Presbíteros
e Diáconos: o que são e o que fazem?
Com o
crescimento e a expansão da igreja, no primeiro século, surgiram múltiplas
necessidades relacionadas com a organização, a edificação, a evangelização e a
beneficência. Sob a direção do Espírito Santo, os apóstolos promoveram, em
Jerusalém, a eleição de diáconos; depois, constituíram presbíteros em cada
cidade onde se estabeleceram as novas igrejas (cf. At 6.1-7; 14.22-23; Tt 1.5).
Com a bênção
de Deus, crescem também as igrejas nos tempos atuais. As exigências do
ministério se multiplicam. Dessa maneira, temos necessidade de presbíteros, de
diáconos e da cooperação de todos os membros. Ser Presbítero ou Diácono de uma
igreja é um grande privilégio, mas também uma grande responsabilidade. Vejamos
esses ofícios à luz da Palavra de Deus.
Os termos
“presbíteros”, “bispos” e “diáconos”
“Presbíteros”
e “bispos” ocorrem paralelamente no Novo Testamento e se referem aqueles
líderes espirituais de cujo ministério e conduta deriva o bom governo da
igreja. O próprio testemunho cristão da igreja está intimamente conectado à sua
liderança.
·
Presbítero vem do grego presbiterós, que
quer dizer ancião. O costume de escolher homens mais experimentados para ajudar
na liderança do povo de Deus remonta à época em que Moisés nomeou setenta
anciãos para ajudá-lo na condução do povo de Israel, no deserto (cf. Nm
11.15-17). Posteriormente, no Judaísmo, cada Sinagoga veio a ter os seus
anciãos. Eles presidiam a congregação, repreendiam e disciplinavam quando
necessário, conciliavam os inimigos, exerciam a supervisão material e espiritual.
·
Bispo vem do grego episcopos e
significa supervisor, superintendente (1Tm 3.1-2).
·
Diácono vem do grego diakonos e
significa ministro ou servo. Diakonia, um termo que aparece mais vezes no Novo
Testamento, significa serviço, ministério. Não se refere apenas ao ministério
hoje atribuído aos nossos diáconos. Paulo descreve Epafras como diakonos ou
“ministro de Cristo” (cf. Cl 1.7) e a si mesmo como diakonos ou
ministro do Evangelho e da igreja (cf. Cl 1.23,25). Entretanto, o relato, em At
6, sobre a escolha de 7 homens aprovados para supervisionarem a administração
do fundo para as viúvas, é comumente tomado como a instituição formal do
diaconato. Este é o primeiro exemplo de entrega de responsabilidades
administrativas e sociais a homens dotados de caráter e dons apropriados. Mais
tarde, aquela prática se tornou um procedimento típico nas igrejas cristãs.
A excelente
obra do presbiterato
Paulo
escreveu a Timóteo: “Se alguém aspira ao episcopado, excelente obra almeja”
(cf. 1Tm 3.1). Alguém poderia perguntar: Afinal, que obra excelente é essa?
Pois bem, seguem algumas indicações:
(a)
Pastorear o rebanho juntamente com o pastor local, que também é presbítero (cf.
At 20.17-18; 1Pe 5.1-3).
(b) Ensinar
a Palavra de Deus (cf. 1Tm 3.2; 5.17).
(c) Refutar
e repreender os que contradizem a Verdade (cf. Tt 1.9,11).
(d)
Governar, presidir, liderar a igreja de Deus (cf. 1Tm 3.4-5; 5.17).
(e) Orar
juntamente e pelos doentes, visitando aqueles que necessitam de acompanhamento
direto (cf. Tg 5.14).
Com respeito
as funções dos presbíteros, eles devem:
“… corrigir
ou admoestar os faltosos; auxiliar o pastor no trabalho de visitas; instruir os
neófitos (novos convertidos); consolar os aflitos; cuidar da infância e da
juventude; orar com os crentes e por eles; informar o pastor dos casos de
doenças e aflições; distribuir os elementos da Santa Ceia; tomar parte na
ordenação de ministros e oficiais.
A excelente
obra do diaconato
Com base em
Atos 6, os diáconos cuidam da beneficência da igreja, um trabalho tão
importante e difícil, que o texto menciona a necessidade de serem os diáconos
“homens de boa reputação, cheios do Espírito e de sabedoria” (v 3). Estêvão, um
daqueles primeiros 7 diáconos, era “homem cheio de fé e do Espírito Santo”
(v.5). Alguns diáconos receberam também o dom da profecia e/ou do ensino, e o
talento natural para discursar, de modo que, além da beneficência, exerciam
também o ministério da Palavra. Aquele foi o caso de Estêvão (At 6.8-7.53) e de
Filipe (At 8.5s).
As funções
do diácono da seguinte forma:
“O diácono é
o oficial eleito pela igreja e ordenado pelo Conselho para, sob a supervisão
deste, dedicar-se especialmente:
(a) à
arrecadação de ofertas para fins piedosos;
(b) ao
cuidado dos pobres, doentes e inválidos;
(c) à
manutenção da ordem e reverência nos lugares reservados ao serviço divino;
(d) exercer
a fiscalização para que haja boa ordem na Casa de Deus e suas dependências”.
Nota-se a
seriedade e comprometimento necessários para o bom desempenho do diaconato.
As
qualificações necessárias para os Presbíteros e Diáconos
Em 1Pe
5.1-3, vemos que os presbíteros (incluindo os pastores) devem ser “modelos do
rebanho”. Os diáconos, conforme observamos em At 6.3-5, devem ser “homens
cheios do Espírito Santo e de sabedoria… e de fé”. Também, Paulo, em 2Tm 2.2,
fala de “homens fiéis e idôneos”. O mesmo apóstolo, nas duas passagens mais
conhecidas sobre presbíteros e diáconos, enumera cerca de vinte qualificações
que esses oficiais precisam ter (cf. 1Tm 3.1-12 e Tt 1.5-9). São elas:
·
Irrepreensível
·
Esposo de
uma só mulher
·
Bom chefe de
família
·
Hospitaleiro
·
Temperante
·
Sóbrio
·
Modesto
·
Não dado ao
vinho
·
Não violento
·
Cordato
·
Inimigo de
contendas
·
Não avarento
·
Apto para
ensinar
·
Não seja
neófito (novo na fé e sem maturidade espiritual)
·
Bom
testemunho dos de fora
·
Piedoso
Dessa
maneira, a fim de nos prepararmos como igreja para a eleição vindoura de
presbíteros e diáconos, estudemos cada uma destas virtudes, consideremos os
nomes dos irmãos que mais se qualificam para o exercício desses oficialatos,
oremos por eles e pela igreja e votemos com a consciência clara de estarmos
cumprindo as exigências da Palavra do Senhor. Consideremos ainda que as
virtudes necessárias aos presbíteros e diáconos não se restringem aos líderes,
mas a cada membro da igreja que deseja glorificar o Senhor Jesus por meio do
testemunho cristão.
Qualificações bíblicas do
diácono
(1Tm 3.8-13)
Depois de
elencar as virtudes que devem ornar a vida do presbítero, o apóstolo Paulo
passa a falar dos atributos do diácono (1Tm 3.8-13). Muitas das qualificações
do diácono são as mesmas do presbítero. O diácono, diákonos, é o servo que
coopera com aqueles que se dedicam à oração e ao ministério da palavra. Os
primeiros diáconos foram nomeados assistentes dos apóstolos. Há dois
ministérios na igreja: a diaconia das mesas (At 6.2,3) e a diaconia da palavra
(At 6.4); a ação social e a pregação do evangelho. O ministério das mesas não
substitui o ministério da palavra, nem o ministério da palavra dispensa o
ministério das mesas. Nenhum dos dois ministérios é superior ao outro. Ambos
são ministérios cristãos que exigem pessoas espirituais, cheias do Espírito
Santo para exercê-los. A única diferença está na forma que cada ministério
assume, exigindo dons e chamados diferentes. Que são as qualificações do
diácono?
Em primeiro
lugar, o diácono precisam ser um homem respeitável (1Tm 3.8a).
