terça-feira, 10 de julho de 2018

OS MINISTROS DO CULTO LEVITICO CPAD


LIÇÕES BÍBLICAS CPAD ADULTOS 3º Trimestre de 2018
Título: Adoração, Santidade e Serviço — Os princípios de Deus para a sua Igreja em Levítico – Comentarista: Claudionor de Andrade

Lição 3: Os Ministros do Culto Levítico

TEXTO ÁUREO

Toma os levitas em lugar de todo primogênito entre os filhos de Israel e os animais dos levitas em lugar dos seus animais; porquanto os levitas serão meus. Eu sou o Senhor” (Nm 3.45).

VERDADE PRÁTICA

O chamamento divino exige, de cada um de nós, amor, excelência e dedicação integral ao Senhor da Seara.

LEITURA DIÁRIA

Gn 29.34 – Levi, o patriarca sacerdotal
34 De novo engravidou e, quando deu à luz mais um filho, disse: "Agora, finalmente, meu marido se apegará a mim, porque já lhe dei três filhos". Por isso deu-lhe o nome de Levi.

Êx 32.26 – O zelo dos levitas
26 Então ficou em pé, à entrada do acam­pamento, e disse: "Quem é pelo Senhor, junte-se a mim". Todos os levitas se juntaram a ele.

Nm 3.45 – Os levitas são separados para Deus
45 "Dedique os levitas em lugar de todos os primogênitos dos israelitas e os rebanhos dos levitas em lugar dos rebanhos dos israelitas. Os levitas serão meus. Eu sou o Senhor.

Nm 18.20,21 – A herança dos levitas
20 Disse ainda o Senhor a Arão: "Você não terá herança na terra deles, nem terá porção entre eles; eu sou a sua porção e a sua herança entre os israelitas.
21 "Dou aos levitas todos os dízimos em Israel como retribuição pelo trabalho que fazem ao servirem na Tenda do Encontro.

Ml 2.4,5 – A aliança do Senhor com Levi
4 Então vocês saberão que fui eu que fiz a vocês esta advertência para que a minha aliança com Levi fosse manti­da", diz o Senhor dos Exércitos.
5 "A minha aliança com ele foi uma aliança de vida e de paz, que na verdade lhe dei para que me temesse. Ele me temeu e tremeu diante do meu nome.

Ml 2.6,7 – A sabedoria dos levitas
6 A verdadeira lei estava em sua boca e nenhuma falsidade achou-se em seus lábios. Ele andou comigo em paz e retidão e desviou muitos do pecado.
7 "Porque os lábios do sacerdote devem guardar o conhecimento, e da sua boca todos esperam a instrução na Lei, porque ele é o mensageiro do Senhor dos Exércitos.


OBJETIVO GERAL

Conscientizar de que o chamamento divino exige, de cada um de nós, amor, excelência e dedicação integral.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

·         I. Apresentar a tribo de Levi como a tribo sacerdotal;
·         II. Explicar o chamamento e os requisitos do sumo sacerdote;
·         III. Indicar os direitos e deveres dos levitas.

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

Levítico 8.1-13.

1 — Falou mais o SENHOR a Moisés, dizendo:
2 — Toma a Arão, e a seus filhos com ele, e as vestes, e o azeite da unção, como também o novilho da expiação do pecado, e os dois carneiros, e o cesto dos pães asmos
3 — e ajunta toda a congregação à porta da tenda da congregação.
4 — Fez, pois, Moisés como o SENHOR lhe ordenara, e a congregação ajuntou-se à porta da tenda da congregação.
5 — Então, disse Moisés à congregação: Isto é o que o SENHOR ordenou que se fizesse.
6 — E Moisés fez chegar a Arão e a seus filhos, e os lavou com água,
7 — e lhe vestiu a túnica, e cingiu-o com o cinto, e pôs sobre ele o manto; também pôs sobre ele o éfode, e cingiu-o com o cinto lavrado do éfode, e o apertou com ele.
8 — Depois, pôs-lhe o peitoral, pondo no peitoral o Urim e o Tumim;
9 — e pôs a mitra sobre a sua cabeça e na mitra, diante do seu rosto, pôs a lâmina de ouro, a coroa da santidade, como o SENHOR ordenara a Moisés.
10 — Então, Moisés tomou o azeite da unção, e ungiu o tabernáculo e tudo o que havia nele, e o santificou;
11 — e dele espargiu sete vezes sobre o altar e ungiu o altar e todos os seus vasos, como também a pia e a sua base, para santificá-los.
12 — Depois, derramou do azeite da unção sobre a cabeça de Arão e ungiu-o, para santificá-lo.
13 — Também Moisés fez chegar os filhos de Arão, e vestiu-lhes as túnicas, e cingiu-os com o cinto, e apertou-lhes as tiaras, como o SENHOR ordenara a Moisés.

 Como era a roupa do sumo sacerdote?

O sumo sacerdote tinha uma roupa especial para ministrar diante de Deus:

·         Peitoral – com doze pedras preciosas, cada uma com o nome de uma tribo de Israel inscrita; o peitoral tinha um bolso onde se guardava o Urim e o Tumim

 

O que é Urim e Tumim?

O Urim e Tumim era um meio que os sacerdotes judeus usavam para determinar a vontade de Deus. Quando era preciso tomar uma decisão ou escolha importante, os sacerdotes podiam recorrer ao Urim e Tumim. A Bíblia não descreve o Urim e Tumim.

O Urim e Tumim provavelmente era uma forma de lançar sortes. No Antigo Testamento o povo pedia a orientação de Deus quando tinham de tomar uma decisão importante. Quando Deus não dava uma revelação por meio de um profeta, os sacerdotes lançavam sortes para encontrar uma resposta (Números 26:55-56).

Lançar sortes não era uma forma de escolher ao acaso. A lógica era que Deus está no controle de tudo, até mesmo o resultado de lançar sortes (Provérbios 16:33). Deus decidia o resultado, por isso Ele podia revelar Sua vontade assim. Além disso, ninguém mais podia interferir no resultado, o que tornava a decisão imparcial.

Ninguém sabe ao certo como era o Urim e Tumim mas através da Bíblia nos dá três informações:
Era sagrado – só o sacerdote podia usar o Urim e Tumim e as suas respostas eram aceites como respostas de Deus – Números 27:21
Era relativamente pequeno – cabia dentro do peitoral do sumo sacerdote, junto do seu coração – Êxodo 28:30
Podia não dar resposta – Deus não pode ser manipulado nem obrigado a dar resposta; o Urim e Tumim nem sempre respondiam – 1 Samuel 28:6

A Bíblia não nos diz se o Urim e Tumim era um objeto ou um conjunto de objetos. Também não conta como era usado nem dá nenhum exemplo claro em que foi usado, exceto quando Saul não obteve resposta. O Urim e Tumim aparece pouco na Bíblia e não é mencionado depois do tempo de Esdras e Neemias.
O Urim e Tumim não era uma forma de controlar Deus e provavelmente não tem grande destaque na Bíblia para evitar superstições. Deus responde quando quer e como quer; não há nenhum objeto que nos pode dar poder sobre Ele. Usar objetos especiais ou lançar sortes não garantem uma resposta de Deus. Não podemos obrigar Deus a fazer o que queremos, só Lhe podemos pedir humildemente e esperar.

·         Colete sacerdotal – com duas ombreiras de pedra, com os nomes dos filhos de Israel inscritos – Êxodo 28:11-12
·         Cinturão – feito de fios de ouro e linho azul, vermelho e roxo, para prender o colete sacerdotal – Êxodo 28:8
·         Manto – todo azul, com pequenos sinos nas bordas para fazer barulho quando o sumo sacerdote entrasse e saísse da presença de Deus – Êxodo 28:34-35
·         Túnica – feita de linho, para usar por baixo do resto da roupa – Êxodo 28:39
·         Calções – para cobrir as partes íntimas e evitar situações vergonhosas – Êxodo 28:42
·         Turbante – com uma placa de ouro atada à frente, inscrita com as palavras “Consagrado ao Senhor” - Êxodo 28:36-38

Essas roupas mostravam que o sumo sacerdote era o representante do povo de Deus, consagrado para servir a Deus.












INTERAGINDO COM O PROFESSOR

Depois de estudar o culto levítico, na lição de hoje refletiremos a respeito do sumo sacerdote e os levitas, cuja função era conduzir a adoração e representar o povo diante de Deus. Os hebreus haviam deixado o Egito e era preciso que a adoração fosse institucionalizada e diferente do que tinham visto e aprendido durante os anos de escravidão. Veremos que Deus escolheu e separou uma única tribo, a de Levi, para a adoração e o serviço no Tabernáculo. Ser escolhido para tal função era um privilégio, uma honra, mas também uma grande responsabilidade e abnegação já que os descendentes de Levi não teriam herança como às demais tribos. O Senhor seria a herança deles e o sustento viria das outras tribos. Era preciso ter fé e viver dela.

Deus determinou que os sacerdotes deveriam ser descendente de Arão. Também era exigido que as mulheres dos sacerdotes fossem israelitas de sangue puro. Mesmo depois da vinda de Jesus, para atuar como sacerdote, era preciso comprovar por meio de registros genealógicos a descendência de Arão. Mas, graças ao sacrifico de Jesus Cristo na nova aliança, cada crente é um sacerdote santo, chamado para oferecer sacrifícios espirituais
(1Pe 2.5 5 vocês também estão sendo utilizados como pedras vivas na edificação de uma casa espiritual para serem sacerdócio santo, oferecendo sacrifícios espirituais aceitáveis a Deus, por meio de Jesus Cristo.).






1 Pedro 2 Estudo: Pedra Angular e Geração Eleita
Em 1 Pedro 2, o apóstolo nos apresenta a Deus, como pedra viva. Esta é a principal pedra da construção do Reino de Deus. Sendo assim, nós os que cremos somos transformados em pedras vivas e participamos desta edificação.
A pedra angular, Jesus Cristo rejeitada pelos homens é motivo de tropeço para os que não crêem, mas para os que creem ele é uma pedra preciosa.
Isto ocorre, porque nós somos geração eleita de Deus. Antes, nós não éramos povo, mas agora Deus nos separou como filhos. E isso deve nos conduzir a santificação. Pedro aponta isso como o motivo pelo qual devemos nos sujeitar as autoridades constituídas.

