quinta-feira, 30 de março de 2017

A FORMAÇÃO DO CARATER CRISTÃO


LIÇÃO 1: A FORMAÇÃO DO CARÁTER CRISTÃO — 02/04/2017

LIÇÃO 1: A FORMAÇÃO DO CARÁTER CRISTÃO — 02/04/2017
 
REVISTA ADULTOS
LIÇÃO 1: A FORMAÇÃO DO CARÁTER CRISTÃO — 02/04/2017

Lições Bíblicas CPAD - Lição 1 - 2º Trimestre de 2017

Neste trimestre, teremos a oportunidade ímpar de estudar a respeito do caráter. Todo ser humano tem caráter, seja ele bom, seja ele mau, exemplar, ímpio ou santo. Deus criou o homem bom e perfeito, mas o pecado maculou o seu caráter. Por isso, todos necessitam de uma transformação espiritual e moral. Veremos que somente o Deus de toda a perfeição, mediante o Filho, pode transformar o caráter de uma pessoa.
 

- Lição 1 - A Formação do Caráter Cristão EBD 2017



- Lição 1 -

A Formação do Caráter Cristão

TEXTO ÁUREO
Já estou crucificado com Cristo; e vivo, não mais eu, mas Cristo vive em mim; e a vida que agora vivo na carne vivo-a na fé do Filho de Deus, o qual me amou e se entregou a si mesmo por mim(Gl 5.20).

VERDADE PRÁTICA
O homem nascido de novo tem o seu caráter transformado pelo Espírito Santo.

LEITURA DIÁRIA
Jo 3.3 Novo nascimento, uma transformação de dentro para fora

Jo 2.1-12 Jesus transforma água em vinho

2Co 5.17 Nova criatura, novo caráter

Gn 3.6,7 O caráter é corrompido pelo pecado

Ef 4.20-24 A graça divina restaura o caráter

Sl 1.1 Diariamente precisamos aprimorar nosso caráter




LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Efésios 4.17-24.
17 — E digo isto e testifico no Senhor, para que não andeis mais como andam também os outros gentios, na vaidade do seu sentido,
18 — entenebrecidos no entendimento, separados da vida de Deus, pela ignorância que há neles, pela dureza do seu coração,
19 — os quais, havendo perdido todo o sentimento, se entregaram à dissolução, para, com avidez, cometerem toda impureza.
20 — Mas vós não aprendestes assim a Cristo,
21 — se é que o tendes ouvido e nele fostes ensinados, como está a verdade em Jesus,
22 — que, quanto ao trato passado, vos despojeis do velho homem, que se corrompe pelas concupiscências do engano,
23 — e vos renoveis no espírito do vosso sentido,
24 — e vos revistais do novo homem, que, segundo Deus, é criado em verdadeira justiça e santidade.


OBJETIVO GERAL
Mostrar corno se dá a formação do caráter cristão.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Abaixo, os objetivos específicos referem-se ao que o professor deve atingir em cada tópico. Por exemplo, o objetivo I refere-se ao tópico I com os seus respectivos subtópicos.
- Reconhecer o caráter na realidade do homem;
- Mostrar como se deu a deformação do caráter humano;
- Explicar a redenção do caráter humano.

INTERAGINDO COM O PROFESSOR
Prezado professor, neste trimestre teremos a oportunidade ímpar de estudar a respeito da formação do caráter cristão. Você tem evidenciado Cristo mediante suas ações e palavras? Então, não terá dificuldade alguma em trabalhar com os temas das lições. O comentarista do trimestre é o pastor Elinaldo Renovato de Lima, autor de diversos livros e líder da Assembleia de Deus em Parnamirim, RN. Que mediante o estudo de cada lição, você e seus alunos  possam evidenciar os valores do Reino em meio a uma geração que tem rejeitado os princípios divinos.



COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO

Neste trimestre, teremos a oportunidade ímpar de estudar a respeito do caráter. Todo ser humano tem caráter, seja ele bom, seja ele mau, exemplar, ímpio ou santo. Deus criou o homem bom e perfeito, mas o pecado maculou o seu caráter. Por isso, todos necessitam de uma transformação espiritual e moral. Veremos que somente o Deus de toda a perfeição, mediante o Filho, pode transformar o caráter de uma pessoa.

[Comentário: Em seu livro A Busca do Caráter (Ed Vida, 1999), Charles Swindoll escreve: “Deus está permanentemente em busca de algo. Você já pensou nisso um dia? A busca de Deus é o propósito tramado no estofo do Novo Testamento. O padrão que ele persegue está definido em Romanos 8.29, onde ele promete que nos conformará à imagem de seu Filho. Outra promessa está registrada em Filipenses 1.6, onde lemos que ele iniciou boa obra em nós e não vai interrompê-la. Noutro passo bíblico, ele chega a chamar-nos de "feitura" sua (Efésios 2.10). Ele está nos martelando, limando, esculpindo, dando-nos forma! A segunda carta de Pedro chega ao ponto de relacionar alguns dos objetivos dessa busca encetada por Deus: diligência, fé, virtude, conhecimento, domínio próprio, perseverança, piedade, fraternidade e amor (2Pedro 1.5-7). Numa palavra: caráter”. Tiago escreve: "Meus irmãos, tende por motivo de grande gozo o passardes por provações, sabendo que a prova da vossa fé desenvolve a perseverança. Ora, a perseverança deve terminar a sua obra para que sejais maduros e completos, não tendo falta de coisa alguma." (Tg 1.2-4). Em Gênesis encontramos o registro de Moisés explicando que o homem, enganado por Satanás, rebelou-se contra o seu Criador, perdendo sua condição perfeita, a ponto de a imagem de Deus, no qual ele tinha sido formado, ter sido destruída. Não somente o homem, mas toda a criação, que foi trazida a existência para o bem do homem, caiu junto com ele perdendo também sua excelência. A Bíblia é farta de ensinamentos referentes à virtude, à moral e ao caráter cristão. Os preceitos da Lei, especialmente os do Decálogo (Êx 20), as mensagens éticas dos profetas (Is 10.1,2; Hc 2), os ensinos de Jesus (Mt 5-7), e as doutrinas exaradas nas epístolas (Rm 12.9-21; 1 Pe 3.8-16), revelam a vontade Deus para a vida moral do homem (2 Tm 3.16).] Dito isto, vamos pensar maduramente a fé cristã?








l - O CARÁTER NA REALIDADE DO HOMEM

1. O que é caráter? Segundo o Dicionário Aurélio, caráter é "o conjunto das qualidades (boas ou más) de um indivíduo, e que lhe determinam a conduta e a concepção moral". O caráter é a característica responsável pela ação, reação e expressão máxima da personalidade. É a maneira de cada pessoa agir e expressar-se. Tem a ver com os princípios, valores e ética de cada um.

[Comentário: [Comentário: Caráter é um conjunto de características e traços relativos à maneira de agir e de reagir de um indivíduo ou de um grupo. É um feitio moral. É a firmeza e coerência de atitudes. O conjunto das qualidades e defeitos de uma pessoa é que vão determinar a sua conduta e a sua moralidade, o seu caráter. Os seus valores e firmeza moral definem a coerência das suas ações, do seu procedimento e comportamento https://www.significados.com.br/carater/. Caráter, então, é o conjunto das qualidades boas ou más de um individuo; a ética do juiz é a lei e a de Deus é a bíblica, a Biblia nos ensina a não ser conivente com o erro, mesmo que ele esteja protegido por leis. O caráter determina a conduta do ser humano com relação a Deus e a ele mesmo e também com o próximo. A pessoa não é apenas definida por aquilo que ela é, mas também pelo seu estado moral que a distingue em seu grupo (Pv 11.17;12.2;14.14;20.27)]

Significado de Caráter
O que é Caráter:
Caráter é um conjunto de características e traços relativos à maneira de agir e de reagir de um indivíduo ou de um grupo. É um feitio moral. É a firmeza e coerência de atitudes.
O conjunto das qualidades e defeitos de uma pessoa é que vão determinar a sua conduta e a sua moralidade, o seu caráter. Os seus valores e firmeza moral definem a coerência das suas ações, do seu procedimento e comportamento.
Uma pessoa conhecida como "sem caráter" ou "mau caráter", geralmente é qualificada como desonesta, pois não apresenta firmeza de princípios ou de moral. Por outro lado, uma pessoa "de caráter" é alguém com formação moral sólida e incontestável.
O caráter quando é forte, não se deixa levar por alguma proposta de uma via mais fácil para a realização de algo. Mesmo se naquele momento parece ser o melhor caminho a seguir, é o caráter que vai determinar a escolha do indivíduo.
"A caráter" é uma expressão que significa conforme a época e ao lugar, rigorosamente como a moda deve ser.
Caráter também pode ser uma marca ou sinal gravado em uma superfície, como uma letra. Ex: Ele não entendeu nada porque não consegue ler caracteres chineses.

2. Personalidade e caráter. A personalidade pode ser definida como sendo a qualidade do que é pessoal. Ela é a nossa maneira de ser, ou seja, aquilo que nos distingue de outra pessoa. O caráter não é herdado. Ele é construído mediante a formação que recebemos. Por isso, a Palavra de Deus adverte: "Instrui o menino no caminho em que deve andar, e, até quando envelhecer, não se esquecerá dele" (Pv 22.6).

