sexta-feira, 11 de janeiro de 2019

SETE VERDADES SOBRE A TENTAÇÃO


SETE VERDADES SOBRE A TENTAÇÃO

Base Bíblica: Tg 1.13-15
“Ninguém, ao ser tentado, diga: Sou tentado por Deus; porque Deus não pode ser tentado pelo mal e ele mesmo a ninguém tenta.”

Alvo da lição:
Saber: identificar a tentação como algo vindo de dentro de si.
Sentir: estar atento às próprias tentações.
Agir: aplicar o domínio próprio e fugir dos desejos malignos.

Meditação diária:
Tg 1.13-15
1Co 10.11-13
Mt 4.1-11
Hc 1.12-2.5
Mt 15.10-11
Gl 5.22-23
Pv 5.22-23

Vamos estudar Tiago 1, do versículo 13 ao 15, que trata a respeito da tentação. É importante observar, porém, o versículo 12, que enfatiza a necessidade de perseverar na provação para ser aprovado. Nesse versículo, a palavra grega que é traduzida em algumas versões como “prova­ção” tem a mesma raiz da palavra “tentação” do versículo 13. Aqui, podemos dizer que provação e tentação têm o mesmo significado. A diferença entre as duas está no fato de que a origem e o objetivo de cada uma são diferentes. A provação vinda de Deus terá sempre o objetivo de nos fortalecer e fazer crescer. Já a tentação tem origem na cobiça e pode ser induzida pelo diabo; o objetivo dela é o de nos fazer cair e pecar. Conforme João 10.10, o diabo vem somente para roubar, matar e destruir. Por isso, é importante conhecer o que é tentação.

1. Verdades sobre a natureza da tentaçăo (Tg 1.13-14)
1.1 Inevitável
As principais versões da Bíblia em língua portuguesa indicam que to­dos passarão por tentações (Tg 1.13). A questão não é “se”, mas “quando” vamos ser tentados. Nem uma tradução portuguesa cogita como possibi­lidade, elas afirmam “quando for tentado”. O nosso primeiro desafio em relação à tentação é entender que estamos sujeitos a ela a todo momento. Precisamos prestar atenção continuamente. Ninguém pode dizer que não passa por tentação, pois é naturalmente humana. “Não vos sobreveio tentação que não fosse humana” (cf. 1Co 10.13). “Aquele, pois, que pensa estar em pé veja que não caia” (cf. 1Co 10.12).

1.2 Maligna
A afirmação de que Deus não pode ser tentado pelo mal salienta o caráter bondoso de Deus. A natureza santa de Deus é solidificada no bem, e o mal é incapaz de seduzi-Lo. Habacuque 1.13 revela que a bondade de Deus é inabalável, a ponto de Ele sequer poder olhar o mal. Tiago afirma no versículo 13 que “Deus não pode ser tentado pelo mal”.
Entendamos que, ainda que o diabo tente uma pessoa, ela só cairá se ceder. A tentação surge da cobiça, e isso é inviável para Deus. Ele é o Dono de tudo (cf. Sl 24.1), de forma que não há o que cobiçar. Além disso, o décimo mandamento de Deus diz: “Não cobiçarás” (Êx 20.17), e Deus não pode negar a Si mesmo (cf. 2Tm 2.13). A tentação, sendo o caminho do mal, é totalmente contrária à natureza de Deus.

1.3 Humana
Deus não é o responsável pela tentação; Ele não tenta ninguém (Tg 1.13). A tentação tem por objetivo fazer pecar, induzir ao erro. Não lemos na palavra que Deus é o tentador, mas o diabo é assim chamado (cf. Mt 4.3 e 1Ts 3.5). Esse papel é do diabo, não de Deus. Imaginar que Deus nos induz ao mal é contrariar a natureza divina Dele. Deus é bom (cf. Sl 136.1).
No nosso desejo de nos livrar da culpa do pecado, acabamos cometendo outro erro: atribuir ao diabo todas as nossas culpas. Porém, embora o diabo seja chamado de tentador, a Bíblia atribui o problema à cobiça humana e não à tentação diabólica (Tg 1.14). Nenhum efeito teria a tentação diabólica se não houvesse a cobiça humana, pois, como vimos antes, não nos vem tentação que não seja humana e cada um é tentado pela própria cobiça.

