sexta-feira, 3 de agosto de 2018

A Doutrina do Culto Levitico 2018


LIÇÕES BÍBLICAS CPAD ADULTOS 3º Trimestre de 2018
Título: Adoração, Santidade e Serviço — Os princípios de Deus para a sua Igreja em Levítico – Comentarista: Claudionor de Andrade
Lição 6: A doutrina do Culto Levítico – Data: 05 de Agosto de 2018


TEXTO ÁUREO

Do SENHOR é a terra e a sua plenitude, o mundo e aqueles que nele habitam” (Sl 24.1).

24.1,2 — Do Senhor é a terra. O salmista adora Deus como o Soberano sobre tudo aquilo que criou. Estas palavras também preparam a questão — se Deus é Senhor de tudo, quem pode abordá-lo? — levantada nos versículos 3-5. Aqueles que nele habitam. O reinado de Deus estende-se a todos, até mesmo àqueles que não reconhecem Seu poder. Afundou sobre os mares. Tomando emprestado os termos de Gênesis 1, em que Deus ordena à terra seca emergir das profundezas das águas (Gn 1.2,9), Davi descreve o controle contínuo de Deus sobre as águas.

Salmos 24 Estudo: Quem é o Rei da glória?
No Salmos 24, o Salmista Davi exalta ao Senhor Deus por sua criação. Ele declara que tudo o que existe pertence ao Senhor, pois ele criou todas as coisas.
  
Após isso, ele se pergunta: “Quem poderá subir o monte do Senhor? Quem poderá entrar no seu Santo Lugar?”
E a resposta vem em seguida: “Aquele que tem as mãos limpas e o coração puro, que não recorre aos ídolos nem jura por deuses falsos”.
Ou seja, aquele que foi santificado pela Palavra de Deus, isto é, aquele cujo procedimento está em conformidade aos mandamentos do Senhor.
Não podemos esperar, ser herdeiros de Deus sem o aperfeiçoamento na santificação.
Servimos a um Rei glorioso. Nada nem ninguém se compara ao nosso Deus em poder e glória. Não é em vão que o Salmista clama:
“Abram-se, ó portais; abram-se, ó portas antigas, para que o Rei da glória entre”.
Que as portas do nosso coração estejam continuamente abertas para receber o nosso Rei.

Esboço de Salmos 24:
24.1,2: Do Senhor é a Terra
24.3 – 6: O Monte do Senhor?
24.7 – 10: Quem é o Rei da glória?

Salmos 24.1,2: Do Senhor é a Terra
1 Do Senhor é a terra e tudo o que nela existe, o mundo e os que nele vivem;
2 pois foi ele quem fundou-a sobre os mares e firmou-a sobre as águas.

Salmos 24.3 – 6: O Monte do Senhor?
3 Quem poderá subir o monte do Senhor? Quem poderá entrar no seu Santo Lugar?
4 Aquele que tem as mãos limpas e o coração puro, que não recorre aos ídolos nem jura por deuses falsos.
5 Ele receberá bênçãos do Senhor, e Deus, o seu Salvador lhe fará justiça.
6 São assim aqueles que o buscam, que buscam a tua face, ó Deus de Jacó. Pausa

Salmos 24.7 – 10: Quem é o Rei da glória?
7 Abram-se, ó portais; abram-se, ó portas antigas, para que o Rei da glória entre.
8 Quem é o Rei da glória? O Senhor forte e valente, o Senhor valente nas guerras.
9 Abram-se, ó portais; abram-se, ó portas antigas, para que o Rei da glória entre.
10 Quem é esse Rei da glória? O Senhor dos Exércitos; ele é o Rei da glória! Pausa

 Momento de reflexão: um estudo do Salmo 24


Salmo 24 da Bíblia, escrito por Davi, descreve a ação de Deus na Cidade Santa e vem para reforçar o que anteriormente o Salmo 15 quis nos dizer, porque ambos questionam: ” quem é digno de entrar na presença do Senhor?” e os dois possuem o cuidado de respondê-la com precisão e fé.

Esse Salmo de sabedoria está entre os mais procurados dentre os salmos da Bíblia. Ele possui três passagens, confira:

·         louvar a Deus sobre todas as coisas;
·         questionar qual seria a abordagem mais apropriada ao Senhor;
·         explicar e esclarecer a visão do Rei da Glória.

Salmo 24 da Bíblia Sagrada
  1. Do Senhor é a terra e a sua plenitude, o mundo e aqueles que nele habitam.
  2. Porque ele a fundou sobre os mares, e a firmou sobre os rios.
  3. Quem subirá ao monte do Senhor, ou quem estará no seu lugar santo?
  4. Aquele que é limpo de mãos e puro de coração, que não entrega a sua alma à vaidade, nem jura enganosamente.
  5. Este receberá a bênção do Senhor e a justiça do Deus da sua salvação.
  6. Esta é a geração daqueles que buscam, daqueles que buscam a tua face, ó Deus de Jacó. (Selá.)
  7. Levantai, ó portas, as vossas cabeças; levantai-vos, ó entradas eternas, e entrará o Rei da Glória.
  8. Quem é este Rei da Glória? O Senhor forte e poderoso, o Senhor poderoso na guerra.
  9. Levantai, ó portas, as vossas cabeças, levantai-vos, ó entradas eternas, e entrará o Rei da Glória.
  10. Quem é este Rei da Glória? O Senhor dos Exércitos, ele é o Rei da Glória. (Selá.)

