quinta-feira, 24 de janeiro de 2019

Lição 4 - A PRESENÇA DE DEUS NO DESERTO - CPAD 2019


LIÇÕES BÍBLICAS CPAD JOVENS 1º Trimestre de 2019
Título: Rumo à Terra Prometida — A peregrinação do povo de Deus no deserto no livro de Números – Comentarista: Reynaldo Odilo

Lição 4: A presença de Deus no deserto

TEXTO DO DIA

Ou, quando a nuvem sobre o tabernáculo se detinha dois dias, ou um mês, ou um ano, ficando sobre ele, então, os filhos de Israel se alojavam e não partiam; e, alçando-se ela, partiam” (Nm 9.22).

SÍNTESE

A presença de Deus no meio do povo era garantia de segurança, alegria e descanso. Pois, caminhar pelo deserto envolvia correr perigos dos mais diversos.

AGENDA DE LEITURA

Sl 140.13 Na presença de Deus, somente os retos habitarão
Com certeza os justos darão graças ao teu nome, e os homens íntegros viverão na tua presença.

Sl 31.20 Presença de Deus, lugar de esconderijo
No abrigo da tua presença os escondes das intrigas dos homens; na tua habitação os proteges das línguas acusadoras.

Sl 16.11 Presença de Deus, lugar de alegria
Tu me farás conhecer a vereda da vida, a alegria plena da tua presença, eterno prazer à tua direita.


Gn 4.16 Sair da presença de Deus, uma grande tragédia
Então Caim afastou-se da presença do Senhor e foi viver na terra de Node, a leste do Éden.

Sl 68.7,8 A presença de Deus faz tremer a terra
7 Quando saíste à frente do teu povo, ó Deus, quando marchaste pelo ermo, 8 a terra tremeu, o céu derramou chuva diante de Deus, o Deus do Sinai; diante de Deus, o Deus de Israel.

Êx 33.14 A presença de Deus traz descanso
Respondeu o Senhor: "Eu mesmo o acompanharei e lhe darei descanso".

OBJETIVOS

Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
·         MOSTRAR como Deus se manifestou ao povo no deserto, e como os hebreus, a princípio, obedeceram voluntariamente o mover da nuvem e da coluna de fogo;
·         EXPLICAR como foi o início da caminhada no deserto e os primeiros pecados do povo;
·         COMPREENDER como Deus orientou a Moisés para que ele escolhesse setenta cooperadores.

INTERAÇÃO

Professor (a), é imprescindível haver um bom relacionamento entre os docentes de uma mesma classe, pois isso influencia diretamente no trabalho a ser realizado.
Assim sendo, agende uma reunião com seu(s) colega(s), a fim de ouvir e sugerir novas ideias, discutir o tema do trimestre, desenvolver estratégias e atividades para a classe, etc. Faça desse um momento de interação e estreitamento de laços, independente de quantos professores existam na classe. Todos devem trabalhar com um só propósito, o que só é possível se houver um bom diálogo. Assim, realizarão muito mais pela classe, uma vez que, ao planejar as atividades do trimestre e dividir as tarefas entre todos, ninguém ficará sobrecarregado e o trabalho será bem mais dinâmico.


ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA

Peça que os alunos relatem, de forma resumida, alguns testemunhos de heróis e heroínas da fé. Homens e mulheres que viveram em santidade diante do Senhor e como a glória de Deus se manifestou em suas vidas.
Reflita com os alunos a respeito do elo que existe entre santificação e a manifestação da presença de Deus, como mencionado nos testemunhos. Conclua dizendo que, a santidade é o requisito principal para ser cheio(a) do Espírito Santo. Assim, os alunos compreenderão porque, na narrativa de Números, a menção a leis e regras para a santificação de todos, antecederam o aparecimento da nuvem da presença. Essa conversa deve abrir a discussão a respeito do tema da aula de hoje, que vai tratar a respeito da presença de Deus no deserto.

TEXTO BÍBLICO

Números 9.15-22.

15 — E, no dia de levantar o tabernáculo, a nuvem cobriu o tabernáculo sobre a tenda do Testemunho; e, à tarde, estava sobre o tabernáculo como uma aparência de fogo até à manhã.

a nuvem cobriu o tabernáculo – O historiador inspirado aqui entra em um assunto inteiramente novo, que poderia ter formado um capítulo separado, começando neste verso e terminando em Nm 10:29 [Calmet]. A nuvem era um símbolo visível da presença especial de Deus e dos cuidados dos israelitas (Êx 14:20; Sl 105: 39). Era facilmente distinguível de todas as outras nuvens por sua forma peculiar e sua posição fixa; porque desde o dia da conclusão do tabernáculo, ele descansava de dia como uma escuridão, de noite como uma coluna de fogo, naquela parte do santuário que continha a arca do testemunho (Lv 16: 2).

