Texto Áureo
"Disse-lhe
Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida. Ninguém vem ao Pai senão por
mim." (Jo 14.6)
Verdade Prática
Cremos no
Senhor Jesus Cristo, o Filho Unigênito de Deus, plenamente Deus, plenamente
Homem e o único Salvador do mundo.
LEITURA DIÁRIA
Jo
3.16-18: Jesus é o Filho Unigênito de Deus
116 Porque Deus amou o mundo de tal
maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não
pereça, mas tenha a vida eterna.
7 Porque Deus enviou o seu Filho ao mundo, não
para que condenasse o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por ele.
18 Quem crê nele não é condenado; mas quem não
crê já está condenado, porquanto não crê no nome do unigênito Filho de Deus.
Rm 1.3,4:
Jesus é o verdadeiro Deus e o verdadeiro homem
3.
Acerca de seu Filho, que nasceu da descendência de Davi segundo a carne, 4. Declarado
Filho de Deus em poder, segundo o Espírito de santificação, pela ressurreição
dentre os mortos, Jesus Cristo, nosso Senhor, 5; Pelo qual recebemos a graça e
o apostolado, para a obediência da fé entre todas as gentes pelo seu nome,
6. Entre as quais sois também vós chamados para serdes de Jesus Cristo.
6. Entre as quais sois também vós chamados para serdes de Jesus Cristo.
Is 7.14; :
Jesus foi concebido pelo Espírito Santo e nasceu da virgem Maria
14 Portanto o mesmo Senhor vos dará um sinal: Eis que a virgem
conceberá, e dará à luz um filho, e chamará o seu nome Emanuel.
Mt
1.20,23: Jesus foi concebido pelo Espírito Santo e nasceu da virgem Maria
20 E, projetando ele isto, eis que em sonho lhe apareceu um anjo do
Senhor, dizendo: José, filho de Davi, não temas receber a Maria, tua mulher,
porque o que nela está gerado é do Espírito Santo;
23 Eis que a virgem conceberá, e dará à luz um filho, E chamá-lo-ão
pelo nome de EMANUEL, Que traduzido é: Deus conosco.
Hb 10.12:
A morte de Jesus foi expiatória
12Mas, quando esse sacerdote acabou de oferecer, para sempre, um único
sacrifício pelos pecados, assentou-se à direita de Deus.
Rm 8.34:
Jesus ressuscitou dentre os mortos e intercede por nós
34 Quem é que condena? Pois é Cristo quem morreu, ou antes quem
ressuscitou dentre os mortos, o qual está à direita de Deus, e também intercede
por nós.
At 1.9:
Jesus subiu aos céus
9.E, quando
dizia isto, vendo-o eles, foi elevado às alturas, e uma nuvem o recebeu,
ocultando-o a seus olhos.
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
João 1.1-14
1 NO
princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus.
2 Ele
estava no princípio com Deus.
3 Todas as
coisas foram feitas por ele, e sem ele nada do que foi feito se fez.
4 Nele
estava a vida, e a vida era a luz dos homens.
5 E a luz
resplandece nas trevas, e as trevas não a compreenderam.
6 Houve um
homem enviado de Deus, cujo nome era João.
7 Este
veio para testemunho, para que testificasse da luz, para que todos cressem por
ele.
8 Não era
ele a luz, mas para que testificasse da luz.
9 Ali
estava a luz verdadeira, que ilumina a todo o homem que vem ao mundo.
10 Estava
no mundo, e o mundo foi feito por ele, e o mundo não o conheceu.
11 Veio
para o que era seu, e os seus não o receberam.
12 Mas, a
todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, aos
que creem no seu nome;
13 Os
quais não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem,
mas de Deus.
14 E o
Verbo se fez carne, e habitou entre nós, e vimos a sua glória, como a glória do
unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade.
OBJETIVO GERAL
Explicar
porque cremos que Jesus é o Filho Unigênito de Deus, plenamente Deus e
plenamente homem.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
(I) Compreender que Jesus é o Filho Unigênito
de Deus;
(II) Mostrar a deidade do Filho de Deus;
(III) Apresentar a humanidade do Filho de Deus.
• INTERAGINDO COM O PROFESSOR
Prezado
professor, nesta lição estudaremos a respeito do Homem mais importante que já
viveu nesta terra, Jesus Cristo, o Filho Unigénito de Deus. O seu nascimento
foi e é um marco na história da humanidade. Depois da sua vinda ao mundo a
História passou a ser dividida em antes de Cristo e depois dEle. É importante
lembrar que quando Jesus veio ao mundo, a Palestina estava debaixo do jugo
romano. César Augusto era o imperador e os imperadores romanos eram visto por
todos como um deus. Porém, o Rei dos reis veio habitar entre nós. Ele nasceu em
um lugar simples, em um estábulo. Seu berço não foi de ouro, mas foi uma simples
manjedoura. Ele abriu mão de toda a sua glória para vir ao mundo salvar todos
os perdidos e revelar-se aos piedosos e às minorias.
COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
Há
inúmeros pontos da cristologia dignos de ocupar a mente e o coração de todos os
seres humanos. O nosso espaço aqui é exíguo para um estudo completo. Temos de
nos contentar com alguns pontos relevantes sobre a verdadeira Identidade de
Jesus.
A provisão
do Antigo Testamento sobre a obra redentora de Deus em Cristo é rica em
detalhes. Os escritores do Novo Testamento reconhecem a presença e a obra de
Cristo na história da redenção, nas suas instituições e festas. O nosso enfoque
aqui é a verdadeira identidade Jesus.
[Comentário: “Quem dizeis que eu sou?” (Mt
16.15). Pedro confessou Jesus como o “Cristo, o Filho do Deus vivo” (Mt 16.16)
João falou de Jesus como “o Verbo” que se fez carne (Jo 1.14). Paulo descreve
Jesus não só como “a imagem do Deus invisível, o primogênito de toda a criação”
(Cl 1.15), mas também como “Cristo Jesus, homem” (1Tm 2.5). Da mesma forma, o
autor de Hebreus identifica Jesus tanto como “o resplendor da glória de Deus”
(Hb 1.3) e aquele que participou da carne e do sangue (2.14). Depois de tocar
em Cristo, Tomé memoravelmente afirmou Jesus como seu “Senhor” e seu “Deus” (Jo
20.28). No Antigo Testamento, Isaías teve uma visão de Cristo em que ele o
chama de “o Rei, o Senhor dos Exércitos” (Jo 12.41; ver Is 6.5), mas também é
chamado de o Rei, o servo do Senhor que tinha “nenhuma beleza havia que nos
agradasse” (Is 53.2). Cristologia é o estudo sobre Cristo; é uma parte da
teologia cristã que estuda e define a natureza de Jesus, a doutrina da pessoa e
da obra de Jesus Cristo, com uma particular atenção à relação com Deus, às
origens, ao modo de vida de Jesus de Nazaré, visto que estas origens e o papel
dentro da doutrina de salvação tem sido objeto de estudo e discussão desde os
primórdios do cristianismo. ‘Jesus’ quer dizer ‘YAHWEH é Salvador’; é a forma
grega de ‘Josué’ (Mt 1.21). ‘Cristo’ quer dizer ‘Ungido’; é o mesmo que o termo
hebraico Messias.Toda a cristologia é digna de ocupar a mente e o coração de
todos os homens, não apenas ‘inúmeros pontos’, contudo, já que o espaço é
pouco, resta-nos uma pergunta a fim de resumir esta doutrina: Quem é Jesus
Cristo? Ele é a segunda pessoa da Trindade. Através dele o universo foi criado
e tem a garantia de sua existência (Jo 1.3; Cl 1.16-17). Ele é o Anjo do Senhor
que aparece no Antigo Testamento (Gn 18). Esvaziou-se da sua glória e se
humilhou, tomando a forma de ser humano (Fp 2.6- 11). Ele é o Deus Encarnado;
Foi certamente uma coisa maravilhosa para Deus vir para dentro do homem e
nascer da humanidade por meio de uma virgem. O nosso Deus tornou-se um homem!
