LIÇÕES BÍBLICAS CPAD ADULTOS 1º
Trimestre de 2017
Título: As Obras da Carne e o Fruto do Espírito — Como o crente pode vencer a
verdadeira batalha espiritual travada diariamente
Lição 2: O propósito
do Fruto do Espírito - Comentarista: Osiel Gomes
Data: 8 de
Janeiro de 2017
TEXTO ÁUREO
“Produzi, pois, frutos dignos de arrependimento”
(Mt 3.8).
VERDADE
PRÁTICA
Somente
através de uma vida espiritual frutífera o crente poderá glorificar a Deus.
LEITURA
DIÁRIA
Jo 15.16 – Fomos
escolhidos e separados do mundo para dar fruto para Deus
Gn 1.11 – O
fruto identifica a espécie a que pertence a árvore
Is 57.19 – Louvor
e adoração, o fruto dos lábios
Fp 1.11 – Frutos
de justiça para o louvor de Deus
Mt 3.10 – A
árvore que não produz bons frutos será cortada
Mc 4.20 – Os
discípulos de Cristo produzem frutos
LEITURA
BÍBLICA EM CLASSE
Mateus 7.13-20.
13 — Entrai pela porta estreita, porque larga é a porta, e espaçoso, o
caminho que conduz à perdição, e muitos são os que entram por ela;
14 — E porque estreita é a porta, e apertado, o caminho que leva à vida,
e poucos há que a encontrem.
15 — Acautelai-vos, porém, dos falsos profetas, que vêm até vós vestidos
como ovelhas, mas interiormente são lobos devoradores.
16 — Por seus frutos os conhecereis. Porventura, colhem-se uvas dos
espinheiros ou figos dos abrolhos?
17 — Assim, toda árvore boa produz bons frutos, e toda árvore má produz
frutos maus.
18 — Não pode a árvore boa dar maus frutos, nem a árvore má dar frutos
bons.
19 — Toda árvore que não dá bom fruto corta-se e lança-se no fogo.
20 — Portanto, pelos seus frutos os conhecereis.
HINOS
SUGERIDOS
83, 203 e 252 da Harpa Cristã.
OBJETIVO
GERAL
Compreender o real significado da frutificação
espiritual.
OBJETIVOS
ESPECÍFICOS
Abaixo, os
objetivos específicos referem-se ao que o professor deve atingir em cada
tópico. Por exemplo, o objetivo I refere-se ao tópico I com os seus respectivos
subtópicos.
- I. Mostrar que uma vida controlada pelo Espírito requer de nós um viver santo e uma verdadeira comunhão com Deus;
- II. Saber que o Espírito Santo molda o nosso caráter para sermos como Cristo;
- III. Apresentar o propósito do fruto e a necessidade de se ter uma vida produtiva.
INTERAGINDO
COM O PROFESSOR
Professor,
na lição de hoje estudaremos o propósito do fruto do Espírito. Este assunto é
tão importante que o próprio Jesus reservou um tempo para ensinar a respeito da
árvore e seus frutos, ou seja, cada árvore deve produzir frutos condizentes com
sua espécie. Claramente Jesus buscava ensinar seus seguidores a terem cuidado
com os ensinamentos que divergiam do seu: pelos frutos conhecemos aqueles que
falam a verdade de Deus e aqueles falsos mestres enganadores. Hoje não é
diferente. Devemos examinar não só as palavras dos mestres, mas também as suas
atitudes. Da mesma maneira que existe uma relação entre as árvores e o tipo de
fruto que produzem, aqueles que ensinam o que é correto têm um bom
comportamento e um caráter elevado; procuram viver de acordo com as verdades
das Escrituras. Cuide para que seus frutos sejam condizentes com seu ensino.
COMENTÁRIO / INTRODUÇÃO
Na lição de
hoje, estudaremos o propósito do fruto do Espírito. Nas Escrituras Sagradas, o
vocábulo fruto tem muitos significados que podem ser utilizados para designar
nossas ações e motivos. Veremos que Jesus, nosso Salvador, morreu e ressuscitou
para nos ensinar o valor de uma vida frutífera (Jo 12.24). Nós somos fruto do
sacrifício de Cristo na cruz do Calvário, logo temos a responsabilidade de
frutificar para a glória de Deus.
PONTO
CENTRAL
Glorificamos
a Deus quando produzimos frutos condizentes com a vida cristã.
I. A VIDA CONTROLADA PELO ESPÍRITO
1. O que
significa ser controlado pelo Espírito? Significa
ser cheio do Espírito Santo diariamente, não somente aos domingos (Ef 5.18). Se
quisermos viver de modo a agradar a Deus e produzir frutos para a sua glória,
precisamos cumprir o imperativo bíblico registrado em Efésios 5.18: “[...] Mas
enchei-vos do Espírito”. O verbo encher aqui remete também a ser controlado,
dominado, de modo que a pessoa não tem mais vontade própria. Quando somos
controlados pelo Espírito Santo, os nossos pensamentos, ações e vontades passam
a ser conduzidos por Ele. É lamentável, mas infelizmente muitos crentes não
buscam mais o poder do Espírito Santo, pois estão mais preocupados com os bens
desse mundo. Jesus nos advertiu a respeito de juntar tesouros na terra e não no
céu (Mt 6.19,20).
2. Um viver
santo. O Espírito Santo nos ajuda a ter
uma compreensão melhor de Deus e do seu Reino. Ele deseja nos ensinar a viver
em novidade de vida, em santidade, mesmo habitando em um mundo corrompido pelo
pecado e dominado pelo Inimigo (1Co 2.10-15). Para que uma planta produza
frutos ela precisa alcançar um determinado nível de maturação; isso também
ocorre com o crente (Ef 4.13). Esse nível de crescimento e maturação só pode
ser alcançado com a ajuda e a ação do Espírito Santo. A vida frutífera é para
os “maduros”. Quando os anos passam e o crente não alcança a maturidade
espiritual, ele se torna vulnerável ao pecado e a todo vento de doutrina, sendo
enganado pela astúcia dos que alegam falar em nome de Deus (Ef 4.14).
