que teu irmão tem alguma coisa contra ti, deixa ali diante do altar a tua oferta, e vai conciliar-te primeiro com teu irmão, e depois vem apresentar a tua oferta.). De forma mais prática, ele reproduziu a mensagem do salmo 133, tão esquecida nos dias atuais. Paulo aconselha-nos a ter paz com todos, sempre que possível (Rm 12.8: 6. De modo que, tendo diferentes dons segundo a graça que nos foi dada, se é profecia, seja ela segundo a medida da fé; 7. se é ministério, seja em ministrar; se é ensinar, haja dedicação ao ensino; 8. ou que exorta, use esse dom em exortar; o que reparte, faça-o com liberalidade; o que preside, com zelo; o que usa de misericórdia, com alegria.;
Hb 12.14: Segui a paz com todos, e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor, 15. tendo cuidado de que ninguém se prive da graça de Deus, e de que nenhuma raiz de amargura, brotando, vos perturbe, e por ela muitos se contaminem; 16. e ninguém seja devasso, ou profano como Esaú, que por uma simples refeição vendeu o seu direito de primogenitura.).

[Comentário: Transcrevo a seguir um artigo de autoria do Rev Jr Vargas: “Se possível, quanto depender de vós, tende paz com todos os homens. (Rm 12.18). O texto aborda a questão da limitação humana. Na esfera humana há uma limitação que impede ao homem gerar o impossível. O que é impossível ao homem continua sendo impossível a ele. A barreira do impossível está exatamente no homem. É o ser humano o limite, o obstáculo e o impedimento. Gosto da honestidade com que a Bíblia lida com o homem regenerado. A Bíblia não afirma que o cristão é perfeito. Ele continua imperfeito e essas imperfeições dificultam seus relacionamentos. Seja seu relacionamento com Deus, com ele próprio e com o próximo. Por isso a Bíblia diz: “quanto depender de vós”. Não se afirma que o outro é tão complicado a ponto de me impedir de ter um relacionamento saudável com ele, mas sim que quem me impede sou eu, com as minhas imperfeições. É preciso perceber as suas imperfeições. Para conhecê-las, basta perguntar a quem convive mais perto com você. Elas têm mais informações a seu respeito que você possa imaginar. Contudo, elas também verão sob a ótica da imperfeição. Conhecer e tratar, este é o caminho melhor. Não basta assumir que é assim. Não adianta fingir que não é assim. Melhor é saber e buscar melhorar. Para os relacionamentos, quais são as imperfeições mais agressivas? Egoísmo, vaidade, falta de perdão, desejo de vingança? Quantas vezes estas imperfeições afloram em nossa vida e nos prejudicam tanto!” Continue a leitura emhttp://www.ipamericas.org.br/index.php/igreja-americas/single_entry/se_possivel_quanto_depender_de_vos_tende_paz_com_todos_os_homens/]


2. Na prática, Ele demonstrou o seu imenso amor pelos pecadores. Os fariseus queriam matar a mulher adúltera. Jesus a perdoou e ordenou que não pecasse mais (Jo 8.11 11 Respondeu ela: Ninguém, Senhor. E disse-lhe Jesus: Nem eu te condeno; vai-te, e não peques mais.). Aos seus discípulos, ensinou: “Como o Pai me amou, também eu vos amei a vós; permanecei no meu amor” (Jo 15.9 9 "Como o Pai me amou, assim eu os amei; permaneçam no meu amor.). Ele declarou ao doutor da lei que o maior dos mandamentos é amar a Deus acima de tudo, e o segundo, é amar ao próximo como a si mesmo (Mt 22.34-40 Ao ouvirem dizer que Jesus havia deixado os saduceus sem resposta, os fariseus se reuniram.
Um deles, perito na lei, o pôs à prova com esta pergunta:
"Mestre, qual é o maior mandamento da Lei? "
Respondeu Jesus: " ‘Ame o Senhor, o seu Deus de todo o seu coração, de toda a sua alma e de todo o seu entendimento’.
Este é o primeiro e maior mandamento.
E o segundo é semelhante a ele: ‘Ame o seu próximo como a si mesmo’.
Destes dois mandamentos dependem toda a Lei e os Profetas".). O amor é “a marca do cristão” (Jo 13.34,35 "Um novo mandamento lhes dou: Amem-se uns aos outros. Como eu os amei, vocês devem amar-se uns aos outros.
Com isso todos saberão que vocês são meus discípulos, se vocês se amarem uns aos outros".
).

[Comentário: Afinal, o que Jesus via nos pecadores? Ele procurava aqueles a quem a sociedade havia rotulado como os que não tem méritos, que não podem ser amados, que fossem coletores de impostos desonestos como Levi (Lc 5.27) e Zaqueu (Lc 19.1-10), uma mulher adúltera à beira do poço (Jo 4), ou uma possessa de demônios como Maria Madalena (Lc 8.2). Jesus via potencial nas pessoas menos prováveis. Faça a si mesmo uma pergunta crítica: Como você vê os pecadores? http://www.chamada.com.br/mensagens/ainda_pecadores.html]

3. Seu caráter é referência para a Igreja. Ele disse: “Porque eu vos dei o exemplo, para que, como eu vos fiz, façais vós também” (Jo 13.15: 15 Eu lhes dei o exemplo, para que vocês façam como lhes fiz.). Em seu aspecto espiritual, como corpo de Cristo, a Igreja não tem defeito. Ela é “igreja gloriosa, sem mácula, nem ruga, nem coisa semelhante, mas santa e irrepreensível” (Ef 5.27
Efésios 5: 1 Portanto, sejam imitadores de Deus, como filhos amados, 2 e vivam em amor, como também Cristo nos amou e se entregou por nós como oferta e sacrifício de aroma agradável a Deus.
3 Entre vocês não deve haver nem sequer menção de imoralidade sexual nem de qualquer espécie de impureza nem de cobiça; pois estas coisas não são próprias para os santos.
4 Não haja obscenidade nem conversas tolas nem gracejos imorais, que são inconvenientes, mas, ao invés disso, ação de graças.
5 Porque vocês podem estar certos disto: nenhum imoral nem impuro nem ganancioso, que é idólatra, tem herança no Reino de Cristo e de Deus.
6 Ninguém os engane com palavras tolas, pois é por causa dessas coisas que a ira de Deus vem sobre os que vivem na desobediência.
7 Portanto, não participem com eles dessas coisas.
8 Porque outrora vocês eram trevas, mas agora são luz no Senhor. Vivam como filhos da luz, 9 pois o fruto da luz consiste em toda bondade, justiça e verdade; 10 e aprendam a discernir o que é agradável ao Senhor.
11 Não participem das obras infrutíferas das trevas; antes, exponham-nas à luz.
12 Porque aquilo que eles fazem em oculto, até mencionar é vergonhoso.
13 Mas, tudo o que é exposto pela luz torna-se visível, pois a luz torna visíveis todas as coisas.
14 Por isso é que foi dito: "Desperta, ó tu que dormes, levanta-te dentre os mortos e Cristo resplandecerá sobre ti".
15 Tenham cuidado com a maneira como vocês vivem; que não seja como insensatos, mas como sábios, 16 aproveitando ao máximo cada oportunidade, porque os dias são maus.
17 Portanto, não sejam insensatos, mas procurem compreender qual é a vontade do Senhor.
18 Não se embriaguem com vinho, que leva à libertinagem, mas deixem-se encher pelo Espírito, 19 falando entre si com salmos, hinos e cânticos espirituais, cantando e louvando de coração ao Senhor, 20 dando graças constantemente a Deus Pai por todas as coisas, em nome de nosso Senhor Jesus Cristo.
21 Sujeitem-se uns aos outros, por temor a Cristo.
22 Mulheres, sujeitem-se a seus maridos, como ao Senhor, 23 pois o marido é o cabeça da mulher, como também Cristo é o cabeça da igreja, que é o seu corpo, do qual ele é o Salvador.
24 Assim como a igreja está sujeita a Cristo, também as mulheres estejam em tudo sujeitas a seus maridos.
25 Maridos, amem suas mulheres, assim como Cristo amou a igreja e entregou-se a si mesmo por ela 26 para santificá-la, tendo-a purificado pelo lavar da água mediante a palavra, 27 e apresentá-la a si mesmo como igreja gloriosa, sem mancha nem ruga ou coisa semelhante, mas santa e inculpável.
28 Da mesma forma, os maridos devem amar as suas mulheres como a seus próprios corpos. Quem ama sua mulher, ama a si mesmo.
29 Além do mais, ninguém jamais odiou o seu próprio corpo, antes o alimenta e dele cuida, como também Cristo faz com a igreja, 30 pois somos membros do seu corpo.
31 "Por essa razão, o homem deixará pai e mãe e se unirá à sua mulher, e os dois se tornarão uma só carne".
32 Este é um mistério profundo; refiro-me, porém, a Cristo e à igreja.
33 Portanto, cada um de vocês também ame a sua mulher como a si mesmo, e a mulher trate o marido com todo o respeito.). No aspecto humano, porém, como organização existem as “igrejas”, formadas por homens mortais, falíveis e sujeitos a erros e pecados. Jesus é “o caminho, e a verdade, e a vida” (Jo 14.6).

 [Comentário: Não existe um pecador que tenha ido longe demais. Nenhum coração é impossível de ser alcançado. Jesus pode transformar qualquer pecador em uma nova criatura. Levi deixou a coletoria e se tornou o apóstolo Mateus, que escreveu o Evangelho Segundo Mateus. A mulher à beira do poço tornou-se uma catalisadora por apresentar muitos samaritanos a Cristo, e Maria Madalena foi a primeira pessoa a ver o Salvador ressurreto (Mc 16.9). Contudo, talvez nenhum desses improváveis convertidos seria captado em nosso visor de radar. Jesus era o modelo de como amar os pecadores. Imagine o que o Senhor pode fazer na vida do seu vizinho de coração duro, do membro pródigo da sua família, ou mesmo do seu companheiro de trabalho que usa linguagem obscena. Os pecadores que entram em um relacionamento pessoal com Cristo têm um potencial ilimitado porque o grande amor de Deus muda todas as coisas http://www.chamada.com.br/mensagens/ainda_pecadores.html.]


SÍNTESE DO TÓPICO (II)

Como Filho do Homem, Jesus teve um ministério e caráter supremo.














SUBSÍDIO CRISTOLÓGICO

“O Ministério Terreno de Cristo
Cristo se fez Homem e Servo. Sendo rico, fez-se pobre; sendo santo, foi feito pecado (2Co 5.21). Fez-se maldição (Gl 3.13) e foi contado com os transgressores. Sendo digno, consideraram indigno. Foi, ainda, feito menor que os anjos, que devem ter ficado espantados ao verem Deus encarnado, como servo, sendo tentado, sofrendo escárnio e crucificado. Mas, depois de tudo, viram entronizado e glorificado.
Após seu batismo, Jesus inicia seu ministério. João Batista não via necessidade de que Ele fosse batizado: sentiu-se inferior e sabia que Jesus não tinha pecado — Ele não precisaria passar por um batismo de arrependimento nem tinha de que se arrepender, mas Jesus fez questão de ser batizado, num ato de obediência e para cumprir toda a justiça, deixando-nos o exemplo (Mt 3.14,15). Seu ministério foi exercido na plenitude do Espírito. Após ter sido batizado por João, Jesus foi impelido pelo Espírito Santo, a fim de jejuar quarenta dias e quarenta noites no deserto. Nesta fase de jejum, oração e meditação num lugar solitário, preparado pelo Espírito Santo, Ele teve o seu preparo espiritual.
O ministério de Jesus durou cerca de três anos. O cálculo da duração é feito com base nas festas pascais em que Ele esteve. O início de seu ministério se deu na véspera de uma Páscoa; depois, participou de mais duas e morreu na véspera de outra. O primeiro ano foi o da obscuridade; o segundo, o do favor público e o terceiro, o da oposição” (SILVA, Severino Pedro da. Teologia Sistemática Pentecostal. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2008, p.142).


III. A MORTE, RESSURREIÇÃO E VOLTA DE CRISTO

1. A morte de Cristo, exemplo supremo de amor. O significado de sua morte pode ser resumido no que Ele próprio disse a Nicodemos: “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (Jo 3.16 16 Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.). Através de sua morte, Jesus, fiel Sumo Sacerdote, propiciou a reconciliação do homem com Deus (Hb 2.17: 17 Por isso convinha que em tudo fosse semelhante aos irmãos, para ser misericordioso e fiel sumo sacerdote naquilo que é de Deus, para expiar os pecados do povo.). Na cruz, Ele revelou o auge de seu caráter amoroso e perdoador. Antes do último suspiro, clamou a Deus: “E dizia Jesus: Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem [...]” (Lc 23.34 34 E dizia Jesus: Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem. E, repartindo as suas vestes, lançaram sortes.).

