LIÇÕES BÍBLICAS CPAD ADULTOS 1º
Trimestre de 2017
Título: As Obras da Carne e o Fruto do Espírito — Como o
crente pode vencer a verdadeira batalha espiritual travada diariamente. – Comentarista:
Osiel Gomes
Lição 5: Paz de
Deus: Antídoto contra as inimizades
TEXTO ÁUREO
“Deixo-vos
a paz, a minha paz vos dou; não vo-la dou como o mundo a dá. Não se turbe o
vosso coração, nem se atemorize” (Jo 14.27).
João 14.27: Jesus Cristo nos Deixa a Sua Paz
Leitura: João 14.16-31
Texto: João 14.27
Amados irmãos no Senhor Jesus
Cristo.
A paz é o que o mundo procura
para o fim das guerras, dos problemas, das dificuldades na vida. Para o mundo a
paz é a ausência de problemas, dificuldades. É um bem estar na vida humana.
Onde seus ideais são valorizados sem preconceito e sem violência. Um conceito
longe daquilo que a Bíblia ensina. A Bíblia ensina que mesmo estando em
tribulações, ainda assim o cristão pode ter paz. Tiago diz: “Meus irmãos,
tende por motivo de toda alegria o passardes por várias provações” (Tg
1.2). Parece loucura o que Tiago está dizendo. Porque para o mundo a paz é não
ter problemas, nem tribulações na vida e nem guerras. Mas, Tiago está dizendo o
contrário. Ele está dizendo para estarmos felizes quando passarmos por várias
provações. Não devemos ficar tristes. Mas devemos regozijar.
Que tipo de paz é essa? Como eu
vou ter paz estando cheio de dificuldades e problemas? Como vou descansar em
paz? Como meu coração vai sossegar ao colocar a cabeça no travesseiro e dormir
tranqüilo cheio de dificuldades e problemas? De onde vem esta idéia de paz, que
apesar das dificuldades e sofrimentos devo permanecer em paz? Irmãos, esta paz
é o próprio Senhor Jesus Cristo que está ensinando. Ele nos promete essa paz.
Hoje nós vamos ver como é grandiosa a promessa de Cristo para nós.
Por isso quero pregar a palavra
de Deus no seguinte tema:
Tema: Jesus Cristo nos Deixa a
Sua Paz
1. A Natureza Desta Paz.
2. Quem nos Dar Esta Paz.
3. O Efeito Desta Paz na Vida da
Sua Igreja.
1. A Natureza Desta Paz.
Amados irmãos, a Palavra de Deus
fala da paz de Cristo de uma maneira maravilhosa. Não é qualquer paz. Não é uma
paz que podemos ir a uma loja e comprar um pouco desta paz. Mas esta paz é um
dom concedido por Jesus Cristo. Como ele mesmo expressa de uma maneira
maravilhosa em sua Palavra: “Deixo-vos a paz, a minha paz eu vos dou; não
vo-la dou como a dá o mundo. Não se turbe o vosso coração, nem se atemorize”
(Jo 14.27). Não existe coisa tão maravilhosa como receber a paz de Cristo. Esta
paz está no crente.
As pessoas não regeneradas não
têm paz. Porque ter paz é estar em paz com Deus. Estando fora da comunhão com
Deus não há paz. Isto já foi verdade para todos nós. Entramos neste mundo
contra Deus, porque somos parte da rebelião que começou com Adão e Eva no
paraíso. Romanos 5.10 diz: “Porque, se nós, quando inimigos, fomos
reconciliados com Deus mediante a morte do seu Filho, muito mais, estando já
reconciliados, seremos salvos pela sua vida”. O apóstolo Paulo está dizendo
que nós éramos inimigos de Deus. Lutávamos contra Deus. Queríamos destruir seu
reino. Nos rebelávamos todos os dias contra Deus. Tudo o que fazíamos militava
contra os princípios de Deus. Essa era a nossa realidade longe de Deus. Era um
estado de morte. Aprisionamento nos domínios do diabo e do pecado.
Porém, Cristo nos reconciliou com
Deus. Cristo nos trouxe para o lado de Deus. Deixamos de ser inimigos de Deus.
Houve uma trégua entre nós e Deus. Deus não está mais irado conosco. A
hostilidade contra Deus cessou. Porque viemos para o seu lado. Deus não quer mais
nos consumir com sua ira, mas nos amar. Porque Jesus Cristo assinou o trado com
Deus por nós. O tratado é o seu sangue derramado na cruz do Calvário. Este
tratado, esta aliança declara que temos paz com Deus. O apóstolo Paulo sabia
muito bem o que traz a paz com Deus. Efésios 6.15 diz: “Calçai os pés com a
preparação do evangelho da paz”. É o evangelho que leva uma pessoa a ter
paz com Deus. É o que faz uma pessoa deixar de guerrear contra Deus. Este fato
está consumado por Jesus Cristo. Como diz Romanos 5.1: “Justificados, pois,
mediante a fé, temos paz com Deus por meio de nosso Senhor Jesus Cristo”.
Nós que confiamos em Cristo
estamos redimidos e declarados justificados por meio da fé. Nossos pecados são
perdoados, cessou a rebelião, a guerra terminou e nós temos paz com Deus. Esse
é o maravilhoso propósito de Deus na salvação. Um indivíduo perverso, pecador e
vil não pode estar na presença de Deus. Algo precisa acontecer com esse
pecador. Ele precisa ser lavado no sangue de Cristo. Precisa nascer de novo.
Precisa experimentar o novo nascimento para assim ter paz com Deus. Deus não
salva pessoas para ser rebeldes. Deus não preparou a cidade santa para pessoas
perversas morarem nela. Antes é para aqueles que têm paz com ele. E foi
exatamente isto que Cristo fez lá na cruz, quando ele resolveu morrer pelos
nossos pecados. Quando resolveu sozinho levar sobre si os nossos pecados. Na
crucificação o inferno veio até ele e ele desceu ao inferno na cruz. Sofreu as
agonias e os tomentos do inferno para nos reconciliar com Deus. Por isso que a
Palavra de Deus diz que nós não somos inimigos de Deus. Mas que estamos em paz
com Deus.
É como se existisse um abismo
entre nós e Deus. Sem podermos chegar ao outro lado sem cairmos no abismo e
morrermos. Então Cristo se tornou a nossa ponte para chegarmos do outro lado
até Deus. Cristo preencheu o vazio, tomando a mão de Deus e a mão do homem
unindo-as num aperto de mão. Jesus Cristo nos aproximou do Pai pelo trabalho
que Ele fez na cruz. É isso o que o apóstolo Paulo diz em 2 Coríntios 5.18-19:
“Ora, tudo provém de Deus, que nos reconciliou consigo mesmo por meio de
Cristo e nos deu o ministério da reconciliação, a saber, que Deus estava em
Cristo reconciliando consigo o mundo, não imputando aos homens as suas
transgressões, e nos confiou a palavra da reconciliação”. Este é o coração
do evangelho para nós. Deus tomou a iniciativa para nos reconciliar consigo
mesmo. Ele nos buscou e entrou em paz conosco através de Jesus Cristo.
Esta paz com Deus que foi
consumada em Cristo na cruz é o que nós experimentamos agora. Por isso Jesus
disse: “Deixo-vos a paz, a minha paz eu vos dou; não vo-la dou como a dá o
mundo. Não se turbe o vosso coração, nem se atemorize”. Ela é a
tranqüilidade da alma, uma paz estabelecida, positiva que afeta as
circunstâncias da vida. Ela é uma paz agressiva; em vez de ser vitimada pelos
acontecimentos, ela os ataca e os domina avidamente. Essa paz vem do céu. É
sobrenatural. E, é exatamente o que Paulo diz em Filipenses 4.7: “A paz de
Deus, que excede todo o entendimento, guardará o vosso coração e a vossa mente
em Cristo Jesus”. A paz de Deus não é baseada em circunstância como a paz
do mundo. Ela não desaparece quando surgem problemas, doenças, aflições. Ela
excede o entendimento do homem carnal. Para o homem carnal não faz sentido.
Quando um cristão enfrenta problemas na vida e permanece em paz, o mundo não
entende. Porque essa paz vem de Deus. Não é imaginada por homem algum. Em
Filipenses 4.7, Paulo usa a palavra “guardará”. Esta palavra não significa apenas
“vigiar”. Ela muitas vezes é usada em um sentido militar, significando “ficar
em um posto e guardar contra a agressão de um inimigo”. Quando a paz está em
guarda os assaltos do mundo não o atingirá. Ela não permitirá que a preocupação
consuma o coração e atinja nossa mente.
Essa é a paz que nos faz ter
confiança em Deus. Que nos faz ficar firme. Esta é a paz que acalma o coração
após a tempestade do Calvário.
