ALBERTO ARAÚJO é presbítero da Igreja Evangélica Assembleia de Deus em Cuiabá -MT, professor de EBD e Teologia, publicitário, blogueiro, varios cursos biblicos por diversos institutos e escolas de teologia e biblica do Brasil, entre elas, Academia de Pregadores, etc. teólogo preliminar pela FATEBOM/SP, teólogo básico e médio pela ETC, curso de gestão acadêmica pela UFMT, pós-graduado em Gestão Ambiental /UFMT, especialista em Gestão Pública /UFMT, Especialista em Politicas Públicas / UFMT.
sexta-feira, 27 de setembro de 2013
O Sacrificio Agradavel a Deus - CPAD 2013
O Ev. Natalino, da Assembleia de Deus do Paraná, ensinando sobre a lição da EBD.
Lição 13: O SACRIFICIO QUE AGRADA A DEUS - CPAD
Lições Bíblicas CPAD
Comunidade Messiânica Ebenezer
“Até
aqui nos ajudou o Senhor”
ALBERTO ARAÚJO
Lição 13:
O SACRIFÍCIO QUE AGRADA A DEUS
TEXTO ÁUREO
“Eu te oferecerei voluntariamente
sacrifícios; louvarei o teu nome, ó Senhor, porque é bom” (Sl 54.6).
VERDADE PRÁTICA
Ajudando os nossos irmãos, contribuímos
para a obra de Deus, e, ao Senhor, oferecemos a mais pura ação de graças.
COMENTÁRIO DO TEXTO ÁUREO
“Eu te oferecerei voluntariamente sacrifícios; louvarei o teu nome,
ó Senhor, porque é bom” (Sl 54.6).
Nosso texto áureo está inserido no Salmo
de numero 54, oração de Davi a Deus para que o salve dos seus inimigos (Masquil de Davi para o cantor-mor, sobre
Neguinote, quando os zifeus vieram e disseram a Saul: Porventura, não está
escondido entre nós?), ou seja, um “masquil”,
significa uma poesia, neste caso uma poesia de Davi para o cantor-mor. Cantor-mor do tabernáculo (1 Crônicas
25.1), era um dos profetas que Davi separou para o ministério do louvor e
adoração. A expressão “sobre Neguinote”,
neguinote trata-se de um instrumento de cordas. A respeito do episódio dos
zifeus, veja a passagem bíblica em 1 Samuel 23. 19-29.
Sobre a origem dos sacrifícios, de acordo
com o Dicionário Bíblico Wycliffe há “duas opiniões:
(1)
que eles têm sua origem nos homens, e que Israel apenas reorganizou e adaptou
os costumes de outras religiões, quando inaugurou, seu sistema sacrificial;
(2)
que os sacrifícios foram instituídos por Adão e seus descendentes em resposta a
uma revelação de Deus.
É possível que o primeiro ato sacrificial
em Gênesis tenha ocorrido quando Deus vestiu Adão e Eva com peles para cobrir
sua nudez (Gn 3.21). O segundo sacrifício mencionado foi o de Caim, que veio
com uma oferta do ‘fruto da terra’, isto é, daquilo que havia produzido,
expressando sua satisfação e orgulho. Entretanto, seu irmão Abel ‘trouxe dos
primogênitos das suas ovelhas e da sua gordura’ como forma de expressar a
contrição de seu coração, o arrependimento e a necessidade da expiação de seus
pecados (Gn 4.3,4). [Também é possível que a razão do sacrifício de Abel ter
sido agradável a Deus, em contraste com sua rejeição ao sacrifício de Caim,
tenha sido o fato de Abel ter trazido o que tinha de melhor (‘primogênitos’ e
‘sua gordura’) enquanto Caim simplesmente obedeceu aos procedimentos
estabelecidos — Ed.]
Em Romanos 1.21, Paulo refere-se à
revelação e ao conhecimento inicial que os patriarcas tinham a respeito de
Deus, e explica a apostasia e o pecado dos homens do seguinte modo: ‘Tendo
conhecido a Deus, não o glorificaram como Deus, nem lhe deram graças’.
Depois do Dilúvio, ‘edificou Noé um altar
ao Senhor; e tomou de todo animal limpo e de toda ave limpa e ofereceu
holocaustos sobre o altar’ (Gn 8.20). Muito tempo antes de Moisés, os
patriarcas Abrão (Gn 12.8; 13.18; 15.9-17; 22.2ss), Isaque (Gn 26.25), e Jacó
(Gn 33.20; 35.3) também ofereceram verdadeiros sacrifícios.
Um grande avanço na organização e na
diferenciação dos sacrifícios ocorreu com a entrega da lei no Monte Sinai. Um
estudo dos diferentes sacrifícios indicados revela seu desenvolvimento final,
visando atender às necessidades do indivíduo e da comunidade” (Dicionário
Bíblico Wycliffe. 1 ed., RJ: CPAD, 2009, p.1723).
O Salvo 54, onde está o nosso texto áureo
é um Salmo que está classificado no Livro II – Grupo devocional – Salmos 42 a
72, mas é interessante notarmos que o grupo de salmos do 52 ao 64, são de
assuntos bastantes semelhantes, como seja, perseguição dos inimigos, traição
por falsos amigos, etc. De um modo geral, essas coisas trazem grande e
contínuos sofrimentos na alma humana. No entanto, há uma extraordinária lição
para aprendermos com esses salmos, especialmente o nosso o de número 54.
Quando qualquer um de nós estivermos
atravessando situações similares, o caminho é recorrermos a Deus com oração,
adoração e louvores, como nos aponta o Salmo 54:
“Salva-me,
ó Deus, pelo teu nome, e faze-me justiça pelo teu poder.
Ó
Deus, ouve a minha oração, inclina os teus ouvidos às palavras da minha boca.
Porque
os estranhos se levantam contra mim, e tiranos procuram a minha vida; não têm
posto Deus perante os seus olhos. (Selá.)
