ALBERTO ARAÚJO é presbítero da Igreja Evangélica Assembleia de Deus em Cuiabá -MT, professor de EBD e Teologia, publicitário, blogueiro, varios cursos biblicos por diversos institutos e escolas de teologia e biblica do Brasil, entre elas, Academia de Pregadores, etc. teólogo preliminar pela FATEBOM/SP, teólogo básico e médio pela ETC, curso de gestão acadêmica pela UFMT, pós-graduado em Gestão Ambiental /UFMT, especialista em Gestão Pública /UFMT, Especialista em Politicas Públicas / UFMT.
segunda-feira, 6 de fevereiro de 2017
EBD 2017 - BENIGNIDADE: UM ESCUDO PROTETOR CONTRA AS PORFIAS
LIÇÕES BÍBLICAS CPAD ADULTOS 1º
Trimestre de 2017
Título: As Obras da Carne e o Fruto do
Espírito — Como o crente pode vencer a verdadeira batalha espiritual travada
diariamente
Comentarista: Osiel
Gomes
Lição 7:
Benignidade: Um escudo protetor contra as porfias
TEXTO ÁUREO
“Antes,
sede uns para com os outros benignos, misericordiosos, perdoando-vos uns aos
outros, como também Deus vos perdoou em Cristo” (Ef 4.32).
VERDADE PRÁTICA
A
benignidade na vida do crente torna-o uma testemunha do amor de Deus.
LEITURA DIÁRIA
Pv 21.21 A
benignidade confere vida longa, justiça e honra
Rm 15.14 Benignidade
entre os irmãos
Cl 3.12 Revesti-vos
de toda benignidade
Rm 13.10 O
benigno não faz mal ao próximo
2Sm 22.26
Deus é favorável ao benigno
Gl 5.22 A
benignidade é fruto do Espírito
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Colossenses
3.12-17.
12 — Revesti-vos, pois, como
eleitos de Deus, santos e amados, de entranhas de misericórdia, de benignidade,
humildade, mansidão, longanimidade, 13 — suportando-vos uns aos
outros e perdoando-vos uns aos outros, se algum tiver queixa contra outro;
assim como Cristo vos perdoou, assim fazei vós também.
14 — E, sobre tudo isto,
revesti-vos de amor, que é o vínculo da perfeição.
15 — E a paz de Deus, para a qual
também fostes chamados em um corpo, domine em vossos corações; e sede
agradecidos.
16 — A palavra de Cristo habite em
vós abundantemente, em toda a sabedoria, ensinando-vos e admoestando-vos uns
aos outros, com salmos, hinos e cânticos espirituais; cantando ao Senhor com
graça em vosso coração.
17 — E, quanto fizerdes por
palavras ou por obras, fazei tudo em nome do Senhor Jesus, dando por ele graças
a Deus Pai.
HINOS SUGERIDOS
5,
75 e 432 da Harpa Cristã.
OBJETIVO GERAL
Mostrar
que a benignidade é um aspecto do fruto do Espírito e que a porfia é obra da
carne.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Abaixo, os objetivos específicos referem-se ao que
o professor deve atingir em cada tópico. Por exemplo, o objetivo I refere-se ao
tópico I com os seus respectivos subtópicos.
·
I. Reconhecer que a benignidade se fundamenta
no amor;
·
II. Mostrar que a porfia se fundamenta na
inveja e no orgulho;
·
III. Explicar porque precisamos nos revestir
de benignidade.
INTERAGINDO COM O PROFESSOR
Na lição de hoje estudaremos a benignidade como um
aspecto do fruto do Espírito. Vivemos em uma sociedade onde temos visto o
avanço da maldade e da violência. O mundo, que jaz no Maligno, está carente de
pessoas benignas. Esse fruto nos ajuda a identificar aqueles que são discípulos
de Cristo. Como saber se estamos diante de um crente verdadeiro? Observe se sua
fala e atitudes revelam bondade. Quem já experimentou do amor de Cristo é
benigno, pois a salvação é resultado da bondade e graça do Pai. Fomos salvos
por sua graça, sua bondade.