3. A
verdadeira comunhão. Você deseja
ter uma vida de comunhão com Deus? Então invista tempo no seu relacionamento
com Ele (Os 6.3). Ore, jejue e adore ao Senhor. A comunhão com Deus vai gerar
em nós frutos excelentes que evidenciarão que o Pai habita em nós. Jesus
ordenou que seus discípulos fossem para Jerusalém para serem revestidos de
poder (At 1.8). Ele sabia que, para dar continuidade à sua obra e produzir bons
frutos, os discípulos precisariam desse revestimento de poder.
SÍNTESE DO TÓPICO (I)
Uma vida controlada pelo Espírito produz
em nós um viver santo e uma verdadeira comunhão com Deus.
SUBSÍDIO
TEOLÓGICO
“Em
Efésios 4.17-5.20, Paulo estabeleceu o contraste entre o ‘antes’ e o ‘depois’
da vida dos crentes. Embriagar-se com vinho era associado com o antigo modo de
vida e seus desejos egoístas, terminando, por fim, em contenda. Isto não tem
lugar na vida dos crentes. Além do mais, de acordo com Paulo, nós não
precisamos do álcool, pois podemos nos encher do Espírito, deixando que Ele nos
controle. Paulo comparou a atitude de se embriagar com vinho, que faz com que
uma pessoa desfrute um êxtase temporário, com o ser cheio do Espírito, que
produz uma alegria permanente. O foco das palavras de Paulo aqui não é tanto a
proibição contra a embriaguez, pois os crentes provavelmente já o haviam
entendido, mas incitá-los a estarem continuamente cheios do Espírito e a viverem
nEle. Todo mundo pode dizer quando uma pessoa está embriagada. Suas ações
tornam isso óbvio. De maneira semelhante, a nossa vida deve estar tão
completamente sob o controle do Espírito, que as nossas palavras e ações
mostrem, sem qualquer dúvida, que estamos cheios da presença do Espírito Santo
de Deus” (Comentário do Novo Testamento: Aplicação pessoal. 1ª
Edição. Volume 2. RJ: CPAD, 2010, p.345).
CONHEÇA MAIS
Fruto
“O
termo ‘fruto’ é frequentemente usado de forma simbólica. As crianças são
mencionadas como frutos (Êx 21.22; Sl 21.10) em frases como ‘o fruto do ventre’
(Sl 127.3; Dt 7.13; Lc 1.42) e o ‘fruto do corpo’ (Sl 132.11; Mq 6.7). O louvor
é poeticamente descrito como fruto dos lábios (Is 57.19; Hb 13.15), e as
palavras de um homem são chamadas de ‘fruto da boca’ (Pv 12.14; 18.20).
O
termo ‘fruto’ é aplicado às consequências das nossas ações e motivos: ‘Comerão
do fruto do seu caminho (ou procedimento)’ (Pv 1.31; Is 3.10)”. Para conhecer
mais, leia Dicionário Bíblico Wycliffe, CPAD, p.824.
II. O FRUTO DO ESPÍRITO EVIDENCIA O CARÁTER DE CRISTO EM NÓS
1. O que é
caráter? Segundo o Dicionário Houaiss, é
a “qualidade inerente a um indivíduo, desde o nascimento; temperamento,
índole”. Nossas ações e frutos identificam o caráter de Cristo em nós. Quem
pela fé recebe a Jesus Cristo como Salvador passa por uma transformação
interior, recebendo uma nova vida, ou seja, uma nova maneira de pensar e agir
(2Co 5.17). O caráter de Cristo é evidenciado em nossas vidas por nossas ações.
2. Caráter
gerado pelo Espírito Santo. O Senhor
Jesus afirmou que o Espírito Santo habitaria em nós (Jo 14.17). Ele, em nós,
faz com que a nossa natureza adâmica seja destronada. O velho “eu” morre, por
isso, temos condição de negarmos a nós mesmos (Mt 16.24). Precisamos ter
consciência de que o Espírito Santo trabalha em nós, não somente para nos
conceder dons e talentos, mas para nos transformar. Infelizmente, muitos não
dão lugar ao Espírito, impedindo que Ele os transforme. O Consolador trabalha
em nós à medida que lhe permitirmos. Deixe o Consolador transformar todo o seu
ser.
3. Um novo
estilo de vida. Viver em
novidade de vida não é fácil, pois o caminho que conduz a Jesus Cristo é
apertado e exige renúncia (Mt 7.14). Infelizmente, muitos estão pregando um
pseudoevangelho que não exige mais renúncia e nem mudança de vida. Não podemos
concordar com os falsos ensinos e os falsos discursos que têm sido
disseminados, em especial nas redes sociais. Jesus disse que os falsos profetas
têm roupas de ovelhas, mas são harpagês, isto é, são como aves de rapina, logo
precisamos ter cuidado (Mt 23.25). O alvo deles é destruir o rebanho do Senhor
e impedir que venhamos alcançar a vida eterna. Muitos, sob a influência de
Satanás, estão operando sinais e prodígios, imitando as obras de Cristo, porém
seus frutos revelam que não pertencem a Jesus Cristo.
Como
identificar o crente autêntico? Ele pode ser identificado não por aquilo que
possui, mas por aquilo que é. Suas ações precisam revelar que ele está em Jesus
Cristo (Jo 15.4). Lembre-se: não se conhece uma árvore pelas folhas, mas sim
pelos frutos.
SÍNTESE DO TÓPICO (II)
É através de suas ações que o cristão
evidencia o caráter de Cristo em sua vida.
SUBSÍDIO
DEVOCIONAL
“‘Por seus frutos os conhecereis’ (Mt
7.15-23)
Ao
longo das Escrituras, o fruto é um símbolo da obra transformadora de Deus nos
crentes (cf. Is 5.1-7; Jo 15.1-11; Gl 5.22,23). Embora o nosso relacionamento
com Deus seja ‘secreto’, o produto desse relacionamento é altamente visível!
Mas aqui Jesus falou de reconhecer os falsos profetas pelo fruto amargo. Ele
não sugeriu que começássemos a apertar o fruto dos crentes para ver se era bom!
Talvez a razão seja o fato de que o bom fruto precisa de tempo para amadurecer.
