quarta-feira, 12 de setembro de 2018

PRESBITEROS E DIÁCONOS


Presbíteros e Diáconos: o que são e o que fazem?
Com o crescimento e a expansão da igreja, no primeiro século, surgiram múltiplas necessidades relacionadas com a organização, a edificação, a evangelização e a beneficência. Sob a direção do Espírito Santo, os apóstolos promoveram, em Jerusalém, a eleição de diáconos; depois, constituíram presbíteros em cada cidade onde se estabeleceram as novas igrejas (cf. At 6.1-7; 14.22-23; Tt 1.5).
Com a bênção de Deus, crescem também as igrejas nos tempos atuais. As exigências do ministério se multiplicam. Dessa maneira, temos necessidade de presbíteros, de diáconos e da cooperação de todos os membros. Ser Presbítero ou Diácono de uma igreja é um grande privilégio, mas também uma grande responsabilidade. Vejamos esses ofícios à luz da Palavra de Deus.

Os termos “presbíteros”, “bispos” e “diáconos”
“Presbíteros” e “bispos” ocorrem paralelamente no Novo Testamento e se referem aqueles líderes espirituais de cujo ministério e conduta deriva o bom governo da igreja. O próprio testemunho cristão da igreja está intimamente conectado à sua liderança.
·         Presbítero vem do grego presbiterós, que quer dizer ancião. O costume de escolher homens mais experimentados para ajudar na liderança do povo de Deus remonta à época em que Moisés nomeou setenta anciãos para ajudá-lo na condução do povo de Israel, no deserto (cf. Nm 11.15-17). Posteriormente, no Judaísmo, cada Sinagoga veio a ter os seus anciãos. Eles presidiam a congregação, repreendiam e disciplinavam quando necessário, conciliavam os inimigos, exerciam a supervisão material e espiritual.
·         Bispo vem do grego episcopos e significa supervisor, superintendente (1Tm 3.1-2). 
·         Diácono vem do grego diakonos e significa ministro ou servo. Diakonia, um termo que aparece mais vezes no Novo Testamento, significa serviço, ministério. Não se refere apenas ao ministério hoje atribuído aos nossos diáconos. Paulo descreve Epafras como diakonos ou “ministro de Cristo” (cf. Cl 1.7) e a si mesmo como diakonos ou ministro do Evangelho e da igreja (cf. Cl 1.23,25). Entretanto, o relato, em At 6, sobre a escolha de 7 homens aprovados para supervisionarem a administração do fundo para as viúvas, é comumente tomado como a instituição formal do diaconato. Este é o primeiro exemplo de entrega de responsabilidades administrativas e sociais a homens dotados de caráter e dons apropriados. Mais tarde, aquela prática se tornou um procedimento típico nas igrejas cristãs.

A excelente obra do presbiterato
Paulo escreveu a Timóteo: “Se alguém aspira ao episcopado, excelente obra almeja” (cf. 1Tm 3.1). Alguém poderia perguntar: Afinal, que obra excelente é essa? Pois bem, seguem algumas indicações:
(a) Pastorear o rebanho juntamente com o pastor local, que também é presbítero (cf. At 20.17-18; 1Pe 5.1-3).
(b) Ensinar a Palavra de Deus (cf. 1Tm 3.2; 5.17).
(c) Refutar e repreender os que contradizem a Verdade (cf. Tt 1.9,11).
(d) Governar, presidir, liderar a igreja de Deus (cf. 1Tm 3.4-5; 5.17).
(e) Orar juntamente e pelos doentes, visitando aqueles que necessitam de acompanhamento direto (cf. Tg 5.14).

Com respeito as funções dos presbíteros, eles devem:
“… corrigir ou admoestar os faltosos; auxiliar o pastor no trabalho de visitas; instruir os neófitos (novos convertidos); consolar os aflitos; cuidar da infância e da juventude; orar com os crentes e por eles; informar o pastor dos casos de doenças e aflições; distribuir os elementos da Santa Ceia; tomar parte na ordenação de ministros e oficiais.

A excelente obra do diaconato
Com base em Atos 6, os diáconos cuidam da beneficência da igreja, um trabalho tão importante e difícil, que o texto menciona a necessidade de serem os diáconos “homens de boa reputação, cheios do Espírito e de sabedoria” (v 3). Estêvão, um daqueles primeiros 7 diáconos, era “homem cheio de fé e do Espírito Santo” (v.5). Alguns diáconos receberam também o dom da profecia e/ou do ensino, e o talento natural para discursar, de modo que, além da beneficência, exerciam também o ministério da Palavra. Aquele foi o caso de Estêvão (At 6.8-7.53) e de Filipe (At 8.5s).
As funções do diácono da seguinte forma:
“O diácono é o oficial eleito pela igreja e ordenado pelo Conselho para, sob a supervisão deste, dedicar-se especialmente:
(a) à arrecadação de ofertas para fins piedosos;
(b) ao cuidado dos pobres, doentes e inválidos;
(c) à manutenção da ordem e reverência nos lugares reservados ao serviço divino;
(d) exercer a fiscalização para que haja boa ordem na Casa de Deus e suas dependências”.

Nota-se a seriedade e comprometimento necessários para o bom desempenho do diaconato.

As qualificações necessárias para os Presbíteros e Diáconos
Em 1Pe 5.1-3, vemos que os presbíteros (incluindo os pastores) devem ser “modelos do rebanho”. Os diáconos, conforme observamos em At 6.3-5, devem ser “homens cheios do Espírito Santo e de sabedoria… e de fé”. Também, Paulo, em 2Tm 2.2, fala de “homens fiéis e idôneos”. O mesmo apóstolo, nas duas passagens mais conhecidas sobre presbíteros e diáconos, enumera cerca de vinte qualificações que esses oficiais precisam ter (cf. 1Tm 3.1-12 e Tt 1.5-9). São elas:
·         Irrepreensível
·         Esposo de uma só mulher
·         Bom chefe de família
·         Hospitaleiro
·         Temperante
·         Sóbrio
·         Modesto
·         Não dado ao vinho
·         Não violento
·         Cordato
·         Inimigo de contendas
·         Não avarento
·         Apto para ensinar
·         Não seja neófito (novo na fé e sem maturidade espiritual)
·         Bom testemunho dos de fora
·         Piedoso
Dessa maneira, a fim de nos prepararmos como igreja para a eleição vindoura de presbíteros e diáconos, estudemos cada uma destas virtudes, consideremos os nomes dos irmãos que mais se qualificam para o exercício desses oficialatos, oremos por eles e pela igreja e votemos com a consciência clara de estarmos cumprindo as exigências da Palavra do Senhor. Consideremos ainda que as virtudes necessárias aos presbíteros e diáconos não se restringem aos líderes, mas a cada membro da igreja que deseja glorificar o Senhor Jesus por meio do testemunho cristão.


Qualificações bíblicas do diácono
(1Tm 3.8-13)

Depois de elencar as virtudes que devem ornar a vida do presbítero, o apóstolo Paulo passa a falar dos atributos do diácono (1Tm 3.8-13). Muitas das qualificações do diácono são as mesmas do presbítero. O diácono, diákonos, é o servo que coopera com aqueles que se dedicam à oração e ao ministério da palavra. Os primeiros diáconos foram nomeados assistentes dos apóstolos. Há dois ministérios na igreja: a diaconia das mesas (At 6.2,3) e a diaconia da palavra (At 6.4); a ação social e a pregação do evangelho. O ministério das mesas não substitui o ministério da palavra, nem o ministério da palavra dispensa o ministério das mesas. Nenhum dos dois ministérios é superior ao outro. Ambos são ministérios cristãos que exigem pessoas espirituais, cheias do Espírito Santo para exercê-los. A única diferença está na forma que cada ministério assume, exigindo dons e chamados diferentes. Que são as qualificações do diácono?

