LIÇÕES BÍBLICAS CPAD
ADULTOS
1º Trimestre de 2017
Título: As Obras da Carne e o Fruto do Espírito — Como o crente pode vencer a verdadeira batalha espiritual travada diariamente
Comentarista: Osiel Gomes
Lição 4: Alegria, Fruto do Espírito; Inveja, hábito da Velha Natureza
Data: 22 de Janeiro de 2017
TEXTO ÁUREO
“Regozijai-vos, sempre, no Senhor; outra vez digo: regozijai-vos” (Fp 4.4).
VERDADE PRÁTICA
A alegria, fruto do Espírito, não depende de circunstâncias.
LEITURA DIÁRIA
Segunda — Pv 14.30
A inveja faz a alma adoecer
Terça — Gn 30.1
A inveja gera rivalidades e prejudica os relacionamentos
Quarta — Pv 3.31
Não tenhas inveja do homem violento
Quinta — Rm 13.13
Não ande em dissoluções, nem contendas e inveja
Sexta — 1Co 3.3
Não seja um crente invejoso
Sábado — Tg 3.14
Não dê lugar a inveja em seu coração
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
João 16.20-24.
20 — Na verdade, na verdade vos
digo que vós chorastes e vos lamentareis, e o mundo se alegrará, e vós
estareis tristes; mas a vossa tristeza se converterá em alegria.
21 — A mulher, quando está para
dar à luz, sente tristeza, porque é chegada a sua hora; mas, depois de
ter dado à luz a criança, já se não lembra da aflição, pelo prazer de
haver nascido um homem no mundo.
22 — Assim também vós, agora,
na verdade, tendes tristeza; mas outra vez vos verei, e o vosso coração
se alegrará, e a vossa alegria, ninguém vo-la tirará.
23 — E, naquele dia, nada me
perguntareis. Na verdade, na verdade vos digo que tudo quanto pedirdes a
meu Pai, em meu nome, ele vo-lo há de dar.
24 — Até agora, nada pedistes em meu nome; pedi e recebereis, para que a vossa alegria se cumpra.
HINOS SUGERIDOS
188, 351 e 400 da Harpa Cristã.
OBJETIVO GERAL
Explicar a alegria como fruto do Espírito e a inveja como obra da carne.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Abaixo, os objetivos específicos referem-se ao que o
professor deve atingir em cada tópico. Por exemplo, o objetivo I
refere-se ao tópico I com os seus respectivos subtópicos.
- I. Mostrar que Deus é a fonte da nossa alegria;
- II. Entender que a inveja traz muitos males para o invejoso;
- III. Saber que o crente tem a alegria do Espírito apesar das circunstâncias.
INTERAGINDO COM O PROFESSOR
Professor, na lição de hoje veremos a oposição
entre um aspecto do fruto do Espírito e uma das obras da carne: alegria
x inveja. A alegria do crente existe apesar das circunstâncias. Paulo,
mesmo aprisionado e acorrentado, estava cheio de alegria porque,
independente do que lhe acontecesse, Jesus estava com ele. Já a inveja e
o desejo de querer possuir o que o outro tem, pode levar a outros
pecados como adultério e assassinato; e dificilmente a pessoa admitirá o
seu pecado. Acabe foi um exemplo. Além de invejar e desejar a
propriedade de outra pessoa, ele se recusou a admitir o seu pecado
contra Deus pois estava cego pela inveja e pelo ódio. O rei acabou
cometendo um assassinato contra Nabote. Que a alegria seja evidenciada
em sua vida e a inveja não encontre oportunidade em seu coração.
COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
Na lição de hoje, estudaremos a alegria, como fruto
do Espírito, e a inveja, como obra da carne. Veremos que a alegria que
sentimos, e que é resultado do fruto do Espírito, não depende das
circunstâncias.Mesmo enfrentando dificuldades e tribulações, podemos ter
alegria em nosso coração. Estudaremos também a respeito da inveja, um
sentimento terrível que faz parte da natureza adâmica. Veremos que tal
sentimento não agrada a Deus e prejudica o próximo.
PONTO CENTRAL
O crente tem a alegria do Espírito apesar das circunstâncias.