[Comentário: Personalidade é o conjunto das características marcantes de uma pessoa, é a força ativa que ajuda a determinar o relacionamento das pessoas baseado em seu padrão de individualidade pessoal e social, referente ao pensar, sentir e agir. Uma pessoa conhecida como "sem caráter" ou "mau caráter", geralmente é qualificada como desonesta, pois não apresenta firmeza de princípios ou de moral. Por outro lado, uma pessoa "de caráter" é alguém com formação moral sólida e incontestável. O caráter quando é forte, não se deixa levar por alguma proposta de uma via mais fácil para a realização de algo. Mesmo se naquele momento parece ser o melhor caminho a seguir, é o caráter que vai determinar a escolha do indivíduo https://www.significados.com.br/carater/. Atingido pelo pecado, o homem teve sua natureza moral corrompida (Rm 1.18-32), necessitando assim da nova vida em Cristo (2 Co 5.17). Ao ser regenerado, o homem recebe da parte de Deus um novo caráter (2 Co 5.17). O Espírito Santo, por meio de suas ministrações (Rm 8.1-17; Gl 5.22-26), aperfeiçoa-o gradualmente (2 Co 3.18; 1 Pe 1.2). Na continuação, o Espírito da Verdade passa a controlá-lo por completo, de modo que suas ações passam a ser moldadas por Ele (Rm 8.5-11). Uma vez que a imagem perdida no Éden fora restaurada, o homem passa a experimentar e demonstrar uma vida de integridade (Gn 3.11-13; Rm 5.12; 1 Co 15.22,45; Ef 4.23,24).]

Significado de Caráter
O que é Caráter:
Caráter é um conjunto de características e traços relativos à maneira de agir e de reagir de um indivíduo ou de um grupo. É um feitio moral. É a firmeza e coerência de atitudes.
O conjunto das qualidades e defeitos de uma pessoa é que vão determinar a sua conduta e a sua moralidade, o seu caráter. Os seus valores e firmeza moral definem a coerência das suas ações, do seu procedimento e comportamento.
Uma pessoa conhecida como "sem caráter" ou "mau caráter", geralmente é qualificada como desonesta, pois não apresenta firmeza de princípios ou de moral. Por outro lado, uma pessoa "de caráter" é alguém com formação moral sólida e incontestável.
O caráter quando é forte, não se deixa levar por alguma proposta de uma via mais fácil para a realização de algo. Mesmo se naquele momento parece ser o melhor caminho a seguir, é o caráter que vai determinar a escolha do indivíduo.
"A caráter" é uma expressão que significa conforme a época e ao lugar, rigorosamente como a moda deve ser.
Caráter também pode ser uma marca ou sinal gravado em uma superfície, como uma letra. Ex: Ele não entendeu nada porque não consegue ler caracteres chineses.

SÍNTESE DO TÓPICO I

Deus criou o homem provido de caráter.





SUBSÍDIO DIDÁTICO
Inicie o tópico fazendo a seguinte pergunta: "O que é caráter?" "Existe pessoa sem caráter?" Ouça os alunos com atenção. Incentive a participação de todos. Diga que caráter significa marca, sinal de distinção. Em seguida leia e comente com eles a definição de caráter apresentada na seção Conheça Mais.


CONHEÇA MAIS

Caráter moral
[Do lat. Charactere do gr. kharacktér, marca, sinal de distinção.] Natureza básica do ser humano que o torna responsável por seus atos tanto diante de Deus como diante de seus semelhantes. O caráter moral tem como ressonância elementar a consciência que, como a voz secreta que temos na alma, aprova ou reprova nossas ações. Para conhecer mais leia, Dicionário Teológico, Claudionor de Andrade, CPAD, p. 75.






II-A DEFORMAÇÃO DO CARÁTER HUMANO

1. A Queda e o caráter humano. Deus fez o homem perfeito, em termos espirituais, morais e físicos. No ato divino da Criação, Ele disse: "Façamos o homem à nossa imagem" (Gn 1.26). Fomos criados à "imagem" e "semelhança" do Criador, logo não podemos nos esquecer que refletimos a glória divina. Se tivermos um caráter santo. Deus será louvado por intermédio de nossas ações.

[Comentário: O Conselho Divino e Triúno determinou que o ser humano deveria ter a imagem e semelhança de Deus. O homem é um ser moral cuja inteligência, percepção e autodeterminação excedem em muito os de qualquer outro ser terreno. O pecado tem subtraído do ser humano toda a sua sensibilidade concernente aos princípios e valores morais. Sem que se perceba, sua natureza moral é corrompida (Rm 1.18-32), seu coração é endurecido (Hb 3.7-19) e sua consciência é cauterizada (1 Tm 4.2; Ef 4.18). É nesse ponto que o homem se torna insensível à voz do Espírito, passando a praticar todo tipo de pecado, entristecendo ao Todo-Poderoso (Ef 4.31). Portanto, é dever de todos os crentes observarem os limites estabelecidos pela Palavra de Deus, para que vivam “como astros no mundo” (Fp 2.15). O caráter doentio é caracterizado pela insensibilidade moral, permissividade, mentira, malícia, concupiscência, cobiça e ambição.]

2. Imagem e semelhança de Deus. O homem era, no seu estado original, uma imagem, ou representação perfeita de Deus. Adão e Eva possuíam atributos morais tais como amor, justiça, santidade, retidão. Tudo à semelhança de Deus. Não resta dúvida de que, ao criar o homem à sua "imagem", e conforme a sua "semelhança", Deus imprimiu nele as marcas de sua personalidade santa, amorosa e justa.

[Comentário: Em termos bem simples, ter a “imagem” e “semelhança” de Deus significa que fomos feitos para nos parecermos com Deus – esta aparência não é física - Adão não se pareceu com Deus no sentido de que Deus tivesse carne e sangue. As Escrituras dizem que “Deus é espírito” (Jo 4.24) e portanto existe sem um corpo. Entretanto, o corpo de Adão espelhou a vida de Deus, ao ponto de ter sido criado em perfeita saúde e não ser sujeito à morte. A imagem de Deus se refere à parte imaterial do homem. Ela separa o homem do mundo animal, e o encaixa na “dominação” que Deus pretendeu (Gn 1.28), e o capacita a ter comunhão com seu Criador. É uma semelhança mental, moral e social (Gn 1.26-28; 5.1-3; 9.6).]

3. A deformação do caráter humano. O homem foi criado perfeito em toda a sua constituição: espírito, alma e corpo (1 Ts 5.23). Porém, quando o homem deu lugar ao Diabo, e desobedeceu a Deus, caiu da graça divina. A Queda levou-nos a perder a semelhança moral com o Criador.

[Comentário: Quando o homem caiu, perdeu ele totalmente a semelhança moral com o Criador? Em seu aspecto estrutural ou ontológico (aquilo que o homem é), não foi eliminado com a queda, o homem continuou homem, mas após a queda, o aspecto funcional (aquilo que o homem faz) da imagem de Deus, seus dons, talentos e habilidades passaram a ser usados para afrontar a Deus. Nossos primeiros pais, seduzidos pela astúcia e tentação de Satanás, pecaram, desobedecendo à ordenança divina (Gn 3.13; 2Co 11.3; Rm 11.32 e 5.20-21). Por este pecado, decaíram da sua retidão original e da sua comunhão com Deus, tornando-se mortos em pecado e inteiramente corrompidos em todas as suas faculdades e partes do corpo e da alma (Gn 3.6-8; Rm 3.23; Ef 2.1-3). Desta corrupção original pela qual ficamos totalmente indispostos, adversos a todo o bem e inteiramente inclinados a todo o mal, é que procedem todas as transgressões atuais (Rm 5.6; 7.18; Cl 1.21; Tg 1.14-15). Mas esta imagem não foi totalmente aniquilada com a Queda, embora tenha se tornado terrivelmente deformada, doentia e desfigurada. O homem antes criado para refletir Deus, agora após a queda, precisa ter esta condição restaurada. Esta renovação da imagem original de Deus no homem significa que o homem é capacitado a voltar-se para Deus, a voltar-se para o próximo e também voltar-se para a criação para governá-la.]
Observe as consequências do pecado: [As consequências principais do pecado são a morte e a separação da presença de Deus (Rm 6.23). Essas duas consequências causam muito sofrimento na vida do pecador. O pecado também traz muitas outras consequências secundárias.]

a) No relacionamento com Deus. O pecado desfigurou o homem, cortando a ligação direta com seu Deus: "Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus" (Rm 3.23). O pecado passou a todos os homens (Rm 5.12; SI 51.5). As repercussões e o alcance desse fato terrível, de natureza espiritual, têm sido sentidos ao longo da história. O pecado distanciou o homem de Deus e o levou a criar seus próprios deuses segundo suas malignas concupiscências, para agradarão príncipe deste mundo. Toda religião que não tem Deus como o Criador, e Jesus Cristo, seu Filho, como Salvador, é instrumento do Diabo para afastar o homem de Deus.

b) No relacionamento humano. Quando Deus perguntou a Adão se ele havia comido do fruto da árvore proibida, este não assumiu a culpa, mas procurou justificar seu erro, acusando a esposa. Quando Deus questionou Eva a respeito dos seus atos, ela transferiu a culpa para a serpente (Gn 3.9-13). O relacionamento de Adão e Eva foi afetado pelo pecado, culpa e medo. Não demorou muito, e ali, no Éden, houve um confronto entre o caráter mau, de Caim, e o caráter justo, de Abel. Caim matou seu irmão, Abel (Gn 4.8). Lameque matou um homem adulto e um jovem (Gn 4-23). A morte e a corrupção se espalharam com o passar dos séculos. O juízo de Deus foi enviado no seu tempo, através do Dilúvio (Gn 6-8).

c) No relacionamento com a natureza.  "E tomou o SENHOR Deus o homem e o pôs no jardim do Éden para o lavrar e o guardar" (Gn 2.15). Além de cuidar do jardim, o homem teria o domínio da Terra, com autoridade delegada pelo Criador sobre todos os animais (Gn 1.28). Mas, usando mal o seu livre--arbítrio, o ser humano fracassou em cuidar de si mesmo e do planeta. E tem poluído o ar, o solo, as águas e todo o ambiente natural. Mas Deus destruirá os que destroem a Terra (Ap 11.18).