Incentive seus alunos a desenvolverem esse fruto,
mesmo vivendo em um mundo hostil e mau, pois somente sendo benignos poderemos
revelar o amor do Pai ao mundo. Lembre-se que antes das pessoas olharem para
Cristo, elas vão olhar para você, para suas atitudes e ações.
COMENTÁRIO
/ INTRODUÇÃO
Na lição de hoje estudaremos mais um aspecto do
fruto do Espírito, a benignidade e mais um aspecto das obras da carne, a
porfia. Veremos que o crente cheio do Espírito tem um coração benigno e procura
ter relacionamentos saudáveis, evitando discussões, disputas e polêmicas. O
conselho de Paulo a Timóteo foi para que ele fugisse das discussões, polêmicas
e debates acerca da lei, pois tais discussões são inúteis e não acrescentam
nada à fé dos irmãos (Tt 3.9).
PONTO CENTRAL
A benignidade é um antídoto contra a porfia.
I. A BENIGNIDADE
FUNDAMENTA-SE NO AMOR
1. O que é benignidade? Você
conhece o significado dessa palavra? Benignidade significa índole boa, bom
caráter; benevolência, humanidade e bondade. No crente, essas características
não são o resultado de uma boa formação acadêmica ou de uma família funcional.
É o resultado do fruto do Espírito. Não conseguimos ser bondosos pelo nosso
próprio esforço. A bondade que estamos estudando vem de Deus, pois Ele é a
fonte de toda benevolência e amor (1Jo 4.8). Deus é amor, logo, a benignidade é
uma das características do crente.
2. Jesus, exemplo de benignidade. Jesus,
como homem perfeito, é o nosso maior exemplo de benignidade e amor (Jo 3.16).
Ele amou os ricos e os pobres e sempre ajudou a todos que foram até Ele, como
por exemplo, a mulher cananeia cuja filha estava miseravelmente endemoninhada
(Mt 15.21-28). A princípio, parece que Jesus não estava se importando com o
clamor daquela mãe. Porém, o Mestre estava testando a fé daquela mulher. Jesus
mesmo declarou: “Ó mulher, grande é a tua fé” (Mt 15.28). Jesus, em sua
bondade, não se prendeu a debates religiosos ou políticos, pois sabia que a sua
missão era salvar e resgatar os que estavam perdidos (Lc 19.10).
3. A benignidade na prática. O
evangelista Billy Graham disse que é muito fácil ser indelicado e impaciente
com os que erram e falham. É fácil ser bondoso e gentil com quem nos trata bem,
mas precisamos ser benignos com aqueles que erram, tropeçam e ainda nos tratam
mal. Para isso, precisamos ser cheios do Espírito Santo (Ef 5.18). A Terceira Pessoa
da Trindade, habitando em nosso interior, nos leva a ser bondosos em todas as
circunstâncias. Muitas pessoas rejeitam o cristianismo porque alguns cristãos
não amam como o seu Mestre. Jesus foi gentil para com os publicanos e os
pecadores. Ele se assentava e comia com essas pessoas (Mt 9.11,12). O Mestre
também fez questão de pousar na casa do publicano Zaqueu (Lc 19.1-10). Os
publicanos, por serem os cobradores de impostos, eram odiados pelo povo, pois
em geral, cobravam mais do que as pessoas deviam. Na cruz, Jesus demonstrou
benignidade ao atender o pedido de um salteador (Lc 23.42,43).
SÍNTESE DO TÓPICO (I)
A benignidade, fruto
do Espírito, está fundamentada no amor.
SUBSÍDIO TEOLÓGICO
“A palavra benignidade em
Gálatas 5.22 é tradução do termo grego cherestotes, que significa bondade como qualidade de pureza e também como
disposição afável de caráter e atitudes. Abrange ternura, compaixão e brandura.
Em Mateus 11.30, a palavra chrestotes é usada para descrever o jugo de Jesus. Ele disse: ‘Porque o meu jugo é
suave [chrestos], e o meu fardo é
leve’. O jugo de Cristo fala do desenvolvimento de uma vida disciplinada
através da obediência, submissão, companheirismo, serviço e cooperação. É uma
relação cortês, gentil e aprazível (benigna) porque está baseada no compromisso
e amor, e não na força e servidão. Temos um Mestre a quem servir, porque o
amamos, e também servimos uns aos outros em razão de nosso amor por Ele. Servir
sem amor é intolerável — servir por amor é o mais alto privilégio.