Eis
que Deus é o meu ajudador, o Senhor está com aqueles que sustêm a minha alma.
Ele
recompensará com o mal os meus inimigos. Destrói-os na tua verdade.
Eu te oferecerei
voluntariamente sacrifícios; louvarei o teu nome, ó Senhor, porque é bom,
Pois
me tem livrado de toda a angústia; e os meus olhos viram o meu desejo sobre os
meus inimigos” (Salmos 54.1-7).
LEITURA DIÁRIA
Gn
4.1-7 – Os primeiros sacrifícios
Sl
50.7-23 – Os sacrifícios que Deus quer
Sl
51.17 – Sacrifícios para Deus
Hb
13.15 – Sacrifício de louvor
Is
58.1-12 - O
sacrifício do jejum
Fp
4.14-18 – O auxílio como oferta a Deus
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Filipenses
4.14-23.
14
- Todavia, fizestes bem em tomar parte na minha
aflição.
15
- E bem sabeis também vós, ó filipenses, que, no
princípio do evangelho, quando parti da Macedônia, nenhuma igreja comunicou
comigo com respeito a dar e a receber, senão vós somente.
16
- Porque também, uma e outra vez, me mandastes o
necessário a Tessalônica.
17
- Não que procure dádivas, mas procuro o fruto
que aumente a vossa conta.
18
- Mas bastante tenho recebido e tenho abundância;
cheio estou, depois que recebi de Epafrodito o que da vossa parte me foi
enviado, como cheiro de suavidade e sacrifício agradável e aprazível a Deus.
19
- O meu Deus, segundo as suas riquezas, suprirá
todas as vossas necessidades em glória, por Cristo Jesus.
20
- Ora, a nosso Deus e Pai seja dada a glória para
todo o sempre. Amém.
21
- Saudai a todos os santos em Cristo Jesus. Os
irmãos que estão comigo vos saúdam.
22
- Todos os santos vos saúdam, mas principalmente
os que são da casa de César.
23
- A graça de nosso Senhor Jesus Cristo seja com
vós todos. Amém!
RESUMO DA LIÇÃO 13
O SACRIFÍCIO QUE AGRADA A DEUS
I. A
PARTICIPAÇÃO DA IGREJA NAS TRIBULAÇÕES DE PAULO (4.14)
1.
Os filipenses tomam parte nas aflições do apóstolo.
2.
O exemplo da igreja após o Pentecostes.
3.
O padrão de amor para a Igreja. O
II.
REMINISCÊNCIA: O ATO DE DAR E RECEBER (4.15-17)
1.
Paulo relembra o apoio dos filipenses.
2.
O necessário para viver.
3.
"Não procuro dádivas".
III. A OBLAÇÃO
DE AMOR E SAUDAÇÕES FINAIS (4.18-23)
1.
A oblação no Antigo Testamento.
2.
A oblação e a generosidade dos filipenses.
3. Doxologia.
INTERAÇÃO
Com a graça de Deus chegamos ao final de mais um trimestre.
Durante os encontros dominicais fomos com certeza edificados,
exortados e consolados por intermédio da Epístola aos Filipenses.
Paulo foi um homem que colocou sua vida a disposição do Mestre.
Seu ministério esteve sempre em primeiro lugar.
Muitos foram os sacrifícios que este abnegado servo de Deus teve que
fazer para que o Evangelho chegasse até aos confins da terra.
Nem mesmo a prisão foi capaz de impedi-lo de levar as boas novas aos
perdidos.
Ele pregou, ensinou e fez muitos discípulos, mesmo estando no cárcere.
Paulo padeceu muito, todavia ele ensinou os crentes de Filipos e a nós
também a termos uma vida cristã feliz.
Sigamos o seu exemplo!
OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
Compreender como foi a
participação da igreja de Filipos nas tribulações de Paulo.
Explicar o ato de
reminiscência entre Paulo e os filipenses.
Analisar a oblação e
a generosidade dos filipenses.
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Para
o encerramento do trimestre reproduza o quadro abaixo conforme as suas
possibilidades. Utilize-o ao concluir a lição. Apresente aos seus alunos alguns
temas importantes que encontramos na Epístola aos Filipenses. Conclua
perguntando à classe o que eles aprenderam de mais significativo durante o
trimestre e o que gostariam de relatar para toda a classe.
COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
PALAVRA CHAVE
OBLAÇÃO:
Oferta
sacrifical comestível; na lição é a oferta que os filipenses entregaram ao
apóstolo Paulo.
Além de apresentar assuntos de ordem doutrinária, a Epístola aos
Filipenses destaca a gratidão e a alegria do apóstolo Paulo.
Nela, temos uma das mais belas expressões de amor, confiança e
contentamento de toda a Bíblia.
Na última lição deste trimestre, veremos Paulo apresentando a
assistência que recebera dos filipenses como oferta de amor e sacrifício
agradável a Deus.
O apóstolo descreve o quanto o seu coração se aqueceu com a
demonstração de amor e carinho dos filipenses.
No final da epístola, ele revela a sua total confiança na suficiência
de Cristo, pois esta lhe concedeu força para desenvolver o seu ardoroso
ministério.
I. A
PARTICIPAÇÃO DA IGREJA NAS TRIBULAÇÕES DE PAULO (4.14)
1. Os filipenses tomam parte nas aflições do apóstolo.
Paulo via a participação dos filipenses em suas tribulações como o
agir de Deus para fortalecer o seu coração.
A expressão “tomar parte” (v.14) sugere a ideia de “partilhar com, ou coparticipar
de”.
A igreja de Filipos estava participando das aflições e tribulações com
o apóstolo.
Ela sentia as agruras de sua prisão.
Por outro lado, o apóstolo sentia-se abençoado por Deus pelo fato de
ser lembrado com tamanho amor e ternura pela comunidade cristã filipense.
