LIÇÕES BÍBLICAS CPAD ADULTOS 3º Trimestre de 2018
Título: Adoração, Santidade e Serviço — Os princípios de Deus para a sua
Igreja em Levítico – Comentarista: Claudionor de Andrade
Lição 3: Os Ministros do
Culto Levítico
TEXTO ÁUREO
“Toma os levitas em lugar de todo
primogênito entre os filhos de Israel e os animais dos levitas em lugar dos
seus animais; porquanto os levitas serão meus. Eu sou o Senhor” (Nm
3.45).
VERDADE PRÁTICA
O chamamento divino exige, de cada um
de nós, amor, excelência e dedicação integral ao Senhor da Seara.
LEITURA DIÁRIA
Gn 29.34 – Levi,
o patriarca sacerdotal
34 De novo engravidou e, quando deu à luz mais um
filho, disse: "Agora, finalmente, meu marido se apegará a mim, porque já
lhe dei três filhos". Por isso deu-lhe o nome de Levi.
Êx
32.26 – O zelo dos levitas
26 Então ficou em pé, à entrada do acampamento, e
disse: "Quem é pelo Senhor, junte-se a mim". Todos os levitas se
juntaram a ele.
Nm
3.45 – Os levitas são separados para Deus
45 "Dedique os levitas em lugar de todos os
primogênitos dos israelitas e os rebanhos dos levitas em lugar dos rebanhos dos
israelitas. Os levitas serão meus. Eu sou o Senhor.
Nm
18.20,21 – A herança dos levitas
20 Disse ainda o Senhor a Arão:
"Você não terá herança na terra deles, nem terá porção entre eles; eu sou
a sua porção e a sua herança entre os israelitas.
21 "Dou aos levitas todos os
dízimos em Israel como retribuição pelo trabalho que fazem ao servirem na Tenda
do Encontro.
Ml
2.4,5 – A aliança do Senhor com Levi
4 Então vocês saberão que fui eu que fiz a vocês
esta advertência para que a minha aliança com Levi fosse mantida", diz o
Senhor dos Exércitos.
5 "A minha aliança com ele foi uma aliança
de vida e de paz, que na verdade lhe dei para que me temesse. Ele me temeu e
tremeu diante do meu nome.
Ml 2.6,7 – A
sabedoria dos levitas
6 A verdadeira lei estava em sua boca e nenhuma
falsidade achou-se em seus lábios. Ele andou comigo em paz e retidão e desviou
muitos do pecado.
7 "Porque os lábios do sacerdote devem
guardar o conhecimento, e da sua boca todos esperam a instrução na Lei, porque
ele é o mensageiro do Senhor dos Exércitos.
OBJETIVO GERAL
Conscientizar de que o chamamento divino
exige, de cada um de nós, amor, excelência e dedicação integral.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
·
I.
Apresentar a tribo de
Levi como a tribo sacerdotal;
·
II.
Explicar o chamamento
e os requisitos do sumo sacerdote;
·
III.
Indicar os direitos e
deveres dos levitas.
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Levítico 8.1-13.
1 — Falou
mais o SENHOR a Moisés, dizendo:
2 — Toma
a Arão, e a seus filhos com ele, e as vestes, e o azeite da unção, como também
o novilho da expiação do pecado, e os dois carneiros, e o cesto dos pães asmos
3 — e
ajunta toda a congregação à porta da tenda da congregação.
4 — Fez,
pois, Moisés como o SENHOR lhe ordenara, e a congregação ajuntou-se à porta da
tenda da congregação.
5 — Então,
disse Moisés à congregação: Isto é o que o SENHOR ordenou que se fizesse.
6 — E
Moisés fez chegar a Arão e a seus filhos, e os lavou com água,
7 — e
lhe vestiu a túnica, e cingiu-o com o cinto, e pôs sobre ele o manto; também
pôs sobre ele o éfode, e cingiu-o com o cinto lavrado do éfode, e o apertou com
ele.
8 — Depois,
pôs-lhe o peitoral, pondo no peitoral o Urim e o Tumim;
9 — e
pôs a mitra sobre a sua cabeça e na mitra, diante do seu rosto, pôs a lâmina de
ouro, a coroa da santidade, como o SENHOR ordenara a Moisés.
10 — Então, Moisés tomou o azeite da unção, e
ungiu o tabernáculo e tudo o que havia nele, e o santificou;
11 — e dele espargiu sete vezes sobre o altar e
ungiu o altar e todos os seus vasos, como também a pia e a sua base, para
santificá-los.
12 — Depois, derramou do azeite da unção sobre
a cabeça de Arão e ungiu-o, para santificá-lo.
13 — Também Moisés fez chegar os filhos de
Arão, e vestiu-lhes as túnicas, e cingiu-os com o cinto, e apertou-lhes as
tiaras, como o SENHOR ordenara a Moisés.
Como era a roupa do sumo sacerdote?
O sumo sacerdote tinha uma roupa especial para
ministrar diante de Deus:
·
Peitoral – com doze pedras preciosas,
cada uma com o nome de uma tribo de Israel inscrita; o peitoral tinha um bolso
onde se guardava o Urim e o Tumim
O que é
Urim e Tumim?
O Urim e Tumim era um meio que os sacerdotes judeus
usavam para determinar a vontade de Deus. Quando era preciso tomar uma decisão
ou escolha importante, os sacerdotes podiam recorrer ao Urim e Tumim. A Bíblia
não descreve o Urim e Tumim.
O Urim e Tumim provavelmente era uma forma de lançar
sortes. No Antigo Testamento o povo
pedia a orientação de Deus quando tinham de tomar uma decisão importante.
Quando Deus não dava uma revelação por meio de um profeta, os sacerdotes
lançavam sortes para encontrar uma resposta (Números 26:55-56).
Lançar sortes não era uma forma de escolher ao
acaso. A lógica era que Deus está no controle de tudo, até mesmo o
resultado de lançar sortes (Provérbios 16:33). Deus decidia o resultado, por isso Ele podia
revelar Sua vontade assim. Além disso, ninguém mais podia interferir no
resultado, o que tornava a decisão imparcial.
Ninguém sabe ao certo como era o Urim e Tumim mas
através da Bíblia nos dá três informações:
Era
sagrado – só o sacerdote podia
usar o Urim e Tumim e as suas respostas eram aceites como respostas de Deus
– Números 27:21
Era
relativamente pequeno –
cabia dentro do peitoral do sumo sacerdote, junto do seu coração – Êxodo 28:30
Podia
não dar resposta – Deus não pode ser
manipulado nem obrigado a dar resposta; o Urim e Tumim nem sempre respondiam
– 1 Samuel 28:6
A Bíblia não nos diz se o Urim e Tumim era um objeto
ou um conjunto de objetos. Também não conta como era usado nem dá nenhum
exemplo claro em que foi usado, exceto quando Saul não obteve resposta. O Urim
e Tumim aparece pouco na Bíblia e não é mencionado depois do tempo de Esdras e
Neemias.
O Urim e Tumim não era uma forma de controlar Deus e
provavelmente não tem grande destaque na Bíblia para evitar superstições. Deus
responde quando quer e como quer; não há nenhum objeto que nos pode dar poder
sobre Ele. Usar objetos especiais ou lançar sortes não
garantem uma resposta de Deus. Não podemos obrigar Deus a
fazer o que queremos, só Lhe podemos pedir humildemente e esperar.
·
Colete
sacerdotal – com duas
ombreiras de pedra, com os nomes dos filhos de Israel inscritos – Êxodo 28:11-12
·
Cinturão – feito de fios de ouro e linho
azul, vermelho e roxo, para prender o colete sacerdotal – Êxodo 28:8
·
Manto – todo azul, com pequenos sinos
nas bordas para fazer barulho quando o sumo sacerdote entrasse e saísse da
presença de Deus – Êxodo 28:34-35
·
Turbante – com uma placa de ouro atada à
frente, inscrita com as palavras “Consagrado ao Senhor” - Êxodo 28:36-38
Essas roupas mostravam que o sumo sacerdote era o
representante do povo de Deus, consagrado para servir a Deus.
INTERAGINDO COM O PROFESSOR
Depois de estudar o culto levítico,
na lição de hoje refletiremos a respeito do sumo sacerdote e os levitas, cuja
função era conduzir a adoração e representar o povo diante de Deus. Os hebreus
haviam deixado o Egito e era preciso que a adoração fosse institucionalizada e
diferente do que tinham visto e aprendido durante os anos de escravidão.
Veremos que Deus escolheu e separou uma única tribo, a de Levi, para a adoração
e o serviço no Tabernáculo. Ser escolhido para tal função era um privilégio,
uma honra, mas também uma grande responsabilidade e abnegação já que os
descendentes de Levi não teriam herança como às demais tribos. O Senhor seria a
herança deles e o sustento viria das outras tribos. Era preciso ter fé e viver
dela.
Deus determinou que os sacerdotes
deveriam ser descendente de Arão. Também era exigido que as mulheres dos
sacerdotes fossem israelitas de sangue puro. Mesmo depois da vinda de Jesus,
para atuar como sacerdote, era preciso comprovar por meio de registros
genealógicos a descendência de Arão. Mas, graças ao sacrifico de Jesus Cristo
na nova aliança, cada crente é um sacerdote santo, chamado para oferecer
sacrifícios espirituais
(1Pe 2.5 5 vocês também estão sendo utilizados como pedras vivas na
edificação de uma casa espiritual para serem sacerdócio santo, oferecendo
sacrifícios espirituais aceitáveis a Deus, por meio de Jesus Cristo.).
1 Pedro 2 Estudo: Pedra Angular e Geração
Eleita
Em 1 Pedro 2, o apóstolo nos apresenta
a Deus, como pedra viva. Esta é a principal pedra da construção do Reino de Deus. Sendo assim, nós os que cremos somos
transformados em pedras vivas e participamos desta edificação.
A pedra angular, Jesus Cristo rejeitada pelos homens é motivo de
tropeço para os que não crêem, mas para os que creem ele é uma pedra preciosa.
Isto ocorre, porque nós somos geração eleita de Deus. Antes, nós não éramos povo, mas agora
Deus nos separou como filhos. E isso deve nos conduzir a
santificação. Pedro aponta isso como o motivo pelo qual devemos nos sujeitar
as autoridades constituídas.
