sexta-feira, 11 de janeiro de 2019

A NATUREZA DOS ANJOS - A BELEZA DO MUNDO ESPIRITUAL


A Natureza dos Anjos
– A Beleza do Mundo Espiritual
ALBERTO ARAÚJO

[…] o assunto desta semana é o objeto de muitos desvios doutrinários.
Fundamentalmente, há uma disposição mística no Brasil para cultos a diferentes criaturas. Os anjos entram nessa dinâmica porque há no Brasil um cruzamento sincrético religioso que perpassa o catolicismo romano, o candomblé e o espiritismo kardecista. Nunca foi tão atual em nossa terra a advertência do apóstolo Paulo acerca do culto aos anjos (Cl 2.18,19). Assim, o melhor caminho para demover as falsas compreensões sobre o assunto é idêntico com clareza o que o texto bíblico ensina a respeito dos anjos. (Revista Ensinador Cristão – CPAD, nº 77, p. 37)

O estudo acerca dos anjos sempre trouxe uma certa confusão e mística a muitos. Cabe ressaltar que somente na Bíblia encontramos a fonte contável e verdadeira, que poderá nos auxiliares no estudo deste, ainda controverso, tema.
Neste comentário traremos um auxílio dentro do texto proposto em cada tópico, seguindo os objetivos específicos dados pela lição, com o objetivo de contribuir para o preparo de sua aula. Que Deus nos ajude no decorrer desta maravilhosa lição.
OS ANJOS
O Antigo Testamento menciona os anjos 108 vezes, enquanto o Novo Testamento fala 165 vezes sobre eles. A doutrina da Bíblia sobre esse assunto é bem clara. Deus, o grande Criador que a todos dá a vida e a respiração (cf. At 17.25), criou na terra três formas distintas de vida, isto é, a vida vegetal, a vida animal e a vida humana, e criou também os anjos, com vida eterna, para habitarem nos céus.  (BERGSTÉN 1999, p. 270)

Os anjos são seres criados por Deus no princípio de tudo (Jó 38.7; Cl 1.16). Foram criados pela Palavra de Deus (Sl 33.6). O signicado da palavra anjo é:
O termo “anjo” na Bíblia pode ser tradução de malakh, do hebraico, ou de angelos, do grego. O significado é mensageiro. A Bíblia refere-se àquela criatura que traz uma mensagem divina ao ser humano. (SOARES 2018, p.
38)
Eles possuem um caráter bem expressivo, e que deve ser notado quando no trato deste assunto:
1 – São santos e puros (Mc 8.38; At 10.22);
2 – São inteiramente sujeitos a Deus e a Cristo (1 Pe 3.22);
3 – Não aceitam nenhuma forma de adoração, pois uma de suas funções é adorar a Deus (Ne 9.6; Ap 19.10);
4 – São autoconscientes e conhecem a autoridade lhes delegada por Deus (L 1.19);
5 – Possuem livre-arbítrio, e foram provado disso na queda de Lúcifer (Jd v6);
6 – São sábios, contudo, não oniscientes (2 Sm 14.20);
7 – São poderosos, contudo, não onipotentes (2 Pe 2.11);
8 – Têm emoções (Lc 15.10); e
9 – Possuem sua morada no céu (Lc 22.43).
Em síntese, os anjos são mensageiros de Deus e de Cristo, criados para adorarem a Eles e servir a favor daqueles que hão de herdar a salvação (Hb 1.14), possuem um caráter específico, e em linhas gerais, na Bíblia, vemos como principal função dos anjos, aquilo que em tese é descrito como significado de seu nome (mensageiro).  

OS SERES CELESTIAIS PARA SERVIR
Os anjos são seres criados por Deus, com características bem específicas em seu trato, que podem atuar tanto no plano terreno, como no celestial, sempre a mando de Deus, a m de realizar missões específicas ordenadas pelo Senhor.
            Em suas características destacamos:
1 – São seres espirituais: Pois não possuem forma física como nós, mas sim um corpo espiritual que é acompanhado de luz e de glória celestial (Ez 1.13);
2 – São Imortais: Os anjos são imortais e jamais deixarão de existir. Eles não envelhecem, pois já existem e foram criados em seu estado perfeito (Lc 20.36);
3 – São assexuados: Os anjos não possuem sexo e nem desejo para manter relações sexuais como os homens (Mc 12.25; Lc 20.34-36);
4 – São invisíveis: Por não existirem em matéria, são invisíveis aos homens, com algumas exceções para algumas finalidades (Mt 28.2-6; Lc 1.26-31), e quando se manifestam, movimentam-se com rapidez (Dn 9.21); e
5 – São Numerosos: A Bíblia destaca que existem “milhares de milhares” e “milhões de milhões” (Dn 7.10).
Os anjos, além de possuírem as características acima listadas, eles também são seres dotados de inteligência, de vontade própria e de poderes especiais (2 Rs 19.35). Eles também possuem uma dupla função: Adorar a Deus em Sua Glória (Is 6.1-3); e trabalhar em prol dos que hão de herdar a vida eterna (Hb 1.14).