A palavra chrestos também é usada em Lucas 5.39 para descrever o vinho velho, que é melhor
ou doce. Não há amargura nesse vinho. Esta ideia nos ajuda a entender melhor o
que o apóstolo Paulo nos diz em Efésios 4.31,32 e 5.1,2” (GILBERTO, Antonio. O
Fruto do Espírito: A plenitude de Cristo na vida do crente. 2ª
Edição. RJ: CPAD, p.90).
CONHEÇA MAIS
“Porfia
Erithia denota ambição,
egoísmo, rivalidade, sendo voluntariosidade a ideia subjacente na palavra; por
conseguinte, denota ‘fazedor de partidos de divisões’. É derivado, não de éris, ‘discussão’, mas de erithos, ‘mercenário, pessoa capaz de tudo por dinheiro’; por conseguinte, o
significado de ‘buscar ganhar seguidores’, facções, ‘porfias, contendas’. É
traduzido em 2 Coríntios 12.20 por ‘porfias’, não é improvável que o
significado aqui seja rivalidade ou ambições vis (todas as outras palavras na
lista expressam ideias abstratas em vez de facções). Também ocorre em Gálatas 5.20;
Fp 1.17; 2.3; Tg 3.14,16. Em Romanos 2.8 é traduzido como adjetivo,
‘contencioso’”. Para conhecer mais leia, Dicionário Vine, CPAD, p.884.
II.
A PORFIA FUNDAMENTA-SE NA INVEJA E NO ORGULHO
1. Inimizade e porfia. Embora
estas duas palavras pareçam ter o mesmo significado, elas são distintas.
Segundo o Dicionário Houaiss, inimizade é ódio, indisposição e
malquerença; porfia significa contendas de palavras, discussão, disputa e
polêmica. Embora tenham significados distintos, elas são obras da carne, da
velha natureza, por isso, devemos fugir de tais ações (Gl 5.20,21).
2. Evódia e Síntique. Eram
irmãs valorosas que serviam a Deus na igreja de Filipos (Fp 4.2). Tudo indica
que essas irmãs se deixaram levar pela velha natureza e estavam envolvidas em
alguma porfia. Não sabemos ao certo o motivo da diferença entre elas. Alguns
autores dizem que foram questões pessoais, outros que se tratava de uma disputa
por questões eclesiásticas. Porém, tal atitude era reprovável. Então, Paulo
exorta ambas para que acabem de uma vez por todas com as diferenças. O
apóstolo, como líder daquela igreja, não procurou saber quem estava com a
razão, mas com amor e firmeza ordenou que elas parassem com tal atitude. Em
meio às porfias não existem vencedores. Todos acabam perdendo e dando lugar ao
Diabo (Ef 4.27).
3. Miriã e Arão. Moisés havia sido escolhido pelo
Senhor para conduzir o seu povo até Canaã, e uma das suas características mais
marcantes era a mansidão e a humildade (Nm 12.3). Todo líder precisa dessas
duas características para que tenha uma liderança bem-sucedida. Certo dia,
Miriã e Arão, irmãos de Moisés, ficaram indignados pelo fato de ele ter se casado
com uma mulher cuxita (Nm 12.1). Eles não estavam preocupados com Moisés, mas,
por trás da porfia, também havia outro sentimento, a inveja. Eles certamente
desejavam a liderança do irmão. Um sentimento carnal traz consigo outros
sentimentos, despertando o que há de pior em cada pessoa. As consequências da
inveja e da porfia foram terríveis para Miriã e para todo o povo, pois tiveram
que ficar retidos, em um lugar, até que Miriã pudesse se ajuntar novamente à
congregação (Nm 12.15). Tenha cuidado com a porfia, pois ela trará prejuízos a
você e ao povo de Deus.
SÍNTESE DO TÓPICO (II)
A porfia é obra da
carne e se fundamenta na inveja e no orgulho.