Na criação, Ele era o Criador. Mas embora tivesse criado todas as coisas, Ele
não entrou em nenhuma das coisas que Ele criara. Mesmo ao criar o homem, Ele
somente soprou o fôlego de vida para dentro dele (Gn 2.7). Ele ainda estava
fora do homem. Seu sopro, de acordo com Jó 33.4, deu vida ao homem; entretanto,
Ele próprio não veio para dentro do homem. Até a encarnação, Ele estava
separado do homem. Mas com a encarnação, Ele pessoalmente entrou no homem. Ele
foi concebido e então permaneceu no ventre da virgem por nove meses, após o que
Ele nasceu. Segundo Romanos 8.3, Deus enviou Seu Filho ‘na semelhança da carne
do pecado’.]
Dito isto, vamos pensar maduramente a fé
cristã?
PONTO CENTRAL
Cremos que Jesus é o Filho Unigênito de Deus, plenamente Deus e
plenamente homem.
I - O FILHO UNIGÊNITO DE DEUS
1. O Filho
de Deus.
O apóstolo
João explica o motivo que o levou a escrever o seu evangelho com as seguintes
palavras: "Estes, porém, foram escritos para que creiais que Jesus é o
Cristo, o Filho de Deus, e para que, crendo, tenhais vida em seu nome" (Jo
20.31). Temos aqui dois pontos importantes.
O primeiro
é sobre a identidade de Jesus: Ele é o Cristo e o Filho de Deus; o outro é o
motivo dessa revelação, a redenção de todo aquele que crê nessa verdade. É de
toda importância saber o significado do título "Filho de Deus". A
profecia de Isaías anuncia: "Porque um menino nos nasceu, um filho se nos
deu" (Is 9.6). Note que o menino nasceu, mas o Filho, segundo a palavra
profética, não nasceu, mas "se nos deu". O nascimento desse menino
aconteceu em Belém, mas o Filho foi gerado desde a eternidade (Jo 17.5,24),
pois transcende a criação: "E ele é antes de todas as coisas, e todas as
coisas subsistem por ele" (Cl 1.17). É como disse Atanásio, em resposta
aos arianistas, referindo-se à eternidade de Jesus: "o Pai não seria Pai
se não existisse o Filho".
[Comentário: ‘Filho de Deus’ é o título
cristológico muitas vezes negligenciado, às vezes mal compreendido e atualmente
questionado. Embora a identidade de Jesus como ‘Filho de Deus’ seja uma
confissão de base para todo cristão, boa parte de sua importância é muitas
vezes negligenciada ou mal compreendida. ‘Àquele a quem o Pai santificou, e
enviou ao mundo, vós dizeis: Blasfemas, porque disse: Sou Filho de Deus?’ (Jo
10.36). Jesus é chamado de 'ho huios tou theou', 'o Filho de Deus' e não 'theou
huios', um 'filho de Deus'. Jesus não é apenas "um filho de Deus",
mas "o Filho de Deus", o único (ver At 8.37; 9.20; 1Jo 4.15; 5.5; Jo
20.31); isso implica em igualdade em essência com Deus Pai e revelação completa
de Deus. “Responderam-lhe os judeus: Nós temos uma lei e, segundo a nossa lei,
deve morrer, porque se fez Filho de Deus” (Jo 19.7). Por que o fato de se
afirmar como ‘Filho de Deus’ seria considerado blasfêmia e digno de uma
sentença de morte? Os líderes judeus entenderam exatamente o que Jesus quis
dizer com a expressão ‘Filho de Deus’. Ser ‘Filho de Deus’ é ser da mesma
natureza de Deus. O ‘Filho de Deus’ é “de Deus”. A afirmação em ser da mesma
natureza de Deus, e de fato “ser Deus” era blasfêmia para os líderes judeus;
então exigiram a morte de Jesus. Hebreus 1.3 expressa isto muito claramente: “O
qual (O Filho) sendo o resplendor da sua glória, e a expressa imagem da sua
pessoa...” Jesus não é Filho de Deus no sentido como concebemos um pai e um
filho. Deus não se casou e teve um filho. Jesus é Filho de Deus no sentido que
Ele é Deus manifestado em forma humana (Jo 1.1,14).]
2.
Significado.
O
significado do termo "filho" nas Escrituras é amplo, e uma das
acepções diz respeito à mesma natureza do pai (Jo 14.8,9). Quando Jesus se
declarou Filho de Deus, Ele estava reafirmado sua divindade, e os judeus
entenderam perfeitamente a mensagem (Jo 5.17,18). O Mestre disse: "Eu e o
Pai somos um" (Jo 10.30).
E, mais
adiante, no mesmo debate com os judeus, Jesus esclareceu o que significa ser
Filho de Deus: "àquele a quem o Pai santificou e enviou ao mundo, vós
dizeis: Blasfemas, porque disse: Sou Filho de Deus?" (Jo 10.36). Alegar
que Jesus não é Deus, mas o Filho de Deus, como fazem alguns, é uma
contradição.
[Comentário: Esse nome é parte da verdade
bíblica de que Jesus Cristo é Deus, igual em todas as coisas ao Pai. Embora
muitos hoje neguem isso, mesmo os judeus incrédulos dos dias de Jesus
entenderam o que ele estava alegando. Quando ele se chamou de o ‘Filho de
Deus’, eles pegaram pedras para matá-lo por blasfêmia (Jo 8.59; Jo 10.30-42).
Eles entendiam muito mais que a maioria hoje. As seitas, a doutrina da
unicidade, e outros ensinos anti-trinitariamos leem o nome o ‘Filho unigênito
de Deus’ e nem mesmo reconhecem o que ele significa. Ele deveria ser a verdade
para eles, ou a mais horrível blasfêmia, pois o nome o ‘Filho unigênito de
Deus’ ensina sua divindade ainda mais poderosamente que o nome ‘Filho de Deus’.
Ele mostra que entre todos os filhos de Deus, Jesus é único, o Filho eterno e
natural de Deus. [...] Devemos entender que não somente esse nome é uma
tradução exata e literal do grego, mas é o nome com o qual a igreja de Cristo
tem defendido a verdade de sua divindade contra todos os inimigos. Ele não
deveria, portanto, ser tocado por aqueles que alegam estar retraduzindo a
Palavra de Deus mesmo que seus esforços sejam legítimos – embora não creiamos
que o sejam. Outro aspecto da grande verdade que Jesus é o Filho unigênito de
Deus é que sua filiação é a base e a razão para a nossa. Por essa razão, ele é
chamado também de o “primogênito” (Hb 1.6,12.23). Na Escritura o primogênito é
aquele que abre o ventre (Ex. 13.2). Como primogênito na família de Deus, Jesus
é aquele que abre o caminho do “ventre” da morte e da sepultura para todos os
seus irmãos, quando eles nascem de novo para a família de Deus como filhos e
filhas. Sem ele seríamos como filhos que na hora do parto não podem nascer.
Antecipando a sua obra como primogênito, todo primogênito era especialmente
dedicado a Deus no Antigo Testamento. Fonte (original): Doctrine according to
Godliness, Ronald Hanko, Reformed Free Publishing Association, p. 124-125 .]
3.
Significado de "unigênito" (v.14b).