I. FÉ PARA SUBIR O MONTE DO SACRIFÍCIO
1. A alegria do Senhor. A alegria, como fruto
do Espírito, não está relacionada às circunstâncias e não depende dos
bens materiais. No texto de João 16.20-24, Jesus afirma que daria uma
alegria permanente para os seus servos de maneira que nada, nesse mundo,
conseguiria tirá-la, nem mesmo a morte. A alegria do Espírito é um
estado de graça e de bem-estar espiritual que resulta da comunhão com
Deus. Quem tem a alegria do Espírito não tem espaço para o desânimo, a
melancolia e a inveja. Deus deseja que todos os seus servos sejam cheios
de alegria, “pois a alegria do Senhor é a nossa força” (Ne 8.10).
Zacarias profetizou acerca da entrada triunfal de Jesus, em Jerusalém,
dizendo que tal ato traria alegria (Zc 9.9); Paulo incitava os crentes a
serem alegres em todo o tempo (Fp 4.4) e o salmista incentiva o povo a
servir a Deus com alegria (Sl 100.2). A maior alegria do crente está no
fato de que seu nome já foi escrito no Livro da Vida e que Jesus em
breve voltará.
2. A fonte da nossa alegria. Deus é a fonte
da nossa alegria e de todas as dádivas que recebemos (Tg 1.17). O melhor
presente que o Senhor já nos concedeu foi à vinda de Jesus a este mundo
e o seu sacrifício, na cruz, para perdão dos nossos pecados (Jo 3.16).
Talvez você esteja enfrentando uma situação difícil e, por isso, está
com o seu coração triste e pesaroso. Mas creia que o Deus que não poupou
o seu próprio Filho dará a você todas as coisas que necessita para sua
completa alegria no Espírito Santo (Rm 8.32). Os irmãos do primeiro
século, mesmo sofrendo, alegravam-se em Deus, e essa alegria deu-lhes
forças para enfrentar toda a sorte de perseguição. Paulo e Silas, depois
de serem açoitados e presos, cantavam hinos de louvor a Deus, mostrando
que não estavam tristes ou amargurados pelo sofrimento (At 16.24,25).
3. A bênção da alegria. Diante dos embates e
conflitos da vida, o crente em Jesus Cristo não perde a paz nem a
alegria, pois o seu regozijo vem da comunhão com o Pai. Essa comunhão é
estabelecida mediante a oração, a leitura da Palavra e o jejum. O crente
vive por fé e não por circunstâncias. O profeta Habacuque declarou que
ainda que não houvesse provisão, ele se alegraria no Senhor e o
exaltaria (Hb 3.17,18). Pertencer ao Senhor e receber da sua alegria é
um grande privilégio que nos leva a exaltar e adorar ao Senhor em todo o
tempo.
SÍNTESE DO TÓPICO (I)
A alegria resulta de ter o Espírito Santo.
SUBSÍDIO TEOLÓGICO
“O fruto do Espírito é a obra
espontânea do Espírito Santo em nós. O Espírito produz esses traços de
caráter que são encontrados em Cristo, e que são o resultado do controle
de Cristo — não podemos obtê-los tentando consegui-los sem a Sua ajuda.
Se quisermos que o fruto do Espírito cresça em nós, devemos unir a
nossa vida à dEle (veja Jo 15.4,5). Devemos conhecê-lO, amá-lO,
lembrá-lO e imitá-lO. Como resultado, cumpriremos o propósito da lei —
amar a Deus e aos homens. Quais dessas qualidades você quer que o
Espírito produza em você?” (Manual da Bíblia de Aplicação Pessoal. RJ: CPAD, 2013, p.41,42).
II. INVEJA, O DESGOSTO PELA FELICIDADE ALHEIA
1. Definição. Segundo o Dicionário Bíblico Wycliffe “a palavra grega phthonos,
que designa inveja” é utilizada em todo o Novo Testamento. A inveja é
uma dor intensa (interior), diante do sucesso do próximo. Dor diante
daquilo que é bom para o outro, por isso, Provérbios 14.30 diz que “a
inveja é a podridão dos ossos”. O invejoso se amargura e adoece
emocionalmente pelo fato de ele não ter o que a outra pessoa tem. A
inveja faz com que as pessoas se utilizem de atitudes mesquinhas e
malévolas para prejudicar o outro. Definitivamente, a inveja é um
sentimento negativo que pertence à natureza adâmica. Esse sentimento
perverso tem a sua origem em Satanás, pois ele tentou ser semelhante a
Deus (Is 14.12-20).