2. O exemplo da igreja após o Pentecostes.
A igreja de Filipos vivia a mesma dimensão de serviço da comunidade de
Jerusalém nos dias de Pentecostes (At 2.45-47).
Com o seu exemplo, os filipenses nos ensinam que “tomar
parte”, ou “associar-se”,
nas tribulações de nossos irmãos é mostrar-se amorosamente recíproco.
Ou seja: devemos nos amar uns aos outros, pois assim também Cristo nos
amou.
3. O padrão de amor para a Igreja.
O amor dos filipenses para com o apóstolo Paulo mostra-nos que esse
deve ser o padrão de nosso cotidiano: a generosidade no repartir constitui-se
em “sacrifícios que agradam a Deus” (Hb 13.16).
SINOPSE DO TÓPICO (I)
A
igreja de Filipos vivia a mesma dimensão de serviço da comunidade de Jerusalém
nos dias de Pentecostes.
II. REMINISCÊNCIA: O ATO DE DAR E RECEBER (4.15-17)
1. Paulo relembra o apoio dos filipenses.
O versículo 15 destaca a generosidade dos crentes filipenses em
relação a Paulo.
Mesmo sendo uma igreja iniciante e pobre, assim que tomou conhecimento
das necessidades do apóstolo, a comunidade de fé de Filipos o apoiou
integralmente (v.16).
Com isso, os filipenses tornaram-se cooperadores do apóstolo na
expansão do Reino de Deus até aos confins da terra.
É por isso que Paulo não podia esquecer do amor que lhe demonstraram
os crentes daquela igreja.
2. O necessário para viver.
O versículo 16 revela-nos outro grande fato.
Enquanto o apóstolo estava em Tessalônica, a igreja em Filipos
continuava a enviar-lhe “o necessário” à sua subsistência.
No ato de “dar e receber”, os filipenses participavam do ministério de
Paulo, pois não tinham em mente os seus interesses, mas as urgências do Reino
de Deus.
Por outro lado, Paulo não se deixava cair na tentação do dinheiro. As
ofertas que ele recebia eram aplicadas integralmente na Obra Missionária.
O apóstolo bem sabia da relação perigosa que há entre o dinheiro e a
religião (1Tm 6.10,11).
Tal atitude leva-nos a desenvolver uma consciência mais nítida quanto
às demandas do Reino.
Fujamos, pois, das armadilhas das riquezas deste mundo, pois, como
disse o sábio Salomão, “quem ama o
dinheiro, jamais dele se farta” (Ec 5.10).
3. “Não procuro dádivas”.
Para o apóstolo, a oferta que lhe enviara a igreja em Filipos tinha um
caráter espiritual, pois ele não andava a procura de “dádivas” (v.17).
Quem vive do ministério deve aprender este princípio áureo: o ministro
de Deus não pode e não deve permitir que o dinheiro o escravize.
No final de tudo, o autêntico despenseiro de Cristo deve falar com
verdade: “Não procuro dádivas”!
Sua real motivação tem de ser o benefício da igreja de Cristo. Assim
agia Paulo.
Ele dava oportunidade aos filipenses, a fim de que exercessem a
generosidade, tornando-os seus cooperadores na expansão do Reino de Deus (v.17
cf. Hb 13.16).
SINOPSE DO TÓPICO (II)
Paulo não caiu na tentação do dinheiro. As ofertas que ele
recebia eram aplicadas integralmente na Obra Missionária.
III. A OBLAÇÃO DE AMOR E SAUDAÇÕES FINAIS (4.18-23)
1. A oblação no Antigo Testamento.
A palavra “oblação” está relacionada à linguagem proveniente do
sistema sacrifical levítico.
O termo remete-nos a estas expressões: “cheiro de suavidade” e
“sacrifício agradável e aprazível” (v.18).
E estas, por sua vez, estão relacionadas às “ofertas de consagração” a
Deus identificadas como “holocaustos” (Lv 1.3-17), “oferta de manjares” (Lv 2;
6.14-23), oferta de libação e oferta pacífica (Nm 15.1-10).
Portanto, quando falamos de oblação, referimo-nos a uma oferta
sacrifical comestível — azeite, flor de farinha etc.
Uma parte era queimada para memorial e a outra direcionada ao consumo
dos sacerdotes (Lv 2.1-3).
2. A oblação e a generosidade dos filipenses.
Paulo encara como verdadeira oblação a assistência que lhe ofereciam
os filipenses.
Tais ofertas eram-lhe como um “cheiro suave, como
sacrifício agradável a Deus” (v.18).
Assim, tendo em vista a generosidade praticada pelos filipenses, Paulo
declara com plena convicção: “O meu Deus, segundo
as suas riquezas, suprirá todas as vossas necessidades em glória, por Cristo
Jesus” (v.19).
A expressão “o meu Deus” aponta para aquEle que haveria de suprir não
somente as suas necessidades, como também as dos filipenses e também as nossas.
Aleluia!
3. Doxologia.
Os versículos 20 a 23 trazem a saudação final do apóstolo à igreja em
Filipos.
E, como podemos observar, Paulo não poderia concluir a sua carta de
forma mais adequada: “A graça de nosso Senhor Jesus Cristo seja
com vós todos. Amém!” (v.23).
Ele denota, assim, que todo o enfoque da carta é Cristo, e que nós,
seus seguidores, temos de nos lembrar e viver por sua graça, pois “Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo, não
lhes imputando os seus pecados” (2Co 5.19).
SINOPSE DO TÓPICO (III)
O ministro de Deus não pode e não deve permitir que o
dinheiro o escravize, pois sua real motivação tem de ser o benefício da igreja
de Cristo.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Após estudarmos esta tão rica epístola, o nosso desejo é que você ame
cada vez mais o Senhor Jesus, e dedique-se a ser uma “oblação de amor” a Ele.