16 — Assim era de contínuo: a nuvem o cobria, e, de noite, havia aparência de fogo.
17 — Mas, sempre que a nuvem se alçava sobre a tenda, os filhos de Israel após ela partiam; e, no lugar onde a nuvem parava, ali os filhos de Israel assentavam o seu arraial.

se erguia a nuvem – isto é, subiu para uma elevação mais alta, de modo a ser visível nas extremidades mais remotas do acampamento. Isso foi um sinal para deslocamento; e, consequentemente, é apropriadamente chamado (Nm 9:18) “o mandamento do Senhor”. Era um sinal visível da presença de Deus; e dele, como um trono glorioso, Ele dava a ordem. Seu movimento regulava o começo e o término de todas as viagens dos israelitas. (Veja Êx 14:19).

18 — Segundo o dito do SENHOR, os filhos de Israel partiam e segundo o dito do SENHOR assentavam o arraial; todos os dias em que a nuvem parava sobre o tabernáculo, assentavam o arraial.
19 — E, quando a nuvem se detinha muitos dias sobre o tabernáculo, então, os filhos de Israel tinham cuidado da guarda do SENHOR e não partiam.

Uma vida no deserto tem seus atrativos, e movimentos constantes criam um amor apaixonado pela mudança. Muitos incidentes mostram que os israelitas haviam absorvido fortemente esse hábito nômade e estavam desejosos de se aproximar de Canaã. Mas ainda assim as fases da nuvem indicavam o comando de Deus: e qualquer que fosse a sensação que sentissem em permanecer estacionados no acampamento, “quando a nuvem se detinha no tabernáculo muitos dias, eles mantinham o encargo do Senhor e não partiam. Feliz para eles sempre exibiram esse espírito de obediência! e feliz por todos se, através do deserto deste mundo, implicitamente seguirmos as orientações da Providência de Deus e as direções da Palavra de Deus!

20 — E era que, quando a nuvem poucos dias estava sobre o tabernáculo, segundo o dito do SENHOR, se alojavam e, segundo o dito do SENHOR, partiam.
21 — Porém era que, quando a nuvem desde a tarde até à manhã ficava ali e a nuvem se alçava pela manhã, então, partiam; quer de dia quer de noite, alçando-se a nuvem, partiam.
22 — Ou, quando a nuvem sobre o tabernáculo se detinha dois dias, ou um mês, ou um ano, ficando sobre ele, então, os filhos de Israel se alojavam e não partiam; e, alçando-se ela, partiam.




















COMENTÁRIO DA LIÇÃO

INTRODUÇÃO

Caminhando com Deus, pelo deserto, o povo estava aprendendo uma lição espiritual a cada dia. As diversas leis tinham o objetivo de mostrar que um Deus santo requeria um povo santo
(Lv 20.7  "Consagrem-se, porém, e sejam santos, porque eu sou o Senhor, o Deus de vocês.).

Entretanto, as pessoas que saíram do Egito não tinham noção dessa exigência divina e foram conhecendo o caráter de Deus à proporção que seguiam rumo à Canaã.
Um ano depois da saída do Egito, os hebreus estavam tendo uma nova revelação a respeito da presença de Deus. O Senhor estava com eles, acompanhando-os numa coluna de fogo nas noites congelantes do deserto e, durante os dias, sob o sol escaldante de um dos lugares mais quentes do mundo, uma monumental nuvem trazia refrigério para milhões de pessoas. O Altíssimo, carinhosamente, fazia-os viver em uma temperatura agradabilíssima, podendo eles, assim, desfrutarem de uma paisagem inigualável, de dia ou de noite. Com o movimento da nuvem ou coluna de fogo, Deus indicava o momento de parar a caminhada e de prosseguir.










I. A NUVEM E A COLUNA DE FOGO

1. A presença contínua. Quando o povo levantou o tabernáculo, o qual foi feito conforme o modelo dado por Deus no monte Sinai, a nuvem da presença do Senhor surgiu gloriosamente
(Nm 9.15 No dia em que foi armado o tabernáculo, a tenda que guarda as tábuas da aliança, a nuvem o cobriu. Desde o entardecer até o amanhecer a nuvem por cima do tabernáculo tinha a aparência de fogo.).