A vida cristã produzirá bons frutos — mas levará algum tempo para que esses
frutos amadureçam. Devemos dar aos outros — e a nós mesmos — o tempo necessário
para que o fruto de Deus amadureça, em vez de exigir evidências imediatas da
sua obra em nossa vida” (RICHARDS, Lawrence O. Comentário devocional da
Bíblia. RJ: CPAD, 2012, p.561).
III. TESTEMUNHANDO AS VIRTUDES DO REINO DE DEUS
1. O
propósito do fruto. Você não
foi salvo para somente frequentar a igreja, mas para revelar Cristo ao mundo
por intermédio de um viver santo, justo, em meio a uma sociedade comprometida
pelo pecado (Fp 2.15). Fomos “retirados” do mundo para que sejamos testemunhas
(Is 43.10). Você foi chamado para ser “luz” do mundo e “sal” da terra (Mt
5.14,15). Porém, não adianta pregar o Evangelho de Cristo e não viver segundo
os princípios do Reino (Mt 5.1-12). Você precisa viver aquilo que prega e
ensina se deseja uma vida e ministério frutíferos.
2. Uma vida
produtiva. O crente precisa ter uma vida
espiritual frutífera para que não seja arrancado, ceifado (Jo 15.2). Quando um
galho é cortado e não é imediatamente enxertado, ou replantado, seca e morre.
Você tem produzido frutos ou sua vida está como um galho seco? Nossos frutos
revelam que pertencemos a Cristo e o quanto aprendemos com o Ele (Lc 6.40; Jo 15.8).
3. O que
fazer para manter a produtividade? Um bom
agricultor se preocupa com o plantio, com o cultivo e com a produção de fruto.
Para que a lavoura tenha um bom desenvolvimento, o agricultor precisa adubar a
terra, regar as sementes e retirar as ervas daninhas. É preciso investimento
financeiro e muito trabalho. Nós também temos um Pai que cuida de nós para que
venhamos a frutificar (Jo 15.1-5). Isso significa que algumas vezes somos
“podados”, ou seja, passamos por aflições e dificuldades. As aflições não são
para nos destruir, mas contribuem para que venhamos nos tornar pessoas mais
fortes, capazes de produzir frutos em abundância.
SÍNTESE DO TÓPICO (III)
O cristão deve frutificar sempre a fim
de ter uma vida que glorifique a Deus.
SUBSÍDIO
TEOLÓGICO
“A
frutificação espiritual segue o mesmo princípio da frutificação que está
revelado no primeiro capítulo de Gênesis (Gn 1.11). João Batista, precursor do
Messias, exigiu dos seus convertidos: ‘Produzi, pois, frutos dignos de
arrependimento’ (Mt 3.8). Em João 15.1-16, Jesus enfatizou este princípio
deixando claro aos seus seguidores que para darem fruto exuberante para Deus,
necessário é que antes cresçam em Cristo e nisso perseverem seguindo os ensinos
da Palavra de Deus. Boas condições de crescimento e desenvolvimento da planta
no reino vegetal, sem esquecer da boa saúde da semente e do meio ambiente ideal
e da limpeza, são elementos indispensáveis para a boa frutificação. É também o
que ocorre no reino espiritual, na vida do crente, na Igreja, para que haja em
todos nós fruto abundante para Deus” (GILBERTO, Antonio. A plenitude de
Cristo na vida do crente. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2004, p.17).
CONCLUSÃO
Precisamos
ter uma vida frutífera e para isso precisamos estar ligados à Videira. O
propósito dos frutos é glorificar ao Pai: “Nisto é glorificado meu Pai; que
deis muito fruto; e assim sereis meus discípulos” (Jo 15.8). Busque ter um
relacionamento pessoal com Cristo, seja cheio do Espírito Santo e produza
muitos frutos para a glória de Deus.
PARA
REFLETIR
A respeito do
propósito do fruto do Espírito, responda:
O que significa ser controlado pelo
Espírito Santo?
Significa ser cheio do Espírito Santo
diariamente.
Segundo a lição, o que é necessário
para que a planta produza frutos?
Para que uma planta produza frutos ela
precisa alcançar um determinado nível de maturação.
O que os discípulos precisavam para
produzir bons frutos e dar continuidade a obra de Jesus?
Os discípulos precisariam ser revestidos
de poder.
Como podemos identificar uma árvore?
Através dos seus frutos.
O que é caráter?
Segundo o Dicionário Houaiss, é a
“qualidade inerente a um indivíduo, desde o nascimento; temperamento, índole”.
Lições Bíblicas CPAD Jovens e Adultos
1º
Trimestre de 2005
Título: O Fruto do Espírito — A
plenitude de Cristo na vida do crente
Comentarista: Antonio Gilberto
Lição 1: O Fruto do Espírito e o caráter
cristão Data: 2 de Janeiro de 2005
TEXTO ÁUREO
“Não
pode a árvore boa dar maus frutos, nem a árvore má dar frutos bons. Toda árvore
que não dá bom fruto corta-se e lança-se no fogo” (Mt 7.18,19).
VERDADE PRÁTICA
O
fruto do Espírito é a expressão do caráter de Cristo, produzido em nós, para
que o mundo veja isso e glorifique a Deus.
LEITURA DIÁRIA
Gl 5.22 Fruto
do Espírito — a identidade do crente
2Pe 1.4-7
O crente como participante da natureza divina
Ef 5.9 As
três faces do fruto
Jo 15.1,5
A necessidade de o crente produzir fruto
Lc
6.43 O fruto do Espírito revela a qualidade da árvore
Rm
6.22 O objetivo do fruto do Espírito é a santificação
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Mateus
7.16-20; Lucas 6.43-45.
Mateus 7
16 — Por seus frutos os
conhecereis. Porventura, colhem-se uvas dos espinheiros ou figos dos abrolhos?
17 — Assim, toda árvore boa produz
bons frutos, e toda árvore má produz frutos maus.
18 — Não pode a árvore boa dar
maus frutos, nem a árvore má dar frutos bons.
19 — Toda árvore que não dá bom
fruto corta-se e lança-se no fogo.