A
etimologia do termo "unigênito", monogenés, em grego,
indica a deidade do Filho. Essa palavra só aparece nove vezes no Novo
Testamento, sendo três em Lucas (7.12; 8.42; 9.38), uma em Hebreus (11.17) e as
outras cinco em referência a Jesus nos escritos joaninos (Jo 1.14,18; 3.16,18;
1Jo 4.9). O vocábulo vem de monos, "único", e de genes,
que nos parece derivar de genós, "raça, tipo", e não
necessariamente do verbo gennao, "gerar". Então,
unigênito, quando empregado em relação a Jesus, transmite a ideia de
consubstancialidade. É exatamente o que declara o Credo Niceno: "E
[cremos] em um só Senhor Jesus Cristo, Filho de Deus, o Unigênito do Pai,
que é da substância do Pai, Deus de Deus, Luz de Luz, verdadeiro Deus
de verdadeiro Deus, gerado, não feito, de uma só substância com o Pai".
[Comentário: O termo ‘filho unigênito’ ocorre
em João 3.16: ‘Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho
unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida
eterna’ (NVI). A expressão "unigênito" é a tradução da palavra grega
monogenes. Ele não é um ser criado em Sua natureza divina como o Filho. O Filho
uniu-se à carne criada de Jesus Cristo. A Bíblia não propõe um Arianismo. Jesus
não é o primeiro ser criado – pelo contrário, Ele é o único Ser
auto-suficiente; o Deus sempiterno, infinito e ilimitado. Como os outros nomes
de Cristo, esse não é um nome que pode ser confessado de maneira abstrata. A
única forma de eu confessar esse nome é dizer que o Filho unigênito de Deus é
meu Deus. E dizer que ele é meu Deus é achar em sua divindade, como ela é
expressa de maneira única nesse nome, um fundamento seguro para crer nele e
esperar em sua misericórdia. No site Got Questions? Org Temos o seguinte: “É
este último termo ("unigênito") que causa problemas. Falsos mestres
têm se agarrado a essa expressão para tentar provar a sua falsa doutrina de que
Jesus Cristo não é Deus, isto é, que Jesus em sua essência não é igual a Deus
como a Segunda Pessoa da Trindade. Eles veem a palavra "unigênito" e
dizem que Jesus é um ser criado porque só alguém que teve um início em um certo
momento pode ser "unigênito". O que essa teoria deixa de destacar é
que "unigênito" é uma tradução de uma palavra grega. Como tal, temos
de avaliar o significado original da palavra grega, e não transferir o significado
da nossa língua ao texto. Então, o que monogenes significa? De acordo com o
Greek-English Lexicon of the New Testament and Other Early Christian Literature
(Léxico Grego-Inglês do Novo Testamento e outra Literatura Cristã Primitiva, 3ª
Edição), monogenes tem duas definições primárias. A primeira definição diz
respeito a "ser o único de seu tipo dentro de um relacionamento
específico." Este é o significado ligado ao seu uso em Hebreus 11:17,
quando o escritor se refere a Isaque como o "filho unigênito" de
Abraão. Abraão tinha mais de um filho, mas Isaque era o único filho que tinha
com Sara e o único filho da aliança. A segunda definição diz respeito a
"ser o único de sua espécie ou classe, único no gênero." Este é o
significado implícito em João 3:16. Na verdade, João é o único escritor do Novo
Testamento que usa esta palavra em referência a Jesus (veja João 1:14, 18;
3:16, 18; 1 João 4:9). João estava mais preocupado em demonstrar que Jesus era
o Filho de Deus (João 20:31), e usa esta palavra para destacar Jesus unicamente
como o filho de Deus – compartilhando da mesma natureza divina que Deus – ao
contrário de crentes que são filhos e filhas de Deus através da fé. No fim das
contas, termos como "Pai" e "Filho", descritivos de Deus e
Jesus, são termos humanos utilizados para nos ajudar a compreender a relação
entre as diferentes pessoas da Trindade. Se você puder entender a relação entre
um pai humano e um filho humano, então você pode entender, em parte, a relação
entre a Primeira e a Segunda Pessoa da Trindade. A analogia se desmorona se
você tentar ir longe demais e ensinar, como algumas seitas cristãs (tais como
as Testemunhas de Jeová), que Jesus era literalmente "unigênito", no
mesmo sentido que "gerado" ou "criado" por Deus Pai.” O que
significa que Jesus é o unigênito Filho de Deus?,)
Pergunta:
"O que significa que Jesus é o unigênito Filho de Deus?"
Resposta: A frase "filho unigênito" ocorre em João 3:16: "Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna (Nova Versão Internacional)." A expressão "unigênito" é a tradução da palavra grega monogenes.
É este último termo ("unigênito") que causa problemas. Falsos mestres têm se agarrado a essa expressão para tentar provar a sua falsa doutrina de que Jesus Cristo não é Deus, isto é, que Jesus em sua essência não é igual a Deus como a Segunda Pessoa da Trindade. Eles veem a palavra "unigênito" e dizem que Jesus é um ser criado porque só alguém que teve um início em um certo momento pode ser "unigênito". O que essa teoria deixa de destacar é que "unigênito" é uma tradução de uma palavra grega. Como tal, temos de avaliar o significado original da palavra grega, e não transferir o significado da nossa língua ao texto.
Resposta: A frase "filho unigênito" ocorre em João 3:16: "Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna (Nova Versão Internacional)." A expressão "unigênito" é a tradução da palavra grega monogenes.
É este último termo ("unigênito") que causa problemas. Falsos mestres têm se agarrado a essa expressão para tentar provar a sua falsa doutrina de que Jesus Cristo não é Deus, isto é, que Jesus em sua essência não é igual a Deus como a Segunda Pessoa da Trindade. Eles veem a palavra "unigênito" e dizem que Jesus é um ser criado porque só alguém que teve um início em um certo momento pode ser "unigênito". O que essa teoria deixa de destacar é que "unigênito" é uma tradução de uma palavra grega. Como tal, temos de avaliar o significado original da palavra grega, e não transferir o significado da nossa língua ao texto.
Então, o que monogenes significa? De acordo com o Greek-English Lexicon
of the New Testament and Other Early Christian Literature (Léxico Grego-Inglês
do Novo Testamento e outra Literatura Cristã Primitiva, 3ª Edição), monogenes
tem duas definições primárias. A primeira definição diz respeito a "ser o
único de seu tipo dentro de um relacionamento específico." Este é o
significado ligado ao seu uso em Hebreus 11:17, quando o escritor se refere a
Isaque como o "filho unigênito" de Abraão. Abraão tinha mais de um
filho, mas Isaque era o único filho que tinha com Sara e o único filho da
aliança.
A segunda definição diz respeito a "ser o único de sua espécie ou
classe, único no gênero." Este é o significado implícito em João 3:16. Na
verdade, João é o único escritor do Novo Testamento que usa esta palavra em
referência a Jesus (veja João 1:14, 18; 3:16, 18; 1 João 4:9). João estava mais
preocupado em demonstrar que Jesus era o Filho de Deus (João 20:31), e usa esta
palavra para destacar Jesus unicamente como o filho de Deus – compartilhando da
mesma natureza divina que Deus – ao contrário de crentes que são filhos e
filhas de Deus através da fé.
No fim das contas, termos como "Pai" e "Filho", descritivos de Deus e Jesus, são termos humanos utilizados para nos ajudar a compreender a relação entre as diferentes pessoas da Trindade. Se você puder entender a relação entre um pai humano e um filho humano, então você pode entender, em parte, a relação entre a Primeira e a Segunda Pessoa da Trindade. A analogia se desmorona se você tentar ir longe demais e ensinar, como algumas seitas cristãs (tais como as Testemunhas de Jeová), que Jesus era literalmente "unigênito", no mesmo sentido que "gerado" ou "criado" por Deus Pai.