Os milhões de peregrinos que estavam ao redor do tabernáculo, nas suas respectivas tribos, entenderam perfeitamente que se tratava de uma manifestação divina.

No fim da tarde, quando o sol declinava e a temperatura começava a cair, outro milagre acontecia: a nuvem ficava com uma aparência de fogo, permanecendo assim até pela manhã, quando, novamente, voltava a ser um refúgio contra o sol. Esse processo perdurou, continuamente, por quase 40 anos
(Nm 9.16 Era assim que sempre acontecia: de dia a nuvem o cobria, e de noite tinha a aparência de fogo.).

O Senhor estava testemunhando a todo o povo: “E eis que estou contigo, e te guardarei por onde quer que fores, e te farei tornar a esta terra, porque te não deixarei, até que te haja feito o que te tenho dito”
(Gn 28.15 Estou com você e cui­darei de você, aonde quer que vá; e eu o trarei de volta a esta terra. Não o deixarei enquanto não fizer o que lhe prometi".).

2. O mover imprevisível. O texto de Números 9.17-23: 17 E segundo que se erguia a nuvem do tabernáculo, os filhos de Israel se partiam: e no lugar onde a nuvem parava, ali alojavam os filhos de Israel.
18 À ordem do SENHOR os filhos de Israel se partiam: e à ordem do SENHOR assentavam o acampamento: todos os dias que a nuvem estava sobre o tabernáculo, eles estavam parados.
19 E quando a nuvem se detinha sobre o tabernáculo muitos dias, então os filhos de Israel guardavam a ordenança do SENHOR e não partiam.
20 E quando sucedia que a nuvem estava sobre o tabernáculo poucos dias, ao dito do SENHOR alojavam, e ao dito do SENHOR partiam.
21 E quando era que a nuvem se detinha desde a tarde até a manhã, quando à manhã a nuvem se levantava, eles partiam: ou se havia estado no dia, e à noite a nuvem se levantava, então partiam.
22 Ou se dois dias, ou um mês, ou ano, enquanto a nuvem se detinha sobre o tabernáculo ficando sobre ele, os filhos de Israel se estavam acampados e não moviam: mas quando ela se erguia, eles moviam.
23 Ao dito do SENHOR assentavam, e ao dito do SENHOR partiam, guardando a ordenança do SENHOR, como o havia o SENHOR dito por meio de Moisés.

fala a respeito do mover imprevisível de Deus, representado nos deslocamentos da nuvem e da coluna de fogo. Impressionante como o Espírito Santo, que inspirou os escritores bíblicos, fez questão de mencionar que, às vezes, o referencial da presença de Deus permanecia no mesmo lugar um ano ou, inexplicavelmente, menos de um dia.
Interessante perceber, também, que não havia nenhum fenômeno natural perceptível que antecedesse os movimentos vertical (subida e descida sobre o tabernáculo) e horizontal (mudança geográfica) da nuvem ou da coluna de fogo. O Senhor, por sua soberania, de dia ou de noite, sem mandar qualquer aviso, simplesmente transferia o lugar da nuvem ou a coluna de fogo. Não havia, nem há, paradigmas para entender o mover de Deus. Porventura, nos dias atuais, não é com a mesma imprevisibilidade e aparente ilogicidade eventual que Deus age?

3. A obediência voluntária. Deus estava treinando os israelitas para que eles, com alegria, aprendessem a obedecer ao Senhor. Vale lembrar que, repetidamente, as Escrituras dizem que eles eram rebeldes ou de “dura cerviz”
(Dt 10.16 Sejam fiéis, de coração, à sua aliança; e deixem de ser obstinados.
Jr 7.26 Mas eles não me ouviram nem me deram atenção. Antes, tornaram-se obstinados e foram piores do que os seus antepassados.
Mc 10.5 5 Respondeu Jesus: "Moisés escreveu essa lei por causa da dureza de coração de vocês.
6 Mas no princípio da criação Deus 'os fez homem e mulher'.
7 'Por esta razão, o homem deixará pai e mãe e se unirá à sua mulher, 8 e os dois se tornarão uma só carne'. Assim, eles já não são dois, mas sim uma só carne.
9 Portanto, o que Deus uniu, ninguém o separe".
At 7.51 51 "Povo rebelde, obstinado de coração e de ouvidos! Vocês são iguais aos seus antepassados: sempre resistem ao Espírito Santo!
52 Qual dos profetas os seus antepassados não perseguiram? Eles mataram aqueles que prediziam a vinda do Justo, de quem agora vocês se tornaram traidores e assassinos -
53 vocês, que receberam a Lei por intermédio de anjos, mas não lhe obedeceram".).

