Esperança da
Vida Eterna
“Na verdade, na verdade vos digo que aquele
que crê em mim tem a vida eterna”. João 6.47
-Introdução: A
vida eterna sempre fez parte do propósito de Deus para a humanidade (Eclesiastes 3.14), mas por causa do pecado Deus guardou
a árvore da vida (Gênesis 3.22). Somente em Cristo Jesus podemos
agora conhecer a manifestação da Vida Eterna novamente sendo livres da morte e
do pecado (I João 1.2).
Você tem certeza da
Vida Eterna?
Podemos aprender mais sobre a esperança da Vida Eterna:
1- O que é a Vida Eterna?
João 17.3 “E a vida eterna é esta; que te
conheçam, a ti só, único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste”.
Acreditamos que a vida eterna é voltar
a viver além da morte. Mas gastaríamos muito tempo para explicar o que é a vida
eterna e mesmo assim não seria possível dizer tudo a respeito, pois os detalhes
fazem parte dos mistérios de Deus (Deuteronômio 29.29).
Podemos resumir alguns pontos a
respeito da Vida Eterna:
a) Fruto do amor de Deus: somente pela misericórdia Divina que
amou a humanidade ao ponto de entregar seu Filho Jesus Cristo para nossa
salvação é que podemos “não perece, mas
tem a vida eterna” (João 3.15,16).
b) Dom de Deus: Deus é eterno (Deuteronômio 33.27) e, portanto o único que pode conceder
a eternidade. O próprio Jesus é “o verdadeiro Deus
e a vida eterna” (I João 5.20). Jesus tem o poder de nos dar a vida
eterna (João 17.2).
c) Gratuita: a Vida Eterna é de Graça (Romanos 6.23). Mesmo embora sejamos carnais e
pecadores, por isso um dia morreremos, mas pela graça de Deus que nos salva
poderemos receber a vida pela ressurreição (Daniel
12.2) quando “estaremos para sempre com o Senhor” (I Tessalonicenses 4.16,17).
d) Vontade de Deus: Doar a vida eternamente para nós
pecadores é o maior desejo de Deus,“porquanto a
vontade daquele que me enviou é esta: que todo aquele que vê o Filho, e crê
n’Ele, tenha a vida eterna; e eu o ressuscitarei no último dia” (João 6.40). Deus não quer que ninguém se perca e
por isso nos oferece a vida novamente (Lucas 19.10).
O propósito de Deus para todos os seus
filhos é que vivam para sempre junto com o Senhor. Então desde o momento em que
estamos na presença de Deus já estamos começando esta nova vida.
Somente na presença de Deus existe Vida
Eterna!
2- Como alcançar a Vida Eterna?
João 5.24 “Na verdade, na verdade vos digo que,
quem ouve a minha palavra, e crê naquele que me enviou, tem a vida eterna, e
não entrará em condenação, mas passou da morte para a vida”.
Duas pessoas fizeram esta pergunta a
Jesus. Quando um intérprete da lei perguntou a Jesus como receberia a Vida
Eterna, o Mestre lhe contou a parábola do bom samaritano orientando-o a viver
em amor (Lucas 10.25-37). O jovem rico também fez a mesma
pergunta a Jesus que lhe desafiou a deixar tudo o que tem em favor dos
necessitados, mostrando que além de amar ao próximo devemos deixar de amar as
coisas deste mundo (Lucas 18.18-30).
Recebemos a Vida Eterna quando
reconhecemos a Jesus como Senhor (João 17.3) e passamos a viver “em esperança da vida eterna, a qual
Deus, que não pode mentir, prometeu antes dos tempos dos séculos” (Tito 1.2).
Neste texto Jesus deixou claro duas
coisas que são necessárias para receber a Vida Eterna:
a) Fé: a primeira condição para receber a Vida
Eterna é acreditar, pois “aquele que crê no
Filho tem a vida eterna” (João 3.36). Precisamos acreditar em Deus não
somente para receber bênçãos e sim “crer nele para a
vida eterna” (I Timóteo 1.16). Não é algo forçado intelectualmente
e sim uma esperança que flui do interior de quem tem fé (João 4.14). A Vida Eterna é uma promessa
garantida por Jesus “E dou-lhes a vida
eterna, e nunca hão-de perecer, e ninguém as arrebatará da minha mão” (João 10.28). Isso significa que quando cremos
para a salvação, entregando nossas vidas a Jesus como Senhor e Salvador, logo
recebemos a vida eterna.
b) Palavra de Deus: Quando aprendemos a Palavra ficamos
sabendo que somos herdeiros da vida eterna. O propósito do Evangelho é “...para que saibais que tendes a vida
eterna, e para que creiais no nome do Filho de Deus” (I João 5.13). A própria mensagem da Bíblia são
“palavras de vida Eterna” (João 6.68). Ao estudar as Escrituras estamos
alimentando nossa fé (Romanos 10.17) e buscando o conhecimento de Jesus e
da vida eterna (João 5.39).
Na verdade não somos nós quem
alcançamos a eternidade, que seria inalcançável para nós pecadores. Nós é que
fomos alcançados pela Graça de Deus que nos deu “vida e vida em abundância”(João 10.10).