SÍNTESE DO TÓPICO l
Jesus Cristo é o Filho Unigênito de Deus.
SUBSÍDIO TEOLÓGICO
Unigênito
Monogenés é usado cinco vezes, todas nos
escritos do apóstolo João, acerca de Jesus como o Filho de Deus; em Hebreus
11,17 é traduzido por "unigênito", sobre a relação de Isaque com
Abraão.
Com referência
a Jesus, a frase 'o Unigênito do Pai' (Jo 1.14), indica que, como o Filho de
Deus, Ele era o representante exclusivo do Ser e caráter daquele que o enviou.
No original, o artigo definido está omitido tanto antes de 'Unigênito' quanto
antes de 'Pai', e sua ausência em cada caso serve para enfatizaras
características referidas nos termos usados.
O objetivo do
apóstolo João é demonstrar que tipo de glória ele e seus companheiros apóstolos
tinham visto. Sabemos que ele não está fazendo somente uma comparação com as
relações terrenas, pela indicação da preposição para, que significa 'de,
proveniente de', A glória era de uma relação única e a palavra 'Unigênito' não
implica um começo de Sua filiação. Sugere, de fato, a relação, mas esta deve
ser distinguida da geração conforme é aplicada aos homens.
Podemos apenas
entender corretamente o termo 'unigénito' quando usados para se referir ao
Filho, no sentido de relação não originada. *A geração não é um evento no
tempo, embora distante, mas um fato independente do tempo. O Cristo não se
tornou, mas necessariamente é o Filho. Ele, uma Pessoa, possui todos os
atributos da deidade pura. Isto torna necessário a eternidade, o ser absoluto;
sobre este aspecto Ele não é 'depois' do Pai' (Dicionário Vine: O significado
exegética e expositivo das palavras do Antigo e do Novo Testamento. 14,ed. Rio
de Janeiro: CPAD, 2011, p. 1045).
II- A DEIDADE DO FILHO DE DEUS
1. O Verbo
de Deus (Jo 1.1).
O
"Verbo" é a Palavra, do grego Logos. O termo
"Deus" aparece duas vezes nessa passagem, uma delas em referência ao
Pai: "e o Verbo estava com Deus". Aqui temos uma indicação do
relacionamento intratrinitariano, ou seja, entre a Trindade, antes
mesmo da fundação do mundo.
A preposição grega pros,
usada para "com" nessa segunda cláusula, diz respeito ao plano
de igualdade e intimidade, face a face, além de mostrar a distinção entre o Pai
e o Filho, um golpe mortal contra o sabelianismo.
A segunda referência, "e o
Verbo era Deus", aponta para o Filho. Não se trata de acréscimo de
mais um Deus aqui, posto que ao apóstolo foi revelado, pelo Espírito Santo, que
o Verbo divino está incluído na essência una e indivisível da Deidade, embora
seja Ele distinto do Pai (Jo 8.17,18; 2 Jo 3). Da mesma forma, o apóstolo Paulo
transmitiu essa verdade, ao dizer que "para nós há um só Deus, o Pai, de
quem é tudo e para quem nós vivemos; e um só Senhor, Jesus Cristo, pelo qual
são todas as coisas, e nós por ele" (1Co 8.6). Trata-se do monoteísmo
cristão.
[Comentário: Ele é o Verbo que está com Deus
desde o princípio. Isto significa que Ele é eterno. Ele também é o Criador e
tem o poder de criar do nada. Sua capacidade de criar prova Sua Onipotência.
Seus atributos são os mesmos de Deus porque Ele é Deus. Em João 1.1, Jesus é
descrito com atributos de eternidade. Podemos dizer: No princípio era a
Autoexpressão de Deus. No princípio, Deus expressou a si mesmo. No princípio
era a Autoexpressão de Deus, e tal Autoexpressão estava com Deus; o companheiro
de Deus; e a Autoexpressão era Deus; o próprio ser de Deus. Explicando o termo
‘sabelianismo’, a Wikipédia traz o seguinte: “Sabelianismo (também conhecido
como modalismo, patripassianismo, unicismo, monarquianismo modalista ou
monarquianismo modal) é a crença unicista de que Deus se manifestou em carne
(João 1:1; João 1:18) e não três pessoas distintas. O termo sabelianismo deriva
de Sabélio, um padre e teólogo do século III d.C. e defensor da tese. Ele foi
um discípulo de Noeto, motivo pelo qual os seguidores desta crença são chamados
nas fontes patrísticas de noecianos. Já Tertuliano batizou-a de
patripassianismo”. Don Carson afirma: “Este que se torna carne, que toma
identidade humana, é um com Deus, o agente do próprio Deus na Criação, o
próprio ser de Deus. Até mesmo o termo “Verbo” é uma escolha interessante, não
é? Como você pensa sobre… Como você pensa sobre Jesus? Qual título é adequado
para ele? Posso imaginar a mente de João passando por vários títulos, nomes,
expressões que poderiam ser usadas. E ele se lembra, por exemplo, que no Antigo
Testamento lemos constantemente: “A Palavra do Senhor veio ao profeta dizendo…”
Então Deus mostrou a si mesmo em revelação. Ele pode ter se lembrado do Salmo
33: Deus falou e algo veio à existência, pela palavra do Senhor os céus foram
criados. A Palavra de Deus na Criação. Mesmo a Palavra de Deus em salvar e
transformar pessoas. Deus envia sua Palavra e os cura, de acordo com os Salmos.
Todas essas coisas que a Palavra de Deus executa, ele revela, ele cria, ele
transforma, e João pensa: “Sim, esta é a expressão apropriada. Isso resume tudo
o que Jesus é”. Ele é a Autoexpressão de Deus. Ele está com Deus no princípio.
Deus é um, e ainda assim há uma complexidade nele desde o princípio. Este Verbo
é próprio companheiro de Deus, e é o próprio Deus.” Por: Don Carson. Copyright
The Gospel Coalition, Inc. Original: The God Who is There: Part 7. The God Who
Becomes a Human Being Tradução: Alan Cristie. Revisão: Vinícius Musselman
Pimentel. Editora Fiel © Todos os direitos reservados. Original: O Verbo estava
com Deus, e o Verbo era Deus – D.A. Carson [O Deus Presente 7/14]]
Sabelianismo
No cristianismo, sabelianismo (também
conhecido como modalismo, patripassianismo, unicismo, monarquianismo
modalista ou monarquianismo modal) é a crença unicista de
que Deus se manifestou em carne (João 1:1;
João 1:18) e não três pessoas distintas.
O
termo sabelianismo deriva de Sabélio, um padre e teólogo do século III d.C.
e defensor da tese. Ele foi um discípulo de Noeto,
motivo pelo qual os seguidores desta crença são chamados nas fontes patrísticas de noecianos. Já
Tertuliano batizou-a de patripassianismo.