Assim, por vezes, a nuvem passava um longo período parada e, depois, numa sequência inesperada, era transferida de lugar rapidamente, mas o povo a seguia, como se vê: “Segundo o dito do SENHOR, se alojavam e, segundo o dito do SENHOR, partiam; da guarda do SENHOR tinham cuidado, segundo o dito do SENHOR pela mão de Moisés”
(Nm 9.23 Ao dito do SENHOR assentavam, e ao dito do SENHOR partiam, guardando a ordenança do SENHOR, como o havia o SENHOR dito por meio de Moisés.).

Os que servem a Deus devem aprender a obedecer voluntariamente ao Senhor, de todo coração, como Davi recomendou a Salomão
(1Cr 28.9 9 "E você, meu filho Salomão, reconheça o Deus de seu pai, e sirva-o de todo o coração e espontaneamente, pois o Senhor sonda todos os corações e conhece a motivação dos pensamentos. Se você o buscar, o encontrará, mas, se você o abandonar, ele o rejeitará para sempre.
10 Veja que o Senhor o escolheu para construir um templo que sirva de santuário. Seja forte e mãos ao trabalho!"),
para que tenham vitória nas grandes lutas que travarem. A obediência é um segredo, uma bússola, um mapa e um caminho. Andar por ela é sinal de sabedoria, humildade, fé e sempre produz os resultados da verdadeira prosperidade na vida.

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Pense!

Vale a pena obedecer a Deus mesmo quando aquilo que Ele requer aparenta ser irracional ou ilógico?

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Ponto Importante

Fazer a vontade de Deus sempre é a melhor decisão para seu povo, sob quaisquer circunstâncias, pois o Senhor é o sumo bem e Ele jamais se equivoca.

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II. O INÍCIO DA CAMINHADA

1. A ordem para marchar (10.11-13 Os israelitas deixam o Sinai - 11 No vigésimo dia do segundo mês do segundo ano, a nuvem se levantou de cima do tabernáculo que guarda as tábuas da aliança.
12 Então os israelitas partiram do deserto do Sinai e viajaram por etapas, até que a nuvem pousou no deserto de Parã.
13 Assim partiram pela primeira vez, conforme a ordem do Senhor anunciada por Moisés.). Deus possui um aguçado senso de beleza e organização, entretanto esse traço de seu caráter justifica-se não apenas pela estética e estratégia de suas determinações, mas sobretudo em face do grande amor pelo seu povo.

O Senhor mandou fazer duas trombetas de prata, uma sofisticada obra de arte (a prata era depurada no fogo, daí por que é símbolo da redenção na Bíblia), as quais serviam para conclamar o povo para se reunir e dar o sinal de partida do acampamento, tudo muito organizado. Entretanto, mais adiante, Deus disse que as trombetas também seriam tocadas quando os israelitas estivessem em dificuldades (o toque das trombetas era uma verdadeira oração) e nas festas religiosas
(Nm 10.2,9,10).

Dessa forma, o início de toda caminhada era marcado, simbolicamente, por um momento de oração. O toque das trombetas movia o coração de Deus em favor do povo e o Senhor se lembrava da aliança firmada. A promessa de Deus, feita desde os dias do patriarca Abraão, seria cumprida, pois Deus é fiel.

2. Confiança do líder abalada (10.29). Em meio a tantas demonstrações eloquentes do cuidado de Deus, percebe-se uma falta de confiança do líder Moisés, pois convidou Hobabe, seu cunhado, para guiar o povo nos caminhos do deserto
(Nm 10.29-32).

Ora, a presença de Deus, representada na nuvem e na coluna de fogo, sinalizava perfeitamente quando o povo deveria acampar e seguir viagem, e qual rota percorrer, mas Moisés entendeu que seria bom ter alguém com experiência para “ser seus olhos” e socorrê-los em tempo oportuno. Mas, o Senhor compreendeu a fraqueza do líder e sequer o repreendeu. Moisés também precisava aprender a confiar. Vê-se, porém, que em nenhum outro momento Hobabe é mencionado nas Escrituras, dando provas que o convite de Moisés foi estéril e inócuo. Deus é quem comanda e guia os passos do seu povo.

