terça-feira, 12 de fevereiro de 2019

Lição 7 Tentação - A batalha por nossas escolhas e atitudes


LIÇÕES BÍBLICAS CPAD ADULTOS 1º Trimestre de 2019
Título: Batalha Espiritual — O povo de Deus e a guerra contra as potestades do mal – Comentarista: Esequias Soares

Lição 7: Tentação — A batalha por nossas escolhas e atitudes

TEXTO ÁUREO

Porque tudo o que há no mundo, a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida, não é do Pai, mas do mundo ” (1Jo 2.16).

Pois tudo o que há no mundo – pode ser classificado em um ou outro dos três; o mundo contém estes e não mais.

a cobiça da carne – isto é, o desejo que tem sua sede e fonte em nossa natureza carnal. Satanás usou essa tentação em Cristo: Lc 4:3“Ordena a esta pedra que se transforme em pão”. A juventude está especialmente sujeita a desejos carnais.

a cobiça dos olhos – a avenida através da qual as coisas exteriores do mundo, riquezas e beleza, nos inflamam. Satanás usou essa tentação em Cristo quando mostrou a Ele os reinos do mundo. Pela cobiça dos olhos, Davi (2Sl 11:2) e Acã caíram (Js 7:21). Compare a oração de Davi, Sl 119:37Mt 5:28. O único bem das riquezas do mundo para seu possuidor é vê-las com os olhos. Compare Lc 14:18: “preciso ir e vê-lo”.

soberba da vida – literalmente, “presunção arrogante”: exibição vaidosa. O orgulho era o pecado de Satanás pelo qual ele caiu e forma o elo entre os dois inimigos do homem, o mundo (respondendo à “cobiça dos olhos”) e o diabo (como “a cobiça da carne” é o terceiro inimigo). Satanás usou essa tentação em Cristo ao colocá-lo no pináculo do templo que, em orgulho e presunção espiritual, com base no cuidado de Seu Pai, Ele deveria se lançar para baixo. Os mesmos três inimigos aparecem nas três classes de solo em que a semente divina cai: os ouvintes do caminho, o diabo; os espinhos, o mundo; o subsolo rochoso, a carne (Mt 13:18-23Mc 4:3-8). A horrenda antitrindade do mundo, a “cobiça da carne, a cobiça dos olhos e a soberba da vida” são similarmente apresentadas na tentação de Eva por Satanás: “Quando ela viu que a árvore era boa para comida, agradável aos olhos e uma árvore a ser desejada para tornar um sábio,” Gn 3:6 (uma manifestação do” orgulho da vida”, o desejo de saber acima do que Deus revelou, Cl 2:8, o orgulho do conhecimento não santificado).

não é do Pai, mas do mundo – não nasce do “Pai” (usado em relação aos “filhinhos” precedentes, 1Jo 2:12). Somente aquele que é nascido de Deus se volta para Deus; aquele que é do mundo se volta para o mundo; as fontes de amor a Deus e amor ao mundo são irreconciliavelmente distintas. [JFB]

VERDADE PRÁTICA

A tentação no sentido religioso é a atração ou sedução para praticar o mal tendo por recompensa prazeres ou lucros ilícitos.

LEITURA DIÁRIA

Gn 22.1 – A tentação, às vezes, significa teste, provação
Passado algum tempo, Deus pôs Abraão à prova, dizendo-lhe: "Abraão!"
Ele respondeu: "Eis-me aqui".

“Deus tentou a Abraão”
Deus não incita ao pecado (Tg 1:13), mas tenta, prova – dar ocasião para o desenvolvimento de sua fé (1Pe 1: 7).

Lc 22.28 – A tentação de Jesus foi contínua e não se restringiu à tentação no deserto
28 E vós sois os que tendes permanecido comigo em minhas tentações.

continuou, etc. – afetando a evidência da tenaz suscetibilidade de Cristo à simpatia e apoio humanos! (Veja em Jo 6:66, Jo 6:67; veja Jo 16:32.)