2. Quem nos Dar Esta Paz.
Irmãos, a paz de Deus não pode
ser obtida pelo mundo. O mundo não pode dar a paz verdadeira. A paz do mundo é
ilusória. É temporária, ou melhor dizendo, é uma paz falsa. Cristo nos dá a sua
paz. Ele diz: “A MINHA PAZ VOS DOU”. É a paz pessoal de Jesus Cristo que Ele
mesmo está nos dando. É a mesma paz que acalmou seu coração no meio dos
zombadores, odiosos, assassinos, traidores e tudo mais que enfrentou em sua
vida. Em meio a perseguição e sofrimento permaneceu inabalável em sua paz.
Ficou calmo nos momentos mais difíceis de sua vida. Essa paz de Jesus Cristo
foi o que deixou Pilatos perturbado e muito furioso. Mas, Jesus permaneceu
calmo em sua paz. E, é exatamente essa paz que Jesus Cristo nos dá. Ela é
destemor e confiança persistentes. Cristo é a fonte da paz. Assim como Pedro
pregou poderosamente: “A palavra que Deus enviou aos filhos de Israel,
anunciando-lhes o evangelho da paz, por meio de Jesus Cristo” (At 10.36).
Como também Paulo ora: “O Senhor da paz, ele mesmo, vos dê continuamente a
paz em todas as circunstâncias” (2 Ts 3.16). Jesus nos dá sua própria paz
pessoal. Ela nos ajudará nas batalhas espirituais.
Através do Espírito Santo, Ele
concede a sua paz. Um dos aspectos do fruto do Espírito é a paz. O Espírito
Santo dá aquilo que é de Jesus Cristo. Como João 16.14 diz: “Ele me
glorificará, porque há de receber do que é meu e vo-lo há de anunciar”.
Tudo o que Cristo conquistou, o Espírito Santo recebe de Cristo para nos dá.
Veja que Cristo diz: “não vo-la dou como a dá o mundo”. Ele dá através
do Espírito Santo, o Espírito da verdade que o mundo não pode receber.
A paz no mundo é um mito. Porque
não existe paz no mundo. A maior busca das pessoas pela paz é apenas uma
tentativa de fugir dos problemas. É por isso que buscam a paz por meio do
álcool, drogas ou outras formas de escapismo. Longe de Deus não há paz. Os
descrentes buscam paz onde não há paz. Apesar do esforço humano para buscar e
encontrar a paz desesperadamente, nunca encontrará a paz. Sabe por que não
encontrará a paz verdadeira? Jeremias 17.9 responde dizendo: “Enganoso é o
coração, mais do que todas as coisas, e desesperadamente corrupto; quem o
conhecerá?”. Enganoso é o coração. Enganoso é o coração do homem e
desesperadamente corrupto. Isaías 48.22 diz: “Para os perversos... não há
paz, diz o SENHOR”. Por isso as pessoas não podem encontrar a paz. Porque
os homens são perversos; sem amor a Deus.
Nos dias do profeta Jeremias toda
a terra de Judá estava passando por um momento difícil, porque um grande
exército estava marchando para Jerusalém, a fim de levar as pessoas para o
cativeiro. Este exército estava tirando a paz da terra de Israel. Era uma
experiência jamais experimentada pelos judeus. Por isso Jeremias 6.14 diz: “Curam
superficialmente a ferida do meu povo, dizendo: Paz, paz; quando não há paz”.
Falava-se muito de paz, mas não havia paz genuína. Em Jeremias 8.15 ainda diz:
“Espera-se a paz, e nada há de bom; o tempo da cura, e eis o terror”. E
Jeremias 14.19 diz: “Acaso, já de todo rejeitaste a Judá? Ou aborrece a tua
alma a Sião? Por que nos feriste, e não há cura para nós? Aguardamos a paz, e
nada há de bom; o tempo da cura, e eis o terror”. Também Jeremias 16.5 diz:
“Porque assim diz o SENHOR: Não entres na casa do luto, não vás a
lamentá-los, nem te compadeças deles; porque deste povo retirei a minha paz,
diz o SENHOR, a benignidade e a misericórdia”.
O profeta colocou o dedo na
ferida do povo. A ferida estava aberta e inflamada. O povo não obedecia ao
Senhor. Não queria servir ao Senhor. Por isso, viviam longe de Deus. Afastado
da presença de Deus. Por isso, o Senhor retirou a sua paz. O povo não podia
sentir a paz de Deus, porque Deus a retirou. O Senhor dá a sua paz somente
aqueles que o serve. Aqueles que se compromete a servi-lo. A paz de Jesus que
Ele nos dá nos conforta. Não nos deixa perturbado. Mas confiante em suas
promessas.
3. O Efeito Desta Paz na Vida da
Sua Igreja.
Qual é o efeito da paz de Cristo
na sua igreja? Qual deve ser a nossa atitude com respeito à paz de Cristo como
sua igreja? Jesus nos ensina a ter uma atitude correta com respeito a sua paz
em nossas vidas. Ele diz em João 14.27: “Não se turbe o vosso coração, nem
se atemorize”. Nós devemos ser capazes de nos apossar dessa paz. Porque ela
é nossa. Jesus nos deu. A sua paz ele nos deu. Não é de outra pessoa essa paz.
É a paz de Cristo que ele está nos dando. Essa paz deve ser aplicada em nossas
vidas.
Quando alguém está com o coração
perturbado é porque não crer em sua promessa de paz. Porque quando temos a paz
de Cristo à ansiedade e o sofrimento não vão tirar essa confiança em Deus. Pelo
contrário, ela nos ajuda a enfrentar as dificuldades. A paz de Cristo é uma
fonte de ajuda para nós. Porque ela nos ajuda a fazer a vontade de Deus.
Colossenses 3.15 diz: “Seja a
paz de Cristo o árbitro em vosso coração, à qual, também, fostes chamados em um
só corpo; e sede agradecidos”. Paulo estava exortando os colossenses a
dependerem inteiramente da paz de Cristo. Assim eles aprenderiam a deixar a paz
de Cristo ser o árbitro em suas decisões. Você está com problema? Está querendo
tomar uma decisão em sua vida? Deixe a paz de Cristo dirigir a sua vida.
Deixe-a mostrar o caminho. Isto se aprende estudando a Palavra de Deus. A
palavra de Deus deve ditar sobre as nossas decisões. Qualquer decisão em nossas
vidas deve ser conforme a vontade de Deus. Qualquer decisão. Não importa qual seja
a decisão. A pergunta a ser feita no momento da decisão é esta: “é à vontade de
Deus que eu faça isto?”. Se a palavra de Deus permite, siga em frente. Siga na
paz de Cristo. Se a Palavra de Deus diz que é errado, pare imediatamente. Olhe
para Deus e obedeça. Deixe a paz de Cristo decidir.
Porque a paz de Cristo nos leva a
confiar em Deus e em Cristo. João 14.1 diz: “Não se turbe o vosso coração;
credes em Deus, crede também em mim”. Essa paz causa o efeito de confiarmos
em Deus apesar de todas as dificuldades. Deus é a nossa rocha. A nossa
fortaleza bem presente. Nada nos tornará covarde tendo a paz de Cristo. Quando
temos a paz de Cristo, nem a morte nos assusta. Durante a reforma, muitos
irmãos morreram. Mas, qual era a atitude daqueles crentes? Quando eram
queimados vivos não ficaram desanimados e chorando. Pelo contrário, muitos
cantaram salmos ao Senhor. Por que fizeram isto? Porque a paz de Cristo
habitava em suas vidas. Essa é a paz que devemos ter até nas piores
dificuldades. Quem está nos ensinando a não ficarmos perturbados? É Jesus
Cristo. Quando Jesus falou estas palavras para seus discípulos, qual dia era?
Era quinta-feira. Quinta-feira feira à noite. E qual era o dia seguinte? Era
sexta-feira. Sexta-feira era o dia seguinte. O que iria acontecer na
sexta-feira? Ele iria morrer. Iria se entregar por nós na cruz. Mas, como
Cristo estava na quinta-feira? Desesperado? Não, não estava desesperado. Como
Ele estava quando estava sendo julgado? Estava perturbado? Não, não estava
perturbado. Como estava nosso Senhor? Estava em paz com Deus. Estava confiante
em Deus. Não se desesperou, mas antes confiou em seu Pai. Foi esta paz que Ele
nos deu.
Essa é a paz que Jesus nos
prometeu. Não apenas nos prometeu. Ele nos deu essa paz. Essa paz é nossa.
Ninguém a tira de nós. É por isso que nós devemos confiar cada dia mais em
Deus. Porque longe de Deus não há paz. E Ele todos os domingos nos lembra dessa
paz. Tanto no início como no fim dos cultos. Ele nos dar a sua paz ao chegarmos
a sua casa de oração. E ao término do culto Ele despede sua amada igreja com a
sua paz. Cristo está conosco. Ele nos dá a sua paz para vivermos confiante em
Deus. Confiança em Deus é o efeito que essa paz causa em cada um de nós. Por
isso, Cristo diz para nós: “Deixo-vos a paz, a minha paz eu vos dou; não
vo-la dou como a dá o mundo. Não se turbe o vosso coração, nem se atemorize”.