SÍNTESE DO TÓPICO II

A deformação do caráter humano veio com a Queda.


SUBSÍDIO TEOLÓGICO
A Queda
O primeiro pecado da humanidade abrangeu todos os demais pecados: a afronta e desobediência a Deus, o orgulho, a incredulidade, desejos errados, o desviar outras pessoas, assassinato em massa da posteridade e a submissão voluntária ao Diabo. As consequências imediatas foram numerosas, extensivas e irónicas.
O relacionamento entre Deus e os homens, de franca comunhão, amor, confiança e segurança, foi trocado por isolamento, autodefesa, culpa e banimento. Adão e Eva bem como o relacionamento entre eles, entram em degeneração. A intimidade e a inocência cederam lugar à acusação. Seu desejo rebelde pela independência resultou em dores de parto, labuta e morte. Seus olhos realmente foram abertos, e eles conheceram o bem e o mal, mas era pesado esse conhecimento sem o equilíbrio de outros atributos divinos, como o amor, a sabedoria e o conhecimento. A criação, confiada aos cuidados de Adão, foi amaldiçoada, gemendo pela libertação dos resultados da infidelidade dele.
Por estar a natureza humana tão deteriorada pela Queda, pessoa alguma tem a capacidade de fazer o que é espiritualmente bom sem a ajuda graciosa de Deus. A esta condição chamamos corrupção total— ou depravação — da natureza" (HORTON, Stanley M. Teologia Sistemática: Uma perspectiva Pentecostal. l.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 1996, p. 268).
























Ill- A REDENÇÃO DO CARÁTER HUMANO

1. Novo nascimento, transformação do caráter. Jesus veio ao mundo para salvar o homem da tragédia do pecado e aproximá-lo novamente de Deus (Jo 3.16). A salvação é um dom divino. Ela é fruto da graça divina. Pela fé em Jesus o homem recebe a salvação e se torna uma nova criatura, completamente transformada: "Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é: as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo" (2 Co 5.17). O caráter daqueles que, pela fé, nasceram de novo, é poderosamente transformado pelo poder do Espírito Santo.

[Comentário: Num sentido, como já dissemos, o homem ainda é portador da imagem de Deus, mas também num sentido, ele precisa ser renovado nesta imagem. Esta restauração da imagem só é possível através de Cristo, porque Cristo é a imagem perfeita de Deus, e o pecador precisa agora tornar-se mais semelhante a Cristo. Lemos em Cl 1.15 "Ele é a imagem do Deus invisível" e em Rm 8.29 que Deus nos predestinou para sermos "Conforme a imagem de Seu Filho ..." (1Jo 3.2; 2Co 3.18). O ser humano traz em sua natureza uma forte inclinação para o pecado (Rm 7.18-23; Pv 4.14-17). Trata-se de uma tremenda força maligna impossível de ser superada sem a ajuda divina. É justamente por isso que Deus nos enviou seu Espírito para habitar em nós, dando-nos a condição de andarmos em novidade de vida (Rm 6.4; 2 Co 5.17). Somente pelo Espírito Eterno, o crente pode caminhar seguro, resistindo aos desejos da carne (Rm 8.1,9,13; Cl 5.16). Em Gálatas 5, o apóstolo Paulo enumera várias obras da carne que contaminam o caráter do homem sem Cristo (Gl 5.19-21). Todavia, nesse mesmo capítulo, encontramos um conjunto de valores espirituais que garante a saúde moral do crente (v.22).]

2. A Palavra de Deus muda o caráter. A salvação não é apenas uma mudança de religião, mas envolve regeneração (Jo 3.3,7), justificação (Rm 3.24; 5.1, 9; l Co 6.11) e santificação (Hb 12.14; l Ts 5.23). No processo de santificação, vamos sendo transformados pela Palavra de Deus. As Escrituras têm o poder de transformar o homem, pois somente elas podem penetrar em seu interior: "Porque a palavra de Deus é viva, e eficaz, e mais penetrante do que qualquer espada de dois gumes, e penetra até à divisão da alma, e do espírito, e das juntas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos e intenções do coração" (Hb 4.12).

[Comentário: Quando o ser humano recebe Jesus Cristo como Senhor e Salvador de sua vida, e mantém uma comunhão intensa com Ele, o Espírito Santo gera nessa pessoa virtudes que refletem o caráter de Deus, que o apóstolo Paulo chama de Fruto do Espírito. O Fruto é gerado na medida em que o Espírito Santo vai transmitindo, ou gravando, no caráter do homem virtudes existentes em Deus, das quais Paulo relacionou nove em Gálatas 5.22. Elas são a maravilhosa descrição do Caráter de Cristo que devemos adquirir dia a dia pelo estudo da Palavra de Deus e comunhão devocional com o Senhor. Somente quando tais virtudes tornam-se perceptíveis em nossas vidas podemos entender o que é ser um cristão cheio do Espírito Santo. Se dermos lugar ao Espírito Santo e santificarmos nossas vidas, as pessoas verão que Deus está em nossas vidas, pois pelos frutos somos conhecidos. Aliás, um dos propósitos do Fruto do Espirito é nos identificar. Assim como uma árvore é conhecida pelos seus frutos, o crente verdadeiro é reconhecido por suas ações. O Fruto também revela a nossa comunhão e o quanto temos aprendido do Senhor. http://ebdweb.com.br/o-proposito-do-fruto-do-espirito-luciano-de-paula-lourenco/. Este amor é a base e o fundamento onde todos os outros atributos são edificados. O apóstolo Paulo diz que em primeiro lugar quando estamos unidos a Cristo, o amor atua ou age através da nossa fé(Gl 5.6). Em segundo lugar, pelo amor que está em nós, podemos servir uns aos outros sem impor nada a ninguém (Gl 5.13). E em terceiro lugar, toda lei se resume em amar o próximo como a nós mesmos (Gl 5.14). Note que ninguém pode dizer que tem um aspecto do fruto e outro não; isso porque é o amor o lastro onde as demais virtudes se desenvolvem. A Bíblia Sagrada é a única regra de fé e prática do cristão. Ela nos apresenta o padrão de comportamento necessário ao homem que deseja viver uma vida justa, sóbria e piedosa neste mundo (Tt 2.12). Ao longo da narrativa bíblica deparamo-nos com uma série de valores e virtudes morais e espirituais estabelecidas por Deus para o homem. Todavia, estas qualidades indispensáveis ao ser humano, só foram plenamente identificadas e vividas em Jesus. Hoje sabemos que essas santas virtudes estão ao alcance de todos, por meio da extraordinária obra do Espírito. É imprescindível ao homem conhecer muito bem as Escrituras e o poder de Deus para que não erre na busca de uma vida virtuosa diante de Deus e do próximo (Mt 22.29).]

O Propósito do Fruto do Espírito – Luciano de Paula Lourenço
Texto Base: Mateus 7:13-20
“Produzi, pois, frutos dignos de arrependimento” (Mt.3.8)