Esboço de 1 Pedro 2:
1 Pedro 2.1 – 5:
Pedras Vivas
1 Pedro 2.6 – 8: A
pedra angular
1 Pedro 2.9 – 12:
Geração Eleita
1 Pedro 2.13 – 20:
Sujeição as autoridades
1 Pedro 2.21 – 25:
O Exemplo de Jesus Cristo
1 Deixando, pois, toda a malícia, e todo o
engano, e fingimentos, e invejas, e todas as murmurações, 2 Desejai
afetuosamente, como meninos novamente nascidos, o leite racional, não
falsificado, para que por ele vades crescendo; 3 Se é que já
provastes que o Senhor é benigno; 4 E, chegando-vos para ele,
pedra viva, reprovada, na verdade, pelos homens, mas para com Deus eleita e
preciosa, 5 Vós também, como pedras vivas, sois edificados casa
espiritual e sacerdócio santo, para oferecer sacrifícios espirituais agradáveis
a Deus por Jesus Cristo.
6 Por isso também na Escritura se contém: Eis
que ponho em Sião a pedra principal da esquina, eleita e preciosa; e quem nela
crer não será confundido.
7 E assim para vós, os que credes, é preciosa,
mas, para os rebeldes, a pedra que os edificadores reprovaram, essa foi a
principal da esquina, 8 E uma pedra de tropeço e rocha de
escândalo, para aqueles que tropeçam na palavra, sendo desobedientes; para o
que também foram destinados.
9 Mas vós sois a geração eleita, o sacerdócio
real, a nação santa, o povo adquirido, para que anuncieis as virtudes daquele
que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz; 10 Vós,
que em outro tempo não éreis povo, mas agora sois povo de Deus; que não tínheis
alcançado misericórdia, mas agora alcançastes misericórdia.
11 Amados, peço-vos, como a peregrinos e
forasteiros, que vos abstenhais das concupiscências carnais, que combatem
contra a alma; 12 Tendo o vosso viver honesto entre os gentios;
para que, naquilo em que falam mal de vós, como de malfeitores, glorifiquem a
Deus no dia da visitação, pelas boas obras que em vós observem.
13 Sujeitai-vos, pois, a toda a ordenação humana
por amor do Senhor; quer ao rei, como superior; 14 Quer aos
governadores, como por ele enviados para castigo dos malfeitores, e para louvor
dos que fazem o bem.
15 Porque assim é a vontade de Deus, que,
fazendo bem, tapeis a boca à ignorância dos homens insensatos; 16 Como
livres, e não tendo a liberdade por cobertura da malícia, mas como servos de
Deus.
17 Honrai a todos. Amai a fraternidade. Temei a
Deus. Honrai ao rei.
18 Vós, servos, sujeitai-vos com todo o temor
aos senhores, não somente aos bons e humanos, mas também aos maus.
19 Porque é coisa agradável, que alguém, por
causa da consciência para com Deus, sofra agravos, padecendo injustamente.
20 Porque, que glória será essa, se, pecando,
sois esbofeteados e sofreis? Mas se, fazendo o bem, sois afligidos e o sofreis,
isso é agradável a Deus.
21 Porque para isto sois chamados; pois também
Cristo padeceu por nós, deixando-nos o exemplo, para que sigais as suas
pisadas.
22 O qual não cometeu pecado, nem na sua boca se
achou engano.
23 O qual, quando o injuriavam, não injuriava, e
quando padecia não ameaçava, mas entregava-se àquele que julga justamente; 24 Levando
ele mesmo em seu corpo os nossos pecados sobre o madeiro, para que, mortos para
os pecados, pudéssemos viver para a justiça; e pelas suas feridas fostes
sarados.
25 Porque éreis como ovelhas desgarradas; mas
agora tendes voltado ao Pastor e Bispo das vossas almas.
Abandone a Malícia
Livrem-se, pois, de toda maldade e de
todo engano, hipocrisia, inveja e toda espécie de maledicência. Como crianças
recém-nascidas, desejem de coração o leite espiritual puro, para que por meio
dele cresçam para a salvação, agora que provaram que o Senhor é bom. (1 Pedro
2.1 – 3)
O seu conselho é para deixar de lado ou
abandonar o que é mau, como alguém faz com uma roupa velha e podre. “Joguem-na
fora com indignação, nunca a coloquem de novo”.
Os pecados a serem abandonados, ou
lançados de lado, são: Malícia, que pode ser entendida de forma mais ampla como
representando todo o tipo de maldade, como em Tiago 1.22 e 1 Coríntios 5.8.
Mas, em um sentido mais restrito, a
malícia é a raiva que está estabelecida no coração dos tolos, raiva enraizada e
enorme, represada até que leve o homem a planejar o mal, a fazer o mal ou a se
alegrar com qualquer mal que sobrevenha a outra pessoa.
Engano ou Logro
Este que compreende a bajulação, a
falsidade e a ilusão, que é uma imposição astuta de algo à ignorância ou
fraqueza de outra pessoa, para o prejuízo desta.
Fingimentos
Por estar no plural, a palavra compreende
todo o tipo de hipocrisias. Nas questões da religião, a hipocrisia é a
falsificação da piedade.
Na vida civil, a hipocrisia é
falsificação de amizade, que é muito usada por aqueles que fazem suntuosos
elogios, em que eles não acreditam, fazem promessas que eles nunca pretendem
cumprir, ou simulam amizades quando a maldade está no seu coração.
Invejas
Tudo que puder ser chamado inveja, que
é o afligir-se por todo o bem ou bem-estar de outra pessoa, de suas
habilidades, prosperidade, fama ou esforços bem-sucedidos. E todas as
murmurações, que é a calúnia, o falar contra os outros, ou difamá-los (veja 2
Coríntios 12.20; Romanos 1.30).
Aperfeiçoados
Daí aprenda que os melhores cristãos
têm necessidade de ser advertidos e precavidos contra os piores pecados, como a
malícia, a hipocrisia e a inveja. Eles são santificados apenas em parte, e
ainda estão propensos às tentações.
Nossos melhores serviços a Deus não
agradam a Ele nem trazem proveito a nós mesmos, se não formos conscienciosos
nos nossos deveres para com os homens.
Os pecados mencionados aqui são
transgressões da segunda tábua. Esses precisam ser deixados de lado, ou então
não podemos receber a palavra de Deus como devemos.
Mesmo que o texto diga: toda malícia,
todas as murmurações, aprenda: Que um pecado não deixado de lado, vai
atrapalhar nosso benefício espiritual e nosso bem-estar eterno.
A malícia, a inveja, a raiva, o fingimento e a murmuração
geralmente andam juntos. A murmuração é um sinal de que a malícia e o engano
estão no coração; e todos eles se unem para impedir o nosso progresso por meio da palavra de Deus. (Henry, Matthew, Comentário de Atos a
Apocalipse)
A Participação dos Leitores em uma Santa
Comunidade, a Igreja.
1 Pedro 2:4-10.
4. Chegando-vos para ele, a pedra que
vive. Agora Pedro está se ocupando da grande e confortadora garantia de que os
seus leitores, que estão sendo desprezados e ostracizados como gente sem origem
e sem importância (cons. "estrangeiros", 1:1) pelos seus vizinhos,
são membros de unta comunidade santa e gloriosa, a Igreja. Ele começa
devidamente pela questão do relacionamento pessoal com Cristo, Ele mesmo
rejeitado como eles, mas como eles eleito (eleitos, cons. 1:1) de Deus e
precioso (pedra. . . para com Deus eleita e preciosa). Novamente esta palavra "precioso";
cons. 1:19 e abaixo.
5. Também vós mesmos, como pedras que
vivem. Aqui está uma identificação na natureza com Cristo. As mesmas palavras
são usadas com referência aos crentes e ao Senhor. A passagem faz claramente lembrar
as palavras do Senhor a Pedro, "Tu serás chamado Cefas (pedra)" (Jo.
1:42); e novamente, "Tu és Pedro (uma pedra), e sobre esta pedra (formação
rochosa) edificarei" (Mt. 16:18). Observe que na presente passagem Pedro
destaca o seu Senhor, não a si mesmo, no santo edifício que é a Igreja. Sois
edificados casa espiritual. Compare Ef. 2:19-22. Considera-se que a Igreja
transcende a glória do Templo judeu.
O argumento nesta parte do capítulo,
até I Pe. 2:10, pode dar a entender que as indignidades e pressões
experimentadas pelos crentes eram instigadas pelos judeus, embora aceitas
também pelos gentios, e que só iriam ocorrer nos primeiros dias da igreja.
Sacerdócio santo, a fim de oferecerdes sacrifícios espirituais, agradáveis a
Deus por intermédio de Jesus Cristo. Considera-se que a oferta de Cristo abriu
o Santo dos Santos a todos os crentes e suplantou os sacrifícios judeus. Por
meio de Cristo, o homem antes pecador pode agora fazer uma oferta aceitável a um
Deus santo (cons. Rm. 12:1, 2).
6. Pois isso está na Escritura. Agora
Pedro cita sua fonte, Is. 28:16. É interessante observar que neste versículo de
Isaías a ênfase foi colocada sobre a função da pedra como "o fundamento
infalível" (cons. I Co. 3:11). Sem dúvida o gosto de Pedro por esta figura
vem do uso que nosso Senhor fez dela (Mt. 21:42), segundo as palavras de Sl.
118:22,23.
O próprio Pedro usou-a diante do
Sinédrio: "Ele é a pedra que foi rejeitada por vós, os edificadores"
(Atos 4:11).
7,8. Para vós outros, portanto, os
que credes (gr), é a preciosidade; mas para os descrentes . . . pedra de tropeço.
Aqui foi usada a forma nominal de "precioso"; literalmente, uma
honra, uma coisa estimada. Aqui está uma simples representação de Cristo como o
Salvador e Juiz. Misericórdia rejeitada transforma-se em condenação.
Isto, novamente, era doutrina de Cristo
(Mt. 21:44; Jo. 12:48). Na presente passagem os crentes são colocados em
contraste com os descrentes. A fé, então, aparece como obediência ou disposição
básica (cons. "obedientes à fé", Atos 6:7). Para o que também foram
postos (gr., condicionados). O mesmo divino propósito que, com base na presciência
de Deus, escolheu os leitores de Pedro por Seus próprios filhos, tristemente
ordenou os desobedientes para sua única alternativa.