20 — Portanto, pelos seus frutos
os conhecereis.
Lucas 6
43 — Porque não há boa árvore que
dê mau fruto, nem má árvore que dê bom fruto.
44 — Porque cada árvore se conhece
pelo seu próprio fruto; pois não se colhem figos dos espinheiros, nem se
vindimam uvas dos abrolhos.
45 — O homem bom, do bom tesouro
do seu coração, tira o bem, e o homem mau, do mau tesouro do seu coração, tira
o mal, porque da abundância do seu coração fala a boca.
PONTO DE CONTATO
Professor,
pela graça de nosso Deus, iniciamos um novo ano e mais um trimestre. No ano de
2004, estudamos dois temas da Teologia Sistemática (Espírito Santo e
Escatologia), um de Teologia Prática (Família Cristã) e um de Bíblia
(Colossenses).
Neste
trimestre, meditaremos no estudo temático do Fruto do Espírito, o qual
refere-se à habitação e obra do Espírito no interior do crente visando formar o
caráter de Cristo em sua vida. Portanto, é necessário que estejamos na presença
de Deus a fim de que Ele nos use como instrumentos para a edificação de nossos
alunos.
OBJETIVOS
Após esta
aula, o aluno deverá estar apto a:
- Definir o princípio da frutificação espiritual.
- Explicar o sentido de “vida frutífera”.
- Descrever os propósitos da frutificação espiritual.
SÍNTESE TEXTUAL
O termo
fruto no Novo Testamento é a tradução do original karpos,
que tanto pode significar “o fruto”, quanto “dar fruto”, “frutificar” ou ser
“frutífero” (Mt 12.33; 13.23; At 14.17). Na Bíblia, também é empregado em
sentido figurado para indicar o resultado de algo, por exemplo: o produto do ventre
e dos animais (Dt 28.11); o caráter do justo (Sl 1.30; Pv 11.30);
a índole do ímpio e as atitudes dos homens (Pv 1.29-32; Jr
32.19); a mentira (Os 10.13); a santificação (Rm 6.22); a justiça
(Fp 1.11), o arrependimento (Lc 3.8) etc.
No texto
de João 15, Jesus se apresenta como a Videira Verdadeira e utiliza-se de uma
simbologia já existente no Antigo Testamento, onde a árvore representa o homem
(Jz 9.7-15; Sl 1.3), e a vinha, Israel (Is 5.1-7; Jr 2.21; Os 10.1). A árvore
produz fruto segundo a sua espécie (Gn 1.11). Espécie, no original, mim, designa “especificação” ou “ordem”, portanto,
a qualidade do fruto aponta para o caráter de sua árvore (Gn 1.12; Mt 7.17,18).
Logo, o crente regenerado pelo Espírito Santo deve originar fruto que
dignifique e reflita o caráter moral de Cristo.
ORIENTAÇÃO DIDÁTICA
Professor,
para esta atividade, você precisará de uma cartolina ou papel camurça verde,
vermelho e marrom. O verde será usado para fazer a copa da árvore; o marrom, o
tronco (opcional); e o vermelho, o fruto. Com este material, construa uma
árvore proporcional à sala e ao mural de que sua classe dispõe. Com a folha
vermelha, confeccione nove frutos que corresponderão às virtudes de Gálatas
5.22. Todos os domingos, cada aluno deverá escrever num fruto seu nome e a
virtude referente à lição que for ensinada, e fixá-lo na árvore. Mediante esta
atitude, os alunos estarão demonstrando o fruto em sua vida ou o desejo de
produzi-lo. A tendência natural é o papel descolorir durante o trimestre, no
entanto, o aluno deverá trocar, cuidar ou fazer a manutenção deste para que
isto não ocorra. Assim, o fruto deve ser cultivado em nossas vidas.
COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
Num de
seus últimos ensinamentos aos discípulos, Jesus discorreu sobre a importância
da frutificação espiritual (Jo 15.1-5). O Mestre fez uma analogia da videira e
seus ramos com Ele e o crente, para ensinar que este precisa daquEle, a fim de
tornar-se semelhante a Cristo. É o Espírito Santo que produz o fruto em nós à
proporção que lhe entregamos a vida.
Para que
o fruto seja gerado, é necessário que haja uma relação de interdependência
entre o tronco e seus ramos. Jesus declarou aos discípulos que viera ao mundo
com a missão de revelar-lhes o Pai. E que, ao partir, enviaria o Espírito Santo
para estar com eles, ajudando-os em todas as coisas. Assim como Jesus fez-se
homem para revelar o Pai à humanidade, o Espírito habita no crente a fim de que
Cristo seja conhecido (1Co 6.19).
Nesta
lição, estudaremos o fruto do Espírito, o caráter de Cristo no crente, e como é
produzido em nossa vida através do Espírito Santo, objetivando a glorificação
do nome de Deus.
I.
O PRINCÍPIO DO FRUTO DO ESPÍRITO
O
princípio da frutificação encontra-se em Gênesis 1.11. Note que cada planta e
árvore devia produzir fruto segundo a sua espécie.
A
frutificação espiritual segue a mesma regra. João Batista exigiu de seus
discípulos: “Produzi, pois, frutos dignos de arrependimento” (Mt 3.8). Em João
15.1-16, Jesus enfatizou este princípio esclarecendo aos seus seguidores que, a
fim de se desenvolverem espiritualmente, precisavam apresentar abundante fruto
para Deus.
De que
tipo de fruto Jesus estava falando? A resposta encontra-se em Gálatas 5.22. Por
conseguinte, o fruto do Espírito desenvolve no crente um caráter semelhante ao
de Cristo, que reflete a imagem de sua pessoa e a natureza santa de Deus.
II.
A VIDA CONTROLADA PELO ESPÍRITO
1. Vida
frutífera. Quando o
crente não se submete ao Espírito, cede aos desejos da natureza pecaminosa.