O Senhor é o meio providenciado pelo Pai, a fim de reconciliar o mundo
com Deus. Exalte o Eterno, pois você foi reconciliado com Ele em Cristo Jesus.
A exemplo da igreja em Filipos, não esqueça: “a alegria do Senhor é a
vossa força” (Ne 8.10).
Para o encerramento do trimestre reproduza o quadro abaixo
conforme as suas possibilidades.
Utilize-o ao concluir a lição.
Apresente aos seus alunos alguns temas importantes que encontramos na
Epístola aos Filipenses.
Conclua perguntando à classe o que eles aprenderam de mais
significativo durante o trimestre e o que gostariam de relatar para toda a
classe.
VOCABULÁRIO
Doxologia: Manifestação de louvor e enaltecimento à divindade através
de expressões de exaltamentos (Deus seja louvado!) e hinos.
Graça vicária: O sacrifício de Cristo que nos substituiu.
Reminiscência: Lembrança.
EXERCÍCIOS
1. Como o apóstolo Paulo via a participação dos filipenses em suas
tribulações?
R. Paulo via a participação dos filipenses em suas tribulações como o
agir de Deus para fortalecer o seu coração.
2. O que sugere
a expressão “tomar parte”?
R. A expressão “tomar parte” (v.14) sugere a ideia de “partilhar com,
ou coparticipar de”.
3. Qual o
conselho do sábio Salomão em relação ao dinheiro?
R. “Quem ama o dinheiro, jamais dele se farta” (Ec 5.10).
4. O que são
ofertas de oblação?
R. Oferta sacrifical comestível — azeite, flor de farinha etc. Uma
parte era queimada para memorial e a outra direcionada ao consumo dos
sacerdotes (Lv 2.1-3).
5. Como Paulo
conclui a Carta aos Filipenses?
R. “A graça de nosso Senhor Jesus Cristo seja com vós todos. Amém!”
(v.23).
AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO I
Subsídio Teológico
“Saudações
Finais de Paulo (4.21-23)
Considerando que as cartas seculares eram frequentemente concluídas
com um desejo de boa sorte ou boa saúde, do autor, para o destinatário, Paulo
concluiu tipicamente suas cartas oferecendo palavras de saudação (por exemplo,
Rm 6.3; 1Co 16.19; 1Ts 5.26). A epístola aos filipenses reflete este estilo,
pelo fato de o apóstolo concluir esta carta com algumas saudações finais. Esta
parte final da carta pode ter sido uma observação realmente escrita pelo
próprio Paulo, após seu escriba ter concluído a parte mais formal da carta.
Esta parte é destinada a várias pessoas dentro da igreja — possivelmente os
líderes mencionados no capítulo 1.1 (daí o uso do plural imperativo: ‘Saudai a
todos os santos em Cristo Jesus’).
No verso 21, Paulo não está somente trazendo uma saudação coletiva à
Igreja em Filipos, no mesmo sentido em que uma pessoa hoje pede a alguém que
‘cumprimente a todos’ em seu nome. Mantendo seu relacionamento afetuoso e
sincero com os filipenses, está pedindo que cada um, e todos os cristãos da
congregação, recebam a sua saudação.
As palavras finais de bênçãos proferidas por Paulo repercutem suas
palavras de saudação. Seus seguidores são lembrados da ‘graça’ que lhes foi
estendida, pela obra vicária realizada em seu favor pelo Senhor exaltado
(2.6-11)” (ARRINGTON, F. L.; STRONSTAD, R. (Eds.) Comentário Bíblico
Pentecostal: Novo Testamento. 4 ed., Vol. 2, RJ: CPAD, 2009. p.511).
AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO II
Subsídio
Teológico
“A
Origem dos Sacrifícios
Em
relação à origem dos sacrifícios, existem duas opiniões: (1) que eles têm sua
origem nos homens, e que Israel apenas reorganizou e adaptou os costumes de
outras religiões, quando inaugurou, seu sistema sacrificial; e (2) que os
sacrifícios foram instituídos por Adão e seus descendentes em resposta a uma
revelação de Deus.
É
possível que o primeiro ato sacrificial em Gênesis tenha ocorrido quando Deus
vestiu Adão e Eva com peles para cobrir sua nudez (Gn 3.21). O segundo
sacrifício mencionado foi o de Caim, que veio com uma oferta do ‘fruto da
terra’, isto é, daquilo que havia produzido, expressando sua satisfação e
orgulho. Entretanto, seu irmão Abel ‘trouxe dos primogênitos das suas ovelhas e
da sua gordura’ como forma de expressar a contrição de seu coração, o
arrependimento e a necessidade da expiação de seus pecados (Gn 4.3,4). [Também
é possível que a razão do sacrifício de Abel ter sido agradável a Deus, em
contraste com sua rejeição ao sacrifício de Caim, tenha sido o fato de Abel ter
trazido o que tinha de melhor (‘primogênitos’ e ‘sua gordura’) enquanto Caim
simplesmente obedeceu aos procedimentos estabelecidos — Ed.]
Em
Romanos 1.21, Paulo refere-se à revelação e ao conhecimento inicial que os
patriarcas tinham a respeito de Deus, e explica a apostasia e o pecado dos
homens do seguinte modo: ‘Tendo conhecido a Deus, não o glorificaram como Deus,
nem lhe deram graças’.
Depois
do Dilúvio, ‘edificou Noé um altar ao Senhor; e tomou de todo animal limpo e de
toda ave limpa e ofereceu holocaustos sobre o altar’ (Gn 8.20). Muito tempo
antes de Moisés, os patriarcas Abrão (Gn 12.8; 13.18; 15.9-17; 22.2ss), Isaque
(Gn 26.25), e Jacó (Gn 33.20; 35.3) também ofereceram verdadeiros sacrifícios.
Um
grande avanço na organização e na diferenciação dos sacrifícios ocorreu com a
entrega da lei no Monte Sinai. Um estudo dos diferentes sacrifícios indicados
revela seu desenvolvimento final, visando atender às necessidades do indivíduo
e da comunidade” (Dicionário Bíblico Wycliffe. 1 ed., RJ: CPAD, 2009,
p.1723).