Amém.
VERDADE
PRÁTICA
A paz, como
fruto do Espírito, não promove inimizades e dissensões.
LEITURA
DIÁRIA
Sl 4.8 – A
paz de Deus nos faz repousar em segurança
8 Em paz também me deitarei e
dormirei, porque só tu, Senhor, me fazes habitar em segurança.
Sl 34.14 – Aparte-se
do mal e siga a paz
14 Aparta-te do mal, e faze o
bem; procura a paz, e segue-a.
Sl 119.165 –
Os que amam a lei de Deus têm paz
165 Muita paz têm os que amam a
tua lei, e para eles não há tropeço.
Is 9.6 – Jesus é o Príncipe da Paz
6 Porque um menino nos
nasceu, um filho se nos deu, e o principado está sobre os seus ombros, e se
chamará o seu nome: Maravilhoso, Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade,
Príncipe da Paz.
Jo 16.33 – Em
Jesus Cristo encontramos a paz verdadeira
33 Tenho-vos dito isto, para
que em mim tenhais paz; no mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo, eu venci
o mundo.
Rm 12.18 – Se
possível, viva em paz com todos
18 Se
for possível, quanto estiver em vós, tende paz com todos os homens.
LEITURA
BÍBLICA EM CLASSE
Efésios
2.11-17.
11 — Portanto, lembrai-vos de que vós, noutro tempo,
éreis gentios na carne e chamados incircuncisão pelos que, na carne, se chamam
circuncisão feita pela mão dos homens;
12 — que, naquele tempo, estáveis sem Cristo,
separados da comunidade de Israel e estranhos aos concertos da promessa, não
tendo esperança e sem Deus no mundo.
13 — Mas, agora, em Cristo Jesus, vós, que antes
estáveis longe, já pelo sangue de Cristo chegastes perto.
14 — Porque ele é a nossa paz, o qual de ambos os
povos fez um; e, derribando a parede de separação que estava no meio,
15 — na sua carne, desfez a inimizade, isto é, a lei
dos mandamentos, que consistia em ordenanças, para criar em si mesmo dos dois
um novo homem, fazendo a paz,
16 — e, pela cruz, reconciliar ambos com Deus em um
corpo, matando com ela as inimizades.
17 — E, vindo, ele evangelizou a paz a vós que
estáveis longe e aos que estavam perto;
Efésios 2
1 E
vos vivificou, estando vós mortos em ofensas e pecados, 2 Em
que noutro tempo andastes segundo o curso deste mundo, segundo o príncipe das
potestades do ar, do espírito que agora opera nos filhos da desobediência; 3 Entre
os quais todos nós também antes andávamos nos desejos da nossa carne, fazendo a
vontade da carne e dos pensamentos; e éramos por natureza filhos da ira, como
os outros também.
4 Mas
Deus, que é riquíssimo em misericórdia, pelo seu muito amor com que nos amou, 5 Estando
nós ainda mortos em nossas ofensas, nos vivificou juntamente com Cristo (pela
graça sois salvos), 6 E nos ressuscitou juntamente com ele e
nos fez assentar nos lugares celestiais, em Cristo Jesus; 7 Para
mostrar nos séculos vindouros as abundantes riquezas da sua graça pela sua
benignidade para conosco em Cristo Jesus.
8 Porque
pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus.
9 Não
vem das obras, para que ninguém se glorie; 10 Porque somos
feitura sua, criados em Cristo Jesus para as boas obras, as quais Deus preparou
para que andássemos nelas.
11 Portanto,
lembrai-vos de que vós noutro tempo éreis gentios na carne, e chamados
incircuncisão pelos que na carne se chamam circuncisão feita pela mão dos
homens; 12 Que naquele tempo estáveis sem Cristo, separados da
comunidade de Israel, e estranhos às alianças da promessa, não tendo esperança,
e sem Deus no mundo.
13 Mas
agora em Cristo Jesus, vós, que antes estáveis longe, já pelo sangue de Cristo
chegastes perto.
14 Porque
ele é a nossa paz, o qual de ambos os povos fez um; e, derrubando a parede de
separação que estava no meio, 15 Na sua carne desfez a
inimizade, isto é, a lei dos mandamentos, que consistia em ordenanças, para
criar em si mesmo dos dois um novo homem, fazendo a paz, 16 E
pela cruz reconciliar ambos com Deus em um corpo, matando com ela as
inimizades.
17 E,
vindo, ele evangelizou a paz, a vós que estáveis longe, e aos que estavam
perto; 18 Porque por ele ambos temos acesso ao Pai em um mesmo
Espírito.
19 Assim
que já não sois estrangeiros, nem forasteiros, mas concidadãos dos santos, e da
família de Deus; 20 Edificados sobre o fundamento dos apóstolos
e dos profetas, de que Jesus Cristo é a principal pedra da esquina; 21 No
qual todo o edifício, bem ajustado, cresce para templo santo no Senhor.
22 No
qual também vós juntamente sois edificados para morada de Deus em Espírito.
HINOS
SUGERIDOS
178, 245 e 474 da Harpa Cristã.
OBJETIVO
GERAL
Compreender que a verdadeira paz só pode ser
encontrada em Jesus.
OBJETIVOS
ESPECÍFICOS
Abaixo, os
objetivos específicos referem-se ao que o professor deve atingir em cada
tópico. Por exemplo, o objetivo I refere-se ao tópico I com os seus respectivos
subtópicos.
·
I. Mostrar que depois de receber a paz de Cristo, o crente
deve transmiti-la as outras pessoas;
·
II. Explicar que existem três tipos de inimizade e o seu alvo é
destruir a unidade da Igreja de Cristo;
·
III. Saber que temos a missão de anunciar o evangelho e para
isso precisamos ter paz com todos.
INTERAGINDO COM O PROFESSOR
Professor, nesta
lição você terá a oportunidade de tratar com seus alunos a respeito da paz,
fruto do Espírito, em oposição à inimizade, como obra da carne. Sabe-se que paz
é a ausência de guerra. Vivemos tempos trabalhosos. Em muitos centros urbanos a
violência só aumenta e as cidades do interior também têm experimentado este
aumento. Na esfera mundial, temos observado muitas guerras (de cunho religioso)
no Oriente Médio.
Em Jesus,
temos paz. Não estamos falando da paz que o mundo oferece. Estamos falando de
uma paz que excede todo entendimento; uma paz com Deus que, mesmo em um mundo
cheio de guerras e conflitos, podemos afirmar que vivemos em paz. A verdadeira
paz resulta da fé em Deus, porque somente Ele incorpora todas as
características da paz. Para encontrar a paz de espírito e a paz com os outros,
você precisa encontrar a fé com Deus.
COMENTÁRIO /
INTRODUÇÃO
Na lição de
hoje, estudaremos a paz como fruto do Espírito e a inimizade como fruto da
carne. O homem guiado pela velha natureza não pode sentir a paz que Jesus
Cristo nos oferece. Essa paz não depende de situações e circunstâncias. Mesmo
vivendo em uma sociedade violenta, podemos ter paz, pois a serenidade que temos
em nossos corações é fruto do Espírito, e não depende das circunstâncias ou dos
recursos financeiros (Gl 5.22).
22 Mas
o fruto do Espírito é: amor, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade,
fé, mansidão, temperança.
PONTO
CENTRAL
A paz que
Jesus oferece não depende de situações e circunstâncias.
I. A PAZ QUE EXCEDE TODO ENTENDIMENTO
I. Mostrar que depois de receber a paz de Cristo, o crente
deve transmiti-la as outras pessoas;
1. Paz. Podemos definir paz como um estado de
tranquilidade e quietude interior que não depende de circunstâncias externas.
No grego, o vocábulo paz é eirene e
refere-se à unidade e harmonia. Vivemos em uma sociedade onde a violência tem feito
muitas vítimas e tirado a tranquilidade das pessoas, fazendo com que as pessoas
adoeçam. Ultimamente, temos visto o aumento da chamada Síndrome do Pânico, ou
seja, um transtorno da ansiedade que leva a um pavor incontrolável, mesmo que
não haja nenhum perigo iminente. A pessoa acometida por essa enfermidade perde
a quietude. Quem está sendo acometido por esse mal precisa do acompanhamento de
um psiquiatra, terapia e o carinho e a compreensão dos familiares e da igreja.