1Co 7.5 – Satanás procura o ponto fraco do crente para tentá-lo nessa área
5 Não vos priveis um ao outro, a não ser por consentimento de ambos por algum tempo, para que vos ocupeis com jejum, e para a oração; e voltai-vos outra vez a se juntarem, para que Satanás não vos tente, por causa de vossa falta de domínio próprio.

Não – a saber, do dever conjugal “devido” (1Co 7:3; compare a Septuaginta, Êx 21:10).

jejum, e para a oração – Os manuscritos mais antigos omitem “jejum, e”; uma interpolação, evidentemente, de ascetas.

se juntarem – Os manuscritos mais antigos dizem: “estar juntos”, ou seja, no estado usual dos casados.

Satanás – que muitas vezes lança tentações através de pensamentos profanos em meio aos mais sagrados exercícios.

por causa de vossa falta de domínio próprio – por causa de sua incapacidade de “conter” (1Co 7:9) suas propensões naturais, das quais Satanás se aproveitaria. [JFB]

1Ts 3.5 – Satanás é a principal fonte externa da tentação
5 Por isso, como não podia mais suportar, eu o enviei para saber de vossa fé. Eu temia que o tentador houvesse vos tentado, e o nosso trabalho houvesse sido inútil.

Por isso – Porque eu sei da sua “tribulação” tendo realmente começado (1Ts 3: 4).

como não podia mais suportar – grego, “quando eu também (assim como Timóteo, que, Paulo sugere delicadamente, estava igualmente ansioso em respeito a eles, compare“ nós ”, 1Ts 3: 1), não podia mais me conter (suportar o suspense). “

eu o enviei  – Paul era o remetente real; daí o “eu” aqui: Paulo, Silas e o próprio Timóteo haviam concordado com a missão, antes de Paulo ir a Atenas: daí o “nós” (veja em 1Ts 3: 1).

para saber  – aprender o estado de sua fé, se foi o julgamento (Cl 4: 8).

Eu temia que o tentador houvesse vos tentado  – O indicativo é usado na sentença anterior, o subjuntivo na última. Traduza, portanto, “Saber… se o tentador o tem tentado (o indicativo implica que ele supunha que tal fosse o caso), e para que (nesse caso) nosso trabalho não provasse ser em vão” (compare Gl 4:11) . Nosso labor na pregação seria, nesse caso, em vão, no que lhe concerne, mas não nos concerne, na medida em que trabalhamos sinceramente (Is 49: 4; 1Co 3: 8).

Hb 4.15 – Não é pecado ser tentado, mas, sim, ceder ao pecado
 15 Pois não temos um Sumo Sacerdote que não possa se compadecer das nossas fraquezas; mas, sim, um que foi provado em tudo, conforme a nossa semelhança, porém sem pecado.

Pois – o motivo para “manter nossa profissão” (Hb 4:14), ou seja, a simpatia e ajuda que podemos esperar de nosso Sumo Sacerdote. Embora “grande” (Hb 4:14), Ele não está acima de cuidar de nós; não, como sendo em todos os pontos um conosco em relação à masculinidade, exceto pelo pecado, Ele simpatiza conosco em toda tentação. Embora exaltado aos mais altos céus, Ele mudou seu lugar, não sua natureza e ofício em relação a nós, sua condição, mas não sua afeição. Compare Mt 26:38, “vigiai comigo”: mostrando Seu desejo nos dias de Sua carne pela simpatia daqueles a quem Ele amava: assim Ele agora dá Sua simpatia ao povo que sofre. Compare com Arão, o tipo, tendo os nomes das doze tribos no peitoral do juízo sobre o seu coração, quando ele entrou no lugar santo, para um memorial diante do Senhor continuamente (Êx 28:29).