Esboço de 1 Pedro 2:
1 Pedro 2.1 – 5: Pedras Vivas
1 Pedro 2.6 – 8: A pedra angular
1 Pedro 2.9 – 12: Geração Eleita
1 Pedro 2.13 – 20: Sujeição as autoridades
1 Pedro 2.21 – 25: O Exemplo de Jesus Cristo

1 Deixando, pois, toda a malícia, e todo o engano, e fingimentos, e invejas, e todas as murmurações, 2 Desejai afetuosamente, como meninos novamente nascidos, o leite racional, não falsificado, para que por ele vades crescendo; 3 Se é que já provastes que o Senhor é benigno; 4 E, chegando-vos para ele, pedra viva, reprovada, na verdade, pelos homens, mas para com Deus eleita e preciosa, 5 Vós também, como pedras vivas, sois edificados casa espiritual e sacerdócio santo, para oferecer sacrifícios espirituais agradáveis a Deus por Jesus Cristo.
6 Por isso também na Escritura se contém: Eis que ponho em Sião a pedra principal da esquina, eleita e preciosa; e quem nela crer não será confundido.
7 E assim para vós, os que credes, é preciosa, mas, para os rebeldes, a pedra que os edificadores reprovaram, essa foi a principal da esquina, 8 E uma pedra de tropeço e rocha de escândalo, para aqueles que tropeçam na palavra, sendo desobedientes; para o que também foram destinados.
9 Mas vós sois a geração eleita, o sacerdócio real, a nação santa, o povo adquirido, para que anuncieis as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz; 10 Vós, que em outro tempo não éreis povo, mas agora sois povo de Deus; que não tínheis alcançado misericórdia, mas agora alcançastes misericórdia.
11 Amados, peço-vos, como a peregrinos e forasteiros, que vos abstenhais das concupiscências carnais, que combatem contra a alma; 12 Tendo o vosso viver honesto entre os gentios; para que, naquilo em que falam mal de vós, como de malfeitores, glorifiquem a Deus no dia da visitação, pelas boas obras que em vós observem.
13 Sujeitai-vos, pois, a toda a ordenação humana por amor do Senhor; quer ao rei, como superior; 14 Quer aos governadores, como por ele enviados para castigo dos malfeitores, e para louvor dos que fazem o bem.
15 Porque assim é a vontade de Deus, que, fazendo bem, tapeis a boca à ignorância dos homens insensatos; 16 Como livres, e não tendo a liberdade por cobertura da malícia, mas como servos de Deus.
17 Honrai a todos. Amai a fraternidade. Temei a Deus. Honrai ao rei.
18 Vós, servos, sujeitai-vos com todo o temor aos senhores, não somente aos bons e humanos, mas também aos maus.
19 Porque é coisa agradável, que alguém, por causa da consciência para com Deus, sofra agravos, padecendo injustamente.
20 Porque, que glória será essa, se, pecando, sois esbofeteados e sofreis? Mas se, fazendo o bem, sois afligidos e o sofreis, isso é agradável a Deus.
21 Porque para isto sois chamados; pois também Cristo padeceu por nós, deixando-nos o exemplo, para que sigais as suas pisadas.
22 O qual não cometeu pecado, nem na sua boca se achou engano.
23 O qual, quando o injuriavam, não injuriava, e quando padecia não ameaçava, mas entregava-se àquele que julga justamente; 24 Levando ele mesmo em seu corpo os nossos pecados sobre o madeiro, para que, mortos para os pecados, pudéssemos viver para a justiça; e pelas suas feridas fostes sarados.
25 Porque éreis como ovelhas desgarradas; mas agora tendes voltado ao Pastor e Bispo das vossas almas.




Abandone a Malícia
Livrem-se, pois, de toda maldade e de todo engano, hipocrisia, inveja e toda espécie de maledicência. Como crianças recém-nascidas, desejem de coração o leite espiritual puro, para que por meio dele cresçam para a salvação, agora que provaram que o Senhor é bom. (1 Pedro 2.1 – 3)
O seu conselho é para deixar de lado ou abandonar o que é mau, como alguém faz com uma roupa velha e podre. “Joguem-na fora com indignação, nunca a coloquem de novo”.
Os pecados a serem abandonados, ou lançados de lado, são: Malícia, que pode ser entendida de forma mais ampla como representando todo o tipo de maldade, como em Tiago 1.22 e 1 Coríntios 5.8.
Mas, em um sentido mais restrito, a malícia é a raiva que está estabelecida no coração dos tolos, raiva enraizada e enorme, represada até que leve o homem a planejar o mal, a fazer o mal ou a se alegrar com qualquer mal que sobrevenha a outra pessoa.

Engano ou Logro
Este que compreende a bajulação, a falsidade e a ilusão, que é uma imposição astuta de algo à ignorância ou fraqueza de outra pessoa, para o prejuízo desta.

Fingimentos
Por estar no plural, a palavra compreende todo o tipo de hipocrisias. Nas questões da religião, a hipocrisia é a falsificação da piedade.
Na vida civil, a hipocrisia é falsificação de amizade, que é muito usada por aqueles que fazem suntuosos elogios, em que eles não acreditam, fazem promessas que eles nunca pretendem cumprir, ou simulam amizades quando a maldade está no seu coração.

Invejas
Tudo que puder ser chamado inveja, que é o afligir-se por todo o bem ou bem-estar de outra pessoa, de suas habilidades, prosperidade, fama ou esforços bem-sucedidos. E todas as murmurações, que é a calúnia, o falar contra os outros, ou difamá-los (veja 2 Coríntios 12.20; Romanos 1.30).

Aperfeiçoados
Daí aprenda que os melhores cristãos têm necessidade de ser advertidos e precavidos contra os piores pecados, como a malícia, a hipocrisia e a inveja. Eles são santificados apenas em parte, e ainda estão propensos às tentações.
Nossos melhores serviços a Deus não agradam a Ele nem trazem proveito a nós mesmos, se não formos conscienciosos nos nossos deveres para com os homens.
Os pecados mencionados aqui são transgressões da segunda tábua. Esses precisam ser deixados de lado, ou então não podemos receber a palavra de Deus como devemos.
Mesmo que o texto diga: toda malícia, todas as murmurações, aprenda: Que um pecado não deixado de lado, vai atrapalhar nosso benefício espiritual e nosso bem-estar eterno.
A malícia, a inveja, a raiva, o fingimento e a murmuração geralmente andam juntos. A murmuração é um sinal de que a malícia e o engano estão no coração; e todos eles se unem para impedir o nosso progresso por meio da palavra de Deus(Henry, Matthew, Comentário de Atos a Apocalipse)



A Participação dos Leitores em uma Santa Comunidade, a Igreja.
1 Pedro 2:4-10.

4. Chegando-vos para ele, a pedra que vive. Agora Pedro está se ocupando da grande e confortadora garantia de que os seus leitores, que estão sendo desprezados e ostracizados como gente sem origem e sem importância (cons. "estrangeiros", 1:1) pelos seus vizinhos, são membros de unta comunidade santa e gloriosa, a Igreja. Ele começa devidamente pela questão do relacionamento pessoal com Cristo, Ele mesmo rejeitado como eles, mas como eles eleito (eleitos, cons. 1:1) de Deus e precioso (pedra. . . para com Deus eleita e preciosa). Novamente esta palavra "precioso"; cons. 1:19 e abaixo.

5. Também vós mesmos, como pedras que vivem. Aqui está uma identificação na natureza com Cristo. As mesmas palavras são usadas com referência aos crentes e ao Senhor. A passagem faz claramente lembrar as palavras do Senhor a Pedro, "Tu serás chamado Cefas (pedra)" (Jo. 1:42); e novamente, "Tu és Pedro (uma pedra), e sobre esta pedra (formação rochosa) edificarei" (Mt. 16:18). Observe que na presente passagem Pedro destaca o seu Senhor, não a si mesmo, no santo edifício que é a Igreja. Sois edificados casa espiritual. Compare Ef. 2:19-22. Considera-se que a Igreja transcende a glória do Templo judeu.
O argumento nesta parte do capítulo, até I Pe. 2:10, pode dar a entender que as indignidades e pressões experimentadas pelos crentes eram instigadas pelos judeus, embora aceitas também pelos gentios, e que só iriam ocorrer nos primeiros dias da igreja. Sacerdócio santo, a fim de oferecerdes sacrifícios espirituais, agradáveis a Deus por intermédio de Jesus Cristo. Considera-se que a oferta de Cristo abriu o Santo dos Santos a todos os crentes e suplantou os sacrifícios judeus. Por meio de Cristo, o homem antes pecador pode agora fazer uma oferta aceitável a um Deus santo (cons. Rm. 12:1, 2).

6. Pois isso está na Escritura. Agora Pedro cita sua fonte, Is. 28:16. É interessante observar que neste versículo de Isaías a ênfase foi colocada sobre a função da pedra como "o fundamento infalível" (cons. I Co. 3:11). Sem dúvida o gosto de Pedro por esta figura vem do uso que nosso Senhor fez dela (Mt. 21:42), segundo as palavras de Sl. 118:22,23.
O próprio Pedro usou-a diante do Sinédrio: "Ele é a pedra que foi rejeitada por vós, os edificadores" (Atos 4:11).

7,8. Para vós outros, portanto, os que credes (gr), é a preciosidade; mas para os descrentes . . . pedra de tropeço. Aqui foi usada a forma nominal de "precioso"; literalmente, uma honra, uma coisa estimada. Aqui está uma simples representação de Cristo como o Salvador e Juiz. Misericórdia rejeitada transforma-se em condenação.
Isto, novamente, era doutrina de Cristo (Mt. 21:44; Jo. 12:48). Na presente passagem os crentes são colocados em contraste com os descrentes. A fé, então, aparece como obediência ou disposição básica (cons. "obedientes à fé", Atos 6:7). Para o que também foram postos (gr., condicionados). O mesmo divino propósito que, com base na presciência de Deus, escolheu os leitores de Pedro por Seus próprios filhos, tristemente ordenou os desobedientes para sua única alternativa.