9,10. Vós, porém, sois raça eleita
(gr. genos, "raça, classe"). Isto se assemelha muito aos ensinamentos
do próprio Cristo. Sua referência à pedra de esquina rejeitada estava em
conexão com sua parábola sobre os lavradores rebeldes que mataram o Filho do
proprietário da vinha. Ao mesmo tempo e junto com a sua referência à pedra
rejeitada, ele disse aos líderes judeus, "O reino de Deus vos será tirado,
e será dado a uma nação que dê os seus frutos" (Mt. 21:43). Agora Pedro
está escrevendo a esta "nação", cuja evidente realeza e valor
imediatamente a distingue como os filhos do Rei e reflete o crédito sobre
Aquele que os chamou das trevas do mundo para a Sua luz. As palavras traduzidas
para povo de propriedade exclusiva é literalmente um povo para lucro (gr., peripoiesis).
Às vezes a palavra indica a garantia de uma propriedade desejada
("adquirirão para si", I Tm. 3:13; "ele resgatou com seu próprio
sangue", Atos 20:28). Às vezes significa unta preservação ou salvação.
Em Hb. 10:39 foi traduzido para
"conservação" e contrasta com "perdição". É uma tremenda
palavra de encorajamento. Este é um povo grandemente estimado, um povo a ser
salvo, um povo a ser possuído.
Pedro finaliza esta doutrina com as
palavras de Oséias (1:6, 9; 2:23). Os que antigamente não (eram) povo – muito
provavelmente uma referência aos seus antepassados gentios – agora são povo de
Deus.
COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
Nesta
lição, veremos como se deu a chamada dos filhos de Levi para o ministério
sacerdotal. Entre outras perguntas, responderemos a estas:
Quem
eram os levitas?
E
por que a sua chamada foi necessária?
Veremos
ainda como eles deveriam exercer o seu ofício.
À
semelhança dos levitas, nós também fomos chamados a trabalhar na expansão do
Reino de Deus. Nesse sentido, atuamos como nação santa, profética e sacerdotal,
proclamando o Evangelho e intercedendo tanto pelos crentes quanto pelos que
ainda não creem. Que o Espírito Santo nos ajude neste estudo.
PONTO CENTRAL
O chamamento divino exige separação, excelência e
dedicação integral.
Tribo de Levi
Na tradição judaica, um levita (em hebraico: לֵוִי, hebraico
moderno: Levi, hebraico tiberiano: Lēwî; "unido") é um membro da tribo de Levi.
Quando Josué conduziu
os israelitas na
terra de Canaã,
os levitas foram a única tribo israelita que recebeu cidades, mas não foram
autorizados a ser proprietários de terra "porque o Senhor Deus de Israel é
sua herança" (Deuteronômio
18:2). A Tribo de Levi servia
deveres religiosos particulares para os israelitas e tiveram responsabilidades
políticas também. Em troca, as tribos das terras eram esperadas a dar o dízimo para os Levitas, especialmente o dízimo conhecido como o Maaser Rishon ou Dízimo dos Levitas. Na prática judaica atual, que data da destruição do Templo em Jerusalém, os privilégios e responsabilidades comuns dos levitas são
essencialmente limitados à leitura da Torá na sinagoga e o ritual de pidyon
haben.
O
profeta Moisés e seu irmão o
sacerdote Aarão, foram ambos levitas.
Descendentes notáveis da
dinastia levita, de acordo com a Bíblia, incluem Miriam irmã de Moisés, o profeta Samuel, o profeta Ezequiel, o governador Esdras, o profeta Malaquias, João Batista, Marcos, Mateus e Barnabé. Os descendentes de Arão, que foi o primeiro kohen
gadol (sumo sacerdote), de Israel,
foram designados como a classe sacerdotal, os kohanim. Como tal, os kohanim compreendem uma dinastia familiar (embora as
pessoas que afirmam ser kohanim tem muitos haplogrupos) dentro da tribo de
Levi, e assim todos os kohanim são tradicionalmente considerados levitas, mas
nem todos os levitas são kohanim.
Teorias acerca da tribo
Aos
que crêem nas Escrituras, é inegável que Levi tenha sido uma tribo como as
outras, separada porém por Deus para exercer o sacerdócio. Entretanto, a
situação da tribo no momento em que o Pentateuco teria
sido escrito, bem como sua posição na sociedade judaica após
o exílio na Babilônia geram
discussão entre estudiosos.
Alguns
acreditam que Levi tenha sido uma das tribos que teria fugido do Egito,
e ao chegar a Canaã teriam se
aliado a outras tribos hebraicas autóctones, e, após a organização destas
tribos e sua fusão em uma só nação, os levitas teriam sido designados ao
sacerdócio.
Outra
corrente acredita que os levitas teriam sido uma casta à parte do sistema
tribal existente, uma elite com poderes políticos originados de sua relação de
exclusividade com Deus. Essa não era uma postura incomum no Oriente
Médio antigo ou em outras regiões, e observava-se a
existência de classes sacerdotais rígidas na Mesopotâmia e
na Índia fundamentadas
no direito exclusivo destas classes em interferir junto a Deus pela ordem de
suas sociedades.
Levi na era pré-monárquica
Divisão
da terra de Israel pelas doze tribos
A
tribo de Levi assume grande importância na história de Israel desde seu
princípio. Em Êxodo, os personagens
de Moisés e Arão são membros desta tribo, e lideram todo o povo de Israel
mantido em regime de escravidão no Antigo
Egito, rumo à terra
de Canaã. Moisés se tornou líder espiritual e legislador de
toda a nação durante sua peregrinação no deserto, e teria recebido de Deus as
tábuas com os Dez
Mandamentos, além de instruções acerca das leis e das normas
de conduta que norteariam a nação israelita pelos séculos seguintes.
Moisés
também nomeou seu irmão Arão como sumo-sacerdote, e designou seus descendentes,
e apenas seus descendentes, como aqueles que teriam a permissão de realizar
sacrifícios e adentrar o tabernáculo,
e entrar em presença à Arca da Aliança.
Suas funções sacerdotais eram intransferíveis, e, segundo consta, outros que
tentaram exercer as funções dos levitas foram punidos por Deus.
Quando
da conquista de Canaã, a tribo de Levi foi a única a não receber parte da
terra, um território específico e delimitado. Ao contrário, os levitas
receberam cidades isoladas, situadas nas regiões de todas as outras tribos.
A
Arca da Aliança esteve sob os cuidados dos levitas até que um ataque filisteu resultou
em sua captura. Os filisteus, entretanto, permitiram que israelitas a levassem
de volta, e ficou sob os cuidados dos levitas no tabernáculo da cidade de Siló até
que Davi ordenou
que a trouxessem para Jerusalém.
O
livro de Juízes conta como
a esposa de um levita fora violentada por estupradores da tribo de Benjamim.
Em face da complacência dos benjamitas, as outras tribos se revoltaram e, após
uma guerra civil, quase dizimaram a tribo de Benjamim.
Período monárquico, intervenção de Davi
Pouco
depois, apoiado pelo sacerdote levita e profeta Samuel, Saul ascendeu
ao poder como primeiro rei de Israel. Guerras contínuas e derrotas
enfraqueceram Saul, e após sua morte, Davi, também com o apoio de Samuel, foi
coroado em seu lugar.
Davi
era da tribo de Judá, e como tal, era proibido de exercer qualquer atividade
sacerdotal. Entretanto, Davi aparentemente possuía habilidades proféticas,
e Deus lhe teria assegurado o direito de ser rei e sacerdote de seu povo. Seu
posto foi confirmado após realizar, com sucesso, um sacrifício a Deus sem a
punição esperada pelos levitas. Os judeus, posteriormente, usariam este evento
como justificativa para ordenar sacerdotes em meio ao seu próprio povo.
A
ascensão de Davi abalou a estrutura existente, e a partir deste evento, não era
mais vedado à tribo de Levi os cuidados com sacrifícios, embora tivessem
mantido exclusividade nos cuidados com o Tabernáculo e com o Grande Templo.
O declínio dos levitas
De
qualquer forma, é nítido deste ponto em diante no relato bíblico a raridade de
menções aos levitas fora do contexto do Templo, o que pode significar que sua
influência tenha sido reduzida através da concentração de poder nas mãos dos
reis de Judá. Entretanto, os levitas mantiveram importância junto ao povo, e
especializaram-se, criando diversas classes internas derivadas de suas funções
no Templo.
Em
relação a Israel, visto como são citados constantemente atos religiosos não
relacionados ao culto a Yahueh (em
vez disso, cultos semelhantes aos dos povos fenícios, arameus e assírios circundantes
de Israel), é possível que os levitas e seus sacerdotes, assim como as leis
mosaicas, que defendiam, tivessem perdido muito de sua influência sobre o povo
e a nobreza.
Quando Nabucodonosor,
rei da Babilônia, conquistou Judá, os levitas praticamente desaparecem do
relato bíblico, vindo a ser mencionados apenas quando o Templo foi
reconstruído, sob o comando de Esdras,
Zorobabel e Neemias. Desde o período de exílio,
todos os membros da nação escolhida por Deus passaram a ser chamados judeus,
devido a serem, nominalmente, membros da tribo de Judá, inclusive qualquer
levita que tenha sobrevivido à invasão babilônica. É portanto incerto se os
levitas citados no período do Segundo Templo tivessem sido descendentes de
Arão, como seria de se supor, e talvez tenham sido judeus nomeados entre o povo
para exercerem funções sacerdotais.
A
queda dos levitas como classe sacerdotal tornou-se evidente com o surgimento
de sinagogas,
onde as leis e os costumes, bem como as normas de conduta de um sacerdote, eram
ensinados a todos nas comunidades judaicas, e não mais exclusivas àqueles
designados para tal pela Lei de Moisés. Jesus Cristo reivindica para si
autoridade sacerdotal baseado nos atos de Davi, de quem teria sido descendente.
Hoje, qualquer judeu pode ser ordenado rabino após
um período de estudos da lei judaica.
I.
LEVI, A TRIBO SACERDOTAL
I. Apresentar a tribo de Levi como
a tribo
sacerdotal
Em
primeiro lugar, vejamos quem foi Levi. Depois, constataremos quão zelosos foram
os seus descendentes e como se deu a sua vocação ao ofício sagrado.
1.
O nascimento de Levi. Ao
dar à luz a Levi, declarou Lia: “Agora, está vez se ajuntará meu marido comigo,
porque três filhos lhe tenho dado” (Gn 29.34
Os
filhos de Jacob – 31 Quando o Senhor viu que Lia era desprezada,
concedeu-lhe filhos; Raquel, porém, era estéril.