 [Comentário: Para muitos críticos, Jesus não passou de um mártir como foram tantos outros líderes judeus que viveram antes dEle. Todavia, a teologia lucana depõe contra essa ideia. O que se espera da morte de um mártir não pode ser encontrado na narrativa da morte de Jesus. Para Lucas, Jesus morreu vicariamente pela humanidade. A relação que Lucas faz do relato da paixão com a narrativa do Servo Sofredor de Isaías 53 mostra isso. O Servo sofredor, Jesus, justifica a muitos. O caráter universal da salvação presente em Isaías 53 aparece também em Lucas. Jesus, portanto, é o Servo Sofredor que se humilha até à morte de cruz, mas é exaltado e glorificado por Deus pela obra que realizou. A ressurreição de Jesus é a base da fé Cristã. Na carta de Paulo aos Coríntios, ele declara: "E, se Cristo não ressuscitou, logo é vã a nossa pregação, e também é vã a vossa fé. E assim somos também considerados como falsas testemunhas de Deus, pois testificamos de Deus, que ressuscitou a Cristo, ao qual, porém, não ressuscitou, se, na verdade, os mortos não ressuscitam" (1Co 15.14-15). "E, se Cristo não ressuscitou, é vã a vossa fé, e ainda permaneceis nos vossos pecados" (1Co 15.17). Na verdade, nenhum estudioso ou religião dos dias de hoje nega que Jesus era uma figura histórica que viveu cerca de 2000 anos atrás, um grande mestre capaz de fazer milagres, e que ele morreu na cruz pelo crime de blasfêmia. No entanto, a única disputa legítima é se ele era ou não o Filho de Deus que ressuscitou dos mortos depois de sua crucificação.]

2. A ressurreição de Jesus e a sua vinda em glória. Na ressurreição, o caráter humano foi absorvido pelo caráter divino. Se para fazer-se homem despojou-se de sua glória, na ressurreição retomou a plenitude de sua grandeza divina, e venceu todas as forças do mal, resultantes da Queda do homem (1Co 15.19-26: Se esperamos em Cristo só nesta vida, somos os mais miseráveis de todos os homens.
Mas de fato Cristo ressuscitou dentre os mortos, e foi feito as primícias dos que dormem.
Porque assim como a morte veio por um homem, também a ressurreição dos mortos veio por um homem.
Porque, assim como todos morrem em Adão, assim também todos serão vivificados em Cristo.
Mas cada um por sua ordem: Cristo as primícias, depois os que são de Cristo, na sua vinda.
Depois virá o fim, quando tiver entregado o reino a Deus, ao Pai, e quando houver aniquilado todo o império, e toda a potestade e força.
Porque convém que reine até que haja posto a todos os inimigos debaixo de seus pés.
Ora, o último inimigo que há de ser aniquilado é a morte.).
[Comentário: A Ressurreição de Jesus é desafiada hoje em dia por motivos relativos às evidências. Portanto, para ser justo, a evidência deve ser julgada como qualquer outro evento histórico. Ao seguir regras padrões de como avaliar evidências, a declaração consistente de várias testemunhas oculares é considerada a forma mais forte de evidência disponível. Portanto, se encontrarmos tal testemunho em narrativas confiáveis do registro histórico da ressurreição de Cristo, temos vencido o maior desafio que existe sob as regras tradicionais. Na verdade, temos várias narrativas de testemunhas oculares sobre o nascimento de Jesus. Em 1 Coríntios 15:3-6, Paulo diz: "Antes de tudo, vos entreguei o que também recebi: que Cristo morreu pelos nossos pecados, segundo as Escrituras,e que foi sepultado e ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras. E apareceu a Cefas e, depois, aos doze. Depois, foi visto por mais de quinhentos irmãos de uma só vez, dos quais a maioria sobrevive até agora; porém alguns já dormem." Os estudos dos manuscritos indicam que esta passagem foi escrita apenas alguns anos depois da morte de Jesus Cristo. Por isso, é de grande importância perceber que Paulo termina a passagem com "dos quais a maioria sobrevive até agora." Paulo estava convidando as pessoas a verificar os fatos. Ele não teria incluído uma declaração como essa se estivesse tentando esconder algo parecido com uma conspiração, trote, mito ou lenda. A ressurreição de Jesus também foi confirmada em diversas outras narrativas, incluindo o aparecimento de Jesus à Maria Madalena (Jo 20.10-18), a outras mulheres (Mt 28.8-10), para Cléopas e seu companheiro (Lc 24.13-32), aos onze discípulos e outros (Lc 24.33-49), para os dez apóstolos e outros (excluindo Tomé) (Jo 20.19-23), para os apóstolos (incluindo Tomé) (Jo 20.26-30), a sete apóstolos (Jo 21.1-14), para os discípulos (Mt 28.16-20), e para os apóstolos no Monte das Oliveiras (Lc 24.50-52 e At 1.4-9 ). O grande teste de credibilidade destas testemunhas oculares é que muitas delas enfrentaram o martírio pelo seu testemunho. Isto é dramático! Estas testemunhas conheciam a verdade. O que poderiam ganhar ao morrer por uma mentira? As evidências falam por si mesmas; essas pessoas não eram apenas fanáticos dispostos a morrer por uma crença religiosa, mas sim seguidores de Jesus Cristo morrendo por um evento histórico - Sua ressurreição, a qual O estabeleceu como o Filho de Deus. http://www.allaboutjesuschrist.org/portuguese/ressurreicao-de-jesus.htm]

SÍNTESE DO TÓPICO (III)

Jesus veio ao mundo, morreu, ressuscitou e voltará novamente para buscar aqueles que são seus.
 CONHEÇA MAIS
Jesus
"O ministério terreno de Jesus começou na cidade de Belém, na província romana da Judeia. A ameaça à vinda do Rei Jesus, quando menino, levara José a reunir a família e fugir para o Egito, mas, ao retornarem. Deus recomendou que se estabelecessem em Nazaré, na Galiléia. Com aproximadamente 30 anos, Jesus foi balizado no rio Jordão e, logo depois, foi tentado por Satanás no deserto da Judeia. Então, Jesus principiou seu trabalho em Cafarnaum, e passou a ministrar por toda a Israel, proferindo parábolas, ensinando sobre o Reino e curando os enfermos." Para conhecer mais leia. Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal, CPAD, p. 1210.

SUBSÍDIO CRISTOLÓGICO

A morte de Cristo foi voluntária
“Jesus não foi forçado à cruz. Nada fez contra a sua vontade. Submeteu-se à aflição espontaneamente. Humilhou-se até à morte, e morte de cruz. Deixou-se crucificar. Que graça espantosa por parte daquEle que tudo podia fazer para evitar tamanho suplício. Ele tinha o poder de entregar a sua vida e tornar a tomá-la — e de fato fez isso. Sim, eterno Salvador não foi forçado ao Calvário, mas atraído para ele, por amor a Deus e à humanidade perdida.
Sua morte foi vicária e sem dúvida, o profeta Isaías tinha em mente o cordeiro pascal, oferecido em lugar dos israelitas pecadores. Sobre a cabeça do cordeiro sem mancha realizava-se uma transferência dupla. Primeiro, assegurava-se o perdão divino mediante o santo cordeiro, oferecido e morto. Segundo, o animal, sendo assado, servia de alimentação para alimentar o povo eleito. O sacrifício de Cristo foi duplo: morreu para nos salvar, e ressuscitou para nossa justificação. Cristo também é o Pão da vida, o nosso ‘alimento diário’.
Sua morte foi cruel. Ele foi levado ao matadouro, esta palavra sugere brutalidade. Não é de admirar que a natureza envolvesse a cruz em um manto de trevas, cobrindo, assim, a maldade dos seres humanos.
José de Arimateia, conseguiu permissão de Pilatos para tirar o corpo da cruz. E, com Nicodemos, levando quase cem arráteis dum composto de mirra, aloés, envolveram o corpo do Senhor em lençóis com as especiarias, como era costume dos judeus. Havia no horto daquele lugar um sepulcro em que ainda ninguém havia sido posto. Ali puseram Jesus (Jo 19.38-42). Sepultar os mortos era considerado um ato de piedade. Também era comum que se sepultassem os mortos no mesmo dia de seu falecimento. O corpo de um homem executado não tinha permissão de ficar pendurado na cruz a noite inteira (Dt 21.23), pois isso, para a mente judaica, poluiria a terra. Às seis horas, começaria o sábado da semana da Páscoa, durante a qual estava proibida qualquer execução” (SILVA, Severino Pedro da. Teologia Sistemática Pentecostal. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2008, p.156).

CONCLUSÃO

Jesus é o maior e mais excelente personagem da História. Não é fácil descrevê-lo, não tanto por falta de dados e informações, mas por causa de sua grandeza, de sua personalidade singular e de seu caráter inigualável. Não poderia ser diferente. “Porque nele foram criadas todas as coisas que há nos céus e na terra, visíveis e invisíveis, sejam tronos, sejam dominações, sejam principados, sejam potestades; tudo foi criado por ele e para ele. E ele é antes de todas as coisas, e todas as coisas subsistem por ele. E ele é a cabeça do corpo da igreja; é o princípio e o primogênito dentre os mortos, para que em tudo tenha a preeminência” (Cl 1.16-18).

Ele é a imagem do Deus invisível, o primogênito de toda a criação, pois nele foram criadas todas as coisas nos céus e na terra, as visíveis e as invisíveis, sejam tronos ou soberanias, poderes ou autoridades; todas as coisas foram criadas por ele e para ele.
Ele é antes de todas as coisas, e nele tudo subsiste.
Ele é a cabeça do corpo, que é a igreja; é o princípio e o primogênito dentre os mortos, para que em tudo tenha a supremacia.
Pois foi do agrado de Deus que nele habitasse toda a plenitude, e por meio dele reconciliasse consigo todas as coisas, tanto as que estão na terra quanto as que estão no céu, estabelecendo a paz pelo seu sangue derramado na cruz.
Colossenses 1:15-20
[Comentário: Vimos a evidência bíblica de que Jesus Cristo é Deus o Filho. Que Ele possui tanto a natureza divina como a natureza humana e que cada uma das duas naturezas é perfeita e completa, permanecendo distinta, mas que Cristo é, mesmo assim, uma só Pessoa; e que as coisas verdadeiras a uma natureza também são verdadeiras à Pessoa de Cristo. A importância destas verdades deveria existir sem palavras, pois elas calam exatamente em nosso coração a respeito do que Cristo é. Conhecer estas verdades afetará grandemente a maneira como vemos Cristo e tornam mais vívidas as narrativa de Sua vida terrena. E a compreensão destes fatos aprofunda a nossa devoção a Cristo. Ter uma compreensão melhor da Encarnação de Deus o Filho deveria fortalecer grandemente a nossa adoração. É motivo de grande admiração e alegria saber que a eterna Pessoa de Deus Se tornou Homem, para sempre. Nosso reconhecimento da Pessoa de Cristo será elevado e nossa fé nEle será fortalecida, por termos uma compreensão mais profunda de Quem realmente Ele é. A união da divindade e humanidade de Cristo numa só Pessoa faz com que todos nós tenhamos a necessidade do mesmo Salvador. Como isto é glorioso! Porque Jesus é Deus, Ele é Onipotente e jamais poderá ser derrotado. Ele é Deus, sendo, portanto, o único Salvador adequado. Porque Ele é Deus, os crentes estão seguros de que jamais perecerão. Estamos seguros porque Ele é Deus e todas as pessoas Lhe prestarão contas, quando Ele regressar para julgar o mundo. Porque Jesus é Homem, Ele experimentou as mesmas coisas que experimentamos. Porque Ele é Homem, pode vir em nosso socorro, como o nosso Fiel Sumo Sacerdote, quando chegamos ao limite de nossas fraquezas humanas. Porque Ele é Homem, podemos nos relacionar com Ele, pois Ele não está longe de nós e nem fica alheio às nossas necessidades. Porque Ele é Homem, não podemos nos queixar de que Deus não conheça os problemas pelos quais estamos passando. Ele os experimentou em primeira mão. Finalmente, devemos estar preparados para defender a verdade sobre a divindade de Jesus Cristo e a Sua humanidade,  e tornar compreensível aos outros a  união das naturezas divina e humana numa só Pessoa. Deste modo, consideremos a necessidade de memorizar os muitos versos que ensinam que Jesus é tanto Deus como Homem, a fim de podermos explicar aos outros a relação entre as duas naturezas de Cristo. Que possamos aguardar, até que Ele venha, o dia em que O veremos face a face, regozijando-nos na bendita esperança desse dia e que isto possa nos inspirar a ter uma diligência maior em servi-Lo e adorá-Lo.http://solascriptura-tt.org/Cristologia/ComoPodeJesusSerHomemEDeus-JPiper.htm] Ora, àquele que é poderoso para vos guardar de tropeçar e apresentar-vos irrepreensíveis, com alegria, perante a sua glória. Ao único Deus sábio, Salvador nosso, seja glória e majestade, domínio e poder, agora, e para todo o sempre. Amém”. (Judas 24-25),


Como Jesus pode ser Deus e Homem?


       Tão admirável como a Doutrina da Trindade é a Doutrina da Encarnação, ou seja, que Jesus é Deus e Homem ao mesmo tempo, eternamente, numa só Pessoa. Conforme disse o teólogo contemporâneo J. I. Packer: “Temos aqui dois mistérios pelo preço de um - a pluralidade de Pessoas na unidade de Deus e a união de Deus com a humanidade, na Pessoa de Jesus Cristo... Nada na ficção é tão fantástico como o que acontece na verdade da Encarnação.”  (1).

        A igreja primitiva considerava a Encarnação como uma das verdades mais importantes da nossa fé. Por isso, ela formulou o que foi chamado “O Credo de Calcedônia”, uma declaração que estabeleceu claramente aquilo que devemos receber e no que devemos crer sobre a Encarnação. Este Credo resultou de um grande concílio, o qual teve lugar nos dias 08/10 a  01/11 do ano 345 d.C., na cidade de Calcedônia, o qual foi adotado como modelo e distinção ortodoxa do ensino bíblico sobre a Pessoa de Cristo, a partir daquele tempo, para todos os ramos do Cristianismo. (2).