2. Paz com
Deus. Como podemos estar em paz com
Deus? Só existe uma maneira para estarmos em paz com o nosso Criador: mediante
a nossa justificação. A justificação ocorre quando nós, pela fé, recebemos
Jesus como nosso único e suficiente Salvador. Então, somos declarados justos
diante de Deus (Rm 5.1: 1 Tendo sido, pois,
justificados pela fé, temos paz com Deus, por nosso Senhor Jesus Cristo; 2 Pelo
qual também temos entrada pela fé a esta graça, na qual estamos firmes, e nos
gloriamos na esperança da glória de Deus.). Quando
recebemos Jesus, a inimizade que havia entre nós e Deus é desfeita, somos
reconciliados com o Pai e passamos a desfrutar de plena paz e comunhão com Ele
(2Co 5.18-20: 18. E tudo isto provém de Deus, que nos reconciliou consigo mesmo por
Jesus Cristo, e nos deu o ministério da reconciliação; 19. Isto é, Deus estava
em Cristo reconciliando consigo o mundo, não lhes imputando os seus pecados; e
pôs em nós a palavra da reconciliação.
De sorte que somos embaixadores da parte de Cristo, como se Deus por nós rogasse.
De sorte que somos embaixadores da parte de Cristo, como se Deus por nós rogasse.
20. Rogamo-vos, pois, da parte de Cristo, que vos
reconcilieis com Deus.). A nossa
justificação, e reconciliação e a paz com Deus somente são possíveis por meio
da morte e ressurreição de Jesus Cristo (Is 53.5: 5 Mas
ele foi ferido por causa das nossas transgressões, e moído por causa das nossas
iniqüidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas
pisaduras fomos sarados.; Ef 2.13-17:
13. Mas
agora em Cristo Jesus, vós, que antes estáveis longe, já pelo sangue de Cristo
chegastes perto.
14. Porque ele é a nossa paz, o qual de ambos os
povos fez um; e, derrubando a parede de separação que estava no meio, 15. Na
sua carne desfez a inimizade, isto é, a lei dos mandamentos, que consistia em
ordenanças, para criar em si mesmo dos dois um novo homem, fazendo a paz, 16. E
pela cruz reconciliar ambos com Deus em um corpo, matando com ela as
inimizades.
17. E, vindo, ele evangelizou a paz, a vós que
estáveis longe, e aos que estavam perto;
18. Porque por ele ambos temos acesso ao Pai em um mesmo Espírito. Efésios 2:13-18).
18. Porque por ele ambos temos acesso ao Pai em um mesmo Espírito. Efésios 2:13-18).
3. Promotor
da paz. O crente que já recebeu a paz de
Deus, em seu coração precisa partilhar dessa paz com todos os que estão
aflitos, tornando-se um embaixador da paz (2Co 5.20: 20 De
sorte que somos embaixadores da parte de Cristo, como se Deus por nós rogasse.
Rogamo-vos, pois, da parte de Cristo, que vos reconcilieis com Deus.). A paz concedida pelo Espírito não é somente para
o nosso bem-estar, mas também para o bem do próximo. Não podemos nos esquecer
que amar ao semelhante é um mandamento do Pai (Mt 22.39: 39 E o
segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo.). Quem já experimentou a justificação e a
reconciliação com Deus torna-se um pacificador (Mt 5.9: 9. Bem-aventurados
os pacificadores, porque eles serão chamados filhos de Deus;
10. Bem-aventurados os que sofrem perseguição por causa da justiça, porque deles é o reino dos céus; 11. Bem-aventurados sois vós, quando vos injuriarem e perseguirem e, mentindo, disserem todo o mal contra vós por minha causa. Mateus 5:9-11). Ele não vive em brigas e contendas, não divide igrejas e não maltrata as pessoas. Isaque era um verdadeiro pacificador, um homem de paz. Mesmo sendo prejudicado por seus vizinhos que entulharam seus poços, não brigou, mas procurou a reconciliação (Gn 26.19-25: 19. Cavaram, pois, os servos de Isaque naquele vale, e acharam ali um poço de águas vivas.
10. Bem-aventurados os que sofrem perseguição por causa da justiça, porque deles é o reino dos céus; 11. Bem-aventurados sois vós, quando vos injuriarem e perseguirem e, mentindo, disserem todo o mal contra vós por minha causa. Mateus 5:9-11). Ele não vive em brigas e contendas, não divide igrejas e não maltrata as pessoas. Isaque era um verdadeiro pacificador, um homem de paz. Mesmo sendo prejudicado por seus vizinhos que entulharam seus poços, não brigou, mas procurou a reconciliação (Gn 26.19-25: 19. Cavaram, pois, os servos de Isaque naquele vale, e acharam ali um poço de águas vivas.
20. E os pastores de Gerar porfiaram com os
pastores de Isaque, dizendo: Esta água é nossa. Por isso chamou aquele poço
Eseque, porque contenderam com ele.
21. Então cavaram outro poço, e também porfiaram
sobre ele; por isso chamou-o Sitna.
22. E partiu dali, e cavou outro poço, e não
porfiaram sobre ele; por isso chamou-o Reobote, e disse: Porque agora nos
alargou o Senhor, e crescemos nesta terra.
23. Depois subiu dali a Berseba.
24. E apareceu-lhe o Senhor naquela mesma noite, e
disse: Eu sou o Deus de Abraão teu pai; não temas, porque eu sou contigo, e
abençoar-te-ei, e multiplicarei a tua descendência por amor de Abraão meu
servo.
25. Então edificou ali um altar, e invocou o nome
do Senhor, e armou ali a sua tenda; e os servos de Isaque cavaram ali um poço. Gênesis
26:19-25). Os
conflitos, seja na Igreja ou fora dela, são resultado da natureza adâmica, mas
os que vivem segundo o Espírito já crucificaram a sua carne e, agora, procuram
viver pacificamente com todos (Rm 12.18: 18 Se
for possível, quanto estiver em vós, tende paz com todos os homens.).
SÍNTESE
DO TÓPICO (I)
O crente
deve buscar a verdadeira paz mediante a justificação, em Cristo, pela fé.
SUBSÍDIO TEOLÓGICO
“Cristo, nossa paz, forma o novo homem
Ao
sintetizar tudo o que Deus fez na salvação por intermédio de Cristo, Paulo diz
que Cristo é a fonte da nossa paz (2.14-18). No contexto de Efésios, isso não
quer dizer que Cristo seja a fonte da paz interior, mas que Ele é o meio de
reconciliação entre judeus e gentios e entre os membros da nova comunidade e
Deus. O objetivo da salvação não é apenas fazer com que os indivíduos estejam
corretos diante de Deus, mas também que estejam corretos uns com os outros. À
medida que Deus, por intermédio de Cristo, une judeus e gentios, a
reconciliação opera de forma triangular entre os três. Judeus e gentios, quando
entram na nova comunidade, não deixam de ser quem eram; todavia, agora, eles
podem atuar juntos, lado a lado, como evidência do amor transformador e
conciliador de Deus (1Co 7.17-24; Rm 14-15). Essa obra de reconciliação é o
fundamento para a nova comunidade que Deus está edificando por intermédio de
Cristo. Por isso, ao longo de Efésios 2.11-22, o termo dominante e repetido é o
prefixo syn (‘juntos’). Deus formou uma nova
unidade, na qual se diz que Ele de dois criou ‘um novo homem’” (ZUCK, Roy B. Teologia
do Novo Testamento. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2008, p.347).
CONHEÇA MAIS
“Paz com Deus
Há
uma transformação na vida do pecador quando passa a ser um crente verdadeiro,
não importando o que tenha sido anteriormente. Sendo justificado pela fé, tem
paz com Deus. O Deus santo e justo não pode estar em paz com um pecador
enquanto este estiver sob a culpa do pecado. A justificação elimina a culpa, e
assim abre caminho para a paz. Esta é concedida por meio de nosso Senhor Jesus;
por meio dEle como o grande Pacificador, e Mediador entre Deus e o homem. O
feliz estado dos santos é o estado de graça. Somos levados a esta graça. Isto
significa que não nascemos neste estado”. Para conhecer mais, leia Comentário
Bíblico de Matthew Henry, CPAD, p.929.
