LIÇÕES
BÍBLICAS CPAD JOVENS 1º Trimestre de 2019
Título: Rumo à Terra Prometida — A peregrinação do
povo de Deus no deserto no livro de Números – Comentarista: Reynaldo
Odilo
Lição 4: A
presença de Deus no deserto
TEXTO DO DIA
“Ou,
quando a nuvem sobre o tabernáculo se detinha dois dias, ou um mês, ou um ano,
ficando sobre ele, então, os filhos de Israel se alojavam e não partiam; e,
alçando-se ela, partiam” (Nm 9.22).
SÍNTESE
A
presença de Deus no meio do povo era garantia de segurança, alegria e descanso.
Pois, caminhar pelo deserto envolvia correr perigos dos mais diversos.
AGENDA DE LEITURA
Sl 140.13 Na
presença de Deus, somente os retos habitarão
Com certeza os
justos darão graças ao teu nome, e os homens íntegros viverão na tua presença.
Sl 31.20 Presença
de Deus, lugar de esconderijo
No abrigo da tua presença os
escondes das intrigas dos homens; na tua habitação os proteges das línguas
acusadoras.
Sl 16.11 Presença
de Deus, lugar de alegria
Tu me farás
conhecer a vereda da vida, a alegria plena da tua presença, eterno prazer à tua
direita.
Gn 4.16 Sair
da presença de Deus, uma grande tragédia
Então Caim afastou-se da presença do Senhor e
foi viver na terra de Node, a leste do Éden.
Sl
68.7,8 A presença de Deus faz tremer a terra
7 Quando
saíste à frente do teu povo, ó Deus, quando marchaste pelo ermo, 8 a terra tremeu, o céu derramou chuva diante de Deus, o Deus do
Sinai; diante de Deus, o Deus de Israel.
Êx
33.14 A presença de Deus traz descanso
Respondeu o Senhor: "Eu mesmo o
acompanharei e lhe darei descanso".
OBJETIVOS
Após
esta aula, o aluno deverá estar apto a:
·
MOSTRAR como Deus se manifestou ao povo
no deserto, e como os hebreus, a princípio, obedeceram voluntariamente o mover
da nuvem e da coluna de fogo;
·
EXPLICAR como foi o início da caminhada
no deserto e os primeiros pecados do povo;
·
COMPREENDER como Deus orientou a Moisés
para que ele escolhesse setenta cooperadores.
INTERAÇÃO
Professor (a), é imprescindível haver
um bom relacionamento entre os docentes de uma mesma classe, pois isso
influencia diretamente no trabalho a ser realizado.
Assim sendo, agende uma reunião com
seu(s) colega(s), a fim de ouvir e sugerir novas ideias, discutir o tema do trimestre,
desenvolver estratégias e atividades para a classe, etc. Faça desse um momento
de interação e estreitamento de laços, independente de quantos professores
existam na classe. Todos devem trabalhar com um só propósito, o que só é
possível se houver um bom diálogo. Assim, realizarão muito mais pela classe,
uma vez que, ao planejar as atividades do trimestre e dividir as tarefas entre
todos, ninguém ficará sobrecarregado e o trabalho será bem mais dinâmico.
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Peça que os alunos relatem, de forma
resumida, alguns testemunhos de heróis e heroínas da fé. Homens e mulheres que
viveram em santidade diante do Senhor e como a glória de Deus se manifestou em
suas vidas.
Reflita com os alunos a respeito do
elo que existe entre santificação e a manifestação da presença de Deus, como
mencionado nos testemunhos. Conclua dizendo que, a santidade é o requisito
principal para ser cheio(a) do Espírito Santo. Assim, os alunos compreenderão
porque, na narrativa de Números, a menção a leis e regras para a santificação
de todos, antecederam o aparecimento da nuvem da presença. Essa conversa deve
abrir a discussão a respeito do tema da aula de hoje, que vai tratar a respeito
da presença de Deus no deserto.
TEXTO BÍBLICO
Números 9.15-22.
15
— E, no dia de levantar o
tabernáculo, a nuvem cobriu o tabernáculo sobre a tenda do Testemunho; e, à
tarde, estava sobre o tabernáculo como uma aparência de fogo até à manhã.
a nuvem cobriu o tabernáculo – O
historiador inspirado aqui entra em um assunto inteiramente novo, que poderia
ter formado um capítulo separado, começando neste verso e terminando em Nm
10:29 [Calmet]. A nuvem era um símbolo visível da presença
especial de Deus e dos cuidados dos israelitas (Êx
14:20; Sl
105: 39). Era facilmente distinguível de todas as outras
nuvens por sua forma peculiar e sua posição fixa; porque desde o dia da
conclusão do tabernáculo, ele descansava de dia como uma escuridão, de noite
como uma coluna de fogo, naquela parte do santuário que continha a arca do
testemunho (Lv
16: 2).