        Existem cinco verdades principais com as quais o Credo de Calcedônia resumiu o ensino bíblico sobre a Encarnação:

·       - Jesus tem duas naturezas - Ele é Deus e Homem.

·       - Cada natureza é absolutamente completa, sendo Ele verdadeiro Deus e verdadeiro Homem.

·       - Cada natureza permanece distinta.

·       - Cristo é uma só Pessoa.

·       - As coisas que são verdadeiras a uma só natureza são, contudo, verdadeiras na Pessoa de Cristo.

        Uma apropriada compreensão destas verdades anula muita confusão e muitas dificuldades que possamos ter em mente. Como Jesus pode ser Deus e Homem?  Por que isto não O transforma em duas pessoas? Como se relaciona a Sua Encarnação com a Trindade? Como Jesus pôde ser pendurado na cruz (Mateus 4:2) e morto (Marcos 15:33), quando estava na Terra, mesmo sendo Deus? Jesus abdicou de qualquer um de Seus atributos divinos na Encarnação? Por que é errado dizer que Jesus é “parte” de Deus? Jesus ainda é humano hoje e  continua tendo um corpo humano?”




Jesus tem duas naturezas - Deus e Homem

        A primeira verdade que  devemos entender é que Jesus é uma Pessoa com duas naturezas - a natureza divina e a natureza humana. Em outras palavras, Jesus é tanto Deus como Homem. Vejamos claramente cada natureza:

 
Jesus é Deus
A Bíblia ensina que Jesus não é apenas alguém que muito se assemelha a Deus, ou que anda intimamente com Deus. Em vez disso, Jesus é o próprio Deus Altíssimo. Após ver Cristo ressuscitado, Tomé exclamou: “Senhor meu, e Deus meu!” (João 20:28). Do mesmo modo, o Livro de Hebreus nos dá o exato testemunho de Deus Pai, quando diz: "Eles perecerão, mas tu permanecerás; e todos eles, como roupa, envelhecerão, e como um manto os enrolarás, e serão mudados. Mas tu és o mesmo, e os teus anos não acabarão.  E a qual dos anjos disse jamais: Assenta-te à minha destra, até que ponha a teus inimigos por escabelo de teus pés?" (Hebreus 1:11-13).



Em João 1:18, lemos João chamando Jesus de “O Filho unigênito, que está no seio do Pai”.

        Outra maneira pela qual a Bíblia ensina que Jesus é Deus é mostrando que Ele possui todos os atributos divinos. Ele conhece todas as coisas (Mateus 18:20; 28:20; Atos 18:10); Ele está em toda parte (Mateus 8:26, 27; 28:18; João 11:38-44; Lucas 7:14-15; Apocalipse 1:8).  Ele não depende de coisa alguma, fora de Si mesmo, para ter vida (João 1:14; 14:6; 8:58). Ele governa todas as coisas (Mateus 28:18; Apocalipse 19:16; 1:5). Ele jamais teve princípio de existência nem terá fim (João 1:1; 8:58). Ele é o Criador de tudo (Colossenses 1:16). Em outras palavras, tudo que Deus é Jesus é, também, porque Ele é Deus!

 
Especificamente, Jesus é Deus o Filho
        Para conseguirmos uma compreensão melhor da Encarnação de Cristo é necessário que tenhamos uma certa compreensão da Trindade. A Doutrina da Trindade declara que Deus é um Ser que existe em três Pessoas distintas. Antes de tudo, isto significa que devemos distinguir cada uma das Pessoas da Trindade das outras duas. O Pai não é o Filho nem é o Espírito Santo. O Filho não é o Espírito Santo nem é o Pai. O Espírito Santo não é o Pai nem é o Filho. Cada uma delas é um centro distinto de consciência. Contudo, elas compartilham exatamente a mesma natureza/essência divina. Desse modo, as três Pessoas são um único Ser. O Ser/essência divino  não é algo dividido entre as Pessoas, como se cada Pessoa recebesse 1/3. Em vez disso, o Ser divino é total e igualmente possuído pelas três Pessoas, de modo que as três Pessoas são plena e igualmente Deus.

        Como o fato de Deus ser três Pessoas em um Ser se relaciona com a Encarnação? Para responder isto devemos considerar outra pergunta: qual das três Pessoas se encarnou como Jesus Cristo? Todas as três?  Ou apenas uma? Qual delas? A resposta bíblica é que somente o Filho Se encarnou. O Pai não Se encarnou em Jesus e nem o fez o Espírito Santo. Desse modo, Jesus é Deus, mas não é o Pai nem é o Espírito Santo. Jesus é Deus o Filho.

        A verdade que somente o Filho Se encarnou é ensinada, por exemplo, em João 1:14: "E o Verbo se fez carne, e habitou entre nós, e vimos a sua glória, como a glória do unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade".

 

        No contexto, o “Verbo” (Palavra) de Deus é Deus o Filho (Conforme João 1:1; 18 e 3:16). Desse modo, não foi o Pai nem o Espírito Santo que Se tornaram homem, mas Deus o Filho. Assim, no batismo de Jesus, vemos o Pai afirmando: “Tu és o meu Filho amado, em ti me comprazo" (Lucas 3:22). Ele não disse: “Você Sou Eu, está comigo e nisto eu me comprazo”. Em vez disso, o Pai afirmou que Jesus é o Filho, no qual Ele, o Pai, Se compraz.  No mesmo verso, vemos ainda que o Espírito Santo é distinto do Pai e do Filho, pois Ele Se  manifestou em “forma corpórea como pomba”.

        Por que é importante sabermos que Jesus é, especificamente, Deus o Filho? Por uma razão: se o entendermos, não cometeremos erro sobre a verdadeira identidade do nosso Salvador. Além do mais,  isto é algo que afeta grandemente o modo como nos relacionamos com o Deus Trino (Triúno).  Se pensarmos que Jesus é o Pai ou o Espírito Santo, ficaremos confusos em nossas orações. Finalmente, é uma heresia acreditar que o Pai Se  encarnou em Jesus.




Jesus é Homem

        Deveria ser óbvio que Jesus é Deus e que Ele sempre foi Deus. Jamais houve um tempo em que Ele tenha Se  tornado Deus, pois Deus é eterno. Mas Jesus nem sempre foi Homem. O fantástico milagre é que este Deus eterno Se tornou Homem, na Encarnação. Isto aconteceu há 2.000 anos. Portanto, a Encarnação é Deus Se tornando Homem. E por causa deste grande evento é que (muitos) celebram o Natal.

        Mas, o que exatamente queremos dizer quando informamos que Deus o Filho Se tornou Homem? Certamente não queremos dizer que Ele Se transformou num homem, no sentido de ter deixado de ser Deus, para começar a ser homem. Jesus não renunciou à Sua Divindade, quando da Encarnação, conforme foi visto nos versos anteriores. Em vez disso, conforme disse um antigo teólogo, “Permanecendo o que Ele era, Jesus Se tornou no que não era”. Cristo “não era agora Deus, com menos elementos de Sua Divindade, mas Deus, acima de tudo, ao fazer a escolha de assumir Ele mesmo a humanidade”. (3). Desse modo, Jesus não renunciou a qualquer dos Seus atributos na Encarnação. Ele continuou possuindo todos eles, pois se precisasse desistir dos Seus atributos divinos, Ele teria deixado de ser Deus.

        A verdade sobre a humanidade de Jesus é tão importante como a verdade sobre a Sua Divindade.  O apóstolo João fala claramente sobre qualquer pessoa que nega que Jesus é Homem, chamando-a anticristo. (1 João 4:2-3; 2 João 1:7). A humanidade de Jesus é mostrada no fato de que Ele nasceu como um bebê, de mãe humana (Lucas 2:7; Gálatas 4:4); que Ele se cansava (João 4:6); tinha sede (João 19:28); teve fome (Mateus 4:2) e experimentou todas as emoções humanas, tais como Se maravilhar (Mateus 8:10), entristecer-Se e chorar (João 11:35). Ele viveu na Terra exatamente como todos nós vivemos.

 
Jesus é um Homem Imaculado
        É essencial sabermos que Jesus não teve uma natureza pecaminosa e que Ele jamais cometeu pecado algum, mesmo tendo sido tentado de todas as maneiras (Hebreus 4:15); Jesus é total e perfeitamente Homem e também passou por todas as experiências humanas. Temos um Salvador que verdadeiramente pode Se identificar conosco, porque Ele é Homem e pode nos ajudar nas tentações, visto como jamais cometeu pecado algum. Esta é uma espantosa verdade que separa o Cristianismo de todas as outras religiões.




Cada natureza é total e completa

        Tendo visto a base bíblica de que Jesus é tanto Deus como Homem, a segunda verdade que devemos reconhecer é que cada uma das duas naturezas de Cristo é total e completa. Em outras palavras, Jesus é totalmente Deus e totalmente Homem. Outro meio auxiliar para dizê-lo é que Jesus é 100% Deus e 100% Homem.

 
Jesus é totalmente Deus
        Já vimos que cada Pessoa da Trindade é absolutamente Deus. As três Pessoas da Trindade nãosão cada uma 1/3 de Deus, mas cada uma é Deus. Assim, Jesus é totalmente Deus, visto como Ele é Deus o Filho encarnado. Isto significa que tudo que é essencial para ser Deus é verdadeiro em Jesus. Ele não é parte de Deus nem 1/3 de Deus, mas totalmente Deus. “Nele habita corporalmente toda a plenitude da divindade”  (Colossenses 2:9).

 
Jesus é totalmente Homem
        É importante dizer que, quando afirmamos que Jesus é verdadeiro Homem, não queremos dizer que Ele seja parcialmente Homem, mas que Ele é totalmente Homem. Tudo que pertence à essência da verdadeira humanidade é verdadeiro nEle. Ele é tão exatamente Homem como cada um de nós. O fato de que Jesus é verdadeira e totalmente Homem está claro pelo fato de que Ele tem um corpo humano (Lucas 24:39), uma mente humana (Lucas 2:52) e uma alma humana (Mateus 26:38). Jesus não Se assemelha a um homem, nem tem alguns aspectos do que seja essencial à humanidade, mas não outros. Ele possui completa humanidade.

        É importante que estejamos a par de certas visões referentes a Cristo. Pois, se tivermos uma ideia daquilo em que não devemos crer, isto nos dará um quadro daquilo em que devemos crer. Uma das falsas visões rejeitada no Concílio da Calcedônia foi que “a Pessoa de Cristo tinha um corpo humano, mas não uma mente e espírito humanos e que a mente e o aspecto divino de Cristo eram da natureza divina de Filho de Deus”  (4). Visto como esta visão não acreditava que Jesus tivesse uma mente e espírito humanos, de fato ela negava que Ele fosse total e verdadeiramente Homem. Em vez disso, ela apresentava Cristo como uma espécie de meio-homem, com um corpo humano, cuja mente e alma haviam sido substituídas pela natureza divina. Porém, conforme vimos antes, Jesus é tão verdadeiramente humano como todos nós, pois, exatamente como Ele possui todos os elementos da Divindade, Ele tem também todos os elementos essenciais à natureza humana: um corpo humano, uma alma humana, uma mente humana, uma vontade humana e emoções humanas. Sua mente humana não foi substituída pela mente divina. Em vez disso, Ele tem tanto a mente humana como a mente divina. Por causa disso, é errado usar frases como: “Jesus é Deus num corpo humano” , ou então: “Jesus é Deus na pele humana”.

Jesus é totalmente Deus e totalmente Homem, para sempre.
        Para a maior parte das pessoas, é óbvio que Jesus é e continuará sendo Deus, eternamente. Mas, para alguns de nós, tem escapado que Jesus também será eternamente Homem. Ele continua sendo Homem, agora mesmo, enquanto escrevo estas linhas e o será para sempre.  A Bíblia é clara em mostrar que Jesus ressuscitou dos mortos no mesmo corpo em que morreu (Lucas 24:39) e que Ele ascendeu ao céu como Homem, em Seu corpo físico (Atos 1:9; Lucas 24:50-51). Não faria sentido algum que Ele o tivesse feito, se fosse céu (falta algo nesta frase). Que Cristo continua sendo um Homem, com um corpo físico, após sua ascensão, é confirmado pelo fato de que, ao regressar, Ele o fará como Homem , em Seu corpo físico.

        Filipenses 3:21 diz que "Ele transformará o nosso corpo abatido, para ser conforme o seu corpo glorioso...". Este verso é claro sobre o fato de que Jesus continua com o Seu corpo físico. É um corpo de glória, que Paulo chama “o seu corpo glorioso”. E quando Jesus regressar, Ele ainda o terá, porque Ele transformará o nosso corpo abatido, para ser conforme o seu.  Tanto Jesus como todos os cristãos continuarão a viver juntos, eternamente, em seus corpos. Um corpo ressurreto não pode morrer (1 Coríntios 15:42), visto como é eterno (2 Coríntios 5:1).

        Por que Jesus Se tornou Homem e por que Ele o será eternamente? O Livro de Hebreus diz que foi para que Cristo pudesse ser um Salvador adequado a tudo de que necessitamos. Primeiro,observem que Jesus Se tornou Homem, a fim de morrer pelos nossos pecados. Ele precisava ser Homem, a fim de pagar a penalidade dos humanos. Segundo, Hebreus 2:17 diz que pelo fato de Jesus ser humano como nós, Ele pode ser o nosso Misericordioso Sumo Sacerdote. Sua humanidade O possibilita a ter uma empatia mais perfeita e a melhor Se identificar conosco. Não posso deixar de crer que seria muito destrutivo para o nosso conforto e fé não saber que Jesus continua sendo um Homem, no Seu corpo físico. Pois, se Ele não continuasse sendo um Homem no céu, como poderíamos nos confortar, sabendo que Ele não poderia Se identificar totalmente conosco? Ele pode Se identificar e ser o nosso Fiel Sumo Sacerdote e saber o que acontece conosco, não só por ter uma vez enfrentado a morte como Homem, mas porque Ele continua sendo Homem, eternamente.