“Semelhantemente,
quanto a diáconos, é necessário que sejam respeitáveis…”.
O diácono
precisa ser um homem digno de respeito, de caráter impoluto, de vida
irrepreensível, de conduta ilibada.
Em segundo
lugar, o diácono precisa ser um homem de uma só palavra (1Tm 3.8b).
“… de uma só
palavra…”. O diácono precisa ser um homem verdadeiro, íntegro em suas palavras
e consistente em sua vida. Não é um boateiro, dado a mexericos. Não diz uma
coisa aqui e outra acolá. Não é maledicente nem joga uma pessoa contra a outra.
Tem peso em suas palavras. É absolutamente confiável no que diz.
Em terceiro
lugar, o diácono não pode ser um homem inclinado a muito vinho (1Tm
3.8c).
“… não
inclinados a muito vinho…”. O diácono deve ser cheio do Espírito (At 6.3)
e não cheio
de vinho (Ef 5.18).
Quem é
governado pelo álcool não pode administrar a casa de Deus. A embriaguez e o
serviço sagrado não podem caminhar juntos.
Em quarto
lugar, o diácono não pode ser um homem cobiçoso de sórdida ganância (1Tm
3.8d).
“… não
cobiçosos de sórdida ganância”.
O diácono
lida com as ofertas do povo de Deus e administra os recursos financeiros da
igreja na assistência aos necessitados. Não pode cobiçar o que deve repartir.
Não pode desejar para si o que deve entregar para os outros.
Em quinto
lugar, o diácono precisa ser um homem íntegro na doutrina e na vida (1Tm
3.9).
“Conservando
o mistério da fé com consciência limpa”.
O termo
“mistério” significa “verdades outrora ocultas, mas agora reveladas por Deus”.
O diácono precisa compreender a doutrina cristã, crer na doutrina cristã e
viver a doutrina cristã. Sua vida, sua família e seu ministério precisam ser
pautadas pela palavra de Deus.
Em sexto
lugar, o diácono precisa ser um homem provado e experimentado (1Tm 3.10).
“Também
sejam experimentados; e, se se mostrarem irrepreensíveis, exerçam o diaconato”.
Os
candidatos ao diaconato precisam ser primeiramente experimentados, passando por
tempo probatório. O treinamento precede à escolha e à ordenação. Primeiro a
prova, depois o exercício do ministério.
Em sétimo
lugar, o diácono é um homem recompensado por Deus (1Tm 3.13).
“Pois os que
desempenharem bem o diaconato alcançam para si mesma justa preeminência e muita
intrepidez na fé em Cristo Jesus”.
Jesus foi o
diácono por excelência. Ele não veio para ser servido, mas para servir. Nunca
somos tão grandes como quando servimos. No reino de Deus maior é o que serve.
No reino de Deus quem tem preeminência não são aqueles que os homens exaltam,
mas aqueles a quem Deus enaltece.
As qualificações de um
presbítero
Das quinze
qualificações exigidas para um homem ocupar presbiterato da igreja, apenas uma
tem a ver com a habilidade de ensino. Os requisitos para se ocupar uma posição
de liderança na igreja exigem excelência moral mais que intelectual. As
qualificações estão relacionadas com a personalidade, o caráter e o
temperamento da pessoa (1Tm 3.2-7). São uma espécie de catálogo de virtudes em
contraposição ao catálogo de vícios descritos em 2Timóteo 3.2-5. Destacaremos
algumas áreas importantes que devem ser observadas, quando da escolha da
liderança espiritual da igreja.
Área familiar
Dois pontos
merecem destaque:
O presbítero
precisa ser marido de uma só mulher (3.2). “É necessário, portanto, que o bispo
seja […] esposo de uma só mulher…”. O que essa afirmação significa? Há três
coisas que não significam: Não significa que um homem solteiro esteja impedido
de exercer o presbiterato. Também não significa que um homem que ficou viúvo e
casou-se novamente esteja impedido de ser presbítero. Finalmente, não significa
que um homem divorciado, cujo divórcio ocorreu por infidelidade ou abandono do
cônjuge, esteja impedido de exercer esse sagrado ministério. Em outras
palavras, um presbítero não pode ser um polígamo nem um adúltero.
O presbítero
precisa liderar sua casa (3.4,5). “E que governe bem a sua própria casa,
criando os filhos sob disciplina, com todo o respeito (pois, se alguém não sabe
governar a própria casa, como cuidará da igreja de Deus?)”. O primeiro rebanho
do presbítero é sua família. Se ele fracassa em cuidar da sua casa está
desqualificado para cuidar da casa de Deus. Se não cria os filhos no temor do
Senhor, fica prejudicado para exortar os filhos dos demais crentes. Se os
próprios filhos não lhe obedecem nem respeitam, dificilmente sua igreja o
obedecerá e respeitará sua liderança.
Área financeira
O presbítero
não pode ser um homem avarento (3.3). “… não avarento”. A avareza é o apego ao
dinheiro. É amar o lucro mais do que a Deus. É estar apegado ao dinheiro mais
do que ao ministério. É lidar com as pessoas interessado nos bens que elas
possuem em vez de lutar pelo bem das pessoas.
Área dos
relacionamentos interpessoais
Quatro
coisas devem ser aqui destacadas:
O presbítero
não pode ser violento (3.3). “… não violento”. Um presbítero é um pastor que
busca as ovelhas para apascentá-las e não para golpeá-las. Um presbítero não
pode agredir as pessoas com palavras nem com atitudes. Não pode ser rude com as
ovelhas. O presbítero é alguém que atrai as pessoas pela sua doçura e graça. As
pessoas correm para ele na hora da aflição.
O presbítero
precisa ser cordato (3.3). “… cordato”. Uma pessoa cordata luta pela paz. É um
pacificador. É um construtor de pontes e não um cavador de abismos. Não espalha
boatos, mas promove reconciliação. Não atiça o fogo da contenda, mas apaga as
chamas da malquerença.
O presbítero
precisa ser inimigo de contendas (3.3). “… inimigo de contendas”. Não basta ao
presbítero não criar contendas; ele não pode ser passivo diante delas. O líder
cristão é inimigo de contendas. É um homem engajado na promoção da paz. Suas
palavras e suas atitudes são cuidadosamente pensadas para não colocar uma
pessoa contra a outra.
O presbítero
precisa ser hospitaleiro (3.2). O presbítero deve ter o coração aberto, o bolso
aberto e a casa aberta. Tem prazer em receber as pessoas em sua casa e
ajudá-las em suas necessidades.
Área da reputação
pessoal
Duas
virtudes são aqui mencionadas:
O presbítero
precisa ser irrepreensível (3.2). “É necessário, portanto, que o bispo seja
irrepreensível…”. O catálogo de virtudes do presbítero começa com um requisito
que a tudo abrange. Uma pessoa irrepreensível é aquela que não apresenta nenhum
defeito óbvio de caráter ou de conduta, na sua vida passada ou presente, que os
maliciosos, seja dentro, seja fora da igreja, possam explorar para
desacreditá-lo. Trata-se daquela pessoa que não está exposta a ataque ou
censura. Uma pessoa irrepreensível não é a mesma coisa que uma pessoa perfeita;
trata-se de alguém que tem uma vida coerente no lar, na igreja, no trabalho, na
sociedade. É um homem que não tem vida dupla. É uma pessoa plenamente confiável,
inexpugnável. Os inimigos podem assacar contra o presbítero toda sorte de
acusações, mas ele sairá ileso, pois não apenas tem uma boa reputação, mas
também a merece.
O presbítero
precisa ter bom testemunho dos de fora (3.7). “Pelo contrário, é necessário que
ele tenha bom testemunho dos de fora, a fim de não cair no opróbrio e no laço
do diabo”. Embora o presbítero exerça seu ministério entre os domésticos da fé,
seu testemunho transborda para além das fronteiras da igreja. Sua vida fora dos
portões não é diferente daquela vivida dentro da família e da igreja.