16
— Assim era de contínuo: a
nuvem o cobria, e, de noite, havia aparência de fogo.
17
— Mas, sempre que a nuvem se
alçava sobre a tenda, os filhos de Israel após ela partiam; e, no lugar onde a
nuvem parava, ali os filhos de Israel assentavam o seu arraial.
se erguia a nuvem – isto é, subiu para uma elevação
mais alta, de modo a ser visível nas extremidades mais remotas do acampamento.
Isso foi um sinal para deslocamento; e, consequentemente, é apropriadamente
chamado (Nm
9:18) “o mandamento do Senhor”. Era um sinal visível da
presença de Deus; e dele, como um trono glorioso, Ele dava a ordem. Seu
movimento regulava o começo e o término de todas as viagens dos israelitas.
(Veja Êx 14:19).
18
— Segundo o dito do SENHOR, os
filhos de Israel partiam e segundo o dito do SENHOR assentavam o arraial; todos
os dias em que a nuvem parava sobre o tabernáculo, assentavam o arraial.
19
— E, quando a nuvem se detinha
muitos dias sobre o tabernáculo, então, os filhos de Israel tinham cuidado da
guarda do SENHOR e não partiam.
Uma vida no deserto tem seus atrativos, e movimentos
constantes criam um amor apaixonado pela mudança. Muitos incidentes mostram que
os israelitas haviam absorvido fortemente esse hábito nômade e estavam
desejosos de se aproximar de Canaã. Mas ainda assim as fases da nuvem indicavam
o comando de Deus: e qualquer que fosse a sensação que sentissem em permanecer
estacionados no acampamento, “quando a nuvem se detinha no tabernáculo muitos
dias, eles mantinham o encargo do Senhor e não partiam. Feliz para eles sempre
exibiram esse espírito de obediência! e feliz por todos se, através do deserto
deste mundo, implicitamente seguirmos as orientações da Providência de Deus e
as direções da Palavra de Deus!
20
— E era que, quando a nuvem
poucos dias estava sobre o tabernáculo, segundo o dito do SENHOR, se alojavam
e, segundo o dito do SENHOR, partiam.
21
— Porém era que, quando a
nuvem desde a tarde até à manhã ficava ali e a nuvem se alçava pela manhã,
então, partiam; quer de dia quer de noite, alçando-se a nuvem, partiam.
22
— Ou, quando a nuvem sobre o
tabernáculo se detinha dois dias, ou um mês, ou um ano, ficando sobre ele,
então, os filhos de Israel se alojavam e não partiam; e, alçando-se ela,
partiam.
COMENTÁRIO DA LIÇÃO
INTRODUÇÃO
Caminhando
com Deus, pelo deserto, o povo estava aprendendo uma lição espiritual a cada
dia. As diversas leis tinham o objetivo de mostrar que um Deus santo requeria
um povo santo
(Lv
20.7 "Consagrem-se,
porém, e sejam santos, porque eu sou o Senhor, o Deus de vocês.).
Entretanto,
as pessoas que saíram do Egito não tinham noção dessa exigência divina e foram
conhecendo o caráter de Deus à proporção que seguiam rumo à Canaã.
Um
ano depois da saída do Egito, os hebreus estavam tendo uma nova revelação a respeito
da presença de Deus. O Senhor estava com eles, acompanhando-os numa coluna de
fogo nas noites congelantes do deserto e, durante os dias, sob o sol escaldante
de um dos lugares mais quentes do mundo, uma monumental nuvem trazia refrigério
para milhões de pessoas. O Altíssimo, carinhosamente, fazia-os viver em uma
temperatura agradabilíssima, podendo eles, assim, desfrutarem de uma paisagem
inigualável, de dia ou de noite. Com o movimento da nuvem ou coluna de fogo,
Deus indicava o momento de parar a caminhada e de prosseguir.
I. A NUVEM E A COLUNA DE FOGO
1.
A presença contínua. Quando
o povo levantou o tabernáculo, o qual foi feito conforme o modelo dado por Deus
no monte Sinai, a nuvem da presença do Senhor surgiu gloriosamente
(Nm
9.15 No dia em que foi armado o tabernáculo, a
tenda que guarda as tábuas da aliança, a nuvem o cobriu. Desde o entardecer até
o amanhecer a nuvem por cima do tabernáculo tinha a aparência de fogo.).
Os
milhões de peregrinos que estavam ao redor do tabernáculo, nas suas respectivas
tribos, entenderam perfeitamente que se tratava de uma manifestação divina.