Interpretação do Salmo 24
Nos versículos 1 e 2 o salmista adora a Deus, reconhecendo que Ele é o Soberano por ter amor e compaixão à humanidade e criar tudo: os céus, mares e a terra, além de enviar o seu filho para a salvação de todo o pecado. E com essas palavras podemos levantar a questão: se Ele é o Senhor de tudo, quem poderá abordá-lo? E a resposta está dentro de todos nós, porque somos a criação dEle e temos o livre-arbítrio de usufruir de todo Seu amor.
Continuando no versículo 3, aquele que for puro de coração e andar conforme as leis do Senhor, terá a oportunidade de subir. Todos poderão ouvir o chamado e se aproximar dEle e aquele que o fizer, saiba que precisa estar purificado de pensamentos e atitudes para ir se prostrar ao Rei da Glória.
Os versículos 4 e 5 respondem a pergunta feita anteriormente, refere-se às ações das pessoas, aquelas que voltam sua postura para o interior purificado.
Já os versículos 6 e 7 indicam um alerta para erguer as cabeças porque Ele está chegando. Eles conselham a todos ir em busca de Sua glória para que se salvem, e para que possam entrar em Sua moradia com honra, e principalmente para adorar ao Senhor com Seu merecimento.
Na continuação do versículo 8, se inicia com uma pergunta, e logo após aparece um elogio para o Rei de todos, que é aquEle que tem o poder sobre tudo e todos, mas também reforça a vinda de Jesus, que vem para reavivar o sentido deste salmo.
E por fim, finalizamos com os versículos 9 e 10, que trabalham com repetições a fim de caracterizar e glorificar ao Rei.
Que o Salmo 24, em estudo possa encher nossos corações de orgulho e que sirva como exemplo para buscarmos cada vez mais o caminho de Deus, porque sabemos que só nEle está nossa salvação e felicidade.

VERDADE PRÁTICA

Tudo quanto existe pertence ao Senhor e ao Senhor deve ser consagrado, principalmente o nosso ser.

LEITURA DIÁRIA

Sl 24.1 Do Senhor é a Terra
1Do Senhor é a terra e tudo o que nela existe, o mundo e os que nele vivem; 2pois foi ele quem a estabeleceu sobre os mares e a firmou sobre as águas.

Lv 19.4 Nenhum ídolo pode tomar o lugar de Deus
4"Não se voltem para os ídolos nem façam para vocês deuses de metal. Eu sou o ­Senhor, o Deus de vocês.

Êx 23.15 Ninguém se apresentará de mãos vazias a Deus
15"Celebrem a festa dos pães sem fer­mento; durante sete dias comam pão sem fer­mento, como ordenei a vocês. Façam isso na época determinada do mês de abibe, pois nesse mês vocês saíram do Egito.
"Ninguém se apresentará a mim de mãos vazias.

Lv 1.2 Os animais como oferta no culto divino
1Da Tenda do Encontro o Senhor chamou Moisés e lhe ordenou: 2"Diga o seguin­te aos israelitas: Quando alguém trouxer um animal como oferta ao Senhor, que seja do gado ou do rebanho de ovelhas.

Rm 12.1-3 O nosso culto racional
Entrega da vida para servir - 1Portanto, irmãos, rogo pelas misericórdias de Deus que se ofereçam em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus; este é o culto racional de vocês.
2Não se amoldem ao padrão deste mundo, mas transformem-se pela renovação da sua mente, para que sejam capazes de experimentar e comprovar a boa, agradável e perfeita vontade de Deus.
3Por isso, pela graça que me foi dada digo a todos vocês: Ninguém tenha de si mesmo um conceito mais elevado do que deve ter; mas, ao contrário, tenha um conceito equilibrado, de acordo com a medida da fé que Deus lhe concedeu.

1Ts 5.23 Nossa consagração total a Deus
 23Que o próprio Deus da paz os santifique inteiramente. Que todo o espírito, a alma e o corpo de vocês sejam preservados irrepreensíveis na vinda de nosso Senhor Jesus Cristo.









LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

Levítico 9.1-14.

1 — E aconteceu, ao dia oitavo, que Moisés chamou a Arão, e a seus filhos, e aos anciãos de Israel
2 — e disse a Arão: Toma um bezerro, para expiação do pecado, e um carneiro, para holocausto, sem mancha, e traze-os perante o SENHOR.
3 — Depois, falarás aos filhos de Israel, dizendo: Tomai um bode, para expiação do pecado, e um bezerro e um cordeiro de um ano, sem mancha, para holocausto;
4 — também um boi e um carneiro, por sacrifício pacífico, para sacrificar perante o SENHOR, e oferta de manjares, amassada com azeite; porquanto hoje o SENHOR vos aparecerá.
5 — Então, trouxeram o que ordenara Moisés, diante da tenda da congregação, e chegou-se toda a congregação e se pôs perante o SENHOR.
6 — E disse Moisés: Esta coisa que o SENHOR ordenou fareis; e a glória do SENHOR vos aparecerá.
7 — E disse Moisés a Arão: Chega-te ao altar e faze a tua expiação de pecado e o teu holocausto; e faze expiação por ti e pelo povo; depois, faze a oferta do povo e faze expiação por ele, como ordenou o SENHOR.
8 — Então, Arão se chegou ao altar e degolou o bezerro da expiação que era por si mesmo.
9 — E os filhos de Arão trouxeram-lhe o sangue; e molhou o dedo no sangue e o pôs sobre as pontas do altar; e o resto do sangue derramou r base do altar.
10 — Mas a gordura, e os rins, e o redenho do fígado de expiação do pecado queimou sobre o altar, como o SENHOR ordenara a Moisés.
11 — Porém a carne e o couro queimou com fogo fora do arraial.
12 — Depois, degolou o holocausto, e os filhos de Arão lhe entregaram o sangue, e ele espargiu-o sobre o altar em redor.
13 — Também lhe entregaram o holocausto nos seus pedaços, com a cabeça; e queimou-o sobre o altar.
14 — E lavou a fressura e as pernas e as queimou sobre o holocausto no altar.

Levítico 9
9.1-24 As três partes essenciais do capítulo são:
1) Os mandamentos, 1-7;
2) A execução dos mandamentos, 8.22;
3) A aprovação divina pronunciada sobre aquilo que havia sido feito, 22-24.

9.4 Arão, tipificando Jesus Cristo na sua posição de sumo sacerdote, não podia tipificá-lo em matéria de santidade, visto que tinha, em primeiro lugar, que buscar a expiação pelos seus próprios pecados, Hb 5.1-3.

9.11 Simbolizava a expiação completa; completa maldição caia sobre o substituto, e a expiação não era completada até que o sacrifício fosse completo e inteiramente consumido, Hb 13.11-13.

