sábado, 30 de janeiro de 2016

Quando se dará o ARREBATAMENTO?

Quando se dará o ARREBATAMENTO?


Pós-milenismo

Nesta visão após uma crescente pregação do Evangelho e da conseqüente aquisição das bênçãos e melhora moral, social e espiritual da raça humana decorrentes desta pregação seria estabelecido o milênio, a partir do exato momento que a Cristandade fosse maioria na Terra. Deste ponto após mil anos viria Jesus.
Este movimento foi uma reação ao amilenismo da era posterior à reforma, e atualmente está "fora de moda", devido especialmente ao que ocorreu na I e na II Guerras Mundiais.
Como argumentação contraria a esta visão temos, entre outras coisas, que:
Se baseia em interpretações alegóricas de várias profecias, incluindo Apocalipse 20

Cristo em sua volta encontrará um mundo corrompido e uma igreja apóstata:
"E disse ele: Rogo-te, pois, ó pai, que o mandes à casa de meu pai, (28) pois tenho cinco irmãos; para que lhes dê testemunho, a fim de que não venham também para este lugar de tormento. (29) Disse-lhe Abraão: Têm Moisés e os profetas; ouçam-nos. (30) E disse ele: Não, pai Abraão; mas, se algum dentre os mortos fosse ter com eles, arrepender-se-iam. (31) Porém, Abraão lhe disse: Se não ouvem a Moisés e aos profetas, tampouco acreditarão, ainda que algum dos mortos ressuscite." (Lc. 16:27-31 ACF)

"Mas o Espírito expressamente diz que nos últimos tempos apostatarão alguns da fé, dando ouvidos a espíritos enganadores, e a doutrinas de demônios" (I Tm. 4:1 ACF)

"Sabe, porém, isto: que nos últimos dias sobrevirão tempos trabalhosos." (II Tm. 3:1 ACF)

Somente após a volta de Jesus é que ocorrerá a conversão de Israel e das nações:

"E com isto concordam as palavras dos profetas; como está escrito: (16) Depois disto voltarei, E reedificarei o tabernáculo de Davi, que está caído, Levantá-lo-ei das suas ruínas, E tornarei a edificá-lo. (17) Para que o restante dos homens busque ao Senhor, E todos os gentios, sobre os quais o meu nome é invocado, Diz o Senhor, que faz todas estas coisas." (At. 15:15-17 ACF)

Uma análise do texto em Apocalipse 19 e 20 exige a vinda de Cristo antes do milênio: 

"E vi o céu aberto, e eis um cavalo branco; e o que estava assentado sobre ele chama-se Fiel e Verdadeiro; e julga e peleja com justiça." (Ap. 19:11 ACF)

"E vi a besta, e os reis da terra, e os seus exércitos reunidos, para fazerem guerra àquele que estava assentado sobre o cavalo, e ao seu exército. (20) E a besta foi presa, e com ela o falso profeta, que diante dela fizera os sinais, com que enganou os que receberam o sinal da besta, e adoraram a sua imagem. Estes dois foram lançados vivos no lago de fogo que arde com enxofre." (Ap. 19:19-20 ACF)
"Ele prendeu o dragão, a antiga serpente, que é o Diabo e Satanás, e amarrou-o por mil anos." (Ap. 20:2 ACF)

Amilenismo

Nesta visão não haverá nenhum milênio. Se houver um reino ele está acontecendo agora, através do reinado de Cristo sobre a Sua Igreja. As condições de vida nesta era irão se deteriorando progressivamente até a volta de Jesus ao término da era da Igreja. E o retorno do Senhor será imediatamente seguido de uma ressurreição geral, de um julgamento e do início da eternidade.
Esta visão foi introduzida por Agostinho no século IV ou V. Dizia ele que a Igreja é o Reino, que não há participação de Israel no Reino e que a dispensação da graça (a era atual) é o milênio. Esta é a posição sustentada até hoje pela igreja católica romana.

Como contra-argumentação a esta posição temos que:
A aliança abraâmica sendo incondicional deve ser concluída literal e integralmente por Israel. 
Muitas profecias e promessas a Israel devem ser alegorizadas.