No
fim da tarde, quando o sol declinava e a temperatura começava a cair, outro
milagre acontecia: a nuvem ficava com uma aparência de fogo, permanecendo assim
até pela manhã, quando, novamente, voltava a ser um refúgio contra o sol. Esse
processo perdurou, continuamente, por quase 40 anos
(Nm
9.16 Era assim que sempre acontecia: de dia a nuvem o cobria, e de
noite tinha a aparência de fogo.).
O
Senhor estava testemunhando a todo o povo: “E eis que estou contigo, e te
guardarei por onde quer que fores, e te farei tornar a esta terra, porque te
não deixarei, até que te haja feito o que te tenho dito”
(Gn
28.15 Estou com você e cuidarei de você, aonde quer que vá; e eu o
trarei de volta a esta terra. Não o deixarei enquanto não fizer o que lhe
prometi".).
2.
O mover imprevisível. O
texto de Números 9.17-23: 17 E segundo que se erguia a nuvem do
tabernáculo, os filhos de Israel se partiam: e no lugar onde a nuvem parava,
ali alojavam os filhos de Israel.
18 À ordem do SENHOR os filhos de Israel se
partiam: e à ordem do SENHOR assentavam o acampamento: todos os dias que a
nuvem estava sobre o tabernáculo, eles estavam parados.
19 E quando a nuvem se detinha sobre o
tabernáculo muitos dias, então os filhos de Israel guardavam a ordenança do
SENHOR e não partiam.
20 E quando sucedia que a nuvem estava sobre o
tabernáculo poucos dias, ao dito do SENHOR alojavam, e ao dito do SENHOR
partiam.
21 E quando era que a nuvem se detinha desde a
tarde até a manhã, quando à manhã a nuvem se levantava, eles partiam: ou se
havia estado no dia, e à noite a nuvem se levantava, então partiam.
22 Ou se dois dias, ou um mês, ou ano, enquanto
a nuvem se detinha sobre o tabernáculo ficando sobre ele, os filhos de Israel
se estavam acampados e não moviam: mas quando ela se erguia, eles moviam.
23 Ao dito do SENHOR assentavam, e ao dito do
SENHOR partiam, guardando a ordenança do SENHOR, como o havia o SENHOR dito por
meio de Moisés.
fala
a respeito do mover imprevisível de Deus, representado nos deslocamentos da
nuvem e da coluna de fogo. Impressionante como o Espírito Santo, que inspirou
os escritores bíblicos, fez questão de mencionar que, às vezes, o referencial
da presença de Deus permanecia no mesmo lugar um ano ou, inexplicavelmente,
menos de um dia.
Interessante
perceber, também, que não havia nenhum fenômeno natural perceptível que
antecedesse os movimentos vertical (subida e descida sobre o tabernáculo) e
horizontal (mudança geográfica) da nuvem ou da coluna de fogo. O Senhor, por
sua soberania, de dia ou de noite, sem mandar qualquer aviso, simplesmente
transferia o lugar da nuvem ou a coluna de fogo. Não havia, nem há, paradigmas
para entender o mover de Deus. Porventura, nos dias atuais, não é com a mesma
imprevisibilidade e aparente ilogicidade eventual que Deus age?
3.
A obediência voluntária. Deus
estava treinando os israelitas para que eles, com alegria, aprendessem a
obedecer ao Senhor. Vale lembrar que, repetidamente, as Escrituras dizem que
eles eram rebeldes ou de “dura cerviz”
(Dt
10.16 Sejam fiéis, de coração, à sua aliança; e deixem de ser
obstinados.
Jr
7.26 Mas eles não me ouviram nem me deram atenção. Antes, tornaram-se
obstinados e foram piores do que os seus antepassados.
Mc
10.5 5 Respondeu
Jesus: "Moisés escreveu essa lei por causa da dureza de coração de vocês.
6 Mas no princípio da criação Deus 'os fez homem e mulher'.
7 'Por esta razão, o homem deixará pai e mãe e se unirá à sua
mulher, 8 e
os dois se tornarão uma só carne'. Assim, eles já não são dois, mas sim uma só
carne.
9 Portanto,
o que Deus uniu, ninguém o separe".
At
7.51 51 "Povo
rebelde, obstinado de coração e de ouvidos! Vocês são iguais aos seus
antepassados: sempre resistem ao Espírito Santo!
52 Qual dos profetas os seus antepassados não perseguiram? Eles
mataram aqueles que prediziam a vinda do Justo, de quem agora vocês se tornaram
traidores e assassinos -
53
vocês, que receberam a Lei por intermédio de anjos, mas não lhe
obedeceram".).