Cada natureza permanece distinta
        A verdade sobre as duas naturezas distintas de Cristo de Sua perfeita humanidade e divindade é conhecida e bem compreendida pelos cristãos. Mas, para uma perfeita compreensão da Encarnação, precisamos ir mais longe. Devemos entender que as duas naturezas de Cristo permanecem distintas, retendo suas exatas propriedades. Mas, o que significa isto? Duas coisas: 1) - Elas não alteram as propriedades essenciais uma da outra; 2) - nem se fundem,  num misterioso tipo de natureza.

        Primeiro, seria errado que as duas naturezas de Cristo se misturassem para formar uma terceira natureza. Esta é uma das heresias contra a qual a igreja primitiva precisou lutar. Esta heresia ensinava que “a natureza humana de Cristo foi tomada e absorvida pela natureza divina, de modo que as duas naturezas formaram um terceiro tipo de natureza.”  Uma analogia disto pode ser vista quando colocamos uma gota de tinta num copo d’água; a mistura resultante não é tinta pura nem água pura, mas uma mistura de ambas, formando uma terceira espécie de substância, na qual a tinta e a água são mudadas. Igualmente, esta visão ensinava que Jesus era uma mistura de elementos divinos e humanos, tendo sido modificado para ter uma nova natureza. Esta visão não é bíblica, pois anula tanto a divindade como a humanidade de Cristo. Pois se as duas naturezas de Cristo se misturassem, Ele já não seria verdadeira e totalmente Deus, nem verdadeira e totalmente homem, mas um tipo de Ser completamente diferente, resultante da mistura das duas naturezas.

        Segundo, mesmo se não reconhecermos que as duas naturezas se misturam para formar uma terceira natureza, seria errado pensar que as duas naturezas se transformaram em outra. Por exemplo, seria errado concluir que a natureza humana de Jesus se tornou divina, de algum modo, ou que Sua natureza divina se tornou humana. Em vez disso, cada natureza permanece distinta, retendo, assim, suas exatas propriedades individuais, sem mudança alguma. Conforme o Concílio de Calcedônia declarou: “... a distinção das naturezas sendo de modo algum anulada pela união, mas, em vez disso, sendo preservada a propriedade de cada natureza...” (6). A natureza humana de Jesus permanece humana, e a divina permancesomente divina.

        Por exemplo, a natureza humana de Jesus não se tornou totalmente onisciente através de Sua união com Deus o Filho; nem Sua natureza divina se tornou ignorante de coisa alguma. Se qualquer uma das naturezas tivesse sofrido uma mudança em sua essência natural, então Cristo já não seria verdadeira e totalmente Homem, nem verdadeira e totalmente Deus.

Cristo é somente uma Pessoa

        O que vimos até agora sobre a divindade e humanidade de Cristo demonstra que Ele tem duas naturezas, a divina e a humana; que cada natureza é total e completa; que elas permanecem distintas e não se misturam, para formar uma terceira natureza e que Cristo é tanto Deus como homem para sempre.

        Mas, se Cristo tem duas naturezas, isto significa que Ele é duas pessoas? Não, Ele não é. Cristo continua sendo uma só Pessoa. Existe apenas um Cristo. A igreja tem declarado, historicamente, esta verdade, da maneira seguinte: Cristo tem duas naturezas unidas numa só Pessoa para sempre.

        Existe outra visão herética, sobre a qual devemos ficar cientes. Esta visão, conquanto reconhecendo que Jesus é totalmente Deus e totalmente Homem, nega que Ele seja uma só Pessoa. Conforme esta visão, existem duas pessoas separadas em Cristo, bem como duas naturezas. Ao contrário, a Bíblia é muito clara em que, conquanto Jesus tenha duas naturezas, Ele é apenas uma Pessoa. Em outras palavras, isto significa que não existem dois Jesus Cristos. Mesmo tendo uma dualidade de naturezas, Ele não é dois Jesus Cristos, mas apenas um Jesus Cristo. Conquanto permanecendo distintas, as duas naturezas são unidas, de tal maneira que Ele é uma só Pessoa.

        Colocando simplesmente, existe um certo sentido no qual Jesus Cristo é dois, e um sentido no qual Ele é um. Ele é dois, no sentido de possuir duas naturezas, uma divina e uma humana. Ele é um,em que, mesmo permanecendo distintas, as duas naturezas coexistem de tal modo a constituírem “uma só coisa”. Em outras palavras, as duas naturezas são ambas o mesmo Jesus e, portanto, uma só Pessoa. Segundo afirma o Credo de Calcedônia, Cristo deve “ser reconhecido em duas naturezas... concorrendo em uma só Pessoa e uma substância única, embora partida ou dividida em duas pessoas, mas um mesmo Filho unigênito de Deus, o Verbo, o Senhor Jesus Cristo...”

 
Evidência de que Cristo é só uma Pessoa
        Veremos três passagens do ensino bíblico, dizendo que, embora Cristo tenha duas naturezas distintas e imutáveis, contudo Ele permanece uma Pessoa.

1 - Ambas as naturezas são representadas na Escritura como constituindo “uma só coisa”, isto é, como unidas em uma só Pessoa. Em João 1:14, lemos: ""E o Verbo se fez carne, e habitou entre nós, e vimos a sua glória, como a glória do unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade".
     

        Vemos aqui as duas naturezas: o Verbo (Sua divindade) e a carne (Sua humanidade). Contudo, vemos também que existe uma só Pessoa, pois lemos que “O Verbo se fez carne”, exigindo que reconheçamos a unidade das duas naturezas, de modo a serem uma só coisa - isto é, uma só Pessoa. Pois, em que sentido João poderia ter escrito “o verbo se fez carne”, se este não constituísse uma só Pessoa? Certamente, isto não poderia significar outra coisa, pois  iria contrariar o ensino da Escritura sobre a distinção das duas naturezas. Escrituras adicionais referentes a esta linha de evidência são Romanos 8:3; Gálatas 4:4; 1Timóteo 3:16; Hebreus 2:11-14 e 1 João 4:2,3.

2. - Jesus nunca fala de Si mesmo como “nós”, mas sempre como “EU”.

3. - Muitas passagens se referem a ambas as naturezas de Cristo, mas claramente tratando de uma só Pessoa.

É impossível ler as seguintes passagens, as quais afirmam claramente as duas naturezas de Cristo e, mesmo assim, concluir que Ele seja duas pessoas: Romanos 8:3; Gálatas 4:4 e Filipenses 2:6-7.

        Considerando que Cristo é duas naturezas numa só Pessoa e, tendo em vista ainda o que está nisso envolvido, examinemos agora as duas implicações disto, o que nos ajudará a completar o quadro de nossa compreensão.

Implicação - As coisas que são verdadeiras numa natureza, mas não em outra, mesmo assim são verdadeiras na Pessoa de Cristo.

        Conforme foi visto antes, o fato de Cristo ser duas naturezas, isto significa que existam coisas que são verdadeiras em Sua natureza humana, que não são verdadeiras à Sua natureza divina. Por exemplo,  Sua natureza humana foi pendurada na cruz e Sua natureza divina jamais teve fome. Então,  quando Cristo sentiu fome na Terra, foi Sua natureza humana quem sentiu fome e não Sua natureza divina.

        Agora estamos em posição de entender que, em vista das duas naturezas em uma só Pessoa, as coisas que são verdadeiras numa natureza não o são noutra, mas tudo que é feito por uma das duas naturezas em Cristo é, verdadeiramente, feito pela Sua Pessoa. Em outras palavras, uma coisa que somente uma das duas naturezas faz pode ser considerada como feita pelo próprio Cristo. Do mesmo modo, as coisas que são verdadeiras de uma natureza mas não de outra, são verdadeiras na Pessoa de Cristo como um todo. Isto significa que, se existe alguma coisa que somente uma das duas naturezas de Cristo faz, Ele pode perfeitamente dizer “Eu fiz”.
        Temos muitos exemplos na Escritura que o demonstram. Por exemplo, em João 8:58, lemos Jesus dizendo: "Antes que Abraão existisse, eu sou".  Ora, a natureza humana de Cristo não existia antes de Abraão, mas Sua natureza divina, que existe eternamente, já existia antes de Abraão. Mas, visto como Cristo é uma só Pessoa, Ele pôde afirmar: “... Antes que Abraão existisse, eu sou”.

        Outro exemplo simples é a morte de Cristo. Deus não pode morrer. Jamais devemos mencionar a morte de Cristo como tendo sido “a morte de Deus”.  Mas, como os humanos morrem, a natureza humana de Cristo foi a que morreu. Desse modo, mesmo que a natureza divina de Cristo não tenha morrido, podemos dizer que “Cristo experimentou a morte por todos os homens”, em vista da perfeita união das duas naturezas numa só Pessoa. Por isso Grunden diz: “Em virtude da união com a natureza humana de Jesus, Sua natureza divina, de certo modo,  provou algo semelhante a passar pela morte. Assim, a Pessoa de Cristo experimentou a morte”  (7).

        Você já deve ter estranhado o fato de Jesus dizer que não sabia a hora do Seu regresso à Terra (Mateus 24:36), mesmo sendo Onisciente (João 21:17). Se Jesus é Deus, por que Ele não sabia a hora do Seu retorno? Isto pode ser resolvido pela compreensão de que Cristo é uma Pessoa em duas naturezas. Em Sua natureza humana, Jesus não possuía todo o conhecimento. Assim, em Sua natureza humana, Ele não sabia o dia nem a hora do Seu retorno. Mas, em Sua natureza divina, Ele possui todo o conhecimento e, portanto, Ele o sabia.

        Vamos agora à parte mais fascinante. Visto como as duas naturezas de Cristo estão unidas numa só Pessoa, o fato d'Ele não saber quando iria regressar à Terra não significa que a Pessoa de Cristo não o soubesse. Por isso a Pessoa de Jesus pôde dizer em Mateus 24:36: "Mas daquele dia e hora ninguém sabe, nem os anjos do céu, mas unicamente meu Pai". Ao mesmo tempo, em virtude de Sua natureza divina, Ele pôde dizer que a Pessoa (natureza humana) de Jesus não sabia quando Ele iria regressar. O conhecimento e a ignorância do Seu regresso são, igualmente, verdadeiros na Pessoa de Cristo, mas sob aspectos diferentes. Em Sua natureza humana, Ele o ignorava, mas em Sua natureza divina, Ele o sabia.


Conclusão

        Vimos a evidência bíblica de que Jesus Cristo é Deus o Filho.  Que Ele possui tanto a natureza divina como a natureza humana e que cada uma das duas naturezas é perfeita e completa, permanecendo distinta, mas que Cristo é, mesmo assim, uma só Pessoa; e que as coisas verdadeiras a uma natureza também são verdadeiras à Pessoa de Cristo.

        A importância destas verdades deveria existir sem palavras, pois elas calam exatamente em nosso coração a respeito do que Cristo é. Conhecer estas verdades afetará grandemente a maneira como vemos Cristo  e tornam mais vívidas as narrativa de Sua vida terrena. E a compreensão destes fatos aprofunda a nossa devoção a Cristo.

        Ter uma compreensão melhor da Encarnação de Deus o Filho deveria fortalecer grandemente a nossa adoração. É motivo de grande admiração e alegria  saber que a eterna Pessoa de Deus Se tornou Homem, para sempre. Nosso reconhecimento da Pessoa de Cristo será elevado e nossa fé nEle será fortalecida, por termos uma compreensão mais profunda de Quem realmente Ele é.

        A união da divindade e humanidade de Cristo numa só Pessoa faz com que todos nós tenhamos a necessidade do mesmo Salvador. Como isto é glorioso!

        Porque Jesus é Deus, Ele é Onipotente e jamais poderá ser derrotado. Ele é Deus, sendo, portanto, o único Salvador adequado. Porque Ele é Deus, os crentes estão seguros  de que jamais perecerão. Estamos seguros porque Ele é Deus e todas as pessoas Lhe prestarão contas, quando Ele regressar para julgar o mundo.

        Porque Jesus é Homem, Ele experimentou as mesmas coisas que experimentamos. Porque Ele é Homem, pode vir em nosso socorro, como o nosso Fiel Sumo Sacerdote, quando chegamos ao limite de nossas fraquezas humanas. Porque Ele é Homem, podemos nos relacionar com Ele, pois Ele não está longe de nós e nem fica alheio às nossas necessidades. Porque Ele é Homem, não podemos nos queixar de que Deus não conheça os problemas pelos quais estamos passando. Ele os experimentou em primeira mão.

        Finalmente, devemos estar preparados para defender a verdade sobre a divindade de Jesus Cristo e a Sua humanidade,  e tornar compreensível aos outros a  união das naturezas divina e humana numa só Pessoa.

        Deste modo, consideremos a necessidade de memorizar os muitos versos que ensinam que Jesus é tanto Deus como Homem, a fim de podermos explicar aos outros a relação entre as duas naturezas de Cristo.