Romanos 11 e Apocalipse 20 devem ser inteiramente
"reinterpretados": 

"Digo, pois: Porventura rejeitou Deus o seu povo? De modo nenhum; porque também eu sou israelita, da descendência de Abraão, da tribo de Benjamim. (2) Deus não rejeitou o seu povo, que antes conheceu. Ou não sabeis o que a Escritura diz de Elias, como fala a Deus contra Israel, dizendo: (3) Senhor, mataram os teus profetas, e derribaram os teus altares; e só eu fiquei, e buscam a minha alma? (4) Mas que lhe diz a resposta divina? Reservei para mim sete mil homens, que não dobraram os joelhos a Baal." (Ro. 11:1-4 ACF)


Não estamos no milênio, pois não há nem sinal das gloriosas bênçãos prometidas, entre elas
Paz Universal:

"E ele julgará entre as nações, e repreenderá a muitos povos; e estes converterão as suas espadas em enxadões e as suas lanças em foices; uma nação não levantará espada contra outra nação, nem aprenderão mais a guerrear." (Is. 2:4 ACF)

Alegria e gozo:
"E vós com alegria tirareis águas das fontes da salvação. (4) E direis naquele dia: Dai graças ao SENHOR, invocai o seu nome, fazei notório os seus feitos entre os povos, contai quão excelso é o seu nome. (5) Cantai ao SENHOR, porque fez coisas grandiosas; saiba-se isto em toda a terra. (6) Exulta e jubila, ó habitante de Sião, porque grande é o Santo de Israel no meio de ti." (Is. 12:3-6 ACF)

Santidade
"Naquele dia será gravado sobre as campainhas dos cavalos: SANTIDADE AO SENHOR; e as panelas na casa do SENHOR serão como as bacias diante do altar. (21) E todas as panelas em Jerusalém e Judá serão consagradas ao SENHOR dos Exércitos, e todos os que sacrificarem virão, e delas tomarão, e nelas cozerão. E, naquele dia não haverá mais cananeu na casa do SENHOR dos Exércitos." (Zc. 14:20-21 ACF)

Uma língua comum a todas as pessoas: 
"Porque então darei uma linguagem pura aos povos, para que todos invoquem o nome do SENHOR, para que o sirvam com um mesmo consenso." (Sf. 3:9 ACF)

Cristo tomou o Seu reino, mas não o inaugurou, pois isto se dará após a Sua vinda:

"Disse pois: Certo homem nobre partiu para uma terra remota, a fim de tomar para si um reino e voltar depois." (Lc. 19:12 ACF)

Pré-milenismo

Nesta visão a segunda vinda de Cristo ocorrerá antes do milênio e Cristo, e não a igreja (como no pós-milenismo) irá estabelecer o Reino. Cristo irá literalmente reinar sobre a Terra, e durante o milênio haverá o cumprimento das promessas feitas a Abraão e a Davi. A era atual (dispensação da graça) irá vivenciar uma crescente apostasia e degeneração que culminará com a Grande Tribulação, imediatamente antes da segunda vinda do Senhor. Quando Ele retornar estabelecerá Seu Reino por 1000 anos, após os quais acontecerá a ressurreição e julgamento dos não salvos e o início da eternidade.
Esta visão deriva de uma leitura direta, simples e literal das escrituras sagradas, não demandando qualquer alegorização ou espiritualização do texto, e é a única visão que contempla todas as profecias e promessas da Palavra de Deus. Esta deve ser então a forma de ver a época e os acontecimentos que ainda estão por vir, por ser a única forma bíblica de ver estes fatos.