9.23 A glória do Senhor na nuvem, e o fogo que dEle procedeu, (24), era uma confirmação pública da aceitação divina do ministério sacerdotal e da eficácia das ofertas. Cf. também Êx 40.34; 2 Cr 7.1.

9.24 O fogo tem sido considerado um símbolo sagrado por quase todos os povos e por quase todas as religiões. Como símbolo ilustra muitas verdades bíblicas. O fogo foi empregado por Deus, não somente para oferecer a Sua proteção divina (Nm 9.16)
como também para ser o instrumento da Sua justa vingança (Dt 4.24; Hb 12.29),
e um símbolo do Espírito Santo (Is 4.4; At 2.3).
O presente versículo mostra a vinda do fogo com a finalidade de consumir o sacrifício sobre o altar, já que todas as ofertas queimadas tinham que ser consumias pelo fogo, 6.9-12.
As Escrituras dão multas instâncias da aparência sobrenatural do fogo: o arbusto que se queimava, Êx 3.2;
a hora da Lei ser dada no monte Sinai, Dt 4.11, 36;
no monte Carmelo, quando Elias venceu os profetas de Baal, 1 Rs 18.38.
Em algumas ocasiões o próprio Deus apareceu no fogo, Êx 3.4-6; 19.18, e, no fim dos tempos, Jesus Cristo voltará “em chama de fogo” 2 Ts 1.18. O fogo nos dá a idéia de algo que consome; que purifica e que derrete, e decerto, simboliza algo da Santidade de Deus: “o nosso Deus é fogo consumidor”, Hb 12.29; Dt 9.3.
Entre os casos narrados na Bíblia, de uma destruição pelo fogo, operada por Deus, destacam-se:
1) Sodoma e Gomorra, Gn 19.24;
2) Uma das pragas sobre o Egito, Êx 9.23-24;
3) Uma praga entre os israelitas “, Nm 11.1-3;
4) Os 250 participantes da rebelião de Corá, Nm 16.35;
5) Os 102 soldados que foram prender Elias, 2 Rs 1.10-14

As profecias bíblicas sobre uma futura destruição pelo fogo se referem às seguintes:
1) O julgamento ao toque da primeira trombeta, Ap 8.7;
2) O fogo saindo das duas testemunhas, Ap 11.5;
3) A destruição da Babilônia, Ap 18.8;
4) O fogo para consumir os exércitos, de Satanás, Ap 20.9;
5) O fogo para destruir o universo inteiro 2 Pe 3.10-13.

OBJETIVO GERAL

Explicar que tudo quanto existe pertence ao Senhor e ao Senhor deve ser consagrado, principalmente o nosso ser.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

I. Saber que a Terra é do Senhor;
II. Mostrar que os animais e vegetais são do Senhor;
III. Compreender que o ser humano é do Senhor.

INTERAGINDO COM O PROFESSOR

Professor, na lição de hoje estudaremos três princípios bíblicos expostos no capítulo 9 do livro de Levítico (Levítico 9 – Os sacerdotes começam o seu ministério – 1Oito dias depois, Moisés convocou Arão, seus filhos e as autoridades de Israel.
2E disse a Arão: "Traga um bezerro para a ofer­ta pelo pecado e um carneiro para o holocausto, ambos sem defeito, e apresente-os ao Senhor.
3Depois diga aos israelitas: Tragam um bode para oferta pelo pecado; um bezerro e um cor­deiro, ambos de um ano de idade e sem defeito, para holocausto; 4e um boi e um carneiro para oferta de comunhão, para os sacrificar perante o Senhor, com a oferta de cereal amassada com óleo; pois hoje o Senhor apare­cerá a vocês".
5Levaram então tudo o que Moisés tinha de­terminado para a frente da Tenda do Encontro, e a comunidade inteira aproximou-se e ficou em pé perante o Senhor.
6Disse-lhes Moisés: "Foi isso que o Senhor ordenou que façam, para que a glória do Senhor apareça a vocês".
7Disse Moisés a Arão: "Venha até o altar e ofereça o seu sacrifício pelo pecado e o seu holocausto, e faça propiciação por você mesmo e pelo povo; ofereça o sacrifício pelo povo e faça propiciação por ele, conforme o Senhor ordenou".
8Arão foi até o altar e ofereceu o bezerro como sacrifício pelo pecado por si mesmo.
9Se­us filhos levaram-lhe o sangue, e ele molhou o dedo no sangue e o pôs nas pontas do altar; depois derramou o restante do sangue na base do altar,
10onde queimou a gordura, os rins e o lóbulo do fígado da oferta pelo pecado, confor­me o Senhor tinha ordenado a Moisés; 11a car­ne e o couro, porém, queimou fora do acampa­mento.
12Depois sacrificou o holocausto. Seus filhos lhe entregaram o sangue, e ele o derra­mou nos lados do altar.
13Entregaram-lhe, em seguida, o holocausto pedaço por pedaço, inclu­sive a cabeça, e ele os queimou no altar.
14La­vou as vísceras e as pernas e as queimou em cima do holocausto sobre o altar.
15Depois Arão apresentou a oferta pelo povo. Pegou o bode para a oferta pelo pecado do povo e o ofereceu como sacrifício pelo peca­do, como fizera com o primeiro.
16Apresentou o holocausto e ofereceu-o conforme fora prescrito.
17Também apresentou a oferta de cereal, pegou um punhado dela e a queimou no altar, além do holocausto da ma­nhã.
18Matou o boi e o carneiro como sacrifí­cio de comunhão pelo povo. Seus filhos levaram-lhe o sangue, e ele o derramou nos lados do altar.
19Mas as porções de gordura do boi e do carneiro, a cauda gorda, a gordura que cobre as vísceras, os rins e o lóbulo do fígado,
20puseram em cima do peito; e Arão queimou essas porções no altar.
21Em seguida, Arão moveu o peito e a coxa direita do animal perante o Senhor como gesto ritual de apresentação, conforme Moisés tinha ordenado.
22Depois Arão ergueu as mãos em dire­ção ao povo e o abençoou. E, tendo oferecido o sacrifício pelo pecado, o holocausto e o sacrifí­cio de comunhão, desceu.
23Assim Moisés e Arão entraram na Ten­da do Encontro. Quando saíram, abençoaram o povo; e a glória do Senhor apareceu a todos eles.
24Saiu fogo da presença do Senhor e consumiu o holocausto e as porções de gordura sobre o altar. E, quando todo o povo viu isso, gritou de alegria e prostrou-se com o rosto em terra.)
que todo israelita deveria observar:
1) tudo quanto existe foi criado por Deus;
2) sendo Ele o Criador de todas as coisas, somente Ele deve ser adorado; e
3) tudo quanto há deve ser consagrado ao Deus Único e Verdadeiro.