3. O pecado da murmuração (11.1-10 Fogo do Senhor - 1 Aconteceu que o povo começou a queixar-se das suas dificuldades aos ouvidos do Senhor. Quando ele os ouviu, a sua ira acendeu-se, e fogo da parte do Senhor queimou entre eles e consumiu algumas extremidades do acampamento.
2 Então o povo clamou a Moisés, este orou ao Senhor, e o fogo extinguiu-se.
3 Por isso aquele lugar foi chamado Taberá, porque o fogo da parte do Senhor queimou entre eles.
Deus envia codornizes – 4 Um bando de estrangeiros que havia no meio deles encheu-se de gula, e até os próprios israelitas tornaram a queixar-se e diziam: "Ah, se tivéssemos carne para comer!
5 Nós nos lembramos dos peixes que comíamos de graça no Egito, e também dos pepinos, das melancias, dos alhos-porós, das cebolas e dos alhos.
6 Mas agora perdemos o apetite; nunca vemos nada, a não ser este maná!"
7 O maná era como semente de coentro e tinha aparência de resina.
8 O povo saía recolhendo o maná nas redondezas e o moía num moinho manual ou socava-o num pilão; depois cozinhava o maná e com ele fazia bolos. Tinha gosto de bolo amassado com azeite de oliva.
9 Quando o orvalho caía sobre o acampamento à noite, também caía o maná.
10 Moisés ouviu gente de todas as famílias se queixando, cada uma à entrada de sua tenda. Então acendeu-se a ira do Senhor, e isso pareceu mal a Moisés.). Na caminhada dos hebreus pelo deserto, o Senhor sempre esteve presente cuidando do seu povo, mas, como visto anteriormente é inevitável que as fraquezas dos líderes apareçam e, infelizmente, também, existam rebeliões.

Em Números 11.1-10 diz-se que aconteceu murmuração no meio do povo por causa da comida (toda murmuração dirige-se, em primeiro plano, contra Deus) e o Senhor levou em consideração as palavras proferidas a tal ponto que muitos israelitas morreram como castigo pela rebelião.

Judas escreveu a respeito de alguns indivíduos não recomendáveis que eram “murmuradores, queixosos da sua sorte, andando segundo as suas concupiscências, e cuja boca diz coisas mui arrogantes, admirando as pessoas por causa do interesse”
(Jd v.16 Essas pessoas vivem se queixando, descontentes com a sua sorte, e seguem os seus próprios desejos impuros; são cheias de si e adulam os outros por interesse.).

Certamente o que os israelitas fizeram foi muito grave diante do Senhor, pois a Bíblia diz que a maldição não vem sem causa
(Pv 26.2 Como o pardal que voa em fuga, e a andorinha que esvoaça veloz, assim a maldição sem motivo justo não pega.).

Importante que cada cristão aprenda a ser agradecido, de todo coração, e nunca despreze o “pão” que Deus dá.

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Pense!

Não teria Deus agido injustamente ao matar pessoas por apenas reclamarem do cardápio alimentar?

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Ponto Importante

Deus é a suma justiça. Ele jamais exacerba em seus juízos, por isso, a maldição não vem sem causa.

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III. DEUS LEVANTA COOPERADORES

1. Carga pesada. Na caminhada com Deus, pelo deserto a cada dia os limites humanos são testados. O grande Moisés que, pouco tempo antes, tinha convidado Hobabe para ser “seus olhos” na peregrinação (tinha plano até para quando Deus falhasse na orientação), agora pensa em desistir do ministério. Ele concluiu: “Eu sozinho não posso levar a todo este povo, porque muito pesado é para mim. E, se assim fazes comigo, mata-me, eu to peço, se tenho achado graça aos teus olhos; e não me deixes ver o meu mal”
(Nm 11.14,15 14 Não posso levar todo esse povo sozinho; essa responsabilidade é grande demais para mim.
15 Se é assim que vais me tratar, mata-me agora mesmo; se te agradas de mim, não me deixes ver a minha própria ruína".).

A resposta que Deus ofereceu a Moisés ressoa como modelo ministerial pelos séculos. O líder é feito de “carne e osso” e, por isso, precisa de apoio e companhia. Sempre que Deus quis fazer algo significativo, antes de tudo, montou uma equipe. Talvez Moisés, até aquele instante, acreditasse ser possível liderar sozinho, mas o Senhor permitiu que ele ficasse esgotado emocionalmente para aprender a depender mais dEle. Então, o Altíssimo designou setenta anciãos para auxiliar o seu servo.

2. Dividindo a carga. Deus, de maneira sábia, pediu que Moisés escolhesse setenta líderes para que o auxiliasse. A escolha seria de Moisés, porém eles seriam instrumentos do Senhor, para ajudar na condução da obra. Observa-se um segundo aspecto relevante nessa história: os auxiliares precisavam ter o mesmo espírito de Moisés, pensar a mesma coisa, compartilhar do alinhamento do entendimento do líder, ação precípua do Espírito Santo. Só assim a carga pesada das atribuições seria, de fato, compartilhada.