A Natureza da segunda vinda
Os Cristãos aguardam ansiosamente a segunda vinda de Cristo, entretanto alguns não tem a clara noção de como se dará esta segunda vinda. Vamos assim analisar a natureza da segunda vinda de Nosso Senhor, que será:

Inesperada

"Mas daquele dia e hora ninguém sabe, nem os anjos do céu, mas unicamente meu Pai. E, como foi nos dias de Noé, assim será também a vinda do Filho do homem." (Mt. 24:36-37 ACF)

"Vigiai, pois, porque não sabeis o dia nem a hora em que o Filho do homem há de vir." (Mt. 25:13 ACF)

"Olhai, vigiai e orai; porque não sabeis quando chegará o tempo. É como se um homem, partindo para fora da terra, deixasse a sua casa, e desse autoridade aos seus servos, e a cada um a sua obra, e mandasse ao porteiro que vigiasse. Vigiai, pois, porque não sabeis quando virá o senhor da casa; se à tarde, se à meia-noite, se ao cantar do galo, se pela manhã." (Mc. 13:33-35 ACF)

Pessoal:

"E quando eu for, e vos preparar lugar, virei outra vez, e vos levarei para mim mesmo, para que onde eu estiver estejais vós também." (Jo. 14:3 ACF)

"Arrependei-vos, pois, e convertei-vos, para que sejam apagados os vossos pecados, e venham assim os tempos do refrigério pela presença do Senhor, e envie ele a Jesus Cristo, que já dantes vos foi pregado. O qual convém que o céu contenha até aos tempos da restauração de tudo, dos quais Deus falou pela boca de todos os seus santos profetas, desde o princípio." (At. 3:19-21 ACF)

Corporal
"Os quais lhes disseram: Homens galileus, por que estais olhando para o céu? Esse Jesus, que dentre vós foi recebido em cima no céu, há de vir assim como para o céu o vistes ir". (At. 1:11 ACF)

Em glória:
"Porque o Filho do homem virá na glória de seu Pai, com os seus anjos; e então dará a cada um segundo as suas obras." (Mt. 16:27 ACF)

"E quando o Filho do homem vier em sua glória, e todos os santos anjos com ele, então se assentará no trono da sua glória;" (Mt. 25:31 ACF)

Em duas etapas: 

1ª Etapa (O Arrebatamento): Se dará nos ares, será a busca de Sua noiva (Igreja):

"Porque o mesmo Senhor descerá do céu com alarido, e com voz de arcanjo, e com a trombeta de Deus; e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro. Depois nós, os que ficarmos vivos, seremos arrebatados juntamente com eles nas nuvens, a encontrar o Senhor nos ares, e assim estaremos sempre com o Senhor." (I Ts. 4:16-17 ACF)

"Digo-vos que naquela noite estarão dois numa cama; um será tomado, e outro será deixado. Duas estarão juntas, moendo; uma será tomada, e outra será deixada. Dois estarão no campo; um será tomado, o outro será deixado." (Lc. 17:34-36 ACF)

2ª Etapa (A Implantação do Reino): Se dará em terra para julgar ao mundo

"E naquele dia estarão os seus pés sobre o monte das Oliveiras, que está defronte de Jerusalém para o oriente; e o monte das Oliveiras será fendido pelo meio, para o oriente e para o ocidente, e haverá um vale muito grande; e metade do monte se apartará para o norte, e a outra metade dele para o sul. E fugireis pelo vale dos meus montes, pois o vale dos montes chegará até Azel; e fugireis assim como fugistes de diante do terremoto nos dias de Uzias, rei de Judá. Então virá o SENHOR meu Deus, e todos os santos contigo." (Zc. 14:4-5 ACF)

"Para confirmar os vossos corações, para que sejais irrepreensíveis em santidade diante de nosso Deus e Pai, na vinda de nosso Senhor Jesus Cristo com todos os seus santos." (I Ts. 3:13 ACF)

"E destes profetizou também Enoque, o sétimo depois de Adão, dizendo: Eis que é vindo o Senhor com milhares de seus santos; para fazer juízo contra todos e condenar dentre eles todos os ímpios, por todas as suas obras de impiedade, que impiamente cometeram, e por todas as duras palavras que ímpios pecadores disseram contra ele." (Jd. 14-15 ACF)

Entre a primeira e a segunda etapas ocorrerá a Grande Tribulação, sendo que a igreja do Senhor não terá parte nesta tribulação, como ficará demonstrado mais à frente neste estudo.