Embora o livro de Levítico tenha sido escrito na Antiga Aliança, num tempo e contexto social diferente do nosso, tais princípios também devem ser observados pela Igreja e crentes da atualidade. Que venhamos como filhos de Deus, alcançados pela graça, consagrar tudo a Ele e em especial todo o nosso ser.




COMENTÁRIO

INTRODUÇÃO

No livro de Levítico, há uma teologia sublime e altamente devocional, cujo objetivo é levar o crente israelita a reconhecer três verdades:
1) tudo quanto existe foi criado por Deus;
2) sendo Ele o Criador de todas as coisas, somente Ele deve ser adorado; e
3) tudo quanto há deve ser consagrado ao Deus Único e Verdadeiro.

Se observasse esse princípio, o povo de Israel ver-se-ia livre dos resquícios da idolatria do Egito, prevenindo-se didaticamente quanto às abominações de Canaã.
Nesta lição, veremos que a essência do culto levítico é conduzir o crente a adorar a Deus e a consagrar-lhe tudo quanto tem. Porque tudo pertence ao Senhor, pois Ele tudo criou e tudo preserva. Essa consagração, porém, só terá eficácia se começar pelo nosso próprio ser
(Rm 12.1-3: 1 Portanto, irmãos, rogo pelas misericórdias de Deus que se ofereçam em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus; este é o culto racional de vocês.
2 Não se amoldem ao padrão deste mundo, mas transformem-se pela renovação da sua mente, para que sejam capazes de experimentar e comprovar a boa, agradável e perfeita vontade de Deus.
3 Por isso, pela graça que me foi dada digo a todos vocês: Ninguém tenha de si mesmo um conceito mais elevado do que deve ter; mas, ao contrário, tenha um conceito equilibrado, de acordo com a medida da fé que Deus lhe concedeu.).


PONTO CENTRAL

Deus é o Criador e somente Ele merece ser adorado.














I. A TERRA É DO SENHOR
I. Saber que a Terra é do Senhor

O livro de Levítico reafirma, através de suas ações litúrgicas, as mensagens do Gênesis e do Êxodo. Ele mostra que Deus, sendo o Criador dos Céus e da Terra, tem de ser adorado por tudo quanto existe e por tudo que temos.

1. Deus é o Criador dos Céus e da Terra. Se o Gênesis mostra que Deus criou tudo quanto existe, o Levítico reivindica dos israelitas que consagrem tudo ao Senhor
(Gn 1.1 1 No princípio Deus criou os céus e a terra.
Lv 1.17 17 Rasga­rá a ave pelas asas, sem dividi-la totalmente, e então o sacerdote a queimará so­bre a lenha acesa no altar. É um holocausto; oferta preparada no fogo, de aroma agradável ao Senhor.).
Ao mesmo tempo, exorta-os didaticamente, por meios das ofertas e dos sacrifícios, que nenhum ídolo pode ser honrado como o nosso Deus
(Lv 19.4 4 "Não se voltem para os ídolos nem façam para vocês deuses de metal. Eu sou o ­Senhor, o Deus de vocês.
Is 42.8 8 "Eu sou o Senhor; este é o meu nome!
Não darei a outro a minha glória nem a imagens o meu louvor.).

2. Deus é o libertador de Israel. O livro de Levítico patenteia aos filhos de Israel que Deus é o libertador de seu povo. Por esse motivo, nenhum israelita poderia comparecer diante do Senhor de mãos vazias
(Êx 23.15 15"Celebrem a festa dos pães sem fer­mento; durante sete dias comam pão sem fer­mento, como ordenei a vocês. Façam isso na época determinada do mês de abibe, pois nesse mês vocês saíram do Egito.
"Ninguém se apresentará a mim de mãos vazias.
2Co 9.7 7 Cada um dê conforme determinou em seu coração, não com pesar ou por obrigação, pois Deus ama quem dá com alegria.).

3. Israel é o templo de Deus. A teologia de Levítico tinha por objetivo também conscientizar Israel de sua vocação divina
(Lv 20.26 26 Vo­cês serão santos para mim, porque eu, o Senhor, sou santo e os separei dentre os povos para serem meus.).
Logo, toda a nação israelita era (e no futuro o será) um templo de adoração ao Senhor
(Lv 10.3 3 Moisés então disse a Arão: "Foi isto que o Senhor disse: 'Aos que de mim se aproximam santo me mostrarei; à vista de todo o povo glorificado serei' ".
Arão, porém, ficou em silêncio.).
Isso significa que o povo hebreu não se limitava a ser uma mera teocracia, mas a comunidade de adoração por excelência ao Senhor
(Lv 9.23 23 Assim Moisés e Arão entraram na Ten­da do Encontro. Quando saíram, abençoaram o povo; e a glória do Senhor apareceu a todos eles.).


SÍNTESE DO TÓPICO (I)

A Terra foi criada pelo Senhor, por isso pertence a Ele.