não possa se compadecer das – grego, “não pode simpatizar com nossas enfermidades”: nossas fraquezas físicas e morais (não o pecado, mas a responsabilidade por seus ataques). Ele, embora sem pecado, pode simpatizar conosco pecadores; Sua compreensão mais agudamente percebeu as formas de tentação do que nós que somos fracos; Sua vontade repeliu-os instantaneamente como o fogo faz a gota de água lançada para ele. Ele, portanto, experimentalmente sabia que poder era necessário para vencer as tentações. Ele é capaz de simpatizar, pois ao mesmo tempo foi tentado sem pecado e, ainda assim, verdadeiramente tentado (Bengel). Somente nEle temos um exemplo adequado aos homens de todos os tipos e sob todas as circunstâncias. Em solidariedade, Ele se adapta a cada um, como se não tivesse simplesmente assumido a natureza do homem em geral, mas também a natureza peculiar daquele único indivíduo.
mas – “sim, antes, Ele foi (um) tentado” (Alford).
como nós somos – grego, “de acordo com (nossa) similitude”.

sem pecado – grego, “{choris}”, “separado do pecado” (Hb 7:26). Se o grego “{aneu}” tivesse sido usado, o pecado teria sido considerado como o objeto ausente de Cristo no assunto; mas {choris} aqui implica que Cristo, o sujeito, é considerado como separado do pecado o objeto [Tittmann]. Assim, ao longo de suas tentações em sua origem, processo e resultado, o pecado não tinha nada nele; Ele estava separado e separado dele (Alford).

Tg 1.14 – A tentação tem também a sua fonte interna
14 Mas cada um é tentado quando é atraído e seduzido pelo seu próprio mau desejo.

Todo homem, quando tentado, é assim atraído (de novo aqui, como em Tg 1:13, o grego para “de” expressa a fonte real, e não o agente de tentação) sua própria luxúria. A causa do pecado está em nós mesmos. Mesmo as sugestões de Satanás não nos colocam em perigo antes de serem feitas por nós. Cada um tem sua própria luxúria peculiar (assim como a grega), surgindo de seu próprio temperamento e hábito. A luxúria flui do pecado de nascimento original no homem, herdado de Adão.

afastado – o primeiro passo na tentação: afastada da verdade e da virtude.

seduzido – literalmente, “tomado com uma isca”, como os peixes são. O progresso adicional: o homem se permitindo (como a voz média grega implica) ser atraído para o mal (Bengel). “Luxúria” é aqui personificada como a prostituta que fascina o homem.

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

Mateus 4.1-11.

1 — Então, foi conduzido Jesus pelo Espírito ao deserto, para ser tentado pelo diabo.
2 — E, tendo jejuado quarenta dias e quarenta noites, depois teve fome;
3 — E, chegando-se a ele o tentador, disse: Se tu és o Filho de Deus, manda que estas pedras se tornem em pães.
4 — Ele, porém, respondendo, disse: Está escrito: Nem só de pão viverá o homem, mas de toda a palavra que sai da boca de Deus.
5 — Então o diabo o transportou à Cidade Santa, e colocou-o sobre o pináculo do templo,
6 — e disse-lhe: Se tu és o Filho de Deus, lança-te daqui abaixo; porque está escrito: Aos seus anjos dará ordens a teu respeito, e tomar-te-ão nas mãos, para que nunca tropeces em alguma pedra.
7 — Disse-lhe Jesus: Também está escrito: Não tentarás o Senhor, teu Deus.
8 — Novamente, o transportou o diabo a um monte muito alto; e mostrou-lhe todos os reinos do mundo e a glória deles.
9 — E disse-lhe: Tudo isto te darei se, prostrado, me adorares.
10 — Então, disse-lhe Jesus: Vai-te, Satanás, porque está escrito: Ao Senhor, teu Deus, adorarás e só a ele servirás.
11 — Então, o diabo o deixou; e, eis que chegaram os anjos e o serviram.

Mateus 4
Tentação de Cristo
Mc 1.12, 13:  E logo o Espírito o impeliu ao deserto.
Mc 1:12, Mc 1:13. Tentação de Cristo. (= Mt 4: 1-11; Lc 4: 1-13).