Mas, ao permitir que Ele controle sua vida, torna-se um solo fértil, onde o
fruto é produzido. Mediante o Espírito, conseguimos vencer os desejos da carne
e viver uma vida frutífera.
a)
Segredo da batalha espiritual. Para ser vencedor nesta batalha, o segredo é
andar no Espírito (Gl 5.24,25). Como fazemos isto? Ouvindo a sua voz, seguindo
a sua liderança, obedecendo às suas ordens, confiando nEle e dependendo dEle.
b) Fruto
e obras. Para
mostrar o quanto é acentuado o contraste entre as obras da carne e o fruto do
Espírito, o escritor aos Gálatas alistou-os no mesmo capítulo (Gl 5). Desde que
o Espírito Santo dirija e influencie o crente, o fruto se manifestará
naturalmente nele (Rm 8.5-10). Da mesma maneira acontece ao ímpio, cuja
natureza pecaminosa é quem o governa.
c) Fruto
conforme a espécie. Cada um
produz fruto segundo a sua espécie. Em João 14.16, lemos as palavras de Jesus
aos discípulos: “E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, para que
fique convosco para sempre”. A palavra outro, no original, denota “outro da
mesma espécie”. O Espírito Santo é da mesma espécie que Jesus. Logo, é de sua
natureza produzir um caráter semelhante ao de Cristo no crente. É da natureza
da carne pecaminosa produzir maldade.
A Palavra
de Deus é absoluta ao declarar que “os que cometem tais coisas não herdarão o
Reino de Deus” (Gl 5.21b). Estas obras da carne são características dos que
vivem em pecado (Rm 7.20).
2.
Maturidade e equilíbrio cristãos. A Palavra de Deus afirma que o crente é
recompensado ao dar toda a liberdade ao Espírito Santo para produzir, em seu
interior, as qualidades de Cristo. O capítulo 1 de 2 Pedro trata da necessidade
de o crente desenvolver as dimensões espirituais da vida cristã. Com este
crescimento, vem a maturidade e a estabilidade fundamentais para uma vida
vitoriosa sobre a natureza velha e pecaminosa do homem (2Pe 1.10b.11).
III.
A SINGULARIDADE DO CARÁTER CRISTÃO
1. A
pessoa é identificada pelo seu fruto. Em Mateus 7.15-23, deparamo-nos com declarações
notáveis, proferidas pelo Mestre, acerca da importância do caráter. Assim como
nós, os falsos profetas são reconhecidos pelo tipo de fruto que produzem (Mt
7.16-19).
2. Os
sinais contestados pelo fruto. Jesus acrescentou que algumas pessoas fariam
muitas maravilhas, expulsariam demônios em seu nome, porém, Ele jamais as
conheceria (Mt 7.22,23). Como é possível? A resposta é encontrada em 2
Tessalonicenses 2.9. Este trecho bíblico comprova ser possível Satanás imitar
milagres e dons do Espírito. Contudo, o fruto do Espírito é a marca daqueles
que possuem comunhão com o Senhor (Mt 7.17,18; 1Jo 4.8), e jamais poderá ser
imitado.
IV.
OS PROPÓSITOS DA FRUTIFICAÇÃO ESPIRITUAL
Ao
considerarmos os propósitos da frutificação espiritual, constataremos quatro
palavras relacionadas ao fruto do Espírito: expressão, discipulado,
bênção e glória.
1. Expressar
o caráter de Cristo. Todo
fruto revela sua árvore de origem. Da mesma maneira, como membros do corpo de
Cristo, devemos refletir naturalmente o seu caráter para que o mundo o veja em
nós. Quando as pessoas tomam conhecimento de nossa confissão cristã, podemos
vir a ser a única bíblia que muitas delas “lerão”.
2.
Evidenciar o discipulado. Jesus ensinou que devemos dar “muito fruto” a fim
de confirmarmos que somos seus discípulos (Jo 15.8). Ele ressaltou que todo
discípulo bem instruído será como o seu mestre (Lc 6.40). Isto significa que
não é o bastante aceitar Jesus para afirmar: “Veja, sou crente!” Ele deseja que
produzamos muito fruto. Se assim fizermos, estaremos demonstrando que
verdadeiramente somos seus discípulos.
3. Abençoar
outras pessoas. A
manifestação do fruto abençoa os ímpios que nos cercam e também os crentes que
veem a evidência do fruto espiritual em nós.
4. Glorificar
a Deus (Jo 15.8). O fruto
do Espírito é o resultado de uma vida abundante em Cristo. Quando permitimos
que a imagem dEle seja refletida em nós, as pessoas glorificam a Deus (Mt
5.16).
CONCLUSÃO
Se
entregarmos todo o controle de nossa vida ao Espírito Santo, Ele,
infalivelmente, vai produzir o seu fruto em nós através de uma ação contínua e
abundante. Como cristão, tudo que concerne ao caráter santificado, ou seja, a
nossa semelhança com Cristo, é obra do Santo Espírito “até que Cristo seja
formado em vós” (Gl 4.19).
VOCABULÁRIO
Analogia: Comparação; semelhança entre
duas coisas.
Andar no Espírito: No original, é andar em linha reta e adequadamente.
Carne: Termo que descreve a natureza pecaminosa da alma.
Interdependência: Dependência entre dois elementos.
Maturidade: Perfeição; idade madura; sensatez.
Por conseguinte: Consequentemente; logo.
Andar no Espírito: No original, é andar em linha reta e adequadamente.
Carne: Termo que descreve a natureza pecaminosa da alma.
Interdependência: Dependência entre dois elementos.
Maturidade: Perfeição; idade madura; sensatez.
Por conseguinte: Consequentemente; logo.
BIBLIOGRAFIA SUGERIDA
ARRINGTON,
F. L.; STRONSTAD, R. (eds.). Comentário Bíblico Pentecostal: Novo
Testamento. CPAD, 2003.
EXERCÍCIOS
1. Qual é o princípio da frutificação?
R. Cada planta e árvore
deve produzir fruto segundo a sua espécie.
2. Qual é o segredo para vencer a batalha contra a carne?
R. Andar no Espírito.
3. Como os falsos profetas são reconhecidos?
R. Pelo tipo de fruto
que produzem.
4. Faça uma lista do fruto do Espírito conforme Gálatas 5.22.
R. Caridade, gozo, paz,
longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão e temperança.