32 Lia
engravidou, deu à luz um filho e deu-lhe o nome de Rúben, pois dizia: "O
Senhor viu a minha infelicidade. Agora, certamente o meu marido me
amará".
33 Lia engravidou de novo e, quando deu à
luz outro filho, disse: "Porque o Senhor ouviu que sou desprezada, deu-me
também este". Pelo que o chamou Simeão.
34 De
novo engravidou e, quando deu à luz mais um filho, disse: "Agora,
finalmente, meu marido se apegará a mim, porque já lhe dei três filhos".
Por isso deu-lhe o nome de Levi.
35 Engravidou ainda outra vez e, quando
deu à luz mais outro filho, disse: "Desta vez louvarei o Senhor".
Assim deu-lhe o nome de Judá. Então parou de ter filhos.).
Por
isso, a esposa desprezada de Jacó foi impulsionada a dar o nome de Levi ao seu
terceiro filho. E, de fato, os levitas sempre estiveram ligados ao Senhor. Foi
assim que o menino passou a ser contado entre os patriarcas das doze tribos de
Israel (At 7.8 8 E deu a Abraão a aliança da circuncisão. Por
isso, Abraão gerou Isaque e o circuncidou oito dias depois do seu nascimento.
Mais tarde, Isaque gerou Jacó, e este os doze patriarcas.).
2.
O zelo dos levitas. Levi,
pelo que inferimos do texto sagrado, sempre teve uma postura zelosa e
conservadora em relação à honra da família, haja vista o episódio envolvendo o
estupro de sua irmã, Diná (Gn 34.25-31 25Três dias depois, quando ainda sofriam dores, dois filhos de
Jacó, Simeão e Levi, irmãos de Diná, pegaram suas espadas e atacaram a cidade
desprevenida, matando todos os homens.
26Mataram ao fio da espada Hamor
e seu filho Siquém, tiraram Diná da casa de Siquém e partiram.
27Vieram então os outros filhos
de Jacó e, passando pelos corpos, saquearam a cidade onde sua irmã tinha sido
desonrada.
28Apoderaram-se das ovelhas, dos
bois e dos jumentos, e de tudo o que havia na cidade e no campo.
29Levaram as mulheres e as crianças,
e saquearam todos os bens e tudo o que havia nas casas.
30Então Jacó disse a Simeão e a
Levi: "Vocês me puseram em grandes apuros, atraindo sobre mim o ódio dos
cananeus e dos ferezeus, habitantes desta terra. Somos poucos, e, se eles
juntarem suas forças e nos atacarem, eu e a minha família seremos destruídos".
31Mas eles responderam:
"Está certo ele tratar nossa irmã como uma prostituta?").
Mais
tarde, após a saída de Israel do Egito, os levitas juntaram-se a Moisés no
combate à idolatria gerada pelo bezerro de ouro (Êx 32.26-28 26 Então ficou em pé, à entrada do acampamento, e disse: "Quem
é pelo Senhor, junte-se a mim". Todos os levitas se juntaram a ele.
27 Declarou-lhes também: "Assim diz o Senhor, o Deus de Israel:
'Pegue cada um sua espada, percorra o acampamento, de tenda em tenda, e mate o
seu irmão, o seu amigo e o seu vizinho' ".
28 Fizeram os levitas conforme Moisés ordenou, e naquele dia
morreram cerca de três mil dentre o povo.).
Eram
homens da maior firmeza (2Cr 26.17 17 O sumo sacerdote Azarias e outros oitenta corajosos sacerdotes do
Senhor, foram atrás dele.).
3.
A vocação sacerdotal dos levitas. Não
foi sem motivo que o Senhor escolheu a tribo de Levi como o berço de Moisés e
Arão (Êx 6.14-27 Genealogias de Moisés e Arão - 14Estes
foram os chefes das famílias israelitas: Os filhos de Rúben, filho mais velho
de Israel, foram: Enoque, Palu, Hezrom e Carmi. Esses foram os clãs de Rúben.
15Os
filhos de Simeão foram: Jemuel, Jamim, Oade, Jaquim, Zoar e Saul, filho de uma
cananeia. Esses foram os clãs de Simeão.
16Estes são os nomes dos filhos de Levi, por
ordem de nascimento: Gérson, Coate e Merari. Levi viveu cento e trinta e sete
anos.
17Os
filhos de Gérson, conforme seus clãs, foram Libni e Simei.
18Os filhos de Coate foram Anrão, Isar,
Hebrom e Uziel. Coate viveu cento e trinta e três anos.
19Os
filhos de Merari foram Mali e Musi.
Esses
foram os clãs de Levi, por ordem de nascimento.
20Anrão tomou por mulher sua tia Joquebede,
que lhe deu à luz Arão e Moisés. Anrão viveu cento e trinta e sete anos.
21Os
filhos de Isar foram Corá, Nefegue e Zicri.
22Os filhos de Uziel foram Misael, Elzafã
e Sitri.
23Arão
tomou por mulher a Eliseba, filha de Aminadabe, irmã de Naassom, e ela lhe deu
à luz Nadabe, Abiú, Eleazar e Itamar.
24Os filhos de Corá foram Assir, Elcana e
Abiasafe. Esses foram os clãs dos coraítas.
25Eleazar,
filho de Arão, tomou por mulher uma das filhas de Futiel, e ela lhe deu à luz
Fineias.
Esses
foram os chefes das famílias dos levitas, conforme seus clãs.
26Foi a este Arão e a este Moisés que o
Senhor disse: "Tirem os israelitas do Egito, organizados segundo as suas
divisões".
27Foram
eles, Moisés e Arão, que falaram ao faraó, rei do Egito, a fim de tirarem os
israelitas do Egito.
28Ora, quando o Senhor falou com Moisés
no Egito, 29disse-lhe:
"Eu sou o Senhor. Diga ao faraó, rei do Egito, tudo o que eu disser a
você".
30Moisés, porém, perguntou ao Senhor:
"Como o faraó me dará ouvidos, se não tenho facilidade para falar?").
De
um lar tão piedoso, saíram homens e mulheres de comprovada piedade. Aliás,
tinha o Senhor uma aliança particular com Levi e sua descendência (Ml 2.4,5 4Então vocês saberão que fui eu
que fiz a vocês esta advertência para que a minha aliança com Levi fosse mantida",
diz o Senhor dos Exércitos.
5"A minha aliança com ele foi uma aliança de vida e de paz,
que na verdade lhe dei para que me temesse. Ele me temeu e tremeu diante do meu
nome.).
Tendo
em vista o caráter santo e distintivo da tribo de Levi, aprouve a Deus
separá-la para o sacerdócio (Nm 3.45 45"Dedique os levitas em lugar de todos os primogênitos dos
israelitas e os rebanhos dos levitas em lugar dos rebanhos dos israelitas. Os
levitas serão meus. Eu sou o Senhor.).
Nesse processo, o Senhor apresentou
os levitas como resgate de toda a nação de Israel. Ao invés de cada família
entregar o seu primogênito ao serviço divino, a tribo de Levi foi apartada das
demais para dedicar-se inteiramente a Deus (Nm 3.12 12 "Eu mesmo escolho os levitas entre os israelitas em lugar do
primeiro filho de cada mulher israelita. Os levitas são meus, 13 pois todos os primogênitos são meus. Quando feri todos os
primogênitos no Egito, separei para mim mesmo todo primogênito de Israel, tanto
entre os homens como entre os rebanhos. Serão meus. Eu sou o Senhor".).
Os
levitas, pois, foram concedidos como dons a Israel, assim como os obreiros de
Cristo foram entregues com o mesmo objetivo à Igreja (Ef 4.8-12 8Por isso é que foi dito: "Quando ele subiu em triunfo às
alturas, levou cativos muitos prisioneiros, e deu dons aos homens".
9(Que significa "ele subiu", senão que também havia
descido às profundezas da terra?
10Aquele que desceu é o mesmo que
subiu acima de todos os céus, a fim de encher todas as coisas.)
11E ele designou alguns para apóstolos, outros para profetas, outros
para evangelistas, e outros para pastores e mestres, 12com o fim de preparar os santos
para a obra do ministério, para que o corpo de Cristo seja edificado, 13até que todos alcancemos a unidade
da fé e do conhecimento do Filho de Deus, e cheguemos à maturidade, atingindo a
medida da plenitude de Cristo.).
SÍNTESE DO TÓPICO (I)
A Tribo de Levi foi escolhida e separada
pelo Senhor para o serviço sacerdotal.
SUBSÍDIO BÍBLICO-TEOLÓGICO
“Os levitas
Levi, um dos doze filhos de Jacó,
tinha três filhos: Gérson, Coate e Merari (Gn 46.8,11). Quando a família
aumentou durante a estada no Egito, a família de Levi passou a ser uma tribo e
as famílias dos três filhos se tornaram divisões tribais. Arão, Miriã e Moisés
nasceram na divisão coatita da tribo (Êx 2.4; 6.16-20; 15.20). Quando os judeus
adoraram o bezerro de ouro no sopé do Monte Sinai, foram os levitas que se
uniram a Moisés contra a idolatria e na consagração a Deus. Ao tomarem essa
atitude, eles destruíram muito dos idólatras. Sua consagração resultou em se
envolverem na construção do Tabernáculo (Êx 28.1-30) e em cuidar dele. Quando o
Tabernáculo foi removido, os coatitas levaram a mobília, os gersonitas , as
cortinas e seus pertences, e os meratitas transportaram e instalaram o
Tabernáculo propriamente dito (Nm 3.35-37; 4.29-33).
Segundo Números 3.40-51, os levitas
agiram como substitutos dos primogênitos de toda casa judia. Em vista de Deus
ter poupado a vida dos primogênitos judeus por ocasião da primeira Páscoa (Êx
11.5; 12.12,13), o primogênito pertencia tecnicamente ao Senhor, mas os levitas
deviam atuar no serviço de Deus em lugar deles. Por serem separados para o
serviço de Deus, não se esperava que fossem à guerra (Nm 1.3; cf. v.49) ou
plantassem seus próprios alimentos numa área tribal. Eles deviam espalhar-se
por toda a Terra Prometida e viver entre o povo (Nm 35.1-8) e deviam ser
sustentados com os dízimos do povo (Nm 18.21) (GOWER, Ralph. Novo
Manual dos Usos & Costumes dos Tempos Bíblicos. 2ª Edição. RJ:
CPAD, 2012, pp.325,326).
II.