1 Então Jesus foi levado pelo Espírito ao deserto para ser tentado pelo diabo.
Então – uma nota indefinida de sequência. Mas a palavra de Marcos (Mc 1:12) conserta o que deveríamos ter presumido que se destinava, que foi “imediatamente” depois do Seu batismo; e com isso concorda a afirmação de Lucas (Lc 4:1).
Jesus foi levado – isto é, do baixo vale do Jordão até um local mais elevado.
pelo Espírito – esse abençoado Espírito imediatamente antes mencionado como descendo sobre Ele no Seu batismo e permanecendo sobre Ele. Lucas, conectando essas duas cenas, como se uma fosse a continuação da outra, diz: “Jesus, estando cheio do Espírito Santo, retornou do Jordão e foi conduzido” etc. A expressão de Marcos tem uma nitidez impressionante. sobre isso – “Imediatamente o Espírito O conduz” (Mc 1:12), “põe-no” ou “o arrasta”, ou “o impele”. (Veja a mesma palavra em Mc 1:43Mc 5:40Mt 9:25Mt 13:52Jo 10:4). O pensamento assim expressamente expresso é o poderoso impulso restritivo do Espírito sob o qual Ele foi; enquanto a expressão mais gentil de Mateus, “foi conduzida”, indica quão puramente voluntária, por sua própria parte, era essa ação.
ao deserto – provavelmente o selvagem deserto da Judéia. O ponto particular em que a tradição se fixou, portanto, tem o nome de Quarantana ou Quarantaria, dos quarenta dias – “uma parede de rocha quase perpendicular a doze ou quinze metros acima da planície” [Robinson, Palestina]. A suposição daqueles que se inclinam a colocar a tentação entre as montanhas de Moab é, pensamos, muito improvável.
ser tentado – A palavra grega (peirazein) significa simplesmente tentar ou fazer prova, e quando atribuída a Deus em suas relações com os homens, isso significa, e não pode significar mais do que isso. Assim, Gn 22:1 “Veio que Deus tentou a Abraão”, ou colocou sua fé em uma prova severa (ver Dt 8:2). Mas, na maior parte das vezes, na Escritura, a palavra é usada em um mau sentido, e significa para atrair , solicitar ou provocar o pecado, daí o nome aqui dado ao iníquo – “o tentador” (Mt 4:3). Assim, “ser tentado” aqui deve ser entendido nos dois sentidos. O Espírito levou-o ao deserto simplesmente para tentar a fé; mas como o agente neste julgamento seria o iníquo, cujo objetivo seria seduzi-lo de sua lealdade a Deus, era uma tentação no mau sentido do termo. A indigna inferência que alguns tirariam disso é energeticamente repelida por um apóstolo (Tg 1:13-17).
pelo diabo – A palavra significa um caluniador – aquele que imputa imputações a outro. Daí aquele outro nome dado a ele (Ap 12:10), “O acusador dos irmãos, que os acusa diante de nosso Deus dia e noite”. Marcos (Mc 1:13) diz: “Ele foi quarenta dias tentado de Satanás” uma palavra que significa um adversário, alguém que fica à espera, ou se coloca em oposição a outro. Esses e outros nomes do mesmo espírito caído apontam para características diferentes em seu personagem ou operações. Qual foi o alto design disso? Em primeiro lugar, ao julgarmos, dar a nosso Senhor uma amostra do que estava diante dEle no trabalho que Ele havia empreendido; em seguida, para julgar o glorioso equipamento que Ele acabara de receber; além disso, para dar-Lhe encorajamento, pela vitória agora a ser vencida, para seguir adiante os principados e poderes que estragam, até que por fim Ele deveria fazer uma demonstração deles abertamente, triunfando sobre eles em Sua cruz: que o tentador, também, poderia obter um gosto, no início, do novo tipo de material no homem com o qual ele acharia que tinha aqui para lidar; finalmente, que Ele possa adquirir habilidade experimental para “socorrer os que são tentados” (Hb 2:18). A tentação, evidentemente, abrangia dois estágios: o que continuava durante os quarenta dias de jejum; o outro, na conclusão desse período.