1ª Etapa - 
O Arrebatamento

"Seja a vossa eqüidade notória a todos os homens. Perto está o Senhor." (Fp. 4:5 ACF)

Como será o arrebatamento

"Eis aqui vos digo um mistério: Na verdade, nem todos dormiremos, mas todos seremos transformados; num momento, num abrir e fechar de olhos, ante a última trombeta; porque a trombeta soará, e os mortos ressuscitarão incorruptíveis, e nós seremos transformados. Porque convém que isto que é corruptível se revista da incorruptibilidade, e que isto que é mortal se revista da imortalidade." (I Co. 15:51-53 ACF)

"Amados, agora somos filhos de Deus, e ainda não é manifestado o que havemos de ser. Mas sabemos que, quando ele se manifestar, seremos semelhantes a ele; porque assim como é o veremos." (I Jo 3:2 ACF)

Propósito e conseqüência do arrebatamento

O propósito do arrebatamento é que a igreja, a noiva de Cristo, se reuna a seu noivo, e estejam em plena e jubilosa união:

"Cristo amou a igreja, e a si mesmo se entregou por ela, para a santificar, purificando-a com a lavagem da água, pela palavra, para a apresentar a si mesmo igreja gloriosa, sem mácula, nem ruga, nem coisa semelhante, mas santa e irrepreensível." (Ef. 5:25-27 ACF)

"E ouvi como que a voz de uma grande multidão, e como que a voz de muitas águas, e como que a voz de grandes trovões, que dizia: Aleluia! pois já o Senhor Deus Todo-Poderoso reina. Regozijemo-nos, e alegremo-nos, e demos-lhe glória; porque vindas são as bodas do Cordeiro, e já a sua esposa se aprontou. E foi-lhe dado que se vestisse de linho fino, puro e resplandecente; porque o linho fino são as justiças dos santos." (Ap. 19:6-8 ACF) 

E como conseqüência imediata do arrebatamento, o mundo passará a experimentar um estado de acelerada deterioração espiritual e moral, o que será necessário para a manifestação do Anticristo:

"E agora vós sabeis o que o detém, para que a seu próprio tempo seja manifestado. Porque já o mistério da injustiça opera; somente há um que agora resiste até que do meio seja tirado; e então será revelado o iníquo, a quem o Senhor desfará pelo assopro da sua boca, e aniquilará pelo esplendor da sua vinda;" (II Ts. 2:6-8 ACF)

Arrebatamento pré-tribulacional

A Igreja de Cristo será arrebatada antes que venha a tribulação, e desta forma não passará por ela. Esta afirmação se sustenta no seguinte:

A Noiva de Cristo, antes do final da Tribulação já é chamada Esposa:

"Regozijemo-nos, e alegremo-nos, e demos-lhe glória; porque vindas são as bodas do Cordeiro, e já a sua esposa se aprontou. E foi-lhe dado que se vestisse de linho fino, puro e resplandecente; porque o linho fino são as justiças dos santos." (Ap. 19:7-8 ACF)E a Esposa (aqueles com vestes de linho) seguem a Jesus em seu retorno triunfal.

"E seguiam-no os exércitos no céu em cavalos brancos, e vestidos de linho fino, branco e puro." (Ap. 19:14 ACF)

"Ora, irmãos, rogamo-vos, pela vinda de nosso Senhor Jesus Cristo, e pela nossa reunião com ele" (II Ts. 2:1 ACF), neste texto podemos perceber que duas coisas ocorrerão simultaneamente "a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo" e a "nossa reunião com ele".A grande tribulação é um tempo de manifestação da ira de Deus sobre um mundo ímpio e iníquo, logo, Sua Igreja não pode estar entre os que serão atingidos:
"E ouvi, vinda do templo, uma grande voz, que dizia aos sete anjos: Ide, e derramai sobre a terra as sete taças da ira de Deus." (Ap. 16:1 ACF) Cristo prometeu à Igreja de Filadélfia, Igreja fiel, a que tem a porta aberta e ninguém a pode fechar, que:

"Como guardaste a palavra da minha paciência, também eu te guardarei da hora da tentação que há de vir sobre todo o mundo, para tentar os que habitam na terra." (Ap. 3:10 ACF)

Todos que habitam a Terra, neste período, não tem seus nomes no livro da vida, o que vem a excluir a presença da Igreja de Cristo:

"E adoraram-na todos os que habitam sobre a terra, esses cujos nomes não estão escritos no livro da vida do Cordeiro que foi morto desde a fundação do mundo." (Ap. 13:8 ACF) O Anticristo somente poderá ser revelado após o que o detém ter sido retirado. Somente aí o mundo entrará no estado de completa desestruturação espiritual e moral necessária para a dominação do Anticristo, e isto somente ocorrerá se a Igreja de Cristo não mais estiver sobre a Terra:

"E agora vós sabeis o que o detém, para que a seu próprio tempo seja manifestado. Porque já o mistério da injustiça opera; somente há um que agora resiste até que do meio seja tirado; e então será revelado o iníquo, a quem o Senhor desfará pelo assopro da sua boca, e aniquilará pelo esplendor da sua vinda;" (II Ts. 2:6-8 ACF) Alguns tem defendido que "o que o detém" é o Espírito Santo, mas esta posição tem problemas se não estiver vinculada à Igreja de Cristo, já que o Espírito Santo está em cada um que foi salvo pelo sangue de Cristo. Assim, para que o Espírito Santo possa deixar a Terra, todos os salvos devem deixá-la também! Desta forma, a correta posição é a de que "o que o detém" é o Espirito Santo manifesto através da Igreja de Cristo.

Conforme Mateus 24:4-8, apesar da Igreja não passar pela tribulação, ela passará pelo que o Senhor chamou de "princípio de dores", tempo de grande temor, dificuldade e perseguição, cuja sombra já podemos vislumbrar em nosso horizonte.
A palavra dores tem neste texto o significado de "dores de parto", dores estas que estão anunciadas em várias outras passagens da Palavra de Deus, como por exemplo em:

"Portanto, todas as mãos se debilitarão, e o coração de todos os homens se desanimará. (8) E assombrar-se-ão, e apoderar-se-ão deles dores e ais, e se angustiarão, como a mulher com dores de parto; cada um se espantará do seu próximo; os seus rostos serão rostos flamejantes. (9) Eis que vem o dia do SENHOR, horrendo, com furor e ira ardente, para pôr a terra em assolação, e dela destruir os pecadores." (Is. 13:7-9 ACF)

"Pois que, quando disserem: Há paz e segurança, então lhes sobrevirá repentina destruição, como as dores de parto àquela que está grávida, e de modo nenhum escaparão." (I Ts. 5:3 ACF)

Havendo agora terminado nosso estudo do milênio, retrocederemos a considerar as coisas que o precederão imediatamente. 
A segunda vinda de Cristo tem sido a expectação coroante, a estrela dalva, do povo de Deus desde que a promessa de Sua vinda lhes foi comunicada. Ela os tem animado, fortalecido e encorajado nas horas mais escuras. Cristo e os apóstolos implantaram nos corações dos primeiros crentes o fato da vinda de Cristo e sua iminência como um motivo de vida piedosa e serviço fiel. 
Não permitiremos que nem as perversões de fanáticos, nem as negações de críticos, nem a controvérsia sobre minúcias da segunda vinda de Cristo nos afastem de um estudo cuidadoso da revelação de Deus a respeito dela, nem de uma adequada apreciação dela. 


I. O FATO DA VINDA DE CRISTO 

A segunda vinda de Cristo está: 
1. PREDITA PELOS PROFETAS 

Is. 11:1-11; Zc. 14:3-5; Jd 14. Muitas profecias do Velho Testamento, como a primeira aqui citada, referem-se tanto a primeira como à segunda vinda a terra. 

2. ALUDIDA POR JOÃO BATISTA 
Lc 3:3-6. A linguagem desta passagem não é inteiramente aplicável ao primeiro advento de Cristo. Como muita profecia, tem uma dupla aplicação. Vide Ml. 3:1 para uma profecia igual. 

3. PROMETIDA POR CRISTO MESMO 
Jo. 14:2,3. 

4. DECLARADA PELOS ANJOS 
At. 1:11. 

5. ENSINADA PELOS APÓSTOLOS 
(1). Mt. 24:37, 42, 44. 
(2). Mc. 13:26. 
(3). Lc. 21:27. 
(4). João. I Jo. 3:1-3. 
(5). Tg. 5:7. 
(6). Pedro. I Pe. 1:7, 13. 
(7). Paulo. 1 Ts. 4:15-17. 
(8). O Escritor aos Hebreus 9:28. 
(9). Judas 14. 