INTRODUÇÃO
Nesta Aula, estudaremos o propósito do Fruto do Espírito, que é provar a verdadeira espiritualidade da pessoa convertida. O Fruto do Espírito representa o que o homem é, fala do seu tempo andando com Deus. A sua formação requer uma vida de entrega nas mãos do Senhor, vida no Altar, vida de renúncia, de consagração, vida de dedicação à Obra de Deus, vida cheia do conhecimento de Sua Palavra.
Quando o ser humano recebe Jesus Cristo como Senhor e Salvador de sua vida, e mantém uma comunhão intensa com Ele, o Espírito Santo gera nessa pessoa virtudes que refletem o caráter de Deus, que o apóstolo Paulo chama de Fruto do Espírito. O Fruto é gerado na medida em que o Espírito Santo vai transmitindo, ou gravando, no caráter do homem virtudes existentes em Deus, das quais Paulo relacionou nove em Gálatas 5:22, a saber: “amor, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão e domínio próprio”. Na verdade essas virtudes constituem o propósito e o alvo de Deus para os crentes quando nos permitimos ao controle irrestrito do Espírito Santo. É o próprio Espírito Santo quem produz em nós essas virtudes. Elas são a maravilhosa descrição do Caráter de Cristo que devemos adquirir dia a dia pelo estudo da Palavra de Deus e comunhão devocional com o Senhor. Somente quando tais virtudes tornam-se perceptíveis em nossas vidas podemos entender o que é ser um cristão cheio do Espírito Santo.
Se dermos lugar ao Espírito Santo e santificarmos nossas vidas, as pessoas verão que Deus está em nossas vidas, pois pelos frutos somos conhecidos. Aliás, um dos propósitos do Fruto do Espirito é nos identificar. Assim como uma árvore é conhecida pelos seus frutos, o crente verdadeiro é reconhecido por suas ações. O Fruto também revela a nossa comunhão e o quanto temos aprendido do Senhor.
I. A VIDA CONTROLADA PELO ESPÍRITO SANTO
  1. É uma vida frutífera. Quando o crente não se submete em tudo ao controle do Espírito Santo, ele não consegue resistir e neutralizar os desejos da natureza pecaminosa. Mas quando o Espírito tem esse controle, o crente torna-se igual um solo fértil para o Espírito produzir o seu bendito Fruto descrito em Gálatas 5:22. Somente pelo poder do Espírito o crente consegue sempre vencer os desejos, a cobiça e as inclinações da carne e viver uma vida frutífera.
Um aspecto importante que observamos na botânica é que o fruto é o fim, o término de todo um processo fisiológico, é o resultado de todo um ciclo vital. Desde o momento que a semente germina e passa a formar um novo ser (morrendo, como nos fala Jesus), há somente um objetivo, uma finalidade: a formação do fruto. Portanto, como se vê, o Fruto é o fim, o propósito, o objetivo de todo o processo. Espiritualmente falando, também vemos que o fim último da vida cristã é a produção do Fruto do Espírito Santo. Todo o processo de concessão da vida espiritual tem como finalidade a formação deste Fruto. Jesus foi claro ao afirmar que nos escolheu para que vamos, demos fruto e o nosso fruto permaneça (João 15:16).
Somos de Cristo para que demos frutos para Deus (Rm.7:4). Quem não dá Fruto do Espírito Santo não pode ser mantido no meio do povo de Deus e, por isso, é extirpado dele (João 15:2). Jesus deixou isto bem claro tanto na parábola da vinha (Lc.13:6-9), quanto no episódio da figueira infrutífera, que secou mediante a maldição do Senhor (Mt.21:18-22; Mc.11:12-14). Aliás, é esta a única oportunidade do ministério de Jesus Cristo em que O vemos lançando uma maldição, a demonstrar o quanto desagrada ao Senhor a existência de vidas infrutíferas no meio do seu povo.
Certa feita, Jesus estava com fome e se dirigiu até uma figueira para colher dela frutos. Mateus nos informa que a figueira estava situada à beira do caminho (Mt.21:19). Uma posição estratégica para os que gostam de ser vistos, admirados e elogiados pelos que passam pelas estradas da vida. Aquela figueira era uma árvore frondosa – uma figueira com muitas folhas. Folhas agradam os olhos, mas não servem de alimento. Jesus estava com fome. Jesus era israelita, nasceu e cresceu em Israel, logo Ele sabia que não acharia fruto naquela figueira (cf. Mc.11:13). Mesmo assim “foi ver se nela acharia alguma coisa; e, chegando-se a ela não achou senão folhas”. Não achou frutos porque não era tempo de figo. Porém, não gostou de não ter achado e amaldiçoou a figueira – “E Jesus, falando, disse à figueira; nunca mais coma alguém fruto de ti” (Mc.11:14). E eles passando pela manhã, viram que a figueira se tinha secado desde as raízes. E Pedro, lembrando-se, disse-lhe: Mestre, eis que a figueira, que tu amaldiçoastes, se secou”(Mc.11:20,21).
Pode parecer estranho o fato de Jesus ter amaldiçoado a figueira por não achar nela fruto – ele sabia “que não era tempo de figos”. O que nos parece é que o Senhor Jesus quis usar aquelafigueira para ministrar Lições ao Seu povo.
Lição 1: O Senhor procura frutos, e não folhas (Mt.21:19). O Senhor não se impressiona com nossa “bela folhagem”, com nossa aparência pessoal. Não basta ter aparência; não basta estar à beira do caminho para ser visto, admirado, elogiado. Sem frutos a figueira secará.
Lição 2: Na vida espiritual todo tempo é tempo de dar frutos. Não existe uma Estação própria, um tempo apropriado. O Senhor Jesus se julga no direito de procurar frutos em nós, em todo o tempo.
– Crente tem que dar frutos na Primavera. A Primavera, na vida espiritual, é aquele período quando tudo são flores, quando a temperatura é amena, quando o céu é azul, quando os dias são claros e belos. É quando o crente está em “Elim”, onde existe sombra e água fresca – “… e havia ali doze fontes de água e setenta palmeiras…”( Êx.15:27). Se você, meu irmão, está em “Elim”, e se é primavera na sua vida espiritual, aproveite este tempo para dar muitos frutos para o Senhor.
– Crente tem que dar frutos no Verão. O Verão, na vida espiritual, é aquele período de intenso calor, quando a “areia do deserto” queima nossos pés e o sol abrasa nossas cabeças, quando a água fica racionada, e, às vezes, a própria energia. É aquele período em que de repente o tempo muda e desabam violentos temporais, provocando inundações, vendavais, estragos, prejuízos.
Foi nesta estação em que, de um momento para outro, José foi lançado na prisão, os três hebreus jogados na fornalha de fogo, João exilado em Pátmos. Era verão espiritual em suas vidas, mas, José deu frutos na prisão, os três hebreus deram frutos na fornalha, João deu frutos em Pátmos. Nós, também, podemos dar frutos em nosso verão espiritual.
– Crente tem que dar fruto no Outono. O Outono, na vida espiritual, é aquele período em que a beleza da vida fica ofuscada, as folhas caem, as árvores parecem secas, sem vida. O ânimo fica abatido. Mesmo nesse período de abatimento, frustrações, desânimo, o crente precisa produzir frutos para o Senhor.
– Crente tem que dar fruto no Inverno. O Inverno, na vida espiritual, é aquele período de frieza, quando os dias tornam-se ofuscados, cinzentos. Ser crente no inverno espiritual não é fácil, mas é possível desde que estreitemos nossa comunhão com Deus e deixemos que o calor do Espírito Santo aqueça nossa alma. Mesmo no Inverno o crente precisa produzir frutos para o Senhor.
Aquele mesmo Senhor que procurou figo naquela figueira, sabendo que não era tempo de figo, também procura fruto em nossa vida porque, para Deus, todo tempo é tempo de produzir frutos. Pense nisso!
  1. É uma vida que externa santidade. Nós não fomos salvos para somente frequentarmos a congregação, mas para revelar Cristo ao mundo por intermédio de um viver santo, justo, em meio a uma sociedade comprometida pelo pecado (Fp.2:15).
Ser Santo é uma exigência de Deus – “Falou mais o Senhor a Moisés, dizendo: Fala a toda a Congregação dos filhos de Israel e dize-lhes: Santos sereis, porque eu, o Senhor, vosso Deus, sou santo”(Lv.19:1,2). Não é uma exigência do Antigo Testamento e nem é somente para Israel. A mesma exigência foi reafirmada no Novo Testamento e em relação à Igreja: “Mas, como é santo aquele que vos chamou, sede vós também santos em toda a vossa maneira de viver, porquanto escrito está: Sede santos, porque eu sou santo”(1Pd.1:15-16).
O crente verdadeiro, sincero, genuíno é alguém que se preocupa, a todo instante, em agradar a Deus e, por isso, distancia-se do pecado, do mal e se aproxima de Deus. Tudo faz em suas tarefas diárias para agradar a Deus.
  1. É uma vida produtiva. O Senhor Jesus Cristo afirmou: “Nisto é glorificado meu Pai: que deis muito fruto; e assim sereis meus discípulos” (João 15:8). Dar fruto… dar “muito fruto” é uma condição imposta por Jesus para aquele que quiser ser seu discípulo. Deus não pede o que não temos para dar e que Deus não exige o que não podemos fazer. Assim, se o Senhor Jesus exigiu como condição o dar muito fruto para poder ser seu discípulo é porque ele sabia que o homem podia cumprir esta condição. É claro que o homem natural não pode ser seu discípulo, porque não pode, por si só, cumprir suas condições. Para ser discípulo de Jesus, o homem natural precisa, primeiro, aceitá-lo como seu Senhor e Salvador, precisa nascer de novo, precisa torna-se um homem espiritual.
Todavia, mesmo o homem nascido de novo, não poderia, por si só, fazer a vontade de Deus e cumprir a Sua Palavra. Sabendo disto, Deus Pai, por intermédio de Jesus, enviou para estar com o homem, o Espírito Santo, sobre o qual o Senhor Jesus declarou: “Mas, quando vier aquele Espírito da verdade, ele vos guiará em toda a verdade…” (João 16:13). Paulo complementou, dizendo: “E da mesma maneira também o Espírito Santo ajuda as nossas fraquezas…” (Rm.8:26).
Cristo é a Videira e Deus Pai é o Lavrador que cuida dos Ramos para torná-los frutíferos. Os Ramos são todos aqueles que se decidiram seguidores de Cristo. Os Ramos frutíferos são os verdadeiros crentes que, por meio da união de sua vida com a de Cristo, propiciam a Deus uma colheita abundante. Mas aqueles que se tornam improdutivos, que se negam a seguir a Cristo depois de estabelecerem um compromisso superficial com Ele, serão separados da Videira. Os seguidores improdutivos são como mortos; serão cortados e lançados fora. Estamos frutificando? Somos verdadeiramente salvos?
Podemos afirmar, com absoluta convicção, que, se não nos deixarmos guiar e se não formos ajudados pelo Espírito Santo, não daremos fruto, nem muito e nem pouco! Quem não dá fruto não pode dizer que é discípulo de Jesus. Quem não frutifica, diz o Senhor, é cortado e lançado fora. Não é possível ser crente, ser salvo sem que se tenha uma vida produtiva, sem produzir o Fruto do Espírito.
II. OS PROPÓSITOS DA FRUTIFICAÇÃO ESPIRITUAL
  1. Expressar o caráter de Cristo. A partir do Novo Nascimento, o homem passa a ter um novo ambiente, que é o ambiente da comunhão com o Senhor, pois o próprio Senhor vem habitar no crente (Rm.8:9; João 14:23) e isto fará com que seja modificado o seu caráter. Adquirimos um novo caráter, o caráter cristão, que é o que Paulo denomina de “o Fruto do Espírito”, que é idêntico a todos os crentes, resultado da atuação do mesmo Espírito que habita em cada um deles.
O segredo de apresentarmos um caráter cristão e de controlarmos o nosso temperamento para que este caráter se forme e, portanto, que produzamos o Fruto do Espírito, é o de nascermos de novo. O Novo Nascimento é uma necessidade, como o Senhor Jesus deixou claro a Nicodemos, um cidadão de bem, culto, educado e religioso; porém, um homem natural, movido pela sua velha natureza carnal.
A natureza humana, por melhor que possa parecer, não contém os fertilizantes necessários à formação do Fruto do Espírito. Por esta razão o Senhor Jesus foi taxativo, ao declarar que “…na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer de novo não pode ver o Reino de Deus… O que é nascido da carne é carne, e o que é nascido do Espírito é espírito” (João 3:3,6). A expressão “o que é nascido da carne é carne” significa que o que é nascido da carne, ou seja, o homem natural, não importando sua posição social, política, econômica, no seu corpo serão produzidos as obras da carne. Daí a necessidade de uma transformação, de um Novo Nascimento, ou de uma Regeneração. Neste processo, a velha natureza, ou “o velho homem” tem que morrer para que surja um “novo homem”, formado por uma nova natureza – “… o que é nascido do Espírito é espírito”. Isto ocorre no exato momento em que o homem aceita o Senhor Jesus Cristo como seu único e suficiente Salvador, ou seja, no momento de sua Conversão. Nesse instante ocorre uma transformação semelhante àquela que ocorreu em Caná, da Galiléia, quando o Senhor Jesus transformou água em vinho (João 2:1-11).
Ninguém viu e ninguém poderia explicar o que aconteceu ali. A água estava dentro das talhas, e as talhas eram de pedra. Também não houve demora, foi um ato repentino. A água, que num momento atrás era um liquido incolor, insípido e inodoro, sofreu uma transformação, tornando-se um líquido com cor, com gosto e com cheiro. Nada podia fazer lembrar que aquele vinho, momentos antes, tivesse sido água.
O Novo Nascimento significa, portanto, uma mudança completa, total, absoluta – “…se alguém está em Cristo, nova criatura é: as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo” (2Co.5:17).
No exato momento da Conversão o “velho homem” é transformado num “novo homem”. O homem carnal, ou natural, é transformado num homem espiritual, e de forma simultânea, recebe a Regeneração, ou seja, é gerado de novo; a Justificação, pela qual é declarado como se nunca tivesse pecado; é galardoado com a Adoção, tornando-se filho de Deus, recebendo, ainda, a Santificação. Este processo denomina-se Salvação.
  1. Abençoar outras pessoas. Na medida em que praticamos boas obras, na medida em que passamos a demonstrar o caráter cristão, estaremos, também, trazendo o bem às pessoas que nos cercam. O crente é sal da terra e luz do mundo e, portanto, iluminará os ambientes que frequenta, como também conservará a pureza ou curará os males do lugar onde está. A Bíblia diz que o crente é a nascente de um rio de água viva (João 7:38) e, como nos ensina a geografia, o rio é um elemento primordial para que se constitua um núcleo humano de habitação, para que se construa uma sociedade, uma comunidade. O crente, portanto, é um elemento que traz a vida para as pessoas, que permite com que as pessoas possam ser despertadas para a realidade da necessidade da comunhão com Deus e com o próximo, mas isto tudo somente pode ocorrer se houver a produção do Fruto do Espírito, sem o que este rio não nascerá, sem o que este rio não será água corrente, mas apenas uma cisterna rota, de água parada, mal cheirosa e produtora de doenças (Jr.2:13).
  1. Glorificar a Deus (João 15:8). Por fim, como diz o próprio Jesus, vemos que a presença de crentes frutíferos leva os ímpios a glorificarem a Deus (Mt.5:16). A Igreja, aqui, em perfeita consonância com o Espírito Santo, faz com que os homens glorifiquem ao Pai que está nos céus. O trabalho do Espírito Santo é o de glorificar a Jesus (João 16:14), assim como o trabalho de Cristo na Terra foi o de glorificar o Pai (João 17:4). Nós, como corpo de Cristo, temos de prosseguir neste trabalho de glorificação do Pai e isto só será possível através das nossas boas obras.
III. O FRUTO DO ESPÍRITO EVIDENCIA O CARÁTER DE CRISTO EM NÓS
  1. O que é Caráter. O Caráter é o traço distintivo de uma pessoa, é a sua marca. Por mais que seja melhorada pelos processos educacionais e éticos, ele será a marca distintiva da natureza do homem. Nicodemos, do ponto de vista humano, era um homem de bom caráter, um homem de bem. Contudo, do ponto de vista de Jesus, como homem natural, ele não estava habilitado a produzir bons frutos. Ele continuava sendo um “espinheiro”. Para produzir “uvas”, precisava de uma mudança em sua natureza. Esta mudança só é possível através do Novo Nascimento. Depois disto, então, o homem poderá produzir “frutos bons”.
O crente que evidencia o caráter de Cristo tem um comportamento, uma conduta diferente dos demais homens, porque tem uma natureza diferente, é de uma espécie diferente. Enquanto o crente é filho de Deus, o ímpio é filho do diabo (João 8:44); enquanto o crente é luz, o ímpio é treva; enquanto o crente tem vida, o ímpio está morto. Portanto, não pode haver comunhão entre o crente e o descrente. Assim, não podemos admitir o discurso de que o crente deve assumir a forma do descrente, até para “ter maior facilidade na evangelização”. Não temos, em absoluto, que tomar a forma do mundo (cf. Rm.12:2), mas buscar transformá-lo.
Devemos analisar as pessoas pelos frutos que produzem, ou seja, devemos verificar quais são as suas atitudes, qual é o seu caráter, não simplesmente o que está aparecendo em torno delas. Não nos preocupemos com os sinais, prodígios e maravilhas que alguém venha a fazer, mas, sim, com a presença do caráter cristão na sua vida. Não nos preocupemos com a vestimenta que alguém está usando, mas com a presença do caráter cristão na sua vida. É pelos frutos que reconheceremos quem é crente e quem não o é.
O caráter cristão permite-nos vislumbrar quem tem, ou não, comunhão com o Senhor e isto é que é importante, pois a comunhão com Deus representa a libertação do pecado e a consequente aceitação por Deus.
Aos religiosos que procuravam João Batista para serem batizados, ele advertia-os, dizendo-lhes: “Raça de víboras, quem vos ensinou a fugir da ira futura? Produzi, pois, frutos dignos de arrependimento… E também, agora, está posto o machado à raiz das árvores; toda árvore, pois, que não produz bom fruto é cortada e lançada não fogo” (Mt.3:8,10). Por estas palavras de João Batista entendemos que não basta ao homem mudar de Religião, mas, que é necessário uma mudança de vida. Aquele homem “mau caráter” precisa ser transformado num homem de “bom caráter”. Não se trata, pois, de melhorar a qualidade do fruto, mas mudar a sua natureza. Um limão por melhor que seja, será sempre limão, e para ser bom precisa ser azedo. É preciso, portanto, mudar a natureza do fruto, e, não apenas melhorar a sua qualidade – “… toda árvore boa produz bons frutos, e toda árvore má produz frutos maus. Não pode a árvore boa dar maus-frutos, nem a árvore má dar frutos bons” (Mt.7:17,18). Segundo Jesus, é pela qualidade dos frutos produzidos que se conhece a árvore – “Por seus frutos os conhecereis…” (Mt.7:16).
Pelos frutos é possível saber se o homem mudou de vida, se é, agora, um novo homem, ou se apenas mudou de Religião, e continua sendo o velho homem, envolto com as obras da carne. “Porque cada árvore se conhece pelo seu fruto…”, segundo afirmou Jesus.
  1. O Fruto do Espírito evidencia o caráter de Cristo em nós. O Fruto do Espírito é a expressão da natureza e do caráter de Cristo através do crente, ou seja, é a reprodução da vida de Cristo no crente.
O pecado afetou consideravelmente a imagem de Deus em nós levando-nos a produzir as obras da carne. Entretanto através do novo nascimento, Cristo é novamente formado em nós e assim somos transformados constantemente de glória em glória, crescendo na graça e no conhecimento de Jesus Cristo (2Co.3:17,18).
Observe que em Gálatas 5:22 o vocábulo Fruto está no singular, apesar de apresentar nove virtudes. Isto quer dizer que o Espírito Santo produz uma só qualidade de fruto, a saber: AMOR.
“AMOR” é a suprema virtude do Fruto do Espírito. É divino, não se trata de vários tipos, mas vem de Deus, o qual foi derramado em nossos corações (Rm.5:5). Apresenta-se em três dimensões:(a) Dimensão Vertical (Relação com Deus): Amor, Alegria, Paz; (b) Dimensão Horizontal (Relação com o próximo): Paciência, Benignidade, Bondade; (c) Dimensão Interior (Relação com si mesmo): Fidelidade, Mansidão, Temperança.
– Amor (gr. ágape). É o amor divino para com a humanidade perdida (João 3:16). É um amor imutável, sacrificial, espontâneo e que nos leva a amar até os próprios inimigos (Mt.5:46,48).
– Alegria (gozo). É o amor em estado de contentamento. É uma alegria constante na vida do crente, decorrente de seu bem-estar com Deus. Este amor se manifesta inclusive nas tribulações (2Co.7:4; At.13:52).
– Paz. É o amor em estado de quietude. É uma tranquilidade íntima e perfeita, independente das circunstâncias. Manifesta-se em três sentidos: Paz com Deus (Rm.5:1; Cl.3:15); Paz com o próximo (Rm.12:18; Hb.12:14) e; a Paz interior, a Paz que guarda nossos corações e os nossos sentimentos em Cristo Jesus (Fp.4:7). Os ímpios não têm paz! (Is.48:22).
– Longanimidade (paciência). É o amor que suporta a falta de cortesia e amabilidade por parte dos outros (Ef.4:2; 2Co.6:4). É a paciência de forma contínua.
– Benignidade. É o amor compassivo e misericordioso. É o amor agradando. É a virtude que nos dá condições de sermos gentis para com os outros, expressando ternura, compaixão e brandura.
– Bondade. É o amor ajudando. É o amor em ação. É o amor generoso e caridoso. Se antes fazíamos o mal agora Cristo nos capacita para sermos bons para com todos.
– Fé. É o amor em sua fidelidade a Deus (1Pd.1:6,7). Não é apenas crer e confiar. É também ser fiel e honesto, pois Deus é fiel (1Co.1:9). Aqui, o crente se mantém fiel ao Senhor em quaisquer circunstâncias. Descobrimos se temos esta qualidade quando somos desafiados à infidelidade.
– Mansidão. É o amor pacificando. Virtude que nos torna pacíficos, com serenidade e brandura diante de situações irritantes, perturbadoras e desagradáveis. Devemos aprender a mansidão com Jesus (Mt.11:29). Ele se conservou manso diante de seu traidor (1Pd.2:21-23), e curou a orelha do servo do sumo sacerdote que fazia parte dos que tinham ido prendê-lo (Lc.22:51).
– Temperança (domínio próprio). É o amor equilibrando. Deus respeita o nosso livre arbítrio e por isso não nos domina, mas nos guia na verdade. Além da orientação do Espírito Santo contamos com o domínio próprio que atua como um freio contra as paixões da carne as quais vão contra os propósitos de Deus para nossa vida.
Por si só, o homem não tem condições de produzir o Fruto do Espírito. Sua inclinação natural será sempre de produzir os frutos da carne. Como, pois, esse Fruto pode ser produzido? Pelos esforços humanos? De modo algum. É produzido quando os cristãos vivem em comunhão com o Senhor. O Espírito Santo opera um milagre maravilhoso enquanto fixamos os olhos no Salvador em amorosa adoração e quando lhe obedecemos na vida diária. Ele nos transforma para sermos semelhantes a Cristo (2Co.3:18). Como um ramo recebe da videira vida e nutrição, assim também o crente em Cristo recebe toda a sua força da verdadeira vide, e assim ele é capaz de viver uma vida frutífera para Deus.
CONCLUSÃO
Assim como uma árvore é conhecida pelos seus frutos, assim o verdadeiro crente é conhecido por suas ações. Portanto, o propósito do fruto do Espírito é nos identificar, é revelar a nossa verdadeira comunhão com o Senhor. Quando somos cheios do Espírito Santo e permitirmos que Ele trabalhe em nosso caráter, passamos a produzir o Fruto do Espírito, conforme Gálatas 5:22. Busquemos um relacionamento pessoal com Cristo, sejamos cheios do Espírito Santo e produzamos muitos frutos para a glória de Deus.
3. O caráter amoroso e santo do crente. O cristão tem como uma de suas características principais o amor a Deus e ao próximo (Mt 22.34-40). Quem não ama não conhece a Deus, ainda não teve seu caráter transformado e está em trevas (1Jo 2.9,11). Unida ao amor está à santificação, sem a qual ninguém poderá ver ao Senhor (Hb 12.14). Os que já experimentaram o novo nascimento devem viver de modo irrepreensível (1Ts 5.23).