2 E depois de jejuar quarenta dias e quarenta noites, teve fome.
E depois de jejuar quarenta dias e quarenta noites – Lucas diz: “Quando eles terminaram” (Lc 4:2).
teve fome – evidentemente implicando que a sensação de fome não foi sentida durante todos os quarenta dias; chegando apenas no seu final. Assim, aparentemente, foi com Moisés (Êx 34:28) e Elias (1Rs 19:8) para o mesmo período. Um poder sobrenatural de resistência foi naturalmente dado ao corpo, mas isso provavelmente operou através de uma lei natural – a absorção do Espírito do Redentor no terrível conflito com o tentador. (Veja em At 9: 9). Tivemos apenas este Evangelho, devemos supor que a tentação não começou até depois disso. Mas está claro, a partir da declaração de Marcos, que “Ele estava no deserto quarenta dias tentado por Satanás” (Mc 1:13) e Lucas “sendo quarenta dias tentado pelo diabo” (Lc 4:2), que houve uma tentação de quarenta dias antes das três tentações específicas depois registradas. E é isso que chamamos de primeiro estágio. Qual a natureza e objeto precisos da tentação dos quarenta dias não está registrada. Mas duas coisas parecem bastante claras. Primeiro, o tentador fracassou completamente em seu objeto, do contrário não foi renovado; e os termos em que ele abre o segundo ataque implicam tanto. Mas, além disso, o objetivo total do tentador durante os quarenta dias evidentemente era levá-lo a desconfiar do testemunho celestial que lhe foi dado no Seu batismo como o Filho de Deus – para persuadi-Lo a considerá-lo apenas uma esplêndida ilusão – e, geralmente , para desalojar do peito a consciência de sua filiação. Com que plausibilidade os eventos de Sua história anterior, desde o início, seriam exortados a Ele em apoio a essa tentação, é fácil de imaginar. E faz muito em apoio a essa visão da tentação dos quarenta dias de que os detalhes dela não são registrados; como os detalhes de uma luta puramente interna podem ser gravados, é difícil de ver. Se isto estiver correto, como naturalmente o Segundo Estágio da tentação se abre! No breve aviso de Marcos sobre a tentação há um particular expressivo não dado tanto por Mateus como por Lucas – que “Ele estava com as feras” (Mc 1:12), sem dúvida para adicionar terror à solidão, e agravar a horrores de toda a cena.

3 E o tentador se aproximou, e disse-lhe: Se tu és o Filho de Deus, dize que estas pedras se tornem pães.
 – em vez disso, “pães”, respondendo a “pedras” no plural; enquanto Lucas, tendo dito: “Comanda esta pedra”, no singular, acrescenta, “que se faça pão”, no singular (Lc 4:3). A sensação de fome, não sentida durante todos os quarenta dias, parece agora ter surgido com todo o seu entusiasmo – sem dúvida, para abrir uma porta para o tentador, do qual ele não demora a aproveitar-se; “Ainda nos apegamos àquela vaidosa confiança de que Tu és o Filho de Deus, levado por aquelas cenas ilusórias no Jordão. Tu nasceste num estábulo; mas tu és o Filho de Deus! correu para o Egito por medo da ira de Herodes; mas tu és o Filho de Deus! o telhado de um carpinteiro lhe deu um lar e, na obscuridade de uma cidade desprezível da Galiléia, Você passou trinta anos, mas ainda assim és o Filho de Deus! e uma voz do céu, ao que parece, proclamou nos teus ouvidos, no Jordão! Seja assim; mas depois disso, certamente Teu dia de obscuridade e julgamento deve ter um fim. Por que demorar semanas nesse deserto, perambulando entre as feras selvagens e as rochas escarpadas, desonradas, desacompanhadas, desatentas, prontas para morrer de fome por falta das necessidades da vida? Isso é condizente com “o Filho de Deus?” Por ordem do “Filho de Deus”, certamente aquelas pedras serão todas transformadas em pães, e em um momento apresentarão uma abundante refeição. ”