        Que possamos aguardar, até que Ele venha,  o dia em que O veremos face a face, regozijando-nos na bendita esperança desse dia e que isto possa nos inspirar a ter uma diligência maior em servi-Lo e adorá-Lo.


Bibliografia

1 J.I. Packer, Knowing God (Downers Grove, Illinois: InterVarsity Press, 1993 edition), p. 53.
2 Wayne Grudem, Systematic Theology: An Introduction to Biblical Doctrine (InterVarsity and Zondervan Publishing, 1994), p. 556.
3 Packer, p. 57.
4 Grudem, p. 554.
5 Grudem, p. 556.
6 Chalcedonean Creed, quoted in Grudem, p. 557.
7 Grudem, p. 560.



 By John Piper. © Desiring God. Website: 
desiringGod.org














PARA REFLETIR

A respeito de Jesus Cristo, o modelo supremo de caráter, responda:

Para que Jesus se fez homem?
Para remir o homem perdido.

Que fez Jesus dos doze aos trinta anos?
Ele exerceu o ofício de carpinteiro, aguardando o momento de iniciar seu ministério.

Que revelam as ações de Jesus em seu ministério?
O lado divino e o lado humano de sua personalidade singular.

Cite algumas características do caráter de Jesus como homem perfeito.
Humilde, manso, misericordioso, pacificador.

Como Jesus demonstrou seu amor pelos homens?
Ele demonstrou seu amor na prática.




SUBSÍDIOS ENSINADOR CRISTÃO

Jesus Cristo, o Modelo Supremo de caráter

Jesus Cristo foi o maior “evento” que aconteceu no mundo. Chamamos evento porque nosso Senhor não era simplesmente homem, Ele era Deus; não era simplesmente Deus, Ele era homem. A encarnação do Filho trouxe à humanidade uma nova esperança que há muito havia desaparecido entre os hebreus. Entretanto, essa esperança alcançou a humanidade inteira, pois Jesus Cristo morreu por todo o mundo. Por isso, ao iniciar a aula, professor, procure levar o aluno a essa reflexão.

O Filho de Deus se fez Homem
Não há nada mais significativo nos Evangelhos que a narrativa da Encarnação de Jesus. Com encarnação nos referimos ao processo de humanização da divindade. Jesus é achado Filho de Deus e sua concepção foi obra do Espírito Santo. As Escrituras afirmam que Maria, sua mãe, concebeu a Jesus virginalmente (Lc 1.26-35). A concepção de Cristo foi obra do Espírito Santo, sem paternidade humana, assistida pelo Pai Celeste; e obra da Santíssima Trindade. Diferentemente dos deuses pagãos, o Deus da Bíblia buscou se revelar a humanidade toda como igual com ela. Sem deixar de ser divino e, igualmente, sem deixar de ser humano, pois as suas duas naturezas, humanas e divinas são inseparáveis.

Verdadeiro Deus
O Credo Apostólico afirma: “Creio [...] em Jesus Cristo, seu Filho Unigénito, o qual foi concebido pelo Espírito Santo”. O apóstolo Paulo também testemunha com clareza a sua divindade: “De sorte que haja em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus, que, sendo em forma de Deus, não teve por usurpação ser igual a Deus” (Fp 2.5,6). Por isso, o modo do Deus Único agir e de se relacionar com o ser humano está demonstrado em Jesus Cristo. Nele são denunciadas toda imagem falsa de Deus, as divindades pagãs e tudo o que nada tem haver com o seu amor e a sua justiça.

Verdadeiro Homem
O Credo Apostólico também declara: “Creio [...] em Jesus Cristo [...] [que] nasceu da virgem Maria, padeceu sob o poder de Pôncio Pilatos, foi crucificado, morto e sepultado”. Esse artigo declara o ensino bíblico sobre a natureza humana de Jesus.
Quando conhecemos a natureza humana de Jesus Cristo, podemos chegar a Ele com toda a nossa fraqueza e fragilidade porque Ele foi humano como nós o somos. Imagine: Deus em sua glória encarnou-se humanamente e não quis ser um “super-homem”. Por que nos apresentaríamos super-humanos diante de Deus? Ele nos conhece por dentro e por fora!









Kairós e chronos, um entendimento sobre o tempo de Deus.

Quando vamos falar sobre tempo, devemos ter o cuidado de especificar sobre o que estamos querendo abordar, já que a compreensão sobre esse tema é muito mais abrangente do que visamos tratar nesse artigo;  iremos focar o entendimento Kairós e Chronos sobre a visão do novo testamento uma vez que a língua grega tem uma riqueza de termos com os quais se expressa a experiência do tempo, 

Na Mitologia
É impossível compreender esse pensamento sem mergulhar e entender um pouco da cultura em que tudo isso foi escrito e tratado.
Chronos era um titã que se tornou senhor do céu após destronar seu pai (Urano), e a partir desse acontecimento os titãs passaram a governar o mundo.
O mito do Chronos ilustra temas como envelhecimento, mudança entre outros elementos relacionados ao tempo, Chronos personificava o senhor do tempo, aquele que tudo devora “Chronos devora ao mesmo tempo que gera”, essa é uma alusão ao mito que ele devorava todos os filhos assim que deixavam o ventre sagrado da mãe, De acordo com a mitologia ele temia uma profecia segundo a qual seria tirado do poder por um de seus filhos pois não queria que ninguém lhe sucedesse, além dos próprios filhos devorava os seres e o destino, Chronos deu origem a palavra cronometro do nosso relógio que regulamenta o nosso tempo.
Kairós por sua vez representava o oposto, era descrito como um jovem que não se preocupava com o relógio, calendário e o tempo cronológico. Kairós era representado por um jovem que sempre estava nu, de asas nos ombros e nos tornozelos, tinha mechas de cabelo caindo sobre a testa, mas a sua nuca é calva. Isso representa o caráter instantâneo de sua apreensão: ele só pode ser pego (agarrado pelos cabelos) em sua passagem por nós e, uma vez tendo passado, é impossível alcança-lo (não tem cabelos na nuca por onde possa ser puxado de volta).
Kairós tem numa das mãos uma balança. A balança é símbolo do equilíbrio e da justiça: Kairós, embora veloz, não ultrapassa a medida.
Vimos que bem antes do cristianismo a ideia de tempo (Kairós e Chronos) era utilizada pelos filósofos gregos, a começar por Hesíodo (+ ou – 750 e 650 a.C) – poeta e um dos pais da cultura grega.

Na LXX “Septuaginta”
Segundo a tradição, ou para muitos apenas uma lenda, Ptolomeu II Filócrates (287-247 a.C.), rei do Egito, pediu que fosse traduzido a lei dos Judeus para o grego, para assim enriquecer a biblioteca de Alexandria, já considerada centro intelectual da época, para isso foram convocados 72 sábios Judeus, e assim a tradução foi concluída em 72 dias, dando nomenclatura ao titulo.
Tendo a tradução do velho testamento para o grego, gostaria de extrair a ideia do conhecimento de tempo já empregado na mesma.
Baseado em ECL 3:1
Tradução ACF (Pt) – TUDO tem o seu tempo determinado, e há tempo para todo o propósito debaixo do céu.
Tradução BGT (Gr)  – τος πσιν χρνος κα καιρς τ παντ πργματι π τν ορανν
“Tudo tem o seu Chronos determinado, e há um Kairós para todo propósito” – existe um tempo cronológico dentro do qual vivemos, e dentro dele um momento oportuno para que se cumpram os propósitos.
Aqui fica clara a ideia de tempo no entendimento baseado na cultura grega que era uma forma comum de passar o conhecimento para que o povo a qual estivesse destinado conseguisse entender.

Definições sobre kairós e chronos
Kairós – “Tempo”, especialmente um “ponto no tempo”, “momento”, “tempo oportuno”, “oportunidade favorável”, “ponto justo”, “medida certa”, “lugar apropriado”, “aquilo que é conveniente apropriado ou decisivo”.
Na teologia passou a ser usado para descrever a forma qualitativa do tempo ou “o tempo de Deus”, o tempo que não pode ser medido, é o tempo da oportunidade, livre do peso das cargas que se passam e da ansiedade das coisas que acontecem antes do tempo, ele se manifesta sempre no presente, instante após instante; Kairós marca os momentos que se tornam inesquecíveis, ainda que tenham sido breves, os gregos acreditavam que com o Kairós poderiam enfrentar o cruel e tirano Chronos.
Quando se fala em Kairós se quer indicar que alguma coisa aconteceu tornando possíveis ou impossíveis certas coisas.
Chronos – “Tempo”, “período de tempo”, “espaço de tempo, longo ou breve”.
Chronos serve inicialmente para a designação formal de um espaço de tempo, ou ponto de tempo, refere-se ao tempo cronológico ou sequencial que pode ser medido. Ele controlava o tempo desde o nascimento até a morte, um pensamento Grego era que Chrono representava o tempo que faltava para a morte, uma vez que era impossível fugir do mesmo, todos seriam mais cedo ou mais tarde vencidos (devorados).

Sobre a invasão de Deus na história manifestando o Kairós
Kairos é a invasão de Deus no tempo, quando Deus invade o chronos se estabelece o kairos, Deus invadiu a história, Deus invadiu a história para fazer o que tinha que ser feito, na hora que tinha que ser feito, e o kairos divino só leva em conta se o ser humano que ele escolheu para este Kairo está pronto. Ele não leva em conta se as circunstancias são acolhedoras ou favoráveis, ele leva em conta se o ser humano está pronto.
E quando ele se manifesta, o kairos dignifica/dá sentido ao choronos, aquele tempo, aquele minuto.
O Espirito Santo é um agente preparador, ele nos prepara para estar pronto a manifestação de Deus através do kairos, nos permitindo viver um tempo oportuno, e se alinhando com a vontade do pai. Muitas vezes nossas ações diárias de serviço que afetam a vida do próximo, pode ter sido a manifestação do kairos de Deus na sua vida em virtude/favor do outro, um abraço amigo, uma palavra, um estender de mãos para aquele que não tem mais nenhuma outra opção.
O Espirito Santo trabalha em nós para nos deixar disponiveis, para que o pai possa invadir o chronos na hora que ele quiser e assim manifestar a sua vontade aos homens, isso faz com que a minha vida ganhe sentido, cada manifestação do kairós dá sentido ao meu chronos, assim como da sentido a nossa vida nos ajuda a filtrar o que devemos ou não fazer, nos fazendo compreender por que a gente está na história, a gente está na história para que Deus invada a história a hora que ele quiser através de nós. Prontos para Deus, na hora de Deus. Por que da nossa prontidão, pode depender a nossa vida, assim como a vida de outras pessoas, assim como a salvação do Mundo, vide Jose e Maria, que estavam prontos para Deus.

Meu posicionamento pode gerar um efeito cascata do kairós
O eu estar pronto para a invasão de Deus no chronos, para o kairós de Deus, pode desencadear uma reação extraordinária de Deus na história, no momento em que eu estou pronto para Deus agir através de mim, e ele alcança o próximo, isso pode desencadear uma abertura no próximo para receber o kairós, e assim por diante, então você estar pronto a ser um agente receptor do kairós, pode gerar uma reação em cadeia e uma abertura imensurável para a manifestação do kairós em uma comunidade, igreja, estado, pais.

No Novo Testamento Kairós e Chronos
Paulo e a igreja primitiva falava de Kairós, o tempo certo para a vinda de Cristo, é realmente um fator novo e decisivo para qualquer conceito cristão do tempo é a convicção de que com a vinda de Jesus, raiou um Kairós sem igual, mediante o qual é qualificado o restante do tempo.
Abordar a questão de Maria e José estarem disponíveis para Deus, no tempo/dia que Deus precisou, lembrando que nem sempre essa disponibilidade vai fazer com que tudo dê certo, pelo contrário, muitas das vezes o fato de nos disponibilizarmos pode nos conduzir a um caminho doloroso (vide vida de Maria e José)

Mac 1:15
Tradução ACF (Pt)  – E dizendo: O tempo está cumprido, e o reino de Deus está próximo. Arrependei-vos, e crede no evangelho.
Tradução BNT (Gr)  κα λγων τι πεπλρωται  καιρς κα γγικεν βασιλεα το θεο· μετανοετε κα πιστεετε ν τ εαγγελίῳ
O Tempo está cumprido, o Reino de Deus está sendo manifestado aqui e agora, onde somos exortados a fazer bom uso do tempo que temos.
É importante compreendermos que com a manifestação de Jesus, e sua morte, vivemos em um novo tempo (Kairós), um tempo aceitável de manifestação de justiça e salvação, cabendo a nós nos posicionarmos e vivermos nele.
2Cor 6:2
Tradução ACF (Pt)  – (Porque diz: Ouvi-te em tempo aceitável E socorri-te no dia da salvação; Eis aqui agora o tempo aceitável, eis aqui agora o dia da salvação).
Tradução BNT (Gr)  – λγει γρ· καιρ δεκτ πκουσ σου κα ν μρ σωτηρας βοθησ σοι. δο νν καιρς επρσδεκτος, δο νν μρα σωτηρας.