Pouco tempo depois houve o episódio das codornizes, o primeiro teste dos 70 líderes
(Nm 11.31-35 31 Depois disso, veio um vento da parte do Senhor que trouxe codornizes do mar e as fez cair por todo o acampamento, a uma altura de noventa centímetros, espalhando-as em todas as direções num raio de um dia de caminhada.
32 Durante todo aquele dia e aquela noite e durante todo o dia seguinte, o povo saiu e recolheu codornizes. Ninguém recolheu menos de dez barris. Então eles as estenderam para secar ao redor de todo o acampamento.
33 Mas, enquanto a carne ainda estava entre os seus dentes e antes que a ingerissem, a ira do Senhor acendeu-se contra o povo, e ele o feriu com uma praga terrível.
34 Por isso o lugar foi chamado Quibrote-Hataavá, porque ali foram enterrados os que tinham sido dominados pela gula.
35 De Quibrote-Hataavá o povo partiu para Hazerote, e lá ficou.).

Deus é bom e fiel, pois, certamente, se Moisés estivesse sozinho nessa nova e grave situação ele teria sucumbido.

3. Insubmissão. Moisés, depois de ter a carga administrativa aliviada pelos setenta líderes chancelados por Deus, viu ruir os apoios mais importantes que tinha: o de Miriã e Arão, seus amados irmãos, os quais se insurgiram fortemente contra ele, mas “o SENHOR o ouviu”
(Nm 12.2 "Será que o Senhor tem falado apenas por meio de Moisés?", perguntaram. "Também não tem ele falado por meio de nós?" E o Senhor ouviu isso.).

Os irmãos de Moisés foram repreendidos pelo Senhor, inclusive Miriã ficou leprosa por causa dessa insubmissão ao líder. Ferir o princípio da autoridade e submissão, desobedecendo a liderança, não é uma atitude sábia e prudente, ainda que existam ponderações de natureza administrativa consideráveis.

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Pense!

As ponderações de Miriã e Arão contra Moisés não deveriam, ao menos, terem sido discutidas por Deus na reunião feita com eles no santuário?




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Ponto Importante

O princípio da autoridade e submissão tem grande relevância para Deus, por isso, havendo rebelião, o Senhor sequer discute as argumentações apresentadas.

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CONCLUSÃO

A maior consolação que os israelitas poderiam ter no deserto era a certeza da presença contínua de Deus com eles; e o Senhor demonstrou inequivocamente tal realidade, através da nuvem ou da coluna de fogo que nunca abandonaram o povo. Mesmo diante dessa certeza, tanto os líderes quanto o povo cometeram erros, os quais não ficaram impunes, servindo isso de exemplo para a igreja hodierna.

ESTANTE DO PROFESSOR

DEVER, Mark. A Mensagem do Antigo Testamento. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2008.

















HORA DA REVISÃO

1. Cite dois sinais que Deus realizou, os quais demonstravam a presença dEle entre o povo.
A nuvem e a coluna de fogo.

2. Em quais momentos a nuvem e a coluna de fogo podiam ser vistas?
Durante o dia a nuvem e à noite, a coluna de fogo.

3. De qual material foram feitas as duas trombetas que convocavam o povo?
De prata batida.

4. Qual o nome do cunhado de Moisés que foi convidado para ser o “guia do povo”?
Hobabe.

5. Segundo a lição, por que os irmãos de Moisés foram repreendidos pelo Senhor?
Eles foram repreendidos pelo Senhor porque foram insubmissos ao líder.