4 Mas Jesus respondeu: Está escrito: Não só de pão viverá o ser humano, mas de toda palavra que sai da boca de Deus.
Mas Jesus respondeu: Está escrito – (Dt 8:3).
Não só de pão viverá o ser humano, mas de toda palavra que sai da boca de Deus – De todas as passagens das Escrituras do Antigo Testamento, nenhuma poderia ter sido lançada sobre um propósito mais adequado, talvez não tão apropriado, ao propósito de nosso Senhor. “O Senhor te guiou (disse Moisés a Israel, no final de suas jornadas) estes quarenta anos no deserto, para te humilhar e te provar, para saber o que estava no teu coração, se guardarias os seus mandamentos, ou não. E te humilhou, e te permitiu ter fome, e te alimentou com maná, que tu não conhecias, nem os teus pais sabiam; para que Ele saiba que o homem não vive só de pão ”etc.,“ Agora, se Israel gastasse, não quarenta dias, mas quarenta anos num deserto devastador e uivante, onde não houvesse meios de subsistência humana, não faminto, mas divinamente provido, com o propósito de provar a cada era que o apoio humano depende não do pão, mas da infalível palavra de promessa e penhor de todos os cuidados providenciais necessários, estou desconfiando dessa palavra de Deus, e desesperada? de alívio, para tomar a lei em minha própria mão? É verdade que o Filho de Deus é capaz de transformar pedras em pão; mas o que o Filho de Deus é capaz de fazer não é a questão presente, mas qual é o dever do homem sob a necessidade das necessidades da vida. E como a condição de Israel no deserto não justificava suas murmurações incrédulas e seu freqüente desespero, assim também os Meus não autorizariam o exercício do poder do Filho de Deus em arrebatar desesperadamente um alívio injustificado. Como homem, portanto, esperarei o suprimento divino, nada duvidando de que, no momento apropriado, ele chegará ”. A segunda tentação neste Evangelho está em Lucas, a terceira. Que a ordem de Mateus é a correta aparecerá, nós pensamos, claramente na continuação.

5 Então o diabo o levou consigo à santa cidade, e o pôs sobre o ponto mais alto do Templo,
na cidade santa – assim chamada (como em Is 48:2Ne 11:1) de ser “a cidade do Grande Rei”, a sede do templo, a metrópole de todo culto judaico.
e o pôs sobre o ponto mais alto do Templo – “o pináculo” – uma certa projeção bem conhecida. Se isto se refere ao ápice mais alto do templo, que se eriçava com pontas de ouro [Josefo, Antiguidades, 5.5, 6]; ou se se refere a outro pico, no pórtico real de Herodes, pendendo sobre o desfiladeiro de Kedron, no vale de Hinom – uma imensa torre construída na beira desse precipício, do topo da qual ele diz que poderia não olhe para o fundo [Antiguidades, 15.11, 5] – não é certo; mas o último é provavelmente destinado.

6 E disse-lhe: Se tu és o Filho de Deus, lança-te abaixo, porque está escrito que: Mandará a seus anjos acerca de ti, e te tomarão pelas mãos, para que nunca com teu pé tropeces em pedra alguma.
E disse-lhe: Se tu és o Filho de Deus  – Como esta tentação começa com o mesmo ponto que o primeiro – a determinação de nosso Senhor de não ser disputada fora de Sua Filiação – parece-nos claro que veio imediatamente depois o outro; e como a tentação remanescente mostra que a esperança de carregar esse ponto foi abandonada, e tudo foi apostado em um empreendimento desesperado, pensamos que a tentação restante é, portanto, mostrada como a última; como aparecerá ainda mais quando chegarmos a ele.
porque está escrito – (Sl 91:11-12). “Mas o que é isso que eu vejo?”, Exclama o imponente Bispo Hall. “O próprio Satanás com uma Bíblia debaixo do braço e um texto na boca!” Sem dúvida, o tentador, tendo sentido o poder da Palavra de Deus na antiga tentação, estava ansioso para experimentar o efeito disso a partir de sua própria boca (2Co 11:14).
Mandará a seus anjos acerca de ti, e te tomarão pelas mãos, para que nunca com teu pé tropeces em pedra alguma – A citação é, exatamente como está no hebraico e na Septuaginta, exceto que após a primeira cláusula as palavras “para te guardarem em todos os teus caminhos”. , ”Estão aqui omitidos. Não poucos bons expositores pensaram que esta omissão foi intencional, para esconder o fato de que este não teria sido um dos “Seus caminhos”, isto é, do dever. Mas como a resposta de nosso Senhor não faz alusão a isso, mas se apega ao grande princípio envolvido na promessa citada, então quando olhamos para a promessa em si, é claro que o sentido dela é exatamente o mesmo se a cláusula em questão ser inserida ou não.