[Comentário: Deus está associado com o amor, o amor é a essência de Deus. O amor sincero e veradeiro é algo que representa o nosso Deus. Ele é a nossa fonte de amor. É Deus quem nos ensina a dar e receber amor. O amor é a maior das virtudes do fruto do Espírito. Vem do grego ÁGAPE e significa muito mais do que sentimentos e emoções; é o amor altruísta baseado na ação em favor de outrem. Em João 3:16 temos o versículo crucial que denota a grandeza deste amor. Essa virtude maior do Espírito, deve estar acima de quaisquer circunstância na vida do crente. “...para que venham a tornar-se puros e irrepreensíveis” (Fp 2.15a) "Vida irrepreensível" significa viver de modo a não dar motivo de repreensão, ou seja: uma vida totalmente isenta de culpa. Paulo escreveu em uma época onde havia a escravidão humana. Em Creta, assim como em todo o império romano, havia muitos escravos. Na igreja existia senhores e escravos que se converteram a Cristo, por isso, Paulo mostra como devia ser o relacionamento, a conduta dos servos e dos senhores. O apóstolo mostra que os servos deveriam agradar seus senhores “em tudo”, pois um senhor crente não daria ordens que fossem incompatíveis com a fé cristã e com a Palavra de Deus. Os escravos que tinham senhores crentes deveriam manter uma atitude de submissão. O Rev Hernandes Dias Lopes em Coleção Comentários Expositivos Hagnos, falando sobre o novo estilo de vida do crente, diz: “Em Efésios 4.1-16, Paulo tratou da unidade da igreja. Nesse parágrafo, ele trata da pureza da igreja. Paulo faz o mesmo tipo de introdução nos versículos 1 e 17. A pureza é uma característica do povo de DEUS tão indispensável quanto a unidade”.]