II. 
A NATUREZA DA VINDA DE CRISTO 
Havendo determinado o fato da vinda de Cristo, importante é conhecer sua natureza; porque, sem um conhecimento da natureza de Sua vinda, um conhecimento do fato é praticamente inútil. Necessário é, ao estudar da vinda de Cristo, considera-la primeiro negativo e então positivamente. 

1. CONSIDERADA NEGATIVAMENTE 
A vinda de Cristo não é para ser
(1). Sucessiva, como na Morte
A idéia que a morte de alguém é para o tal a segunda vinda de Cristo, é a mais lavada necessidade à luz da Palavra de Deus. Não há aquela morte acompanhante que responde àquilo que a Bíblia revela como acompanhando a segunda vinda de Cristo. 

(2). Contínua, como na disseminação do cristianismo. 
O modernismo tê-la-ia que Cristo jamais voltará corporalmente a terra, mas, que Ele está "vindo tão depressa quanto Ele pode a este mundo" na disseminação do cristianismo. Os modernistas sustentam que Jesus pintou Sua volta em termos das concepções do povo, mas Ele não intencionou que Suas palavras fossem entendidas literalmente. Sem dúvida, uma semelhante noção esta pode ser sustentada somente por aqueles que negam a inspiração da Bíblia. Por essa razão, nós, que cremos na inspiração da Bíblia, não precisamos de notá-la seriamente. 

(3). Espiritual, como na: 
A. A vinda do Espírito Santo no Pentecostes. 
A vinda do Espírito Santo no Pentecostes não foi em sentido algum à vinda de Cristo. Cristo disse que Ele mandaria o Espírito. 

B. A destruição de Jerusalém. 
Na destruição de Jerusalém, A. D. 70, tivemos um cumprimento típico do que está dito na Bíblia sobre a segunda vinda de Cristo, mormente que Sua vinda acompanhar-se-á por um outro cerco de Jerusalém. Vide Ap. 16:12-21; 19:17-21; Zc. 13:8 a 14:3. A destruição de Jerusalém foi um tipo deste último cerco. Então, na destruição de Jerusalém, tivemos um cumprimento espiritual da promessa da vinda de Cristo, em que esta destruição deferiu o golpe mortal no judaísmo e marcou a vinda do reino de Deus com poder. Até à destruição de Jerusalém o cristianismo pareceu a muitos como um mero adjunto do judaísmo. Com a destruição de Jerusalém o cristianismo veio ao que era seu. 
Cremos que à luz destes fatos é que devemos entender Jesus quando Ele disse: "Alguns há, dos que aqui estão, que não gostarão a morte até que vejam vir o Filho do homem no Seu reino." (Mt. 16:28). Vide também Mc. 9:1 e Lc. 9:27. O mesmo é verdade, cremos das seguintes palavras também: "Não passará esta geração até que todas estas coisas sejam cumpridas." (Mt. 24:34). Vide também Marcos 13:30 e Lucas 21:32. 
Mas, na destruição de Jerusalém, não houve uma vinda atual de Cristo. E o fato que, após a destruição de Jerusalém, temos referências adicionais à Sua vinda como no futuro, faz isto indisputável. 

2. 
CONSIDERADA POSITIVAMENTE
A vinda de Cristo é para ser: 

(1). Corporal 
At. 1:11. Sua ascensão foi corporal e o anjo prometeu que Sua volta seria da mesma maneira. Passagens outras que mostram que a vinda de Cristo é para ser corporal:
Zc. 14:4,5;
Mt. 25:31;
Jo 14:3;
Fl. 3:20;
2 Ts. 1:7-10;
2 Tm. 4:1;
Tt. 2:13;
Hb. 9:28;
Ap. 19:11-21. 

(2). Visível 
Mt. 24:27. Todas as passagens supra implicam a visibilidade de Sua vinda; mas a passagem inda agora dada sob esta última epígrafe mostra que Sua vinda (em uma de suas fases) será incisivamente visível ao mundo inteiro.