2. Inveja, fruto da velha natureza.
Aprendemos em Gálatas 5.21 que a inveja é obra da carne. Uma pessoa
dominada pela carne não mede esforços para degradar as qualidades boas
existentes em outras pessoas. Infelizmente, muitos crentes ainda se
deixam dominar por esse sentimento e acabam prejudicando a Igreja do
Senhor e impedindo até que algumas pessoas se convertam. Que o Senhor
livre os nossos corações dessa motivação perversa.
3. Os efeitos da inveja. A inveja jamais
trará bons resultados, pois é nociva e destruidora. Esse sentimento leva
as pessoas a cometerem toda a sorte de maldade. Tomemos como exemplo os
irmãos de José. Foi por inveja que eles o venderam como escravo aos
mercadores (Gn 37.28). Alguns dos conflitos existentes entre Raquel e
Lia também surgiram por causa da inveja de Raquel (Gn 30.1). A inveja
que Saul passou a alimentar em relação a Davi levou-o a adoecer mental e
espiritualmente (1Sm 18.7,8). Fez também com que ele perseguisse e
desejasse matar a Davi (1Sm 18.10,11). Quantos não estão sendo também
perseguidos e até “mortos” pela inveja. Ela separa os irmãos, destrói as
famílias e igrejas.
Em o Novo Testamento, vemos que o Filho de Deus foi
preso e levado a Pilatos por inveja dos sacerdotes (Mt 27.18). Paulo
alertou a Timóteo e a Tito a respeito desse sentimento nefasto (1Tm 6.4;
Tt 3.3). A inveja é obra da carne e somente encontra guarida nos
corações daqueles que ainda são dominados pela velha natureza e não pelo
Espírito Santo.
SÍNTESE DO TÓPICO (II)
A inveja pode facilmente levar a outros pecados e demonstra falta de confiança em Deus.
SUBSÍDIO DIDÁTICO
“Cobiçar é desejar a
propriedade de outras pessoas. Não devemos fixar nossos desejos em nada
que pertença a outra pessoa. Não apenas esses desejos nos fariam
infelizes, como também pode nos levar a cometer outros pecados, como
adultério e roubo. Invejar os outros é um exercício inútil, porque Deus
pode propiciar tudo o que realmente necessitamos, mesmo se não nos der
sempre tudo o que queremos. Para deixar de cobiçar, precisamos praticar o
contentamento com o que temos. O apóstolo Paulo enfatiza a importância
do contentamento em Filipenses 4.11. É uma questão de perspectiva. Em
vez de pensar no que não temos, devemos agradecer a Deus pelo que Ele
nos deu, e nos esforçar para ficar satisfeitos. Afinal, o nosso bem mais
importante é gratuito e está disponível a todos — a vida eterna, que só
é dada por Cristo” (Manual da Bíblia de Aplicação Pessoal. RJ: CPAD, 2013, p.462).
CONHEÇA MAIS
“Gozo
A palavra grega chara,
que traduzimos por ‘gozo’ ou alegria, inclui a ideia de um deleite
ativo. Paulo fala em regozijar-se na verdade (1Co 13.6). O termo também
está estreitamente ligado à esperança. Paulo fala em regozijar-se na
esperança (Rm 12.12). É a expectativa positiva de que Deus está operando
na vida dos nossos irmãos na fé, uma celebração da nossa futura vitória
total em Cristo. A alegria é o âmago da adoração. Os deveres pesados
são transformados em deleite, o ministério é elevado a um plano mais
alto e a operação dos dons torna-se cintilante com essa alegria. Para
conhecer mais, leia Teologia Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal, CPAD, p.489.