1.4 Identificável
Embora o nome de “tentador” seja atribuído ao diabo, vimos que o maior problema da tentação não é o diabo, e sim os nossos desejos. Conforme Douglas J. Moo, em seu comentário sobre o livro de Tiago, a ideia de “atrair e seduzir” é “caçar e pescar”. É preciso atrair o animal para a armadilha, seduzir o peixe com a isca. Lembremo-nos de que o animal vai até a arma­dilha, e o peixe vai até o anzol atraído por uma necessidade legítima de se alimentar. Assim também, alguns desejos nossos têm fundamentos legítimos como o desejo de comer, beber, descansar, mas que podem se tornar pecaminosos se nos atraírem e nos seduzirem.
Moo ainda mostra que a palavra “cobiça”, traduzida algumas vezes como concupiscên­cia, vem do grego epithymia e pode algumas vezes significar um desejo legítimo como em Lucas 22.15 e Filipenses 1.23. Por isso, é importante exercitar o fruto do Espírito (Gl 5.23), que inclui o domínio próprio. Lembre-se de que as piores tentações são aquelas que estão ligadas às necessidades legítimas.
Quais áreas da sua vida você acredita serem inofensivas? Até mesmo as vontades do dia a dia podem ser ciladas para o pecado: namorar; divertir-se; ter dinheiro, amigos; sair; passear; viajar; ser popular. Na maioria das vezes, nós armamos essas ciladas para nós mesmos. Você sabe qual é a natureza de seus desejos, portanto, esteja alerta! Não subestime uma tentação!

2. Verdades sobre o caminho da tentaçăo (Tg 1.15)
2.1 Escala: pecado
A tentação se encarrega de anunciar, propagar, oferecer, estimular a prática do pecado. A cobiça é a mãe do pecado, ela o concebe e o dá à luz. Muitos alimentam a cobiça pensando que podem suportar a tentação. Assim, acabam por cair na armadilha da cobiça.
Sinônimo de “conceber”, neste contexto, é “consentir”, “permitir”. A partir do momento em que a pessoa consente ou permite a cobiça, estará naturalmente permitindo a entrada do pecado. E o pecado pode ser muito sutil. Se nos entregarmos aos prazeres da comida, poderemos nos tornar glutões; se consentirmos com a bebida alcoólica, poderemos ser domi­nados por ela; se nos deixarmos levar pelo descanso, poderemos nos tornar preguiçosos.

2.2 Destino: morte
O objetivo e a consequência final do pecado é sempre a morte. Foi assim desde o início com a serpente no jardim do Éden. Antes mesmo da consumação do pecado, a morte havia sido dada como sentença condenatória de Deus sobre o pecado (cf. Gn 2.17). No dia em que pecaram, Adão e Eva morreram espiritualmente (cf. Rm 5.12), pois foram separados da intimidade com Deus, que é a fonte da vida. A morte física veio depois para confirmar o que já havia ocorrido espiritualmente no ser humano. Pela falta de disciplina (obediência a Deus), ocorre a morte (Pv 5.22-23).

2.3 Alternativa: fuga
Precisamos resistir ao diabo, mas devemos fugir das nossas paixões (cf. Tg 4.7; 1Co 6.18; 2Tm 2.22). É muito difícil vencermos sozinhos o nosso próprio instinto. Paulo sentiu isso na pele. Por mais que ele quisesse fazer o bem, realizá-lo estava além de sua capacidade como ser humano (cf. Rm 7.15-25). A razão é que nossa natureza humana foi corrompida pelo pecado, e somente por meio do sacrifício de Jesus podemos ser purificados e deixar de ser escravos do pecado (cf. Rm 6.20,22).
Com Jesus, somos capazes de evitar o pecado, e a melhor forma de fazer isso diante de nossa própria cobiça é fugirmos. A cobiça só tem dois fins: ou é saciada, ou é abandonada. A melhor forma de abandonar a cobiça é afastar-se daquilo que é cobiçado. Ninguém nunca disse que tal atitude seria fácil. Jesus nos diz que existem dois caminhos a seguir: um que leva à vida; outro que leva à morte. O caminho da vida é apertado e difícil de entrar (cf. Mt 7.13-14); para o trilharmos, temos que estar dispostos a negar a nós mesmos (cf. Mt 16.24). Essa é a única rota de fuga da tentação.
O que você tem perdido por causa do pecado: sonhos, amigos, oportunidades, família, minis­tério? Quantas dessas coisas poderiam ter sido salvas se você abrisse mão de alguns desejos egoístas e buscado seguir o que Jesus nos ensinou? O momento certo para se arrepender e sair de um abismo é antes de cair nele. Antes que seja tarde demais.