Aplicando
Quando Deus promete a Abraão que lhe daria um herdeiro, apesar de Sara ser estéril e já avançada em idade, por ser sua esposa legítima ela se torna coparticipante da promessa, portanto, o “filho da promessa” viria dela. Porém pelas circunstâncias racionais, ela não confiou na promessa designada ao seu marido, que se cumpriria no momento certo (Kairós).
É quando Chronos se manifesta ditador e cruel, que nos escraviza delimitando tudo o que devemos fazer, dia a dia, nos dando a sensação de que o tempo está passando e que sempre estamos deixando ou perdendo algo, e com isso pagamos um alto preço para cumprir todas as suas normas, muitas das vezes deixamos de ser quem somos e vivemos de uma forma mecanizada obedecendo e se enquadrando em cada tic tac do relógio.
E Sara se sente pressionada pelo tempo, vendo que cada dia está mais velha tendo a impossibilidade de ser portadora da promessa, e assim Chronos vence uma batalha, e faz com que Sara por conta própria desse Agar a Abraão, sua serva para lhe gerar um filho, que deveria ser dela no tempo certo.
Rom 9:9
Tradução ACF (Pt)  – Porque a palavra da promessa é esta: Por este tempo virei, e Sara terá um filho.
Tradução BNT (Gr)   παγγελας γρ λγος οτος· κατ τν καιρν τοτον λεσομαι κα σται τ Σρρ υἱός.
Existe um tempo certo para que se manifeste a boa, agradável e perfeita vontade de Deus em nossas vidas, assim como vimos em Eclesiastes não temos como mudar isso, vivemos regido pelo Chronos; cada ano, mês, dia, hora que se passa precisamos nos atentar em estar posicionados de uma forma para que quando o Kairós chegue agarremos suas mexas com todas as nossas forças para que ele não escape.

Se analisarmos as palavras de Jesus em João 7:8
Tradução ACF (Pt)  – Subi vós a esta festa; eu não subo ainda a esta festa, porque ainda o meu tempo não está cumprido
Tradução BNT (Gr)   – μες νβητε ες τν ορτν· γ οκ ναβανω ες τν ορτν τατην, τι μς καιρς οπω πεπλρωται ;
Podemos ver que Ele compreendeu e viveu esse principio, Ele andava no Chronos como qualquer um de nós, mas aguardando manifestar o tempo certo e oportuno para que através dEle se realizasse a vontade do Pai.
(Jesus já tinha iniciado o seu ministério, mais ainda não tinha de forma abverta para todos manifestado sua missão de Filho e Messias, estava aguardando o kairos para se revelar.)
Devemos vigiar e orar, estando atentos aos sinais que nos cercam e preparando um caminho para que Ele venha sobre nós, que possamos ouvir Seu chamado e assim como os apóstolos deixar tudo e segui-Lo, compreendendo que viveremos tempos difíceis, porém sempre confiantes que Ele está conosco e  nós dará o refrigério necessário em tempo oportuno (Kairós) para que não venhamos a retroceder.

Gal 6:9
Tradução ACF (Pt)  – E não nos cansemos de fazer bem, porque a seu tempo ceifaremos, se não houvermos desfalecido 
Tradução BNT (Gr) – τ δ καλν ποιοντες μ γκακμενκαιρ γρ δίῳ θερσομεν μ κλυμενοι. 
Finalizando
Minha oração: Eu estarei no lugar onde Deus possa invadir a história, e se ele precisar de mim, eu estarei lá.
Que sejamos pessoas que o pai tenha a possibilidade de invadir o chronos/história, pois todas as vezes que Deus entra na história, ele entra para revelar cristo.
Revelar Cristo é mudar a história, revelar Cristo é trazer salvação, mudanças de diagnósticos, trazer a existências coisas que não existem como se já fossem, etc…



Bibliografia:
Harris, R. Laird; Archer, Gleason L.; Waltke, Bruce K. – Dicionário Internacional de Teologia do Novo Testamento; 1ª edição; São Paulo; Editora Vida Nova; 1998.
Tillich, Paul; História do Pensamento Cristão; 4ª edição; São Paulo; Editora Aste; 2007
Rusconi, Carlo; Dicionário do Grego do Novo Testamento; 4ª edição; São Paulo; Editora Paulus; 2003.
BRANDÃO, Junito de Souza. Mitologia Grega Vol I. Petrópolis, Vozes, 2004;
BibleWorks; versão 8




O tempo: aion, kronos e kairós
.
Os gregos usavam pelo menos três palavras para designar tempo: aion, kairós e kronos.

Aion indicava o tempo de longo prazo, na verdade, de longuíssimo prazo, que o apóstolo usa quando diz que Jesus é Senhor não apenas neste século, ou era, isto é, aion, como também no vindouro. Kairós indicava um bloco de tempo, uma ocasião adequada ou uma oportunidade: o tempo das “águas de março que fecham o verão”, a estação da sua fruta predileta, o período da adolescência ou a hora certa de pedir a moça em casamento. Kronos é o tempo medido pelo relógio: segundos, minutos e horas.
Enquanto atravessamos o palco da história, somos convocados a responder a cada uma destas dimensões do tempo. O aion reclama nossa entrega e rendição, a admissão de nossa finitude. Diante do aion, a duração de nossas vidas é comparada a um vapor, a uma pequenina flor que pela manhã floresce e ao final da tarde voa no vento. O aion exige humildade: agradecer a Deus a oportunidade de entrar na existência e encarar a aventura de viver um privilégio, como gota que se alegra em participar do mar.
O kairós exige atenção e prontidão, pois tal é a oportunidade como um cometa que passa em velocidade atroz: quem piscou, perdeu o espetáculo. Não há espaço para protelação, procrastinação e displicência. O kairós exige sabedoria. O apóstolo Paulo recomenda remir o tempo, isto é, aproveitar a oportunidade para que não se ouça “não adianta mais, agora é tarde, passou o tempo, deixamos escapar o kairós”.
Kronos é o mais cruel. Na mitologia grega, incitado pela mãe Gaia (a terra), castrou o pai Urano (o céu) e se tornou o primeiro rei dos deuses. Seu reinado foi de prosperidade, mas viveu ameaçado pela profecia de que seria vencido por um dos seus filhos. Para que não se cumprisse este vaticínio, devorava os filhos assim que nasciam. Até que Zeus foi salvo pela mãe Réia e, tendo destronado o pai, o expulsou do Olimpo e libertou todos os irmãos. Talvez por isso Kronos seja visto como o tempo devorador, cruel, que corre sem parar nos empurrando para perto e cada vez mais perto da morte. Kronos é tempo com medida, e cada pessoa terá a sua, no mistério da economia divina. O que não é inesgotável reclama cuidado, recursos finitos implicam boa administração. Cada um tem sua fatia de segundos, minutos e horas, e ninguém sabe ao certo sua porção, ninguém é capaz de saber quando será seu último dia, viverá seu último segundo, consumirá seu último fôlego. E como advertiu Jesus, ninguém pode acrescentar um passo sequer ao seu limite de existência. Mas pode abreviar. Kronos exige responsabilidade. O poeta bíblico recomenda a oração: pedir a Deus que ensine a contar os dias, isto é, ensine a viver, concedendo coração sábio para o bom uso da medida de kairós: usar bem, não desperdiçar, desfrutar.
Os anos se vão, o passado fica para trás. “O tempo voa”, dizemos, “como passou rápido esse ano, já é Natal”.
Gratidãosabedoria e responsabilidade, eis os desafios para o aproveitamento do tempo.
À sombra da eternidade, caminhamos gratos pelo privilégio de existir e viver. Na dança das oportunidades, caminhamos com sabedoria para colher cada fruto em sua estação própria.
Enquanto corre o tempo, vivemos. Enquanto nos empurra para o fim de nossa medida, vivemos.

Vencemos a morte vivendo. É melhor morrer vivendo que viver morrendo.
Que hoje seja tempo de Deus.
Tempo com Deus. Tempo para Deus. E vida para todos nós.
Amém. 











Biografia de Jesus Cristo
Jesus Cristo foi o grande profeta, a figura central do Cristianismo. As principais fontes de informação sobre a vida de Jesus são os quatro Evangelhos Canônicos, pertencentes ao Novo Testamento e escritos originalmente em grego, em diferentes épocas, pelos seguidores dos discípulos Mateus, Marcos, João e Lucas.
Jesus, filho do carpinteiro José e de Maria, nasceu nos arredores da Palestina, provavelmente no ano 6 a.C., no governo do imperador Augusto, quando Roma dominava a Palestina. A diferença entre o nascimento "real" de Jesus e o “ano zero” do calendário cristão se deve a um erro de cálculo, quando a Igreja através do monge Dionísio Exíguo, resolveu reformular o calendário, no século VI.
A data do nascimento de Jesus é uma incógnita, 25 de dezembro era a data em que os romanos celebravam sua festa de solstício de inverno, a noite mais longa do ano. Quase todos os povos comemoravam esse acontecimento, desde o início da civilização. O dia em que Jesus nasceu não consta na Bíblia, foi uma escolha da igreja V séculos depois, para coincidir com as festas de fim de ano, a semana entre o Natal e o Ano Novo.
Segundo o evangelho de Lucas, Jesus nasceu em Belém porque na época, o imperador Augusto obrigou seus súditos a se registrarem no primeiro censo do império, dessa forma todos deveriam retornar à cidade de origem para se alistar. Como a família de José era de Belém, ele voltou para sua cidade, levando Maria já grávida.
No Evangelho de Lucas, o anjo Gabriel apareceu na casa de Maria, em Nazaré, e anunciou que ela daria a luz a um futuro rei, e que o "Filho de Deus" se chamaria “Jesus”. Maria era prometida a José, e o anjo anunciou que o filho seria concebido pelo Espírito Santo. No relato de Mateus, José soube em sonho que Maria daria a luz a um menino concebido pelo Espírito Santo. Quando Jesus nasceu, os reis magos (integrantes de uma casta de sábios da Pérsia) seguiram uma estrela que os conduziu à Belém.
Jesus foi levado pela família para o Egito, em seguida vai morar em Nazaré, na Galileia, onde foi criado. Essa fuga para o Egito, segundo relata Mateus, foi para escapar de uma sentença de morte anunciada por Herodes, que ao saber do nascimento do "Filho de Deus", manda matar todas as crianças de até 2 anos, nascidos em Belém.
Jesus passa a infância e a juventude em Nazaré na Galileia. O Evangelho de Lucas conta que aos 12 anos ele viajou com os pais, de Nazaré para Jerusalém, para celebrar o Pessach - a Páscoa Judaica. Quando estavam no caminho de volta para Nazaré, José e Maria perceberam que Jesus não estava com eles. Procuraram durante 3 dias e decidiram voltar ao Templo de Jerusalém, local sagrado para os judeus, onde encontraram Jesus discutindo com os sacerdotes. Segundo Lucas "Todos que o ouviam se admiravam com sua inteligência".
Com 13 anos, Jesus celebrou o barmitzvah, ritual que marca a maioridade religiosa dos judeus. No Evangelho de Marcos, o mais antigo, Jesus é chamado de Tekton, que no grego do século I se referia a um pedreiro. Os evangelhos de Marcos e Mateus citam que Jesus tinha 4 irmãos: Thiago José, Simão e Judas, além de 2 irmãs, não nomeadas.
Segundo a historiadora Paula Fredriksen, da Universidade de Boston, os 4 irmãos de Jesus tinham o nome de fundadores da nação de Israel. Seu próprio nome em aramaico, Yeshua, recordava o homem que teria sido o braço direito de Moisés e liderado os israelitas no êxodo do Egito.
Há um consenso entre os pesquisadores, que aos 20 anos, Jesus seguia a seita dos essênios, uma entre tantas outras que os judeus se dividiram para ir contra os romanos, uma vez que Pôncio Pilatos, que assumiu o governo da Judeia, desdenhava da fé dos judeus por acreditarem em um Deus único. Existe semelhança entre a seita dos essênios e a que Jesus fundaria - ambas viviam sem bens privados, em regime de pobreza voluntária e chamavam Deus de "pai". Essa hipótese foi reforçada com a descoberta dos manuscritos do Mar Morto em 1947. Eles continham detalhes de uma comunidade ligada aos essênios.
Os escritos sagrados relatam que João Batista fazia suas pregações e usava o batismo como forma de purificar seus seguidores, que deveriam confessar seus pecados e fazer votos de uma vida honesta. Jesus, já adulto, por volta dos 30 anos, aparece nas escrituras pedindo a João para ser batizado. Depois de purificado nas águas do rio Jordão, Jesus parte para sua vida de pregações e milagres. Tal como João Batista, Jesus via o mundo dividido entre forças do bem e do mal. E que Deus logo viria intervir para acabar com o sofrimento. Ambos, segundo pesquisadores, eram "Profetas apocalípticos".
Jesus, já com seus 12 discípulos, em plena pregação, recebeu a notícia da morte de João Batista, ordenada pelo Rei Herodes Antipas, filho de Herodes, o Grande, em vingança pela atitude de João haver condenado publicamente o rei, que havia violado o 10º mandamento da lei judaica. Mateus relata que "Jesus retirou-se para um lugar deserto e o povo saiu em sua direção". Logo em seguida Jesus realiza o milagre dos 5 pães e dos 2 peixes, matando a fome da multidão de seguidores.
Jesus rumou com seus discípulos para o Templo de Jerusalém, para celebrar a Páscoa. Ao entrar foi aclamado como filho de Deus. Logo que chegou causou tumulto destruindo barracas que estavam na frente do Templo, usadas para trocar moedas estrangeiras dos romeiros, por dinheiro local, cobrando comissão. Era ofensa praticar comércio em pleno Templo.
Jesus celebrava a Páscoa com seus apóstolos "A Última Ceia", quando anunciou que seria traído por um dos presentes, Judas Escariotes. Na mesma noite, Jesus segue para o Jardim de Getsêmani, na encosta do Monte das Oliveiras, para orar, em companhia de Pedro, Tiago e João. A traição de Judas foi confirmada. Por 30 moedas de prata e um beijo na testa, Jesus foi revelado e preso.
Os soldados levaram Jesus para o encontro de Caifás. Jesus foi acusado de desordem no Templo e quando confirmado que era o "Filho de Deus" e rei dos Judeus, foi acusado de blasfêmia. Em seguida foi levado à presença de Pôncio Pilatos, governador da Judeia, depois, por ser da Galileia, foi levado a Herodes Filho, que governava a Galileia. Herodes zombou de Jesus e devolve-o a Pilatos. Levado para a punição carrega sua cruz, é crucificado, morto e colocado em um túmulo, fechado com uma grande pedra.
Os Evangelhos contam que em visita ao túmulo, Maria encontra a pedra aberta e o sepulcro vazio. Depois Jesus teria aparecido a Maria confirmando sua ressurreição. Vários relatos contam a ascensão de Jesus. Marcos e Lucas relatam que depois de ter se encontrado com seus discípulos, "Jesus sobe aos céus e se assenta à direita de Deus".