Em primeiro lugar, o diácono precisam ser um homem respeitável (1Tm 3.8a). 
“Semelhantemente, quanto a diáconos, é necessário que sejam respeitáveis…”.
O diácono precisa ser um homem digno de respeito, de caráter impoluto, de vida irrepreensível, de conduta ilibada.

Em segundo lugar, o diácono precisa ser um homem de uma só palavra (1Tm 3.8b). 
“… de uma só palavra…”. O diácono precisa ser um homem verdadeiro, íntegro em suas palavras e consistente em sua vida. Não é um boateiro, dado a mexericos. Não diz uma coisa aqui e outra acolá. Não é maledicente nem joga uma pessoa contra a outra. Tem peso em suas palavras. É absolutamente confiável no que diz.

Em terceiro lugar, o diácono não pode ser um homem inclinado a muito vinho (1Tm 3.8c). 
“… não inclinados a muito vinho…”. O diácono deve ser cheio do Espírito (At 6.3)
e não cheio de vinho (Ef 5.18).
Quem é governado pelo álcool não pode administrar a casa de Deus. A embriaguez e o serviço sagrado não podem caminhar juntos.

Em quarto lugar, o diácono não pode ser um homem cobiçoso de sórdida ganância (1Tm 3.8d). 
“… não cobiçosos de sórdida ganância”.
O diácono lida com as ofertas do povo de Deus e administra os recursos financeiros da igreja na assistência aos necessitados. Não pode cobiçar o que deve repartir. Não pode desejar para si o que deve entregar para os outros.

Em quinto lugar, o diácono precisa ser um homem íntegro na doutrina e na vida (1Tm 3.9). 
“Conservando o mistério da fé com consciência limpa”.
O termo “mistério” significa “verdades outrora ocultas, mas agora reveladas por Deus”. O diácono precisa compreender a doutrina cristã, crer na doutrina cristã e viver a doutrina cristã. Sua vida, sua família e seu ministério precisam ser pautadas pela palavra de Deus.

Em sexto lugar, o diácono precisa ser um homem provado e experimentado (1Tm 3.10). 
“Também sejam experimentados; e, se se mostrarem irrepreensíveis, exerçam o diaconato”.
Os candidatos ao diaconato precisam ser primeiramente experimentados, passando por tempo probatório. O treinamento precede à escolha e à ordenação. Primeiro a prova, depois o exercício do ministério.

Em sétimo lugar, o diácono é um homem recompensado por Deus (1Tm 3.13). 
“Pois os que desempenharem bem o diaconato alcançam para si mesma justa preeminência e muita intrepidez na fé em Cristo Jesus”.
Jesus foi o diácono por excelência. Ele não veio para ser servido, mas para servir. Nunca somos tão grandes como quando servimos. No reino de Deus maior é o que serve. No reino de Deus quem tem preeminência não são aqueles que os homens exaltam, mas aqueles a quem Deus enaltece.


As qualificações de um presbítero
Das quinze qualificações exigidas para um homem ocupar presbiterato da igreja, apenas uma tem a ver com a habilidade de ensino. Os requisitos para se ocupar uma posição de liderança na igreja exigem excelência moral mais que intelectual. As qualificações estão relacionadas com a personalidade, o caráter e o temperamento da pessoa (1Tm 3.2-7). São uma espécie de catálogo de virtudes em contraposição ao catálogo de vícios descritos em 2Timóteo 3.2-5. Destacaremos algumas áreas importantes que devem ser observadas, quando da escolha da liderança espiritual da igreja.

Área familiar
Dois pontos merecem destaque:
O presbítero precisa ser marido de uma só mulher (3.2). “É necessário, portanto, que o bispo seja […] esposo de uma só mulher…”. O que essa afirmação significa? Há três coisas que não significam: Não significa que um homem solteiro esteja impedido de exercer o presbiterato. Também não significa que um homem que ficou viúvo e casou-se novamente esteja impedido de ser presbítero. Finalmente, não significa que um homem divorciado, cujo divórcio ocorreu por infidelidade ou abandono do cônjuge, esteja impedido de exercer esse sagrado ministério. Em outras palavras, um presbítero não pode ser um polígamo nem um adúltero.
O presbítero precisa liderar sua casa (3.4,5). “E que governe bem a sua própria casa, criando os filhos sob disciplina, com todo o respeito (pois, se alguém não sabe governar a própria casa, como cuidará da igreja de Deus?)”. O primeiro rebanho do presbítero é sua família. Se ele fracassa em cuidar da sua casa está desqualificado para cuidar da casa de Deus. Se não cria os filhos no temor do Senhor, fica prejudicado para exortar os filhos dos demais crentes. Se os próprios filhos não lhe obedecem nem respeitam, dificilmente sua igreja o obedecerá e respeitará sua liderança.

Área financeira
O presbítero não pode ser um homem avarento (3.3). “… não avarento”. A avareza é o apego ao dinheiro. É amar o lucro mais do que a Deus. É estar apegado ao dinheiro mais do que ao ministério. É lidar com as pessoas interessado nos bens que elas possuem em vez de lutar pelo bem das pessoas.

Área dos relacionamentos interpessoais
Quatro coisas devem ser aqui destacadas:
O presbítero não pode ser violento (3.3). “… não violento”. Um presbítero é um pastor que busca as ovelhas para apascentá-las e não para golpeá-las. Um presbítero não pode agredir as pessoas com palavras nem com atitudes. Não pode ser rude com as ovelhas. O presbítero é alguém que atrai as pessoas pela sua doçura e graça. As pessoas correm para ele na hora da aflição.
O presbítero precisa ser cordato (3.3). “… cordato”. Uma pessoa cordata luta pela paz. É um pacificador. É um construtor de pontes e não um cavador de abismos. Não espalha boatos, mas promove reconciliação. Não atiça o fogo da contenda, mas apaga as chamas da malquerença.
O presbítero precisa ser inimigo de contendas (3.3). “… inimigo de contendas”. Não basta ao presbítero não criar contendas; ele não pode ser passivo diante delas. O líder cristão é inimigo de contendas. É um homem engajado na promoção da paz. Suas palavras e suas atitudes são cuidadosamente pensadas para não colocar uma pessoa contra a outra.
O presbítero precisa ser hospitaleiro (3.2). O presbítero deve ter o coração aberto, o bolso aberto e a casa aberta. Tem prazer em receber as pessoas em sua casa e ajudá-las em suas necessidades.

Área da reputação pessoal
Duas virtudes são aqui mencionadas:
O presbítero precisa ser irrepreensível (3.2). “É necessário, portanto, que o bispo seja irrepreensível…”. O catálogo de virtudes do presbítero começa com um requisito que a tudo abrange. Uma pessoa irrepreensível é aquela que não apresenta nenhum defeito óbvio de caráter ou de conduta, na sua vida passada ou presente, que os maliciosos, seja dentro, seja fora da igreja, possam explorar para desacreditá-lo. Trata-se daquela pessoa que não está exposta a ataque ou censura. Uma pessoa irrepreensível não é a mesma coisa que uma pessoa perfeita; trata-se de alguém que tem uma vida coerente no lar, na igreja, no trabalho, na sociedade. É um homem que não tem vida dupla. É uma pessoa plenamente confiável, inexpugnável. Os inimigos podem assacar contra o presbítero toda sorte de acusações, mas ele sairá ileso, pois não apenas tem uma boa reputação, mas também a merece.
O presbítero precisa ter bom testemunho dos de fora (3.7). “Pelo contrário, é necessário que ele tenha bom testemunho dos de fora, a fim de não cair no opróbrio e no laço do diabo”. Embora o presbítero exerça seu ministério entre os domésticos da fé, seu testemunho transborda para além das fronteiras da igreja. Sua vida fora dos portões não é diferente daquela vivida dentro da família e da igreja.