Área do domínio
próprio
Destacamos
aqui quatro virtudes:
O presbítero
precisa ser temperante (3.2). “… temperante”.
O presbítero
precisa ser sóbrio, atento, vigilante. A temperança tem a ver com o domínio de
seus impulsos tanto na área sexual como em relação à bebida alcoólica.
O presbítero
precisa ser sóbrio (3.2). “… sóbrio”.
O presbítero
precisa ser prudente, sensato e disciplinado. A sobriedade é a aquela virtude
em que o homem se coloca acima das paixões e desejos e tem completo domínio
sobre os desejos sensuais. Refere-se a seus gostos e hábitos físicos, morais e
mentais.
O presbítero
precisa ser modesto (3.2). “… modesto”.
O presbítero
precisa ser honesto e decoroso. É o homem em quem se unem força e beleza. Um
homem modesto é despojado de vaidade, avesso à soberba.
O presbítero
precisa ser controlado quanto à bebida alcoólica (3.3). “Não dado ao vinho…”.
Um
presbítero não pode ser um beberrão. A embriaguez não combina com o pastoreio.
O álcool entorpece a mente e dificulta a faculdade de julgamento. Portanto,
ensinar a palavra e ser dado ao vinho são duas coisas que não andam de mãos
dadas.
Área da maturidade
espiritual
O presbítero
não pode ser um homem neófito (3.6). “Não seja neófito, para não suceder que se
ensoberbeça e incorra na condenação do diabo”.
Um
presbítero não poder ser um novo convertido, imaturo na fé. Precisa ser alguém
sólido da fé, firme na doutrina e experimentado na vida. A imaturidade
espiritual é o portal da soberba e a soberba é o solo escorregadio onde o diabo
derruba muitos líderes.
Área pedagógica
O presbítero
precisa ser apto para ensinar (3.2). “… apto para ensinar”.
A palavra
grega didaktikos, traduzida por “apto para ensinar” significa habilidade e
aptidão para ensinar.
O presbítero
precisa ser um homem que se afadigue na Palavra e no ensino (5.17). O
presbítero é um mestre, que ensina o significado da verdade cristã. É em
estudioso que se esmera tanto no estudo como no ensino. E ensina tanto pela
palavra como pelo exemplo. Ensina com palavras e também como por obras.
Requisitos básicos para diáconos
O
que significa a palavra Diácono?
No
grego é servo, assistente, e isto não nos priva de pregar o Evangelho em
público, pois dois deles que foram escolhidos para serem diáconos foram
pregadores e evangelistas. São eles Estevão e Felipe.
Os
requisitos para ser diácono (1º
Timóteo 3:8):
SER
HONESTO (honrado), casto,
que quer dizer que observa a castidade, reto no proceder.
NÃO
DE LÍNGUA DOBRE,
isto é, não ser fingido, não ser traiçoeiro, que ilude as duas partes.
NÃO
DADO A MUITO VINHO. O
vinho é bebida alcoólica Pv.20:1.
NÃO
COBIÇOSOS, isto é, cheio de
cobiças, pois isto levanta contendas.
NÃO
TORPE, vergonhosos, obsceno e
indecente.
NÃO
GANANCIOSOS.
Ganho ilícito, muito juros.
1º
Timóteo 3:9 “guardando o ministério da fé; sete vocábulo nas escrituras nunca
significa somente uma coisa estranha, mas um segredo revelado ou Colossences
1:26 e 27.
1º
Timóteo 3:10 diz: “E também estes primeiros provados depois sirvam… “Provados
é: que tenham demonstrado experiência na obra. Por exemplo: na oração, não ser
tímido, mas cheio do poder de Deus”.
IRREPREENSÍVEL: que não da lugar a repreensão ou a
censura. (I Timóteo 3:12) “Os diáconos sejam maridos de uma só mulher, isto é,
no tempo da lei os homens possuíam mais de uma mulher, por esse motivo o
apóstolo Paulo deu esta advertência”. …E governa bem seus filhos e suas
próprias casas. (I Timóteo 3:12b). Governar é dirigir, administrar, reger,
conduzir com autoridade, ordenar. Governar os filhos: trazê-los sob sua
sujeição, isto é, quebrar a vontade dos filhos, principalmente enquanto
menores” não ser durão e sim ter autoridade, amá-los. (Efésios 6:4).
(I
Timóteo 3:13) “Porque os que servirem bem como diáconos adquirirão para si uma
boa posição… “Posição: lugar de destaque, classe, lugar que não são todos que
possuem. “…e muita confiança na fé que há em Cristo Jesus”. (I Timóteo 3:13b).
MUITA
CONFIANÇA: significa crédito, isto
é, confiança na fé que há em Cristo Jesus (pessoas desesperadas que nos
procuram para orar por eles)
Paulo,
o apóstolo, aplicou nos seus ensinamentos a mesma base dos primeiros apóstolos
(Atos 6:1 a 7).
Estevão
sendo Diácono, não estava impedido de pregar o Evangelho. Nós também devemos ter esta fé e
poder. Ninguém nos obriga a pregar o Evangelho, mas se sentimos desejo de
pregar o Evangelho, sendo Diáconos nada impede, porque Felipe pregou também.
Atos 8:29 a 35.
Devemos
ser humildes e simples,
(Mateus 11:29; Romanos 16:19). Devemos pensar sempre que fomos chamados para
servir, e não ser servidos, servir a Jesus, (João 12:25 e 26). O perigo de
servir o homem (I Coríntios 3:4 e 5).
Os
mesmos requisitos que se exige dos Diáconos é exigido também dos Pastores (I Timóteo 3:1 a 7). Agora para
as Diaconisas: (I Timóteo 3:11) “da mesma sorte as mulheres sejam honestas, não
maldizentes, sóbrias e fiéis em tudo”. Honestas: honradas, retas no seu
proceder, não maldizentes: que costumam dizer mal dos outros; sóbrias: são
mulheres que se caracterizam pela exclusão do luxo, dos excessos de ornamentos
(I Tessalonicense 5:6 a 8): fiéis em tudo: que cumpre aquilo que se obrigou.
Servindo assim, somos guardados pelo Senhor (Salmo 31:23 a 24).
Temos
que ser o exemplo dos fiéis. (I
Timóteo 4:12b), nos diz: “mas sê o exemplo dos fiéis, na palavra…”, quer dizer
ter bons conhecimentos da Palavra de Deus e com nossas próprias palavras (Salmo
19:14 e Salmo 4:6).
… no
trato… nosso modo de proceder com os outros (Tiago 3:13).
… na
caridade… este é o Dom do amor, é ter afeição profunda, afeto, compaixão
(Romanos 12:9 e 10).
… no
espírito… isto é, fervoroso no Espírito (Romanos 12:11).
… na
fé … isto é, na fé em Cristo Jesus. Porque sem fé é impossível agradar a Deus
(Hebreus 11:6).
Introdução
Testemunha-se
hoje um renovado interesse pela Diaconia Cristã e suas implicações para a
igreja e a sociedade. A responsabilidade social está em voga nas diferentes
áreas da sociedade, inclusive na iniciativa privada. Empresas descobrem os
aspectos sociais de sua atuação junto a seus funcionários e à comunidade.
Cresce
no meio cristão a consciência de que a diaconia é crucial para a fé, a vida e a
missão da igreja. Muitas vezes um tema negligenciado e mal compreendido no
pensamento e na prática cristã, o serviço cristão cada vez mais tem sido
entendido como inseparável da essência da igreja, a continuação no mundo da
vida de ADORAÇÃO da comunidade.
Por
esta razão, a diaconia deve ser legitimada não somente como uma função cristã,
mas como o MODO DE SER da igreja.
Muitas
igrejas, no entanto, não consideram este tema como prioritário em sua agenda.
Uma boa ilustração dessa atitude pode ser vista no empobrecimento do ofício do
diaconato em nossas comunidades. Em muitas igrejas, os diáconos limitam-se a
atividades tais como auxiliar a manutenção da ordem durante os cultos e
recolher as contribuições dos fiéis sem qualquer reflexão bíblico-teológica
sobre seu papel no culto.