JESUS É O MESSIAS PROFETIZADO NO ANTIGO TESTAMENTO? (Autor: Pr. Leoberto Negreiros)
 
A profecia bíblica é a chave para se entender tanto o passado quanto o futuro. Embora aos incrédulos ela talvez pareça uma pretensão absurda, é facilmente comprovada. Porque a maior parte das profecias registradas na Bíblia já se cumpriu, fica muito simples determinar se essas profecias são ou não são confiáveis.

Dois importantes assuntos da profecia deslizam consistentemente através das Escrituras. (1) Israel; (2) O Messias que vem para Israel e através de Israel para o mundo, como Salvador de toda a humanidade. Ao redor destes dois temas centrais quase todas as demais profecias se desenrolam e encontram o seu significado, seja o Arrebatamento da Igreja, o Anticristo, seu governo e religião vindouros, o Armagedom, a Segunda Vinda de CRISTO, ou qualquer outra ocorrência profética. A Bíblia é absolutamente única na apresentação dessas profecias, as quais ela registra com detalhes específicos, começando há mais de 3.000 anos.

Cerca de 30% da Bíblia é dedicado à profecia. Esse fato torna válida a importância do que tem se tornado um assunto negligenciado. Em contraste marcante a profecia está completamente ausente no Corão, Vedas Hindu, Baghavad Gita, Ramayana, palavras de Buda e Confúcio, Livro de Mórmon, ou quaisquer outros escritos das religiões mundiais. Esse fato isolado já provê um inegável selo de aprovação divina e mesmo milhares de anos antes deles acontecerem, o DEUS da Bíblia prova ser o único DEUS verdadeiro, Criador do universo e da humanidade, o Senhor da História - e que a Bíblia é a Sua palavra infalível, dada a fim de comunicar os seus propósitos e meio de salvação a todos os que crerem. Aqui está uma prova tão simples que uma criança pode entender e tão profunda que os maiores gênios não podem refutar.

A profecia desempenha, então, um papel vital ao revelar o propósito de DEUS para a humanidade. Ela também fornece uma prova simples na identificação do verdadeiro Messias de DEUS, ou CRISTO, e desmascara o impostor Satanás, o Anticristo, de maneira que ninguém que absorva a Palavra de DEUS venha a ser por eles enganados.

Entretanto, por ser a profecia única na Bíblia, ela é única para CRISTO. Profecia nenhuma narrou a vinda de Buda, Maomé, Zoroastro, Confúcio, Joseph Smith, Mary Baker Eddy, os populares gurus hindus que têm invadido o Ocidente, ou qualquer outro líder religioso, todos eles sem as credenciais que distinguem JESUS CRISTO. Também há mais de 300 profecias do Velho Testamento que identificam o Messias de Israel. Séculos antes de sua vinda os profetas hebreus estabeleceram critérios específicos que deveriam ser preenchidos pelo Messias. O cumprimento dessa profecias nos mínimos detalhes da vida, morte e ressurreição de JESUS de Nazaré demonstram indiscutivelmente ser Ele o prometido por DEUS, o verdadeiro e único Salvador.

Na verdade, as profecias messiânicas do Velho Testamento somente poderiam ser cumpridas na pessoa de JESUS CRISTO. Existem centenas destas profecias, para que a possibilidade de convergência acidental para qualquer homem comum seja completamente descartada pelas leis da probabilidade. Observemos algumas destas profecias cumpridas literalmente em JESUS.

I. Em relação ao NASCIMENTO do Messias cumpridos em JESUS

  1. Seria a semente de uma mulher: (Profecia Gn 3.15. Cumprimento Lc 2.7) 
  2. Seria descendente de Abraão: (Profecia Gn 18.18. Cumprimento Mt 1.1) 
  3. Seria descendente de Isaque: (Profecia Gn 17.19. Cumprimento Mt 1.2) 
  4. Seria descendente de Jacó: (Profecia Gn 28.14. Cumprimento Mt 1.2) 
  5. Descenderia da tribo de Judá: (Profecia Gn 49.10. Cumprimento Mt 1.2-3) 
  6. Seria o herdeiro do trono de Davi: (Profecia Is 9.7. Cumprimento Mt 1.1;6)
  7. Seu lugar de nascimento: (Profecia Mq 5.2. Cumprimento Mt 2.1; Lc 2.4-7) 
  8. A época de seu nascimento: (Profecia Dn 9.25. Cumprimento Lc 2.1-2; 2.3-7) 
  9. Nasceria de uma virgem: (Profecia Is 7.14. Cumprimento Mt 1.18) 
10. A matança dos meninos: (Profecia Jr 31.15. Cumprimento Mt 2.16; 17-18) 
11. A fuga para o Egito. (Profecia Os 11.1. Cumprimento Mt 2.13-15; 19-20)

Conforme Thompson, na Bíblia de Referência, no verso 21 de Mateus (cap. 1) cumpre-se 38 profecias veterotestamentárias a cerca de JESUS, e isso há aproximadamente 1.500 na os depois do registro da primeira profecia messiânica em Gênesis. Um milagre! Não só pelo cumprimento em si, mas também pela unidade ideológica e pela concatenação literária da narrativa bíblica até o relato do nascimento virginal de JESUS, o CRISTO de DEUS e o cumprimento por excelência de todas as promessas de salvação promulgadas no Antigo Testamento.

II. Em relação ao MINISTÉRIO do Messias cumpridos em JESUS

1. Seu ministério na Galiléia (Profecia: Is 9.1-2. Cumprimento: Mt 4.12-16)
2. Como profeta (Profecia: Dt 18.15. Cumprimento: Jo 6.14; 1.45; At 3.19-26)
3. Seria sacerdote, como Melquisedeque (Profecia: Sl 110.4. Cumprimento: Hb 6.20)
4. O desprezo por parte dos Judeus (Profecia: Is 53.3. Cumprimento: Jo 1.11)
5. Algumas de suas características (Profecia: Is 11.2. Cumprimento: Lc 2.52; 4.18)
6. Sua entrada triunfal (Profecia: Zc 9.9; Is 62.11. Cumprimento: Jo 12.13-14)

III. Em relação a MORTE do Messias cumpridos em JESUS

As seguintes profecias do Antigo Testamento sobre a traição, o julgamento, a morte e o sepultamento de nosso Senhor JESUS CRISTO, foram feitas por diferentes pessoas, em épocas distintas, em um espaço de cinco séculos, de 1000 a 500 a.C. Todas se cumpriram, literalmente. Tudo isto, porém, aconteceu para que se cumprissem as Escrituras dos profetas. Mt 26.56a.

1. Seria traído por um amigo: (Profecia Sl 41.9. Cumprimento Mc 14.10; 43-45) 
2. Seu preço 30 moedas de prata: (Profecia Zc 11.12,13. Cumprimento Mt 26.15) 
3. O traidor não usaria as 30 moedas: (Profecia Zc 11.13. Cumprimento Mt 27.6-7)
4. O traidor seria substituído: (Profecia Sl 109.7-8. Cumprimento At 1.18-20)
5. Testemunhas falsas o acusariam: (Profecia Sl 27.12. Cumprimento Mt 26.60-61)
6. Acusado ficaria em silêncio: (Profecia Is 53.7. Cumprimento Mt 26.62-63)
7. Seria golpeado e cuspido: (Profecia Is 50.6. Cumprimento Mc 14.65; Jo 19.1-3)
8. Seria odiado sem motivo: (Profecia Sl 69.4; 109.3-5. Cumprimento Jo 15.23-25)
9. Sofreria em substituição a nós: (Profecia Is 53.4-5. Cumprimento Mt 8.16-17)
10. Seria crucificado com pecadores: (Profecia Is 53.12. Cumprimento Mt 27.38) 
11. Suas mãos e pés seriam transpassados: (Profecia Sl 22.16. Cumprimento Jo 20.27)
12. Seria escarnecido e insultado: (Profecia Sl 22.6-8. Cumprimento Mt 27.39-40)
13. Dariam a ele fel e vinagre: (Profecia Sl 69.21. Cumprimento Jo 19.29)
14. Ouviria palavras com zombaria: (Profecia Sl 22.8. Cumprimento Mt 27.43)
15. Oraria por seus inimigos: (Profecia Is 53.12. Cumprimento Lc 23.34)
16. Seu lado seria transpassado: (Profecia Zc 12.10. Cumprimento Jo 19.34)
17. Lançariam sortes sobre suas roupas: (Profecia Sl 22.18. Cumprimento Jo 19.24)
18. Seus ossos não seriam quebrados: (Profecia Sl 34.20. Cumprimento Jo 19.33)
19. Seria sepultado com os ricos: (Profecia Is 53.9. Cumprimento Mt 27.57-60)
20. Os discípulos O abandonaram: (Profecia Zc 13.7. Cumprimento Mt 26.56)
21. Acusado por falsas testemunhas: (Profecia Sl 35.11. Cumprimento Mt 26.59-61)
22. Ele sucumbiu sob o peso da cruz: (Profecia Sl 109.24. Cumprimento Jo 19.17)
23. Crucificado com malfeitores: (Profecia Is 53.12. Cumprimento Mc 15.27-28)
24. Foi abandonado: (Profecia Sl 22.1. Cumprimento Mt 27.46)
25. Seus amigos ficaram de longe: (Profecia Sl 38.11. Cumprimento Lc 23.49)
26. Seu coração parou: (Profecia Sl 22.14. Cumprimento Jo 19.34)
27. Trevas sobre a terra: (Profecia Am 8.9. Cumprimento Mt 27.45).




IV. Em relação à RESSURREIÇÃO do Messias cumpridos em JESUS

JESUS disse, "Por isto o Pai me ama, porque dou a minha vida para tornar a tomá-la. Ninguém ma tira de mim, mas eu de mim mesmo a dou; tenho poder para a dar, e poder para tornar a tomá-la. Este mandamento recebi de meu Pai". Jo 10.17-18.

Paulo argumenta, "E, se não há ressurreição de mortos, também CRISTO não ressuscitou. E, se CRISTO não ressuscitou, logo é vã a nossa pregação, e também é vã a vossa fé. E assim somos também considerados como falsas testemunhas de DEUS, pois testificamos de DEUS, que ressuscitou a CRISTO, ao qual, porém, não ressuscitou, se, na verdade, os mortos não ressuscitam. Porque, se os mortos não ressuscitam, também CRISTO não ressuscitou. E, se CRISTO não ressuscitou, é vã a vossa fé, e ainda permaneceis nos vossos pecados. E também os que dormiram em CRISTO estão perdidos. Se esperamos em CRISTO só nesta vida, somos os mais miseráveis de todos os homens". I Co 15.13-19. A realidade e historicidade da ressurreição são os pilares mais importantes do Cristianismo. Ao ressuscitar dos mortos JESUS provou ser o poderoso Filho de DEUS, com a natureza  anta  do  próprio DEUS. Rm 1.4. Observe a profecia e o cumprimento literal da ressurreição de CRISTO.

1. Como profetizada. SI 16.9,10
2. Como ensinada por Ele mesmo. Mt 12.40; 26.32; Mc 9.9; Jo 2.19,21
3. Como testemunhada pelo anjo. Mt 28.6
4. Como ensinada pelos apóstolos 
     4.1. Foi a grande ênfase nos relatos de Atos. 2.24,32; 17.31
     4.2. Nas cartas de Paulo. Rm 4.24-25; II Tm 2.8
     4.3. E nas demais cartas. I Pe 1.21; Apoc 2.8

5. É importantíssima, porque é indispensável
     5.1. Para nosso crescimento. Rm 5.8-10
     5.2. Na revelação do poder de DEUS. Ef 1.19-20 
     5.3. Na atestação da divindade de CRISTO. Rm 1.4 
     5.4. Na prova de que o sacrifício foi aceito. Rm 4.25

6. Esta é a doutrina fundamental do Cristianismo. I Co 15.12-19
   
O grandioso evento que separa JESUS de todos os outros é o fato que Ele ressuscitou e hoje vive. Ele intercede à direita do Pai por aqueles que O seguem, Hb 7.25. No silencioso oásis em volta do Sepulcro do Jardim, o túmulo vazio prega um sermão para nós. Entramos solenemente na gruta escavada na rocha que uma vez serviu de sepulcro. Sim, ele está vazio, graças a DEUS! Na parte de dentro alguém escreveu: "He is not here – He is risen" ("Ele não está aqui – Ele ressuscitou"). Foi isso que o anjo anunciou às mulheres na manhã da Páscoa. E o apóstolo Pedro testemunhou triunfalmente às pessoas que haviam se reunido no Pentecoste: "ao qual, porém, DEUS ressuscitou, rompendo os grilhões da morte; porquanto não era possível fosse ele retido por ela". At 2.24. Por que a morte não conseguiu reter a JESUS? Justamente porque DEUS o ressuscitou!