Assim,
por vezes, a nuvem passava um longo período parada e, depois, numa sequência
inesperada, era transferida de lugar rapidamente, mas o povo a seguia, como se
vê: “Segundo o dito do SENHOR, se alojavam e, segundo o dito do SENHOR,
partiam; da guarda do SENHOR tinham cuidado, segundo o dito do SENHOR pela mão
de Moisés”
(Nm 9.23 Ao dito do SENHOR assentavam, e ao dito do
SENHOR partiam, guardando a ordenança do SENHOR, como o havia o SENHOR dito por
meio de Moisés.).
Os
que servem a Deus devem aprender a obedecer voluntariamente ao Senhor, de todo
coração, como Davi recomendou a Salomão
(1Cr
28.9 9 "E você, meu filho Salomão, reconheça o Deus de seu pai, e
sirva-o de todo o coração e espontaneamente, pois o Senhor sonda todos os
corações e conhece a motivação dos pensamentos. Se você o buscar, o encontrará,
mas, se você o abandonar, ele o rejeitará para sempre.
10 Veja que o Senhor o escolheu para construir um templo que sirva de
santuário. Seja forte e mãos ao trabalho!"),
para
que tenham vitória nas grandes lutas que travarem. A obediência é um segredo,
uma bússola, um mapa e um caminho. Andar por ela é sinal de sabedoria,
humildade, fé e sempre produz os resultados da verdadeira prosperidade na vida.
Pense!
Vale a pena obedecer a Deus mesmo
quando aquilo que Ele requer aparenta ser irracional ou ilógico?
Ponto Importante
Fazer a vontade de Deus sempre é a
melhor decisão para seu povo, sob quaisquer circunstâncias, pois o Senhor é o
sumo bem e Ele jamais se equivoca.
II. O INÍCIO DA CAMINHADA
1. A ordem para marchar (10.11-13 Os
israelitas deixam o Sinai - 11 No vigésimo dia do segundo mês
do segundo ano, a nuvem se levantou de cima do tabernáculo que guarda as tábuas
da aliança.
12
Então os israelitas partiram do deserto do Sinai e viajaram por
etapas, até que a nuvem pousou no deserto de Parã.
13 Assim partiram pela primeira
vez, conforme a ordem do Senhor anunciada por Moisés.). Deus
possui um aguçado senso de beleza e organização, entretanto esse traço de seu
caráter justifica-se não apenas pela estética e estratégia de suas
determinações, mas sobretudo em face do grande amor pelo seu povo.
O
Senhor mandou fazer duas trombetas de prata, uma sofisticada obra de arte (a
prata era depurada no fogo, daí por que é símbolo da redenção na Bíblia), as
quais serviam para conclamar o povo para se reunir e dar o sinal de partida do
acampamento, tudo muito organizado. Entretanto, mais adiante, Deus disse que as
trombetas também seriam tocadas quando os israelitas estivessem em dificuldades
(o toque das trombetas era uma verdadeira oração) e nas festas religiosas
(Nm
10.2,9,10).
Dessa
forma, o início de toda caminhada era marcado, simbolicamente, por um momento
de oração. O toque das trombetas movia o coração de Deus em favor do povo e o
Senhor se lembrava da aliança firmada. A promessa de Deus, feita desde os dias
do patriarca Abraão, seria cumprida, pois Deus é fiel.
2.
Confiança do líder abalada (10.29). Em
meio a tantas demonstrações eloquentes do cuidado de Deus, percebe-se uma falta
de confiança do líder Moisés, pois convidou Hobabe, seu cunhado, para guiar o
povo nos caminhos do deserto
(Nm
10.29-32).
Ora,
a presença de Deus, representada na nuvem e na coluna de fogo, sinalizava
perfeitamente quando o povo deveria acampar e seguir viagem, e qual rota
percorrer, mas Moisés entendeu que seria bom ter alguém com experiência para
“ser seus olhos” e socorrê-los em tempo oportuno. Mas, o Senhor compreendeu a
fraqueza do líder e sequer o repreendeu. Moisés também precisava aprender a
confiar. Vê-se, porém, que em nenhum outro momento Hobabe é mencionado nas
Escrituras, dando provas que o convite de Moisés foi estéril e inócuo. Deus é
quem comanda e guia os passos do seu povo.
3.
O pecado da murmuração (11.1-10 Fogo
do Senhor - 1 Aconteceu que o povo começou a
queixar-se das suas dificuldades aos ouvidos do Senhor. Quando ele os ouviu, a
sua ira acendeu-se, e fogo da parte do Senhor queimou entre eles e consumiu
algumas extremidades do acampamento.
2 Então o povo clamou a Moisés, este orou ao Senhor,
e o fogo extinguiu-se.