SUBSÍDIOS ENSINADOR CRISTÃO
O sacrifício que
agrada a Deus
Chegamos ao fim da Epístola do apóstolo Paulo aos Filipenses. É
importante recordar que o tema geral deste trimestre objetivou aprendermos a
humildade de Jesus como exemplo para a igreja contemporânea. Em cada lição
víamos a humildade do Meigo Nazareno desdobrando-se na comunidade cristã
antiga. À luz da relação do apóstolo Paulo com a igreja filipense ao longo da
epístola, pode-se destacar três lições maravilhosas para vida eclesiástica contemporânea:
Uma igreja participante das aflições alheias. Quando estudamos a
Epístola aos Filipenses percebemos que a igreja não se fechava em si mesma.
Incentivada pelo apóstolo, os membros daquela comunidade eram incansáveis no
amor mútuo. Sua preocupação em repartir o que tinham com o apóstolo preso
denota a predisposição que os cristãos devem ter em repartir generosamente com
o outro aquilo que tem. Este é o sacrifício que agrada a Deus: “E não vos
esqueçais da beneficência e comunicação, porque, com tais sacrifícios, Deus se
agrada” (Hb 13.16).
Dar e receber: um ato amoroso. O apóstolo mantém o tom de gratidão
pelo carinho dispensado dos crentes de Filipos ao longo de toda a Epístola. Era
uma recíproca permanente. Paulo tinha as suas necessidades materiais supridas
pelos filipenses, enquanto estes achavam-se espiritualmente sanados pelo
apóstolo dos gentios. Uma relação como esta é o que Deus requer para sua
igreja. Um relacionamento baseado no amor, sem interesse egoísta, mas pelo fato
de estarmos ligados com o outro irmão pelo amor do Pai.
O verdadeiro sacrifício. Se tiver uma igreja que sabia adequadamente o
significado da palavra sacrifício ou oblação era a de Filipos. Ela encarnou
exatamente o que o apóstolo escreveu para os crentes romanos: “Rogo-vos, pois
irmãos, pela compaixão de Deus, que apresenteis o vosso corpo em sacrifício
vivo, santo e agradável a Deus” (Rm 12.1). Os filipenses encarnaram isso até a
última consequência. Mente, coração e corpo estavam em plena sintonia para
fazer o bem, pois quem faz o bem em Deus, ama, e “quem ama aos outros cumpriu a
lei” (Rm 13.8). Aqui, não há sacrifício maior que amar. Deus não o rejeita.
Que a igreja de Filipos nos ensine o verdadeiro significado de
humildade, serviço e amor. Uma comunidade simples que nasceu a partir de uma
simples mensagem do Evangelho, mas que tem o poder de, com simplicidade, mudar
o mais duro dos corações. Ouçamos o que o Espírito diz através da comunidade de
Filipos!
Lições Bíblicas CPAD
Jovens e Adultos
4º Trimestre
de 2013
Título: Sabedoria de Deus para uma vida
vitoriosa — A atualidade de Provérbios e Eclesiastes
Comentarista: José Gonçalves
Lição 1: O valor dos bons conselhos
Data: 06 de Outubro de 2013
TEXTO ÁUREO
“O temor
do Senhor é o princípio da ciência; os loucos desprezam a sabedoria e a
instrução” (Pv 1.7).
VERDADE PRÁTICA
Provérbios e
Eclesiastes são verdadeiras pérolas da sabedoria divina para o nosso bom viver.
LEITURA DIÁRIA
Pv 1.2 – A sabedoria revela prudência
Pv 1.3 – A
sabedoria oferece justiça, juízo e equidade
Pv 1.4 – A
sabedoria traz conhecimento
Pv 1.5 – A
sabedoria gera sábios conselhos
Pv 1.6 – A
sabedoria interpreta a vida
Pv 1.7 – O
temor do Senhor e a sabedoria
LEITURA BÍBLICA
EM CLASSE
Provérbios 1.1-6.
1 - Provérbios
de Salomão, filho de Davi, rei de Israel.
2 - Para se conhecer a sabedoria e a
instrução; para se entenderem as palavras da prudência;
3 - para se receber a instrução do
entendimento, a justiça, o juízo e a equidade;
4 - para dar aos simples prudência, e
aos jovens conhecimento e bom siso;
5 - para o sábio ouvir e crescer em
sabedoria, e o instruído adquirir sábios conselhos;
6 - para entender provérbios e sua
interpretação, como também as palavras dos sábios e suas adivinhações.
INTERAÇÃO
Prezado professor,
iniciaremos mais um trimestre, o último do ano. Esta é uma excelente
oportunidade para fazer uma autoanálise a respeito do seu ministério de ensino.
Seus objetivos foram alcançados? Seus alunos cresceram na graça e no
conhecimento de Deus? Neste trimestre estudaremos parte da literatura
sapiencial judaica, isto é, os livros de sabedoria dos judeus que tratam dos
conselhos divinos para a vida humana. Veremos o quanto eles são atuais e
relevantes em seus ensinamentos.
O comentarista
deste trimestre é o pastor José Gonçalves, professor de Teologia, filósofo,
escritor e vice-presidente da Comissão de Apologética da CGADB.
OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar
apto a:
- Conhecer
o conceito geral dos livros de Provérbios e Eclesiastes.
- Identificar
as fontes da sabedoria dos sábios antigos.
- Compreender
o propósito da sabedoria ensinada em Provérbios e Eclesiastes.
ORIENTAÇÃO
PEDAGÓGICA
Para introduzir o primeiro tópico da
lição, sugerimos que você reproduza o esquema abaixo. É importante que todos os
alunos tenham uma cópia do quadro. O objetivo é fazer um resumo a respeito dos
elementos literários presentes nos livros dos Provérbios e do Eclesiastes.