Área do domínio próprio
Destacamos aqui quatro virtudes:
O presbítero precisa ser temperante (3.2). “… temperante”.
O presbítero precisa ser sóbrio, atento, vigilante. A temperança tem a ver com o domínio de seus impulsos tanto na área sexual como em relação à bebida alcoólica.

O presbítero precisa ser sóbrio (3.2). “… sóbrio”.
O presbítero precisa ser prudente, sensato e disciplinado. A sobriedade é a aquela virtude em que o homem se coloca acima das paixões e desejos e tem completo domínio sobre os desejos sensuais. Refere-se a seus gostos e hábitos físicos, morais e mentais.

O presbítero precisa ser modesto (3.2). “… modesto”.
O presbítero precisa ser honesto e decoroso. É o homem em quem se unem força e beleza. Um homem modesto é despojado de vaidade, avesso à soberba.

O presbítero precisa ser controlado quanto à bebida alcoólica (3.3). “Não dado ao vinho…”.
Um presbítero não pode ser um beberrão. A embriaguez não combina com o pastoreio. O álcool entorpece a mente e dificulta a faculdade de julgamento. Portanto, ensinar a palavra e ser dado ao vinho são duas coisas que não andam de mãos dadas.

Área da maturidade espiritual
O presbítero não pode ser um homem neófito (3.6). “Não seja neófito, para não suceder que se ensoberbeça e incorra na condenação do diabo”.
Um presbítero não poder ser um novo convertido, imaturo na fé. Precisa ser alguém sólido da fé, firme na doutrina e experimentado na vida. A imaturidade espiritual é o portal da soberba e a soberba é o solo escorregadio onde o diabo derruba muitos líderes.

Área pedagógica
O presbítero precisa ser apto para ensinar (3.2). “… apto para ensinar”.
A palavra grega didaktikos, traduzida por “apto para ensinar” significa habilidade e aptidão para ensinar.
O presbítero precisa ser um homem que se afadigue na Palavra e no ensino (5.17). O presbítero é um mestre, que ensina o significado da verdade cristã. É em estudioso que se esmera tanto no estudo como no ensino. E ensina tanto pela palavra como pelo exemplo. Ensina com palavras e também como por obras.


Requisitos básicos para diáconos

O que significa a palavra Diácono?
No grego é servo, assistente, e isto não nos priva de pregar o Evangelho em público, pois dois deles que foram escolhidos para serem diáconos foram pregadores e evangelistas. São eles Estevão e Felipe.

Os requisitos para ser diácono (1º Timóteo 3:8):
SER HONESTO (honrado), casto, que quer dizer que observa a castidade, reto no proceder.

NÃO DE LÍNGUA DOBRE, isto é, não ser fingido, não ser traiçoeiro, que ilude as duas partes.

NÃO DADO A MUITO VINHO. O vinho é bebida alcoólica Pv.20:1.

NÃO COBIÇOSOS, isto é, cheio de cobiças, pois isto levanta contendas.

NÃO TORPE, vergonhosos, obsceno e indecente.

NÃO GANANCIOSOS. Ganho ilícito, muito juros.
1º Timóteo 3:9 “guardando o ministério da fé; sete vocábulo nas escrituras nunca significa somente uma coisa estranha, mas um segredo revelado ou Colossences 1:26 e 27.
1º Timóteo 3:10 diz: “E também estes primeiros provados depois sirvam… “Provados é: que tenham demonstrado experiência na obra. Por exemplo: na oração, não ser tímido, mas cheio do poder de Deus”.

IRREPREENSÍVEL: que não da lugar a repreensão ou a censura. (I Timóteo 3:12) “Os diáconos sejam maridos de uma só mulher, isto é, no tempo da lei os homens possuíam mais de uma mulher, por esse motivo o apóstolo Paulo deu esta advertência”. …E governa bem seus filhos e suas próprias casas. (I Timóteo 3:12b). Governar é dirigir, administrar, reger, conduzir com autoridade, ordenar. Governar os filhos: trazê-los sob sua sujeição, isto é, quebrar a vontade dos filhos, principalmente enquanto menores” não ser durão e sim ter autoridade, amá-los. (Efésios 6:4).
(I Timóteo 3:13) “Porque os que servirem bem como diáconos adquirirão para si uma boa posição… “Posição: lugar de destaque, classe, lugar que não são todos que possuem. “…e muita confiança na fé que há em Cristo Jesus”. (I Timóteo 3:13b).

MUITA CONFIANÇA: significa crédito, isto é, confiança na fé que há em Cristo Jesus (pessoas desesperadas que nos procuram para orar por eles)
Paulo, o apóstolo, aplicou nos seus ensinamentos a mesma base dos primeiros apóstolos (Atos 6:1 a 7).

Estevão sendo Diácono, não estava impedido de pregar o Evangelho. Nós também devemos ter esta fé e poder. Ninguém nos obriga a pregar o Evangelho, mas se sentimos desejo de pregar o Evangelho, sendo Diáconos nada impede, porque Felipe pregou também. Atos 8:29 a 35.

Devemos ser humildes e simples, (Mateus 11:29; Romanos 16:19). Devemos pensar sempre que fomos chamados para servir, e não ser servidos, servir a Jesus, (João 12:25 e 26). O perigo de servir o homem (I Coríntios 3:4 e 5).

Os mesmos requisitos que se exige dos Diáconos é exigido também dos Pastores (I Timóteo 3:1 a 7). Agora para as Diaconisas: (I Timóteo 3:11) “da mesma sorte as mulheres sejam honestas, não maldizentes, sóbrias e fiéis em tudo”. Honestas: honradas, retas no seu proceder, não maldizentes: que costumam dizer mal dos outros; sóbrias: são mulheres que se caracterizam pela exclusão do luxo, dos excessos de ornamentos (I Tessalonicense 5:6 a 8): fiéis em tudo: que cumpre aquilo que se obrigou. Servindo assim, somos guardados pelo Senhor (Salmo 31:23 a 24).

Temos que ser o exemplo dos fiéis. (I Timóteo 4:12b), nos diz: “mas sê o exemplo dos fiéis, na palavra…”, quer dizer ter bons conhecimentos da Palavra de Deus e com nossas próprias palavras (Salmo 19:14 e Salmo 4:6).
… no trato… nosso modo de proceder com os outros (Tiago 3:13).
… na caridade… este é o Dom do amor, é ter afeição profunda, afeto, compaixão (Romanos 12:9 e 10).
… no espírito… isto é, fervoroso no Espírito (Romanos 12:11).
… na fé … isto é, na fé em Cristo Jesus. Porque sem fé é impossível agradar a Deus (Hebreus 11:6).

Introdução
Testemunha-se hoje um renovado interesse pela Diaconia Cristã e suas implicações para a igreja e a sociedade. A responsabilidade social está em voga nas diferentes áreas da sociedade, inclusive na iniciativa privada. Empresas descobrem os aspectos sociais de sua atuação junto a seus funcionários e à comunidade.
Cresce no meio cristão a consciência de que a diaconia é crucial para a fé, a vida e a missão da igreja. Muitas vezes um tema negligenciado e mal compreendido no pensamento e na prática cristã, o serviço cristão cada vez mais tem sido entendido como inseparável da essência da igreja, a continuação no mundo da vida de ADORAÇÃO da comunidade.
Por esta razão, a diaconia deve ser legitimada não somente como uma função cristã, mas como o MODO DE SER da igreja.
Muitas igrejas, no entanto, não consideram este tema como prioritário em sua agenda. Uma boa ilustração dessa atitude pode ser vista no empobrecimento do ofício do diaconato em nossas comunidades. Em muitas igrejas, os diáconos limitam-se a atividades tais como auxiliar a manutenção da ordem durante os cultos e recolher as contribuições dos fiéis sem qualquer reflexão bíblico-teológica sobre seu papel no culto.
Todavia, por ser um conceito central nas Escrituras, na Ética e na Teologia, a Diaconia Cristã deve ter alta prioridade na vida e no testemunho da igreja. Os diáconos, na igreja do primeiro século, eram oficiais responsáveis pela assistência social aos pobres além de versados na fé cristã.