Significado e
origens
O
sabelianismo histórico ensinava que Deus Pai era a única existência
verdadeira de Deus, uma crença conhecida como monarquianismo. Um autor descreveu o
ensinamento de Sabélio assim: A verdadeira questão, portanto, se torna
esta, o que constitui o que chamamos de 'pessoa' na Divindade? É original,
substancial, essencial à própria divindade? Ou é parte dos desenvolvimentos e
formas de aparecer que a Divindade criou para si para suas criaturas? A
primeira opção, Sabélio negava. Esta última ele admitia completamente.[1]
Os
modalistas afirmam que o único número atribuído a Deus na Bíblia é
"Um" e que não existe nenhuma trindade inerente atribuída a Deus
explicitamente nas Escrituras.[2] O número três nunca é
mencionado na Bíblia com relação a Deus, e as duas únicas exceções possíveis
são Mateus 28:16-20 (chamado
de "Grande Comissão), 2
Coríntios 13:13 e o Comma Johanneum, que muitos consideram
como uma passagem espúriainterpoolada
em 1
João 5:7, conhecida principalmente pela tradução do rei James e
em algumas versões do Textus Receptus e que não é incluída
na maior parte das versões críticas modernas.[3] Eles acreditavam que Deus teria
três "faces" ou "máscaras" (em grego: πρόσωπα - prosopa; latim personae).[4] Já
os trinitários acreditam que os três membros da Trindade estavam
presentes como seres aparentemente distintos no batismo de Jesus e acreditam
que há outras evidências nas escrituras para a crença trinitária (veja trinitarismo).
Modalismo
tem sido principalmente associado com Sabélio, que ensinava uma forma dele em Roma no
século III d.C. como um discípulo de Noeto e Práxeas.[5]
Hipólito de Roma conheceu
Sabélio pessoalmente e o mencionou na Philosophumena e sabia que Sabélio
não gostava da teologia trinitária, mas ainda assim atribuiu a heresia à
Calisto e Noeto, mas não a Sabélio, que ele diz ter sido pervertido.[6] O
sabelianismo foi adotado pelos cristãos da Cirenaica, a quem Demétrio, Patriarca de
Alexandria escreveu cartas argumentando contra a
crença [carece de
fontes].
Acredita-se
também que o termo grego homoousia ou
"consubstancial", que era o favorito de Atanásio de
Alexandria na controvérsia ariana,
foi de fato um termo proposto por Sabélio e, por isso, era utilizado com
ressalvas pelos seguidores de Atanásio. A objeção ao termo era a de que ele não
existe nas escrituras e tem uma "tendência sabeliana".[7]
Derivação da filosofia grega]
O
monarquianismo modal originou-se da influência filosofia grega pagã, incluindo as teses
de Euclides e Aristóteles,[8] que
baseavam a sua lógica no monismo e nos
argumentos aristotélicos sobre o conceito da energeia (energia)
chamada metafísica.[9] Como
o conceito que a ontologia (também
chamada de metafísica) podia ser reduzida ou para uma única substância
detectável (chamada de teoria
da substância) ou um único ser (o conceito do Absoluto),[10] a lógica
aristotélica foi a forma com que, ontologicamente (via
metafísica)[nota a], o filósofo helênico (pagão)
Aristóteles pôde racionalizar para desconstruir a consciência humana, sua
existência e o próprio ser para conseguir representar o seu ponto de vista
da Mônade ou "unicidade" (unidade
de todas as coisas), como unidade ou unicidade na "ideia" de Deus e a
substância de Deus (ousia) como essência ou
categoria universal acima do ser finito.[11]
Modalismo
é a ideia de Deus como esta única substância ou ser chamado em grego de ousia (São
João Damasceno dá a seguinte definição
do valor conceitual dos dois termos em sua dialética: Ousia é a coisa
que existe por si própria e que não precisa de mais nada para sua consistência.
Novamente, ousia é tudo que 'subsiste' por si e que não tem sua existência em
outra coisa.)[4]:pg. 51-55.
Esta ousia que então emanasequencialmente várias realidades
infinitas (hypostasis) e não-criadas. Sabélio foi um dos primeiros
teólogos cristãos que aplicou este raciocínio metafísico pagão (lógica
aristotélica) no cristianismo. Ele tentou reduzir cada uma das hipóstases de Deus a simples "modos"
da essência de Deus [4]:pg. 44-67,
uma única essência ou ousia, removendo assim qualquer distinção
entre as existências de deus e a essência de Deus[4]:pg. 44-67.
Posteriormente,
estas realidades foram novamente representadas pelos filósofos não cristãos
após o aparecimento do cristianismo, como o neo-platonismo que as representou como se
amalgamando e fundindo uma na outra. Para Plotino, a Mônade ou Um (o dynamus, dunamis,
potencial, potentia) e o Díade
(criador, energeia, ato) ambos emanam a Tríade, Trindade (Espírito
ou anima mundi).
Plotino então reconciliando Aristóteles e Platão em suas obras, as Enéadas. Plotino ensina ainda que a energia ou
ato tem que ter força ou potencial para emanar[12] (dunamis ou potential definido
como uma vitalidade indeterminada de acordo com A. H.
Armstrong[13]).
Estas realidades se fundem em um mundo material (cosmos) ou Universo.
Assim, Tomás de Aquino,
em seu "Cinco Provas da Existência de Deus", inicia sua prova a
partir de raciocínios de filósofos pagãos sobre a existência de um deus criador
(demiurgo)[14]
Críticas
históricas ao sabelianismo
As
nossas principais fontes para o monarquianismo inicial do tipo modal são
Tertuliano (Adversus Praxean), Hipólito de Roma (Contra Noetum -
fragmento) e a Philosophumena. Contra Noetum e a
perdida Syntagmaforam usadas por Epifânio de Salamina (Haer. 57
"Noecianos"), mas as fontes dele para o capítulo 62 (Sabelianos) são
menos claras.[15] O maior crítico do
sabelianismo foi Tertuliano, que o
chamou de "Patripassianismo" em Adversus Praxeas (cap.
I), das palavras latinas pater ("pai")
e passio do verbo "sofrer", pois o movimento pregava
que Deus Pai teria sofrido na cruz. É
importante notar que as nossas únicas fontes que sobreviveram sobre o
sabelianismo são de autoria de seus detratores. Acadêmicos hoje em dia não
concordam sobre o quê exatamente Sabélio e Práxeas ensinaram. É fácil supor que
Tertuliano e Hipólito tenham exagerado ou interpretado maliciosamente as
opiniões de seus adversários.[15]
Tertuliano
parece afirmar que a maioria dos crentes naquele tempo favoreciam o ponto de
vista sabeliano da unicidade de Deus.[16] Epifânio de Salamina (Adv
Haeres 62), por volta de 375, relata que os
aderentes do sabelianismo ainda podem ser encontrados em grande quantidade,
tanto na Mesopotâmia e
em Roma.[1] O
primeiro Primeiro
Concílio de Constantinopla (381), no
cânone VII, e o Terceiro
Concílio de Constantinopla(680), no cânone XCV, declararam que o
batismo de Sabélio era inválido, o que indica que a crença ainda existia na
época.[1]
Outras
·
Em 225, Hipólito de Roma citou-os
sob o nome de "noecianos" em sua obra "Refutação de
todas as heresias": E alguns deles concordam com a
heresia dos noecianos e afirma que o próprio Pai é o Filho e que Ele é que foi
gerado e sofreu e morreu. Sobre estes, eu voltarei para oferecer uma explicação
de maneira mais exata, pois esta heresia deles já deu motivo para muitas
maldades..[17]
·
Dionísio de Roma escreveu
uma obra chamada "Contra os Sabelianos", na qual ele afirma:"Na
verdade seria justo lutar contra aqueles que, ao dividir e rasgar a monarquia,
que é o mais augusto dos anúncios da Igreja de Deus em, como se fossem três
poderes e distintas substâncias (hipóstases) e três divindades, destruindo-a.