9,10. Vós, porém, sois raça eleita (gr. genos, "raça, classe"). Isto se assemelha muito aos ensinamentos do próprio Cristo. Sua referência à pedra de esquina rejeitada estava em conexão com sua parábola sobre os lavradores rebeldes que mataram o Filho do proprietário da vinha. Ao mesmo tempo e junto com a sua referência à pedra rejeitada, ele disse aos líderes judeus, "O reino de Deus vos será tirado, e será dado a uma nação que dê os seus frutos" (Mt. 21:43). Agora Pedro está escrevendo a esta "nação", cuja evidente realeza e valor imediatamente a distingue como os filhos do Rei e reflete o crédito sobre Aquele que os chamou das trevas do mundo para a Sua luz. As palavras traduzidas para povo de propriedade exclusiva é literalmente um povo para lucro (gr., peripoiesis). Às vezes a palavra indica a garantia de uma propriedade desejada ("adquirirão para si", I Tm. 3:13; "ele resgatou com seu próprio sangue", Atos 20:28). Às vezes significa unta preservação ou salvação.
Em Hb. 10:39 foi traduzido para "conservação" e contrasta com "perdição". É uma tremenda palavra de encorajamento. Este é um povo grandemente estimado, um povo a ser salvo, um povo a ser possuído.
Pedro finaliza esta doutrina com as palavras de Oséias (1:6, 9; 2:23). Os que antigamente não (eram) povo – muito provavelmente uma referência aos seus antepassados gentios – agora são povo de Deus.


























COMENTÁRIO

INTRODUÇÃO

Nesta lição, veremos como se deu a chamada dos filhos de Levi para o ministério sacerdotal. Entre outras perguntas, responderemos a estas:
Quem eram os levitas?
E por que a sua chamada foi necessária?
Veremos ainda como eles deveriam exercer o seu ofício.
À semelhança dos levitas, nós também fomos chamados a trabalhar na expansão do Reino de Deus. Nesse sentido, atuamos como nação santa, profética e sacerdotal, proclamando o Evangelho e intercedendo tanto pelos crentes quanto pelos que ainda não creem. Que o Espírito Santo nos ajude neste estudo.


PONTO CENTRAL

O chamamento divino exige separação, excelência e dedicação integral.










Tribo de Levi
Na tradição judaica, um levita (em hebraico: לֵוִי, hebraico modernoLevihebraico tiberianoLēwî; "unido") é um membro da tribo de Levi. Quando Josué conduziu os israelitas na terra de Canaã, os levitas foram a única tribo israelita que recebeu cidades, mas não foram autorizados a ser proprietários de terra "porque o Senhor Deus de Israel é sua herança" (Deuteronômio 18:2). A Tribo de Levi servia deveres religiosos particulares para os israelitas e tiveram responsabilidades políticas também. Em troca, as tribos das terras eram esperadas a dar o dízimo para os Levitas, especialmente o dízimo conhecido como o Maaser Rishon ou Dízimo dos Levitas. Na prática judaica atual, que data da destruição do Templo em Jerusalém, os privilégios e responsabilidades comuns dos levitas são essencialmente limitados à leitura da Torá na sinagoga e o ritual de pidyon haben.
O profeta Moisés e seu irmão o sacerdote Aarão, foram ambos levitas. Descendentes notáveis ​​da dinastia levita, de acordo com a Bíblia, incluem Miriam irmã de Moiséso profeta Samuelo profeta Ezequielo governador Esdraso profeta MalaquiasJoão BatistaMarcosMateus e Barnabé. Os descendentes de Arão, que foi o primeiro kohen gadol (sumo sacerdote), de Israel, foram designados como a classe sacerdotal, os kohanim. Como tal, os kohanim compreendem uma dinastia familiar (embora as pessoas que afirmam ser kohanim tem muitos haplogrupos) dentro da tribo de Levi, e assim todos os kohanim são tradicionalmente considerados levitas, mas nem todos os levitas são kohanim.
Teorias acerca da tribo
Aos que crêem nas Escrituras, é inegável que Levi tenha sido uma tribo como as outras, separada porém por Deus para exercer o sacerdócio. Entretanto, a situação da tribo no momento em que o Pentateuco teria sido escrito, bem como sua posição na sociedade judaica após o exílio na Babilônia geram discussão entre estudiosos.
Alguns acreditam que Levi tenha sido uma das tribos que teria fugido do Egito, e ao chegar a Canaã teriam se aliado a outras tribos hebraicas autóctones, e, após a organização destas tribos e sua fusão em uma só nação, os levitas teriam sido designados ao sacerdócio.
Outra corrente acredita que os levitas teriam sido uma casta à parte do sistema tribal existente, uma elite com poderes políticos originados de sua relação de exclusividade com Deus. Essa não era uma postura incomum no Oriente Médio antigo ou em outras regiões, e observava-se a existência de classes sacerdotais rígidas na Mesopotâmia e na Índia fundamentadas no direito exclusivo destas classes em interferir junto a Deus pela ordem de suas sociedades.

Levi na era pré-monárquica
Divisão da terra de Israel pelas doze tribos
A tribo de Levi assume grande importância na história de Israel desde seu princípio. Em Êxodo, os personagens de Moisés e Arão são membros desta tribo, e lideram todo o povo de Israel mantido em regime de escravidão no Antigo Egito, rumo à terra de Canaã. Moisés se tornou líder espiritual e legislador de toda a nação durante sua peregrinação no deserto, e teria recebido de Deus as tábuas com os Dez Mandamentos, além de instruções acerca das leis e das normas de conduta que norteariam a nação israelita pelos séculos seguintes.
Moisés também nomeou seu irmão Arão como sumo-sacerdote, e designou seus descendentes, e apenas seus descendentes, como aqueles que teriam a permissão de realizar sacrifícios e adentrar o tabernáculo, e entrar em presença à Arca da Aliança. Suas funções sacerdotais eram intransferíveis, e, segundo consta, outros que tentaram exercer as funções dos levitas foram punidos por Deus.
Quando da conquista de Canaã, a tribo de Levi foi a única a não receber parte da terra, um território específico e delimitado. Ao contrário, os levitas receberam cidades isoladas, situadas nas regiões de todas as outras tribos.
A Arca da Aliança esteve sob os cuidados dos levitas até que um ataque filisteu resultou em sua captura. Os filisteus, entretanto, permitiram que israelitas a levassem de volta, e ficou sob os cuidados dos levitas no tabernáculo da cidade de Siló até que Davi ordenou que a trouxessem para Jerusalém.
O livro de Juízes conta como a esposa de um levita fora violentada por estupradores da tribo de Benjamim. Em face da complacência dos benjamitas, as outras tribos se revoltaram e, após uma guerra civil, quase dizimaram a tribo de Benjamim.
Período monárquico, intervenção de Davi
Pouco depois, apoiado pelo sacerdote levita e profeta SamuelSaul ascendeu ao poder como primeiro rei de Israel. Guerras contínuas e derrotas enfraqueceram Saul, e após sua morte, Davi, também com o apoio de Samuel, foi coroado em seu lugar.
Davi era da tribo de Judá, e como tal, era proibido de exercer qualquer atividade sacerdotal. Entretanto, Davi aparentemente possuía habilidades proféticas, e Deus lhe teria assegurado o direito de ser rei e sacerdote de seu povo. Seu posto foi confirmado após realizar, com sucesso, um sacrifício a Deus sem a punição esperada pelos levitas. Os judeus, posteriormente, usariam este evento como justificativa para ordenar sacerdotes em meio ao seu próprio povo.
A ascensão de Davi abalou a estrutura existente, e a partir deste evento, não era mais vedado à tribo de Levi os cuidados com sacrifícios, embora tivessem mantido exclusividade nos cuidados com o Tabernáculo e com o Grande Templo.
O declínio dos levitas
De qualquer forma, é nítido deste ponto em diante no relato bíblico a raridade de menções aos levitas fora do contexto do Templo, o que pode significar que sua influência tenha sido reduzida através da concentração de poder nas mãos dos reis de Judá. Entretanto, os levitas mantiveram importância junto ao povo, e especializaram-se, criando diversas classes internas derivadas de suas funções no Templo.
Em relação a Israel, visto como são citados constantemente atos religiosos não relacionados ao culto a Yahueh (em vez disso, cultos semelhantes aos dos povos feníciosarameus e assírios circundantes de Israel), é possível que os levitas e seus sacerdotes, assim como as leis mosaicas, que defendiam, tivessem perdido muito de sua influência sobre o povo e a nobreza.
Quando Nabucodonosor, rei da Babilônia, conquistou Judá, os levitas praticamente desaparecem do relato bíblico, vindo a ser mencionados apenas quando o Templo foi reconstruído, sob o comando de Esdras, Zorobabel e Neemias. Desde o período de exílio, todos os membros da nação escolhida por Deus passaram a ser chamados judeus, devido a serem, nominalmente, membros da tribo de Judá, inclusive qualquer levita que tenha sobrevivido à invasão babilônica. É portanto incerto se os levitas citados no período do Segundo Templo tivessem sido descendentes de Arão, como seria de se supor, e talvez tenham sido judeus nomeados entre o povo para exercerem funções sacerdotais.
A queda dos levitas como classe sacerdotal tornou-se evidente com o surgimento de sinagogas, onde as leis e os costumes, bem como as normas de conduta de um sacerdote, eram ensinados a todos nas comunidades judaicas, e não mais exclusivas àqueles designados para tal pela Lei de Moisés. Jesus Cristo reivindica para si autoridade sacerdotal baseado nos atos de Davi, de quem teria sido descendente. Hoje, qualquer judeu pode ser ordenado rabino após um período de estudos da lei judaica.

