SUBSÍDIO

“Os capítulos 9 e 10, em especial, centram-se na presença do Senhor no meio do seu povo.
Números 9 - Celebração da Páscoa – 1 O Senhor falou com Moisés no deserto do Sinai, no primeiro mês do segundo ano depois que o povo saiu do Egito. Ele disse: 2 "Os israelitas devem celebrar a Páscoa na ocasião própria.
3 Celebrem-na no tempo determinado, ao pôr do sol do décimo quarto dia deste mês, de acordo com todas as suas leis e ordenanças".
4 Então Moisés ordenou aos israelitas que celebrassem a Páscoa; 5eles a celebraram no deserto do Sinai, ao pôr do sol do décimo quarto dia do primeiro mês. Os israelitas fizeram tudo conforme o Senhor tinha ordenado a Moisés.
6 Mas alguns deles não puderam celebrar a Páscoa naquele dia porque se haviam tornado impuros por terem tocado num cadáver. Por isso procuraram Moisés e Arão naquele mesmo dia 7 e disseram a Moisés: "Nós nos tornamos impuros por termos tocado num cadáver, mas por que deveríamos ser impedidos de apresentar a nossa oferta ao Senhor na ocasião própria, como os demais israelitas?"
8 Moisés respondeu-lhes: "Esperem até que eu saiba o que o Senhor ordena a respeito de vocês".
9 Então o Senhor disse a Moisés: 10 "Diga o seguinte aos israelitas: Quando algum de vocês ou dos seus descendentes se tornar impuro por tocar algum cadáver ou estiver distante por motivo de viagem, ainda assim poderá celebrar a Páscoa do Senhor.
11 Deverão celebrá-la no décimo quarto dia do segundo mês, ao pôr do sol. Comerão o cordeiro com pães sem fermento e com ervas amargas.
12 Não deixarão sobrar nada até o amanhecer e não quebrarão nenhum osso do cordeiro. Quando a celebrarem, obedeçam a todas as leis da Páscoa.
13 Se, porém, um homem estiver puro e não estiver distante por motivo de viagem e ainda assim não celebrar a Páscoa, ele será eliminado do meio do seu povo porque não apresentou a oferta do Senhor na ocasião própria. Ele sofrerá as consequências do seu pecado.
14 "Um estrangeiro residente entre vocês, que queira celebrar a Páscoa do Senhor, deverá fazê-lo de acordo com as leis e ordenanças da Páscoa. Vocês terão as mesmas leis para o estrangeiro e para o natural da terra".
A nuvem por cima do tabernáculo - 15 No dia em que foi armado o tabernáculo, a tenda que guarda as tábuas da aliança, a nuvem o cobriu. Desde o entardecer até o amanhecer a nuvem por cima do tabernáculo tinha a aparência de fogo.
16 Era assim que sempre acontecia: de dia a nuvem o cobria, e de noite tinha a aparência de fogo.
17 Sempre que a nuvem se levantava de cima da Tenda, os israelitas partiam; no lugar em que a nuvem descia, ali acampavam.
18 Conforme a ordem do Senhor, os israelitas partiam e, conforme a ordem do Senhor, acampavam. Enquanto a nuvem estivesse por cima do tabernáculo, eles permaneciam acampados.
19 Quando a nuvem ficava sobre o tabernáculo por muito tempo, os israelitas cumpriam suas responsabilidades para com o Senhor e não partiam.
20 Às vezes a nuvem ficava sobre o tabernáculo poucos dias; conforme a ordem do Senhor, eles acampavam e, também conforme a ordem do Senhor, partiam.
21 Outras vezes a nuvem permanecia somente desde o entardecer até o amanhecer e, quando se levantava pela manhã, eles partiam. De dia ou de noite, sempre que a nuvem se levantava, eles partiam.
22 Quer a nuvem ficasse sobre o tabernáculo dois dias, quer um mês, quer mais tempo, os israelitas permaneciam no acampamento e não partiam; mas, quando ela se levantava, partiam.
23 Conforme a ordem do Senhor acampavam e conforme a ordem do Senhor partiam. Nesse meio tempo, cumpriam suas responsabilidades para com o Senhor, de acordo com as suas ordens, anunciadas por Moisés.
Números 10 - As duas trombetas de prata – 1 O Senhor disse a Moisés: 2 "Faça duas cornetas de prata batida a fim de usá-las para reunir a comunidade e para dar aos acampamentos o sinal para partirem.
3 Quando as duas cornetas tocarem, a comunidade inteira se reunirá diante de você, à entrada da Tenda do Encontro.
4 Se apenas uma tocar, os líderes, chefes dos clãs de Israel, se reunirão diante de você.
5 Quando a corneta der um toque de alerta, as tribos acampadas a leste deverão partir.
6 Ao som do segundo toque, os acampamentos do lado sul partirão. O toque de alerta será o sinal para partir.
7 Para reunir a assembleia, faça soar as cornetas, mas não com o mesmo toque.
8 "Os filhos de Arão, os sacerdotes, tocarão as cornetas. Este é um decreto perpétuo para vocês e para as suas gerações.