Todavia,
por ser um conceito central nas Escrituras, na Ética e na Teologia, a Diaconia
Cristã deve ter alta prioridade na vida e no testemunho da igreja. Os diáconos,
na igreja do primeiro século, eram oficiais responsáveis pela assistência
social aos pobres além de versados na fé cristã.
Definições
A
palavra diácono vem da palavra grega diákonos, (δια´Κoνoς), que é
encontrada cerca de 30 vezes no Novo Testamento. Diákono significa:
servo, serviçal, garçom, atendente ou servente. É uma palavra composta que
também significa “fazer a poeira subir”.
A
imagem é de alguém que está se movendo tão rapidamente para cumprir suas
obrigações, que seus pés, quando passa, fazem a poeira levantar e rodopiar.
Havia tanto para os diáconos fazerem que eles não podiam parar, nem conversar
trivialidades, nem se demorar muito em suas funções.
Palavras
semelhantes são diakonia (ministério ou diaconato) e diakoneo(servir
ou ministrar). A mesma palavra descreve empregados e obreiros voluntários. A
ênfase bíblico-teológica, no entanto, não está na posição ou cargo hierárquico
da pessoa, mas em relação ao seu TRABALHO.
O
sentido da palavra na Bíblia inclui: servos domésticos (Jo 2:5-9), e
governantes (Rm 13:4), além do uso mais comum de servos de Cristo e da Igreja.
Jesus usou a palavra para descrever seus discípulos, um em relação ao outro (Mt
23:11). Paulo usou a mesma palavra freqüentemente para descrever evangelistas
ou pregadores da palavra (1 Co 3:5; Ef 6:21). Estes termos, no uso geral,
descrevem tanto homens como mulheres (Lc 10:40; Rm 16:1). Todos os cristãos
devem servir uns aos outros (1 Pe 4:10).
A
palavra: servo, “doulos” (δoυλoς), inclui o sentido de ESCRAVO.
Conforme a afirmação de Paulo em Romanos 1:1, é aquele que não tem direitos,
não dispõe de sua pessoa, nem bens, está obrigado a servir.
Jesus
empreende nova compreensão às relações de serviço no Reino de Deus: “Já
não vos chamo servos, ‘doulos’ (δoυλoς), porque o servo não
sabe o que faz o seu senhor; mas tenho-vos chamado amigos, ‘fhilous’ (Φι´λoυς)
porque tudo quanto ouvi de meu Pai vos tenho dado a conhecer.”
(Jo 15:15)
Não
é que Paulo tentasse revogar a percepção de Cristo quanto ao assunto, mas
trata-se do apóstolo dramatizar e salientar ainda mais sua SUBMISSÃOa
Cristo, o que deveria ser nossa disposição voluntária à soberania e ao governo
de Cristo.
A
palavra: diácono empresta leveza ao tema, pois se tem em mente o servir com
prazer, zelosa e diligentemente; ajudar seu superior na execução de trabalhos.
Nesse sentido o servo considera-se um INSTRUMENTO e dá toda a
glória a seu Senhor.
Cada
discípulo de Cristo foi feito para servir!
O
Novo Testamento apresenta o ministério do serviço como uma marca de toda a
igreja, isto é, como uma conduta normal para todos os discípulos (Mt 20: 26-28;
Lc 22: 26-27).
Em
um sentido amplo, vemos no Novo Testamento a palavra “diakonos” e suas
variantes serem, mais de 100 vezes, aplicadas. Refere-se a quem serve os
convidados (Jo 2:5-9), servos do rei (Mt 22:13), ministro de Satanás (II Co
11:15), ministro de Deus (II Co 6:4), ministro de Cristo (II Co 11:23) e à
autoridade (Rm 13:4).
No
sentido restrito e específico, porém, vemos em At 6:1-6 a palavra “diakonos”
aplicada a homens de boa reputação, cheios do Espírito e de sabedoria, que
receberam o ofício de servir à mesa como deliberação dos apóstolos após a
discórdia entre helenistas e hebreus quanto a distribuição diária de alimentos
às VIÚVAS gregas na comunidade cristã.
Bem,
todo crente foi salvo para servir, não para ser SERVIDO. Portanto,
no sentido teológico, todo crente deve ser um serviçal, “diakonos” de Deus, de
sua igreja local e de cada um dos seus irmãos individualmente.
Toda
organização tem pessoas que trabalham nos bastidores. Esta é a função do
diácono na igreja. Ele trabalha nos bastidores para servir e ministrar às
necessidades das pessoas. A palavra diaconato descreve o serviço do grupo de
diáconos e diaconisas dentro de uma igreja.
Um
bom cristão é essencialmente antes de tudo um bom diácono!
Qualidades
do Diáconos
Semelhantemente,
quanto a diáconos, é necessário que sejam respeitáveis, de uma só palavra, não inclinados
a muito vinho, não cobiçosos de sórdida ganância, conservando o mistério da fé
com a consciência limpa. Também sejam estes primeiramente experimentados; e, se
se mostrarem irrepreensíveis, exerçam o diaconato. Da mesma sorte, quanto a
mulheres, é necessário que sejam elas respeitáveis, não maldizentes,
temperantes e fiéis em tudo. O diácono seja marido de uma só mulher e governe
bem seus filhos e a própria casa. Pois os que desempenharem bem o diaconato
alcançam para si mesmos justa preeminência e muita intrepidez na fé em Cristo
Jesus.
1Tm
3:8-13
Caráter: I Tm 3:8. Respeitável, de uma só
palavra, não inclinado a muito vinho, não cobiçoso de sórdida GANÂNCIA.
Fé: I Tm 3:9. Deve conservar o MISTÉRIO da
fé com a consciência limpa. Não necessariamente ser apto para o ensino, mas
deve entender e sustentar sua fé e a doutrina.
Relações
Familiares: I
Tm 3:12. As mesmas expectativas que o presbítero deve satisfazer. Deve ser
esposo de uma só mulher e governar bem os filhos. Isso gera CONFIANÇA na
igreja, uma vez que o diácono cuida das coisas da igreja.
Reputação: At 6:3. Conhecido como alguém
cheio do Espírito Santo e de SABEDORIA.
Questão
de Gênero
I
Tm 3:11. As mulheres são elegíveis para esse ofício. Elas devem ter
qualificações inerentes. Não devem ser maledicentes porque boa parte do seu
serviço inclui VISITAÇÃO.
Por
causa do grande número de mulheres convertidas (At 5:14; 17:4), as mulheres
atuavam na área de visitação, discipulado e auxiliavam no batismo. Em Rm
16:1-2, lemos que Paulo elogiou Febe por ser uma ajudadora no serviço da igreja
de Cencréia. Outra abordagem possível é a de que esta passagem refere-se às
esposas dos diáconos.
Em
Rm 12:8 e I Tm 3:4-5 encontramos outras qualidades desejadas ao diácono comuns
aos demais ministros.
A
Instituição do Diaconato
Examinemos
At 6:1-6:
Ora,
naqueles dias, multiplicando-se o número dos discípulos, houve murmuração dos
helenistas contra os hebreus, porque as viúvas deles estavam sendo esquecidas
na distribuição diária. Então, os doze convocaram a comunidade dos discípulos e
disseram: Não é razoável que nós abandonemos a palavra de Deus para servir às
mesas. Mas, irmãos, escolhei dentre vós sete homens de boa reputação, cheios do
Espírito e de sabedoria, aos quais encarregaremos deste serviço; e, quanto a
nós, nos consagraremos à oração e ao ministério da palavra. O parecer agradou a
toda a comunidade; e elegeram Estevão, homem cheio de fé e do Espírito Santo,
Filipe, Prócoro, Nicanor, Timão, Pármenas e Nicolau, prosélito de Antioquia.
Apresentaram-nos perante os apóstolos, e estes, orando, lhes impuseram as mãos.