SUBSÍDIO BÍBLICO-TEOLÓGICO

“Levítico 9.1-24
Para preparar o aparecimento de Deus, Arão ofereceu por si e seus filhos uma expiação de pecado e um holocausto (7,8). A oferta pelo pecado de Arão era um bezerro (2,8), e seu holocausto, um carneiro. Esta é a única ocasião na qual a legislação sacrificial exigia um bezerro. Rashi comenta a respeito do bezerro: ‘Este animal foi escolhido como oferta pelo pecado para anunciar ao sacerdote [Arão] que o santo, bendito seja Ele, lhe concedeu expiação por meio deste bezerro por causa do incidente do bezerro de ouro anteriormente feito’.
O pensamento judaico tradicional sempre vê significação em cada detalhe deste processo. Snaith ressalta que o carneiro era lembrança da obediência de Abraão em amar Isaque. Cita também a significação relacionada a estas ofertas que o Targum de Jerusalém menciona: o bode é visto como lembrança do bode que os irmãos de José mataram (Gn 37.31 — ARA); o bezerro lembra o bezerro de ouro; e o cordeiro recorda o fato de Isaque ter sido amarrado como cordeiro para o sacrifício. A própria sofreguidão em ver significado em cada detalhe sugere a importância que estes eventos representavam para antigo Israel. Segundo o rito significa ‘de modo regular’ ou ‘de acordo com as prescrições’.
O fato de Arão apresentar a oferta pelo pecado e o holocausto a favor de si mesmo e de seus filhos mostra o autoentendimento que o Antigo Testamento tinha das limitações de seu próprio sistema sacrificatório. Ninguém, nem mesmo o sumo sacerdote Arão, estava preparado para servir a Deus ou adorar a Deus sem que primeiro fosse feita expiação por ele. O escritor aos Hebreus (Hb 7.27) aceita esta realidade como prova da superioridade do novo concerto e de Cristo, o verdadeiro Sumo Sacerdote.
As ofertas de Arão pelo povo formavam um padrão para o culto de Israel ao Senhor. Arão ofereceu a expiação do pecado, o holocausto, o sacrifício pacífico e a oferta de manjares. A omissão da oferta pela transgressão (culpa) confirma o fato de que esta oferta era primariamente para ocasiões em que ocorresse o dano e a reparação estivesse sendo feita.
A ordem dos sacrifícios revela o entendimento levítico acerca da aproximação apropriada a Deus na adoração” (Comentário Bíblico Beacon. Volume 1. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2005, pp.275,276).






CONHEÇA MAIS


Sobre o Deus Criador
“[...] Deus trouxe o universo à existência do nada e de maneira instantânea, pela sua soberana e livre vontade. Os decretos ou conselhos divinos são o plano eterno e imutável de Deus claramente revelados nas Escrituras. [...] Trata-se de deliberações absolutas que nasceram do desígnio e propósito do Deus Trino na eternidade e que independem da ação humana ou de qualquer outro ser no Universo. [...] Por seu turno, o governo divino não é um controle meticuloso ao ponto de excluir a liberdade humana; o seu reger por direito fixa limites a essa liberdade [...]”. Leia mais em Declaração de Fé das Assembleias de Deus, CPAD, pp.31-38.
II. OS ANIMAIS E OS VEGETAIS SÃO DO SENHOR
II. Mostrar que os animais e vegetais
são do Senhor

A teologia do Levítico mostra a criação como serva do Criador. Por essa razão, os animais e os vegetais, em Israel, não eram adorados, mas serviam para adorar a Deus.

1. No Egito, os animais eram deuses. Os egípcios não faziam distinção entre o Criador e a criação, nem estavam preocupados em distinguir os animais limpos dos impuros. Por isso, adoravam o boi, o crocodilo, o falcão, o gato, etc.
(Rm 1.25 25 Trocaram a verdade de Deus pela mentira, e adoraram e serviram a coisas e seres criados, em lugar do Criador, que é bendito para sempre. Amém.).
Eis porque Deus, ao punir o Egito com as dez pragas, mostrou quão inúteis eram aqueles deuses.