5. Quais os propósitos da frutificação espiritual?
R. Expressar o caráter
de Cristo, evidenciar o discipulado, abençoar outras pessoas e glorificar a Deus.
AUXÍLIOS SUPLEMENTARES
Subsídio Teológico
“A vida
na carne e a vida sob a lei são ambas sujeitas à stoicheia,
ou “princípios básicos” da vida (Gl 4.3,9). Estar debaixo da lei é estar
sujeito a um pedagogo severo (3.24). Deste modo, aqueles que são guiados pela
carne e são sujeitos à lei continuarão a experimentar o fracasso moral e um
medo terrível do juízo.
Nada disso se aplica àqueles que são guiados pelo
Espírito Santo, porque a natureza e a função do Espírito são opostas à lei e à
natureza pecaminosa [...]. O Espírito não ministra opressão e escravidão, mas
liberdade e poder. O Espírito unge para libertar os cativos e para adotar os
fiéis na liberdade gloriosa dos filhos de Deus (Lc 4.18; Rm 8.15,16,21). Em
contraste com a impotência da lei, o Espírito nos capacita a realizar o reino
na terra (At 2.4; 1Co 2.4; 12.1-31; 14). Embora a lei tenha sido enfraquecida
devido à natureza pecaminosa, o Espírito mortifica as ações daquela natureza
(Rm 8.3,13). A lei acentua nossas fraquezas (7.8-10), mas o Espírito administra
força em lugar destas (8.26). Portanto, o crente cheio do Espírito não está
debaixo da lei, e consequentemente não é guiado pela natureza pecaminosa (Gl
5.18).
Os judaizantes não só minaram a sã doutrina na
Galácia, mas também destruíram a atmosfera espiritual das igrejas (5.15). Toda
a sua pauta era baseada na natureza pecaminosa, não no Espírito (4.8-10,17).
Por estas razões, Paulo começa a contrastar as obras da natureza pecaminosa com
o fruto do Espírito em 5.19-23. Tais listas de virtudes e vícios são
encontradas ao longo de todo o Novo Testamento (Rm 1.24-31; 1Co 5.9-13; 6.9-11;
2Co 12.20,21; 1Ts 4.3-6). Estas também eram comuns no mundo antigo,
especialmente entre os filósofos estóicos. Paulo reconhece que até mesmo os
gentios podem discernir entre o certo e o errado. Neste sentido, tornam-se
parte da lei (Rm 2.26,27).
[...] Paulo continua a contrastar ‘o fruto do
Espírito’ com as obras da natureza pecaminosa. Assim como a natureza pecaminosa
se manifesta de diferentes modos, o fruto do Espírito tem uma variedade de
expressões. O termo ‘fruto’ (karpos) está
no singular e mostra a unidade essencial do fruto do Espírito. Em outras
palavras, o crente cheio do Espírito deve demonstrar todas as características
do Espírito, não apenas esta ou naquela virtude” (ARRINGTON, F. L.; STRONSTAD,
R. (eds.). Comentário Bíblico Pentecostal: Novo Testamento. RJ:
CPAD, 2003, pp.1180-2.)
O Fruto do Espirito Santo
O FRUTO DO ESPÍRITO SANTO
Através do Fruto do Espírito Santo o
caráter de Cristo é novamente formado no homem. O pecado afetou
consideravelmente imagem de Deus em nós levando-nos a produzir as obras da
carne. (Efésios 2.2,3; Gálatas 5.19-21) Entretanto através do novo nascimento,
Cristo é novamente formado em nós e assim somos transformados constantemente de
glória em glória, crescendo na graça e no conhecimento de Jesus Cristo. (2 Co
3.17,18) A manifestação do fruto do Espírito Santo diz respeito à nossa
santificação. (separação do pecado e consagração a Deus) É através da
manifestação do fruto do Espírito Santo que a maturidade espiritual torna-se
perceptível. Qualquer novo convertido pode manifestar fruto do
Espírito Santo se a sua conversão for realmente autêntica.
Na Bíblia, em João 15.1,2 Jesus se expressou assim:
“Eu sou a videira verdadeira, e meu Pai é o lavrador. Toda a vara em mim, que
não dá fruto, a tira; e limpa toda aquela que dá fruto, para que dê mais
fruto.” Ele usou a metáfora da videira para comunicar a necessidade de um
relacionamento vital entre ele e o crente a fim de que haja a produção do fruto
Espírito Santo. Esta é a maneira que evidencia que somos discípulos de Cristo.
(Mt 7.16; 5.13-16) É através do fruto do Espírito Santo que Deus é glorificado
em nossa vida, e assim muitos são abençoadas através de nosso bom testemunho.
(João 15.8) A Bíblia declara que o fruto do Espírito Santo é o amor, o qual foi
derramado por Deus em nossos corações (Rm 5.5) Lendo em Gálatas 5.22
verificamos que o fruto do Espírito pode se apresentar de 9 formas distintas:
- Amor(gr. ágape) – É o amor divino para com a humanidade perdida. (Jo 3.16) É um amor imutável, sacrificial, espontâneo e que nos leva a amar até os próprios inimigos. (Mt 5.46,48)
- Alegria (gozo)– é o amor exultante. É uma alegria constante na vida do crente, decorrente de seu bem-estar com Deus. Este amo se manifesta inclusive nas tribulações. (2 Co 7.4; At 13.52)
- Paz– A paz é o amor em repouso. É uma tranqüilidade íntima e perfeita, independente das circunstâncias. Podemos desfrutar da paz em três sentidos: Paz com Deus (Rm 5.1; Cl 3.15); paz com o próximo (Rm 12.18; Hb 12.14) e a paz interior. A paz que guarda nossos corações e os nossos sentimentos em Cristo Jesus. (Fp 4.7) Os ímpios não tem paz! (Is 48.22)
- Longanimidade (paciência)– É o amor que suporta a falta de cortesia e amabilidade por parte dos outros. (Ef 4.2; 2 Co 6.4) É a paciência de forma contínua. Paulo reconheceu a paciência de Jesus Cristo para com ele. (1Tm 1.16) Em 2 Coríntios 6.4-6 Paulo fala da muita paciência.