O SUMO SACERDOTE
II. Explicar o chamamento e os requisitos
do sumo
sacerdote
O
sumo sacerdote de Israel teria de ser, obrigatoriamente, descendente de Arão,
ungido, vitalício e servo de Deus.
1.
Descendente de Arão. O
sumo sacerdote era o principal representante do culto divino no Antigo
Testamento (Êx 28.1
Vestimentas
para os sacerdotes - 1"Chame seu irmão, Arão, e separe-o
dentre os israelitas, e também os seus filhos Nadabe e Abiú, Eleazar e Itamar,
para que me sirvam como sacerdotes.
2Para o seu irmão Arão, faça vestes
sagradas que lhe confiram dignidade e honra.).
Por
essa razão, o Senhor exigia que ele proviesse de uma tribo específica, a de
Levi, e de uma família ainda mais específica, a casa de Arão (Êx 6.16-23 16Estes são os nomes dos filhos de Levi, por ordem de nascimento:
Gérson, Coate e Merari. Levi viveu cento e trinta e sete anos.
17Os filhos de Gérson, conforme
seus clãs, foram Libni e Simei.
18Os filhos de Coate foram Anrão,
Isar, Hebrom e Uziel. Coate viveu cento e trinta e três anos.
19Os filhos de Merari foram Mali
e Musi.
Esses foram os clãs de Levi,
por ordem de nascimento.
20Anrão tomou por mulher sua tia
Joquebede, que lhe deu à luz Arão e Moisés. Anrão viveu cento e trinta e sete
anos.
21Os filhos de Isar foram Corá,
Nefegue e Zicri.
22Os filhos de Uziel foram
Misael, Elzafã e Sitri.
23Arão tomou por mulher a
Eliseba, filha de Aminadabe, irmã de Naassom, e ela lhe deu à luz Nadabe, Abiú,
Eleazar e Itamar.).
Assim,
duplamente separado, tinha condições de apresentar-se como a maior autoridade
espiritual da nação; era o símbolo da plenitude espiritual requerida pelo Deus
de Israel
(Sl
133.1-3 1Como é bom e agradável quando os irmãos convivem em união!
2É como óleo precioso derramado sobre a cabeça, que desce pela
barba, a barba de Arão, até a gola das suas vestes.
3É como o orvalho do Hermom
quando desce sobre os montes de Sião.
Ali o Senhor concede a bênção da vida para sempre.).
Ali o Senhor concede a bênção da vida para sempre.).
Constituído
a favor dos homens nas coisas concernentes ao Altíssimo, o sumo sacerdote
oferecia sacrifícios pelos pecados do povo (Hb 5.1 1 Todo sumo sacerdote é escolhido dentre os
homens e designado para representá-los em questões relacionadas com Deus e apresentar
ofertas e sacrifícios pelos pecados.).
Portanto,
ele fazia a intermediação entre o povo de Israel e o santíssimo Deus. Era sua
responsabilidade também instruir o povo santo (Lv 10.10,11 10 Vocês têm que fazer separação entre o santo e o profano, entre o
puro e o impuro, 11 e ensinar aos israelitas todos os decretos que o Senhor lhes deu
por meio de Moisés".).
2.
Ungido para o ofício. O
Senhor determinou que o sumo sacerdote fosse ungido a fim de dignificá-lo como
ministro extraordinário do culto divino (Êx 28.41 41 Depois de vestir seu irmão, Arão, e os filhos
dele, unja-os e consagre-os, para que me sirvam como sacerdotes.
Ex
29.1-7 A consagração dos sacerdotes – 1 "Assim você os consagrará, para
que me sirvam como sacerdotes: separe um novilho e dois cordeiros sem defeito.
2 Com
a melhor farinha de trigo, sem fermento, faça pães e bolos amassados com
azeite, e pães finos, untados com azeite.
3 Coloque-os numa cesta e ofereça-os dentro
dela; também ofereça o novilho e os dois cordeiros.
4 Depois
traga Arão e seus filhos à entrada da Tenda do Encontro e mande-os lavar-se.
5 Pegue as vestes e vista Arão com a
túnica e o peitoral. Prenda o colete sacerdotal sobre ele com o cinturão.
6 Ponha-lhe
o turbante na cabeça e prenda a coroa sagrada ao turbante.
7 Unja-o com o óleo da unção,
derramando-o sobre a cabeça de Arão.).
Sob
a unção divina, teria condições de tornar a nação israelita propícia diante do
Santíssimo Deus (Hb 5.1 1 Todo sumo sacerdote é escolhido dentre os
homens e designado para representá-los em questões relacionadas com Deus e
apresentar ofertas e sacrifícios pelos pecados.).
3.
Vitalício no cargo. A
vitaliciedade do sumo sacerdócio está patente na história da família de Arão.
Antes de este morrer, Moisés o desvestiu das roupas sacerdotais, para vesti-las
em Eleazar, seu filho (Nm 20.23-29 A morte de Arão – 23 Naquele
monte, perto da fronteira de Edom, o Senhor disse a Moisés e a Arão: 24 "Arão
será reunido aos seus antepassados. Não entrará na terra que dou aos
israelitas, porque vocês dois se rebelaram contra a minha ordem junto às águas
de Meribá.
25 Leve Arão e seu filho Eleazar para o
alto do monte Hor.
26 Tire as vestes de Arão e coloque-as em
seu filho Eleazar, pois Arão será reunido aos seus antepassados; ele morrerá
ali".
27 Moisés fez conforme o Senhor ordenou;
subiram o monte Hor à vista de toda a comunidade.
28 Moisés tirou as vestes de Arão e as
colocou em seu filho Eleazar. E Arão morreu no alto do monte. Depois disso,
Moisés e Eleazar desceram do monte, 29 e, quando toda a comunidade soube que
Arão tinha morrido, toda a nação de Israel pranteou por ele durante trinta dias.).
Mais
tarde o mesmo Eleazar seria substituído por seu filho Fineias (Js 24.33 33Sucedeu também que Eleazar, filho de Arão,
morreu e foi sepultado em Gibeá, que fora dada a seu filho Fineias, nos montes
de Efraim.
Jz
20.28 27E os israelitas consultaram ao
Senhor. (Naqueles dias, a arca da aliança estava ali, 28e Fineias, filho de Eleazar, filho de Arão, ministrava perante
ela.) Perguntaram: "Sairemos de novo ou não, para lutar contra os nossos
irmãos benjamitas?"
O Senhor respondeu: "Vão,
pois amanhã eu os entregarei nas suas mãos".).
Todavia,
no tempo do Novo Testamento, a vitaliciedade já não era observada (Jo 11.49-51 49Então um deles, chamado Caifás, que naquele ano era o sumo
sacerdote, tomou a palavra e disse: "Nada sabeis!
50Não percebeis que vos é melhor
que morra um homem pelo povo, e que não pereça toda a nação".
51Ele não disse isso de si mesmo,
mas, sendo o sumo sacerdote naquele ano, profetizou que Jesus morreria pela
nação judaica, 52e não somente por aquela nação, mas também pelos filhos de Deus
que estão espalhados, para reuni-los num povo.).
Ao
que tudo indica, havia um rodízio entre os principais membros da família de
Arão (Lc 3.2 1No décimo quinto ano do reinado
de Tibério César, quando Pôncio Pilatos era governador da Judeia; Herodes,
tetrarca da Galileia; seu irmão Filipe, tetrarca da Itureia e Traconites; e
Lisânias, tetrarca de Abilene; 2Anás e Caifás exerciam o sumo sacerdócio. Foi nesse ano que veio a
palavra do Senhor a João, filho de Zacarias, no deserto.).
4.
Servo de Deus. Apesar
da importância do cargo, o sumo sacerdote não era considerado infalível, nem
estava acima da Lei de Deus. Sua obrigação era servir o altar e conservar-se
puro, a fim de que o nome do Senhor fosse exaltado entre os filhos de Israel
(Êx 28.43 43Arão e seus filhos terão que vesti-los sempre
que entrarem na Tenda do Encontro ou quando se aproximarem do altar para
ministrar no Lugar Santo, para que não incorram em culpa e morram.
"Este é
um decreto perpétuo para Arão e para os seus descendentes.).
O
capítulo três de Zacarias descreve a dignidade do sumo sacerdote constituído
sobre Israel. (Zacarias
3 – Roupa limpa para o sumo sacerdote – 1 Depois disso ele me mostrou o sumo
sacerdote Josué diante do anjo do Senhor, e Satanás, à sua direita, para
acusá-lo.
2 O anjo do Senhor disse a Satanás: "O Senhor o
repreenda, Satanás! O Senhor que escolheu Jerusalém o repreenda! Este homem não
parece um tição tirado do fogo?"
3 Ora, Josué, vestido de roupas impuras,
estava em pé diante do anjo.
4 O anjo disse aos que estavam diante dele:
"Tirem as roupas impuras dele".
Depois disse a Josué: "Veja, eu tirei de você o seu pecado e coloquei vestes nobres sobre você".
Depois disse a Josué: "Veja, eu tirei de você o seu pecado e coloquei vestes nobres sobre você".
5 Disse também: "Coloquem um
turbante limpo em sua cabeça". Colocaram o turbante nele e o vestiram,
enquanto o anjo do Senhor observava.
6 O anjo do Senhor exortou Josué, dizendo:
7 "Assim diz o Senhor dos Exércitos:
'Se você andar nos meus caminhos e obedecer aos meus preceitos, você governará
a minha casa e também estará encarregado das minhas cortes, e eu darei a você
um lugar entre estes que estão aqui.
8 " 'Ouçam bem, sumo sacerdote Josué e seus
companheiros sentados diante de você, homens que simbolizam coisas que virão:
Trarei o meu servo, o Renovo.
9 Vejam a pedra que coloquei na frente de
Josué! Ela tem sete pares de olhos, e eu gravarei nela uma inscrição', declara
o Senhor dos Exércitos, 'e removerei o pecado desta terra num único dia.
10 " 'Naquele dia', declara o Senhor dos
Exércitos, 'cada um de vocês convidará seu próximo para assentar-se debaixo da
sua videira e debaixo da sua figueira' ".)
SÍNTESE DO TÓPICO (II)
O Senhor estabeleceu que o sumo
sacerdote deveria ser descendente de Arão, ungido, vitalício e servo.