2. Os animais e a adoração a Deus. Ao contrário dos egípcios, os israelitas não se davam ao culto dos animais, mas entregava-os em sacrifício ao Senhor
(Lv 1.2 1Da Tenda do Encontro o Senhor chamou Moisés e lhe ordenou:
2 "Diga o seguin­te aos israelitas: Quando alguém trouxer um animal como oferta ao Senhor, que seja do gado ou do rebanho de ovelhas.).
Além disso, faziam distinção entre os animais limpos e impuros
(Lv 11 Levítico 11 - Animais que se pode e que não se pode comer - 1Disse o Senhor a Moisés e a Arão: 2"Digam aos israelitas: De todos os animais que vivem na terra, estes são os que vocês poderão comer: 3qualquer animal que tem casco fendido e dividido em duas unhas e que rumina.
4"Vocês não poderão comer aqueles que só ruminam nem os que só têm o casco fendido. O camelo, embora rumine, não tem casco fendi­do; considerem-no impuro.
5O coelho, embora rumine, não tem casco fendido; é impuro para vocês.
6A lebre, embora rumine, não tem casco fendido; considerem-na impura.
7E o porco, embora tenha casco fendido e dividido em duas unhas, não rumina; considerem-no impuro.
8Vo­cês não comerão a carne desses animais nem tocarão em seus cadáveres; considerem-nos impuros.
9"De todas as criaturas que vivem nas águas do mar e dos rios, vocês poderão comer todas as que possuem barbatanas e escamas.
10Mas todas as criaturas que vivem nos mares ou nos rios, que não possuem barbatanas e esca­mas - quer entre todas as pequenas criaturas que povoam as águas, quer entre todos os ou­tros animais das águas -, serão proibidas para vocês.
11Por isso, não poderão comer sua carne e considerarão impuros os seus cadáveres.
12Tu­do o que vive na água e não possui barbatanas e escamas será proibido para vocês.
13"Estas são as aves que vocês conside­rarão impuras, das quais não poderão comer porque são proibidas: a águia, o urubu, a águia-marinha, 14o milhafre, o falcão, 15qualquer espé­cie de corvo, 16a coruja-de-chifre, a coruja-de-orelha-pequena, a coruja-orelhuda, qual­quer espécie de gavião, 17o mocho, a coruja-pescado­ra e o corujão, 18a coruja-branca, a coruja-do-deserto, o abutre, 19a cegonha, qualquer tipo de garça, a poupa e o morcego.
20"Todas as pequenas criaturas que en­xameiam, que têm asas e se movem pelo chão serão proibidas para vocês.
21Dessas, porém, vocês poderão comer aquelas que têm pernas articuladas para saltar no chão.
22Dessas vocês poderão comer os diversos tipos de gafanhotos.
23Mas considerarão impuras to­das as outras criaturas que enxameiam, que têm asas e se movem pelo chão.
24"Por meio delas vocês ficarão impu­ros; todo aquele que tocar em seus cadáveres estará impuro até a tarde.
25Todo o que carregar o cadáver de alguma delas deverá lavar as suas roupas e estará impuro até a tarde.
26"Todo animal de casco não dividido em duas unhas ou que não rumina é impuro para vocês; quem tocar qualquer um deles fica­rá impuro.
27Todos os animais de quatro pés, que andam sobre a planta dos pés, são impuros para vocês; todo o que tocar os seus cadáveres ficará impuro até a tarde.
28Quem carregar o cadáver de algum deles lavará suas roupas e estará impuro até a tarde. São impuros para vocês.
29"Dos animais que se movem rente ao chão, estes vocês considerarão impuros: a doni­nha, o rato, qualquer espécie de lagarto grande, 30a lagartixa, o lagarto-pintado, o lagarto, o la­garto da areia e o camaleão.
31De todos os que se movem rente ao chão, esses vocês considera­rão impuros. Quem neles tocar depois de mor­tos estará impuro até a tarde.
32E tudo sobre o que um deles cair depois de morto, qual­quer que seja o seu uso, ficará impuro - não importa se o objeto for feito de madeira, de pano, de couro ou de pano de saco. Deverá ser posto em água e estará im­puro até a tarde; então ficará puro.
33Se um deles cair dentro de uma vasilha de barro, tudo o que nela houver ficará impuro, e vocês que­brarão a vasilha.
34Qual­quer alimento sobre o qual cair essa água ficará impuro, e qualquer bebida que estiver dentro da vasilha ficará im­pura.
35Tudo aqui­lo sobre o que o cadáver de um desses animais cair ficará impuro; se for um forno ou um fogão de barro vocês o quebrarão. Estão impuros, e vocês os considerarão como tais.
36Mas, se cair numa fonte ou numa cisterna onde se recolhe água, ela permanece pura; mas quem tocar no cadáver ficará impuro.
37Se um cadáver cair sobre alguma semente a ser planta­da, ela permanece pura;
38mas, se foi derramada água sobre a semente, vocês a considerarão impura.
39"Quando morrer um animal que vocês têm permissão para comer, quem tocar no seu cadáver ficará impuro até a tarde.
40Quem co­mer da carne do animal morto terá que lavar as suas roupas e ficará impuro até a tarde. Quem carregar o cadáver do animal terá que lavar as suas roupas e ficará impuro até a tarde.
41"Todo animal que se move rente ao chão será proibido a vocês e não poderá ser comi­do.
42Vo­cês não poderão comer animal algum que se move rente ao chão, quer se arraste sobre o ventre, quer ande de quatro ou com o auxílio de muitos pés; são proibidos a vocês.
43Não se contaminem com qualquer desses animais. Não se tornem impuros com eles nem deixem que eles os tornem impuros.
44Pois eu sou o Senhor, o Deus de vocês; consagrem-se e sejam santos, porque eu sou santo. Não se tornem impuros com qualquer animal que se move rente ao chão.
45Eu sou o Senhor que os tirou da terra do Egito para ser o seu Deus; por isso, sejam santos, porque eu sou santo.
46"Essa é a regulamentação acerca dos animais, das aves, de todos os seres vivos que se movem na água e de todo animal que se mo­ve rente ao chão.
47Vo­cês farão separação entre o impuro e o puro, entre os animais que podem ser comidos e os que não podem".).
Nesse sentido, o povo de Israel sabia que os animais não são deuses, e, sim, criaturas do Deus, que, bondosamente, o sustenta
(Sl 104.14 14 É o Senhor que faz crescer o pasto para o gado, e as plantas que o homem cultiva, para da terra tirar o alimento: 15 o vinho, que alegra o coração do homem; o azeite, que lhe faz brilhar o rosto, e o pão, que sustenta o seu vigor.).

3. Os vegetais e a adoração a Deus. Se por um lado, a Lei de Deus preconiza a preservação da natureza, por outro, condena a idolatria da natureza como acontecia em algumas antigas culturas cananeias e no período de apostasia dos judeus
(1Rs 14.23 23 Também construíram para si altares idólatras, colunas sagradas e postes sagrados sobre todos os montes e debaixo de todas as árvores frondosas.).
Em Israel, os frutos da terra serviam para louvar e enaltecer a Deus
(Lv 23.10 10 "Diga o seguinte aos israelitas: Quando vocês entrarem na terra que dou a vocês e fizerem colheita, tragam ao sacerdote um feixe do primeiro cereal que colherem.).

SÍNTESE DO TÓPICO (II)
Os animais e vegetais foram criados pelo Senhor e pertencem a Ele.
SUBSÍDIO DIDÁTICO

Professor(a), inicie o segundo tópico fazendo a seguinte indagação: “Por que os animais e os vegetais são do Senhor?”. Incentive a participação de todos os alunos. Eles são do Senhor porque Ele os criou. Mas como saber a verdade a respeito do relato da criação? Explique que o relato da criação não é uma alegoria. A narrativa da criação é um fato histórico, ou seja, algo que aconteceu exatamente como a Palavra de Deus narra. Quando o assunto é a criação do universo, sabemos que existem várias teorias que tentam explicar a origem da vida, como por exemplo, a teoria do Big Bang e a teoria da Evolução. Porém, como crentes, sabemos que o universo e a vida não são produtos de uma evolução como alguns cientistas tentam afirmar ou o resultado da explosão de uma partícula. Deus é o grande Criador. Ele Criou os animais e vegetais, por isso pertencem a Ele. Os israelitas precisavam ter a consciência de que o Deus que eles adoravam no Tabernáculo era o único e que tudo foi criado por Ele. Enfatize também que os sacrifícios de animais apontavam para o sacrifício vicário de Jesus e que segundo a Bíblia de Estudo Pentecostal, “quando um sacrifício era oferecido com fé e obediência a Deus, Deus se aprazia no ato do adorador e, deste modo, outorgava ao penitente a graça e o perdão almejados”.