I. LEVI, A TRIBO SACERDOTAL
I. Apresentar a tribo de Levi como
a tribo sacerdotal

Em primeiro lugar, vejamos quem foi Levi. Depois, constataremos quão zelosos foram os seus descendentes e como se deu a sua vocação ao ofício sagrado.

1. O nascimento de Levi. Ao dar à luz a Levi, declarou Lia: “Agora, está vez se ajuntará meu marido comigo, porque três filhos lhe tenho dado” (Gn 29.34 Os filhos de Jacob – 31 Quando o Senhor viu que Lia era des­prezada, concedeu-lhe filhos; Raquel, porém, era estéril.
32 Lia engra­vidou, deu à luz um filho e deu-lhe o nome de Rúben, pois dizia: "O Senhor viu a minha in­felicid­ade. Ago­ra, certamen­te o meu marido me amará".
33 Lia engravidou de novo e, quando deu à luz outro filho, disse: "Porque o Senhor ouviu que sou desprezada, deu-me também este". Pelo que o chamou Si­meão.
34 De novo engravidou e, quando deu à luz mais um filho, disse: "Agora, finalmente, meu marido se apegará a mim, porque já lhe dei três filhos". Por isso deu-lhe o nome de Levi.
35 Engravidou ainda outra vez e, quando deu à luz mais outro filho, disse: "Desta vez louvarei o Senhor". Assim deu-lhe o nome de Judá. Então parou de ter filhos.).

Por isso, a esposa desprezada de Jacó foi impulsionada a dar o nome de Levi ao seu terceiro filho. E, de fato, os levitas sempre estiveram ligados ao Senhor. Foi assim que o menino passou a ser contado entre os patriarcas das doze tribos de Israel (At 7.8 8 E deu a Abraão a aliança da circuncisão. Por isso, Abraão gerou Isaque e o circuncidou oito dias depois do seu nascimento. Mais tarde, Isaque gerou Jacó, e este os doze patriarcas.).

2. O zelo dos levitas. Levi, pelo que inferimos do texto sagrado, sempre teve uma postura zelosa e conservadora em relação à honra da família, haja vista o episódio envolvendo o estupro de sua irmã, Diná (Gn 34.25-31 25Três dias depois, quando ainda sofriam do­res, dois filhos de Jacó, Simeão e Levi, irmãos de Diná, pegaram suas espadas e atacaram a cidade despreven­ida, matando todos os ho­mens.
26Mataram ao fio da espada Hamor e seu filho Siquém, tiraram Diná da casa de Siquém e parti­ram.
27Vieram então os outros filhos de Jacó e, passando pelos corpos, saquearam a cidade onde sua irmã tinha sido deson­rada.
28Apoderaram-se das ovelhas, dos bois e dos jumentos, e de tudo o que havia na cidade e no campo.
29Le­varam as mulhe­res e as cri­anças, e saquearam todos os bens e tudo o que havia nas casas.
30Então Jacó disse a Simeão e a Levi: "Vo­cês me puseram em grandes apuros, atrain­do sobre mim o ódio dos cananeus e dos fere­zeus, habitantes desta terra. Somos poucos, e, se eles juntarem suas forças e nos atacarem, eu e a minha família seremos des­truídos".
31Mas eles responderam: "Está certo ele tratar nossa irmã como uma prostituta?").

Mais tarde, após a saída de Israel do Egito, os levitas juntaram-se a Moisés no combate à idolatria gerada pelo bezerro de ouro (Êx 32.26-28 26 Então ficou em pé, à entrada do acam­pamento, e disse: "Quem é pelo Senhor, junte-se a mim". Todos os levitas se juntaram a ele.
27 Declarou-lhes também: "Assim diz o Senhor, o Deus de Israel: 'Pegue cada um sua espada, percorra o acampamento, de tenda em tenda, e mate o seu irmão, o seu amigo e o seu vizinho' ".
28 Fizeram os levitas conforme Moi­sés ordenou, e naquele dia morreram cerca de três mil dentre o povo.).

Eram homens da maior firmeza (2Cr 26.17 17 O sumo sacerdote Azarias e outros oitenta corajosos sacerdotes do Senhor, foram atrás dele.).

3. A vocação sacerdotal dos levitas. Não foi sem motivo que o Senhor escolheu a tribo de Levi como o berço de Moisés e Arão (Êx 6.14-27 Genealogias de Moisés e Arão - 14Estes foram os chefes das famílias israelitas: Os filhos de Rúben, filho mais velho de Israel, foram: Enoque, Palu, Hezrom e Carmi. Esses foram os clãs de Rúben.
15Os filhos de Simeão foram: Jemuel, Jamim, Oade, Jaquim, Zoar e Saul, filho de uma cananeia. Esses foram os clãs de Simeão.
16Estes são os nomes dos filhos de Levi, por ordem de nascimento: Gérson, Coate e Merari. Levi viveu cento e trinta e sete anos.
17Os filhos de Gérson, conforme seus clãs, foram Libni e Simei.
18Os filhos de Coate foram Anrão, Isar, Hebrom e Uziel. Coate viveu cento e trinta e três anos.
19Os filhos de Merari foram Mali e Mu­si.
Esses foram os clãs de Levi, por ordem de nascimento.
20Anrão tomou por mulher sua tia Joque­bede, que lhe deu à luz Arão e Moisés. Anrão viveu cento e trinta e sete anos.
21Os filhos de Isar foram Corá, Nefegue e Zicri.
22Os filhos de Uziel foram Misael, Elza­fã e Sitri.
23Arão tomou por mulher a Eliseba, filha de Aminadabe, irmã de Naassom, e ela lhe deu à luz Nadabe, Abiú, Eleazar e Itamar.
24Os filhos de Corá foram Assir, Elcana e Abiasafe. Esses foram os clãs dos coraítas.
25Eleazar, filho de Arão, tomou por mu­lher uma das filhas de Futiel, e ela lhe deu à luz Fineias.
Esses foram os chefes das famílias dos levitas, conforme seus clãs.
26Foi a este Arão e a este Moisés que o Senhor disse: "Tirem os israelitas do Egito, organizados segundo as suas divisões".
27Fo­ram eles, Moisés e Arão, que falaram ao faraó, rei do Egito, a fim de tirarem os israelitas do Egito.
28Ora, quando o Senhor falou com Moi­sés no Egito, 29disse-lhe: "Eu sou o Senhor. Diga ao faraó, rei do Egito, tudo o que eu disser a você".
30Moisés, porém, perguntou ao Senhor: "Como o faraó me dará ouvidos, se não tenho facilidade para falar?").

De um lar tão piedoso, saíram homens e mulheres de comprovada piedade. Aliás, tinha o Senhor uma aliança particular com Levi e sua descendência (Ml 2.4,5 4Então vocês saberão que fui eu que fiz a vocês esta advertência para que a minha aliança com Levi fosse manti­da", diz o Senhor dos Exércitos.
5"A minha aliança com ele foi uma aliança de vida e de paz, que na verdade lhe dei para que me temesse. Ele me temeu e tremeu diante do meu nome.).

Tendo em vista o caráter santo e distintivo da tribo de Levi, aprouve a Deus separá-la para o sacerdócio (Nm 3.45 45"Dedique os levitas em lugar de todos os primogênitos dos israelitas e os rebanhos dos levitas em lugar dos rebanhos dos israelitas. Os levitas serão meus. Eu sou o Senhor.).

Nesse processo, o Senhor apresentou os levitas como resgate de toda a nação de Israel. Ao invés de cada família entregar o seu primogênito ao serviço divino, a tribo de Levi foi apartada das demais para dedicar-se inteiramente a Deus (Nm 3.12 12 "Eu mesmo escolho os levitas entre os israelitas em lugar do primeiro filho de cada mulher israelita. Os levitas são meus, 13 pois todos os primogênitos são meus. Quando feri todos os primogênitos no Egito, separei para mim mesmo todo primogênito de Israel, tanto entre os homens como entre os rebanhos. Serão meus. Eu sou o Senhor".).

Os levitas, pois, foram concedidos como dons a Israel, assim como os obreiros de Cristo foram entregues com o mesmo objetivo à Igreja (Ef 4.8-12 8Por isso é que foi dito: "Quando ele subiu em triunfo às alturas, levou cativos muitos prisioneiros, e deu dons aos homens".
9(Que significa "ele subiu", senão que também havia descido às profundezas da terra?
10Aquele que desceu é o mesmo que subiu acima de todos os céus, a fim de encher todas as coisas.)
11E ele designou alguns para apóstolos, outros para profetas, outros para evangelistas, e outros para pastores e mestres, 12com o fim de preparar os santos para a obra do ministério, para que o corpo de Cristo seja edificado, 13até que todos alcancemos a unidade da fé e do conhecimento do Filho de Deus, e cheguemos à maturidade, atingindo a medida da plenitude de Cristo.).



SÍNTESE DO TÓPICO (I)

A Tribo de Levi foi escolhida e separada pelo Senhor para o serviço sacerdotal.


SUBSÍDIO BÍBLICO-TEOLÓGICO

“Os levitas
Levi, um dos doze filhos de Jacó, tinha três filhos: Gérson, Coate e Merari (Gn 46.8,11). Quando a família aumentou durante a estada no Egito, a família de Levi passou a ser uma tribo e as famílias dos três filhos se tornaram divisões tribais. Arão, Miriã e Moisés nasceram na divisão coatita da tribo (Êx 2.4; 6.16-20; 15.20). Quando os judeus adoraram o bezerro de ouro no sopé do Monte Sinai, foram os levitas que se uniram a Moisés contra a idolatria e na consagração a Deus. Ao tomarem essa atitude, eles destruíram muito dos idólatras. Sua consagração resultou em se envolverem na construção do Tabernáculo (Êx 28.1-30) e em cuidar dele. Quando o Tabernáculo foi removido, os coatitas levaram a mobília, os gersonitas , as cortinas e seus pertences, e os meratitas transportaram e instalaram o Tabernáculo propriamente dito (Nm 3.35-37; 4.29-33).
Segundo Números 3.40-51, os levitas agiram como substitutos dos primogênitos de toda casa judia. Em vista de Deus ter poupado a vida dos primogênitos judeus por ocasião da primeira Páscoa (Êx 11.5; 12.12,13), o primogênito pertencia tecnicamente ao Senhor, mas os levitas deviam atuar no serviço de Deus em lugar deles. Por serem separados para o serviço de Deus, não se esperava que fossem à guerra (Nm 1.3; cf. v.49) ou plantassem seus próprios alimentos numa área tribal. Eles deviam espalhar-se por toda a Terra Prometida e viver entre o povo (Nm 35.1-8) e deviam ser sustentados com os dízimos do povo (Nm 18.21) (GOWER, Ralph. Novo Manual dos Usos & Costumes dos Tempos Bíblicos. 2ª Edição. RJ: CPAD, 2012, pp.325,326).