SUBSÍDIO BÍBLICO-TEOLÓGICO
“O sumo sacerdote
Dentro da divisão dos coatitas, a
família de Arão passou a ser de sacerdotes. De um lado isso os tornou
encarregados dos levitas. Itamar supervisionava os gersonitas (Nm 4.28) e os
meraritas (v.33); Eleazar cuidava dos coatitas (v.16). Por outro lado os
sacerdotes eram distintos dos levitas, porque só eles podiam tocar nas coisas
santas — tudo que tivesse a ver com o altar, a lâmpada, ou a mesa da proposição
(Nm 5.5-15).
O sacerdote nem sempre era quem fazia
o sacrifício, mas era ele quem levava o sangue para o altar (por exemplo, Lv
3.2). O próprio Arão veio a ser sumo sacerdote (às vezes chamado de principal
sacerdote). Ele usava roupas especiais (Lv 16.2), interpretava o lançamento das
sortes sagradas que eram mantidas em seu peitoral.
Arão tinha quatro filhos. Nadabe,
Abiú, Eleazar e Itamar. Nadabe e Abiú morreram por terem cometido sacrilégio em
seus deveres religiosos como sacerdotes e o sumo sacerdócio passou então para
Eleazar e foi mantido em sua família (Nm 20.25-29). Eli era um sacerdote da
família de Eleazar. O sumo sacerdócio parece ter passado depois para a família
de Itamar. Foi Salomão quem fez retornar a linguagem de volta à família de
Eleazar, colocando Zadoque na posição de sumo sacerdote. Essa posição foi
mantida na família dele até que seu descendente veio a ser deposto por Antíoco
Epifânio nos dias dos macabeus. Neste período posterior, os sumo sacerdotes
eram indicados pelo poder reinante (Anás foi deposto pelos romanos e
substituído por Caifás — veja Lucas 3.2; Jo 18.13-24), mas quando eles se
tornaram forte o bastante para resistir às autoridades, adotaram seu próprio
estilo de soberania” (GOWER, Ralph. Novo Manual dos Usos & Costumes
dos Tempos Bíblicos. 2ª Edição. RJ: CPAD, 2012, pp.326,327).
III.
DIREITOS E DEVERES
III. Indicar os direitos e deveres dos levitas.
Os
descendentes de Levi, principalmente os da casa de Arão, deveriam observar
estes direitos e deveres: viver do altar, santificar-se ao Senhor e ser uma
referência moral, ética e espiritual.
1.
Viver do altar. Já
que os sacerdotes dedicavam-se ao ministério do altar, desse mesmo altar
deveriam viver (Lv 7.35
35 Essa é a parte das ofertas dedicadas ao Senhor,
preparadas no fogo, destinada a Arão e a seus filhos no dia em que foram
apresentados para servirem ao Senhor como sacerdotes.).
Portanto,
não tinham eles direito a qualquer herança territorial entre os seus irmãos,
porque a sua herança e porção era o Senhor (Nm 18.20 20 Disse ainda o Senhor a Arão: "Você não terá herança na terra
deles, nem terá porção entre eles; eu sou a sua porção e a sua herança entre os
israelitas.).
Moisés,
porém, divinamente instruído, destinou-lhes cidades estratégicas por todo o
Israel (Nm 35.8 8As cidades que derem aos
levitas, das terras dos israelitas, deverão ser dadas proporcionalmente à
herança de cada tribo; tomem muitas cidades da tribo que tem muitas, mas poucas
da que tem poucas".).
Algumas
delas serviam também como refúgio aos que, acidentalmente, matavam alguém (Nm
35.6 6"Seis das cidades que
vocês derem aos levitas serão cidades de refúgio, para onde poderá fugir quem
tiver matado alguém. Além disso, deem a eles outras quarenta e duas cidades.).
2.
Santificar-se ao Senhor. Em
virtude de seu ofício, os sacerdotes deveriam erguer-se, em Israel, como
referência de santidade e pureza. O sumo sacerdote, por exemplo, tinha de
ostentar uma faixa de ouro, em sua mitra, na qual estava escrito: “Santidade ao
Senhor” (Êx 28.36 36 "Faça um diadema de ouro puro e grave nele como se grava um
selo: Consagrado ao Senhor.).
Caso
o sacerdote profanasse o seu ofício, seria punido com todo o rigor (Lv 10.1-3 -
A
morte de Nadabe e Abiú - 1Nadabe e Abiú, filhos de Arão, pegaram
cada um o seu incensário, nos quais acenderam fogo, acrescentaram incenso e
trouxeram fogo profano perante o Senhor, sem que tivessem sido autorizados.
2Então saiu fogo da presença do Senhor e
os consumiu. Morreram perante o Senhor.
3Moisés então disse a Arão: "Foi
isto que o Senhor disse: 'Aos que de mim se aproximam santo me mostrarei; à
vista de todo o povo glorificado serei' ".
Arão, porém, ficou em silêncio.).
3.
Tornar-se uma referência espiritual e moral. Os sacerdotes, por serem responsáveis pela
aplicação da Lei de Deus, tinham a obrigação de ser uma referência espiritual,
moral e ética para os filhos de Israel (Ml 2.1-10 – Aviso aos sacerdotes – 1"E
agora esta advertência é para vocês, ó sacerdotes.
2Se
vocês não derem ouvidos e não se dispuserem a honrar o meu nome", diz o
Senhor dos Exércitos, "lançarei maldição sobre vocês e até amaldiçoarei as
suas bênçãos. Aliás, já as amaldiçoei, porque vocês não me honram de coração.
3"Por
causa de vocês eu destruirei a sua descendência; esfregarei na cara de vocês os
excrementos dos animais oferecidos em sacrifício em suas festas e lançarei
vocês fora, com os excrementos.
4Então
vocês saberão que fui eu que fiz a vocês esta advertência para que a minha
aliança com Levi fosse mantida", diz o Senhor dos Exércitos.
5"A
minha aliança com ele foi uma aliança de vida e de paz, que na verdade lhe dei
para que me temesse. Ele me temeu e tremeu diante do meu nome.
6A
verdadeira lei estava em sua boca e nenhuma falsidade achou-se em seus lábios.
Ele andou comigo em paz e retidão e desviou muitos do pecado.
7"Porque
os lábios do sacerdote devem guardar o conhecimento, e da sua boca todos
esperam a instrução na Lei, porque ele é o mensageiro do Senhor dos Exércitos.
8Mas
vocês se desviaram do caminho e pelo seu ensino causaram a queda de muita
gente; vocês quebraram a aliança de Levi", diz o Senhor dos Exércitos.
9"Por
isso eu fiz que fossem desprezados e humilhados diante de todo o povo, porque
vocês não seguem os meus caminhos, mas são parciais quando ensinam a Lei."
Judá
é infiel - 10Não temos todos o mesmo Pai? Não fomos
todos criados pelo mesmo Deus? Por que será, então, que quebramos a aliança dos
nossos antepassados sendo infiéis uns com os outros?).
Os
filhos de Eli, em consequência de seu proceder, tornaram-se um péssimo exemplo
aos israelitas. E, por causa disso, Deus os matou (1Sm 2.25 25Se um homem pecar contra outro homem, os juízes
poderão intervir em seu favor; mas, se pecar contra o Senhor, quem intercederá
por ele?" Seus filhos, contudo, não deram atenção à repreensão de seu pai,
pois o Senhor queria matá-los.).
Andemos,
pois, em santidade e pureza diante do Senhor, pois Ele continua a exigir
santidade de todo o seu povo (1Pe 1.15 15Mas, assim como é santo aquele que os chamou, sejam santos vocês
também em tudo o que fizerem, 16pois está escrito: "Sejam santos, porque eu sou santo".).
SÍNTESE DO TÓPICO (III)
Eram deveres e direitos dos descendentes
de Levi: viver do altar, santificar-se ao Senhor e ser uma referência moral,
ética e espiritual.
SUBSÍDIO BÍBLICO-TEOLÓGICO
“Os levitas eram descendentes de
Levi, o escolhido por Deus no deserto durante a época de Moisés, encarregados
de deveres específicos em relação ao Tabernáculo, embora proibidos de ministrar
diante do santuário sagrado, eles afirmavam ser servos especiais de Deus em
assuntos da religião. Deviam ensinar o livro da Torá ao povo e ajudar os
sacerdotes em todos os assuntos ligados à adoração no santuário. A eles não
seria reservada qualquer herança na nova terra quando Josué fez a divisão
oficial do território, pois Deus seria a sua herança. Quarenta e oito cidades e
vilas foram separadas com os lugares onde deveriam viver.
Os três filhos de Levi — Gersón,
Coate e Merari — foram relacionados como aqueles por quem fluiram as bênçãos
divinas. Nos primeiros anos da vida nacional, essas famílias receberam a função
de cuidar do Tabernáculo e transportá-lo. Quando Arão e seus familiares foram
escolhidos como sacerdotes, foi necessário escolher um grupo de pessoas para
ajudá-los e toda a tribo se julgou diferenciada por ser um grupo sagrado
designado para executar deveres relacionados com os ritos e as funções
sacerdotais.
Os levitas recebiam uma posição
apropriada no acampamento quando a nação viajava pelo deserto. Como estavam
localizados em volta do Tabernáculo, eram considerados protetores em quem se
podia confiar, e que dariam a própria vida para proteger a sagrada casa de
Deus.
[...] Os levitas estavam localizados
entre os sacerdotes e o povo. A maior parte de seu trabalho era pesada e
servil. Não podiam entrar para ver o altar santo, nem tocar no santuário senão
morreriam (Nm 4.15). Eram servos dos sacerdotes, e passavam a vida executando
tarefas comuns que tornavam possível a realização dos serviços sagrados” (Dicionário
Bíblico Wycliffe. 7ª Edição. RJ: CPAD, 2010, pp.1148,1149).
CONCLUSÃO
O sacerdócio levítico era glorioso;
seus membros eram considerados príncipes de Deus (Zc 3.8 8" 'Ouçam
bem, sumo sacerdote Josué e seus companheiros sentados diante de você, homens
que simbolizam coisas que virão: Trarei o meu servo, o Renovo.).
Todavia, o Senhor Jesus Cristo é
superior ao sacerdócio levítico, pois é eterno (Sl 110.4 4 O Senhor jurou e não se arrependerá: "Tu és sacerdote para
sempre, segundo a ordem de
Melquisedeque".
Hb 7.13-17 13Ora, aquele de quem se dizem essas coisas pertencia a outra tribo,
da qual ninguém jamais havia servido diante do altar, 14pois é bem conhecido que o nosso Senhor descende de Judá, tribo da
qual Moisés nada fala quanto a sacerdócio.