- Benignidade –É uma forma de amor compassivo e misericordioso. É a virtude que nos dá condições de sermos gentis para com os outros, expressando ternura, compaixão e brandura. A benignidade de Deus na vida de Paulo impediu de o carcereiro de Filipos de suicidar-se. (Atos 16.24-34)
- Bondade –É a prática do bem, o amor em ação. É ser uma bênção para os outros. (Rm 15.14) e alcança o favor de Deus (Pv 12.2). É o amor generoso e caridoso. Se antes fazíamos o mal agora Cristo nos capacita para sermos bons para com todos.
- Fé –Não é apenas crer e confiar. É também ser fiel e honesto, pois Deus é fiel. (1 Co 1.9) Através desta virtude o crente se mantém fiel ao Senhor em quaisquer circunstâncias. Descobrimos se temos esta qualidade quando somos desafiados à infidelidade. É o amor em sua fidelidade a Deus. (1 Pe 1.6,7)
- Mansidão –Virtude que nos torna pacíficos, com serenidade e brandura diante de situações irritantes, perturbadora e desagradáveis. Antes éramos agressivos e nos irritávamos com qualquer coisa que nos contrariava. Jesus falou para aprendermos a mansidão com ele. (Mt 11.29). Ele se conservou manso diante de seu traidor. (1 Pe 2.21-23), e curou a orelha do servo do sumo sacerdote que fazia parte dos que tinham ido prendê-lo. (Lc 22.51) É o amor submisso a Deus.
- Temperança (Domínio próprio)– Deus respeita o nosso livre arbítrio e por isso não nos domina, mas nos guia na verdade. Além da orientação do Espírito Santo contamos com o domínio próprio que atua como um freio contra as paixões da carne as quais vão contra os propósitos de Deus para nossa vida. De vez em quando somos tentados, velhas paixões e coisas ilícitas podem bater à porta de nosso coração (1 Co 10.13 ;2 Pe 2.9) mas através dessa virtude o crente avalia e reconhece que a vontade de Deus é mais importante e assim ele é vitorioso. (Mt 10.37-39). É o domínio próprio que nos aperfeiçoa em santidade, por isso precisamos cultivá-lo (1 Co 6.12; 9.25) É o amor disciplinar de Deus. O domínio próprio envolve todas as áreas de nossa vida: os pensamentos, palavras e atos.
Conclusão: A Bíblia fala de diferentes níveis de
frutificação: fruto (Jo 15.2a); mais fruto (Jo
15.2b); muito fruto (Jo 15.5,8) e o fruto permanente (João
15.16) Todos nós que já possuímos uma aliança com Deus fomos designados para
darmos o fruto do Espírito Santo afim de que sejamos espirituais e não mais
carnais. O caminho para a frutificação é ser sensível à voz do Espírito Santo
em nosso interior. É Ele quem nos impulsiona a buscar a plena vontade de Deus
para nossa sua vida. (Rm 12.1-2; 2 Co 7.1) Por sua vez a busca pela vontade de
Deus envolverá o exercício de nossa fé (fidelidade) e esta opera a maturidade.
(Hb 5.14)
Uma pessoa madura na fé experimenta o melhor de
Deus, as coisas excelentes. Em Efésios 5.9,10 lemos: “Porque o fruto do
Espírito está em toda a bondade, e justiça e verdade; aprovando o que
é agradável ao Senhor. (Efésios 5.9,10). Vejamos a oração de Paulo pelos
filipenses: “E peço isto: que o vosso amor cresça mais e mais em ciência e em
todo o conhecimento, Para que aproveis as coisas excelentes, para que sejais
sinceros, e sem escândalo algum até ao dia de Cristo; Cheios dos frutos de
justiça, que são por Jesus Cristo, para glória e louvor de Deus.” (Filipenses
1.9-11) Este é o plano de Deus para a restauração do
homem a fim de que este venha a cumprir o propósito para o qual foi criado:
glorificar a Cristo.
“Por esta razão, pois, te admoesto que reavives o
dom de Deus que há em ti pela imposição das minhas mãos.” (2 Timóteo 1.6)
Crucificando a Carne (Gálatas
5:19-21)
A carta de Paulo aos gálatas ataca com força a
doutrina falsa que alguns cristãos judeus estavam ensinando, pela qual tentavam
obrigar os cristãos a obedecer a lei que Deus havia dado aos israelitas, no
Velho Testamento. Ele demonstra efetivamente que nossa justificação é pela fé
em Cristo, e não pelas obras da lei de Moisés. Os primeiros quatro capítulos do
livro apresentam e defendem seus argumentos para mostrar que não somos escravos
sob a velha lei, mas livres em Cristo. Em Gálatas 5:1, ele faz este forte
apelo: "para a liberdade foi que Cristo nos libertou. Permanecei, pois,
firmes e não vos submetais, de novo, a jugo de escravidão."
Paulo
faz, então, uma transição dos argumentos doutrinários contra este erro
de alguns irmãos judeus, para os argumentos práticos que todos podemos e
devemos aplicar em nossas vidas. Pondo de lado a lei do Velho Testamento, ele
continua dizendo: "Porque vós, irmãos, fostes chamados à liberdade;
porém não useis da liberdade para dar ocasião à carne; sede, antes, servos uns
dos outros, pelo amor" (Gálatas 5:13). Este contraste entre nossa
liberdade em Cristo e a escravidão à carne é desenvolvido nos versículos finais
do capítulo 5, onde ele mostra que devemos andar no Espírito e recusarmo-nos a
satisfazer os desejos pecaminosos de nossa carne. Ele nos diz que estamos em
uma guerra que o Espírito deve vencer. Para ajudar-nos a ser vitoriosos, ele
enumera as obras da carne e coloca-as em contraste direto com o fruto do
Espírito. Vai nos ajudar a vencer o inimigo dos desejos carnais se
considerarmos cuidadosamente esta lista e o significado das palavras que Paulo
emprega.
As Obras da Carne (Gálatas
5:19-21)
Muitos
dos pecados listados aqui são semelhantes, portanto, pode ajudar em seu
entendimento se os considerarmos em grupos.