(3). Como um ladrão 
1 Ts. 5:1-4. Esta passagem descreve Sua vinda como ela será para os ímpios, porém especifica que não é para ser assim aos justos. 

(4). Em glória e esplendor indescritíveis 
Mt. 16:27;
Mt 24:29,30;
Mc.. 8:38;
Tt. 2:13;
Ap. 19:11-16. 


(5). Duplicada 
A vinda de Cristo consistirá de duas fases. Notemo-las: 

A.
 A primeira fase. 
Esta fase será
(a). No ar. 1 Ts. 4:15-17. Não há sinal aqui de que Ele venha sobre a terra nesse tempo. 
(b). Para Seu povo. Jo. 14:3. 
(c). Como um noivo. Mt. 25:1-10. O casamento e ceia dele (Ap. 19:9) são típicos das bênçãos consumadas da salvação. Gente salva constitui a noiva (Ap. 21:2-27). 

B. 
A segunda fase. 
Esta fase será
(a). A terra. Zc. 14:4; Mt. 25:31. 
(b). Com Seu povo. Zc. 14:5; Jd. 14; Ap. 19:14. 
(c). Como um destruidor. 2 Ts. 1:7-9; 2:8. 
(d). Como um juiz. Mt. 21:31-46. 
(e). Como um rei para conquistar e reinar. Zc. 14:9; Ap. 19:11-16;
Ap 20:1-5. 


III. 
O TEMPO DA VINDA DE CRISTO 

Não nos referimos aqui à data de Sua vinda. O negócio de datar é a obra de charlatões religiosos. Temos referência somente à relação de Sua vinda com o tempo. 

O tempo da vinda de Cristo está representada na Escritura como: 

1. DESCONHECIDO DE TODOS, EXCETO O PAI 
Mc. 13:32; Mt. 25:13. Agora o Filho, igual uma vez mais com o Pai, pode saber a hora; mas, na Sua carne, quando Ele considerou a igualdade com Deus, absoluta, não como coisa a ser usurpada (Fl. 2:6 ? V. R.), Ele não soube. Condição (Jo. 14:28) não é natureza (Jo. 10:30). 

2. INCERTO AOS HOMENS 
Mt. 25:31. Sinais alguns foram dados bastante explícitos para que qualquer homem se assegure de que Jesus virá em qualquer tempo particular. 

3. IMINENTE 
Ser iminente a vinda de Cristo queremos dizer que ela está "ameaçando de ocorrer a qualquer momento". O povo salvo deve sempre estar em vigilância e procurando-a. (Mt. 25:13; Tt 2:13). Ela está representada na Escritura como sendo o próximo evento dispensacional. Discutiremos isto mais depois. 

4. QUANDO NÃO ESPERADO
Mt. 25:44,50; Lc. 12:40,46. 

5. UM TEMPO DE FRIEZA ESPIRITUAL, SENSUALIDADE E IMPIEDADE
Lc. 18:8;
Lc 17:26-30;
Mt. 24:12;
2 Tm. 3:1-5.
Quando Cristo vier, Ele não achará um mundo convertido onde a justiça governa. 


IV. 
O PROPÓSITO DA VINDA DE CRISTO 
O propósito da vinda de Cristo será duplo porque terá que fazer com duas classes. Notemos este propósito como ele afeta: 

1. OS JUSTOS 
Como a vinda de Cristo afeta os justos, é para o propósito de: 
(1). Levantar os mortos 
1 Ts. 4:16. Não há indício que seja esta ressurreição não incluirá todos os mortos em Cristo. Não temos paciência com a noção que somente os mais fiéis aquinhoar-se-ão nesta ressurreição. Toda passagem que fala dela implica uma ressurreição total dos justos falecidos. Vide 1 Co. 15:23; Ap. 20:5,6. As palavras de Paulo em Fl. 3:11 são iguais a outros enunciados seus, e expressam sua preocupação em provar que ele estava verdadeiramente em Cristo. Vide 2 Pe. 1:10. 