III. O SER HUMANO É DO SENHOR
III. Compreender que o ser humano
é do Senhor.

A teologia do Levítico preconiza a sacralidade da vida humana como imagem e semelhança de Deus. Em Israel, ao contrário das culturas cananeias, estava proibido o sacrifício humano, pois o verdadeiro sacrifício a Deus é um coração humilde e contrito
(Is 57.15 15 Pois assim diz o Alto e Sublime, que vive para sempre, e cujo nome é santo: "Habito num lugar alto e santo, mas habito também com o contrito e humilde de espírito, para dar novo ânimo ao espírito do humilde e novo alento ao coração do contrito.).

1. O ser humano é a imagem de Deus. O livro de Levítico corrobora a teologia do Gênesis, ao mostrar que o ser humano foi criado por Deus
(Gn 1.26 26 Então disse Deus: "Façamos o homem à nossa imagem, con­for­me a nossa semelhança. Domine ele sobre os peixes do mar, sobre as aves do céu, sobre os grandes animais de toda a terra e sobre todos os pequenos animais ­que se movem rente ao chão".).

Portanto, há vários dispositivos, visando promover o ser humano como a obra prima das mãos divinas. Por esse motivo, o crente israelita era intimado a cuidar de seu corpo tanto exterior quanto interiormente
(Lv 20.7 7 "Consagrem-se, porém, e sejam santos, porque eu sou o Senhor, o Deus de vocês.).
Nem marcas nem tatuagens eram admitidas
(Lv 19.28 28 "Não façam cortes no corpo por causa dos mortos nem tatuagens em vocês mesmos. Eu sou o Senhor.).
Ou seja, o ser humano só agradará a Deus se buscar a excelência divina em toda a sua maneira de ser, existir e pensar.

2. A vida humana é sagrada. O crente israelita é exortado a ver a vida humana como sagrada. Por isso mesmo, não poderia, sob hipótese alguma, consagrar sua descendência aos ídolos
(Lv 18.2121 "Não entregue os seus filhos para se­rem sacrificados a Moloque. Não profanem o nome do seu Deus. Eu sou o Senhor.).
Portanto, toda a nação de Israel, como propriedade exclusiva do Senhor, ao Senhor tem de ser consagrada.

3. O ser humano é servo e adorador a Deus. Sendo Israel o povo do Senhor, deve, por conseguinte, dedicar-se totalmente ao serviço divino, oferecendo-lhe sacrifícios, celebrando seus grandes feitos e adorando-o na beleza de sua santidade
(Lv 1.2 1 Da Tenda do Encontro o Senhor chamou Moisés e lhe ordenou:
2 "Diga o seguin­te aos israelitas: Quando alguém trouxer um animal como oferta ao Senhor, que seja do gado ou do rebanho de ovelhas.
Lv 23.2 1 Disse o Senhor a Moisés: 2 "Diga o seguinte aos israelitas: Estas são as minhas fes­tas, as festas fixas do Senhor, que vocês pro­clamarão como reuniões sagradas: 3 "Em seis dias realizem os seus trabalhos, mas o sétimo dia é sábado, dia de descanso e de reunião sagrada. Não realizem trabalho algum; onde quer que morarem, será sábado dedicado ao Senhor.).

4. O sacrifício pacífico. A teologia do livro de Levítico tinha por objetivo, antes de tudo, levar o israelita a servir voluntária e amorosamente a Deus. Esse ideal é realçado pelo salmista
(Sl 100.2 1 Aclamem o Senhor todos os habitantes da terra!
2 Prestem culto ao Senhor com alegria; entrem na sua presença com cânticos alegres.).
A síntese desse ensinamento está no sacrifício pacífico com que Israel mostrava a sua gratidão ao Senhor
(Lv 7.11-17 A oferta de paz – 11 "Esta é a regulamentação da oferta de comunhão que pode ser apresentada ao Senhor: 12 "Se alguém a fizer por gratidão, então, com sua oferta de gratidão, terá que ofere­cer bolos sem fermento e amassados com óleo, pães finos sem fermento e untados com óleo, e bolos da melhor farinha bem amassados e mis­turados com óleo.
13 Com sua oferta de comunhão por gratidão, apre­sentará uma oferta que inclua bolos com fermento.
14 De ca­da oferta trará uma contribuição ao Senhor, que será dada ao sacerdote que asperge o sangue das ofertas de comunhão.
15 A carne da sua ofer­ta de comunhão por gratidão será comida no dia em que for oferecida; nada poderá sobrar até o ama­nhecer.
16 "Se, contudo, sua oferta for resultado de um voto ou for uma oferta voluntária, a car­ne do sacrifício será comida no dia em que for oferecida, e o que sobrar poderá ser comido no dia seguinte.
17 Mas a carne que sobrar do sacri­fício até o terceiro dia será queimada no fogo.).
Quanto a nós, somos exortados a oferecer a Deus, na pessoa de Jesus Cristo, por mediação do Espírito Santo, sacrifícios de louvores (Hb 13.15 15 Por meio de Jesus, portanto, ofereçamos continuamente a Deus um sacrifício de louvor, que é fruto de lábios que confessam o seu nome.).


SÍNTESE DO TÓPICO (III)

Os seres humanos foram criados por Deus e pertencem a Ele.



SUBSÍDIO BÍBLICO-TEOLÓGICO

“Sobre o homem
Cremos, professamos e ensinamos que o homem é uma criação de Deus: ‘E formou o Senhor Deus o homem do pó da terra e soprou em seus narizes o fôlego da vida; e o homem foi feito alma vivente’ (Gn 2.7). A palavra ‘homem’ no relato da criação em Gênesis 1 e 2 é Adam, que aparece depois como nome próprio do primeiro homem. O ser humano foi criado macho e fêmea: ‘E criou Deus o homem à sua imagem; à imagem de Deus o criou; macho e fêmea os criou’ (Gn 1.27). Trata-se de um ser inteligente e que foi capaz de dar nome aos animais; feito à semelhança de Deus: ‘os homens, feitos à semelhança de Deus’ (Tg 3.9); um pouco menor do que os anjos; coroado de honra e de glória e dotado por Deus de livre-arbítrio, ou seja, com liberdade de escolher entre o bem e o mal. Mediante a graça, essa escolha continua mesmo depois da Queda no Éden: ‘Se alguém quiser fazer a vontade dele, pela mesma doutrina, conhecerá se ela é de Deus ou se falo de mim mesmo’ (Jo 7.17). Mais de uma vez, Israel teve a liberdade de escolha quando foi chamado por Deus. Podemos afirmar que nenhuma criatura foi feita como o homem, que é considerado a coroa da criação. Adão é o primeiro homem, e dele e Eva veio toda a geração dos seres humanos que vivem sobre o planeta terra” (SILVA, Esequias Soares da (Org.). Declaração de Fé das Assembleias de Deus. 3ª Edição. RJ: CPAD, 2017, pp.77,78).