Pois eu ouvi que alguns que pregam e ensinam a palavra de Deus entre vocês
professam esta opinião, que de fato é, por assim dizer, diametralmente oposta à
opinião de Sabélio. Pois ele blasfema ao dizer que o próprio Filho é o Pai e
vice-versa."[18]
·
Tertuliano também
escreveu uma obra inteira contra os sabelianos, chamada "Contra
Práxeas", onde ele defende ferozmente o trinitarismo, contrapondo suas
ideias às de Práxeas, a quem ele faz a seguinte afirmação: "Não, mas
você de fato blasfema, pois você alega não somente que o Pai morreu, msa que
Ele morreu a morte na cruz. Pois amaldiçoados são os que são enforcados numa
árvore - uma maldição que, seguindo a Lei, é compatível com o Filho (no sentido
de que Cristo foi feito uma maldição para nós, mas certamente não o Pai); mas
como, porém, você converte Cristo no Pai, você também é culpado de blasfêmia
contra o Pai."[19]
Influências
Tanto Michael Servetus quanto Emanuel Swedenborg tem
sido interpretados como sendo proponentes do modalismo. Ambos descreveram deus
como sendo "Uma Pessoa Divina", Jesus Cristo, que tem uma "Alma
Divina de Amor", "Mente Divina de Verdade" e "Corpo Divino
de Atividade". Jesus, por um processo de união de sua forma humana com o
Divino, se tornou inteiramente um com sua alma divina do Pai a ponto de não
haver mais distinção de personalidade.[20]
Os Pentecostais
do Nome de Jesus ensinam que o Pai (um ser divino) está unido
com Jesus (um homem) como o Filho de Deus. Porém, há diferenças significativas
com o modalismo sabeliano, pois eles rejeitam o sequencialismo modal e aceitam completamente
a crença de que a humanidade do Filho foi criada (e não é eterna), que foi o
homem Jesus que nasceu, foi crucificado e ressuscitou.
Esta
denominação cristã acredita portanto que o Cristo (Messias) foi
"Filho" apenas quando se tornou humano na terra (encarnando como o
homem Jesus), mas que era o Pai antes de ser feito homem. Eles se referem ao
Pai como "Espírito" e ao Filho como "Carne". Mas eles
acreditam que Jesus e o Pai era essencialmente uma pessoa operando como diferentes
"manifestações". Eles rejeitam ainda a doutrina da Trindade como
sendo "pagã" e não prescrita na Bíblia e acreditam na "doutrina
do Nome de Jesus" no que diz respeito aos batismos. Eles são
frequentemente referidos como "modalistas" ou "sabelianos"
ou "Só Jesus".
Porém,
não é certo que Sabélio tenha ensinado um modalismo dispensacional ou
ensinado o que hoje é a doutrina do Pentecostalismo do Nome de Jesus uma vez
que todas as suas obras se perderam.
2. Reações
à divindade de Jesus.
É digno de
nota que os apóstolos João e Paulo, como os demais, eram judeus e foram criados
num contexto monoteístico. Portanto, não admitiam em hipótese alguma outra
divindade, senão só, e somente só, o Deus Javé de Israel (Mc 12.28-30).
Observemos
que, a cada fala do Senhor Jesus a respeito de sua divindade, de sua igualdade
com o Pai, o próprio apóstolo João registra a reação dos judeus como protesto
(Jo 5.18;' 8.58,59; 10.30-33). Mesmo assim, esses apóstolos não hesitaram em
declarar, com ousadia e abertamente, a deidade absoluta de Jesus (Jo 20.28; Rm
9.5; Cl 2.9; Tt 2.13; 1Jo 5.20).
[Comentário: Javé (em hebraico: יהוה —
(também é utilizada a forma Jeová (que foi formulada por modernistas por volta do
século XIV) e é uma adaptação de Javé (YAHWEH) — é um dos nomes de Deus na
Bíblia. A palavra Javé é uma convenção acadêmica para o hebraico יהוה, transcrito
em letras romanas como YHWH, e conhecido como o Tetragrama, cuja pronuncia e
escrita correta são desconhecidas, as traduções do tetragrama de hoje
(destacando-se Javé) são errôneas pelo fato de não se conhecer a correta
tradução do tetragrama YHWH. O significado mais provável de seu nome seria
"aquele que traz à existência tudo que existe", porém existem
diversas teorias e nenhuma é tida como conclusiva. O Novo Testamento não faz
dificuldade quanto ao fato de Jesus Cristo ser o Messias ou que o Messias é
Deus. Jesus declarou isso de Si mesmo, e os Apóstolos declaram isto sobre
Jesus, mesmo depois que Ele ascendeu aos céus, em todas as cartas do Novo
Testamento às igrejas. Negar isto é reinterpretar a mensagem da Bíblia sem ler
o próprio texto – como muitas pessoas que odeiam Cristo o fazem. Ler e negociar
claramente com o texto é ver a divindade de Jesus Cristo como único e
verdadeiro Deus. Assim como João, Paulo não confunde as palavras sobre Deus
tomar forma de homem ao dizer em 1 Timóteo 3.16 – “E, sem dúvida alguma, grande
é o mistério da piedade: Deus se manifestou em carne, foi justificado no Espírito,
visto dos anjos, pregado aos gentios, crido no mundo, recebido acima na
glória”. Quem se manifestou em carne? Foi Deus. Não foi um ser divino, mas o
próprio Deus. Deus assumiu a forma de servo. Ele propôs a Si mesmo uma nova
natureza que não tinha antes, uma natureza humana.]
3. O
relacionamento entre o Pai e o Filho.
Os pais da
Igreja perceberam também que, além das construções tripartidas, do
relacionamento intratrinitariano e histórico-salvífico revelado nas Escrituras
Sagradas, havia ainda as construções bipartidas que identificam a mesma deidade
no Pai e no Filho. O Pai e o Filho aparecem no mesmo nível de divindade (Gl
1.1; 1Tm 6.13; 2 Tm 4.1). Essas expressões bipartidas provam que o Pai e o
Filho são o mesmo Deus, possuindo a mesma substância, mas são diferentes na
forma e na função, não em poder e majestade. Veja o seguinte exemplo:
"Graça
e paz de Deus, nosso Pai, e do Senhor Jesus Cristo" (Rm 1.7). Os primeiros
cristãos não precisavam de explicações adicionais para compreender a divindade
de Jesus em declarações como essas (2 Pe 1.1).
[Comentário: No relacionamento entre o Pai e
o Filho é importante descrever que as três pessoas da Trindade são distintas e
cumprem papéis diferentes em relação à criação e redenção. Porém, não há uma espécie
de hierarquia, ou cadeia de comando eterna no relacionamento intratrinitariano.
Não devemos confundir a ideia de distinção com submissão. Como todas as outras
ciências, na ciência da teologia alguns termos técnicos são necessários, mas.
deixando os termos pouco usuais “tripartidas, intratrinitariano,
histórico-salvífico, bipartidas” de lado, entendamos que a existência de três
Pessoas distintas na Deidade não significa que cada uma seja como que separada
das outras, assim como um ser humano é separado de outro. Embora os pronomes
singulares, Eu, Tu, e Ele sejam aplicados a cada uma das três Pessoas, os
mesmos pronomes singulares são aplicados ao Deus Triuno. O Pai, Filho e o
Espírito Santo podem ser distinguidos, mas eles não podem ser separados, pois cada
um possui a mesma substância ou essência idêntica. Uma Pessoa da Deidade não
existe sem as outras duas.]
SÍNTESE DO TÓPICO II
Cremos na deidade do Filho de Deus.
CONHEÇA MAIS
Sabelianismo e unigênito
"Heresia
pregada por Sabélio, no III século, cuja principal tónica era a negação da
Santíssima Trindade". "Título que descreve a filiação singular é
única de Jesus em relação a Deus-Pai." Para conhecer mais, leia Dicionário
Teológico, CPAD, pp.282, 324.