SUBSÍDIO TEOLÓGICO
“Porfia
Erithia ou eritheia denota ‘ambição,
egoísmo, rivalidade’, sendo voluntariosidade a ideia subjacente na palavra; por
conseguinte, denota ‘fazedor de partido de divisões’. É derivado, não de eris, ‘discussão’, mas de erithos, ‘mercenário, pessoa capaz de tudo por dinheiro’; por conseguinte, o
significado de ‘buscar ganhar seguidores’, ‘facções, porfias, contendas’. É
traduzido em 2Co 12.20 por ‘porfias’, não é improvável que o significado aqui
seja rivalidade ou ambições vis (todas as outras palavras na lista expressam
idéias abstratas em vez de facções). Também ocorre em Gl 5.20; Fp 1.17; 2.3; Tg
3.14,16. Em Rm 2.8, é traduzido como adjetivo, ‘contencioso’. A ordem
‘pendências, invejas, iras, porfias’, é a mesma em 2Co 12.20 e Gl 5.20. A
‘porfia’ é fruto do ciúme. Contraste com o adjetivo sinônimo hairetikos, que ocorre em Tt 3.10, ‘faccioso’ (ARA), que causa divisão, não
necessariamente ‘herege’ (RC), no sentido de manter falsa doutrina” (Dicionário
Vine: O significado exegético e expositivo das palavras do Antigo e do
Novo Testamento. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2002, pp.884-85).
III. REVISTAMO-NOS DE
BENIGNIDADE
1. Retirando as vestes velhas. Paulo
exorta os crentes de Colossos a se despirem da velha natureza, deixando de lado
a ira, a malícia, a maledicência e as palavras torpes (Cl 3.8). Como filhos de
Deus, precisamos nos revestir de vestes novas, ou seja, novas atitudes, a fim
de anunciar ao mundo a benignidade de Deus (1Pe 2.9). Vivemos neste mundo, mas
não podemos nos conformar com a sua maneira de viver e pensar (Rm 12.1).
Precisamos de santidade, pois sem ela jamais poderemos agradar ao Senhor e nem
vê-lo (Hb 12.14).
2. Sede benignos. A benignidade é um antídoto e um
escudo contra as porfias. Tornamo-nos benignos porque fomos perdoados e
justificados por Jesus Cristo e agora o Espírito Santo habita em nós e nos
ajuda a viver de modo santo e justo. Fomos perdoados por Cristo. Por isso,
precisamos também conceder o perdão àqueles que nos ofendem e magoam (Mt
6.12,14,15). De certa forma, é até fácil agir com bondade com aqueles que agem
conosco dessa mesma forma, mas precisamos ser benignos com aqueles que nos
odeiam e nos maltratam. Jesus nos ensinou a amarmos até mesmo os nossos
inimigos (Mt 5.44).
3. Imitando a conduta de Paulo. O apóstolo
Paulo tinha uma vida ilibada, e como líder, era um exemplo para os crentes de
Corinto. Sua maneira de viver era tão santa que ele desafiou os crentes a serem
seus imitadores (1Co 11.1). Sua família, seus amigos e seus irmãos em Cristo
podem imitar seus atos e suas ações? Paulo seguia o exemplo de Jesus.
Precisamos também seguir o exemplo do Mestre e nos tornarmos semelhantes a Ele.
Não podemos nos esquecer que ser cristão é ser semelhante a Cristo. Jesus deve
ser o padrão para o nosso viver. Ele tinha uma vida social intensa; ia a
casamentos (Jo 2.1-12), jantares na casa dos amigos (Jo 12.1-11), mas não se
deixou seduzir pelas coisas desse mundo.
SÍNTESE DO TÓPICO (III)
O crente precisa se
revestir de benignidade.
SUBSÍDIO TEOLÓGICO
“Cristo é nosso
exemplo de como andar em amor, como oferta de cheiro perfumado. As ofertas pelo
pecado descritas no Antigo Testamento não eram perfumadas. Mas isto é dito
acerca de Jesus, nossa oferta pelo pecado, que se deu em ternura, compaixão e
brandura, porque Ele nos amou. Jesus demonstrou em sua forma mais elevada o
significado de ser benigno e misericordioso uns para com os outros. É por isso
que para o apóstolo Paulo Ele era a oferta de cheiro perfumado, oferecida em
amor.