III. A ALEGRIA DO ESPÍRITO É PARA SER VIVIDA
1. A alegria no viver. Não tenha medo de
sorrir e de desfrutar da felicidade que Cristo nos oferece. Não se
esqueça de que Jesus veio ao mundo para nos dar vida abundante, mesmo
enfrentando tribulações (Jo 10.10). O Senhor Jesus disse que, no mundo,
teríamos aflições, mas Ele nos exortou a ter bom ânimo (Jo 16.33). Jesus
deseja que tenhamos vitória sobre as aflições e tristezas.
2. Alegria no servir. Servir a Deus e ao
próximo é um privilégio, por isso, o fazemos com alegria (Sl 100.2).
Muitos querem ser servidos, mas precisamos seguir o exemplo do Mestre.
Ele declarou que não veio ao mundo para ser servido, mas para servir (Mc
10.45). Jesus serviu aos seus discípulos, aos pobres e necessitados.
Sua alegria e desprendimento para o serviço era resultado da sua
comunhão com o Pai. O Todo-Poderoso também se alegrou com as obras do
Filho (Mt 3.16,17).
3. Alegria no contribuir. Você tem entregue
seus dízimos e ofertas com alegria? Contribuir para a expansão do Reino
de Deus é uma alegria e um privilégio. Paulo ensinou aos coríntios a
contribuírem não com tristeza ou por obrigação, mas com alegria, pois
Deus ama ao que oferta com contentamento (2Co 9.7). O que agrada ao Pai
não é o valor da nossa contribuição, mas a disposição do nosso coração
(Lc 21.1-4). Nossas ofertas e dízimos são uma forma de louvor e gratidão
a Deus por tudo que Ele fez, tem feito e fará em nosso favor.
Não entregue suas ofertas para ser visto pelos
homens ou para barganhar com Deus, buscando ser abençoado de alguma
forma. Entregue a Deus o seu melhor com alegria, pois você já foi e é
abençoado por Deus. O Senhor merece o nosso melhor.
SÍNTESE DO TÓPICO (III)
Viver a alegria do Espírito em sua plenitude é uma dádiva da vida do crente.
SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO
“O contentamento é um dom de Deus
Você está satisfeito, a
despeito das circunstâncias que enfrente? Paulo sabia como ficar
contente, quer tivesse abundância ou estivesse em necessidade. O segredo
era buscar a força e a resistência no poder de Deus. Você tem grandes
necessidades ou está descontente porque não tem o que deseja? Aprenda a
confiar nas promessas de Deus e no poder de Cristo para ajudar você a
ficar satisfeito e contente. Se você sempre quer mais, peça que Deus
remova esse desejo e lhe ensine o contentamento em cada circunstância.
Ele suprirá todas as suas necessidades, mas de uma maneira que Ele sabe
que é melhor para você. [...] Paulo estava contente e satisfeito, porque
podia ver a vida do ponto de vista de Deus. Ele se concentrava no que
deveria fazer e não no que achava que deveria ter. Paulo tinhas as
prioridades corretas e era grato por tudo o que Deus lhe dera. Ele havia
se separado do que não era essencial, para que pudesse se concentrar no
que é eterno” (Manual da Bíblia de Aplicação Pessoal. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2013, pp.163,164).
CONCLUSÃO
Que a alegria, como fruto do Espírito, seja
derramada em nossos corações, mesmo enfrentando lutas e tribulações e
que jamais venhamos permitir que a inveja tenha lugar em nossos
corações. Que amemos a Deus e ao próximo, alegrando-nos com o seu
sucesso.
PARA REFLETIR
A respeito da alegria, fruto do Espírito e da inveja; hábito da velha natureza, responda:
Segundo a lição, o que é a alegria do Espírito?
A alegria do Espírito é um estado de graça e de bem-estar espiritual que resulta da comunhão com Deus.
Qual é a fonte de nossa real alegria?
Deus é a fonte da nossa alegria e de todas as dádivas que recebemos.
Defina inveja.
A inveja é uma dor intensa
(interior), diante do sucesso do próximo; “a inveja é a podridão dos
ossos”. Definitivamente, a inveja é um sentimento negativo que pertence à
natureza adâmica.
A inveja é resultado do quê?
A inveja é fruto da velha natureza.
Como deve ser a nossa contribuição?
Devemos contribuir não com tristeza ou por obrigação, mas com alegria, pois Deus ama ao que oferta com contentamento.
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