Pecados de Impureza Sexual
Prostituição (19) é um termo amplo, que
descreve relações sexuais ilícitas. Sua origem, como pode ser entendida pela
tradução comum, "prostituição", vem de uma palavra que descrevia
"amor" que pode ser comprado e vendido, onde uma pessoa é usada e
descartada. Em vez de restringir as relações sexuais como Deus tencionava
(somente a um casamento legal, por toda a vida, de um homem com uma mulher,
Gênesis 2:24; Hebreus 13:4), aqueles que praticam a prostituição fazem do sexo
uma paixão carnal barata e vazia.
Impureza (19) significa basicamente
sujeira. Ela fala da impureza que corrompe a moralidade e a alma de uma pessoa.
Ela pode ser usada para falar de impureza religiosa, mas também veio a
significar corrupção moral. Esta impureza separa uma pessoa de Deus, que é puro
e santo.
Lascívia (19) sugere um amor ao pecado,
de quem perdeu sua vergonha e imprudentemente viola a lei de Deus. É normalmente
usada para falar de tal atitude para com os pecados sexuais.
Pecados de Impureza Espiritual e
Religiosa
Idolatria (20) é, essencialmente, a
adoração de uma criatura quando deveríamos adorar somente o Criador. É, assim,
uma rejeição de Deus e de sua posição de autoridade e honra. Pode ser cometida
na adoração a imagens (Romanos 1:19-23) ou na exaltação e na busca de coisas
materiais (Mateus 6:24; Colossenses 3:5).
Feitiçaria (20) vem da mesma raiz que a
palavra "farmácia". Ela, originalmente, se referia a drogas
medicinais, e com o passar do tempo veio a ser associada com o abuso de drogas
e, finalmente, com o abuso de drogas em bruxaria e feitiçaria.
Pecados Contra Outras Pessoas
As obras
da carne incluem oito palavras que se referem a conflitos e divisões entre
pessoas, por causa de atitudes egoístas e pecaminosas, que destroem as relações
pessoais. Estes pecados têm destruído muitas amizades, famílias e igrejas, e
têm que ser vencidos para se andar no Espírito.
Inimizades (20) é uma palavra comum para
descrever a separação entre inimigos. É a mesma palavra que Paulo usou em outro
lugar para falar da separação de Deus (Romanos 8:7), ou a divisão entre os
judeus e os gentios que foi removida pelo sacrifício de Cristo (Efésios
2:14-16). Os cristãos têm que amar seus inimigos, e não podem imitar ao ódio do
mundo (Mateus 5:43-48).
Porfias (20) são o comportamento que
resulta da atitude de inimizade. Esta palavra descreve debates, disputas e
lutas que freqüentemente ocorrem quando pessoas estão preocupadas, de modo
egoísta, em proteger seus próprios interesses.
Ciúmes (20) é uma palavra que fala do
medo de perder alguma coisa, que leva a conflitos com outros e até mesmo a
ressentimento e ódio a outras pessoas.
Iras (20) é uma palavra forte que descreve
a fúria e o impulso violento contra coisas ou pessoas que nos ofendem. É,
freqüentemente, vista na tendência de pessoas a reagirem quando se sentem
lesadas. Em contraste, Paulo disse que não temos que procurar vingança, mas
devemos deixar a Deus o exercício da justiça (Romanos 12:19-21).
Discórdias (20) descrevem as dissensões que
resultam de ambições egoístas. É uma palavra política que descreve a campanha
partidária pela honra e posição. Tal política não tem lugar entre os servos de
Cristo. Paulo disse que a solução para tais conflitos é imitar a atitude
altruísta e sacrificial de Cristo (Filipenses 2:1-8).
Dissensões (20) descrevem as divisões que
resultam quando as pessoas satisfazem seus próprios desejos em vez de buscar
agradar ao Senhor. Para evitá-las, precisamos basear nossa unidade na palavra
de Deus (1 Coríntios 1:10) e no exemplo que Jesus nos deu (João 17:20-23).
Facções (20) são seitas ou partidos. Os
primeiros três capítulos de 1 Coríntios mostram que tais seitas não deveriam
existir na igreja do Senhor. Não devemos seguir as várias doutrinas humanas que
dividem o mundo religioso, mas devemos nos unir a Cristo e com aqueles que o
seguem fielmente.
Invejas (21) são similares aos ciúmes.
Os ciúmes resultam do temor de perder algo que alguém já tem; as invejas são o
ódio e o ressentimento que uma pessoa sente quando outros prosperam.
Pecados que Demonstram Falta de
Autodomínio
Bebedices (21), ou embriaguez, é um
problema que tem afligido as sociedades desde os tempos antigos. O abuso do álcool,
com todos os seus feios resultados de mortes desnecessárias, lares desfeitos,
esposas e filhos maltratados, etc., continua a ser uma das mais comuns obras da
carne. Ela não tem lugar na vida de uma pessoa que está verdadeiramente sob o
comando de Deus.
Glutonarias (21) é uma palavra que nos
recorda que o excesso, mesmo em coisas que não são inerentemente más, pode ser
errado. Não é errado comer, mas comer sem se conter é errado. A pessoa que não
pode recusar comida não está mostrando o autodomínio que Deus exige de nós.
E Coisas Semelhantes
Esta não
é uma lista completa de todos os pecados possíveis que uma pessoa pode cometer.
Paulo está simplesmente dando exemplos para ilustrar a diferença entre a pessoa
que é governada pelo Espírito e aquela que é uma escrava das paixões carnais.
Ele nos está desafiando a retirar estas coisas de nossas vidas para que
possamos viver e andar no Espírito.
A Conseqüência do Servir à Carne
Paulo não
deixa dúvida em seu comentário final, no versículo 21: ". . . a
respeito das quais eu vos declaro, como já, outrora, vos preveni, que não
herdarão o reino de Deus os que tais cousas praticam". Há uma ligação
inegável entre nossa conduta e nossa salvação eterna. A pessoa que não permite
ao Espírito mudar totalmente sua vida e remover tal carnalidade não receberá o
prêmio de um lar eterno com Deus. Devemos ser transformados de dentro para fora
(Romanos 12:1-2).
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