Conclusăo
A tentação é um problema provocado por nós e não por Deus. O diabo é o tentador, mas está em nós cair na tentação e pecar. O desafio é reconhecer nossa vulnerabilidade, nossa fraqueza, e vencê-la. Não temos condições de enfrentar a tentação, pois somos fracos diante de nossos próprios desejos. Portanto, a única forma de vencer a tentação é fugir dela.
Mas fugir do que nos atrai exige força espiritual. Por isso precisamos buscar forças no único que foi tentado, mas nunca pecou: Jesus Cristo (cf. Hb 4.15). Alimentemo-nos da pa­lavra de Deus e cuidemos (cf. 1Tm.4.16), pois o mal que o tentador sugerir só terá efeito se nos deixarmos levar por ele!



Integração – Pecado, tentação e provação

 1. Pecado
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1.1. Definição
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·         Pecado é a transgressão da Lei de Deus.
Transgredir significa “ir além”, “violar”. Literalmente pecado significa “errar o alvo”.
Se o nosso alvo é fazermos a vontade de Deus dia após dia, toda vez que deixamos de fazer a Sua vontade em relação a Ele mesmo ou ao nosso próximo, estamos pecando.
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·         O que é fazer a vontade de Deus?
No Evangelho de João (15.14-17), encontramos a resposta a essa pergunta: “Vós sereis meus amigos se fizerdes o que Eu vos mando. Isto vos mando: que vos ameis uns aos outros.”
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1.2. Introdução
A Bíblia registra em Gênesis 1.31 que tudo quanto Deus fizera era bom.
Qualquer pessoa hoje, olhando ao seu redor e vendo a impiedade, a opressão, a guerra, a impureza, o sofrimento e a morte, verifica que nem tudo é bom.
Como explicar tanta distorção sofrida pelo homem e pelo mundo? O pecado é a explicação.
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1.3. A existência do pecado
Leia I Reis 8.46; Eclesiastes 7.20; I João 1.8.
Muitas teorias tentam negar ou diminuir a importância do pecado: ateísmo, determinismo, hedonismo (prazer) etc.
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1.4. A origem do pecado
Leia Gênesis 2,15-17 e 3. A árvore e o mandamento dos versos 16 e 17 do capítulo 2 representam um teste para o homem, no qual ele foi reprovado. Comparar com Deuteronômio 30.15.
Desde então, a natureza humana foi afetada pelas conseqüências da Queda: Romanos 5.12, 18 e 19; Romanos 3.23.
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1.5. Tipos de pecado
1.5.1. Pecado original:
Significa que nós nascemos pecadores, como herança da Queda. “Eu nasci na iniqüidade, e em pecado me concebeu minha mãe”. (Salmos 51.5)
1.5.2. Pecado por omissão:
“Aquele que sabe fazer o bem e não o faz, comete pecado.” (Tiago 4.17).
1.5.3. Pecado por comissão (que são cometidos):
A quebra de mandamentos e ordenanças bíblicas e a desobediência à “paz de Cristo” (Cl 3.15), que é voz do Espírito (
1 Jo 2.27 ).
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1.6. O juízo de Deus
1.6.1. Sobre a serpente:
Gênesis 3.14 e 15. O homem que está em Cristo também vence Satanás. Romanos 16.20 e Tiago 4.7.
1.6.2. Sobre a mulher:
Gênesis 3.16.
1.6.3. Sobre o homem:
Gênesis 3.17 a 19 (não pensar que trabalho é castigo, pois o homem já trabalhava antes de pecar; conforme Gênesis 2.15).
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1.7. Conclusão
O homem foi expulso do paraíso e deixou de gozar da presença constante do Senhor, por causa do pecado. Este faz divisão entre nós e o nosso Deus (Isaías 59.2).
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2. Tentação e provação
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2.1. Introdução
 A Bíblia declara que aqueles que têm Cristo devem viver uma vida nova. O velho homem foi crucificado com Cristo e está morto para o pecado. Portanto, não há lógica em viver no pecado, uma vez que já morremos para ele.
 O plano ideal de Deus é que vivamos a nova vida sem pecar, mas, por outro lado, a Bíblia afirma que seremos tentados. Não estamos, pois, livres das tentações. Pelo contrário: agora elas se tornam mais evidentes. O fato é que estamos envolvidos em uma batalha espiritual.
 Vamos, pois, procurar entender um pouco mais sobre a tentação e como vencê-la.