II. O SUMO SACERDOTE
 II. Explicar o chamamento e os requisitos
do sumo sacerdote

O sumo sacerdote de Israel teria de ser, obrigatoriamente, descendente de Arão, ungido, vitalício e servo de Deus.

1. Descendente de Arão. O sumo sacerdote era o principal representante do culto divino no Antigo Testamento (Êx 28.1 Vestimentas para os sacerdotes - 1"Chame seu irmão, Arão, e separe-o dentre os israelitas, e também os seus filhos Nadabe e Abiú, Eleazar e Itamar, para que me sirvam como sacerdotes.
2Para o seu irmão Arão, faça vestes sagradas que lhe confiram dignidade e honra.).

Por essa razão, o Senhor exigia que ele proviesse de uma tribo específica, a de Levi, e de uma família ainda mais específica, a casa de Arão (Êx 6.16-23 16Estes são os nomes dos filhos de Levi, por ordem de nascimento: Gérson, Coate e Merari. Levi viveu cento e trinta e sete anos.
17Os filhos de Gérson, conforme seus clãs, foram Libni e Simei.
18Os filhos de Coate foram Anrão, Isar, Hebrom e Uziel. Coate viveu cento e trinta e três anos.
19Os filhos de Merari foram Mali e Mu­si.
Esses foram os clãs de Levi, por ordem de nascimento.
20Anrão tomou por mulher sua tia Joque­bede, que lhe deu à luz Arão e Moisés. Anrão viveu cento e trinta e sete anos.
21Os filhos de Isar foram Corá, Nefegue e Zicri.
22Os filhos de Uziel foram Misael, Elza­fã e Sitri.
23Arão tomou por mulher a Eliseba, filha de Aminadabe, irmã de Naassom, e ela lhe deu à luz Nadabe, Abiú, Eleazar e Itamar.).

Assim, duplamente separado, tinha condições de apresentar-se como a maior autoridade espiritual da nação; era o símbolo da plenitude espiritual requerida pelo Deus de Israel
(Sl 133.1-3 1Como é bom e agradável quando os irmãos convivem em união!
2É como óleo precioso derramado sobre a cabeça, que desce pela barba, a barba de Arão, até a gola das suas vestes.
3É como o orvalho do Hermom quando desce sobre os montes de Sião.
Ali o Senhor concede a bênção da vida para sempre
.).

Constituído a favor dos homens nas coisas concernentes ao Altíssimo, o sumo sacerdote oferecia sacrifícios pelos pecados do povo (Hb 5.1 1 Todo sumo sacerdote é escolhido dentre os homens e designado para representá-los em questões relacionadas com Deus e apresentar ofertas e sacrifícios pelos pecados.).

Portanto, ele fazia a intermediação entre o povo de Israel e o santíssimo Deus. Era sua responsabilidade também instruir o povo santo (Lv 10.10,11 10 Vocês têm que fazer separação entre o santo e o profano, entre o puro e o impuro, 11 e ensinar aos israelitas to­dos os decretos que o Senhor lhes deu por me­io de Moisés".).

2. Ungido para o ofício. O Senhor determinou que o sumo sacerdote fosse ungido a fim de dignificá-lo como ministro extraordinário do culto divino (Êx 28.41 41 Depois de vestir seu irmão, Arão, e os filhos dele, unja-os e consagre-os, para que me sirvam como sacerdotes.

Ex 29.1-7 A consagração dos sacerdotes – 1 "Assim você os consagrará, para que me sirvam como sacerdotes: separe um novilho e dois cordeiros sem defeito.
2 Com a melhor farinha de trigo, sem fermento, faça pães e bolos amassados com azeite, e pães fi­nos, untados com azeite.
3 Coloque-os numa cesta e ofereça-os dentro dela; também ofereça o novilho e os dois cordeiros.
4 Depois traga Arão e seus filhos à entrada da Tenda do En­contro e mande-os lavar-se.
5 Pegue as vestes e vista Arão com a túnica e o peitoral. Prenda o colete sacerdotal sobre ele com o cinturão.
6 Ponha-lhe o turbante na cabeça e prenda a co­roa sagrada ao turbante.
7 Unja-o com o óleo da unção, derramando-o sobre a cabeça de Arão.).

Sob a unção divina, teria condições de tornar a nação israelita propícia diante do Santíssimo Deus (Hb 5.1 1 Todo sumo sacerdote é escolhido dentre os homens e designado para representá-los em questões relacionadas com Deus e apresentar ofertas e sacrifícios pelos pecados.).

3. Vitalício no cargo. A vitaliciedade do sumo sacerdócio está patente na história da família de Arão. Antes de este morrer, Moisés o desvestiu das roupas sacerdotais, para vesti-las em Eleazar, seu filho (Nm 20.23-29 A morte de Arão – 23 Naquele monte, perto da fronteira de Edom, o Senhor disse a Moisés e a Arão: 24 "Arão será reunido aos seus antepassados. Não entrará na terra que dou aos israelitas, porque vocês dois se rebelaram contra a minha ordem junto às águas de Meribá.
25 Leve Arão e seu filho Eleazar para o alto do monte Hor.
26 Tire as vestes de Arão e coloque-as em seu filho Eleazar, pois Arão será reunido aos seus antepassados; ele morrerá ali".
27 Moisés fez conforme o Senhor ordenou; subiram o monte Hor à vista de toda a comunidade.
28 Moisés tirou as vestes de Arão e as colocou em seu filho Eleazar. E Arão morreu no alto do monte. Depois disso, Moisés e Eleazar desceram do monte, 29 e, quando toda a comunidade soube que Arão tinha morrido, toda a nação de Israel pranteou por ele durante trinta dias.).

Mais tarde o mesmo Eleazar seria substituído por seu filho Fineias (Js 24.33 33Sucedeu também que Eleazar, filho de Arão, morreu e foi sepultado em Gibeá, que fora dada a seu filho Fineias, nos montes de Efraim.
Jz 20.28 27E os israelitas consultaram ao Senhor. (Naqueles dias, a arca da aliança estava ali, 28e Fineias, filho de Eleazar, filho de Arão, ministrava perante ela.) Perguntaram: "Sairemos de novo ou não, para lutar contra os nossos irmãos benjamitas?"
O Senhor respondeu: "Vão, pois amanhã eu os entregarei nas suas mãos".).

Todavia, no tempo do Novo Testamento, a vitaliciedade já não era observada (Jo 11.49-51 49Então um deles, chamado Caifás, que naquele ano era o sumo sacerdote, tomou a palavra e disse: "Nada sabeis!
50Não percebeis que vos é melhor que morra um homem pelo povo, e que não pereça toda a nação".
51Ele não disse isso de si mesmo, mas, sendo o sumo sacerdote naquele ano, profetizou que Jesus morreria pela nação judaica, 52e não somente por aquela nação, mas também pelos filhos de Deus que estão espalhados, para reuni-los num povo.).

Ao que tudo indica, havia um rodízio entre os principais membros da família de Arão (Lc 3.2 1No décimo quinto ano do reinado de Tibério César, quando Pôncio Pilatos era governador da Judeia; Herodes, tetrarca da Galileia; seu irmão Filipe, tetrarca da Itureia e Traconites; e Lisânias, tetrarca de Abilene; 2Anás e Caifás exerciam o sumo sacerdócio. Foi nesse ano que veio a palavra do Senhor a João, filho de Zacarias, no deserto.).

4. Servo de Deus. Apesar da importância do cargo, o sumo sacerdote não era considerado infalível, nem estava acima da Lei de Deus. Sua obrigação era servir o altar e conservar-se puro, a fim de que o nome do Senhor fosse exaltado entre os filhos de Israel (Êx 28.43 43Arão e seus filhos terão que vesti-los sempre que entrarem na Tenda do Encontro ou quando se aproximarem do altar para ministrar no Lu­gar Santo, para que não incorram em culpa e morram.
"Este é um decreto perpétuo para Arão e para os seus descendentes.).

O capítulo três de Zacarias descreve a dignidade do sumo sacerdote constituído sobre Israel. (Zacarias 3 – Roupa limpa para o sumo sacerdote – 1 Depois disso ele me mostrou o sumo sacerdote Josué diante do anjo do Senhor, e Satanás, à sua direita, para acusá-lo.
2 O anjo do Senhor disse a Satanás: "O Senhor o repreenda, Satanás! O Senhor que escolheu Jerusalém o repreenda! Este homem não parece um tição tirado do fogo?"
3 Ora, Josué, vestido de roupas impuras, estava em pé diante do anjo.
4 O anjo disse aos que estavam diante dele: "Tirem as roupas impuras dele".
Depois disse a Josué: "Veja, eu tirei de você o seu pecado e coloquei vestes nobres sobre você".
5 Disse também: "Coloquem um turbante limpo em sua cabeça". Colocaram o turbante nele e o vestiram, enquanto o anjo do Senhor observava.
6 O anjo do Senhor exortou Josué, dizendo:
7 "Assim diz o Senhor dos Exércitos: 'Se você andar nos meus caminhos e obedecer aos meus preceitos, você governará a minha casa e também estará encarregado das minhas cortes, e eu darei a você um lugar entre estes que estão aqui.
8 " 'Ouçam bem, sumo sacerdote Josué e seus companheiros sentados diante de você, homens que simbolizam coisas que virão: Trarei o meu servo, o Renovo.
9 Vejam a pedra que coloquei na frente de Josué! Ela tem sete pares de olhos, e eu gravarei nela uma inscrição', declara o Senhor dos Exércitos, 'e removerei o pecado desta terra num único dia.
10 " 'Naquele dia', declara o Senhor dos Exércitos, 'cada um de vocês convidará seu próximo para assentar-se debaixo da sua videira e debaixo da sua figueira' ".)