Definições
A palavra diácono vem da palavra grega diákonos, (δια´Κoνoς), que é encontrada cerca de 30 vezes no Novo Testamento. Diákono significa: servo, serviçal, garçom, atendente ou servente. É uma palavra composta que também significa “fazer a poeira subir”.
A imagem é de alguém que está se movendo tão rapidamente para cumprir suas obrigações, que seus pés, quando passa, fazem a poeira levantar e rodopiar. Havia tanto para os diáconos fazerem que eles não podiam parar, nem conversar trivialidades, nem se demorar muito em suas funções.
Palavras semelhantes são diakonia (ministério ou diaconato) e diakoneo(servir ou ministrar). A mesma palavra descreve empregados e obreiros voluntários. A ênfase bíblico-teológica, no entanto, não está na posição ou cargo hierárquico da pessoa, mas em relação ao seu TRABALHO.
O sentido da palavra na Bíblia inclui: servos domésticos (Jo 2:5-9), e governantes (Rm 13:4), além do uso mais comum de servos de Cristo e da Igreja. Jesus usou a palavra para descrever seus discípulos, um em relação ao outro (Mt 23:11). Paulo usou a mesma palavra freqüentemente para descrever evangelistas ou pregadores da palavra (1 Co 3:5; Ef 6:21). Estes termos, no uso geral, descrevem tanto homens como mulheres (Lc 10:40; Rm 16:1). Todos os cristãos devem servir uns aos outros (1 Pe 4:10).
A palavra: servo, “doulos” (δoυλoς), inclui o sentido de ESCRAVO. Conforme a afirmação de Paulo em Romanos 1:1, é aquele que não tem direitos, não dispõe de sua pessoa, nem bens, está obrigado a servir.
Jesus empreende nova compreensão às relações de serviço no Reino de Deus: “Já não vos chamo servos, ‘doulos’ (δoυλoς), porque o servo não sabe o que faz o seu senhor; mas tenho-vos chamado amigos, ‘fhilous’ (Φι´λoυς) porque tudo quanto ouvi de meu Pai vos tenho dado a conhecer.” (Jo 15:15)
Não é que Paulo tentasse revogar a percepção de Cristo quanto ao assunto, mas trata-se do apóstolo dramatizar e salientar ainda mais sua SUBMISSÃOa Cristo, o que deveria ser nossa disposição voluntária à soberania e ao governo de Cristo.
A palavra: diácono empresta leveza ao tema, pois se tem em mente o servir com prazer, zelosa e diligentemente; ajudar seu superior na execução de trabalhos. Nesse sentido o servo considera-se um INSTRUMENTO e dá toda a glória a seu Senhor.

                           Cada discípulo de Cristo foi feito para servir!

O Novo Testamento apresenta o ministério do serviço como uma marca de toda a igreja, isto é, como uma conduta normal para todos os discípulos (Mt 20: 26-28; Lc 22: 26-27).
Em um sentido amplo, vemos no Novo Testamento a palavra “diakonos” e suas variantes serem, mais de 100 vezes, aplicadas. Refere-se a quem serve os convidados (Jo 2:5-9), servos do rei (Mt 22:13), ministro de Satanás (II Co 11:15), ministro de Deus (II Co 6:4), ministro de Cristo (II Co 11:23) e à autoridade (Rm 13:4).
No sentido restrito e específico, porém, vemos em At 6:1-6 a palavra “diakonos” aplicada a homens de boa reputação, cheios do Espírito e de sabedoria, que receberam o ofício de servir à mesa como deliberação dos apóstolos após a discórdia entre helenistas e hebreus quanto a distribuição diária de alimentos às VIÚVAS gregas na comunidade cristã.
Bem, todo crente foi salvo para servir, não para ser SERVIDO. Portanto, no sentido teológico, todo crente deve ser um serviçal, “diakonos” de Deus, de sua igreja local e de cada um dos seus irmãos individualmente.
Toda organização tem pessoas que trabalham nos bastidores. Esta é a função do diácono na igreja. Ele trabalha nos bastidores para servir e ministrar às necessidades das pessoas. A palavra diaconato descreve o serviço do grupo de diáconos e diaconisas dentro de uma igreja.

Um bom cristão é essencialmente antes de tudo um bom diácono!

Qualidades do Diáconos
Semelhantemente, quanto a diáconos, é necessário que sejam respeitáveis, de uma só palavra, não inclinados a muito vinho, não cobiçosos de sórdida ganância, conservando o mistério da fé com a consciência limpa. Também sejam estes primeiramente experimentados; e, se se mostrarem irrepreensíveis, exerçam o diaconato. Da mesma sorte, quanto a mulheres, é necessário que sejam elas respeitáveis, não maldizentes, temperantes e fiéis em tudo. O diácono seja marido de uma só mulher e governe bem seus filhos e a própria casa. Pois os que desempenharem bem o diaconato alcançam para si mesmos justa preeminência e muita intrepidez na fé em Cristo Jesus.
1Tm 3:8-13

Caráter: I Tm 3:8. Respeitável, de uma só palavra, não inclinado a muito vinho, não cobiçoso de sórdida GANÂNCIA.
Fé: I Tm 3:9. Deve conservar o MISTÉRIO da fé com a consciência limpa. Não necessariamente ser apto para o ensino, mas deve entender e sustentar sua fé e a doutrina.
Relações Familiares: I Tm 3:12. As mesmas expectativas que o presbítero deve satisfazer. Deve ser esposo de uma só mulher e governar bem os filhos. Isso gera CONFIANÇA na igreja, uma vez que o diácono cuida das coisas da igreja.
Reputação: At 6:3. Conhecido como alguém cheio do Espírito Santo e de SABEDORIA.

Questão de Gênero
I Tm 3:11. As mulheres são elegíveis para esse ofício. Elas devem ter qualificações inerentes. Não devem ser maledicentes porque boa parte do seu serviço inclui VISITAÇÃO.
Por causa do grande número de mulheres convertidas (At 5:14; 17:4), as mulheres atuavam na área de visitação, discipulado e auxiliavam no batismo. Em Rm 16:1-2, lemos que Paulo elogiou Febe por ser uma ajudadora no serviço da igreja de Cencréia. Outra abordagem possível é a de que esta passagem refere-se às esposas dos diáconos.
Em Rm 12:8 e I Tm 3:4-5 encontramos outras qualidades desejadas ao diácono comuns aos demais ministros.

A Instituição do Diaconato
Examinemos At 6:1-6:
Ora, naqueles dias, multiplicando-se o número dos discípulos, houve murmuração dos helenistas contra os hebreus, porque as viúvas deles estavam sendo esquecidas na distribuição diária. Então, os doze convocaram a comunidade dos discípulos e disseram: Não é razoável que nós abandonemos a palavra de Deus para servir às mesas. Mas, irmãos, escolhei dentre vós sete homens de boa reputação, cheios do Espírito e de sabedoria, aos quais encarregaremos deste serviço; e, quanto a nós, nos consagraremos à oração e ao ministério da palavra. O parecer agradou a toda a comunidade; e elegeram Estevão, homem cheio de fé e do Espírito Santo, Filipe, Prócoro, Nicanor, Timão, Pármenas e Nicolau, prosélito de Antioquia. Apresentaram-nos perante os apóstolos, e estes, orando, lhes impuseram as mãos.