Para o crente em JESUS, não são necessárias provas históricas/geográficas/físicas/arqueológicas/literárias... As experiências da vida cristã são suficientes para carimbar a bíblia com um selo de autenticidade. Mas, como DEUS é perfeito e quer revelar a sua verdade (que é diferente da busca incansável de Sócrates, Epicuro, Hegel, Kant, Max... pelo "real") a todos, existem evidências de que CRISTO venceu a morte capazes de satisfazer os mais céticos intelectuais.






IV. Em relação à ASCENSÃO do Messias cumpridos em JESUS

1. Como profetizada. SI 68.18
2. Como ensinada por Ele mesmo. Jo 6.62
3. Como recordada pelo escritor evangélico. Mc 16.19
4. Como recordada pelo historiador inspirado. At 1.9
5. Como declarada pelos apóstolos. At 3.21; Ef 1.20; 4.8; I Tm 3.16
6. Como provada por sua presença a destra do Pai. At 7.56.

Algumas das profecias são tão restritas, na verdade, como para excluir o seu cumprimento por qualquer um que viva após o primeiro século da era cristã. Por exemplo, o patriarca Jacó disse, em Gênesis 49:10: "O cetro não se arredará de Judá, nem o bastão de entre seus pés, até que venha Siló". O nome Siló é um título messiânico, e a profecia diz que a tribo de Judá permaneceria liderando as tribos de Israel, especialmente fornecendo seus reis, até que viesse o Messias. A profecia deveria ter sido cumprida antes da destruição de Judá e de Jerusalém, em 70 DC. Nessa época, certamente, toda aparência externa de um cetro tinha se apartado de Judá.

Da mesma forma a promessa foi dada ao rei Davi, de que o Messias deveria ser um dos seus descendentes, como o Rei eterno, aquele de quem DEUS disse: "eu estabelecerei para sempre o trono do seu reino". II Sm 7.13. Isaias disse, "então brotará um rebento do tronco de Jessé (que é o pai do rei Davi), e das suas raízes um renovo frutificará". Is 11.1. Este é mais um título do Messias, e indica que, ainda que a árvore da família de Jessé fosse cortada, um Renovo surgiria das raízes. Evidentemente, o último desta linhagem que poderia ser reconhecido como pertencente a ela, provaria ser o verdadeiro Messias!

Isso se cumpriu somente em JESUS. Seu pai legal, José, era da descendência real de Davi e, por isso, detinha o direito ao trono. Mt 1.1-16. Maria, sua mãe, também era descendente de Davi, como vemos em sua genealogia, em Lucas 3.23-31. Mas após a época de JESUS, seria impossível estabelecer a linhagem legal e biológica de qualquer candidato ao trono de Davi, pois todos os antigos registros genealógicos logo depois foram destruídos.

É óbvio que ninguém, além de JESUS, poderia ter cumprido estas profecias. As profecias tornam totalmente impossível qualquer futuro Messias, senão que essa mesma esperança também encontrará o seu cumprimento na segunda vinda de CRISTO. A probabilidade de que centenas dessas profecias específicas, cada uma independente umas das outras, pudessem ser totalmente cumpridas concomitantemente numa só pessoa, apresenta o mais alto grau de improbabilidade, levando-se em conta, especialmente, a natureza milagrosa de muitas delas (p.ex.: o nascimento virginal, a ressurreição, etc.). Nenhuma outra conclusão racional parece ser possível; exceto a de que JESUS é tudo o que Ele afirma ser - Messias, Salvador, Senhor e DEUS.

Evidentemente os judeus como nação, ainda rejeitam JESUS como o Messias, mas, individualmente milhares de judeus creram nEle. Afinal, os evangelistas eram judeus, os 3 mil primeiros convertidos pela pregação de Pedro (Atos 2) eram judeus, Paulo era judeu e a Igreja teve início entre a comunidade de judeus e prosélitos (gentios convertidos ao judaísmo) espalhada pelo mundo de então. Somente a partir de Atos 10 o Evangelho passou também para as nações, quando Cornélio e sua casa se converteram em Cesaréia. Então após a formação da Igreja, DEUS passou a enxergar três classes de pessoas no mundo: gentios, judeus e igreja."Não vos torneis causa de tropeço nem a judeus, nem a gregos, nem a igreja de DEUS" I Co 10.32.

Quanto à incredulidade dos judeus como povo (lembre-se, porém, que é a fé individual que salva), isso não é uma contradição da Bíblia, mas do judeu, pois os profetas do AT deixaram claro que o Messias viria, seria rejeitado pelos Seus, seria crucificado sem ter seus ossos quebrados etc. Sl 22. 
H. Bender escreveu sobre JESUS: Em meio à história do mundo encontra-se uma figura, inserida nessa história em todos os seus aspectos, mas que a tudo sobrepuja. É JESUS CRISTO. Ele é completamente diferente, Ele é singular. Ele é o único que podia ousar colocar-se diante de uma multidão hostil e fazer-lhe a pergunta: "Quem dentre vós me convence de pecado"? A única resposta foi o silêncio da platéia, uma resposta eloqüente. Sua vontade estava plenamente inserida na vontade de DEUS. Sua postura era completamente dirigida por DEUS e direcionada para DEUS. Nele não havia discrepância, não havia imperfeição alguma. JESUS é Inigualável.
 
Para o cego, JESUS é luz
Para o morto, JESUS é a vida
Para o juiz, JESUS é a justiça
Para o fraco, JESUS é a força
Para o forte, JESUS é o vigor
Para o faminto, JESUS é o pão
Para Israel, JESUS é o Messias
Para o triste, JESUS é a alegria
Para o enfermo, JESUS é a cura
Para o sedento, JESUS é a fonte
Para o réu, JESUS é o advogado
Para o advogado, JESUS é o juiz
Para o pobre, JESUS é o tesouro
Para o visitante, JESUS é a porta
Para o sábio, JESUS é a sabedoria
Para DEUS, JESUS é o filho amado
Para o mundo, JESUS é o salvador
Para o devedor, JESUS é o perdão
Para o vencedor, JESUS é a coroa
Para a gramática, JESUS é o verbo
Para o inquilino, JESUS é a morada
Para o viajante, JESUS é o caminho
Para as nações, JESUS é o desejado
Para a ovelha, JESUS é o bom pastor
Para o mentiroso, JESUS é a verdade
Para o relógio, JESUS é a última hora
Para a igreja, JESUS é o noivo amado
Para o fugitivo, JESUS é o esconderijo
Para o prisioneiro, JESUS é a liberdade
Para o problemático, JESUS é a solução
Para o solitário, JESUS é o companheiro
Para o tempo, JESUS é o relógio de DEUS
Para os demônios, JESUS é o santo de DEUS
Para os magos, JESUS é a estrela do oriente
Para a medicina, JESUS é o médico dos médicos

JESUS CRISTO é inteiramente diferente, singular. Movimentou o mundo como ninguém antes ou depois dEle. A Encyclopaedia Britannica utiliza 20.000 palavras para descrever a pessoa de JESUS. Sua descrição ocupa mais espaço que as biografias de Aristóteles, Cícero, Alexandre Magno, Júlio César, Buda, Confúcio, Maomé ou Napoleão Bonaparte.

O homem JESUS tornou-se o maior tema da história mundial. Sobre nenhum outro se escreveu mais do que sobre Ele. A respeito de ninguém se discutiu tanto quanto sobre JESUS. Ninguém foi mais odiado, mas também mais amado; combatido, mas também mais louvado. Sobre nenhum outro foram feitas tantas obras de arte, hinos, poemas, discursos, e compêndios do que sobre CRISTO. Diante dEle dividem-se as opiniões – uns gostariam de amaldiçoá-lO, outros testemunham que sua vida foi radicalmente mudada por JESUS e enchida de esperança. Não é possível imaginar a história humana sem JESUS.








AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO
Subsídio Teológico - Sobre o nascimento virginal de JESUS
Isaías 7, com sua promessa de um filho que nascerá, é o pano de fundo do nascimento virginal. Muitas controvérsias têm girado ao redor do termo hebraico 'almah, conforme usado em Isaías 7.14. A palavra é usualmente traduzida por Virgem, embora algumas versões traduzam-na por Jovem. No AT, sempre que o contexto oferece uma nítida indicação, a palavra significa uma virgem com idade para casamento. Parece que, no contexto dos capítulos 7 e 8 de Isaías, a profecia a respeito de 'almah tinha um significado bastante importante para a época do profeta. Em primeiro lugar, a profecia não fora direcionada somente ao rei Acaz, mas à totalidade da casa de Davi. O Senhor prometeu um sinal sobrenatural, não para Acaz, mas para a casa de Davi, sinal este que manteria sua importância no decurso da História. Note que o nome do menino seria Emanuel, DEUS conosco. O uso de Isaías 7.14, em Mateus 18.22, indica sua grande importância para a compreensão do nascimento do Senhor JESUS CRISTO. O Evangelho de Mateus relata que a gravidez de Maria foi causada pela ação do ESPÍRITO SANTO sobre ele, quando então concebeu JESUS no seu ventre. José, noivo de Maria, não o acreditou, até o anjo informar-lhe a respeito. Uma vez ocorrida a concepção, estava claro que se tratava do cumprimento da profecia de Isaías 7.14"
(HORTON, S. M. Teologia Sistemática. CPAD, 2009, pp.323-24). 










 A Vida e a Morte de Jesus Cristo na Profecia

Muitas pessoas sabem, mesmo que vagamente, que o nascimento, a vida e a morte de Jesus Cristo foram profetizados nas Escrituras Hebraicas, o Antigo Testamento. Mas, poucos estão conscientes do grande número de profecias e dos detalhes surpreendentemente precisos preditos com milhares de anos de antecedência. Detalhes que provêem uma confirmação poderosa da exatidão da profecia bíblica.

Novo Testamento Judaico (Jewish New Testament por David Stern, págs. 25-29) lista cinquenta e duas profecias cumpridas no nascimento, na vida e na morte de Cristo, tal como afirmadas em oitenta e uma passagens do Antigo Testamento. O Antigo Testamento predisse de muitas maneiras a primeira e a segunda vinda de Cristo. O livro Todas as Profecias Messiânicas da Bíblia (All the Messianic Prophecies of the Bible por Herbert Lockyer, 1973) não descreve apenas centenas de profecias específicas, mas também descreve muitos eventos, pessoas, rituais e sacrifícios nas Escrituras Hebraicas que antecipam a vida, a morte, o ministério, e o retorno de Jesus Cristo.

Quais foram algumas das profecias cumpridas por Jesus? Vamos dar uma olhada:
• Ele seria um descendente do Rei Davi (Isaías 11:1-5, Mateus 1:1, 6).
• Ele nasceria em Belém (Miquéias 5:2, Mateus 2:1).
• Alguém deveria precedê-Lo e anunciaria Sua vinda (Isaías 40:3, 5; Malaquias 3:1, Mateus 3:1-3).
• Seu próprio povo O rejeitaria (Isaías 53:3, João 1:11).
• Um amigo iria traí-Lo (Salmos 41:9, João 13:18-30).
• O preço de Sua traição seria de trinta moedas de prata (Zacarias 11:12, Mateus 26:15).
• Com as trinta peças de prata se compraria o campo de um oleiro (Zacarias 11:13, Mateus 27:3-10).
• Pessoas perversas furariam Suas mãos e pés (Salmo 22:16, Lucas 23:33; 24:38-40).
• Ele seria executado, mas nenhum de Seus ossos seria quebrado (Salmo 34:20, João 19:33-36).
• Alguns lançariam sorte por Suas roupas (Salmos 22:18, João 19:23-24).
• Ele seria sepultado com os ricos (Isaías 53:9, Mateus 27:57-60).
• Deus iria ressuscitá-Lo dentre os mortos (Salmo 16:10, Atos 2:30-32).
O próprio Jesus não poderia ter controlado como essas profecias se cumpririam. Ninguém pode controlar as circunstâncias de seu nascimento, quem deve ser seus antepassados e onde deve nascer. Ele nem poderia controlar as atitudes de quem O traiu, de quem O matou e de quem colocou Seu corpo em um sepulcro novo de um homem rico. No entanto, os profetas tinham escrito esses detalhes notáveis com antecedência de até mil anos, predizendo pormenores exatos da morte de Cristo por crucificação muito antes desse método de execução tornar-se comum.
Os quatro Evangelhos estão repletos de muitas profecias messiânicas cumpridas, porém nem os mais íntimos seguidores de Cristo reconheceram seu cumprimento naquele tempo. Somente em retrospectiva eles foram capazes de identificar muitas profecias registradas nas Escrituras Hebraicas e como tinham sido cumpridas.

Diversas profecias a respeito de Jesus Cristo ainda estão para ser cumpridas. A Enciclopédia da Profecia Bíblica (Encyclopedia of Biblical Prophecy, por Barton Payne, 1996, págs. 665-670) lista mais de duzentas profecias do Messias, a maioria das quais ainda está para acontecer. Assim como os inúmeros detalhes exatos do nascimento, da vida, da morte e da ressurreição Cristo aconteceram exatamente como predito, também muitas profecias relativas à Sua segunda vinda serão cumpridas exatamente como está escrito na Palavra  de Deus.