15O que acabamos de dizer fica
ainda mais claro quando aparece outro sacerdote semelhante a Melquisedeque, 16alguém que se tornou sacerdote, não por regras relativas à
linhagem, mas segundo o poder de uma vida indestrutível.
17Porquanto sobre ele é afirmado:
"Tu és sacerdote para sempre, segundo a ordem de Melquisedeque".).
Quanto a nós, somos uma nação santa,
profética e sacerdotal, pois recebemos a incumbência de proclamar o Evangelho e
interceder pelos que perecem (1Pe 2.9 9Vocês, porém, são geração eleita, sacerdócio real, nação santa,
povo exclusivo de Deus, para anunciar as grandezas daquele que os chamou das
trevas para a sua maravilhosa luz.).
Portanto, sirvamos ao Senhor com todo
o nosso ser, para que, através de nossa vida, venha o Reino de Deus a este
mundo que jaz no Maligno.
PARA REFLETIR
A respeito de “Os Ministros do Culto Levítico”,
responda:
• Quem foi Levi?
Foi um dos filhos de Jacó com Lia.
• Descreva o caráter de Levi.
Levi, pelo que inferimos do texto sagrado, sempre teve uma postura
zelosa e conservadora em relação à honra da família. Após a saída de Israel do
Egito, os levitas juntaram-se a Moisés no combate à idolatria gerada pelo
bezerro de ouro. Eram homens da maior firmeza.
• Como se deu a chamada dos levitas?
O Senhor escolheu a tribo de Levi como o berço de Moisés e Arão. De um
lar tão piedoso, saíram homens e mulheres de comprovada piedade. Aliás, tinha o
Senhor uma aliança particular com Levi e sua descendência. Tendo em vista o
caráter santo e distintivo da tribo de Levi, aprouve a Deus separá-la para o
sacerdócio. Nesse processo, o Senhor apresentou os levitas como resgate de toda
a nação de Israel. Ao invés de cada família entregar o seu primogênito ao
serviço divino, a tribo de Levi foi apartada das demais para dedicar-se
inteiramente a Deus.
• Quais as características do sumo sacerdote?
Descendente de Arão, ungido para o ofício, vitalício no cargo e servo de
Deus.
• Quais os deveres e direitos dos levitas?
Viver do altar, santificar-se ao Senhor, tornar-se uma referência
espiritual e moral.
SUBSÍDIOS ENSINADOR CRISTÃO
Os Ministros do Culto Levítico
A lição desta semana vai abordar uma
das mais importantes instituições ministeriais do Antigo Testamento: o
sacerdócio levítico. Todo desdobramento do culto, como vimos na lição anterior,
só era possível devido à classe de ministros que foi separada por Deus na época
de Moisés para exercer o ofício sacerdotal. Por isso, é preciso conhecer a
tribo em que essa classe se originou e a singularidade dos sacerdotes, pois nem
todo levita era sacerdote, mas todo sacerdote era levita.
A Tribo de Levi
A característica de Levi, um dos doze
patriarcas, tem muito a dizer sobre a existência da Tribo e o surgimento da
classe sacerdotal a partir dela. A reputação do patriarca Levi está ancorada na
ideia de uma pessoa firme, dura demais em relação à honra, fato que é destaque
na narrativa de Gênesis 34. Embora a trágica atitude de Levi em defesa da honra
de Diná fosse objeto de indignação de seu pai, Jacó, essa disposição de “zelo”
está claramente presente na formação da Tribo de Levi representada pela três
maiores autoridades: Gérson, Coate e Merari (1Cr 6.16, Gn 46.11; Êx 6.16) —
considerados os herdeiros legítimos das bênçãos divinas, pois, não por acaso,
foram as famílias, dentro da tribo, responsáveis por todo o cuidado e
transporte do Tabernáculo. Dessa tribo de firme “zelo” e “ânimo” surge a
instituição sacerdotal.
A diferença entre “levitas” e
“sacerdotes”
Muito importante destacar é que nem
todo levita era sacerdote. Os “levitas”, reconhecidos assim, foram escolhidos e
necessários para exerceram funções de ajuda ao sacerdócio no Tabernáculo, e
mais tarde no Santo Templo, para ensinar a Torá ao povo e auxiliar os
sacerdotes em todo o sentido na adoração pública no santuário (utensílios,
transporte, portas, instrumentos de música do Tabernáculo e, respectivamente, o
Templo — Nm 1.50). Diferentemente dos “levitas”, os sacerdotes eram separados
eminentemente para os ofícios sagrados do Tabernáculo e do Templo: oferecer
sacrifícios e ofertas no altar; mediar a relação do povo com o Deus de Israel.
A atuação híbrida dos sacerdotes
Ao longo do Antigo Testamento, vemos
que, além da natureza espiritual e religiosa da função sacerdotal, os
sacerdotes transbordaram o limite religioso. Era comum eles exercerem papéis de
conselheiros do Rei, como no reinado de Davi, e, por exemplo, influenciar a
eleição do rei como aconteceu no caso de Salomão, sucessor de seu pai.
Hebreus 9:22 “E quase todas as coisas, segundo a lei, se purificam com sangue; e sem derramamento de sangue não há remissão”.
VERDADE
PRÁTICA
O
sacrifício expiador de Cristo no Calvário foi perfeito, único e capaz de nos
purificar de todo pecado.
LEITURA
DIÁRIA
Êx 28.1:
A instituição do sacerdócio
Êx
29.1-9: A cerimônia de consagração
Lv
16.11-14: A oferta do sacerdote pelo seu pecado
Hb 6.20:
Jesus, nosso Sumo Sacerdote eterno
Hb
4.15,16: Jesus, Sumo Sacerdote compassivo
Hb 9.11:
Jesus, Sumo Sacerdote dos bens futuros
LEITURA
BÍBLICA EM CLASSE
Êxodo
29.1-12.
1 - Isto é o que lhes hás de fazer, para os
santificar, para que me administrem o sacerdócio: Toma um novilho, e dois
carneiros sem mácula, 2 - e pão asmo, e bolos asmos amassados com azeite, e
coscorões asmos untados com azeite; com flor de farinha de trigo os farás.
3 - E os porás num cesto e os trarás no cesto, com
o novilho e os dois carneiros.
4 - Então, farás chegar Arão e seus filhos à porta da tenda da congregação e os lavarás com água; 5 - depois, tomarás as vestes e vestirás a Arão da túnica, e do manto do éfode, e do éfode mesmo, e do peitoral; e o cingirás com o cinto de obra de artífice do éfode.
4 - Então, farás chegar Arão e seus filhos à porta da tenda da congregação e os lavarás com água; 5 - depois, tomarás as vestes e vestirás a Arão da túnica, e do manto do éfode, e do éfode mesmo, e do peitoral; e o cingirás com o cinto de obra de artífice do éfode.
6 - E a mitra porás sobre a sua cabeça; a coroa da
santidade porás sobre a mitra;
7 - e tomarás o azeite da unção e o derramarás
sobre a sua cabeça; assim, o ungirás.
8 - Depois, farás chegar seus filhos, e lhes farás vestir túnicas, 9 - e os cingirás com o cinto, a Arão e a seus filhos, e lhes atarás as tiaras, para que tenham o sacerdócio por estatuto perpétuo, e sagrarás a Arão e a seus filhos.
10 - E farás chegar o novilho diante da tenda da congregação, e Arão e seus filhos porão as mãos sobre a cabeça do novilho; 11 - e degolarás o novilho perante o Senhor, à porta da tenda da congregação.
8 - Depois, farás chegar seus filhos, e lhes farás vestir túnicas, 9 - e os cingirás com o cinto, a Arão e a seus filhos, e lhes atarás as tiaras, para que tenham o sacerdócio por estatuto perpétuo, e sagrarás a Arão e a seus filhos.
10 - E farás chegar o novilho diante da tenda da congregação, e Arão e seus filhos porão as mãos sobre a cabeça do novilho; 11 - e degolarás o novilho perante o Senhor, à porta da tenda da congregação.
12 - Depois, tomarás do sangue do novilho, e o
porás com o teu dedo sobre as pontas do altar, e todo o sangue restante
derramarás á base do altar.
INTRODUÇÃO
Deus ordenou que Moisés separasse Arão e seus
filhos para o sacerdócio. O vestiário, bem como o modo de proceder dos
sacerdotes, foram dados por orientações do próprio Deus. Antes de oferecer
sacrifícios em favor do povo, Arão deveria oferecer sacrifício para a remissão
dos seus próprios pecados. Na lição de hoje, estudaremos a respeito do ato de
consagração e purificação do sacerdócio, conforme as determinações de Deus.
I. A CONSAGRAÇÃO DE ARÃO E SEUS FILHOS
1. A lavagem com água. “Então, farás chegar Arão e
seus filhos à porta da tenda da congregação e os lavarás com água” (Êx 29.4).
Muitos eram os rituais de preparação que os sacerdotes deveriam realizar antes
de se achegarem à presença de Deus. Uma parte dos rituais era a lavagem com
água, que simbolizava pureza e perfeição. Deus é santo e requer santidade do
seu povo: “Santos sereis, porque eu, o Senhor, vosso Deus, sou santo” (Lv
19.2). Atualmente o crente é limpo pela Palavra (Jo 15.3) e pelo sangue de Cristo
(1Jo 1.7). Sem pureza e santidade não podemos nos achegar à presença de Deus.
Uma importante razão pela qual o crente deve santificar-se é que a santidade de Deus, em parte, é revelada através do procedimento justo e da vida santificada do crente.
Uma importante razão pela qual o crente deve santificar-se é que a santidade de Deus, em parte, é revelada através do procedimento justo e da vida santificada do crente.
2. A unção com azeite (Êx 30.23-33). O azeite da
unção deveria ser derramado sobre a cabeça de Arão e seus filhos. O azeite é
símbolo do Espírito Santo que viria habitar no crente pelo ministério
intercessor de Jesus (Jo 14.16,17,26), bem como o batismo com o Espírito Santo
(At 1.4,5,8). Assim também a igreja recebeu o penhor do Espírito (2Co 1.21,22),
mas alguns de seus membros são individualmente separados para ministérios
específicos, segundo os propósitos de Deus.