Alguns
estudiosos da Bíblia estabelecem uma relação entre o “hazzan” da sinagoga
judaica e o serviço cristão do diácono na igreja nascente. O “hazzan” abria e
fechava as portas da sinagoga, mantinha-a limpa e distribuía os livros para
leitura. Jesus provavelmente passou o rolo do livro de Isaías para um diácono
depois que acabou de lê-lo (Lc 4:20).
Outros
estudiosos do Novo Testamento dão atenção considerável à escolha dos sete (At
6:1-6); vêem aquele ato como um precursor histórico de uma estrutura mais
desenvolvida (Fil 1:1; I Tm 3:8-13 – duas referências específicas ao “ofício”
de diácono).
Cada
apóstolo já estava sobrecarregado com várias responsabilidades. Por isso
propuseram uma DIVISÃO do trabalho para assegurar assistência
às viúvas gregas que, na distribuição diária que a igreja fazia de alimentos
estavam sendo preteridas.
Sete
homens de etnia grega, já que a queixa partia das viúvas gregas, homens de
boa REPUTAÇÃO, cheios do Espírito de Deus e de sabedoria (At 6:3),
se destacaram na congregação de Jerusalém, para executar essa função. Alguns
lembram que o diaconato não devia ser relacionado somente a caridade, pois os
diáconos escolhidos eram homens de ESTATURA espiritual.
Estevão,
por exemplo, “cheio de graça e poder, fazia prodígios e grandes sinais entre o
povo” (At 6:8), foi o primeiro mártir da igreja. Epafras, gigante da oração,
fiel guerreiro e trabalhador (Cl 4:12).
Filipe,
apontado como um dos sete, os evangelizava a respeito do Reino de Deus e do
nome de Jesus Cristo e os batizava (At 8:12), vinte anos depois de escolhido,
ainda é mencionado como o evangelista e diácono (At 21:8).
Timóteo
(I Tm 4:6), Tíquico (Cl 4:7), Paulo (I Cor 3:5) e o próprio Cristo (Rm 15:8)
são o exemplo de que a diaconia não se refere a uma posição hierárquica, mas a
uma CONDIÇÃO aquele que almeja ser digno de levar a Mensagem
do Reino de Deus.
O
Novo Testamento enfatiza a compaixão pelas necessidades físicas e espirituais
dos indivíduos bem como o quanto devemos nos doar para satisfazer essas
necessidades. Deus nos capacita para o serviço com vários dons espirituais.
Quando realizamos esse serviço, em última análise, ministramos ao próprio CRISTO (Mt
25:45).
Jesus
equipara o ministério diaconal como uma função suprema daqueles que servem ao
Reino de Deus. Alimentar os famintos, saciar os sedentos, acolher aos
necessitados, vestir os que estão despidos, visitar os enfermos e encarcerados
(Mt 25: 31-46), são as prerrogativas daqueles que ouvirão o “… vinde, benditos
de meu Pai! Entrai na posse do reino que vos está preparado desde a fundação do
mundo”. (Mt 25:34)
Em
I Tm 3:8-13 são dadas instruções sobre as qualificações da função de diácono, a
maioria delas se relaciona ao CARÁTER e comportamento
pessoais. Um diácono deve falar a verdade, ser marido de uma só mulher, não ser
dado a muito vinho, e ser um pai responsável. Ou seja, são pessoas
profundamente comprometidas com uma DISCIPLINA pessoal, são
fiéis e frutíferas.
A
diaconia bíblica não se caracteriza por PODER e proeminência,
mas por serviço ao próximo, por cuidados pastorais. Não obstante, a
conseqüência natural do trabalho diaconal feito com zelo e dedicação é a
admiração e, sobretudo, intrepidez na fé. (ITm 3:13)
O Diácono e sua Atuação na Igreja
Eleição
dos Diáconos –
É necessário um período de experiência (ITm 3:10). A eleição formal é feita
pela igreja e sancionada pelo corpo de pastores ou presbíteros (At 6:1-6). Na
igreja do primeiro século sempre havia pluralidade de diáconos (At 6:1-6; Fp
1:1).
O
mandato dos Diáconos –
A duração do mandato não é especifica na Bíblia e pode ser regulamentada pela
assembléia de membros da igreja desde que autenticado pelo Espírito Santo. O
diácono é um cargo ministerial local e não vitalício, ou seja, em uma eventual
mudança de congregação o diácono pode ou não ser reconhecido como tal na outra
igreja ou poderá ser exonerado de sua função.
O
Número de diáconos – O
número de diáconos em exercício na igreja deve ser proporcional ao número de
membros. Uma equivalência próxima a cinco por cento dos membros seria um número
adequado, isso claro depende da atuação social da igreja junto à comunidade. O
estabelecimento de um número proporcional evitaria as figuras DECORATIVAS no
diaconato.
A
dignidade dos Diáconos –
O próprio titulo implica em grande honra. Serviço conferido a anjos (Mt 4:11),
como aquele do próprio Senhor (Mt. 20:28). O candidato ao diaconato deve ser
provado antes da chancela de seu cargo na igreja. De forma prática ele deve ser
observado antes mesmo de sua indicação. Estão entre os requisitos para exercer
a função: a cordialidade, a presteza, a iniciativa, a organização, a prudência,
o discernimento espiritual e a alegria necessária a todo trabalho VOLUNTÁRIO.
As
Funções dos Diáconos – Cabe
ao diácono, em geral, funções executivas e administrativas que cercam a vida e
a realidade da igreja. Não obstante, ele não está isento de sua missão primeira
que é o SACERDÓCIO universal de todo cristão.
·
Auxiliar
na introdução dos visitantes ao templo e na ordem do ambiente;
·
Guardar
a porta e perceber o fluxo externo à igreja durante os cultos para evitar a
invasão por animais e pessoas mal intencionadas;
·
Aproximar-se
de pessoas no interior do templo em situação de vulnerabilidade, (emoção
extrema, possessão, desequilíbrio);
·
Auxiliar
na ministração e distribuição dos elementos da ceia;
·
Distribuir,
a critério da junta diaconal e do Conselho Gestor, a beneficência ou os
auxílios aos necessitados da igreja;
·
Visitas
juntamente com o pastor ou a critério deste a hospitais, prisões e velórios;
·
Prestar
relatórios ao pastor a respeito das necessidades comunicadas pelos membros da
igreja;
·
Providenciar
a manutenção de equipamentos ou das dependências da igreja quando necessário;
A
recompensa dos Diáconos –
Pois os que desempenharem bem o diaconato alcançam para si mesmos justa
preeminência e muita intrepidez na FÉ em Cristo Jesus. (ITm
3:13)
Em
geral, as qualificações dos diáconos para sua função incluem as exigências para
as funções ministeriais dos demais ministros, além de suas especificidades. A
seguir apresenta-se um quadro com estas referências.
Em
relação a Deus
Apegados
à palavra, fiel
|
I
Tm 3:9; Tito 1:9
|
Justos
e piedosos
|
Tito
1:8
|
Aptos
para ensinar
|
I
Tm 3:2; 5:17; Tito 1:9
|
Irrepreensíveis
|
I
Tm 3:2-9; Tito 1:6
|
Não
sejam neófitos
|
I
Tm 3:6
|
Amigos
do bem
|
Tito
1:8
|
Experimentados
|
I
Tm 3:10
|
Em
relação aos outros
De
uma só palavra
|
I
Tm 3:8
|
Respeitáveis
|
I
Tm 3:2-8
|
Hospitaleiros
|
I
Tm 3:2; Tito 1:8
|
Inimigos
de contendas
|
I
Tm 3:3
|
Não
violentos, porém cordial
|
I
Tm 3:3; Tito 1:7
|
Tenham
bom testemunho dos de fora
|
I
Tm 3:7
|
Não
arrogantes
|
Tito
1:7
|
Não
cobiçosos de sórdida ganância
|
I
Tm 3:8; Tito 1:7
|
Em
relação a si mesmo
Que
tenham domínio de si
|
Tito
1:8
|
Temperantes
|
I
Tm 3:2,8; Tito 1:7
|
Não
avarentos
|
I
Tm 3:3
|
Sóbrios
|
I
Tm 3:2; Tito 1:8
|
Não
irascíveis
|
Tito
1:7
|
Não
dados ao vinho
|
I
Tm 3:3,8; Tito 1:7
|
Em
relação à família
Esposos
de uma só mulher
|
I
Tm 3:2,12; Tito 1:6
|
Que
governem bem a sua própria casa
|
I
Tm 3:4,12; Tito 1:6
|
Que
tenham filhos obedientes
|
I
Tm 3:4,5,12; Tito 1:6
|
A
Diaconia de Cristo
Tende
em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus, pois ele,
subsistindo em forma de Deus, não julgou como usurpação o ser igual a Deus;
antes, a si mesmo se esvaziou, assumindo a forma de servo,
tornando-se em semelhança de homens; e, reconhecido em figura
humana, a si mesmo se humilhou, tornando-se obediente até à morte e morte de
cruz. Pelo que também Deus o exaltou sobremaneira e lhe deu o nome que está
acima de todo nome, para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho, nos céus,
na terra e debaixo da terra, e toda língua confesse que Jesus Cristo é Senhor,
para glória de Deus Pai.