2.2. Diferença entre tentação e provação
Às vezes essas palavras são confundidas, mas precisamos entender que elas possuem sentidos distintos.
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2.2.1. TENTAÇÃO
• É de origem satânica e carnal. Veja estes textos: Mateus 4.1; João 13.2 e Tiago 1.14:
• Seu objetivo é fazer o crente abandonar a vontade de Deus. Visa derrubar o homem;
• Pode ser definida como aquele impulso inicial que a pessoa sente para cometer pecados (Romanos 7.18-19);
• Visa sempre o mal (Gênesis 3.4-5 e 39.7-9);
• Não é pecado em si mesma. Jesus foi tentado, contudo não pecou. Veja Hebreus 4.15 e 2.18;  1 Pedro 2.21 e 22.
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2.2.2. PROVAÇÃO.
• É de origem divina. Significa pôr alguém à prova, submeter a um teste para proveito (Tiago 1.2-4).
• Visa fortalecer a pessoa, e não derrubá-la (Hebreus 11.17-19).
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2.3. Por quem e por que somos tentados?
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2.3.1. Pela carne:
Apesar de salvos, temos ainda uma natureza pecaminosa que nos atrai e seduz (Marcos 7.20-23; Tiago 1.13-14).
2.3.2. Pelo mundo:
Devido à intensa atividade de Satanás no mundo, este exerce uma forte pressão em nossos desejos carnais (Efésios 2.1-2; 1 João 2.15-17).
2.3.3. Pelo diabo:
Sendo nosso  inimigo,  ele  quer  nos derrubar (I Pedro 5.8; João 8.44); sendo pai da mentira, ele lança dúvidas a respeito da Palavra.
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2.4. Como obter vitória sobre a tentação?
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2.4.1. Aprendendo a reconhecer a realidade do inimigo, do mundo e da carne, a saber como eles agem e enfrentá-los agressivamente, em nome de Jesus (1 Pedro 5.9; Tiago 4.7).
2.4.2. Vigiando e orando (Mateus 26.41; 1 Coríntios 10.12,13).
2.4.3. Estando com a mente cheia da Palavra de Deus (Colossenses 3.16; Filipenses 4.8-9).
2.4.4. Andar continuamente no Espírito (Gálatas 5.16).
2.4.5. Manter comunhão constante com os irmãos (Salmos 133).
2.4.6. Evitar as más companhias (Salmos 1.1-2).
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2.5. O que fazer quando cairmos em tentação?
Quando pecamos, nossa comunhão com Deus é interrompida até que:
2.5.1. Confessemos o nosso pecado a Ele e à pessoa prejudicada, se for o caso (Mateus 5.23-24);
2.5.2. Confiemos que o sangue de Jesus é suficiente para purificar o nosso pecado (I João 1.7 e 2.1).
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2.6. Conclusão
Não precisamos ficar carregando um fardo pesado pelos pecados cometidos.
Uma vez confessado o pecado, devemos nos apropriar do perdão oferecido por Deus  através do sangue de Cristo, e continuar a viver de tal maneira que Deus seja glorificado através de nossa vida.


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