3 Por isso aquele lugar foi chamado
Taberá, porque o fogo da parte do Senhor queimou entre eles.
Deus envia codornizes – 4 Um bando de estrangeiros que havia no meio deles
encheu-se de gula, e até os próprios israelitas tornaram a queixar-se e diziam:
"Ah, se tivéssemos carne para comer!
5 Nós nos lembramos dos peixes que comíamos de graça
no Egito, e também dos pepinos, das melancias, dos alhos-porós, das cebolas e
dos alhos.
6 Mas agora perdemos o apetite; nunca
vemos nada, a não ser este maná!"
7 O maná era como semente de coentro e tinha
aparência de resina.
8 O povo saía recolhendo o maná nas
redondezas e o moía num moinho manual ou socava-o num pilão; depois cozinhava o
maná e com ele fazia bolos. Tinha gosto de bolo amassado com azeite de oliva.
9 Quando o orvalho caía sobre o acampamento à noite,
também caía o maná.
10 Moisés ouviu gente de todas as famílias
se queixando, cada uma à entrada de sua tenda. Então acendeu-se a ira do
Senhor, e isso pareceu mal a Moisés.). Na caminhada dos hebreus pelo
deserto, o Senhor sempre esteve presente cuidando do seu povo, mas, como visto
anteriormente é inevitável que as fraquezas dos líderes apareçam e, infelizmente,
também, existam rebeliões.
Em
Números 11.1-10 diz-se que aconteceu murmuração no meio do povo por causa da
comida (toda murmuração dirige-se, em primeiro plano, contra Deus) e o Senhor
levou em consideração as palavras proferidas a tal ponto que muitos israelitas
morreram como castigo pela rebelião.
Judas
escreveu a respeito de alguns indivíduos não recomendáveis que eram
“murmuradores, queixosos da sua sorte, andando segundo as suas concupiscências,
e cuja boca diz coisas mui arrogantes, admirando as pessoas por causa do
interesse”
(Jd
v.16 Essas pessoas vivem se queixando,
descontentes com a sua sorte, e seguem os seus próprios desejos impuros; são
cheias de si e adulam os outros por interesse.).
Certamente
o que os israelitas fizeram foi muito grave diante do Senhor, pois a Bíblia diz
que a maldição não vem sem causa
(Pv
26.2 Como o pardal que voa em fuga, e a andorinha que esvoaça veloz,
assim a maldição sem motivo justo não pega.).
Importante
que cada cristão aprenda a ser agradecido, de todo coração, e nunca despreze o
“pão” que Deus dá.
Pense!
Não teria Deus agido injustamente ao
matar pessoas por apenas reclamarem do cardápio alimentar?
Ponto Importante
Deus é a suma justiça. Ele jamais
exacerba em seus juízos, por isso, a maldição não vem sem causa.
III. DEUS LEVANTA COOPERADORES
1.
Carga pesada. Na
caminhada com Deus, pelo deserto a cada dia os limites humanos são testados. O
grande Moisés que, pouco tempo antes, tinha convidado Hobabe para ser “seus
olhos” na peregrinação (tinha plano até para quando Deus falhasse na
orientação), agora pensa em desistir do ministério. Ele concluiu: “Eu sozinho
não posso levar a todo este povo, porque muito pesado é para mim. E, se assim
fazes comigo, mata-me, eu to peço, se tenho achado graça aos teus olhos; e não
me deixes ver o meu mal”
(Nm
11.14,15 14
Não posso levar todo esse povo
sozinho; essa responsabilidade é grande demais para mim.
15 Se é assim que vais me tratar, mata-me agora mesmo; se te agradas
de mim, não me deixes ver a minha própria ruína".).
A
resposta que Deus ofereceu a Moisés ressoa como modelo ministerial pelos
séculos. O líder é feito de “carne e osso” e, por isso, precisa de apoio e
companhia. Sempre que Deus quis fazer algo significativo, antes de tudo, montou
uma equipe. Talvez Moisés, até aquele instante, acreditasse ser possível liderar
sozinho, mas o Senhor permitiu que ele ficasse esgotado emocionalmente para
aprender a depender mais dEle. Então, o Altíssimo designou setenta anciãos para
auxiliar o seu servo.
2.
Dividindo a carga. Deus,
de maneira sábia, pediu que Moisés escolhesse setenta líderes para que o
auxiliasse. A escolha seria de Moisés, porém eles seriam instrumentos do
Senhor, para ajudar na condução da obra. Observa-se um segundo aspecto
relevante nessa história: os auxiliares precisavam ter o mesmo espírito de
Moisés, pensar a mesma coisa, compartilhar do alinhamento do entendimento do
líder, ação precípua do Espírito Santo. Só assim a carga pesada das atribuições
seria, de fato, compartilhada.