SÍNTESE DO TÓPICO (II)

O Senhor estabeleceu que o sumo sacerdote deveria ser descendente de Arão, ungido, vitalício e servo.






SUBSÍDIO BÍBLICO-TEOLÓGICO

“O sumo sacerdote
Dentro da divisão dos coatitas, a família de Arão passou a ser de sacerdotes. De um lado isso os tornou encarregados dos levitas. Itamar supervisionava os gersonitas (Nm 4.28) e os meraritas (v.33); Eleazar cuidava dos coatitas (v.16). Por outro lado os sacerdotes eram distintos dos levitas, porque só eles podiam tocar nas coisas santas — tudo que tivesse a ver com o altar, a lâmpada, ou a mesa da proposição (Nm 5.5-15).
O sacerdote nem sempre era quem fazia o sacrifício, mas era ele quem levava o sangue para o altar (por exemplo, Lv 3.2). O próprio Arão veio a ser sumo sacerdote (às vezes chamado de principal sacerdote). Ele usava roupas especiais (Lv 16.2), interpretava o lançamento das sortes sagradas que eram mantidas em seu peitoral.
Arão tinha quatro filhos. Nadabe, Abiú, Eleazar e Itamar. Nadabe e Abiú morreram por terem cometido sacrilégio em seus deveres religiosos como sacerdotes e o sumo sacerdócio passou então para Eleazar e foi mantido em sua família (Nm 20.25-29). Eli era um sacerdote da família de Eleazar. O sumo sacerdócio parece ter passado depois para a família de Itamar. Foi Salomão quem fez retornar a linguagem de volta à família de Eleazar, colocando Zadoque na posição de sumo sacerdote. Essa posição foi mantida na família dele até que seu descendente veio a ser deposto por Antíoco Epifânio nos dias dos macabeus. Neste período posterior, os sumo sacerdotes eram indicados pelo poder reinante (Anás foi deposto pelos romanos e substituído por Caifás — veja Lucas 3.2; Jo 18.13-24), mas quando eles se tornaram forte o bastante para resistir às autoridades, adotaram seu próprio estilo de soberania” (GOWER, Ralph. Novo Manual dos Usos & Costumes dos Tempos Bíblicos. 2ª Edição. RJ: CPAD, 2012, pp.326,327).


III. DIREITOS E DEVERES
 III. Indicar os direitos e deveres dos levitas.

Os descendentes de Levi, principalmente os da casa de Arão, deveriam observar estes direitos e deveres: viver do altar, santificar-se ao Senhor e ser uma referência moral, ética e espiritual.

1. Viver do altar. Já que os sacerdotes dedicavam-se ao ministério do altar, desse mesmo altar deveriam viver (Lv 7.35 35 Essa é a parte das ofertas dedicadas ao Senhor, preparadas no fogo, destinada a Arão e a seus filhos no dia em que foram apresenta­dos para servirem ao Senhor como sacerdotes.).

Portanto, não tinham eles direito a qualquer herança territorial entre os seus irmãos, porque a sua herança e porção era o Senhor (Nm 18.20 20 Disse ainda o Senhor a Arão: "Você não terá herança na terra deles, nem terá porção entre eles; eu sou a sua porção e a sua herança entre os israelitas.).

Moisés, porém, divinamente instruído, destinou-lhes cidades estratégicas por todo o Israel (Nm 35.8 8As cidades que derem aos levitas, das terras dos israelitas, deverão ser dadas proporcionalmente à herança de cada tribo; tomem muitas cidades da tribo que tem muitas, mas poucas da que tem poucas".).

Algumas delas serviam também como refúgio aos que, acidentalmente, matavam alguém (Nm 35.6 6"Seis das cidades que vocês derem aos levitas serão cidades de refúgio, para onde poderá fugir quem tiver matado alguém. Além disso, deem a eles outras quarenta e duas cidades.).

2. Santificar-se ao Senhor. Em virtude de seu ofício, os sacerdotes deveriam erguer-se, em Israel, como referência de santidade e pureza. O sumo sacerdote, por exemplo, tinha de ostentar uma faixa de ouro, em sua mitra, na qual estava escrito: “Santidade ao Senhor” (Êx 28.36 36 "Faça um diadema de ouro puro e gra­ve nele como se grava um selo: Consagrado ao Senhor.).

Caso o sacerdote profanasse o seu ofício, seria punido com todo o rigor (Lv 10.1-3 - A morte de Nadabe e Abiú - 1Nadabe e Abiú, filhos de Arão, pe­garam cada um o seu incensário, nos quais acen­deram fogo, acrescentaram incenso e trou­xeram fogo profano perante o Senhor, sem que tivessem sido autorizados.
2Então saiu fogo da presença do Senhor e os consumiu. Morreram perante o Senhor.
3Moisés então disse a Arão: "Foi isto que o Senhor disse: 'Aos que de mim se aproximam santo me mostrarei; à vista de todo o povo glorificado serei' ".
Arão, porém, ficou em silêncio.).

3. Tornar-se uma referência espiritual e moral. Os sacerdotes, por serem responsáveis pela aplicação da Lei de Deus, tinham a obrigação de ser uma referência espiritual, moral e ética para os filhos de Israel (Ml 2.1-10 Aviso aos sacerdotes – 1"E agora esta advertência é para vocês, ó sacerdotes.
2Se vocês não derem ouvi­dos e não se dispuserem a honrar o meu nome", diz o Senhor dos Exércitos, "lançarei maldição sobre vocês e até amaldiçoarei as suas bênçãos. Aliás, já as amaldiçoei, porque vocês não me honram de coração.
3"Por causa de vocês eu destruirei a sua descendência; esfregarei na cara de vocês os excrementos dos animais oferecidos em sacrifício em suas festas e lançarei vocês fora, com os excrementos.
4Então vocês saberão que fui eu que fiz a vocês esta advertência para que a minha aliança com Levi fosse manti­da", diz o Senhor dos Exércitos.
5"A minha aliança com ele foi uma aliança de vida e de paz, que na verdade lhe dei para que me temesse. Ele me temeu e tremeu diante do meu nome.
6A verdadeira lei estava em sua boca e nenhuma falsidade achou-se em seus lábios. Ele andou comigo em paz e retidão e desviou muitos do pecado.
7"Porque os lábios do sacerdote devem guardar o conhecimento, e da sua boca todos esperam a instrução na Lei, porque ele é o mensageiro do Senhor dos Exércitos.
8Mas vocês se desviaram do caminho e pelo seu ensino causaram a queda de muita gente; vocês quebraram a aliança de Levi", diz o Senhor dos Exércitos.
9"Por isso eu fiz que fossem desprezados e humilhados diante de todo o povo, porque vocês não seguem os meus caminhos, mas são parciais quando ensinam a Lei."
Judá é infiel - 10Não temos todos o mesmo Pai? Não fomos todos criados pelo mesmo Deus? Por que será, então, que quebramos a aliança dos nossos antepassados sendo infiéis uns com os outros?).

Os filhos de Eli, em consequência de seu proceder, tornaram-se um péssimo exemplo aos israelitas. E, por causa disso, Deus os matou (1Sm 2.25 25Se um homem pecar contra outro homem, os juízes poderão intervir em seu favor; mas, se pecar contra o Senhor, quem intercederá por ele?" Seus filhos, contudo, não deram atenção à repreensão de seu pai, pois o Senhor queria matá-los.).

Andemos, pois, em santidade e pureza diante do Senhor, pois Ele continua a exigir santidade de todo o seu povo (1Pe 1.15 15Mas, assim como é santo aquele que os chamou, sejam santos vocês também em tudo o que fizerem, 16pois está escrito: "Sejam santos, porque eu sou santo".).


SÍNTESE DO TÓPICO (III)

Eram deveres e direitos dos descendentes de Levi: viver do altar, santificar-se ao Senhor e ser uma referência moral, ética e espiritual.
















SUBSÍDIO BÍBLICO-TEOLÓGICO

“Os levitas eram descendentes de Levi, o escolhido por Deus no deserto durante a época de Moisés, encarregados de deveres específicos em relação ao Tabernáculo, embora proibidos de ministrar diante do santuário sagrado, eles afirmavam ser servos especiais de Deus em assuntos da religião. Deviam ensinar o livro da Torá ao povo e ajudar os sacerdotes em todos os assuntos ligados à adoração no santuário. A eles não seria reservada qualquer herança na nova terra quando Josué fez a divisão oficial do território, pois Deus seria a sua herança. Quarenta e oito cidades e vilas foram separadas com os lugares onde deveriam viver.
Os três filhos de Levi — Gersón, Coate e Merari — foram relacionados como aqueles por quem fluiram as bênçãos divinas. Nos primeiros anos da vida nacional, essas famílias receberam a função de cuidar do Tabernáculo e transportá-lo. Quando Arão e seus familiares foram escolhidos como sacerdotes, foi necessário escolher um grupo de pessoas para ajudá-los e toda a tribo se julgou diferenciada por ser um grupo sagrado designado para executar deveres relacionados com os ritos e as funções sacerdotais.
Os levitas recebiam uma posição apropriada no acampamento quando a nação viajava pelo deserto. Como estavam localizados em volta do Tabernáculo, eram considerados protetores em quem se podia confiar, e que dariam a própria vida para proteger a sagrada casa de Deus.
[...] Os levitas estavam localizados entre os sacerdotes e o povo. A maior parte de seu trabalho era pesada e servil. Não podiam entrar para ver o altar santo, nem tocar no santuário senão morreriam (Nm 4.15). Eram servos dos sacerdotes, e passavam a vida executando tarefas comuns que tornavam possível a realização dos serviços sagrados” (Dicionário Bíblico Wycliffe. 7ª Edição. RJ: CPAD, 2010, pp.1148,1149).