Alguns estudiosos da Bíblia estabelecem uma relação entre o “hazzan” da sinagoga judaica e o serviço cristão do diácono na igreja nascente. O “hazzan” abria e fechava as portas da sinagoga, mantinha-a limpa e distribuía os livros para leitura. Jesus provavelmente passou o rolo do livro de Isaías para um diácono depois que acabou de lê-lo (Lc 4:20).
Outros estudiosos do Novo Testamento dão atenção considerável à escolha dos sete (At 6:1-6); vêem aquele ato como um precursor histórico de uma estrutura mais desenvolvida (Fil 1:1; I Tm 3:8-13 – duas referências específicas ao “ofício” de diácono).
Cada apóstolo já estava sobrecarregado com várias responsabilidades. Por isso propuseram uma DIVISÃO do trabalho para assegurar assistência às viúvas gregas que, na distribuição diária que a igreja fazia de alimentos estavam sendo preteridas.
Sete homens de etnia grega, já que a queixa partia das viúvas gregas, homens de boa REPUTAÇÃO, cheios do Espírito de Deus e de sabedoria (At 6:3), se destacaram na congregação de Jerusalém, para executar essa função. Alguns lembram que o diaconato não devia ser relacionado somente a caridade, pois os diáconos escolhidos eram homens de ESTATURA espiritual.
Estevão, por exemplo, “cheio de graça e poder, fazia prodígios e grandes sinais entre o povo” (At 6:8), foi o primeiro mártir da igreja. Epafras, gigante da oração, fiel guerreiro e trabalhador (Cl 4:12).
Filipe, apontado como um dos sete, os evangelizava a respeito do Reino de Deus e do nome de Jesus Cristo e os batizava (At 8:12), vinte anos depois de escolhido, ainda é mencionado como o evangelista e diácono (At 21:8).
Timóteo (I Tm 4:6), Tíquico (Cl 4:7), Paulo (I Cor 3:5) e o próprio Cristo (Rm 15:8) são o exemplo de que a diaconia não se refere a uma posição hierárquica, mas a uma CONDIÇÃO aquele que almeja ser digno de levar a Mensagem do Reino de Deus.
O Novo Testamento enfatiza a compaixão pelas necessidades físicas e espirituais dos indivíduos bem como o quanto devemos nos doar para satisfazer essas necessidades. Deus nos capacita para o serviço com vários dons espirituais. Quando realizamos esse serviço, em última análise, ministramos ao próprio CRISTO (Mt 25:45).
Jesus equipara o ministério diaconal como uma função suprema daqueles que servem ao Reino de Deus. Alimentar os famintos, saciar os sedentos, acolher aos necessitados, vestir os que estão despidos, visitar os enfermos e encarcerados (Mt 25: 31-46), são as prerrogativas daqueles que ouvirão o “… vinde, benditos de meu Pai! Entrai na posse do reino que vos está preparado desde a fundação do mundo”. (Mt 25:34)
Em I Tm 3:8-13 são dadas instruções sobre as qualificações da função de diácono, a maioria delas se relaciona ao CARÁTER e comportamento pessoais. Um diácono deve falar a verdade, ser marido de uma só mulher, não ser dado a muito vinho, e ser um pai responsável. Ou seja, são pessoas profundamente comprometidas com uma DISCIPLINA pessoal, são fiéis e frutíferas.
A diaconia bíblica não se caracteriza por PODER e proeminência, mas por serviço ao próximo, por cuidados pastorais. Não obstante, a conseqüência natural do trabalho diaconal feito com zelo e dedicação é a admiração e, sobretudo, intrepidez na fé. (ITm 3:13)

O Diácono e sua Atuação na Igreja

Eleição dos Diáconos – É necessário um período de experiência (ITm 3:10). A eleição formal é feita pela igreja e sancionada pelo corpo de pastores ou presbíteros (At 6:1-6). Na igreja do primeiro século sempre havia pluralidade de diáconos (At 6:1-6; Fp 1:1).

O mandato dos Diáconos – A duração do mandato não é especifica na Bíblia e pode ser regulamentada pela assembléia de membros da igreja desde que autenticado pelo Espírito Santo. O diácono é um cargo ministerial local e não vitalício, ou seja, em uma eventual mudança de congregação o diácono pode ou não ser reconhecido como tal na outra igreja ou poderá ser exonerado de sua função.

O Número de diáconos – O número de diáconos em exercício na igreja deve ser proporcional ao número de membros. Uma equivalência próxima a cinco por cento dos membros seria um número adequado, isso claro depende da atuação social da igreja junto à comunidade. O estabelecimento de um número proporcional evitaria as figuras DECORATIVAS no diaconato.

A dignidade dos Diáconos – O próprio titulo implica em grande honra. Serviço conferido a anjos (Mt 4:11), como aquele do próprio Senhor (Mt. 20:28). O candidato ao diaconato deve ser provado antes da chancela de seu cargo na igreja. De forma prática ele deve ser observado antes mesmo de sua indicação. Estão entre os requisitos para exercer a função: a cordialidade, a presteza, a iniciativa, a organização, a prudência, o discernimento espiritual e a alegria necessária a todo trabalho VOLUNTÁRIO.

As Funções dos Diáconos – Cabe ao diácono, em geral, funções executivas e administrativas que cercam a vida e a realidade da igreja. Não obstante, ele não está isento de sua missão primeira que é o SACERDÓCIO universal de todo cristão.
·         Auxiliar na introdução dos visitantes ao templo e na ordem do ambiente;
·         Guardar a porta e perceber o fluxo externo à igreja durante os cultos para evitar a invasão por animais e pessoas mal intencionadas;
·         Aproximar-se de pessoas no interior do templo em situação de vulnerabilidade, (emoção extrema, possessão, desequilíbrio);
·         Auxiliar na ministração e distribuição dos elementos da ceia;
·         Distribuir, a critério da junta diaconal e do Conselho Gestor, a beneficência ou os auxílios aos necessitados da igreja;
·         Visitas juntamente com o pastor ou a critério deste a hospitais, prisões e velórios;
·         Prestar relatórios ao pastor a respeito das necessidades comunicadas pelos membros da igreja;
·         Providenciar a manutenção de equipamentos ou das dependências da igreja quando necessário;

A recompensa dos Diáconos – Pois os que desempenharem bem o diaconato alcançam para si mesmos justa preeminência e muita intrepidez na  em Cristo Jesus. (ITm 3:13)

Em geral, as qualificações dos diáconos para sua função incluem as exigências para as funções ministeriais dos demais ministros, além de suas especificidades. A seguir apresenta-se um quadro com estas referências.
Em relação a Deus
Apegados à palavra, fiel
I Tm 3:9; Tito 1:9
Justos e piedosos
Tito 1:8
Aptos para ensinar
I Tm 3:2; 5:17; Tito 1:9
Irrepreensíveis
I Tm 3:2-9; Tito 1:6
Não sejam neófitos
I Tm 3:6
Amigos do bem
Tito 1:8
Experimentados
I Tm 3:10

Em relação aos outros
De uma só palavra
I Tm 3:8
Respeitáveis
I Tm 3:2-8
Hospitaleiros
I Tm 3:2; Tito 1:8
Inimigos de contendas
I Tm 3:3
Não violentos, porém cordial
I Tm 3:3; Tito 1:7
Tenham bom testemunho dos de fora
I Tm 3:7
Não arrogantes
Tito 1:7
Não cobiçosos de sórdida ganância
I Tm 3:8; Tito 1:7