Fil.
2:5-11
Como
foi dito no princípio, a diaconia deve ser legitimada não somente como uma
função cristã, mas como o modo de ser da igreja. Deus foi o primeiro diácono ao
se esvaziar de sua inteira completude para que houvesse a CRIAÇÃO.
Jesus Cristo se esvaziou de sua glória para que houvesse SALVAÇÃO.
O Espírito Santo se esvazia no derramamento e plenitude de sua ação dentro de
nós para que haja SANTIFICAÇÃO.
Qual,
portanto, deve ser o papel do cristão e da igreja diante do exemplo trinitário
de esvaziamento e serviço?
Ninguém
pode entrar inteiro em uma relação. A vida cristã é baseada em comunhão e
relacionamentos. Cabe a cada um de nós crentes no Senhor Jesus a tarefa de nos
esvaziar através do serviço, da cumplicidade, do amor para que haja COMUNHÃO.
A
comunhão e o amor dos crentes é o que mostrará o amor de Deus à humanidade. A
diaconia é o amor em ação. Um profundo compromisso com as necessidades uns dos
outros mostra um alto nível de autenticidade do cristianismo vivido entre nós.
Sobretudo,
a diaconia é um ato de doação e partilha, de prazer e alegria. É um ato
da Graça Divina a ser refletido na vida dos cristãos. A diaconia como doação e
partilha é o ato/efeito de se esvaziar da necessidade do TER através
do serviço para se alcançar o SER. O ser cheio de graça “karis”
(χα′ρις), alegria, riso, gozo, satisfação, contentamento. É o transcender por
meio do sentir-se útil ao Reino de Deus.
A
graça deve ser a tônica de todo serviço cristão!
A
diaconia de Jesus é um ato de grande nobreza, ato sublime e singelo de
submissão e serviço. É o Criador que cinge os lombos com uma toalha e lava os
pés de sua criação mesmo diante da iminente TRAIÇÃO. (Jo 13:4,5) É
ato de humildade, identificação, é a ENCARNAÇÃO levada às
últimas conseqüências.
O
nascimento, vida, morte e ressurreição de Cristo representam a diaconia do
próprio Deus que trabalha em favor da REDENÇÃO da humanidade.
Que dá o exemplo de iniciativa diante do necessitado, do pobre, cego e nu. É
ato de pura misericórdia e amor.
Diante
dessa perspectiva a Igreja Batista Vale Verde propõe um norte para a ação
diaconal de nossa igreja. CRESCER PARA SERVIR deve ser nossa
meta/alvo. Crescer na graça e no conhecimento do Filho de Deus pra servir à
nossa comunidade e às pessoas que necessitem de nosso serviço.
Um
serviço que não se dá somente dentro da vida litúrgica ou do culto de nossa
igreja, mas principalmente na história de nossas relações de forma concreta,
plausível, honesta e intensa.
Conclusão:
Nada
façais por partidarismo ou vanglória, mas por humildade, considerando cada um
os outros superiores a si mesmo. Não tenha cada um em vista o que é
propriamente seu, senão também cada qual o que é dos outros.
Fil.
2:3,4
O
diácono, além de um ministro espiritual, ministra também a respeito das
questões materiais. Ele deve lembrar-se de que Cristo é o Dono da Igreja,
mas que deu o exemplo de ser o primeiro e maior diácono de todos.
Há
diferenças fundamentais entre as funções do pastor e as funções do diácono, mas
as exigências para o serviço são as mesmas, assim também como a recompensa.
O
diácono deve ser examinado e aprovado pela igreja e seus líderes, é respeitado
pela igreja como homem honesto, um bom administrador, um bom crente.
É
austero, sincero, amigo, prestativo, serve com alegria porque sabe a quem está
servindo. Está preocupado com a glória de Cristo através do bom desempenho de
seu serviço na igreja e na comunidade.
O
diácono não pertence a uma hierarquia funcional inferior, mas à luz da teologia
bíblica pertence a mais excelente classe diante de Deus: aqueles que servem.
Ele não é empregado da igreja, mas a serve com zelo, temor e gratidão.
As qualificações dos diáconos
O
embrião do ofício de diácono está no texto de Atos 6.1-6, tendo ocorrido a
partir de delegação da autoridade apostólica e, portanto, constitui-se num
exercício de autoridade na igreja. Desta forma, coerentemente com o “princípio
divino da autoridade de gênero”, foram escolhidos sete homens. Entretanto, as
qualificações para o ofício de diácono na igreja apareceram posteriormente, no
texto de 1 Timóteo 3.8-13. Antes de tratarmos das qualificações dos diáconos é
importante analisar a questão da diaconia, na bíblia.
Cremos
na diaconia universal dos crentes, homens e mulheres, ao lado
do sacerdócio universal dos crentes. Todos os remidos foram
chamados pelo Senhor para servir, para realizar as boas obras: “Pois
somos feitura dele, criados em Cristo Jesus para boas obras, as quais Deus de
antemão preparou para que andássemos nelas.” (Ef 2.10). Servir, no
grego, “doulos” (escravo, aquele que deve cumprir a
vontade do seu Senhor, sem se importar com sua própria vontade) ou “diakonos” (aquele
que realiza tarefas para ajudar os outros) é a nobre missão de cada crente,
pois o Senhor Jesus é o exemplo maior. “Pois o próprio Filho do Homem
não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate por
muitos.”(Mc 10.45). Para servir não é necessário ter um cargo ou um ofício.
Assim é que o termo servir é empregado em todo o NT no sentido
não-técnico, referindo-se a homens e mulheres que serviam a essa ou
àquela igreja local: “Recomendo-vos a nossa irmã Febe, que está
servindo à igreja de Cencréia,..” (Rm 16.1). Na igreja primitiva, a
pergunta que se fazia a outro cristão era: “– em que igreja você está servindo
ao Senhor?”; enquanto hoje se pergunta: “– de que igreja você é?”
Cremos
que o ofício de diácono, ao lado do ofício de presbítero, são para ser exercidos
por homens, cujas qualificações são descritas na Bíblia em duas únicas listas:
1Timóteo 3.1-13 e Tito 1.5-9. E não é por acaso que tais instruções aparecem na
Bíblia, lado a lado: “Semelhantemente…” (1Tm 3.8). As
qualificações dos diáconos são muito parecidas com as dos presbíteros, pois se
trata da liderança maior da igreja, os presbíteros, e da liderança
supervisionada por eles, os diáconos. Vale lembrar que o termo “diaconisa” não
aparece na Bíblia, nem muito menos “presbítera”. Já que o governo das
igrejas locais e o ensino público oficial nas mesmas são funções de
presbíteros e pastores (cf. 1Tm 3.2, 4-5; 5.17; Tt 1.9), infere-se que tais
funções não fazem parte do chamado cristão das nossas queridas irmãs.