Em 1 Pedro 2.3, a versão Almeida
Revista e Atualizada traduz o termo grego chrestotes (ou chrestos) por ‘bondoso’; ‘Se é que já tendes a experiência de que o Senhor é
bondoso’. Referência semelhante no Antigo Testamento ocorre em Salmos 34.8:
‘Provai e vede que o Senhor é bom’, o que fala de brandura. Estes versículos
bíblicos dizem respeito a experimentar de modo pessoal a benignidade de Deus”
(GILBERTO, Antonio. O fruto do Espírito: A plenitude de Cristo na
vida do crente. 2ª Edição. RJ: CPAD, 2004, p.91).
CONCLUSÃO
Se realmente desejamos expressar um
cristianismo vivo, autêntico, precisamos excluir do nosso meio as porfias, pois
são obras da carne e maculam corpo de Cristo. Precisamos seguir o exemplo de
Jesus Cristo, que, com sua benignidade, atraía as pessoas para se reconciliarem
com Deus. Jesus manifestou sua benignidade curando os enfermos, libertando os
oprimidos pelo Diabo e morrendo na cruz pelas nossas ofensas e delitos.
PARA
REFLETIR
A respeito da benignidade, um escudo
protetor contra as porfias, responda:
O que é benignidade?
Benignidade significa índole boa, bom
caráter; benevolência, humanidade e bondade.
Quem é a fonte de toda benignidade?
Deus
é a fonte de toda bondade.
Por que os publicanos eram odiados pelo povo?
Os publicanos, por serem os cobradores
de impostos, eram odiados pelo povo, pois em geral, cobravam mais do que as
pessoas deviam.
Segundo a lição, a porfia se fundamenta em quê?
Fundamenta-se
na inveja e no orgulho.
Cite dois exemplos bíblicos de porfia na igreja de Filipos.
Evódia
e Síntique.
SUBSÍDIOS ENSINADOR CRISTÃO
Benignidade, um escudo protetor contra as porfias
Ao longo dos Evangelhos, nosso Senhor nos ensina, a
partir de seu exemplo, como tratar pessoas que tinham algum desvio moral grave.
Em nenhum momento nosso Senhor chegou a detratá-las, condenando-as
sumariamente. Embora o mestre de Nazaré jamais tenha corroborado com os pecados
dessas pessoas, pois muitas vezes ele afirmava “não peques mais”, Jesus as
tratavas com muita benevolência, humanidade e bondade. Isso é ser benigno!
Sobre a
benignidade
O termo benignidade remonta a ideia de
generosidade, isto é, uma sensibilidade emocional e espiritual para com os
outros. E a ideia de discernir o limite de carga de cada pessoa, ajudá-la a
aliviá-la. Esse é o sentido de benignidade em Galátas 5.22. Quantas pessoas que
nos deparamos estão com uma carga pesadíssima em suas vidas?! Às vezes, com o
histórico de erros cometidos no passado, cuja última coisa que elas precisam é
de um tratamento desrespeitoso e sem misericórdia. Por isso devemos ser
generosos em anunciar o Evangelho ao pecador, com ternura, compaixão e muito
respeito, fazendo tudo no “espírito” do Evangelho.
Sobre a
porfia
Diferentemente da benignidade, porfiar é discutir,
disputar, polemizar, demonstrar superioridade ao outro. Não por acaso, a porfia
está fundamentada no orgulho e na inveja. É uma obra eminentemente da nossa
velha natureza. Por isso, o único antídoto para não cair na cilada da porfia é
firmar um compromisso verdadeiro de imitar a Cristo em tudo. Ora, se olharmos
para o Evangelho de nosso Senhor, constatamos que Jesus Cristo sempre evitou a
discussão, a disputa, a polêmica, o que não significava ensinar sem convicção e
autoridade. Pelo contrário, o exemplo de Jesus era tão retumbante que era
impossível as pessoas não se sensibilizarem pela sua benignidade.
Num tempo onde as pessoas não têm muita paciência
com as outras, desejam por qualquer motivo sobrepor a opinião das outras
pessoas, é importantíssimo olhar para o Evangelho de Jesus, compreendê-lo e
aplicá-lo na vida. Os filhos da Igreja precisam ser amados e bem cuidados para
glória de Deus. As pessoas que abordamos nas ruas para falarmos do amor de Deus
precisam estar em contato direto com esse fruto do Espírito manifestado em
nossa vida. Deus abençoe!
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