SÍNTESE DO TÓPICO III
Jesus Cristo veio ao mundo para a redenção do caráter humano.









SUBSÍDIO TEOLÓGICO
A Redenção
A Bíblia também emprega a metáfora do resgate ou da redenção para descrever a obra salvífica de Cristo. O tema aparece muito mais frequentemente no Antigo Testamento que no Novo. O tema aparece muitas vezes no Antigo Testamento, referindo-se aos ritos da 'redenção' no tocante às pessoas ou aos bens. O próprio Javé é o Redentor do seu povo, e eles são os redimidos. O Senhor tomou medidas para redimir os primogénitos. Ele redimiu Israel do Egito e também os remirá do exílio. Às vezes Deus redime um indivíduo; ou um indivíduo ora, pedindo a redenção divina. Mas a obra divina na redenção é primeiramente moral no seu escopo. Em alguns textos bíblicos, a redenção claramente diz respeito aos assuntos morais. Salmos 130.8 diz: 'Ele remirá a Israel de todas as suas iniquidades'. Isaías diz que somente os 'remidos', os 'resgatados', andarão pelo chamado 'O Caminho Santo' (Is 35.8-10). Diz ainda que a 'filha de Sião' será chamada 'povo santo, os redimidos do senhor'.
No Novo Testamento, Jesus é tanto o "Resgatador" quanto o 'resgate'; os pecadores são os 'resgatados'. Ele declara que veio 'para dar a sua vida em resgate [gr. lutron] de muitos (Mt 20.28; Mc 10.45). Era um 'livramento [gr. apolutõsis] efetivado mediante a morte de Cristo, que libertou da ira retributiva de Deus e da penalidade merecida pelo pecado. Paulo liga nossa justificação e o perdão dos pecados à redenção que há em Cristo. Diz que Cristo 'para nós foi feito por Deus sabedoria, e justiça, e santificação, e redenção' (1Co 1.30). Diz também que Cristo 'se deu a si mesmo em preço de redenção por todos (1Tm 2.6)" (HORTON, Stanley M. Teologia Sistemática: Uma perspectiva Pentecostat. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 1996, pp. 356,357).




















CONCLUSÃO
Nosso caráter reflete nossos princípios. Como novas criaturas, precisamos evidenciar os valores do Reino de Deus. O homem salvo e remido por Cristo Jesus tem as marcas do Salvador no seu ser e no seu comportamento.

[Comentário: Quando uma pessoa aceita a Cristo como Salvador de sua alma, experimenta, imediatamente, uma profunda modificação em seu interior. Essa mudança é demonstrada não apenas nos relacionamentos, mas também nas escolhas, atitudes e responsabilidades assumidas durante a sua nova vida (Cl 3.1-17). O caráter cristão é preservado mediante a comunhão do crente com o Espírito Santo, pelo conhecimento da Palavra e através de uma vida cristã disciplinada.] “NaquEle que me garante: "Pela graça sois salvos, por meio da fé, e isto não vem de vós, é dom de Deus" (Ef 2.8)”,









PARA REFLETIR

A respeito da formação do caráter cristão, responda:
• Defina caráter.
Segundo o Dicionário Aurélio, caráter é "o conjunto das qualidades (boas ou más) de um indivíduo, e que lhe determinam a conduta e a concepção moral".