O
texto bíblico apresenta, em forma de instrução e prescrição, as qualificações
dos diáconos. São listados cerca de 9 requisitos “necessários” que não são
meramente caprichos do apóstolo. Para propiciar uma melhor visão didática,
essas qualificações individuais e familiares, podem ser agrupadas sob os
seguintes aspectos/segmentos: “caráter/temperamento”,
“comportamento/hábito”,
e, “situação conjugal e familiar”. Portanto, cada diácono deve atender a essas
qualificações, sendo que em algumas delas precisará contar com a colaboração da
família (esposa e filhos).
Apresentamos,
a seguir, as 9 qualificações vinculadas a seus respectivos segmentos. Ainda que
tecnicamente alguma qualificação possa ser mais bem enquadrada em outro
segmento, o mais importante, sem dúvida, é entender o significado de cada uma
delas e que esta instrução bíblica seja praticada na igreja. O assunto é muito
extenso, mas será abordado aqui de forma sucinta. Os textos bíblicos seguem a
versão Almeida Revista e Atualizada (ARA).
I.
CARÁTER/TEMPERAMENTO
Considera-se
aqui o “jeito de ser” da pessoa.
1
|
Qualificação:
|
“é necessário que sejam respeitáveis”
(1Tm 3.8)
|
Significado:
|
Respeitável → Digno de respeito,
apreço,
atenção,
consideração, acatamento.
|
Comentário: Já diziam os antigos que respeito não
se impõe, se conquista; e não é uma conquista fácil. Como? Com atitudes
coerentes, falando e fazendo a coisa certa, da forma certa e na hora certa. Em
outras traduções, “que sejam honestos”, “que sejam sérios”. Esta seriedade não
tem nada a ver com ser uma pessoa sempre fechada e sisuda; indica a reverência
com que se deve tratar os anciãos, por exemplo. Entretanto, a pessoa que não se
valoriza, que está sempre fazendo criancices, é imatura, que não tem controle e
domínio de si e dos seus atos, vai ter dificuldade para conquistar esse
respeito. O ofício diaconal requer pessoas maduras, capazes de entender e
atender o que a pessoa necessita e não, necessariamente, o que a pessoa pede. O
diácono precisará ter discernimento e sabedoria para lidar com “pedintes
profissionais” que chegam até eles com as mais criativas estórias.
2
|
Qualificação:
|
“de uma só palavra” (1Tm 3.8)
|
Significado:
|
Ver comentário abaixo.
|
Comentário: Eis aqui uma qualificação bastante
interessante. É rotina do ofício de diácono tratar com pessoas, mediar
situações entre partes em conflito, distribuir recursos destinados à ação
social sendo o intermediário entre os recursos disponibilizados e os destinatários
necessitados etc etc. Assim sendo é mandatório para este ofício que o diácono
seja íntegro, honesto e franco no falar, homem “de uma só palavra” ou homem de
palavra. Em hipótese alguma é admissível que ele tenha favoritismos e
predileções, tratando os iguais de forma desigual, favorecendo a uns em
detrimento de outros. Ele não pode dizer uma coisa para um, e outra coisa para
o outro; a verdade tem que ser única na sua boca. Por falar nisso, em muitos
casos ele precisará ser discreto, sigiloso e confiável, não comentando os
problemas das pessoas atendidas por ele.
II.
COMPORTAMENTO/HÁBITO
Considera-se
aqui o “modo de agir, de proceder” da pessoa.
3
|
Qualificação:
|
“irrepreensível” (1Tm 3.10)
|
Significado:
|
Que não dá motivo à repreensão ou censura.
|
Comentário: Excelente “carro chefe” nas duas
listas de qualificações, pois supre facilmente algum requisito que porventura o
apóstolo Paulo tenha deixado de mencionar. Irrepreensível não quer dizer
perfeito, pois perfeito é atributo somente do Senhor Deus. Irrepreensível é
aquele que as pessoas, de dentro ou de fora da igreja, não tenham pecado para
apontar, pois não vive na prática do pecado (1Jo 3.9). No caso de diáconos
aparece esta novidade: “Também sejam estes primeiramente
experimentados; e, se se mostrarem irrepreensíveis, exerçam o diaconato.” (1Tm
3.10). Aquela mesma ideia de que não devem ser neófitos, novos
convertidos, aparece também aqui. Os diáconos têm a responsabilidade de manter
a ordem nos cultos. Assim sendo, precisam ter autoridade espiritual pois,
eventualmente, precisarão atender casos de possessão demoníaca, dentre outros.
Presbíteros e diáconos não são escolhidos pela igreja, são escolhidos por Deus
e reconhecidos pela igreja. Para que sejam reconhecidos, a igreja precisa
avaliar o trabalho que já estão fazendo e não se iludir com o suposto potencial
que, teoricamente, aparentam possuir.
4
|
Qualificação:
|
“não inclinados a muito vinho,” (1Tm
3.8)
|
Significado:
|
Não dominado por bebida alcoólica.
|
Comentário: Cada país tem suas tradições e
bebidas típicas. No Brasil, a caipirinha; no México, a Tequila; na Alemanha, a
cerveja; na Rússia, a vodca; etc. Naquela época e região, o vinho tinha os seus
apreciadores. Vale lembrar que o apóstolo não desqualificou quem bebia vinho,
mas sim quem não se dominava no seu consumo. Particularmente, nunca fui chegado
a bebidas alcoólicas e nunca fui fã da expressão “beber socialmente” como
hábito de um cristão (Pv 23.31-35). Um pouco de vinho, com baixo teor
alcoólico, consumido eventualmente nas refeições, tem até seus benefícios
medicinais (1Tm 5.23). Entretanto, para quem tem tendência ao alcoolismo, basta
começar para não mais conseguir parar. Combate-se acertadamente o fumo, porém a
bebida patrocina quase tudo. Assim, infelizmente, as estatísticas do alcoolismo
crescem no mundo inteiro.
5
|
Qualificação:
|
“não cobiçosos de sórdida ganância,”
(1Tm 3.8)
|
Significado:
|
Avareza → desejo e apego
exagerado de acumular riquezas.Avarento → que não dá,
mesquinho.
|
Comentário: A avareza é pecado (Mt 6.24); ter
dinheiro e ser rico não. O problema não é o dinheiro e sim o amor e apego a ele
(1Tm 6.17). Se ele for avarento, o foco da sua vida será cada vez acumular mais
dinheiro e deleitar-se com os prazeres que este pode comprar (Pv 23.4-5; 1Tm
6.10). Entretanto, se ele não for apegado ao dinheiro, poderá dispor de mais
tempo para servir ao Senhor, dedicar-se mais ao rebanho de Deus e a todos os
desafios e projetos da igreja.
6
|
Qualificação:
|
“conservando o mistério da fé com a
consciência limpa.” (1Tm 3.9)
|
Significado:
|
Ver comentário abaixo.
|
Comentário: Além de regenerado, é claro, ele deve
ser: um fiel seguidor do Senhor Jesus Cristo; guardar no coração e obedecer a
Palavra de Deus, para não pecar; conhecer e praticar a sã doutrina bíblica;
enfim, guardar e viver a fé cristã. Deve estar sempre pronto a testemunhar de
sua fé e evangelizar, tendo em mente os lindos exemplos deixados nas Escrituras
pelos diáconos Estêvão (At 6.8 a 7.60) e Filipe (At 8.5-40). Sua consciência não
deve acusá-lo, muito menos os de dentro ou os de fora da igreja. Deve
demonstrar idoneidade e transparência na administração dos recursos
disponibilizados pela igreja.
III.
SITUAÇÃO CONJUGAL E FAMILIAR
Considera-se
aqui a “vida familiar” da pessoa.
7
|
Qualificação:
|
“seja marido de uma só mulher” (1Tm
3.12)
|
Significado:
|
Ver comentário abaixo.
|
Comentário: Esta qualificação pode ser
interpretada pelo menos de três maneiras:
1ª)
Que, obrigatoriamente, ele terá que ser um homem casado (com uma mulher, naturalmente).
2ª)
Que, em toda a sua vida, ele tenha sido casado com apenas uma mulher, isto é,
que não tenha casado outras vezes.