II. INIMIZADES E CONTENDAS, AUSÊNCIA DE
PAZ
II. Explicar que existem três tipos de inimizade e o seu alvo é
destruir a unidade da Igreja de Cristo;
1. Três
tipos de inimizades. No grego, a
palavra inimizade é echthra. Esse
vocábulo serve para identificar três tipos de inimizade. Vejamos: inimizade
para com Deus (Rm 8.7: 7 Porquanto a inclinação da
carne é inimizade contra Deus, pois não é sujeita à lei de Deus, nem, em
verdade, o pode ser.), inimizade
entre as pessoas (Lc 23.12: 12 E
no mesmo dia, Pilatos e Herodes entre si se fizeram amigos; pois dantes andavam
em inimizade um com o outro.) e
hostilidade entre grupos e pessoas (Ef 2.14-16: 14. Porque ele é a nossa paz, o
qual de ambos os povos fez um; e, derrubando a parede de separação que estava
no meio, 15. Na sua carne desfez a inimizade, isto é, a lei dos mandamentos,
que consistia em ordenanças, para criar em si mesmo dos dois um novo homem,
fazendo a paz, 16. E pela cruz reconciliar ambos com Deus em um corpo, matando
com ela as inimizades. Efésios 2:14-16). Em Gálatas, Paulo apresenta a inimizade, as contendas e as disputas
como obras da carne (Gl 5.20: 19. Porque as obras da carne são manifestas, as
quais são: adultério, fornicação, impureza, lascívia, 20. Idolatria,
feitiçaria, inimizades, porfias, emulações, iras, pelejas, dissensões,
heresias, 21. Invejas, homicídios, bebedices, glutonarias, e coisas semelhantes
a estas, acerca das quais vos declaro, como já antes vos disse, que os que cometem
tais coisas não herdarão o reino de Deus. Gálatas
5:19-21).
2. Inimizade
e soberba. A inimizade, em geral é
resultado da soberba. Por isso, o Senhor abomina o coração altivo (Pv 6.16,17: 16. Estas
seis coisas o Senhor odeia, e a sétima a sua alma abomina: 17. Olhos altivos,
língua mentirosa, mãos que derramam sangue inocente, 18. O coração que maquina
pensamentos perversos, pés que se apressam a correr para o mal,
19. A testemunha falsa que profere mentiras, e o que semeia contendas entre irmãos.
Provérbios 6:16-19). Quando o crente começa acreditar que é superior aos outros, ele torna-se um “semeador” de inimizades e contendas. Na Igreja de Cristo, todos são servos, independente de seus dons e talentos. Paulo mostra que em Jesus Cristo todos são iguais: “Nisto não há judeu nem grego; não há servo nem livre; não há macho nem fêmea; porque todos vós sois um em Cristo Jesus” (Gl 3.28: 28 Nisto não há judeu nem grego; não há servo nem livre; não há macho nem fêmea; porque todos vós sois um em Cristo Jesus.). As inimizades e segregações são um “produto” da carne, de uma natureza pecaminosa. Deus proíbe a acepção de pessoas e toda a sorte de inimizades. Logo, os que promovem tais ações não podem agradar a Deus (At 10.34: 34. E, abrindo Pedro a boca, disse: Reconheço por verdade que Deus não faz acepção de pessoas; 35. Mas que lhe é agradável aquele que, em qualquer nação, o teme e faz o que é justo. Atos 10:34,35; Tg 2.8,9: 8. Todavia, se cumprirdes, conforme a Escritura, a lei real: Amarás a teu próximo como a ti mesmo, bem fazeis.
19. A testemunha falsa que profere mentiras, e o que semeia contendas entre irmãos.
Provérbios 6:16-19). Quando o crente começa acreditar que é superior aos outros, ele torna-se um “semeador” de inimizades e contendas. Na Igreja de Cristo, todos são servos, independente de seus dons e talentos. Paulo mostra que em Jesus Cristo todos são iguais: “Nisto não há judeu nem grego; não há servo nem livre; não há macho nem fêmea; porque todos vós sois um em Cristo Jesus” (Gl 3.28: 28 Nisto não há judeu nem grego; não há servo nem livre; não há macho nem fêmea; porque todos vós sois um em Cristo Jesus.). As inimizades e segregações são um “produto” da carne, de uma natureza pecaminosa. Deus proíbe a acepção de pessoas e toda a sorte de inimizades. Logo, os que promovem tais ações não podem agradar a Deus (At 10.34: 34. E, abrindo Pedro a boca, disse: Reconheço por verdade que Deus não faz acepção de pessoas; 35. Mas que lhe é agradável aquele que, em qualquer nação, o teme e faz o que é justo. Atos 10:34,35; Tg 2.8,9: 8. Todavia, se cumprirdes, conforme a Escritura, a lei real: Amarás a teu próximo como a ti mesmo, bem fazeis.
9. Mas, se fazeis acepção de pessoas, cometeis
pecado, e sois redargüidos pela lei como transgressores. Tiago
2:8,9). O crente
que assim age é carnal e precisa arrepender-se dos seus pecados (1Co 3.3: 3 Jesus
respondeu, e disse-lhe: Na verdade, na verdade te digo que aquele que não
nascer de novo, não pode ver o reino de Deus.).
3. Inimizade
e facção. As inimizades, muitas vezes,
acabam gerando na igreja as facções e divisões. Muitos, não se contentam em não
se relacionar bem com as pessoas e acabam fazendo com que os outros também não
tenham comunhão entre si. Na igreja de Corinto, os irmãos começaram a se
dividir e formar partidos em torno de Paulo, Apolo e Cefas. Uns diziam que
pertenciam a Paulo, enquanto outros a Apolo (1Co 1.12: 12 Quero
dizer com isto, que cada um de vós diz: Eu sou de Paulo, e eu de Apolo, e eu de
Cefas, e eu de Cristo.). Paulo dá
fim à discussão e às inimizades perguntando aos irmãos: “Está Cristo dividido?
Foi Paulo crucificado por vós?” (1Co 1.13: 13 Está
Cristo dividido? foi Paulo crucificado por vós? ou fostes vós batizados em nome
de Paulo?). O apóstolo exorta-os para o
fato de que pertencemos unicamente a Cristo. E se pertencemos a Ele não podemos
aceitar as inimizades e as facções. A inimizade é obra da carne e seu alvo é
destruir a unidade na Igreja do Senhor, mas o crente que tem o fruto do
Espírito busca o bem de todos, procurando manter o vínculo da perfeição,
estendendo as mãos para ajudar e tratando a todos com amor e respeito (Cl
3.13,14: 13. Suportando-vos uns aos outros, e perdoando-vos uns aos outros, se alguém
tiver queixa contra outro; assim como Cristo vos perdoou, assim fazei vós
também.
14. E, sobre tudo isto, revesti-vos de amor, que é o vínculo da perfeição. Colossenses 3:13,14). Que você como Filho de Deus possa se revestir de entranhas de misericórdia e de benignidade como recomenda as Escrituras Sagradas (Cl 3.12: Revesti-vos, pois, como eleitos de Deus, santos e amados, de entranhas de misericórdia, de benignidade, humildade, mansidão, longanimidade; 13. Suportando-vos uns aos outros, e perdoando-vos uns aos outros, se alguém tiver queixa contra outro; assim como Cristo vos perdoou, assim fazei vós também. Colossenses 3:12,13).
14. E, sobre tudo isto, revesti-vos de amor, que é o vínculo da perfeição. Colossenses 3:13,14). Que você como Filho de Deus possa se revestir de entranhas de misericórdia e de benignidade como recomenda as Escrituras Sagradas (Cl 3.12: Revesti-vos, pois, como eleitos de Deus, santos e amados, de entranhas de misericórdia, de benignidade, humildade, mansidão, longanimidade; 13. Suportando-vos uns aos outros, e perdoando-vos uns aos outros, se alguém tiver queixa contra outro; assim como Cristo vos perdoou, assim fazei vós também. Colossenses 3:12,13).
SÍNTESE
DO TÓPICO (II)
O objetivo da inimizade é destruir a
unidade da igreja.
SUBSÍDIO
TEOLÓGICO
“A
unidade ao redor da pessoa de Jesus Cristo deve ser mantida
Por
que são tão prejudiciais as murmurações e as contendas, as queixas e as
discussões? Se tudo o que uma pessoa conhece a respeito de uma igreja é o fato
de que os seus membros discutem, reclamam e fazem intrigas constantemente, ela
terá uma falsa impressão do Evangelho de Cristo. A crença em Cristo deve unir
os que confiam nEle. Se as pessoas na nossa igreja estão sempre reclamando e
discutindo, elas não têm o poder unificador de Jesus Cristo. Deixe de discutir
com outros cristãos, ou de se queixar sobre as pessoas e as condições na
igreja, e permita que o mundo veja Cristo” (Manual da Bíblia de Aplicação
Pessoal. RJ: CPAD, 2013, p.260).
III.
VIVAMOS EM PAZ
III. Saber que temos a missão de anunciar o evangelho e para
isso precisamos ter paz com todos.
1. O favor
divino. Paulo exorta os gentios para que
sejam sempre gratos a Deus, pois eram zambujeiros e foram enxertados na
oliveira (Rm 11.17: E se alguns dos ramos foram quebrados, e tu, sendo
zambujeiro, foste enxertado em lugar deles, e feito participante da raiz e da
seiva da oliveira, 18. Não te glories contra os ramos; e, se contra eles te
gloriares, não és tu que sustentas a raiz, mas a raiz a ti. Romanos
11:17,18). Aos
judeus, ele pede que não se esqueçam de que foram colocados por Deus no mundo
para abençoar as outras nações (Gn 12.3: 3 E
abençoarei os que te abençoarem, e amaldiçoarei os que te amaldiçoarem; e em ti
serão benditas todas as famílias da terra.). O
apóstolo estava mostrando que, em Cristo, gentios e judeus são iguais, por
isso, devem viver em paz e unidade. Vivamos em paz com todos e jamais venhamos
a nos esquecer de que fomos alcançados pela graça divina, pois é esse favor
divino que nos leva a amar o próximo e a viver em paz e união (Sl 133.1: 1 Oh!
quão bom e quão suave é que os irmãos vivam em união.).