Explique aos alunos que quando estes livros foram compilados nos tempos bíblicos,
a cultura, a língua e o estilo literário eram opostos aos da literatura
moderna. Compreender o estilo literário usado pelo compilador antigo é
essencial para entendermos o sentido real do texto e evitarmos interpretações
mirabolantes.
CARACTERÍSTICAS LITERÁRIAS DOS LIVROS
DE:
PROVÉRBIOS
1. O estilo literário do livro dos
Provérbios é pelo menos dois: Provérbio e Instrução.
2. Provérbios: A expressão é
de difícil definição, mas suas características são singulares: a) concisão; b)
sagacidade; c) forma memorável; d) base na experiência; e) verdade universal;
f) objetivo prático e longo uso. Quase sempre, o provérbio é descrito como
poético ou rítmico, com metáforas sucintas, vivazes, convincentes e admiráveis.
3. Instrução: Quase sempre
articulada como o legado de um pai ao filho, ou do mestre ao discípulo, que
incluem ordens de proibições e as motivações pelos quais eles devem obedecer.
ECLESIASTES
1. O livro se divide em quatro
partes: a primeira, a central, a segunda e o epílogo.
2. Primeira parte [1.1 — 3.15].
Reflexões bem organizadas sobre a vida, acompanhadas de um poema enternecedor
sobre o tempo.
3. Parte central [3.16 — 11.8].
Alguns provérbios aparecem. De vez em quando uma parábola e poesia também.
4. Segunda parte [11.9 — 12.8].
Há uma mudança de tom. A ideia é dar esperança ao jovem, pois a velhice chega
depressa demais.
5. O epílogo [vv.9-14]. Esta
seção é a justificativa de como o pregador ensinou ao povo provérbios e ensinos
verdadeiros e com clareza.
COMENTÁRIO
introdução
Palavra Chave
Sabedoria: Grande instrução; ciência,
erudição, saber.
Lembro-me dos ditados populares que
ouvia dos meus pais: “Águas passadas não movem moinhos”; “Água mole em pedra
dura tanto bate até que fura”; “Quem espera sempre alcança”, e muitos outros.
Essas pequenas expressões contêm conselhos de uma cultura popular impregnada de
valores éticos, morais e sociais, que acabam por dirigir as regras da vida em
sociedade.
Mais do que qualquer outra fonte, a
Bíblia está recheada dessas pérolas. São bons conselhos que revelam a sabedoria
divina. Tais máximas bíblicas são expressas em linguagem figurada, das mais
variadas formas (parábolas, fábulas, enigmas e provérbios). Por isso, neste
trimestre, conheceremos o que a Bíblia revela sobre os conselhos divinos
contidos nos livros de Provérbios e Eclesiastes. Veremos ainda como esses
conselhos se revelam na vida dos que temem ao Senhor.
I. JOIAS DA LITERATURA SAPIENCIAL
1. O livro de Provérbios. A Bíblia diz que Salomão compôs
“três mil provérbios, e foram os seus cânticos mil e cinco” (1Rs 4.32). O texto
sagra do identifica Salomão como o principal autor do livro de Provérbios (Pv
1.1), mas não o único. O próprio Salomão exorta a que se ouça “as palavras dos
sábios” (Pv 22.17), e declara fazer uso de alguns dos provérbios desses sábios
anônimos (Pv 24.23).
O livro revela que havia alguns
provérbios de Salomão que circulavam nos dias do rei Ezequias, e que
posteriormente foram compilados pelos homens deste piedoso rei (Pv 25.1).
Por último, o livro de Provérbios
revela que Agur, filho de Jaque, de Massá, é o autor do capítulo 30. Já o
capítulo 31 é atribuído ao rei Lemuel de Massá. O livro pertence ao gênero
literário hebreu conhecido como sapiencial, isto é, literatura da sabedoria.
2. O livro de Edesiastes. Eclesiastes, juntamente com
Cantares, Jó, Salmos e Provérbios, também faz parte do gênero literário
conhecido como “Literatura Sapiencial”. Sua autoria é atribuída a Salomão (Ec
1.1). Embora escrito pelo filho de Davi e pertença ao mesmo gênero literário, o
livro de Eclesiastes possui um estilo diferente de Provérbios. Ele se apresenta
como um discurso usado em assembleias ou templos. Alguns intérpretes acreditam
que se trata de uma coletânea utilizada por Salomão em seus discursos.
Ao contrário do que muitos pensam, o
livro de Eclesiastes não expõe uma espécie de ceticismo ou desencanto
existencial. Salomão faz um balanço da vida do ponto de vista de alguém que
teve o privilégio de vivê-la com intensidade, mas que descobre ser ela
totalmente vazia se não vivida em Deus. A própria sabedoria, tão celebrada nos
Provérbios, quando posta a serviço de interesses pessoais e objetivos mesquinhos
é tida como tola.
SINOPSE DO TÓPICO (I)
Provérbios e Eclesiastes são livros de
sabedoria judaica que revelam os desígnios eternos para a vida.
II. A SABEDORIA DOS ANTIGOS
1. A inteligência dos sábios. Já observamos que pelo menos duas
referências do livro de Provérbios fazem citação das “Palavras dos Sábios” (Pv
22.17; 24.23). Mas quem são esses sábios? O texto não os identifica. Todavia, o
Primeiro Livro dos Reis fala acerca de outros sábios, igualmente famosos, e
como Salomão os sobrepujou em sabedoria (1Rs 4.29-31).
2. A sabedoria de Salomão. O escritor americano Eugene Peterson
mostra a singularidade da sabedoria salomônica em diferentes áreas da vida.