Em relação a si mesmo
Que tenham domínio de si
Tito 1:8
Temperantes
I Tm 3:2,8; Tito 1:7
Não avarentos
I Tm 3:3
Sóbrios
I Tm 3:2; Tito 1:8
Não irascíveis
Tito 1:7
Não dados ao vinho
I Tm 3:3,8; Tito 1:7

Em relação à família
Esposos de uma só mulher
I Tm 3:2,12; Tito 1:6
Que governem bem a sua própria casa
I Tm 3:4,12; Tito 1:6
Que tenham filhos obedientes
I Tm 3:4,5,12; Tito 1:6

A Diaconia de Cristo
Tende em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus, pois ele, subsistindo em forma de Deus, não julgou como usurpação o ser igual a Deus; antes, a si mesmo se esvaziou, assumindo a forma de servo, tornando-se em semelhança de homens; e, reconhecido em figura humana, a si mesmo se humilhou, tornando-se obediente até à morte e morte de cruz. Pelo que também Deus o exaltou sobremaneira e lhe deu o nome que está acima de todo nome, para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho, nos céus, na terra e debaixo da terra, e toda língua confesse que Jesus Cristo é Senhor, para glória de Deus Pai.
Fil. 2:5-11
Como foi dito no princípio, a diaconia deve ser legitimada não somente como uma função cristã, mas como o modo de ser da igreja. Deus foi o primeiro diácono ao se esvaziar de sua inteira completude para que houvesse a CRIAÇÃO. Jesus Cristo se esvaziou de sua glória para que houvesse SALVAÇÃO. O Espírito Santo se esvazia no derramamento e plenitude de sua ação dentro de nós para que haja SANTIFICAÇÃO.
Qual, portanto, deve ser o papel do cristão e da igreja diante do exemplo trinitário de esvaziamento e serviço?
Ninguém pode entrar inteiro em uma relação. A vida cristã é baseada em comunhão e relacionamentos. Cabe a cada um de nós crentes no Senhor Jesus a tarefa de nos esvaziar através do serviço, da cumplicidade, do amor para que haja COMUNHÃO.
A comunhão e o amor dos crentes é o que mostrará o amor de Deus à humanidade. A diaconia é o amor em ação. Um profundo compromisso com as necessidades uns dos outros mostra um alto nível de autenticidade do cristianismo vivido entre nós.
Sobretudo, a diaconia é um ato de doação e partilha, de prazer e alegria.  É um ato da Graça Divina a ser refletido na vida dos cristãos. A diaconia como doação e partilha é o ato/efeito de se esvaziar da necessidade do TER através do serviço para se alcançar o SER. O ser cheio de graça “karis” (χα′ρις), alegria, riso, gozo, satisfação, contentamento. É o transcender por meio do sentir-se útil ao Reino de Deus.

A graça deve ser a tônica de todo serviço cristão!

A diaconia de Jesus é um ato de grande nobreza, ato sublime e singelo de submissão e serviço. É o Criador que cinge os lombos com uma toalha e lava os pés de sua criação mesmo diante da iminente TRAIÇÃO. (Jo 13:4,5) É ato de humildade, identificação, é a ENCARNAÇÃO levada às últimas conseqüências.
O nascimento, vida, morte e ressurreição de Cristo representam a diaconia do próprio Deus que trabalha em favor da REDENÇÃO da humanidade. Que dá o exemplo de iniciativa diante do necessitado, do pobre, cego e nu. É ato de pura misericórdia e amor.
Diante dessa perspectiva a Igreja Batista Vale Verde propõe um norte para a ação diaconal de nossa igreja. CRESCER PARA SERVIR deve ser nossa meta/alvo. Crescer na graça e no conhecimento do Filho de Deus pra servir à nossa comunidade e às pessoas que necessitem de nosso serviço.
Um serviço que não se dá somente dentro da vida litúrgica ou do culto de nossa igreja, mas principalmente na história de nossas relações de forma concreta, plausível, honesta e intensa.


Conclusão:
Nada façais por partidarismo ou vanglória, mas por humildade, considerando cada um os outros superiores a si mesmo. Não tenha cada um em vista o que é propriamente seu, senão também cada qual o que é dos outros.
Fil. 2:3,4

O diácono, além de um ministro espiritual, ministra também a respeito das questões materiais. Ele deve lembrar-se de que Cristo é o Dono da Igreja, mas que deu o exemplo de ser o primeiro e maior diácono de todos.
Há diferenças fundamentais entre as funções do pastor e as funções do diácono, mas as exigências para o serviço são as mesmas, assim também como a recompensa.
O diácono deve ser examinado e aprovado pela igreja e seus líderes, é respeitado pela igreja como homem honesto, um bom administrador, um bom crente.
É austero, sincero, amigo, prestativo, serve com alegria porque sabe a quem está servindo. Está preocupado com a glória de Cristo através do bom desempenho de seu serviço na igreja e na comunidade.
O diácono não pertence a uma hierarquia funcional inferior, mas à luz da teologia bíblica pertence a mais excelente classe diante de Deus: aqueles que servem. Ele não é empregado da igreja, mas a serve com zelo, temor e gratidão.





As qualificações dos diáconos
O embrião do ofício de diácono está no texto de Atos 6.1-6, tendo ocorrido a partir de delegação da autoridade apostólica e, portanto, constitui-se num exercício de autoridade na igreja. Desta forma, coerentemente com o “princípio divino da autoridade de gênero”, foram escolhidos sete homens. Entretanto, as qualificações para o ofício de diácono na igreja apareceram posteriormente, no texto de 1 Timóteo 3.8-13. Antes de tratarmos das qualificações dos diáconos é importante analisar a questão da diaconia, na bíblia.
Cremos na diaconia universal dos crentes, homens e mulheres, ao lado do sacerdócio universal dos crentes. Todos os remidos foram chamados pelo Senhor para servir, para realizar as boas obras: “Pois somos feitura dele, criados em Cristo Jesus para boas obras, as quais Deus de antemão preparou para que andássemos nelas.” (Ef 2.10). Servir, no grego, “doulos” (escravo, aquele que deve cumprir a vontade do seu Senhor, sem se importar com sua própria vontade) ou “diakonos” (aquele que realiza tarefas para ajudar os outros) é a nobre missão de cada crente, pois o Senhor Jesus é o exemplo maior. “Pois o próprio Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate por muitos.”(Mc 10.45). Para servir não é necessário ter um cargo ou um ofício. Assim é que o termo servir é empregado em todo o NT no sentido não-técnico, referindo-se a homens e mulheres que serviam a essa ou àquela igreja local: “Recomendo-vos a nossa irmã Febe, que está servindo à igreja de Cencréia,..” (Rm 16.1). Na igreja primitiva, a pergunta que se fazia a outro cristão era: “– em que igreja você está servindo ao Senhor?”; enquanto hoje se pergunta: “– de que igreja você é?”
Cremos que o ofício de diácono, ao lado do ofício de presbítero, são para ser exercidos por homens, cujas qualificações são descritas na Bíblia em duas únicas listas: 1Timóteo 3.1-13 e Tito 1.5-9. E não é por acaso que tais instruções aparecem na Bíblia, lado a lado: “Semelhantemente…” (1Tm 3.8). As qualificações dos diáconos são muito parecidas com as dos presbíteros, pois se trata da liderança maior da igreja, os presbíteros, e da liderança supervisionada por eles, os diáconos. Vale lembrar que o termo “diaconisa” não aparece na Bíblia, nem muito menos “presbítera”. Já que o governo das igrejas locais e o ensino público oficial nas mesmas são funções de presbíteros e pastores (cf. 1Tm 3.2, 4-5; 5.17; Tt 1.9), infere-se que tais funções não fazem parte do chamado cristão das nossas queridas irmãs.
O texto bíblico apresenta, em forma de instrução e prescrição, as qualificações dos diáconos. São listados cerca de 9 requisitos “necessários” que não são meramente caprichos do apóstolo. Para propiciar uma melhor visão didática, essas qualificações individuais e familiares, podem ser agrupadas sob os seguintes aspectos/segmentos: “caráter/temperamento”,
“comportamento/hábito”, e, “situação conjugal e familiar”. Portanto, cada diácono deve atender a essas qualificações, sendo que em algumas delas precisará contar com a colaboração da família (esposa e filhos).
Apresentamos, a seguir, as 9 qualificações vinculadas a seus respectivos segmentos. Ainda que tecnicamente alguma qualificação possa ser mais bem enquadrada em outro segmento, o mais importante, sem dúvida, é entender o significado de cada uma delas e que esta instrução bíblica seja praticada na igreja. O assunto é muito extenso, mas será abordado aqui de forma sucinta. Os textos bíblicos seguem a versão Almeida Revista e Atualizada (ARA).