2. A cruz de
Cristo. A cruz é um dos símbolos mais
conhecidos do cristianismo, pois, mediante a fé no sacrifício de Jesus, somos
reconciliados com Deus. Se Cristo não morresse na cruz pelos nossos pecados
estaríamos para sempre separados da presença Deus; não deixaríamos de ser
inimigos dEle. Jesus morreu na cruz por amor a nós e mesmo diante de uma morte
tão cruel, Ele não abriu a sua boca para reclamar ou dizer palavras ofensivas
aos seus algozes (Is 53.7: 7 Foi
maltratado e resignou-se; não abriu a boca, como um cordeiro que se conduz ao
matadouro, e uma ovelha muda nas mãos do tosquiador. {Ele não abriu a boca.}; Jo 3.16: 16 Com
efeito, de tal modo Deus amou o mundo, que lhe deu seu Filho único, para que
todo o que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna.). Jesus permaneceu quieto durante seu julgamento e
castigo. Ele demonstrou ter paz e equilíbrio emocional mesmo vivendo uma
situação tão terrível. Ele sabia o porquê de sua missão e que o seu sacrifício
era necessário para que pudéssemos nos reconciliar com Deus.
3. A nossa
missão. Jesus veio ao mundo com uma
missão, morrer na cruz pelos nossos pecados. Ao ascender aos céus, Ele também
nos deu uma missão (Mt 28.19,20: Ide, pois, e ensinai a todas as
nações; batizai-as em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.
20. Ensinai-as a observar tudo o que vos prescrevi. Eis que estou convosco todos os dias,
20. Ensinai-as a observar tudo o que vos prescrevi. Eis que estou convosco todos os dias,
até o fim do mundo. Mateus
28:19,20). Para
darmos cumprimento a essa missão, precisamos viver em paz com todos. Anunciemos
ao mundo que somente Jesus pode nos dar a verdadeira paz, pois Ele é o Príncipe
da Paz (Is 9.6: 5. Porque todo calçado que se traz na batalha, e
todo manto manchado de sangue serão lançados ao fogo e tornar-se-ão presa das
chamas; 6. porque um menino nos nasceu, um filho nos foi dado; a soberania
repousa sobre seus ombros, e ele se chama: Conselheiro admirável, Deus forte,
Pai eterno, Príncipe da paz. Isaías
9:5,6).
SÍNTESE
DO TÓPICO (III)
Para
realizar a missão de anunciar o Reino de Deus aos povos, o crente precisa viver
em paz uns com os outros.
SUBSÍDIO
TEOLÓGICO
“Salmos 133.1-3
Davi
declarou que a união é agradável e preciosa. Infelizmente, a união que deveria
ser encontrada na Igreja nem sempre o é. As pessoas discordam e causam divisões
por causa de assuntos sem importância. Alguns sentem prazer em causar tensão,
depreciando e desacreditando os outros. Mas a união é importante porque:
(1)
faz da igreja um exemplo para o mundo e ajuda a aproximar as pessoas do Senhor;
(2)
ajuda-nos a cooperar conforme a vontade de Deus, antecipando um pouco do gozo
que teremos no céu;
(3)
renova e revigora o ministério, porque existe menos tensão para extrair a nossa
energia.
Viver
em união não significa que concordaremos com tudo; haverá muitas opiniões, da
mesma maneira que existem muitas notas em um acorde musical. Mas devemos
concordar em nosso propósito na vida: trabalhar juntos para Deus. A união
reflete a nossa concordância de propósitos” (Bíblia de Estudo Aplicação
Pessoal. RJ: CPAD, 2003, p.822).
CONCLUSÃO
A paz de que
tratamos nesta lição é fruto do Espírito. Mesmo em meio às adversidades,
podemos ter paz, pois é uma quietude interior que vem de Deus. Que você possa
ser um pregoeiro da paz de Cristo, seja na Igreja ou fora dela.
PARA
REFLETIR
A respeito da paz de Deus, antídoto
contra as inimizades, responda:
Defina paz.
Um
estado de tranquilidade e quietude interior que não depende de circunstâncias
externas.
Como
podemos estar em paz com Deus?
Mediante
a nossa justificação.
Quando
ocorre a justificação?
Quando
nós, pela fé, recebemos Jesus como nosso único e suficiente Salvador.
O
que torna a nossa justificação possível?
A
morte e ressurreição de Jesus Cristo.
De
acordo com a lição, quais são os tipos de inimizades?
Inimizade
para com Deus (Rm 8.7), inimizade entre as pessoas (Lc 23.12) e hostilidade
entre grupos e pessoas (Ef 2.14-16).
SUBSÍDIOS
ENSINADOR CRISTÃO
Paz de Deus, antídoto contra as
inimizades
O ser humano
busca a paz. Todos desejam viver em paz. Sem paz a vida é difícil, angustiosa,
frustrada, amargurada, traumática, violenta, impossível. A paz é uma espécie de
direito natural. Em tese, todo ser humano nasceu com o direito de viver em paz.
Entretanto, a paz é concomitantemente interrompida, obstaculizada e impedida
pelos homens. Quem não se lembra do longo conflito entre judeus e mulçumanos?!
E entre protestantes e católicos na Irlanda do Norte?!
Atualmente,
o conflito mais aterrador do mundo é a guerra civil na Síria. O Estado Islâmico
tem dizimado famílias inteiras, religiões minoritárias e inimigos políticos,
que segundo ele, não merecem viver. O conflito é tão intenso que um fenômeno na
região tem chamado a atenção: o surgimento da Brigada Babilônia, uma milícia
cristã armada de combate ao terror do Estado Islâmico. Aqui não é o fórum
adequado para se discutir as implicações éticas desse fenômeno, mas é uma
simples descrição de um fato que remonta as consequências da ausência da paz.
Entretanto,
por detrás de um conflito bélico de grandes proporções, está um coração humano
impaciente, angustiado e revoltado a ponto de explodir. Nosso Senhor disse que
é do coração que “procedem os maus pensamentos, mortes, adultérios,
prostituição, furtos, falsos testemunhos e blasfêmias” (Mt 15.19). Logo, não é
só em proporções mundiais que a ausência da paz está presente. Mas
principalmente em proporções micros. Aqui, seu efeito é danoso, terrível. A
ausência da paz na família é trágica. Na igreja local, desvia a motivação
espiritual e nos torna carnais. No relacionamento com o colega, alimenta as
rixas e as rivalidades. E uma tragédia humana! Na maioria das vezes, a busca
pelo entendimento se torna ineficaz. Assim, acordos são desrespeitados e
rompidos.
Todavia, a
paz que a Bíblia se refere (do grego eirenè)
é a que excede todo entendimento. E a paz que vem de Deus, que naturalmente não
se refere a alguma suspensão frágil ou promessa superficial de trégua. Ela não
depende dos acordos ou dos acontecimentos impostos pela “legislação ética” do
sistema mundano contemporâneo. Essa paz depende única e exclusivamente de Deus,
e para vivê-la não dependemos do estado externo das coisas que estão ao nosso
redor. Filipenses 4.7 mostra que essa paz guardará o nosso coração e nosso
sentimento. E isso que o Espírito Santo quer fazer na vida de nossos alunos.
Boa aula!
1º Trimestre de 2005
Título: O Fruto do Espírito — A
plenitude de Cristo na vida do crente
Comentarista: Antonio Gilberto
Lição 5: Paz: O fruto da harmonia
TEXTO ÁUREO
“Segui
a paz com todos e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor” (Hb
12.14).
VERDADE PRÁTICA
Cristo
oferece-nos a paz em vez de angústia, conforto no lugar de tribulação, fruto de
paz ao invés de obras de dissensões.
LEITURA DIÁRIA
Rm 8.6 O
fruto da paz é o efeito da união com o Espírito
Rm
14.17 A paz é o fruto do Reino de Deus
2Co
13.11 A dimensão terrena e celeste da paz
Ef
2.14-17 Cristo é a paz, pregou a paz, fez a paz
Ef
4.1-3 A paz e a unidade do Espírito
Tg
3.18 A justiça semeia-se na paz
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Romanos
14.17-19; Efésios 4.1-3.
Romanos
14
17 — Porque o Reino de Deus não é
comida nem bebida, mas justiça, e paz, e alegria no Espírito Santo.