Mais especificamente nos Provérbios, há uma amostra de como honrar os pais,
criar os filhos, lidar com o dinheiro, conduzir a sexualidade, trabalhar e
exercitar liderança, usar bem as palavras, tratar os amigos com gentileza,
comer e beber saudavelmente, bem como cultivar emoções e atitudes em relação
aos outros de modo pacífico. Peterson ainda mostra que o princípio da sabedoria
salomônica destaca que o nosso modo de pensar e corresponder-nos com Deus
reflete a prática cotidiana de nossa existência. Isto significa que nada, em
nossa vida, precede a Deus. Sem Ele nada podemos fazer.
SINOPSE DO TÓPICO
(II)
A sabedoria dos antigos, e
particularmente a de Salomão, versava sobre diferentes áreas da vida humana.
III. AS FONTES DA SABEDORIA
1. A sabedoria popular. Os livros poéticos mostram, entre
outras coisas como louvores e orações, muito da sabedoria do povo de Israel.
Ciente dessa verdade, Salomão apresenta máximas populares para compor os seus
Provérbios (Pv 22.17; 24.23). Podemos entender que Deus dá inteligência aos
homens para que estes possam analisar as situações da vida e tirar delas
conclusões que servirão para si mesmos e para outras pessoas, em forma de
conselhos e advertências, como ocorre no livro de Provérbios.
2. A sabedoria divina. O texto bíblico destaca que Salomão
“falou das árvores, desde o cedro que está no Líbano até ao hissopo que nasce
na parede; também falou dos animais, e das aves, e dos répteis, e dos peixes. E
vinham de todos os povos a ouvir a sabedoria de Salomão e de todos os reis da
terra que tinham ouvido da sua sabedoria” (1Rs 4.33,34). De onde vinha tanta
sabedoria? O texto bíblico revela que Salomão orou pedindo a Deus sabedoria
(1Rs 3.9), e que o Senhor respondeu-lhe integralmente (1Rs 3.10-12). Esta é a
fonte da sabedoria de Salomão e explica o porquê de ninguém conseguir
superá-la.
SINOPSE DO TÓPICO (III)
A fonte de toda sabedoria do rei Salomão
era o Senhor nosso Deus.
IV. O PROPÓSITO DA SABEDORIA
1. Valores éticos e morais. Na introdução do livro de Provérbios,
encontramos um conjunto de valores éticos e morais que revelam o propósito
desses conselhos. Ali, consta todo o objetivo proposto pelo livro: (1) Conhecer
a sabedoria e a instrução; (2) entender as palavras da prudência; (3) receber a
instrução do entendimento, a justiça, o juízo e a equidade; (4) dar aos simples
prudência e aos jovens conhecimento e sensatez; (5) ouvir e crescer em
sabedoria; (6) adquirir sábios conselhos; (7) compreender provérbios e sua
interpretação, bem como também as palavras dos sábios e suas metáforas (Pv
1.1-6).
2. Valores espirituais. Além de apontar valores éticos e
morais, ao afirmar que o “temor do Senhor é o princípio da ciência; [e que
somente] os loucos desprezam a sabedoria e a instrução” (Pv 1.7), o cronista
sacro abaliza os valores espirituais que sobressaem nas palavras de Provérbios.
Da mesma forma, o livro de Eclesiastes aponta para Deus como a razão de toda a
existência humana. Fora dele não há base segura para uma moral social. Os
livros de Provérbios e Eclesiastes formam uma tessitura milenar no contexto
religioso judaico que, adaptado à nossa realidade, apresentam conselhos
práticos para a vida cotidiana de todos os homens.
SINOPSE DO TÓPICO (IV)
O propósito da sabedoria nos livros de
Provérbios e Eclesiastes é constituir um conjunto de valores éticos, morais e
espirituais para a vida.
CONCLUSÃO
A literatura sapiencial, representada
neste trimestre pelos livros de Provérbios e Eclesiastes, revela que o temor do
Senhor é o fundamento de todo o saber. Ninguém pode ser considerado sábio se os
seus conselhos não revelarem princípios do saber divino. Segundo a Bíblia, um
sábio não se caracteriza apenas por ter muita informação ou inteligência, mas é
alguém que aprendeu o temor do Senhor como a base de toda sua vida e, por isso,
sabe viver e conviver (Tg 3.13-18).
VOCABULÁRIO
Desencanto Existencial: Desgosto ou decepção com a realidade
vivida, isto é, com a vida.
Tessitura: Modo como estão interligadas as partes de um todo; organização, contextura.
Sétuplo: Numeral que vale sete vezes o outro.
Epítome: A síntese, o resumo.
Tessitura: Modo como estão interligadas as partes de um todo; organização, contextura.
Sétuplo: Numeral que vale sete vezes o outro.
Epítome: A síntese, o resumo.
EXERCÍCIOS
1. O que o livro de Provérbios revela
acerca de Salomão?
R. O livro revela que havia alguns provérbios de Salomão que circulavam nos
dias do rei Ezequias. Posteriormente, eles foram compilados pelos homens desse
rei (Pv 25.1).
2. Embora pertença ao mesmo gênero
literário de sabedoria judaica, qual a diferença entre Eclesiastes e
Provérbios?
R. Diferentemente de Provérbios, Eclesiastes apresenta-se como um discurso
usado em assembleias ou templos.
3. Além de louvores e orações, o que os
livros poéticos mostram?
R. Muito da sabedoria do povo de Israel.
4. Cite pelo menos três objetivos
propostos na introdução do livro de Provérbios.
R. Conhecer a sabedoria, a instrução; entender as palavras da prudência;
adquirir sábios conselhos.
5. Os livros de Provérbios e Eclesiastes
formam uma tessitura milenar no contexto religioso judaico. Para nós, o que
eles falam hoje?
R. Adaptados a nossa realidade, eles apresentam conselhos práticos para a
vida cotidiana.
AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO I
Subsídio Bibliológico
“Livros da Sabedoria
São considerados livros da sabedoria
três dos livros poéticos: Jó, Provérbios e Eclesiastes, embora Jó seja
realmente um livro de espécie única.