Pouco
tempo depois houve o episódio das codornizes, o primeiro teste dos 70 líderes
(Nm
11.31-35 31
Depois disso, veio um vento da
parte do Senhor que trouxe codornizes do mar e as fez cair por todo o
acampamento, a uma altura de noventa centímetros, espalhando-as em todas as
direções num raio de um dia de caminhada.
32
Durante todo aquele dia e aquela noite e durante todo o dia
seguinte, o povo saiu e recolheu codornizes. Ninguém recolheu menos de dez
barris. Então eles as estenderam para secar ao redor de todo o acampamento.
33 Mas, enquanto a carne ainda estava entre os seus dentes e antes
que a ingerissem, a ira do Senhor acendeu-se contra o povo, e ele o feriu com
uma praga terrível.
34
Por isso o lugar foi chamado Quibrote-Hataavá, porque ali foram
enterrados os que tinham sido dominados pela gula.
35 De Quibrote-Hataavá o povo partiu para Hazerote, e lá ficou.).
Deus
é bom e fiel, pois, certamente, se Moisés estivesse sozinho nessa nova e grave
situação ele teria sucumbido.
3.
Insubmissão. Moisés,
depois de ter a carga administrativa aliviada pelos setenta líderes chancelados
por Deus, viu ruir os apoios mais importantes que tinha: o de Miriã e Arão,
seus amados irmãos, os quais se insurgiram fortemente contra ele, mas “o SENHOR
o ouviu”
(Nm
12.2 "Será que o Senhor tem falado apenas por
meio de Moisés?", perguntaram. "Também não tem ele falado por meio de
nós?" E o Senhor ouviu isso.).
Os
irmãos de Moisés foram repreendidos pelo Senhor, inclusive Miriã ficou leprosa
por causa dessa insubmissão ao líder. Ferir o princípio da autoridade e
submissão, desobedecendo a liderança, não é uma atitude sábia e prudente, ainda
que existam ponderações de natureza administrativa consideráveis.
Pense!
As ponderações de Miriã e Arão contra
Moisés não deveriam, ao menos, terem sido discutidas por Deus na reunião feita
com eles no santuário?
Ponto Importante
O princípio da autoridade e submissão
tem grande relevância para Deus, por isso, havendo rebelião, o Senhor sequer
discute as argumentações apresentadas.
CONCLUSÃO
A
maior consolação que os israelitas poderiam ter no deserto era a certeza da
presença contínua de Deus com eles; e o Senhor demonstrou inequivocamente tal
realidade, através da nuvem ou da coluna de fogo que nunca abandonaram o povo.
Mesmo diante dessa certeza, tanto os líderes quanto o povo cometeram erros, os
quais não ficaram impunes, servindo isso de exemplo para a igreja hodierna.
ESTANTE DO PROFESSOR
DEVER, Mark. A Mensagem do
Antigo Testamento. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2008.
HORA DA REVISÃO
1. Cite
dois sinais que Deus realizou, os quais demonstravam a presença dEle entre o
povo.
A nuvem e a coluna de fogo.
2. Em
quais momentos a nuvem e a coluna de fogo podiam ser vistas?
Durante o dia a nuvem e à noite, a coluna de fogo.
3. De
qual material foram feitas as duas trombetas que convocavam o povo?
De prata batida.
4. Qual
o nome do cunhado de Moisés que foi convidado para ser o “guia do povo”?
Hobabe.
5. Segundo
a lição, por que os irmãos de Moisés foram repreendidos pelo Senhor?
Eles foram repreendidos pelo Senhor porque foram insubmissos ao líder.
SUBSÍDIO
“Os
capítulos 9 e 10, em especial, centram-se na presença do Senhor no meio do seu
povo.
Números 9 - Celebração da Páscoa – 1 O Senhor falou com Moisés no deserto do Sinai, no
primeiro mês do segundo ano depois que o povo saiu do Egito. Ele disse: 2 "Os israelitas devem celebrar a Páscoa na
ocasião própria.
3 Celebrem-na no tempo determinado, ao
pôr do sol do décimo quarto dia deste mês, de acordo com todas as suas leis e
ordenanças".
4 Então Moisés ordenou aos israelitas que celebrassem
a Páscoa; 5eles a celebraram no deserto do Sinai, ao pôr do
sol do décimo quarto dia do primeiro mês. Os israelitas fizeram tudo conforme o
Senhor tinha ordenado a Moisés.
6 Mas alguns deles não puderam celebrar a Páscoa
naquele dia porque se haviam tornado impuros por terem tocado num cadáver. Por
isso procuraram Moisés e Arão naquele mesmo dia 7 e disseram a Moisés: "Nós nos tornamos impuros
por termos tocado num cadáver, mas por que deveríamos ser impedidos de
apresentar a nossa oferta ao Senhor na ocasião própria, como os demais
israelitas?"