18 — Porque quem nisto serve a
Cristo agradável é a Deus e aceito aos homens.
19 — Sigamos, pois, as coisas que
servem para a paz e para a edificação de uns para com os outros.
Efésios 4
1 — Rogo-vos, pois, eu, o preso do Senhor, que
andeis como é digno da vocação com que fostes chamados, 2 — com
toda a humildade e mansidão, com longanimidade, suportando-vos uns aos outros
em amor, 3 — procurando guardar a unidade do Espírito pelo
vínculo da paz.
PONTO DE CONTATO
Professor, como foram suas aulas
anteriores? Os alunos participaram da atividade sugerida na primeira lição?
Procure incentivar a colaboração de todos. Fique atento aos que se matricularam
depois do início do trimestre e aos que visitam vez por outra a classe.
Integre-os às atividades realizadas pelos alunos. Sempre que você começar um
projeto com estes, conclua-o satisfatoriamente. A participação deles em novas
atividades dependerá, em parte, da confiança dos mesmos na sua capacidade para
desenvolver adequadamente aquelas que iniciou. Portanto, seja atencioso com os
alunos e incentive-os a serem participantes de todos os momentos da aula.
OBJETIVOS
Após esta
aula, o aluno deverá estar apto a:
- Relacionar a paz a outras virtudes cristãs.
- Distinguir a paz com Deus da paz de Deus.
- Exemplificar a paz no Antigo e Novo Testamento.
SÍNTESE TEXTUAL
De acordo com a cultura grega primitiva, a paz ou eirēnē, como chamavam, era a completa ausência de
guerra, ou o tempo decorrido entre o fim de uma guerra e o início de outra. Os
gregos costumavam também qualificar como paz o estado de serenidade diante da
contemplação do Belo. O conceito religioso expresso pelo termo hebraico shālôm e pelo sentido cristão de eirēnē ultrapassa a concepção que a palavra paz
possa ter em qualquer língua: “O Senhor sobre ti levante o seu rosto e te dê a
paz” (Nm 6.26); “Porque ele [Cristo] é a nossa paz” (Ef 2.14a). A paz segundo
os dois Testamentos é obtida mediante a bênção ou favor divino. Em Números, o
“rosto” de Deus é um hebraísmo que significa “seu favor” e “sua presença”,
assim sendo, a paz procede do favor e da presença de Deus entre o seu povo. Em
Efésios, a paz não se restringe apenas a um resultado da mercê de Deus para com
seu povo, mas abrange também sua graça encarnada na pessoa de Cristo. Isto
possibilita a reconciliação do homem com Deus (paz com Deus), a fim de que se
adquira a paz de Deus por meio desse relacionamento. Jesus, a nossa paz (eirēnē), é o reconciliador celestial que destruiu
a inimizade e a barreira que nos separavam das promessas divinas e do próprio
Deus (Ef 2.11-22).
ORIENTAÇÃO DIDÁTICA
Professor, para ministrar o conteúdo do tópico I
usaremos uma ilustração que representa o “Sol da Justiça”. Você vai precisar de
duas folhas de cartolina, uma amarela e outra laranja. Com a amarela fará o
centro do Sol e escreverá a palavra “Paz”. Com a outra serão feitos os ralos do
Sol. Sobre esses se escreverá cada um dos frutos da paz: graça, amor, vida,
santidade, justiça, alegria e confiança. Cada um dos sete raios será exposto a
partir do núcleo à medida que os subtópicos forem desenvolvidos.
COMENTÁRIO / INTRODUÇÃO
Grande parte da história do mundo evidentemente
está ligada às guerras. O século XX defrontou-se com duas guerras mundiais e
muitas guerras menores. Deus avisou-nos de que nos últimos dias não haveria
paz, mas guerras e rumores de guerras (Mt 24), e isso até o fim.
Nesta lição, examinaremos a paz que o Espírito
Santo produz na vida do crente regenerado, e que é possível desfrutar de
serenidade nas intempéries da vida. O amor de Deus traz paz perfeita aos que
põem a confiança nele. Esta paz é uma das nove dimensões do fruto espiritual.
I.
OS FRUTOS DA PAZ
1. O fruto da paz produz vida espiritual. As principais atividades do
Espírito Santo ao desenvolver o fruto espiritual estão entrelaçadas com a paz.
Consideremos estas referências:
a) Graça e paz. “Graça e paz seja convosco da parte daquele que é,
e que era, e que há de vir” (Ap 1.4). Graça é a boa vontade de Deus para
conosco. Quando, pela fé, nos rendemos à Deus, a graça nos capacita a fazermos
a sua vontade. Paz, portanto, é a evidência e a certeza da graça de Deus
estendida a nós. Pela operação da graça em nossa vida, as questões que nos
separaram de Deus são resolvidas. Em nossa nova relação com ele, efetuada pela
mudança de nossa natureza, temos a paz divina.
b) Amor e paz. “Sede de um mesmo parecer, vivei em paz; e o Deus
de amor e de paz será convosco” (2Co 13.11). O Deus de amor é também de paz, e
ama a concordância entre os seus filhos. A Escritura nos instrui e exorta a
amá-lo, a estarmos reconciliados com ele, e também a amarmos os nossos irmãos e
a viver em paz uns com os outros.
c) Vida e paz. “A inclinação da carne é morte; mas a inclinação
do Espírito é vida e paz” (Rm 8.6). A pessoa que não se submete à lei de Deus
não há o que esperar, senão a morte. Não admira que não haja paz em seu
coração. Mas, a que se submeteu ao controle do Espírito fica livre de
preocupações, pois conhece a paz real e permanente.
2. O
fruto da paz produz vida moral.
a) Santidade e paz. É pela paz e unidade em Cristo
que o crente obtêm a santidade e se conserva para a vinda do Senhor. “O mesmo
Deus de paz vos santifique em tudo; e todo o vosso espírito, e alma, e corpo
sejam plenamente conservados irrepreensíveis para a vinda de nosso Senhor Jesus
Cristo” (1Ts 5.23; Hb 12.14).
b) Justiça e paz. “O fruto da justiça semeia-se na paz, para os que
exercitam a paz” (Tg 3.18). Este versículo indica que a justiça é semeada na
paz. O solo no qual o Espírito Santo trabalha para produzir o seu fruto é o da
paz. Embora em Mateus 13.1-8, quatro tipos de solos sejam mencionados, apenas
um era ideal para produzir fruto. A semente possuía o selo de qualidade do céu
como garantia, mas a terra era ruim. Nosso evangelho é de paz, e o cristão que
o professa deve ter paz no coração também e promover a paz (Rm 10.15).
c) Justiça, alegria e paz. “O Reino de Deus não é comida
nem bebida, mas justiça, e paz, e alegria no Espírito Santo” (Rm 14.17).
Justiça, alegria e paz são as marcas do crente cheio do Espírito. Essas
características fazem parte do nosso relacionamento com o Reino de Deus. Quanto
a Deus, nossa preocupação é a justiça — estar diante dele justificados pela
morte de Cristo e santificados pelo Espírito. Quanto aos crentes, é a paz —
viver em harmonia com todos os homens. Quanto a nós mesmos, é a alegria no
Espírito Santo.
d) Confiança e paz. “Tu conservarás em paz aquele
cuja mente está firme em ti; porque ele confia em ti” (Is 26.3). Como um bebê
dorme pacificamente nos braços de sua mãe, com inteira confiança, assim
descansam os que colocam a sua confiança em Deus. Este versículo ensina que é
vantajoso manter a mente centrada, em inteira confiança em Deus, pois o
resultado de fazê-lo, é uma paz constante que nos conserva firmes em todo o
tempo.
II.
AS TRÊS DIMENSÕES DA PAZ
1. Paz com Deus. A paz com Deus só é possível mediante a
justificação pela fé. O pecador impenitente está em inimizade com Deus, visto
que o pecado é uma violação da vontade de Deus conforme expresso em sua lei.
Quando o pecador entrega a vida a Jesus Cristo pela fé, e o aceita como seu
único Senhor e Salvador pessoal, a inimizade entre ele e Deus finda e a paz é
feita (Rm 5.1,2b).
Somos chamados não só a ter paz com Deus por Jesus
Cristo, mas também para sermos pacificadores, reconciliando outras pessoas com
Deus, de forma que elas também possam ter paz com Deus.
2. Paz de Deus. “E a paz de Deus, para a qual também fostes
chamados em um corpo, domine em vossos corações” (Cl 3.15). Esta é a paz
interior que Jesus nos deu pelo Espírito Santo (Jo 14.26,27). A paz interior
substitui a raiva, a culpa e a preocupação. Sem a paz com Deus não pode haver a
paz de Deus. A paz de Deus pode indicar o modo de proceder em determinada
situação (Fp 4.7).