I.   CARÁTER/TEMPERAMENTO
Considera-se aqui o “jeito de ser” da pessoa.
1
Qualificação:
“é necessário que sejam respeitáveis” (1Tm 3.8)
Significado:
Respeitável Digno de respeito, apreço, atenção, consideração, acatamento.

Comentário: Já diziam os antigos que respeito não se impõe, se conquista; e não é uma conquista fácil. Como? Com atitudes coerentes, falando e fazendo a coisa certa, da forma certa e na hora certa. Em outras traduções, “que sejam honestos”, “que sejam sérios”. Esta seriedade não tem nada a ver com ser uma pessoa sempre fechada e sisuda; indica a reverência com que se deve tratar os anciãos, por exemplo. Entretanto, a pessoa que não se valoriza, que está sempre fazendo criancices, é imatura, que não tem controle e domínio de si e dos seus atos, vai ter dificuldade para conquistar esse respeito. O ofício diaconal requer pessoas maduras, capazes de entender e atender o que a pessoa necessita e não, necessariamente, o que a pessoa pede. O diácono precisará ter discernimento e sabedoria para lidar com “pedintes profissionais” que chegam até eles com as mais criativas estórias.
2
Qualificação:
“de uma só palavra” (1Tm 3.8)
Significado:
Ver comentário abaixo.

Comentário: Eis aqui uma qualificação bastante interessante. É rotina do ofício de diácono tratar com pessoas, mediar situações entre partes em conflito, distribuir recursos destinados à ação social sendo o intermediário entre os recursos disponibilizados e os destinatários necessitados etc etc. Assim sendo é mandatório para este ofício que o diácono seja íntegro, honesto e franco no falar, homem “de uma só palavra” ou homem de palavra. Em hipótese alguma é admissível que ele tenha favoritismos e predileções, tratando os iguais de forma desigual, favorecendo a uns em detrimento de outros. Ele não pode dizer uma coisa para um, e outra coisa para o outro; a verdade tem que ser única na sua boca. Por falar nisso, em muitos casos ele precisará ser discreto, sigiloso e confiável, não comentando os problemas das pessoas atendidas por ele.

II.      COMPORTAMENTO/HÁBITO
Considera-se aqui o “modo de agir, de proceder” da pessoa.
3
Qualificação:
“irrepreensível” (1Tm 3.10)
Significado:
Que não dá motivo à repreensão ou censura.

Comentário: Excelente “carro chefe” nas duas listas de qualificações, pois supre facilmente algum requisito que porventura o apóstolo Paulo tenha deixado de mencionar. Irrepreensível não quer dizer perfeito, pois perfeito é atributo somente do Senhor Deus. Irrepreensível é aquele que as pessoas, de dentro ou de fora da igreja, não tenham pecado para apontar, pois não vive na prática do pecado (1Jo 3.9). No caso de diáconos aparece esta novidade: “Também sejam estes primeiramente experimentados; e, se se mostrarem irrepreensíveis, exerçam o diaconato.” (1Tm 3.10). Aquela mesma ideia de que não devem ser neófitos, novos convertidos, aparece também aqui. Os diáconos têm a responsabilidade de manter a ordem nos cultos. Assim sendo, precisam ter autoridade espiritual pois, eventualmente, precisarão atender casos de possessão demoníaca, dentre outros. Presbíteros e diáconos não são escolhidos pela igreja, são escolhidos por Deus e reconhecidos pela igreja. Para que sejam reconhecidos, a igreja precisa avaliar o trabalho que já estão fazendo e não se iludir com o suposto potencial que, teoricamente, aparentam possuir.

4
Qualificação:
“não inclinados a muito vinho,” (1Tm 3.8)
Significado:
Não dominado por bebida alcoólica.

Comentário: Cada país tem suas tradições e bebidas típicas. No Brasil, a caipirinha; no México, a Tequila; na Alemanha, a cerveja; na Rússia, a vodca; etc. Naquela época e região, o vinho tinha os seus apreciadores. Vale lembrar que o apóstolo não desqualificou quem bebia vinho, mas sim quem não se dominava no seu consumo. Particularmente, nunca fui chegado a bebidas alcoólicas e nunca fui fã da expressão “beber socialmente” como hábito de um cristão (Pv 23.31-35).  Um pouco de vinho, com baixo teor alcoólico, consumido eventualmente nas refeições, tem até seus benefícios medicinais (1Tm 5.23). Entretanto, para quem tem tendência ao alcoolismo, basta começar para não mais conseguir parar. Combate-se acertadamente o fumo, porém a bebida patrocina quase tudo. Assim, infelizmente, as estatísticas do alcoolismo crescem no mundo inteiro.

5
Qualificação:
“não cobiçosos de sórdida ganância,” (1Tm 3.8)
Significado:
Avareza  desejo e apego exagerado de acumular riquezas.Avarento que não dá, mesquinho.

Comentário: A avareza é pecado (Mt 6.24); ter dinheiro e ser rico não. O problema não é o dinheiro e sim o amor e apego a ele (1Tm 6.17). Se ele for avarento, o foco da sua vida será cada vez acumular mais dinheiro e deleitar-se com os prazeres que este pode comprar (Pv 23.4-5; 1Tm 6.10). Entretanto, se ele não for apegado ao dinheiro, poderá dispor de mais tempo para servir ao Senhor, dedicar-se mais ao rebanho de Deus e a todos os desafios e projetos da igreja.

6
Qualificação:
“conservando o mistério da fé com a consciência limpa.” (1Tm 3.9)
Significado:
Ver comentário abaixo.

Comentário: Além de regenerado, é claro, ele deve ser: um fiel seguidor do Senhor Jesus Cristo; guardar no coração e obedecer a Palavra de Deus, para não pecar; conhecer e praticar a sã doutrina bíblica; enfim, guardar e viver a fé cristã. Deve estar sempre pronto a testemunhar de sua fé e evangelizar, tendo em mente os lindos exemplos deixados nas Escrituras pelos diáconos Estêvão (At 6.8 a 7.60) e Filipe (At 8.5-40). Sua consciência não deve acusá-lo, muito menos os de dentro ou os de fora da igreja. Deve demonstrar idoneidade e transparência na administração dos recursos disponibilizados pela igreja.

III.   SITUAÇÃO CONJUGAL E FAMILIAR
Considera-se aqui a “vida familiar” da pessoa.
7
Qualificação:
“seja marido de uma só mulher” (1Tm 3.12)
Significado:
Ver comentário abaixo.

Comentário: Esta qualificação pode ser interpretada pelo menos de três maneiras:
1ª) Que, obrigatoriamente, ele terá que ser um homem casado (com uma mulher, naturalmente).
2ª) Que, em toda a sua vida, ele tenha sido casado com apenas uma mulher, isto é, que não tenha casado outras vezes.
3ª) Que ele não pode ser poligâmico, pois em algumas sociedades e culturas isso era e ainda é uma situação legalmente permitida.