CONCLUSÃO

O sacerdócio levítico era glorioso; seus membros eram considerados príncipes de Deus (Zc 3.8 8" 'Ouçam bem, sumo sacerdote Josué e seus companheiros sentados diante de você, homens que simbolizam coisas que virão: Trarei o meu servo, o Renovo.).

Todavia, o Senhor Jesus Cristo é superior ao sacerdócio levítico, pois é eterno (Sl 110.4 4 O Senhor jurou e não se arrependerá: "Tu és sacerdote para sempre, segundo a ordem de Melquisedeque".
Hb 7.13-17 13Ora, aquele de quem se dizem essas coisas pertencia a outra tribo, da qual ninguém jamais havia servido diante do altar, 14pois é bem conhecido que o nosso Senhor descende de Judá, tribo da qual Moisés nada fala quanto a sacerdócio.
15O que acabamos de dizer fica ainda mais claro quando aparece outro sacerdote semelhante a Melquisedeque, 16alguém que se tornou sacerdote, não por regras relativas à linhagem, mas segundo o poder de uma vida indestrutível.
17Porquanto sobre ele é afirmado: "Tu és sacerdote para sempre, segundo a ordem de Melquisedeque".).

Quanto a nós, somos uma nação santa, profética e sacerdotal, pois recebemos a incumbência de proclamar o Evangelho e interceder pelos que perecem (1Pe 2.9 9Vocês, porém, são geração eleita, sacerdócio real, nação santa, povo exclusivo de Deus, para anunciar as grandezas daquele que os chamou das trevas para a sua maravilhosa luz.).

Portanto, sirvamos ao Senhor com todo o nosso ser, para que, através de nossa vida, venha o Reino de Deus a este mundo que jaz no Maligno.




PARA REFLETIR

A respeito de “Os Ministros do Culto Levítico”, responda:

• Quem foi Levi?
Foi um dos filhos de Jacó com Lia.

• Descreva o caráter de Levi.
Levi, pelo que inferimos do texto sagrado, sempre teve uma postura zelosa e conservadora em relação à honra da família. Após a saída de Israel do Egito, os levitas juntaram-se a Moisés no combate à idolatria gerada pelo bezerro de ouro. Eram homens da maior firmeza.

• Como se deu a chamada dos levitas?
O Senhor escolheu a tribo de Levi como o berço de Moisés e Arão. De um lar tão piedoso, saíram homens e mulheres de comprovada piedade. Aliás, tinha o Senhor uma aliança particular com Levi e sua descendência. Tendo em vista o caráter santo e distintivo da tribo de Levi, aprouve a Deus separá-la para o sacerdócio. Nesse processo, o Senhor apresentou os levitas como resgate de toda a nação de Israel. Ao invés de cada família entregar o seu primogênito ao serviço divino, a tribo de Levi foi apartada das demais para dedicar-se inteiramente a Deus.

• Quais as características do sumo sacerdote?
Descendente de Arão, ungido para o ofício, vitalício no cargo e servo de Deus.

• Quais os deveres e direitos dos levitas?
Viver do altar, santificar-se ao Senhor, tornar-se uma referência espiritual e moral.

SUBSÍDIOS ENSINADOR CRISTÃO

Os Ministros do Culto Levítico

A lição desta semana vai abordar uma das mais importantes instituições ministeriais do Antigo Testamento: o sacerdócio levítico. Todo desdobramento do culto, como vimos na lição anterior, só era possível devido à classe de ministros que foi separada por Deus na época de Moisés para exercer o ofício sacerdotal. Por isso, é preciso conhecer a tribo em que essa classe se originou e a singularidade dos sacerdotes, pois nem todo levita era sacerdote, mas todo sacerdote era levita.

A Tribo de Levi
A característica de Levi, um dos doze patriarcas, tem muito a dizer sobre a existência da Tribo e o surgimento da classe sacerdotal a partir dela. A reputação do patriarca Levi está ancorada na ideia de uma pessoa firme, dura demais em relação à honra, fato que é destaque na narrativa de Gênesis 34. Embora a trágica atitude de Levi em defesa da honra de Diná fosse objeto de indignação de seu pai, Jacó, essa disposição de “zelo” está claramente presente na formação da Tribo de Levi representada pela três maiores autoridades: Gérson, Coate e Merari (1Cr 6.16, Gn 46.11; Êx 6.16) — considerados os herdeiros legítimos das bênçãos divinas, pois, não por acaso, foram as famílias, dentro da tribo, responsáveis por todo o cuidado e transporte do Tabernáculo. Dessa tribo de firme “zelo” e “ânimo” surge a instituição sacerdotal.

A diferença entre “levitas” e “sacerdotes”
Muito importante destacar é que nem todo levita era sacerdote. Os “levitas”, reconhecidos assim, foram escolhidos e necessários para exerceram funções de ajuda ao sacerdócio no Tabernáculo, e mais tarde no Santo Templo, para ensinar a Torá ao povo e auxiliar os sacerdotes em todo o sentido na adoração pública no santuário (utensílios, transporte, portas, instrumentos de música do Tabernáculo e, respectivamente, o Templo — Nm 1.50). Diferentemente dos “levitas”, os sacerdotes eram separados eminentemente para os ofícios sagrados do Tabernáculo e do Templo: oferecer sacrifícios e ofertas no altar; mediar a relação do povo com o Deus de Israel.

A atuação híbrida dos sacerdotes
Ao longo do Antigo Testamento, vemos que, além da natureza espiritual e religiosa da função sacerdotal, os sacerdotes transbordaram o limite religioso. Era comum eles exercerem papéis de conselheiros do Rei, como no reinado de Davi, e, por exemplo, influenciar a eleição do rei como aconteceu no caso de Salomão, sucessor de seu pai.
















Hebreus 9:22 “E quase todas as coisas, segundo a lei, se purificam com sangue; e sem derramamento de sangue não há remissão”.

VERDADE PRÁTICA
O sacrifício expiador de Cristo no Calvário foi perfeito, único e capaz de nos purificar de todo pecado.

LEITURA DIÁRIA
Êx 28.1: A instituição do sacerdócio
Êx 29.1-9: A cerimônia de consagração
Lv 16.11-14: A oferta do sacerdote pelo seu pecado
Hb 6.20: Jesus, nosso Sumo Sacerdote eterno
Hb 4.15,16: Jesus, Sumo Sacerdote compassivo
Hb 9.11: Jesus, Sumo Sacerdote dos bens futuros

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Êxodo 29.1-12.
1 - Isto é o que lhes hás de fazer, para os santificar, para que me administrem o sacerdócio: Toma um novilho, e dois carneiros sem mácula, 2 - e pão asmo, e bolos asmos amassados com azeite, e coscorões asmos untados com azeite; com flor de farinha de trigo os farás.
3 - E os porás num cesto e os trarás no cesto, com o novilho e os dois carneiros.
4 - Então, farás chegar Arão e seus filhos à porta da tenda da congregação e os lavarás com água; 5 - depois, tomarás as vestes e vestirás a Arão da túnica, e do manto do éfode, e do éfode mesmo, e do peitoral; e o cingirás com o cinto de obra de artífice do éfode.
6 - E a mitra porás sobre a sua cabeça; a coroa da santidade porás sobre a mitra;
7 - e tomarás o azeite da unção e o derramarás sobre a sua cabeça; assim, o ungirás.
8 - Depois, farás chegar seus filhos, e lhes farás vestir túnicas, 9 - e os cingirás com o cinto, a Arão e a seus filhos, e lhes atarás as tiaras, para que tenham o sacerdócio por estatuto perpétuo, e sagrarás a Arão e a seus filhos.
10 - E farás chegar o novilho diante da tenda da congregação, e Arão e seus filhos porão as mãos sobre a cabeça do novilho; 11 - e degolarás o novilho perante o Senhor, à porta da tenda da congregação.
12 - Depois, tomarás do sangue do novilho, e o porás com o teu dedo sobre as pontas do altar, e todo o sangue restante derramarás á base do altar.

INTRODUÇÃO
Deus ordenou que Moisés separasse Arão e seus filhos para o sacerdócio. O vestiário, bem como o modo de proceder dos sacerdotes, foram dados por orientações do próprio Deus. Antes de oferecer sacrifícios em favor do povo, Arão deveria oferecer sacrifício para a remissão dos seus próprios pecados. Na lição de hoje, estudaremos a respeito do ato de consagração e purificação do sacerdócio, conforme as determinações de Deus.

I. A CONSAGRAÇÃO DE ARÃO E SEUS FILHOS
1. A lavagem com água. “Então, farás chegar Arão e seus filhos à porta da tenda da congregação e os lavarás com água” (Êx 29.4). Muitos eram os rituais de preparação que os sacerdotes deveriam realizar antes de se achegarem à presença de Deus. Uma parte dos rituais era a lavagem com água, que simbolizava pureza e perfeição. Deus é santo e requer santidade do seu povo: “Santos sereis, porque eu, o Senhor, vosso Deus, sou santo” (Lv 19.2). Atualmente o crente é limpo pela Palavra (Jo 15.3) e pelo sangue de Cristo (1Jo 1.7). Sem pureza e santidade não podemos nos achegar à presença de Deus.
Uma importante razão pela qual o crente deve santificar-se é que a santidade de Deus, em parte, é revelada através do procedimento justo e da vida santificada do crente.

2. A unção com azeite (Êx 30.23-33). O azeite da unção deveria ser derramado sobre a cabeça de Arão e seus filhos. O azeite é símbolo do Espírito Santo que viria habitar no crente pelo ministério intercessor de Jesus (Jo 14.16,17,26), bem como o batismo com o Espírito Santo (At 1.4,5,8). Assim também a igreja recebeu o penhor do Espírito (2Co 1.21,22), mas alguns de seus membros são individualmente separados para ministérios específicos, segundo os propósitos de Deus.