SUBSÍDIO TEOLÓGICO
A deidade de Cristo inclui sua
coexistência no tempo e na eternidade, com o Pai e o Espírito Santo. Conforme
indica o prólogo de João, o Verbo é eternamente preexistente, O uso do termo
'Verbo' (no grego, Logos) é significativo, visto que Jesus Cristo é a principal
expressão da vontade divina. Ele não é somente o único Mediador entre Deus e a
humanidade (1Tm 2.5), mas foi também o Mediador na criação. Deus, falando,
trouxe o Universo à existência, através do Filho, a Palavra Viva. Porquanto,
'sem ele nada do que foi feito [na criação] se fez' (Jo 1.3). Colossenses 1.15
diz que Cristo é a 'imagem do Deus invisível'. E a passagem de Hebreus 1.1,2
também proclama a grande verdade: Cristo é a mais completa e melhor revelação
de Deus à humanidade. Desde o começo, o Verbo foi a própria expressão de Deus,
e continua a demonstrá-lo. E então, 'vindo a plenitude dos tempos' (Gl 4.4), o
'Verbo se fez carne e habitou entre nós...' (Jo 1.14).
Antes de
manifestar-se à humanidade dessa nova maneira, o Verbo esteve eternamente em
existência como aquEle que revela a Deus. É bem provável que as teofanias do
Antigo Testamento fossem, na realidade, 'cristofanias', visto que em seu estado
preexistente, os encontros com várias pessoas, pode revelar a vontade de Deus,
estaria de pleno acordo com seu ofício de Revelador" (MENZIES, William;
HORTON, Stanley M. Doutrinas Bíblica: Os fundamentos da nossa fé. 10.ed. Rio de
Janeiro: CPAD, 2010, p. 50).
III - A HUMANIDADE DO FILHO DE DEUS
1. "E
o Verbo se fez carne" (Jo 1.14a).
O prólogo
do Evangelho de João começa com a divindade de Jesus e conclui com a sua
humanidade. O Senhor Jesus Cristo é o verdadeiro Deus e o verdadeiro homem. A
sua divindade está presente na Bíblia inteira, de maneira direta e indireta,
nos ensinos e nas obras de Jesus, com tal abundância de detalhes que
infelizmente não é possível mencioná-los aqui por absoluta falta de espaço. A
encarnação do Verbo significa que Deus assumiu a forma humana. A concepção e o
nascimento virginal de Jesus (Is 7.14; Mt 1.123) são obra do Espírito Santo (Mt
1.20; Lc 1.35). Tal encarnação do Verbo é um mistério (1Tm 3.16).
[Comentário: O Rev Hernandes Dias Lopes
escreve:
“1. Jesus é verdadeiro Deus – Jesus é o verbo
eterno. Ele pré-existe à criação. Ele não teve origem, ele é a origem de todas
as coisas. Antes que todas as coisas viessem a existir, ele já existia
eternamente em comunhão com o Pai e com o Espírito Santo. Mesmo se fazendo
homem, não deixou de ser Deus. Ele não abdicou de sua divindade ao
tabernacular-se entre nós. Mesmo em seu estado de humilhação, revelou seus
atributos divinos. Jesus não foi a primeira criação de Deus como ensinava Ário
de Alexandria no século quarto e como prega ainda hoje a seita, “os Testemunhas
de Jeová”. Na verdade, Jesus é co-igual, co-eterno e consubstancial com o Pai.
Ele é auto-existente e imutável. Ele e o Pai são um. Jesus tem os atributos da
divindade: ele é o criador e sustentador da vida. Ele conhece todas as coisas e
pode todas as coisas. Nele habita corporalmente toda a plenitude da divindade.
Ele foi adorado como Deus. Ele reivindicou ser adorado como Deus. Ele realizou
obras milagrosas como Deus. Sua vida, seus ensinos e suas obras provam, de forma
irrefutável, sua divindade.
2. Jesus é verdadeiro homem – O verbo divino
fez-se carne. O eterno entrou no tempo. O infinito tornou-se finito. O senhor
se fez servo. Aquele que estava entronizado acima dos querubins foi desprezado
pelos homens. Aquele cujas hostes celestes adoravam sem cessar foi cuspido
pelos seus algozes. Aquele que é bendito eternamente fez-se maldição por nós e
foi traspassado na cruz pelas nossas iniqüidades. Aquele que jamais conheceu
pecado foi feito pecado por nós. Aquele que nem os céus dos céus podem contê-lo
esvaziou-se e humilhou-se nascendo numa família pobre, num berço pobre, numa
cidade pobre e viveu como pobre, sem ter onde reclinar a cabeça. Ele foi
verdadeiro homem. Como homem foi sujeito a seus pais. Como homem aprendeu a
obedecer. Como homem sofreu cansaço, sede, fome e finalmente foi preso,
açoitado e pregado na cruz, onde morreu. Como homem ele se identificou conosco
e morreu a nossa morte para vivermos a sua vida. Se Jesus não fosse Deus não
poderia oferecer um sacrifício de valor infinito. Se não fosse homem não
poderia ser o nosso substituto. Porque é Deus e ao mesmo tempo homem pode ser o
mediador entre Deus e os homens. Porque é Deus homem pôde fazer um sacrifício
perfeito, capaz de expiar a culpa de todo aquele que nele crê.” Jesus:
verdadeiro Deus, verdadeiro homem, Rev. Hernandes Dias Lopes]
2. Características
humanas.
Assim como as Escrituras
revelam a deidade absoluta de Jesus, da mesma forma elas ensinam que Ele é
plenamente homem: "Jesus Cristo, homem" (1Tm 2.5). Há abundantes e
incontestáveis provas de sua humanidade, ou seja, de que Ele nasceu, cresceu e
viveu entre nós. Seu nascimento é contado com detalhes nos dois primeiros
capítulos de Mateus e de Lucas. Ele cresceu em estatura física e intelectual
(Lc 2.52); e sentiu fome, sede, sono e cansaço (Mt 4.2; 8.24; Jo 4.6; 19.28).
[Comentário: É importante ressaltar que
embora permanecesse em tudo divino, Cristo tomou sobre si uma natureza humana
com suas tentações, humilhações e fraquezas, porém sem pecado (vv. 7,8; Hb
4.15) – enquanto homem, Ele não deixou de ser Deus. Jesus é Deus e Homem ao
mesmo tempo, eternamente, numa só Pessoa. Conforme disse o teólogo
contemporâneo J. I. Packer: “Temos aqui dois mistérios pelo preço de um - a
pluralidade de Pessoas na unidade de Deus e a união de Deus com a humanidade,
na Pessoa de Jesus Cristo... Nada na ficção é tão fantástico como o que
acontece na verdade da Encarnação.” J.I. Packer, Knowing God (Downers Grove,
Illinois: InterVarsity Press, 1993 edition), p. 53 . A verdade sobre a
humanidade de Jesus é tão importante como a verdade sobre a Sua Divindade. O
apóstolo João fala claramente sobre qualquer pessoa que nega que Jesus é Homem,
chamando-a anticristo. (1Jo 4.2-3; 2Jo 1.7). A humanidade de Jesus é mostrada
no fato de que Ele nasceu como um bebê, de mãe humana (Lc 2.7; Gl 4.4); que Ele
se cansava (Jo 4.6); tinha sede (Jo 19.28); teve fome (Mt 4.2) e experimentou
todas as emoções humanas, tais como Se maravilhar (Mt 8.10), entristecer-Se e
chorar (Jo 11.35). Ele viveu na Terra exatamente como todos nós vivemos.]
3.
Necessidade da encarnação do Verbo.