9 Quando em sua terra vocês entrarem em guerra contra um adversário que os esteja oprimindo, toquem as cornetas; e o Senhor, o Deus de vocês, se lembrará de vocês e os libertará dos seus inimigos.
10 Também em seus dias festivos, nas festas fixas e no primeiro dia de cada mês, vocês deverão tocar as cornetas por ocasião dos seus holocaustos e das suas ofertas de comunhão, e elas serão um memorial em favor de vocês perante o seu Deus. Eu sou o Senhor, o Deus de vocês".
Os israelitas deixam o Sinai – 11 No vigésimo dia do segundo mês do segundo ano, a nuvem se levantou de cima do tabernáculo que guarda as tábuas da aliança.
12 Então os israelitas partiram do deserto do Sinai e viajaram por etapas, até que a nuvem pousou no deserto de Parã.
13 Assim partiram pela primeira vez, conforme a ordem do Senhor anunciada por Moisés.
14 Os exércitos do acampamento de Judá partiram primeiro, junto à sua bandeira. Naassom, filho de Aminadabe, estava no comando.
15 Natanael, filho de Zuar, comandava os exércitos da tribo de Issacar, 16 e Eliabe, filho de Helom, chefiava os exércitos da tribo de Zebulom.
17 Quando o tabernáculo era desmontado, os gersonitas e os meraritas o carregavam e partiam.
18 Os exércitos do acampamento de Rúben partiram em seguida, junto à sua bandeira. Elizur, filho de Sedeur, estava no comando.
19 Selumiel, filho de Zurisadai, comandava os exércitos da tribo de Simeão, 20 e Eliasafe, filho de Deuel, chefiava os exércitos da tribo de Gade.
21 Então os coatitas partiam carregando as coisas sagradas. Antes que eles chegassem, o tabernáculo já deveria estar armado.
22 Os exércitos do acampamento de Efraim partiram em seguida, junto à sua bandeira. Elisama, filho de Amiúde, estava no comando.
23 Gamaliel, filho de Pedazur, comandava os exércitos da tribo de Manassés, 24 e Abidã, filho de Gideoni, os exércitos da tribo de Benjamim.
25 Finalmente, partiram os exércitos do acampamento de Dã, junto à sua bandeira, como retaguarda para todos os acampamentos. Aieser, filho de Amisadai, estava no comando.
26 Pagiel, filho de Ocrã, comandava os exércitos da tribo de Aser, 27 e Aira, filho de Enã, a divisão da tribo de Naftali.
28 Essa era a ordem que os exércitos israelitas seguiam quando se punham em marcha.
29 Então Moisés disse a Hobabe, filho do midianita Reuel, sogro de Moisés: "Estamos partindo para o lugar a respeito do qual o Senhor disse: 'Eu o darei a vocês'. Venha conosco e o trataremos bem, pois o Senhor prometeu boas coisas para Israel".
30 Ele respondeu: "Não, não irei; voltarei para a minha terra e para o meu povo".
31 Moisés, porém, disse: "Por favor, não nos deixe. Você sabe onde devemos acampar no deserto e pode ser o nosso guia.
32 Se vier conosco, partilharemos com você todas as coisas boas que o Senhor nos der".
33 Então eles partiram do monte do Senhor e viajaram três dias. A arca da aliança do Senhor foi à frente deles durante aqueles três dias para encontrar um lugar para descansarem.
34 A nuvem do Senhor estava sobre eles de dia, sempre que partiam de um acampamento.
35 Sempre que a arca partia, Moisés dizia: "Levanta-te, ó Senhor!
Sejam espalhados os teus inimigos e fujam de diante de ti os teus adversários".
36 Sempre que a arca parava, ele dizia: "Volta, ó Senhor, para os incontáveis milhares de Israel".


A primeira metade do capítulo 9 reconta a celebração da primeira Páscoa do deserto, (9.1-14), celebração essa que, acima de tudo, lembra-lhes a presença do Senhor quando, de forma extraordinária, libertou-os do Egito. Na segunda metade do capítulo, Deus promete prover uma nuvem para guiar os viajantes e para lembrá-los de sua presença contínua […].
No início do capítulo 10, a finalidade de tocar as trombetas é para que Deus e o povo lembrem-se uns dos outros (10.9,10). E nos versículos seguintes a nuvem move-se pela primeira vez. Portanto, a primeira parte de Números é um resumo da forma especial como Deus preparou seu povo ao instruí-lo sobre a pureza, ao conceder-lhes os sacerdotes e, acima de tudo, sua presença especial.
O Senhor preparou o seu povo naquela época e o prepara hoje. Você já pensou nisso? Você já pensou na forma como Senhor o prepara? Talvez tudo isso lhe pareça uma informação religiosa casual, todavia, Deus teve o cuidado em fazê-lo à sua imagem. Você foi projetado com a capacidade de compreender as palavras” (DEVER, Mark. A Mensagem do Antigo Testamento. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2008, pp.138,139).



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