A epístola aos Hebreus diz o seguinte acerca da função dos anjos: “Não são porventura, todos eles espíritos ministradores, enviados para servir a favor daqueles que hão de herdar a salvação?” (1.14). Essa promessa de auxílio não quer dizer que temos um anjo protetor individual como ensina uma conhecida tradição cristã. Entretanto, sabemos pelas Escrituras que de acordo com a vontade de Deus, Ele dá ordem aos anjos a nosso respeito (Sl 91.11-13). (Revista Ensinador Cristão, CPAD – nº 77, p. 37)

Encontramos ainda na Bíblia mais algumas descrições dos anjos como seres bons, pacientes, obedientes, santos e eleitos (1 Sm 29.9; 2 Sm 14.17; 1 Tm 5.21), e também sendo chamados de filhos de Deus (Jó 1.6).

AS HOSTES ANGELICAIS
Encontramos na Bíblia algumas classes de anjos em diferentes graduações de autoridade. Alguns anjos desempenham funções de grande responsabilidade junto ao trono de Deus, cooperando na administração divina. Outros são encarregados de serviços na administração de Deus quanto ao atendimento aos homens no mundo inteiro, servindo a “favor daqueles que herdarão a salvação” (Hb 1.14). (BERGSTÉN 1999, p. 271)

            Em linhas gerais, falaremos acerca das seguintes classes:
1 – OS QUERUBINS            
Querubim origina-se do hebraico (kerub), que significa “guardar”, “cobrir”. Os querubins possuem por função zelar pela santidade divina, como uma espécie de função de guarda nos céus. Encontramos como referência da atuação dos querubins na Bíblia, quando receberam a missão de guardar o jardim (Gn 3.24), quando o texto sagrado os relata que haviam dois querubins de ouro sobre a arca da aliança (Êx 25.22), que Deus está entronizado acima dos querubins (Ez 10.1-22) e os que estavam ao redor do trono de Deus, ou seja, os quatro seres viventes (Ap 4.6; Ez 1.5-25; 10.20).
2 – SERAFINS
Seram origina-se da raiz hebraica (sarap), que quer dizer “ardentes”.
Na Bíblia encontramos apenas um texto que faz referência a este tipo de anjos (Is 6.1-6). Neste texto eles aparecem rodeando o trono de Deus, cada um possuindo 3 pares de asas (Duas cobrindo o rosto como forma de reverência; duas cobrindo os pés para que suas obras não apareçam; e duas voavam), e ressoavam de modo uníssono um louvor em adoração a Deus (Santo, Santo, Santo é o Senhor dos Exércitos...). Pouco se sabe em relação a esta categoria de anjos, contudo, “Acredita-se que constituem a ordem mais
elevada de anjos e que a característica que os distingue é um flamejante amor a Deus”. (GABY, apud, Teologia Sistemática Pentecostal 2008, p. 455)

3 – ARCANJOS
A palavra arcanjo tem seu significado da palavra grega archangelos, que significa “anjo principal”. Encontramos na Bíblia a referência a um anjo a receber este título que é Miguel (Jd v9). Muitos incluem Gabriel como arcanjo, embora a Bíblia não o nomeie como sendo um arcanjo.
Os arcanjos são chefes, revestidos por Deus de autoridade sobre os outros anjos. (BERGSTÉN 1999, p. 273)

JESUS E O ARCANJO MIGUEL
Miguel, cujo nome traduzido do hebraico significa “quem é semelhante a Deus”, é um arcanjo, também chamado “um dos primeiros príncipes” (Dn 10.13-21). (BERGSTÉN 1999, p. 273)   

Miguel, como os demais anjos, têm suas características bastante omitidas nos Escritos Sagrados. Além de suas atuações em batalhas, e seus poucos títulos, pouco se sabe acerca deste arcanjo.
Alguns realizam uma comparação e até armam que Miguel é o próprio Jesus, confundindo assim a criatura com o criador:
Os adventistas do sétimo dia e as testemunhas de Jeová ensinam que Miguel é o próprio Jesus Cristo. Esse pensamento não nos surpreende no tocante às testemunhas de Jeová, que são arianistas. O que nos chama a atenção é o fato de os adventistas do sétimo dia, que armam crer na Trindade, confundirem o Criador com a criatura. (SOARES 2018, p. 47)
            O que deve ser destacado, é que um cristão que crê na doutrina da Trindade, jamais deveria aceitar esta assertiva aceita por alguns, de modo que o que nos cabe ante a isso é acabar com qualquer vulto a esse respeito em nosso meio.
Por m, deve-se avaliar as diferenças claras entre Jesus e Miguel.
Jesus é Deus, Salvador, Adorado e Reverenciado, chamado de Filho Amado pelo próprio Deus, e É o Próprio Deus, enquanto Miguel, apesar de ter o seu principado, ser revestido de um corpo celestial, é apenas uma criatura que, assim como nós, foi criada a partir da Palavra de Deus (e do Próprio Jesus, pois a Bíblia diz que tudo foi feito por Ele, e através dEle), não pode ser adorado, e está a serviço de Deus e de Seu Filho Amado Jesus Cristo.

Esperando Jesus voltar hoje!

Dc. ALBERTO ARAÚJO



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