(2). A transladação dos vivos 
1 Co. 15:51,52; 1 Ts. 4:17. Cremos também que isto incluirá todos os crentes na terra ao aparecimento de Cristo no ar. Não temos paciência com a teoria do "rapto parcial". Os que crêem em tal são aptos a responder que quem não crê num rapto parcial e ressurreição parcial dos salvos destroem o fundamento da responsabilidade cristã. Não destruímos o fundamento escriturístico disto; porém, seja como for estaremos mais preocupados em saber o que Deus revelou do que estamos em fazer nossas próprias teorias e explorá-las. E os que ensinam um rapto parcial e uma ressurreição parcial de crentes rebaixam o padrão da vida cristã muito além do nível escriturístico. A Palavra de Deus ensina que todo povo regenerado vence (1 Jo. 4:5) e as bênçãos mais gradas se prometem a todos os vencedores. 
Cremos que os corpos glorificados dos santos serão como o corpo assunto de nosso Senhor (Fl. 3:21; 1 Jo 3:2). Evidentemente Jesus ascendeu num corpo visível e os anjos disseram que Ele voltará assim como Ele foi. E, quando Ele voltar, nós vamos ser como Ele é. O corpo glorificado, então, será um corpo visível aos olhos físicos, tanto como Cristo foi visível após Sua ressurreição. Mas esse corpo será sem pecado e corrupção. 
(3). O arrebatamento de todos os crentes 
1 Ts. 4:17. Os vivos transladados e os mortos ressuscitados serão todos arrebatados a encontrarem o Senhor no ar. 

(4). O julgamento das obras dos crentes 
1 Co. 3:12-15; 2 Co. 5:10; 2 Tm. 4:8. Os pecados dos crentes já foram julgados em Cristo. Jo. 5:24; Rm. 8:1,33; 1 Co. 11:32. Logo, nenhuma menção dos seus pecados deverá ser feita no julgamento. Não são mais imputados a ele (Rm. 4:8) e não são mais lembrados (Hb. 8:12). A idéia de alguns que os crentes serão argüidos no julgamento, a contar porque fizeram ou não fizeram isto e aquilo, desonra a morte de Cristo e nega a Palavra de Deus. Daremos conta a Deus, mas isto será feito em nossos próprios corações, sem uma acusação ou palavra de censura da parte de Cristo. Não há nada de penal sobre o julgamento para o cristão. 2 Cr. 5:10 não significa mais do que recebemos recompensa pela nossa fidelidade e sofrer detrimento pela nossa deslealdade. Graça e penalidade são mutuamente exclusivas. 

(5). O casamento de Cristo com a Igreja 
Mt. 25:1-10; Ap. 19:7-9. No presente a igreja está somente esposada com Cristo como uma virgem casta (2 Co. 11:2). O esponsal não terá lugar senão quando Cristo voltar. 

2. OS ÍMPIOS
Como a vinda de Cristo afeta os ímpios é para o propósito de: 

(1). 
Matar os vivos e lançá-los no inferno
Ap. 19:19-21;
Zc. 14:3-12;
Jr. 25:15-33;
Is. 24:17-21; 26:20,21; 34:1,2. 
(2). Julgando-os por causa da maneira porque trataram Israel 
Mt. 25:41-46; Jl 3:2. Sua atitude para com Israel manifestará sua atitude para com Cristo por meio da incredulidade. 
A salvação daqueles vivos na terra à revelação de Cristo para reinar sobre a terra (o segundo período de Sua vinda) terá sido manifestada pelo seu tratamento dos arautos judaicos da cruz durante o período da grande tribulação. Destas coisas veremos mais agora. Estes não serão salvos por tratarem bondosamente a estes irmãos de Cristo, mas prognosticará assim sua atitude para com Cristo e daí sua salvação. 
(3). Levantando, finalmente, os mortos e lançando-os no lago de fogo 
Ap. 20:12-15. Isto é para ter logar, não imediatamente depois da vinda de Cristo, mas no fim da pequena sasão durante a qual Satanás será solto depois do milênio. 
Os ímpios terão um corpo de ressurreição (Mt. 10:28), mas de sua natureza temos pouco sobre que basear nossa opinião. Será capaz de sofrer, mas será indestrutível e não será justo como será o corpo dos salvos





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