CONCLUSÃO

Nós somos o templo do Espírito Santo
(1Co 6.19 19 Acaso não sabem que o corpo de vocês é santuário do Espírito Santo que habita em vocês, que lhes foi dado por Deus, e que vocês não são de vocês mesmos?).
E, como tais, somos intimados a andar em novidade de vida, consagrando tudo ao Senhor, a começar por nós mesmos
(1Ts 5.23 23 Que o próprio Deus da paz os santifique inteiramente. Que todo o espírito, a alma e o corpo de vocês sejam preservados irrepreensíveis na vinda de nosso Senhor Jesus Cristo.).
Se não nos ofertarmos amorosa e incondicionalmente a Deus, e usarmos o nosso corpo para o pecado, como estaremos diante de Deus? Seremos réus diante dEle
(1Co 6.18-20 18 Fujam da imoralidade sexual. Todos os outros pecados que alguém comete, fora do corpo os comete; mas quem peca sexualmente, peca contra o seu próprio corpo.
19 Acaso não sabem que o corpo de vocês é santuário do Espírito Santo que habita em vocês, que lhes foi dado por Deus, e que vocês não são de vocês mesmos?
20 Vocês foram comprados por alto preço. Portanto, glorifiquem a Deus com o seu próprio corpo.).
A essência da teologia do Levítico continua válida ainda hoje. O Deus que exortou Israel à santidade requer, de igual modo, a nossa santificação
(Lv 19.2 1 Disse ainda o Senhor a Moisés: 2 "Diga o seguinte a toda comunidade de Israel: Sejam santos porque eu, o Senhor, o Deus de vocês, sou santo.
1Ts 4.3 3 A vontade de Deus é que vocês sejam santificados: abstenham-se da imoralidade sexual.).


















PARA REFLETIR

A respeito de “A Doutrina do Culto Levítico”, responda:

Qual é a essência do Culto Levítico?
A essência do culto levítico é conduzir o crente a adorar a Deus e a consagrar-lhe tudo quanto tem, porque tudo pertence ao Senhor, pois Ele tudo criou e tudo preserva.

Quais os três pontos doutrinários do Levítico?
(1) Tudo quanto existe foi criado por Deus;
(2) sendo Ele o Criador de todas as coisas, somente Ele deve ser adorado; e
(3) tudo quanto há deve ser consagrado ao Deus Único e Verdadeiro.

Como devemos ver a criação de todas as coisas?
Segundo a teologia de Levítico devemos ver a criação como serva do Criador.

Como o Levítico vê os animais?
Como criaturas do Deus, que, bondosamente, os sustentam.

Qual a melhor oferta que podemos fazer ao Senhor?
Um coração humilde e contrito.









SUBSÍDIOS ENSINADOR CRISTÃO

A doutrina do Culto Levítico

Todo livro da Bíblia tem uma teologia. O que isso quer dizer? Cada livro bíblico apresenta Deus e seu modo de agir sob certo aspecto específico à conjuntura em que parte da Escritura Sagrada foi escrita. Por exemplo, é notório que o Evangelho de João apresenta a pessoa de Jesus de maneira bem distinta dos demais Evangelhos. Logo, dizemos que a Cristologia do apóstolo João, sob certo ponto de vista, é diferente em objetivo da Cristologia dos outros Evangelhos. A isso chamamos Teologia Bíblica. A partir do estudo desta disciplina teológica é que se sistematiza as grandes doutrinas, organização esta, que denominamos Teologia Sistemática.

Como o Levítico apresenta Deus?

O livro de Levítico tem uma maneira peculiar de apresentar a Deus. Ali se encontra o estabelecimento do culto que perpassaria toda a história do povo judeu. A instituição do culto por meio de sacrifícios de animais, posição de mediação do ministério sacerdotal, o sentimento de reverência: tudo isso traduz símbolos à natureza de Deus.

Aspectos da natureza divina apresentados em Levítico

Podemos, por isso, e sob muitos outros aspectos, afirmar que o culto levítico apresenta traços da natureza divina que aparecem perfeitamente no livro de Gênesis. Por exemplo,
(1) “tudo que existe foi criado por Deus”, ora, desde a exigência de primogênitos animais, dos primogênitos do povo figurados na tribo de Levi, de uma família específica para o exercício do ministério do sumo sacerdote, o tempo todo Deus está dizendo: “tudo é meu”;
(2) os animais, os vegetais, ou seja, toda criatura inferior ao ser humano pertence a Deus;
(3) o ser humano todo, a imagem e semelhança de Deus, é do Senhor, onde tal verdade está representada pela exigência divina à sacralidade da vida, no convite ao ser humano para ser um adorador a Deus, no serviço voluntário e amoroso das pessoas a Deus. O tempo todo o livro do Levítico, por intermédio do culto, está mostrando que Deus é quem governa tudo.

Aspectos que devem ser ressaltados hoje

É de suma importância esclarecer ao aluno que, como no Levítico, o nosso culto a Deus representa o que Ele é. Por Ele ser o absoluto, o Criador de tudo, rendemos-lhe um culto reverente. Mas num sentido, outrora inexistente no tempo do Levítico: por meio de Seu Filho, Deus nos justificou, regenerou e santificou de uma só vez. Ele nos vivificou enquanto éramos ainda pecadores (Ef 2.1).


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