3. Animais são imolados como sacrifício (Êx 29.10-18).
Era necessário que antes de ministrar em favor do povo, o sacerdote oferecesse
sacrifícios de holocausto por sua própria vida. Arão e seus filhos deveriam
levar um cordeiro, sem mancha ou defeito, diante do altar. O cordeiro morto
tipificava a morte vicária de Jesus Cristo, que “morreu por nossos pecados,
segundo as Escrituras” (1Co 15.3). A morte vicária de Cristo proporciona ao
homem pecador a reconciliação com Deus. Jesus morreu para expiar os nossos
pecados (1Pe 1.18,19).
II. O SACRIFÍCIO DA POSSE
1. O segundo carneiro da consagração (Êx 29.19-35).
Era necessário que outro animal inocente fosse morto. Segundo o Comentário
Bíblico Beacon, “parte do sangue era colocada primeiramente na orelha direita,
no dedo polegar da mão direita e no dedo polegar do pé direito”. O restante do
sangue deveria ser derramado sobre o altar. Sem derramamento de sangue não há
remissão de pecado (Hb 9.22). Tudo apontava para o Calvário, onde Cristo
derramou seu sangue por nós.
2. Sacrifícios diários. Diariamente eram oferecidos
sacrifícios pelo pecado. Pela manhã e a tarde havia sacrifícios e um animal
inocente era morto em resgate da vida de alguém. O sacrifício de Cristo foi
perfeito e único. Por isso, hoje podemos nos achegar a Deus para adorá-lo
livremente.
No Tabernáculo, tudo deveria estar sempre pronto a
fim de que o culto diário a Deus nunca fosse interrompido. Os sacerdotes
cuidavam para que o fogo do altar nunca se apagasse. A cada manhã, este era
alimentado com nova lenha e novos holocaustos (Lv 6.12,13). Da mesma forma Deus
quer que nos apresentemos a Ele, prontos e renovados espiritualmente (2Co
4.16).
III. CRISTO, PERPÉTUO SUMO SACERDOTE
1. Sacerdócio segundo a ordem de Melquisedeque. A
primeira referência a Melquisedeque como sacerdote encontra-se no livro de
Gênesis 14.18. Poucos sabemos a respeito de Melquisedeque: “sem pai, sem mãe,
sem genealogia, não tendo princípio de dias nem fim de vida” (Hb 7.3).
Melquisedeque é um tipo de Cristo.
2. O sacrifício perfeito de Cristo. Arão e seus
descendentes deveriam oferecer diariamente sacrifícios por seus pecados e
também do seu povo. Hoje não precisamos fazer esses tipos de sacrifícios, pois
o sacrifício de Cristo foi único, perfeito e perpétuo (Hb 7.25-28).
3. O sacrifício eterno de Cristo. “Mas este, porque
permanece eternamente, tem um sacerdócio perpétuo” (Hb 7.24). O vocábulo
“perpétuo” significa “inalterável”. Jesus não pertencia à tribo de Levi, mas
seu sacerdócio era segundo a ordem de Melquisedeque (Hb 5.6,10; 7.11,12), logo,
seu sacerdócio era superior ao de Arão. O sacerdócio de Cristo é superior,
eterno e imutável.
CONCLUSÃO
Deus estabeleceu o sacerdócio e as cerimônias de
purificação e consagração. Estas cerimônias apontavam para o sacrifício
perfeito e o sacerdócio eterno de Cristo. Ele se ofereceu como holocausto em
nosso lugar. Sem Cristo, jamais poderíamos nos achegar à presença santa e
eterna de Deus e ter comunhão com Ele.
EXERCÍCIOS
Atualmente
somos limpos mediante quê?
R. Atualmente o crente é limpo pela Palavra (Jo 15.3) e pelo sangue de Cristo (1Jo 1.7).
R. Atualmente o crente é limpo pela Palavra (Jo 15.3) e pelo sangue de Cristo (1Jo 1.7).
O que o
azeite simboliza?
R. O azeite é símbolo do Espírito Santo que viria habitar no crente pelo ministério intercessor de Jesus (Jo 14.16,17,26).
R. O azeite é símbolo do Espírito Santo que viria habitar no crente pelo ministério intercessor de Jesus (Jo 14.16,17,26).
O que
deveria ser feito com o restante do sangue do segundo carneiro?
R. O restante do sangue deveria ser derramado sobre o altar.
R. O restante do sangue deveria ser derramado sobre o altar.
Cristo
era Sacerdote segundo qual ordem?
R. Ordem de Melquisedeque.
R. Ordem de Melquisedeque.
De acordo
com a lição, qual o significado do vocábulo “perpétuo”?
R. O vocábulo “perpétuo” significa “inalterável”.
R. O vocábulo “perpétuo” significa “inalterável”.
Quem Foi Levi? A História de Levi na Bíblia
Levi
foi o terceiro filho de Jacó com sua esposa Lia. Levi deu origem à tribo
responsável pelo culto e adoração ao Senhor em Israel. Os sacerdotes e levitas
pertenciam à tribo de Levi. As poucas informações sobre a história de Levi e
sua vida pessoal são encontradas no livro de Gênesis.
O
significado do nome Levi está relacionado a um verbo que pode ser traduzido
como “juntar” ou “estar unido a”. Quando Levi nasceu, sua mãe, Lia, declarou: “Meu esposo se unirá a mim
desta vez, porque três filhos lhe tenho dado”. Então com base nessa
declaração ela lhe chamou de Levi (Gênesis 29:34).
A
história de Levi
Levi
esteve envolvido nos episódios que mencionam os demais filhos de Jacó. Apesar
de não ser citado nominalmente, obviamente Levi estava junto de seus irmãos
quando houve a conspiração contra José (Gênesis 37).
Um
episódio em particular registrado em Gênesis indica que Levi era um homem
impiedoso. Ele e seu irmão Simeão lideraram uma vingança cruel contra os
siquemitas (Gênesis 34). Diná, irmã de Levi, havia sido violentada pelo filho
do líder das terras de Siquém. Quando os filhos de Jacó tomaram ciência disto,
ficaram indignados.
O pai
do rapaz procurou Jacó para tentar resolver a situação, pois o jovem estava
apaixonado por Diná. Então ele foi até Jacó pedir que Diná fosse dada ao seu
filho em casamento. Foi aí que os filhos de Jacó disseram que só permitiriam o
casamento se todos os homens do clã de Siquém fossem circuncidados (Gênesis
34:14-17).
Os
homens concordaram com a proposta dos filhos de Jacó e foram todos
circuncidados. Então ao terceiro dia após a circuncisão, Levi e Simeão se
aproveitaram da incapacidade de reação dos homens da cidade e mataram a todos.
Depois eles saquearam toda a cidade. Esse episódio deixou Jacó fortemente indignado com Levi e Simeão (Gênesis 34:25-31).
Por
causa dessa vergonhosa vingança que provavelmente foi apenas um exemplo de uma
conduta de vida caracterizada pela violência e crueldade, Levi e Simeão
perderam liderança e terra em Israel. Por isto muitos estudiosos indicam que
esse episódio serve para explicar o motivo pelo qual Jacó ignorou Simeão e
Levi, e abençoou como primogênito seu quarto filho, Judá (cf. Gênesis 49:1-12).
A
descendência de Levi
Apesar
de tudo, a descendência de Levi desfrutou de uma posição notável na sequência
da história de Israel. Pela graça de Deus, a maldição foi transformada em
bênção, e os descendentes de Levi tornaram-se os representantes dos israelitas
diante de Deus.
A
Bíblia informa o nome dos três filhos de Levi que foram chefes de clãs: Gérson,
Coate e Merari (Gênesis 46:11; Êxodo 6:16; 1 Crônicas 6:16). Todos eles
nasceram antes de imigração para Egito. Mais tarde os levitas ficaram responsáveis por todo
serviço religioso. Portanto, todos os sacerdotes de Israel pertenciam à tribo de
Levi.
Muitos
personagens bíblicos notáveis eram descendentes de Levi. Por exemplo: Moisés, o grande legislador hebreu, e seu
irmão, Arão, líder da primeira família sacerdotal, eram descendentes de Coate,
filho de Levi. O profeta Ezequiel, o profeta Jeremias, Zacarias e tantos outros, também eram
descendentes da casa de Levi.
Outros
homens também são citados na Bíblia com o nome Levi, mas não são
necessariamente descendentes de Levi. O mais notável deles é Levi, filho de
Alfeu, o discípulo de Jesus que também é identificado como sendo o apóstolo Mateus (cf. Marcos 2:14; Lucas
5:27-32; Mateus 9:9; 10:3). Esse mesmo nome aparece duas vezes na genealogia de
Jesus, na linhagem da tribo de Judá (Lucas 3:24,29).
LEVI
[Adesão; Ligado].
[Adesão; Ligado].
1. Terceiro filho de Jacó com sua esposa Léia, nascido em
Padã-Arã. (Gên 35:23, 26) Quando ele nasceu, Léia disse: “Agora, esta vez se
juntará a mim o meu esposo, porque lhe dei à luz três filhos.” O menino foi
assim chamado de Levi, nome cujo significado evidentemente estava ligado à
esperança de Léia de conseguir um novo vínculo afetivo com Jacó. (Gên 29:34)
Levi tornou-se pai de Gérson (Gersom), Coate e Merari, fundadores das três
divisões principais dos levitas. — Gên 46:11; 1Cr 6:1, 16.
Levi, junto com seu irmão Simeão, tomou medidas drásticas contra os que aviltaram Diná, irmã deles. (Gên 34:25, 26, 31) Esta expressão de ira violenta foi amaldiçoada por Jacó, que predisse a dispersão dos descendentes de Levi em Israel, profecia que se cumpriu quando os levitas foram deveras dispersos em 48 cidades levitas, nos territórios das várias tribos de Israel, na terra de Canaã. (Gên 49:7; Jos 21:41) Levi acompanhou Jacó na sua ida para o Egito e morreu ali, aos 137 anos de idade. — Êx 1:1, 2; 6:16.
2. Antepassado de Jesus Cristo mencionado como “filho de Simeão” na genealogia de Jesus registrada por Lucas. É alistado na seqüência que vai de Davi a Zorobabel. — Lu 3:27-31.
3. “Filho de Melqui”, que é a segunda pessoa antes de Eli
(pai de Maria) na genealogia de Jesus em Lucas. — Lu 3:23, 24.
4. Coletor de impostos (Mr 2:14; Lu 5:27, 29) que se tornou
apóstolo de Jesus Cristo, e que era também conhecido como Mateus. — Mt 9:9;
10:2-4; veja MATEUS.
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