Jesus foi
revestido do corpo humano porque o pecado entrou na humanidade por meio do
casal Adão e Eva, seres humanos, e pela justiça de Deus o pecado tinha de ser
vencido também por um ser humano (Rm 5.12, 17-19). Jesus se fez carne. Fez-se
homem sujeito ao pecado, embora nunca houvesse pecado, e venceu o pecado como
homem (Rm 8.3). A Bíblia mostra que todo o género humano está condenado; que o
homem está perdido e debaixo da maldição do pecado (SI 14.2,3; Rm 3.23). Todos
são devedores, por isso, ninguém pode pagar a dívida do outro. A Bíblia afirma
que somente Deus pode salvar (Is 43.11). Então, esse mesmo Deus tornou-se
homem, trazendo-nos o perdão de nossos pecados e cumprindo Ele mesmo a lei que
promulgara (At 4.12; 1Tm 3.16; Cl 2.14).
[Comentário: No evangelho de João (1.14)
lemos: “O Verbo se fez carne”. João também disse: “Jesus Cristo veio em carne
[...] todo espírito que não confessa que Jesus Cristo veio em carne não é de
Deus, mas este é o espírito do anticristo”. Paulo também, em 1 Timóteo 3.16,
insiste que “Deus se manifestou em carne”. Quase todos os versículos dos
evangelhos pressupõem a encarnação. Nas palavras do teólogo Louis Berkhof, a
encarnação do Verbo “é o milagre dos milagres”. A fé na Encarnação verdadeira
do Filho de Deus é o sinal distintivo da fé cristã: “Nisto reconheceis o
Espírito de Deus. Todo espírito que confessa que Jesus Cristo veio na carne é
de Deus” (1Jo 4,2). Crer de forma correta é importante, se não incorreremos nas
heresias que tanto incomodaram a Igreja e ainda persistem. Como Ário (250-336
d.C.), que fora presbítero de Alexandria entre o fim do século 3 e inicio do
século 4 depois de Cristo, o qual não admitia que Jesus era Deus, o Verbo
encarnado. Ele acreditava que Jesus teve um começo, ou seja, que foi criado por
Deus. Sua idéia é que houve tempo em que Jesus não existiu, ou seja, que este
fora criado por Deus, isso implica que Jesus não é eterno. Foi Atanásio
(296-373 d.C.) quem rebateu esta heresia. Paulo em Cl 3.15 diz que Jesus é a
imagem do Deus invisível, apontando para a revelação do próprio Deus, pois a
expressão imagem está ligada também à encarnação, ou seja, é uma forma humana
de se ver Deus.]
SÍNTESE DO TÓPICO III
Cremos na humanidade do Filho de Deus.
SUBSÍDIO TEOLÓGICO
Jesus
Cristo não somente era pleno Deus, como pleno ser humano. Ele não era em parte
Deus e em parte homem. Antes, era cem por cento Deus, e, ao mesmo tempo, cem
por cento homem. Em outras palavras, Ele exibia um conjunto pleno tanto de
qualidades divinas quanto de qualidades humanas, numa mesma Pessoa, de tal modo
que essas qualidades não interferiram uma com a outra. Ele há dl retornar como
'esse mesmo Jesus' (At 1.11). Numerosas passagens ensinar claramente que Jesus
de Nazaré tinha um corpo verdadeiramente humano uma alma racional. Eram
características de seres humanos não-caídos (isto ; é, Adão e Eva), que nEle
podiam ser encontradas. Ele foi, verdadeiramente, o Segundo Adão (1Co
15.45,47).
As narrativas dos evangelhos aceitam
automaticamente a humanidade de Cristo. Ele é descrito como um bebé, na
manjedoura, e sujeito às leis humanas do crescimento. Ele aprendeu, sentia
fome, sentia sede e se cansava (Mc 2.15; Jo 4.6). Ele também sofreu , ansiedade
e desapontamentos (Mc 9.19); sofreu dor física e mental, e sucumbiu diante da
morte (Mc 14.33,37). Na epístola aos Hebreus há grande cuidado em se mostrar
sua plena identificação com a humanidade (2.9,17; 4.15; 5.7,8 e 12.2).
A verdade,
pois, é que na pessoa única do Senhor Jesus Cristo habitam uma natureza
plenamente divina e outra plenamente humana, sem se confundirem. Ele é,
verdadeiramente, pleno Deus e pleno ser humano, Céu e Terra juntos na mais
admirável de todas as pessoas" (MENZIES, William; HORTON, Stanley M,
Doutrinas Bíblica: Os fundamentos da nossa fé, 10.ed. Rio de Janeiro: CPAD,
2010, p. 51).
CONCLUSÃO
O Senhor
Jesus Cristo é a mais controvertida de todas as personagens da História porque
é o único que é o verdadeiro Deus e o verdadeiro homem, e a sua verdadeira
identidade só é possível pela revelação (Mt 16.17; 1Co 12.3). Isso revela a sua
divindade.
[Comentário: Uma lição como estas merece um
tempo maior para nos aprofundarmos neste assunto tão importante para a fé
cristã. A doutrina de Cristo hoje em dia é muitas vezes exposta de maneira
completamente naturalista. Quando João inicia seu evangelho com "No
princípio" ele reflete Gênesis 1.1 e também é usado em 1Jo 1.1 como uma
referência para a encarnação. Os Versículos 1 a 5 são uma afirmação da
pré-existência divina de Jesus Cristo antes da criação (Jo 1.15; 8.56-59;
16.28; 17.5; 2Co 8.9; Fp 2.6-7; Cl 1.17, Hb 1.3; 10.5-9). A Bíblia ensina que
Jesus é tanto verdadeiro homem quanto verdadeiro Deus, duas naturezas em uma só
pessoa. Jesus assumiu uma natureza humana em sua encarnação, e desde então
possui uma perfeita humanidade (Corpo e Alma) e uma Perfeita Divindade; duas
naturezas completas que, apesar de unidas, preservam suas propriedades,
formando uma única pessoa, Jesus Cristo.] “Ora, àquele que é poderoso para vos
guardar de tropeçar e apresentar-vos irrepreensíveis, com alegria, perante a
sua glória. Ao único Deus sábio, Salvador nosso, seja glória e majestade,
domínio e poder, agora, e para todo o sempre. Amém”. (Judas 24-25),
PARA REFLETIR
A respeito
do Senhor e Salvador Jesus Cristo, responda:
• Que
ideia transmite o termo "unigénito" em relação a Jesus?
A etimologia
do termo "unigénito", monogenés, em grego, indica a deidade do Filho.
Unigénito, quando empregado em relação a Jesus, transmite a ideia de
consubstancialidade.
• O que
representa para o sabelianismo, "e o Verbo estava com Deus"?
Significa um
golpe mortal, pois "o Verbo estava com Deus" é uma indicação do
relacionamento intratrinitariano, ou seja, entre a Trindade, antes mesmo da
fundação do mundo.
• O que
identificam as construções bipartidas no Novo Testamento?
As construções
bipartidas identificam a mesma deidade no Pai e no Filho. O Pai e o Filho
aparecem no mesmo nível de divindade. Essas expressões bipartidas provam que o
Pai e o Filho são o mesmo Deus, possuindo a mesma substância, mas são
diferentes na forma e na função, não em poder e majestade.
• Como
começa e termina o prólogo do evangelho de João?
O prólogo do
Evangelho de João começa com a divindade de Jesus e conclui com a sua
humanidade.
• Por que
o Senhor Jesus é a personagem mais controvertida da História?
O Senhor Jesus
Cristo é a mais controvertida de todas as personagens da História porque é o
único que é o verdadeiro Deus e o verdadeiro homem, e a sua verdadeira
identidade só é possível pela revelação.
ALBERTOARAÚJO
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.