• Em termos espirituais e morais, como o homem e a mulher foram criados?
À "imagem" e "semelhança" do Criador.

• O que o homem perdeu ao pecar?
Perdeu a semelhança moral com o Criador.

• A salvação é por mérito humano ou é um dom de Deus?
A salvação é um dom de Deus.

• O que acontece com nosso caráter quando aceitamos, pela fé, a Jesus como nosso Salvador?
É transformado e convertido pelo poder do Espírito Santo.





SUBSÍDIOS ENSINADOR CRISTÃO

A formação do Caráter Cristão

Propósito do trimestre
A sociedade contemporânea sofre a ausência de referências éticas. Nas esferas públicas, parece não haver muitas pessoas de caráter ilibado, o que não significa ser uma verdade. Mas há ações sub-reptícias a reforçarem uma sensação de que a maioria das pessoas da esfera do poder é corrupta. Nessa perspectiva, a presente lição tem o objetivo de apresentar ao povo de Deus o testemunho das Sagradas Escrituras a respeito do caráter da diversas pessoas que o Senhor usou numa época e cultura específicas para manifestar sua vontade ao mundo. E, consequentemente, convidar a Igreja a refletir sobre o caráter e as virtudes do Reino de Deus na sociedade atual.
As Escrituras sagradas testemunham que a causa desse caos espiritual é a deformidade da natureza humana por intermédio do pecado original. No Jardim do Éden, o ser humano caiu. Embora a imagem de Deus tenha permanecido nele, o caráter e a personalidade deo ser humano foram bastante degradados.

Sobre o conceito de caráter
Segundo a psicóloga Ana Lúcia Santana, o caráter é um traço da personalidade. Enquanto esta, de acordo com o Dicionário Houaiss, é a “qualidade ou condição de ser uma pessoa”, determinada por “um conjunto de qualidades que define a individualidade de uma pessoa moral”; aquele que diz respeito ao modo de agir do indivíduo, seu temperamento, os aspectos bons ou maus que expõem o seu comportamento e valores particulares. Logo, o caráter é o resultado de um processo que se inicia desde a mais tenra idade, perpassa a infância, a adolescência, a juventude e, assim, estabelece a maturidade na vida adulta. De modo que o convívio com a família, a igreja local, a escola e a sociedade torna-se a plataforma para a formação do caráter humano.

A formação do caráter cristão
O cristão, ou melhor, o discípulo de Jesus é uma pessoa que teve um encontro com Cristo. A partir desse encontro, de degradado, o caráter do outrora pecador sofre um processo de metanoia, ou seja, uma transformação radical no modo de pensar e agir. Nesse sentido, as Escrituras Sagradas são uma fonte donde brota exemplos preciosos de pessoas comuns que tiveram o caráter transformado por Deus quando do processo desse encontro pessoal com o Pai Celestial.
É uma experiência maravilhosa adentrarmos às páginas sagradas a fim de contemplarmos a beleza da formação do caráter cristão. Bom trimestre!










Lições Bíblicas CPAD Jovens e Adultos 1º Trimestre de 2005
Título: O Fruto do Espírito — A plenitude de Cristo na vida do crente
Comentarista: Antonio Gilberto Lição 1: O Fruto do Espírito e o caráter cristão  

TEXTO ÁUREO
Não pode a árvore boa dar maus frutos, nem a árvore má dar frutos bons. Toda árvore que não dá bom fruto corta-se e lança-se no fogo(Mt 7.18,19).

VERDADE PRÁTICA
O fruto do Espírito é a expressão do caráter de Cristo, produzido em nós, para que o mundo veja isso e glorifique a Deus.

LEITURA DIÁRIA
Gl 5.22 Fruto do Espírito — a identidade do crente
2Pe 1.4-7 O crente como participante da natureza divina
Ef 5.9 As três faces do fruto
Jo 15.1,5 A necessidade de o crente produzir fruto
Lc 6.43 O fruto do Espírito revela a qualidade da árvore
Rm 6.22 O objetivo do fruto do Espírito é a santificação

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Mateus 7.16-20; Lucas 6.43-45.
Mateus 7
16 — Por seus frutos os conhecereis. Porventura, colhem-se uvas dos espinheiros ou figos dos abrolhos?
17 — Assim, toda árvore boa produz bons frutos, e toda árvore má produz frutos maus.
18 — Não pode a árvore boa dar maus frutos, nem a árvore má dar frutos bons.
19 — Toda árvore que não dá bom fruto corta-se e lança-se no fogo.
20 — Portanto, pelos seus frutos os conhecereis.

Lucas 6
43 — Porque não há boa árvore que dê mau fruto, nem má árvore que dê bom fruto.
44 — Porque cada árvore se conhece pelo seu próprio fruto; pois não se colhem figos dos espinheiros, nem se vindimam uvas dos abrolhos.
45 — O homem bom, do bom tesouro do seu coração, tira o bem, e o homem mau, do mau tesouro do seu coração, tira o mal, porque da abundância do seu coração fala a boca.

PONTO DE CONTATO
Professor, pela graça de nosso Deus, iniciamos um novo ano e mais um trimestre. No ano de 2004, estudamos dois temas da Teologia Sistemática (Espírito Santo e Escatologia), um de Teologia Prática (Família Cristã) e um de Bíblia (Colossenses).
Neste trimestre, meditaremos no estudo temático do Fruto do Espírito, o qual refere-se à habitação e obra do Espírito no interior do crente visando formar o caráter de Cristo em sua vida. Portanto, é necessário que estejamos na presença de Deus a fim de que Ele nos use como instrumentos para a edificação de nossos alunos.


OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
  • Definir o princípio da frutificação espiritual.
  • Explicar o sentido de “vida frutífera”.
  • Descrever os propósitos da frutificação espiritual.

SÍNTESE TEXTUAL
O termo fruto no Novo Testamento é a tradução do original karpos, que tanto pode significar “o fruto”, quanto “dar fruto”, “frutificar” ou ser “frutífero” (Mt 12.33; 13.23; At 14.17). Na Bíblia, também é empregado em sentido figurado para indicar o resultado de algo, por exemplo: o produto do ventre e dos animais (Dt 28.11); o caráter do justo (Sl 1.30; Pv 11.30); a índole do ímpio e as atitudes dos homens (Pv 1.29-32; Jr 32.19); a mentira (Os 10.13); a santificação (Rm 6.22); a justiça (Fp 1.11), o arrependimento (Lc 3.8) etc.
No texto de João 15, Jesus se apresenta como a Videira Verdadeira e utiliza-se de uma simbologia já existente no Antigo Testamento, onde a árvore representa o homem (Jz 9.7-15; Sl 1.3), e a vinha, Israel (Is 5.1-7; Jr 2.21; Os 10.1). A árvore produz fruto segundo a sua espécie (Gn 1.11). Espécie, no original, mim, designa “especificação” ou “ordem”, portanto, a qualidade do fruto aponta para o caráter de sua árvore (Gn 1.12; Mt 7.17,18). Logo, o crente regenerado pelo Espírito Santo deve originar fruto que dignifique e reflita o caráter moral de Cristo.

ORIENTAÇÃO DIDÁTICA
Professor, para esta atividade, você precisará de uma cartolina ou papel camurça verde, vermelho e marrom. O verde será usado para fazer a copa da árvore; o marrom, o tronco (opcional); e o vermelho, o fruto. Com este material, construa uma árvore proporcional à sala e ao mural de que sua classe dispõe. Com a folha vermelha, confeccione nove frutos que corresponderão às virtudes de Gálatas 5.22. Todos os domingos, cada aluno deverá escrever num fruto seu nome e a virtude referente à lição que for ensinada, e fixá-lo na árvore. Mediante esta atitude, os alunos estarão demonstrando o fruto em sua vida ou o desejo de produzi-lo. A tendência natural é o papel descolorir durante o trimestre, no entanto, o aluno deverá trocar, cuidar ou fazer a manutenção deste para que isto não ocorra. Assim, o fruto deve ser cultivado em nossas vidas.

COMENTÁRIO / INTRODUÇÃO
Num de seus últimos ensinamentos aos discípulos, Jesus discorreu sobre a importância da frutificação espiritual (Jo 15.1-5). O Mestre fez uma analogia da videira e seus ramos com Ele e o crente, para ensinar que este precisa daquEle, a fim de tornar-se semelhante a Cristo. É o Espírito Santo que produz o fruto em nós à proporção que lhe entregamos a vida.
Para que o fruto seja gerado, é necessário que haja uma relação de interdependência entre o tronco e seus ramos. Jesus declarou aos discípulos que viera ao mundo com a missão de revelar-lhes o Pai. E que, ao partir, enviaria o Espírito Santo para estar com eles, ajudando-os em todas as coisas. Assim como Jesus fez-se homem para revelar o Pai à humanidade, o Espírito habita no crente a fim de que Cristo seja conhecido (1Co 6.19).
Nesta lição, estudaremos o fruto do Espírito, o caráter de Cristo no crente, e como é produzido em nossa vida através do Espírito Santo, objetivando a glorificação do nome de Deus.