8 Moisés respondeu-lhes: "Esperem até que eu
saiba o que o Senhor ordena a respeito de vocês".
9 Então o Senhor disse a Moisés: 10 "Diga o seguinte aos israelitas: Quando algum
de vocês ou dos seus descendentes se tornar impuro por tocar algum cadáver ou
estiver distante por motivo de viagem, ainda assim poderá celebrar a Páscoa do
Senhor.
11 Deverão celebrá-la no décimo quarto dia
do segundo mês, ao pôr do sol. Comerão o cordeiro com pães sem fermento e com
ervas amargas.
12 Não deixarão sobrar nada até o amanhecer e não
quebrarão nenhum osso do cordeiro. Quando a celebrarem, obedeçam a todas as
leis da Páscoa.
13 Se, porém, um homem estiver puro e não
estiver distante por motivo de viagem e ainda assim não celebrar a Páscoa, ele será
eliminado do meio do seu povo porque não apresentou a oferta do Senhor na
ocasião própria. Ele sofrerá as consequências do seu pecado.
14 "Um estrangeiro residente entre vocês, que
queira celebrar a Páscoa do Senhor, deverá fazê-lo de acordo com as leis e
ordenanças da Páscoa. Vocês terão as mesmas leis para o estrangeiro e para o
natural da terra".
A nuvem por cima do tabernáculo - 15 No dia em que foi armado o tabernáculo, a tenda que
guarda as tábuas da aliança, a nuvem o cobriu. Desde o entardecer até o
amanhecer a nuvem por cima do tabernáculo tinha a aparência de fogo.
16 Era assim que sempre acontecia: de dia
a nuvem o cobria, e de noite tinha a aparência de fogo.
17 Sempre que a nuvem se levantava de cima da Tenda,
os israelitas partiam; no lugar em que a nuvem descia, ali acampavam.
18 Conforme a ordem do Senhor, os
israelitas partiam e, conforme a ordem do Senhor, acampavam. Enquanto a nuvem
estivesse por cima do tabernáculo, eles permaneciam acampados.
19 Quando a nuvem ficava sobre o tabernáculo por muito
tempo, os israelitas cumpriam suas responsabilidades para com o Senhor e não
partiam.
20 Às vezes a nuvem ficava sobre o
tabernáculo poucos dias; conforme a ordem do Senhor, eles acampavam e, também
conforme a ordem do Senhor, partiam.
21 Outras vezes a nuvem permanecia somente desde o
entardecer até o amanhecer e, quando se levantava pela manhã, eles partiam. De
dia ou de noite, sempre que a nuvem se levantava, eles partiam.
22 Quer a nuvem ficasse sobre o
tabernáculo dois dias, quer um mês, quer mais tempo, os israelitas permaneciam
no acampamento e não partiam; mas, quando ela se levantava, partiam.
23 Conforme a ordem do Senhor acampavam e conforme a
ordem do Senhor partiam. Nesse meio tempo, cumpriam suas responsabilidades para
com o Senhor, de acordo com as suas ordens, anunciadas por Moisés.
Números 10 - As duas trombetas de prata – 1 O Senhor disse a Moisés: 2 "Faça duas cornetas de prata batida a fim de
usá-las para reunir a comunidade e para dar aos acampamentos o sinal para partirem.
3 Quando as duas cornetas tocarem, a
comunidade inteira se reunirá diante de você, à entrada da Tenda do Encontro.
4 Se apenas uma tocar, os líderes, chefes dos clãs de
Israel, se reunirão diante de você.
5 Quando a corneta der um toque de alerta,
as tribos acampadas a leste deverão partir.
6 Ao som do segundo toque, os acampamentos do lado
sul partirão. O toque de alerta será o sinal para partir.
7 Para reunir a assembleia, faça soar as
cornetas, mas não com o mesmo toque.
8 "Os filhos de Arão, os sacerdotes, tocarão as
cornetas. Este é um decreto perpétuo para vocês e para as suas gerações.
9 Quando em sua terra vocês entrarem em
guerra contra um adversário que os esteja oprimindo, toquem as cornetas; e o
Senhor, o Deus de vocês, se lembrará de vocês e os libertará dos seus inimigos.
10 Também em seus dias festivos, nas festas fixas e no
primeiro dia de cada mês, vocês deverão tocar as cornetas por ocasião dos seus
holocaustos e das suas ofertas de comunhão, e elas serão um memorial em favor
de vocês perante o seu Deus. Eu sou o Senhor, o Deus de vocês".