Creia na Palavra de Deus e receba a
Vida Eterna!
3- O que devo fazer?
Tito 3.7 “Para
que, sendo justificados pela sua graça, sejamos feitos herdeiros, segundo a
esperança da vida eterna”.
Na verdade Jesus já fez tudo e quando
morreu na cruz declarou "está
consumado" (João 19.30). Mas Paulo orientou a Timóteo: “toma posse da vida eterna” (I Timóteo 6.12), por isso também acreditamos que
devemos buscar esta confiança da Vida Eterna. Não podemos receber “a graça de Deus em vão” (II Coríntios 6.2), nem podemos pensar que sejamos
melhores que os outros porque fomos salvos pois somos salvos pela Graça (Efésios 2.8).
O que devemos fazer então como
herdeiros da vida eterna?
a) Agradecer a Deus: celebramos a Vida Eterna na Santa Ceia,
pois Jesus disse que “quem come a minha
carne, e bebe o meu sangue, tem a vida eterna, e eu o ressuscitarei no último
dia” (João 6.54).
b) Perseverar: continuar nesta mesma fé e na Palavra
de Deus, “conservai-vos a
vós mesmos no amor de Deus, esperando a misericórdia do nosso Senhor Jesus
Cristo para a vida eterna” (Judas 1.21).
c) Testemunhar: o testemunho em nossas vidas mostra que
somos pessoas que viverão para sempre com Deus (I João 5.11).
d) Santificar: lutamos contra o pecado que traz a
morte e buscamos nos santificar para receber a vida eterna (Romanos 6.22).
Devemos viver neste mundo esperando a
eternidade, por isso abrimos mão de muitas coisas em prol da vida eterna (João 12.25). Esta é a maior bênção que podemos
receber.
Nunca saia da presença de Deus que te
salvou!
Jesus quer te dar a
Vida Eterna!
- CONCLUSÃO: I João 2.25 “E esta é a promessa que ele nos fez: a
vida eterna”.
Nunca podemos esquecer esta mensagem da
salvação e da vida espiritual na presença de Deus. Embora Jesus nos cure,
restaure, liberte e livre de todo mal aqui nesta terra, sua maior promessa é
nos fazer viver eternamente em sua presença. Não podemos ser cristãos que
pensam somente em bênçãos terrenas, pois "se
esperamos em Cristo só nesta vida, somos os mais miseráveis de todos os
homens" (I Coríntios 15.19).
Creia e receba a Vida Eterna em Jesus!
Significado
de João 17
Significado de João 17
João
17
17.1,2 — E
chegada a hora. Ao
longo de todo o Evangelho de João, Jesus se refere à cruz como sendo Sua hora
(Jo 2.4; 7.30; 8.20; 12.23; 13.1). A hora da Sua morte havia chegado. Glorifica
a teu Filho. Jesus estava pedindo ao Pai que Sua missão se fizesse conhecida ao
mundo por meio da cruz. Foram dois os motivos que o levaram a fazer esse
pedido:
(1) Para que também
o teu Filho te glorifique ati. Na cruz, Jesus revelaria o Pai ao mundo, ou
seja, o amor e a justiça dele;
(2) para que por
meio da morte do Filho na cruz, Deus concedesse o perdão de pecados e a vida
eterna a todos que cressem.
17.3 — Que
conheçam a ti. A
vida eterna está em conhecermos cada vez mais o único Deus verdadeiro, e não os
falsos deuses.
17.4,5 — Eu
glorifiquei-te. Jesus
tornou o Pai conhecido de todos ao completar a obra que Ele lhe tinha
dado. Glorifica-me tu, ó Pai. Jesus pediu ao Pai que lhe desse
novamente a glória que Ele tinha no céu antes de deixá-lo (Fp 2.6). Essa é
outra prova da divindade e da pré-existência de Cristo (Jo 1.1-14).
17.6-8 — Manifestei o
teu nome aos homens, ou seja, aos apóstolos, àqueles que Jesus preparou para serem
colunas da Igreja que teria início no Pentecostes. Jesus orou por aqueles que
Ele deixaria na terra para cumprir Sua missão.
17.9,10 — A expressão
não rogo pelo mundo revela que Jesus estava orando apenas pelos cristãos
daquela época e do futuro (Jo 17.20; Lc 23.34).
Por aqueles que me
deste. O
apóstolo Paulo demonstra ter a mesma prioridade (Cl 1.4,9). Muitos cristãos
oram para que os perdidos aceitem a Jesus, mas depois os relegam apenas a um
caderno de oração. O momento em que Jesus e os discípulos começavam a orar mais
intensamente é o mesmo em que temos a tendência de parar.
17.11 — Esse
versículo revela a preocupação que Jesus teve com Seus discípulos antes de
partir. Ele iria para o Pai, mas eles não poderiam ir. Jesus então pede ao Pai
que guarde os discípulos em nome do Pai. Pede que os guardasse a fim de que
permanecessem fiéis à revelação de Deus dada por Ele próprio [Jesus] enquanto
esteve com eles. Os discípulos teriam um novo relacionamento com o Pai e o
Filho no futuro, por conta do ministério do Espírito Santo.