3ª)
Que ele não pode ser poligâmico, pois em algumas sociedades e culturas isso era
e ainda é uma situação legalmente permitida.
Qual
das três é a interpretação correta?
O
texto bíblico não favorece uma resposta conclusiva. É desejável que ele seja
casado e aplique na igreja a maturidade e experiência da liderança do seu lar.
Mas, um homem viúvo, que vive só, também pode ser igualmente útil. Será que um
homem viúvo, ao contrair novas núpcias, perderia a qualificação para o
diaconato? Quanto ao solteiro, nada é referido explicitamente, a favor ou
contra. Quanto ao homem ser casado simultânea e legalmente com mais de uma
esposa, parece não ser esse o propósito de Deus, quando instituiu o casamento
(Gn 2.24), o que Jesus ratificou (Mt 19.5). Quanto ao homem divorciado, que
vive só ou casou-se outra vez, a situação não é muito simples de avaliar. Há
alguns anos atrás, muitas igrejas não realizavam casamento de cônjuge
divorciado. Dizia-se, também, que homem divorciado não deveria assumir posição
de liderança na igreja, por uma questão de não viver uma situação exemplar.
Tomavam como base as várias referências bíblicas de que o líder tem que ser
modelo para o rebanho (1Pe 5.3; 1Tm 4.22; Fp 3.17). O assunto é muito complexo
e não é nosso objetivo tratar dele aqui. Neste final dos tempos, em que há
tanto desprezo pela Palavra de Deus e aceitação dos usos e costumes de uma
sociedade pagã, que o Senhor nos ilumine e nos dê uma consciência tal que não
sejamos irresponsáveis e permissivos, nem legalistas e injustos.
8
|
Qualificação:
|
“Da mesma sorte, quanto a mulheres, é
necessário que sejam elas respeitáveis, não maldizentes, temperantes e fiéis
em tudo.” (1Tm 3.11)
|
Significado:
|
Ver comentário abaixo.
|
Comentário: Este versículo tem sido motivo de
muita polêmica, sendo que para uns, está aqui em foco as esposas dos diáconos
e, para outros, as qualificações resumidas das diaconisas. Minha posição
pessoal se alinha com os que consideram aqui as qualificações resumidas das
esposas dos diáconos e, portanto, suas auxiliadoras idôneas.
Os
argumentos são os seguintes:
1º)
Várias traduções da Bíblia já adotam esta posição, pois no grego “gunê”
é traduzido por mulher (Mt 5.28) ou por esposa (Mt 5.31,31; 14.3). “Suas esposas
devem ser cuidadosas….” (A Bíblia Viva – Mundo Cristão); “A esposa do
diácono também deve ser….” (NTLH – SBB); etc.
2º)
O ofício de diácono, desde sua origem (At 6), representa uma delegação de
autoridade mas continua sendo exercício de governo na igreja, o que
biblicamente é sempre de responsabilidade do homem (princípio divino de
autoridade de gênero), o cabeça da mulher. Prova de que o diaconato exerce
governo delegado pelo presbiterato é a qualificação de “governo” expressa no
versículo 12.
3º)
Se o apóstolo quisesse apresentar as qualificações de diaconisa ele seria mais
claro e não se limitaria a uma lista tão resumida e inexpressiva.
4º)
Não faz qualquer sentido o apóstolo, que é tão sistemático, começar a
apresentar as qualificações dos diáconos, interromper para falar de diaconisas,
em um minúsculo e brevíssimo versículo (v.11), e depois, continuar com sua
apresentação. Por outro lado, faz todo o sentido ele falar do diácono
(vv.8-10), de sua esposa (v.11) e de sua relação familiar (v.12).
5º)
É razoável que as esposas dos diáconos sejam mencionadas aqui pois sua
cooperação no ministério do marido era e sempre será de grande valor. Vale
ressaltar aqui que repudiamos qualquer favorecimento de conceito machista ou
feminista na interpretação bíblica. Também não podemos aceitar que qualquer
igreja ou denominação se atreva a distorcer o texto bíblico na tentativa de
fundamentar suas decisões. Se quiser seguir modelos ou costumes do mundo pagão,
a título de “evolução e modernidade”, que o faça e assuma os riscos e
consequências, mas, por favor, não coloque a Bíblia nisso!
9
|
Qualificação:
|
“governe bem seus filhos e a própria
casa.” (1Tm 3.12)
|
Significado:
|
Ver comentário abaixo.
|
Comentário: Biblicamente, a responsabilidade
maior do “governo” do lar é do homem; assim aprendemos e assim praticamos.
Obviamente, que essa não é uma tarefa a ser exercida pelo homem de forma
isolada, solitária e autoritária. Antes, porém, deverá ser exercida com sabedoria
e com todo o apoio de sua esposa, sua auxiliadora idônea. Então, mais uma vez
estamos diante de uma qualificação que é exigida dele, mas que depende
essencialmente dela, da esposa, e também dos filhos. O texto é de fácil
entendimento e a lógica é simples. Quem demonstra estar governando bem a sua
casa, terá grande probabilidade de fazer um bom trabalho no governo da igreja,
na área da diaconia. Quem no seu juízo perfeito colocaria uma pessoa toda
atrapalhada na sua vida pessoal para gerenciar o seu negócio?
Concluímos
esta sucinta abordagem com as seguintes considerações:
a)
O texto termina com o seguinte versículo: “Pois os que desempenharem
bem o diaconato alcançam para si mesmos justa preeminência e muita intrepidez
na fé em Cristo Jesus.” (2Tm 3.13). Nenhum servo de Deus, fiel e leal
ao seu Senhor, faz o seu serviço buscando glória e honra para si mesmo, senão
para o seu Senhor. Entretanto, o seu serviço e dedicação não ficarão
esquecidos, diante de Deus e dos homens. Cabe aqui um alerta: diácono não é
trampolim para presbítero! Cada ofício tem suas peculiaridades e algumas
qualificações distintas. Alguns erros fundamentais têm sido cometidos na
tentativa de premiar um diácono operoso “promovendo-o” a presbítero.
b)
É difícil imaginar alguém que esteja cem por cento dentro deste padrão. Não é
por isso que vamos agora ficar discutindo com a Bíblia ou com o apóstolo Paulo
sobre o assunto. Padrão é meta, é desafio. Não é o caso também de desprezarmos
o padrão bíblico e adotarmos nossos próprios critérios. A Bíblia é a nossa
única e infalível regra de fé e prática.
c)
Se eu e você achamos difícil reconhecer um homem cristão que atenda a todas
essas prescrições, não fique perplexo se eu te afirmar que todo cristão, e não
exclusivamente os diáconos, deveriam ter estas qualificações! Ou você acha que
só os diáconos precisam ser respeitáveis, não avarentos, não dados a bebidas
alcoólicas etc e os demais cristãos podem? Todos temos o desafio de viver de
forma irrepreensível. Não é o que o Senhor Jesus diz? “Portanto, sede
vós perfeitos como perfeito é o vosso Pai celeste.” (Mt 5.48)
d)
Não custa lembrar que, biblicamente, não é a igreja quem escolhe diáconos!
O processo é o seguinte:
1º)
Deus os escolhe, os constitui (vocação e chamado).
2º)
O homem cristão, regenerado, faz a obra.
3º)
A igreja reconhece aquele que está fazendo a obra, sob a
orientação do Senhor.
e)
Quando a exigência é pouca e as qualificações bíblicas são desconsideradas, o
nível da liderança é fraco e a igreja sofrerá as consequências. É como diz o
provérbio popular, aqui adaptado: “Cada igreja tem o governo que merece.”
Finalmente,
irmãos se alguém aspira ao diaconato, excelente obra almeja, então deve se
empenhar para atender ao padrão prescrito na Palavra de Deus. Por outro lado,
irmãos, vamos observar o jeito de ser da pessoa, seu modo de agir, sua
capacidade de realização a partir do que a pessoa já vem realizando e, sua vida
familiar, ao reconhecer diáconos na igreja de Deus!
Que
o Senhor nos ajude!
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.