Os israelitas deixam o Sinai – 11 No vigésimo dia do segundo mês do segundo ano, a
nuvem se levantou de cima do tabernáculo que guarda as tábuas da aliança.
12 Então os israelitas partiram do deserto
do Sinai e viajaram por etapas, até que a nuvem pousou no deserto de Parã.
13 Assim partiram pela primeira vez, conforme a ordem
do Senhor anunciada por Moisés.
14 Os exércitos do acampamento de Judá
partiram primeiro, junto à sua bandeira. Naassom, filho de Aminadabe, estava no
comando.
15 Natanael, filho de Zuar, comandava os exércitos da
tribo de Issacar, 16 e Eliabe, filho de Helom, chefiava os
exércitos da tribo de Zebulom.
17 Quando o tabernáculo era desmontado, os gersonitas
e os meraritas o carregavam e partiam.
18 Os exércitos do acampamento de Rúben
partiram em seguida, junto à sua bandeira. Elizur, filho de Sedeur, estava no
comando.
19 Selumiel, filho de Zurisadai, comandava os
exércitos da tribo de Simeão, 20 e Eliasafe, filho de Deuel, chefiava os
exércitos da tribo de Gade.
21 Então os coatitas partiam carregando as coisas
sagradas. Antes que eles chegassem, o tabernáculo já deveria estar armado.
22 Os exércitos do acampamento de Efraim
partiram em seguida, junto à sua bandeira. Elisama, filho de Amiúde, estava no
comando.
23 Gamaliel, filho de Pedazur, comandava os exércitos
da tribo de Manassés, 24 e Abidã, filho de Gideoni, os exércitos
da tribo de Benjamim.
25 Finalmente, partiram os exércitos do acampamento de
Dã, junto à sua bandeira, como retaguarda para todos os acampamentos. Aieser,
filho de Amisadai, estava no comando.
26 Pagiel, filho de Ocrã, comandava os
exércitos da tribo de Aser, 27 e Aira, filho de Enã, a divisão da
tribo de Naftali.
28 Essa era a ordem que os exércitos
israelitas seguiam quando se punham em marcha.
29 Então Moisés disse a Hobabe, filho do midianita
Reuel, sogro de Moisés: "Estamos partindo para o lugar a respeito do qual
o Senhor disse: 'Eu o darei a vocês'. Venha conosco e o trataremos bem, pois o Senhor
prometeu boas coisas para Israel".
30 Ele respondeu: "Não, não irei;
voltarei para a minha terra e para o meu povo".
31 Moisés, porém, disse: "Por favor, não nos
deixe. Você sabe onde devemos acampar no deserto e pode ser o nosso guia.
32 Se vier conosco, partilharemos com você
todas as coisas boas que o Senhor nos der".
33 Então eles partiram do monte do Senhor e viajaram
três dias. A arca da aliança do Senhor foi à frente deles durante aqueles três
dias para encontrar um lugar para descansarem.
34 A nuvem do Senhor estava sobre eles de
dia, sempre que partiam de um acampamento.
35 Sempre que a arca partia, Moisés dizia:
"Levanta-te, ó Senhor!
Sejam espalhados os teus inimigos e fujam de diante de ti os teus adversários".
Sejam espalhados os teus inimigos e fujam de diante de ti os teus adversários".
36 Sempre que a arca parava, ele dizia: "Volta,
ó Senhor, para os incontáveis milhares de Israel".
A
primeira metade do capítulo 9 reconta a celebração da primeira Páscoa do
deserto, (9.1-14), celebração essa que, acima de tudo, lembra-lhes a presença
do Senhor quando, de forma extraordinária, libertou-os do Egito. Na segunda
metade do capítulo, Deus promete prover uma nuvem para guiar os viajantes e
para lembrá-los de sua presença contínua […].
No
início do capítulo 10, a finalidade de tocar as trombetas é para que Deus e o
povo lembrem-se uns dos outros (10.9,10). E nos versículos seguintes a nuvem
move-se pela primeira vez. Portanto, a primeira parte de Números é um resumo da
forma especial como Deus preparou seu povo ao instruí-lo sobre a pureza, ao
conceder-lhes os sacerdotes e, acima de tudo, sua presença especial.
O
Senhor preparou o seu povo naquela época e o prepara hoje. Você já pensou
nisso? Você já pensou na forma como Senhor o prepara? Talvez tudo isso lhe
pareça uma informação religiosa casual, todavia, Deus teve o cuidado em fazê-lo
à sua imagem. Você foi projetado com a capacidade de compreender as palavras”
(DEVER, Mark. A Mensagem do Antigo Testamento. 1ª Edição. RJ:
CPAD, 2008, pp.138,139).
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