17.12 — Nenhum
deles se perdeu. Jesus
protegeu os discípulos durante Seu ministério terreno (Jo 18.9). Judas, o filho
da perdição, é citado à parte dos apóstolos. Ele nunca fez parte do grupo dado
a Cristo (Jo 18.8,9). Ele nunca realmente se tornou um daqueles que creram (Jo
6.64-71), e muito menos um daqueles que foram purificados (Jo 13.11).
17.13 — Digo isto
no mundo. Jesus orou em voz alta (v. 1) para que Suas palavras
confortassem os apóstolos quando eles se lembrassem que Ele os havia entregado
aos cuidados do Pai.
17.14,15 — Não são do
mundo. Sem sombra de dúvidas, esse é o maior desafio de todo cristão ao travar
suas batalhas espirituais. O Senhor não quer nos tirar do mundo (v. 15),
tampouco nos quer fazendo parte do mundo (v. 16). Nós fomos enviados ao mundo
(v. 18), mas não fazemos parte dele. No entanto, a tendência é pendermos para
um dos extremos: ou fazemos parte do mundo e nos envolvemos com ele, a ponto de
não haver diferença nenhuma entre nossa vida cristã e o sistema mundano, ou nos
isolamos do mundo para que nossa vida de retidão não seja afetada por ele.
Contudo, tanto o envolvimento com o sistema mundano como o isolamento dele foge
ao padrão que Cristo determinou para nós. Jesus disse: Eis que vos envio como
ovelhas ao meio de lobos (Rm 12.1,2; Fp 2.14-16).
Não peço que os
tires do mundo. Embora
caiba ao Pai a tarefa de tirar (gr. airo) os ramos do solo (Jo
15.2), Cristo não quer que eles sejam tirados (gr. epairo) do
mundo. O verbo tirar nesse versículo é o mesmo registrado em João 15.2, e não
significa retirar ou cortar.
Do mal. A designação
mal aqui pode ser genérica (o mal) ou masculina (o maligno, ou seja, Satanás).
17.16-18 — O termo
santifica-os significa separa- os. Nós podemos compreender essa declaração de
duas formas: (1) separar para a santidade ou (2) separar para a obra. De acordo
com a primeira definição, Jesus estava orando não apenas para que os discípulos
fossem guardados do mal, mas para que eles também se santificassem mais.
Contudo, no versículo 18, a santificação parece se referir à missão dos
discípulos, indicando que o termo santifica-os também pode significar que Jesus
estava separando Seus discípulos para isso mesmo. A tua palavra é a verdade é
uma declaração poderosa da certeza que Jesus tinha da veracidade das
Escrituras. A opinião das pessoas pode variar e suas atitudes podem ser
nitidamente dúbias, mas a Palavra de Deus é sempre verdadeira.
17.19 — Me
santifico a mim mesmo. Jesus não se referia a um processo de santificação.
Ele se referia ao Seu autossacrifício e ao Seu total comprometimento com a
missão que o Pai lhe designara. Esse é o exemplo que deveria fazer com que Seus
seguidores se entregassem da mesma maneira.
17.20 — Por
aqueles que [...] hão de crer. Jesus orou não apenas por aqueles
que o Pai lhe tinha dado (v. 9), mas por todos os futuros cristãos — pela
unidade (v. 20-23) e glória futura deles (v. 24-26). Se você é um cristão, essa
oração é por você também.
17.21 — Para
que todos sejam um. O
verbo ser no presente do indicativo mostra que Jesus orou pela unidade que
haveria por meio da santificação dos cristãos. E era exatamente isso que Jesus
estava dizendo em João 13.34,35: Seus servos tinham que amar uns aos outros
para que o mundo visse como o amor de Deus é verdadeiro. A relação de amor
entre os cristãos é o maior testemunho de Jesus Cristo.
17.22 — A
glória. A
revelação de Jesus Cristo por meio dos discípulos é o caminho para a unidade.
Essa unidade começa com a fé e o entendimento correto de Jesus e de Deus Pai,
ou seja, da Sua doutrina. Não obstante, a fé correta tem de dar frutos — uma
vida que expressa o amor de Deus e gera unidade entre todos os cristãos.
17.23 — Eu
neles, e tu em mim. O
Pai e o Filho existindo como um só, e o Filho existindo do mesmo modo na
Igreja, também é um meio de se chegar à unidade, a maior expressão do amor de
Deus (Jo 3.35; Rm 8.17).
17.24 — Eles estejam
comigo é uma oração para que os cristãos sejam glorificados no futuro. Para que
vejam a minha glória. Os apóstolos viram a glória de Jesus em Suas palavras e
em Suas obras (v. 22). Jesus orou para que todos os cristãos vissem Sua glória,
manifestada na plena revelação da Sua divindade.
17.25,26 — Jesus
concluiu Sua oração resumindo vários temas importantes: (1) conhecer o Deus
justo (santo);
(2) Sua origem
divina;
(3) a revelação do
nome do Pai; (4) a unidade do amor mútuo entre o Pai, o Filho e os cristãos.
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