3. Paz com os Homens. “Se for possível, quanto estiver
em vós, tende paz com todos os homens” (Rm 12.18). A paz como fruto do Espírito
Santo é, primeiramente, ascendente, para Deus; depois, interior, para nós
mesmos; e, finalmente, exterior, para nosso semelhante. Temos de buscar a paz e
nos empenhar em alcançá-la (1Pe 3.11).
Este versículo ensina que devemos seguir a paz. É
melhor cavar outro poço de água, como Isaque fez, do que fazer uma guerra e
ainda ficar sem poço (Gn 26.19-22).
III.
A PAZ ILUSTRADA
1.
Exemplos do Antigo Testamento.
a) Abraão era um homem que amava a paz. Gênesis 13 narra a
disputa que ocorreu entre os pastores de Abraão e os de Ló, porque não havia
bastante terra para todos os seus rebanhos e tendas. Para evitar a desarmonia,
Abraão pôs de lado seus direitos como padrasto e tio, e permitiu que Ló
escolhesse a propriedade que quisesse. Como se verificou, Abraão se beneficiou
da escolha de Ló, e este sofreu como resultado da carnal opção que fez. Quem está
disposto a abrir mão de seus direitos para ser pacificador, está seguindo o
princípio ilustrado por Abraão, e esta atitude resulta em bênção para nós.
b) Isaque é mais um exemplo de alguém que se empenhou pela
paz. O capítulo 26 de Gênesis narra que depois da morte de Abraão, Isaque
reabriu os poços que seu pai cavara, os quais seus inimigos fecharam
enchendo-os de terra. Os servos de Isaque abriram outro poço, mas seus
adversários contestaram. Abriram um segundo poço, e os opositores reclamaram
novamente. Então Isaque simplesmente saiu dali e cavou um terceiro poço. Desta
vez, os inimigos não se opuseram, mas o deixaram em paz. Pouco depois, Deus
apareceu a Isaque e renovou suas promessas com ele. Isaque aprendeu que ter paz
e viver em paz é mais importante do que fazer as coisas do modo que queremos.
c) Daniel, o profeta, foi lançado na cova dos leões, mas pôde
dormir profundamente a noite toda, sem medo, porque confiou em Deus. Daniel
aprendera que se ele confiasse em Deus em todas as circunstâncias, ele teria
paz. O Salmo 91.15 dá-nos esta garantia, quando estamos em dificuldades:
“Estarei com ele na angústia; livrá-lo-ei e o glorificarei”. Se reivindicarmos
esta promessa, poderemos ter a paz que Daniel teve mesmo em tempos de intenso
sofrimento ou dificuldade.
2.
Exemplos do Novo Testamento.
a) Nosso Senhor Jesus é chamado o “Príncipe da Paz”
(Is 9.6) e o “Cordeiro de Deus” (Jo 1.29). O cordeiro ilustra um quadro de paz.
Jesus é o Cordeiro que foi morto desde a criação do mundo (Ap 13.8). A primeira
mensagem pregada depois que Jesus nasceu foi de paz (Lc 2.14). Quando Jesus
enviou os primeiros pregadores, ele os orientou a pregar a paz (Lc 10.5). O
próprio Jesus é a nossa paz, e ele pregou a paz (Ef 2.14,17). Jesus pela cruz
fez-se mediador entre Deus e os homens, fazendo a paz (1Tm 2.5). É, pois,
inadmissível um crente brigão.
b) A igreja primitiva ilustra que o crescimento é um
dos resultados da paz. É verdade que a igreja mais cresce em tempos de aflição;
tempos de bonança vigiada oferecem oportunidade de recuperação de forças e
expansão.
A igreja primitiva fez bom uso dos tempos de
tranquilidade e paz (At 9.31). Reinando a paz no rebanho, ela compõe e reforça
a comunhão, criando um laço indissolúvel entre os crentes.
c) As sete igrejas na Ásia foram saudadas com a expressão
“Graça e paz” dirigida a todos os fiéis dessas igrejas (Ap 1.4). Graça e paz
são qualidades básicas para a igreja: graça é a boa vontade do Pai para conosco
e sua boa obra em nós; paz é a prova ou certeza de que esta graça foi dada. Não
há verdadeira paz sem a graça de Deus, e onde há graça de Deus, a sua paz se
segue.
CONCLUSÃO
Quando falamos de paz como fruto do Espírito, não
estamos aludindo ao alívio momentâneo proporcionado em momentos de silêncio ao
lado de um lago na montanha, ou à beira-mar, ou em outro lugar tranquilo.
Não estamos falando sobre a distração das
diversões, que por pouco tempo tiram nosso pensamento dos problemas. Não temos
em mente a paz oferecida no consultório de um psicólogo ou em tranquilizantes e
drogas. Estamos nos referindo à paz que se desenvolve em nosso interior quando
temos o Espírito Santo habitando em nós.
VOCABULÁRIO
Bonança: Calmaria: tranquilidade;
sossego; paz.
Entrelaçado: Enlaçado uni no outro; unido.
Indissolúvel: Que não se pode separar; inseparável.
Intempérie: Mau tempo; dificuldade; adversidade.
Serenidade: Tranquilidade; paz; sossego.
Entrelaçado: Enlaçado uni no outro; unido.
Indissolúvel: Que não se pode separar; inseparável.
Intempérie: Mau tempo; dificuldade; adversidade.
Serenidade: Tranquilidade; paz; sossego.
BIBLIOGRAFIA SUGERIDA
STANLEY,
Charles. Paz: Um maravilhoso presente de Deus para você. CPAD,
2004.
LUCADO, Max. Graça para o momento. CPAD, 2004.
LUCADO, Max. Graça para o momento. CPAD, 2004.
EXERCÍCIOS
1. Quais são os frutos da paz?
R. Vida espiritual e
moral.
2. Quais termos estão entrelaçados à paz como vida espiritual?
R. Santidade. Justiça,
alegria e confiança.
3. Quais são as três dimensões da paz?
R. Paz com Deus; paz de
Deus; paz com os homens,
4. Cite três exemplos de pacificadores no Antigo Testamento.
R. Abraão, Isaque e
Daniel.
5. Mencione dois exemplos no Novo Testamento onde podemos observar a paz.
R. O Senhor Jesus e a
Igreja Primitiva.
AUXÍLIOS SUPLEMENTARES
Subsídio Devocional
“A Paz de
Deus Transcende as Circunstâncias
A paz de Deus não é uma negação da realidade. Ele
deseja que enfrentemos a realidade com a nossa fé e com uma paz duradoura em
nossos corações. A paz de Deus também não é uma fuga da realidade. A paz é um
alicerce em rocha firme e não importam as lágrimas que derramemos ou a dor que
sintamos, lá no fundo sabemos com uma segurança permanente que Deus está
conosco...
A Paz de Deus Excede todo o Entendimento
...A paz que nos é dada por Deus é algo que você
não precisa necessariamente entender. Nem sempre conseguimos entender como ela
opera em nossa vida.
...A paz de Deus opera em nós — ela opera em nós e
nos está disponível — ela está muito além de nossa capacidade de compreendê-la.
A Paz de Deus Deve Ser um Estado de Espírito
Permanente
...Os problemas podem chegar repentinamente e nos
pegar desprevenidos. A nossa resposta imediata pode ser o pânico, a ansiedade e
o medo. A figura da paz, no entanto, nos dá rapidamente uma força que cresce em
nosso interior [...] Essa força é o próprio Espírito Santo, que fala de paz ao
coração humano, assegurando ao crente: ‘Estou aqui. Ainda estou no comando.
Nada está além do meu poder ou me foge ao conhecimento. Eu estou contigo. Não temas’.
Os servos de Deus não estão imunes às
circunstâncias difíceis ou perturbadoras. A promessa que eles têm é a de que o
Espírito Santo estará sempre presente para lhes ajudar, de modo que um problema
não precise arrancá-los de sua base ou lançá-los em um redemoinho. Um problema
poderá ser apenas um ‘pico’ em sua vida. A paz — profunda, genuína, dada por
Deus — poderá ser o ‘padrão’ no qual você viverá o seu cotidiano.
Se você sente paz somente em situações ocasionais —
por exemplo, somente nos finais de semana, nas férias ou em momentos de pausa
em relação aos seus afazeres cotidianos — você está vivendo a sua vida de uma
maneira diferente daquela que Deus pretendia. A vontade de Deus é que você
sinta uma paz permanente em todo o tempo, uma paz que inclui a alegria e um
sentimento de propósito em todas as áreas de sua vida — com os períodos de
ansiedade ou de frustração sendo os ‘picos’ que ocasionalmente nos atingem em
tempos de crise.
É claro e simples: uma alma perturbada não é o
padrão desejado por Deus para a sua vida, mas sim um coração ancorado na paz”
(STANLEY, Charles. Paz: um maravilhoso presente de Deus para você.
RJ: CPAD, 2004, pp.34,35,37,40,41).