Essa classificação é baseada no fato
de tratarem esses três livros dos problemas que mais interessam à humanidade.
Jó trata do problema do sofrimento, Provérbios, do problema do dever moral, e
Eclesiastes, do problema da felicidade.
Os livros chamados de Sabedoria são
diferentes da literatura profética de Israel porque expressam melhor a
filosofia dos pensadores do que as determinações das mensagens de Jeová. Não se
encontra neles a frase: ‘Assim diz o Senhor’, quando falam dos problemas da
vida e das conclusões dos homens.
Os sábios anunciaram as verdades como
um tratado de filosofia moral, usando palavras de profundeza mais elevada do
que seus conhecimentos, de modo que só tempos depois é que puderam ser
interpretadas.
Provérbios e Eclesiastes apresentam
principalmente esse fato” (MELO, J. L. Eclesiastes versículo por versículo.
RJ: CPAD, 1999, p.12).
AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO II
Subsídio Lexicográfico
“Sabedoria [de Cristo]
Embora no Antigo Testamento a
sabedoria seja personificada no livro de Provérbios e mostrada como tendo
existido eternamente em Deus (Pv 8.22-30), ela é centrada em uma pessoa, o
Senhor Jesus Cristo (1Co 1.30; Cl 2.2,3; cf. Lc 11.49).
Cristo, em sua natureza humana,
cresceu em sabedoria, e em estatura, e em graça para com Deus e os homens (Lc
2.52), mas em sua natureza divina, repousava sobre ele o Espírito sétuplo cujo
principal atributo é a sabedoria (Is 11.2). Como resultado os homens
perguntaram, ‘Donde veio a este a sabedoria’ (Mt 13.54; Mc 6.2), não percebendo
que alguém maior que Salomão estava ali (Mt 12.42). O apóstolo Paulo escreve
que Ele é o poder e a sabedoria de Deus, destacando que a vida e a morte de
Cristo eram o sábio plano de salvação de Deus (1Co 1.24).
Os gregos, com sua filosofia,
buscavam a sabedoria (1Co 1.22) e produziram grandes homens como Platão e
Aristóteles, mas não vieram a conhecer a Deus. Em contraste, Deus, em sua
infinita sabedoria, usou a Palavra da cruz para revelar o modo como o homem
pode ser salvo. O evangelho provou ser um tropeço para os judeus, que estavam
tentando obter a salvação através das boas obras (Rm 9.30-33); e ‘uma loucura
ou insensatez’ (gr. moria, os pensamentos de um simplório,
simples demais para ser aceito como o verdadeiro conhecimento da salvação) para
os gregos cultos. Os judeus ficavam ofendidos com o pensamento da crucificação,
e por serem tão impotentes a ponto de precisarem que alguém morresse pelos seus
pecados. Os gregos consideravam a simples fé em uma expiação substitutiva um
modo fácil demais para a salvação. Contudo, a morte expiatória do Senhor Jesus
Cristo é o epítome de toda a sabedoria (Ef 3.10), uma vez que ela resolve o
maior problema do mundo e do homem, isto é, o pecado” (Dicionário Bíblico
Wycliffe. 1 ed., RJ: CPAD, 2009, p.1712).
SUBSÍDIOS ENSINADOR CRISTÃO
O valor dos bons conselhos
Neste trimestre, teremos a
oportunidade ímpar de estudar os livros de Provérbios e Eclesiastes. São duas
pérolas das Sagradas Escrituras. Provérbios nos ensina a viver de modo sábio e
Eclesiastes nos mostra o verdadeiro sentido da vida.
O livro de Provérbios
O livro de Provérbios é um verdadeiro
compêndio de sabedoria em forma de parábolas. São sentenças curtas, porém
carregadas de significados e verdades que foram aprendidas e ensinadas no
dia-a-dia dos israelitas. Ao estudar este livro, precisamos observar algumas
particularidades importantes:
1. Salomão não foi o único autor dos
provérbios, embora ele tenha escrito uma grande parte (cf. 1.1; 10.1; 25.1). O
próprio Salomão declara: “... também estes são provérbios dos sábios” (Pv
24.23). Não podemos negar que Salomão foi um dos homens mais sábios do seu
tempo e que proferiu 3 mil provérbios (1Rs 4.32), todavia há outros autores das
citações, como Agur (Pv 30.1) e o rei Lemuel (Pv 31.1). É importante também
observar que seus autores pertenceram a épocas distintas.
2. Os provérbios têm a sua origem nos
ditos populares. Todavia, os provérbios bíblicos são breves declarações que
expressam os conselhos divinos para nós. Podemos afirmar que cada provérbio é
uma parábola resumida e o livro todo é a Palavra de Deus. É Deus falando por
intermédio das circunstâncias da vida.
3. Existem várias formas literárias
dentro do livro, como, por exemplo, parábolas, poemas, antíteses e comparações.
O propósito do livro é ensinar os
leitores a viverem de forma justa, correta e ética. O objetivo é levar as
pessoas a expressarem, no seu dia-a-dia, a sabedoria de Deus. Embora o livro
também trate das questões corriqueiras da vida, ele é um convite à busca da
sabedoria que vem do Alto, a sabedoria divina.
O livro de Eclesiastes
Ao ler Eclesiastes 1.1 e o capítulo
2, não temos dúvida de que Salomão é seu autor. Além disso, tanto a tradição
judaica quanto a cristã conferem a autoria do livro a Salomão.
Eclesiastes é um livro biográfico e
durante a sua leitura percebemos que não existe uma sequência lógica. A
impressão que temos é que os textos foram surgindo de tempos em tempos, como em
um diário. É o relato triste de um homem que, embora sábio, viveu parte da sua
vida longe de Deus. O propósito é mostrar, e em especial aos jovens, que o
sentido da vida não está nos bens materiais, no conhecimento, no prazer, na
fama. O verdadeiro sentido da vida está em Deus, o Criador.
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