3. Animais são imolados como sacrifício (Êx 29.10-18). Era necessário que antes de ministrar em favor do povo, o sacerdote oferecesse sacrifícios de holocausto por sua própria vida. Arão e seus filhos deveriam levar um cordeiro, sem mancha ou defeito, diante do altar. O cordeiro morto tipificava a morte vicária de Jesus Cristo, que “morreu por nossos pecados, segundo as Escrituras” (1Co 15.3). A morte vicária de Cristo proporciona ao homem pecador a reconciliação com Deus. Jesus morreu para expiar os nossos pecados (1Pe 1.18,19).

II. O SACRIFÍCIO DA POSSE
1. O segundo carneiro da consagração (Êx 29.19-35). Era necessário que outro animal inocente fosse morto. Segundo o Comentário Bíblico Beacon, “parte do sangue era colocada primeiramente na orelha direita, no dedo polegar da mão direita e no dedo polegar do pé direito”. O restante do sangue deveria ser derramado sobre o altar. Sem derramamento de sangue não há remissão de pecado (Hb 9.22). Tudo apontava para o Calvário, onde Cristo derramou seu sangue por nós.

2. Sacrifícios diários. Diariamente eram oferecidos sacrifícios pelo pecado. Pela manhã e a tarde havia sacrifícios e um animal inocente era morto em resgate da vida de alguém. O sacrifício de Cristo foi perfeito e único. Por isso, hoje podemos nos achegar a Deus para adorá-lo livremente.
No Tabernáculo, tudo deveria estar sempre pronto a fim de que o culto diário a Deus nunca fosse interrompido. Os sacerdotes cuidavam para que o fogo do altar nunca se apagasse. A cada manhã, este era alimentado com nova lenha e novos holocaustos (Lv 6.12,13). Da mesma forma Deus quer que nos apresentemos a Ele, prontos e renovados espiritualmente (2Co 4.16).

III. CRISTO, PERPÉTUO SUMO SACERDOTE
1. Sacerdócio segundo a ordem de Melquisedeque. A primeira referência a Melquisedeque como sacerdote encontra-se no livro de Gênesis 14.18. Poucos sabemos a respeito de Melquisedeque: “sem pai, sem mãe, sem genealogia, não tendo princípio de dias nem fim de vida” (Hb 7.3). Melquisedeque é um tipo de Cristo.

2. O sacrifício perfeito de Cristo. Arão e seus descendentes deveriam oferecer diariamente sacrifícios por seus pecados e também do seu povo. Hoje não precisamos fazer esses tipos de sacrifícios, pois o sacrifício de Cristo foi único, perfeito e perpétuo (Hb 7.25-28).

3. O sacrifício eterno de Cristo. “Mas este, porque permanece eternamente, tem um sacerdócio perpétuo” (Hb 7.24). O vocábulo “perpétuo” significa “inalterável”. Jesus não pertencia à tribo de Levi, mas seu sacerdócio era segundo a ordem de Melquisedeque (Hb 5.6,10; 7.11,12), logo, seu sacerdócio era superior ao de Arão. O sacerdócio de Cristo é superior, eterno e imutável.


CONCLUSÃO
Deus estabeleceu o sacerdócio e as cerimônias de purificação e consagração. Estas cerimônias apontavam para o sacrifício perfeito e o sacerdócio eterno de Cristo. Ele se ofereceu como holocausto em nosso lugar. Sem Cristo, jamais poderíamos nos achegar à presença santa e eterna de Deus e ter comunhão com Ele.





EXERCÍCIOS
Atualmente somos limpos mediante quê?
R. Atualmente o crente é limpo pela Palavra (Jo 15.3) e pelo sangue de Cristo (1Jo 1.7).

O que o azeite simboliza?
R. O azeite é símbolo do Espírito Santo que viria habitar no crente pelo ministério intercessor de Jesus (Jo 14.16,17,26).

O que deveria ser feito com o restante do sangue do segundo carneiro?
R. O restante do sangue deveria ser derramado sobre o altar.

Cristo era Sacerdote segundo qual ordem?
R. Ordem de Melquisedeque.

De acordo com a lição, qual o significado do vocábulo “perpétuo”?
R. O vocábulo “perpétuo” significa “inalterável”.
















Quem Foi Levi? A História de Levi na Bíblia
Levi foi o terceiro filho de Jacó com sua esposa Lia. Levi deu origem à tribo responsável pelo culto e adoração ao Senhor em Israel. Os sacerdotes e levitas pertenciam à tribo de Levi. As poucas informações sobre a história de Levi e sua vida pessoal são encontradas no livro de Gênesis.

O significado do nome Levi está relacionado a um verbo que pode ser traduzido como “juntar” ou “estar unido a”. Quando Levi nasceu, sua mãe, Lia, declarou: “Meu esposo se unirá a mim desta vez, porque três filhos lhe tenho dado”. Então com base nessa declaração ela lhe chamou de Levi (Gênesis 29:34).

A história de Levi
Levi esteve envolvido nos episódios que mencionam os demais filhos de Jacó. Apesar de não ser citado nominalmente, obviamente Levi estava junto de seus irmãos quando houve a conspiração contra José (Gênesis 37).
Um episódio em particular registrado em Gênesis indica que Levi era um homem impiedoso. Ele e seu irmão Simeão lideraram uma vingança cruel contra os siquemitas (Gênesis 34). Diná, irmã de Levi, havia sido violentada pelo filho do líder das terras de Siquém. Quando os filhos de Jacó tomaram ciência disto, ficaram indignados.
O pai do rapaz procurou Jacó para tentar resolver a situação, pois o jovem estava apaixonado por Diná. Então ele foi até Jacó pedir que Diná fosse dada ao seu filho em casamento. Foi aí que os filhos de Jacó disseram que só permitiriam o casamento se todos os homens do clã de Siquém fossem circuncidados (Gênesis 34:14-17).
Os homens concordaram com a proposta dos filhos de Jacó e foram todos circuncidados. Então ao terceiro dia após a circuncisão, Levi e Simeão se aproveitaram da incapacidade de reação dos homens da cidade e mataram a todos. Depois eles saquearam toda a cidade. Esse episódio deixou Jacó fortemente indignado com Levi e Simeão (Gênesis 34:25-31).

Por causa dessa vergonhosa vingança que provavelmente foi apenas um exemplo de uma conduta de vida caracterizada pela violência e crueldade, Levi e Simeão perderam liderança e terra em Israel. Por isto muitos estudiosos indicam que esse episódio serve para explicar o motivo pelo qual Jacó ignorou Simeão e Levi, e abençoou como primogênito seu quarto filho, Judá (cf. Gênesis 49:1-12).

A descendência de Levi
Apesar de tudo, a descendência de Levi desfrutou de uma posição notável na sequência da história de Israel. Pela graça de Deus, a maldição foi transformada em bênção, e os descendentes de Levi tornaram-se os representantes dos israelitas diante de Deus.
A Bíblia informa o nome dos três filhos de Levi que foram chefes de clãs: Gérson, Coate e Merari (Gênesis 46:11; Êxodo 6:16; 1 Crônicas 6:16). Todos eles nasceram antes de imigração para Egito. Mais tarde os levitas ficaram responsáveis por todo serviço religioso. Portanto, todos os sacerdotes de Israel pertenciam à tribo de Levi.
Muitos personagens bíblicos notáveis eram descendentes de Levi. Por exemplo: Moisés, o grande legislador hebreu, e seu irmão, Arão, líder da primeira família sacerdotal, eram descendentes de Coate, filho de Levi. O profeta Ezequiel, o profeta JeremiasZacarias e tantos outros, também eram descendentes da casa de Levi.
Outros homens também são citados na Bíblia com o nome Levi, mas não são necessariamente descendentes de Levi. O mais notável deles é Levi, filho de Alfeu, o discípulo de Jesus que também é identificado como sendo o apóstolo Mateus (cf. Marcos 2:14; Lucas 5:27-32; Mateus 9:9; 10:3). Esse mesmo nome aparece duas vezes na genealogia de Jesus, na linhagem da tribo de Judá (Lucas 3:24,29).

LEVI
[Adesão; Ligado].
1. Terceiro filho de Jacó com sua esposa Léia, nascido em Padã-Arã. (Gên 35:23, 26) Quando ele nasceu, Léia disse: “Agora, esta vez se juntará a mim o meu esposo, porque lhe dei à luz três filhos.” O menino foi assim chamado de Levi, nome cujo significado evidentemente estava ligado à esperança de Léia de conseguir um novo vínculo afetivo com Jacó. (Gên 29:34) Levi tornou-se pai de Gérson (Gersom), Coate e Merari, fundadores das três divisões principais dos levitas. — Gên 46:11; 1Cr 6:1, 16.

Levi, junto com seu irmão Simeão, tomou medidas drásticas contra os que aviltaram Diná, irmã deles. (Gên 34:25, 26, 31) Esta expressão de ira violenta foi amaldiçoada por Jacó, que predisse a dispersão dos descendentes de Levi em Israel, profecia que se cumpriu quando os levitas foram deveras dispersos em 48 cidades levitas, nos territórios das várias tribos de Israel, na terra de Canaã. (Gên 49:7; Jos 21:41) Levi acompanhou Jacó na sua ida para o Egito e morreu ali, aos 137 anos de idade. — Êx 1:1, 2; 6:16.

2. Antepassado de Jesus Cristo mencionado como “filho de Simeão” na genealogia de Jesus registrada por Lucas. É alistado na seqüência que vai de Davi a Zorobabel. — Lu 3:27-31.

3. “Filho de Melqui”, que é a segunda pessoa antes de Eli (pai de Maria) na genealogia de Jesus em Lucas. — Lu 3:23, 24.

4. Coletor de impostos (Mr 2:14; Lu 5:27, 29) que se tornou apóstolo de Jesus Cristo, e que era também conhecido como Mateus. — Mt 9:9; 10:2-4; veja MATEUS.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.