I. O PRINCÍPIO DO FRUTO DO ESPÍRITO
O princípio da frutificação encontra-se em Gênesis 1.11. Note que cada planta e árvore devia produzir fruto segundo a sua espécie.
A frutificação espiritual segue a mesma regra. João Batista exigiu de seus discípulos: “Produzi, pois, frutos dignos de arrependimento” (Mt 3.8). Em João 15.1-16, Jesus enfatizou este princípio esclarecendo aos seus seguidores que, a fim de se desenvolverem espiritualmente, precisavam apresentar abundante fruto para Deus.
De que tipo de fruto Jesus estava falando? A resposta encontra-se em Gálatas 5.22. Por conseguinte, o fruto do Espírito desenvolve no crente um caráter semelhante ao de Cristo, que reflete a imagem de sua pessoa e a natureza santa de Deus.

II. A VIDA CONTROLADA PELO ESPÍRITO
1. Vida frutífera. Quando o crente não se submete ao Espírito, cede aos desejos da natureza pecaminosa. Mas, ao permitir que Ele controle sua vida, torna-se um solo fértil, onde o fruto é produzido. Mediante o Espírito, conseguimos vencer os desejos da carne e viver uma vida frutífera.
a) Segredo da batalha espiritual. Para ser vencedor nesta batalha, o segredo é andar no Espírito (Gl 5.24,25). Como fazemos isto? Ouvindo a sua voz, seguindo a sua liderança, obedecendo às suas ordens, confiando nEle e dependendo dEle.
b) Fruto e obras. Para mostrar o quanto é acentuado o contraste entre as obras da carne e o fruto do Espírito, o escritor aos Gálatas alistou-os no mesmo capítulo (Gl 5). Desde que o Espírito Santo dirija e influencie o crente, o fruto se manifestará naturalmente nele (Rm 8.5-10). Da mesma maneira acontece ao ímpio, cuja natureza pecaminosa é quem o governa.
c) Fruto conforme a espécie. Cada um produz fruto segundo a sua espécie. Em João 14.16, lemos as palavras de Jesus aos discípulos: “E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, para que fique convosco para sempre”. A palavra outro, no original, denota “outro da mesma espécie”. O Espírito Santo é da mesma espécie que Jesus. Logo, é de sua natureza produzir um caráter semelhante ao de Cristo no crente. É da natureza da carne pecaminosa produzir maldade.
A Palavra de Deus é absoluta ao declarar que “os que cometem tais coisas não herdarão o Reino de Deus” (Gl 5.21b). Estas obras da carne são características dos que vivem em pecado (Rm 7.20).
2. Maturidade e equilíbrio cristãos. A Palavra de Deus afirma que o crente é recompensado ao dar toda a liberdade ao Espírito Santo para produzir, em seu interior, as qualidades de Cristo. O capítulo 1 de 2 Pedro trata da necessidade de o crente desenvolver as dimensões espirituais da vida cristã. Com este crescimento, vem a maturidade e a estabilidade fundamentais para uma vida vitoriosa sobre a natureza velha e pecaminosa do homem (2Pe 1.10b.11).

III. A SINGULARIDADE DO CARÁTER CRISTÃO
1. A pessoa é identificada pelo seu fruto. Em Mateus 7.15-23, deparamo-nos com declarações notáveis, proferidas pelo Mestre, acerca da importância do caráter. Assim como nós, os falsos profetas são reconhecidos pelo tipo de fruto que produzem (Mt 7.16-19).
2. Os sinais contestados pelo fruto. Jesus acrescentou que algumas pessoas fariam muitas maravilhas, expulsariam demônios em seu nome, porém, Ele jamais as conheceria (Mt 7.22,23). Como é possível? A resposta é encontrada em 2 Tessalonicenses 2.9. Este trecho bíblico comprova ser possível Satanás imitar milagres e dons do Espírito. Contudo, o fruto do Espírito é a marca daqueles que possuem comunhão com o Senhor (Mt 7.17,18; 1Jo 4.8), e jamais poderá ser imitado.

IV. OS PROPÓSITOS DA FRUTIFICAÇÃO ESPIRITUAL
Ao considerarmos os propósitos da frutificação espiritual, constataremos quatro palavras relacionadas ao fruto do Espírito: expressão, discipulado, bênção e glória.
1. Expressar o caráter de Cristo. Todo fruto revela sua árvore de origem. Da mesma maneira, como membros do corpo de Cristo, devemos refletir naturalmente o seu caráter para que o mundo o veja em nós. Quando as pessoas tomam conhecimento de nossa confissão cristã, podemos vir a ser a única bíblia que muitas delas “lerão”.
2. Evidenciar o discipulado. Jesus ensinou que devemos dar “muito fruto” a fim de confirmarmos que somos seus discípulos (Jo 15.8). Ele ressaltou que todo discípulo bem instruído será como o seu mestre (Lc 6.40). Isto significa que não é o bastante aceitar Jesus para afirmar: “Veja, sou crente!” Ele deseja que produzamos muito fruto. Se assim fizermos, estaremos demonstrando que verdadeiramente somos seus discípulos.
3. Abençoar outras pessoas. A manifestação do fruto abençoa os ímpios que nos cercam e também os crentes que veem a evidência do fruto espiritual em nós.
4. Glorificar a Deus (Jo 15.8). O fruto do Espírito é o resultado de uma vida abundante em Cristo. Quando permitimos que a imagem dEle seja refletida em nós, as pessoas glorificam a Deus (Mt 5.16).

CONCLUSÃO
Se entregarmos todo o controle de nossa vida ao Espírito Santo, Ele, infalivelmente, vai produzir o seu fruto em nós através de uma ação contínua e abundante. Como cristão, tudo que concerne ao caráter santificado, ou seja, a nossa semelhança com Cristo, é obra do Santo Espírito “até que Cristo seja formado em vós” (Gl 4.19).

VOCABULÁRIO
Analogia: Comparação; semelhança entre duas coisas.
Andar no Espírito: No original, é andar em linha reta e adequadamente.
Carne: Termo que descreve a natureza pecaminosa da alma.
Interdependência: Dependência entre dois elementos.
Maturidade: Perfeição; idade madura; sensatez.
Por conseguinte: Consequentemente; logo.

EXERCÍCIOS
1. Qual é o princípio da frutificação?
R. Cada planta e árvore deve produzir fruto segundo a sua espécie.

2. Qual é o segredo para vencer a batalha contra a carne?
R. Andar no Espírito.

3. Como os falsos profetas são reconhecidos?
R. Pelo tipo de fruto que produzem.

4. Faça uma lista do fruto do Espírito conforme Gálatas 5.22.
R. Caridade, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão e temperança.

5. Quais os propósitos da frutificação espiritual?
R. Expressar o caráter de Cristo, evidenciar o discipulado, abençoar outras pessoas e glorificar a Deus.

AUXÍLIOS SUPLEMENTARES
Subsídio Teológico
“A vida na carne e a vida sob a lei são ambas sujeitas à stoicheia, ou “princípios básicos” da vida (Gl 4.3,9). Estar debaixo da lei é estar sujeito a um pedagogo severo (3.24). Deste modo, aqueles que são guiados pela carne e são sujeitos à lei continuarão a experimentar o fracasso moral e um medo terrível do juízo.
Nada disso se aplica àqueles que são guiados pelo Espírito Santo, porque a natureza e a função do Espírito são opostas à lei e à natureza pecaminosa [...]. O Espírito não ministra opressão e escravidão, mas liberdade e poder. O Espírito unge para libertar os cativos e para adotar os fiéis na liberdade gloriosa dos filhos de Deus (Lc 4.18; Rm 8.15,16,21). Em contraste com a impotência da lei, o Espírito nos capacita a realizar o reino na terra (At 2.4; 1Co 2.4; 12.1-31; 14). Embora a lei tenha sido enfraquecida devido à natureza pecaminosa, o Espírito mortifica as ações daquela natureza (Rm 8.3,13). A lei acentua nossas fraquezas (7.8-10), mas o Espírito administra força em lugar destas (8.26). Portanto, o crente cheio do Espírito não está debaixo da lei, e consequentemente não é guiado pela natureza pecaminosa (Gl 5.18).
Os judaizantes não só minaram a sã doutrina na Galácia, mas também destruíram a atmosfera espiritual das igrejas (5.15). Toda a sua pauta era baseada na natureza pecaminosa, não no Espírito (4.8-10,17). Por estas razões, Paulo começa a contrastar as obras da natureza pecaminosa com o fruto do Espírito em 5.19-23. Tais listas de virtudes e vícios são encontradas ao longo de todo o Novo Testamento (Rm 1.24-31; 1Co 5.9-13; 6.9-11; 2Co 12.20,21; 1Ts 4.3-6). Estas também eram comuns no mundo antigo, especialmente entre os filósofos estóicos. Paulo reconhece que até mesmo os gentios podem discernir entre o certo e o errado. Neste sentido, tornam-se parte da lei (Rm 2.26,27).
[...] Paulo continua a contrastar ‘o fruto do Espírito’ com as obras da natureza pecaminosa. Assim como a natureza pecaminosa se manifesta de diferentes modos, o fruto do Espírito tem uma variedade de expressões. O termo ‘fruto’ (karpos) está no singular e mostra a unidade essencial do fruto do Espírito. Em outras palavras, o crente cheio do Espírito deve demonstrar todas as características do Espírito, não apenas esta ou naquela virtude” (ARRINGTON, F. L.; STRONSTAD, R. (eds.). Comentário Bíblico Pentecostal: Novo Testamento. RJ: CPAD, 2003, pp.1180-2.)