Qual das três é a interpretação correta?
O texto bíblico não favorece uma resposta conclusiva. É desejável que ele seja casado e aplique na igreja a maturidade e experiência da liderança do seu lar. Mas, um homem viúvo, que vive só, também pode ser igualmente útil. Será que um homem viúvo, ao contrair novas núpcias, perderia a qualificação para o diaconato? Quanto ao solteiro, nada é referido explicitamente, a favor ou contra. Quanto ao homem ser casado simultânea e legalmente com mais de uma esposa, parece não ser esse o propósito de Deus, quando instituiu o casamento (Gn 2.24), o que Jesus ratificou (Mt 19.5). Quanto ao homem divorciado, que vive só ou casou-se outra vez, a situação não é muito simples de avaliar. Há alguns anos atrás, muitas igrejas não realizavam casamento de cônjuge divorciado. Dizia-se, também, que homem divorciado não deveria assumir posição de liderança na igreja, por uma questão de não viver uma situação exemplar. Tomavam como base as várias referências bíblicas de que o líder tem que ser modelo para o rebanho (1Pe 5.3; 1Tm 4.22; Fp 3.17). O assunto é muito complexo e não é nosso objetivo tratar dele aqui. Neste final dos tempos, em que há tanto desprezo pela Palavra de Deus e aceitação dos usos e costumes de uma sociedade pagã, que o Senhor nos ilumine e nos dê uma consciência tal que não sejamos irresponsáveis e permissivos, nem legalistas e injustos.

8
Qualificação:
“Da mesma sorte, quanto a mulheres, é necessário que sejam elas respeitáveis, não maldizentes, temperantes e fiéis em tudo.” (1Tm 3.11)
Significado:
Ver comentário abaixo.

Comentário: Este versículo tem sido motivo de muita polêmica, sendo que para uns, está aqui em foco as esposas dos diáconos e, para outros, as qualificações resumidas das diaconisas. Minha posição pessoal se alinha com os que consideram aqui as qualificações resumidas das esposas dos diáconos e, portanto, suas auxiliadoras idôneas.
Os argumentos são os seguintes:
1º) Várias traduções da Bíblia já adotam esta posição, pois no grego  “gunê” é traduzido por mulher (Mt 5.28) ou por esposa (Mt 5.31,31; 14.3). “Suas esposas devem ser cuidadosas….” (A Bíblia Viva – Mundo Cristão); “A esposa do diácono também deve ser….” (NTLH – SBB); etc.
2º) O ofício de diácono, desde sua origem (At 6), representa uma delegação de autoridade mas continua sendo exercício de governo na igreja, o que biblicamente é sempre de responsabilidade do homem (princípio divino de autoridade de gênero), o cabeça da mulher. Prova de que o diaconato exerce governo delegado pelo presbiterato é a qualificação de “governo” expressa no versículo 12.  
3º) Se o apóstolo quisesse apresentar as qualificações de diaconisa ele seria mais claro e não se limitaria a uma lista tão resumida e inexpressiva.
4º) Não faz qualquer sentido o apóstolo, que é tão sistemático, começar a apresentar as qualificações dos diáconos, interromper para falar de diaconisas, em um minúsculo e brevíssimo versículo (v.11), e depois, continuar com sua apresentação.  Por outro lado, faz todo o sentido ele falar do diácono (vv.8-10), de sua esposa (v.11) e de sua relação familiar (v.12).
5º) É razoável que as esposas dos diáconos sejam mencionadas aqui pois sua cooperação no ministério do marido era e sempre será de grande valor. Vale ressaltar aqui que repudiamos qualquer favorecimento de conceito machista ou feminista na interpretação bíblica. Também não podemos aceitar que qualquer igreja ou denominação se atreva a distorcer o texto bíblico na tentativa de fundamentar suas decisões. Se quiser seguir modelos ou costumes do mundo pagão, a título de “evolução e modernidade”, que o faça e assuma os riscos e consequências, mas, por favor, não coloque a Bíblia nisso!

9
Qualificação:
“governe bem seus filhos e a própria casa.” (1Tm 3.12)
Significado:
Ver comentário abaixo.

Comentário: Biblicamente, a responsabilidade maior do “governo” do lar é do homem; assim aprendemos e assim praticamos. Obviamente, que essa não é uma tarefa a ser exercida pelo homem de forma isolada, solitária e autoritária. Antes, porém, deverá ser exercida com sabedoria e com todo o apoio de sua esposa, sua auxiliadora idônea. Então, mais uma vez estamos diante de uma qualificação que é exigida dele, mas que depende essencialmente dela, da esposa, e também dos filhos. O texto é de fácil entendimento e a lógica é simples. Quem demonstra estar governando bem a sua casa, terá grande probabilidade de fazer um bom trabalho no governo da igreja, na área da diaconia. Quem no seu juízo perfeito colocaria uma pessoa toda atrapalhada na sua vida pessoal para gerenciar o seu negócio?
Concluímos esta sucinta abordagem com as seguintes considerações:
a) O texto termina com o seguinte versículo: “Pois os que desempenharem bem o diaconato alcançam para si mesmos justa preeminência e muita intrepidez na fé em Cristo Jesus.” (2Tm 3.13). Nenhum servo de Deus, fiel e leal ao seu Senhor, faz o seu serviço buscando glória e honra para si mesmo, senão para o seu Senhor. Entretanto, o seu serviço e dedicação não ficarão esquecidos, diante de Deus e dos homens. Cabe aqui um alerta: diácono não é trampolim para presbítero! Cada ofício tem suas peculiaridades e algumas qualificações distintas. Alguns erros fundamentais têm sido cometidos na tentativa de premiar um diácono operoso “promovendo-o” a presbítero.

b) É difícil imaginar alguém que esteja cem por cento dentro deste padrão. Não é por isso que vamos agora ficar discutindo com a Bíblia ou com o apóstolo Paulo sobre o assunto. Padrão é meta, é desafio. Não é o caso também de desprezarmos o padrão bíblico e adotarmos nossos próprios critérios. A Bíblia é a nossa única e infalível regra de fé e prática.

c) Se eu e você achamos difícil reconhecer um homem cristão que atenda a todas essas prescrições, não fique perplexo se eu te afirmar que todo cristão, e não exclusivamente os diáconos, deveriam ter estas qualificações! Ou você acha que só os diáconos precisam ser respeitáveis, não avarentos, não dados a bebidas alcoólicas etc e os demais cristãos podem? Todos temos o desafio de viver de forma irrepreensível. Não é o que o Senhor Jesus diz? “Portanto, sede vós perfeitos como perfeito é o vosso Pai celeste.” (Mt 5.48)

d) Não custa lembrar que, biblicamente, não é a igreja quem escolhe diáconos! O processo é o seguinte:
1º) Deus os escolhe, os constitui (vocação e chamado).
2º) O homem cristão, regenerado, faz a obra.
3º) A igreja reconhece aquele que está fazendo a obra, sob a orientação do Senhor.

e) Quando a exigência é pouca e as qualificações bíblicas são desconsideradas, o nível da liderança é fraco e a igreja sofrerá as consequências. É como diz o provérbio popular, aqui adaptado: “Cada igreja tem o governo que merece.”
Finalmente, irmãos se alguém aspira ao diaconato, excelente obra almeja, então deve se empenhar para atender ao padrão prescrito na Palavra de Deus. Por outro lado, irmãos, vamos observar o jeito de ser da pessoa, seu modo de agir, sua capacidade de realização a partir do que a pessoa já vem realizando e, sua vida familiar, ao reconhecer diáconos na igreja de Deus!
Que o Senhor nos ajude!


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