7 Jesus lhe disse: Também está escrito: Não tentarás o Senhor teu Deus.
Jesus lhe disse: Também está escrito: – (Dt 6:16), como se ele dissesse: “É verdade que está escrito, e nessa promessa eu confiro implicitamente; mas, ao usá-lo, há outra passagem que não pode ser esquecida ”
Não tentarás o Senhor teu Deus – “A preservação em perigo é divinamente prometida: criarei então o perigo, seja para colocar a segurança prometida cepticamente à prova, seja arbitrariamente exigir uma exibição dela? Isso era para tentar o Senhor meu Deus, “que, sendo expressamente proibido, perderia o direito de esperar pela preservação”.

8 Outra vez o diabo o levou consigo a um monte muito alto, e lhe mostrou todos os reinos do mundo, e a glória deles,
– Lucas (Lc 4:5) acrescenta a importante cláusula: “em um momento de tempo”; uma cláusula que parece fornecer uma chave para o verdadeiro significado. Que uma cena foi apresentada ao olho natural de nosso Senhor parece claramente expressa. Mas limitar isso à cena mais extensa que o olho natural poderia absorver, é dar um sentido à expressão “todos os reinos do mundo”, bastante violenta. Resta, então, reunir da expressão “em um momento de tempo” – que manifestamente se destina a intimar alguma operação sobrenatural – que foi permitido ao tentador estender sobrenaturalmente por um momento a visão de nosso Senhor, e lance uma “glória” ou brilho sobre a cena da visão: uma coisa que não é inconsistente com a analogia de outras declarações escriturísticas sobre as operações permitidas do iníquo. Neste caso, a “altura excedente” da “montanha” de onde esta vista foi contemplada favoreceria o efeito a ser produzido.

9 E disse-lhe: Tudo isto te darei se, prostrado, me adorares.
E disse-lhe: Tudo isto te darei  – “e a glória delas”, acrescenta Lucas (Lc 4:6). Mas Mateus, já tendo dito que isto foi “mostrado a Ele”, não precisou repeti-lo aqui. Lucas (Lc 4:6) acrescenta essas outras cláusulas muito importantes, aqui omitidas – “pois isto é” ou “foi”, “entregue a mim e a quem eu quiser”. Isso era totalmente falso? Não era como a política incomum de Satanás, que é insinuar suas mentiras sob o disfarce de alguma verdade. Que verdade, então, existe aqui? Nós respondemos: Satanás não é três vezes chamado por nosso próprio Senhor, “o príncipe deste mundo” (Jo 12:31Jo 14:30Jo 16:11)? O apóstolo não o chama de “o deus deste mundo” (2Co 4:4)? E ainda mais, não é dito que Cristo veio para destruir por Sua morte “aquele que tem o poder da morte, isto é, o diabo” (Hb 2:14)? Sem dúvida, essas passagens expressam apenas a sujeição voluntária dos homens ao domínio do iníquo enquanto vivem, e seu poder de cercar a morte a eles, quando chega, com todos os terrores do salário do pecado. Mas como este é um domínio real e terrível, assim toda a Escritura representa os homens como justamente vendidos sob ela. Nesse sentido, ele fala o que não é desprovido de verdade, quando diz: “Tudo isso me foi entregue”. Mas como ele entrega isso “a quem quer que ele queira?” Como empregar quem ele quiser de seus súditos dispostos em manter os homens. sob seu poder. Neste caso, a sua oferta ao nosso Senhor foi a de uma supremacia delegada comensurável com a sua, embora como o seu dom e para os seus fins.
se, prostrado, me adorares – Esta era a condição única, mas monstruosa. Nenhuma Escritura, será observado, é citada agora, porque ninguém poderia ser encontrado para apoiar uma afirmação tão blasfema. De fato, ele cessou agora de apresentar suas tentações sob a máscara da piedade, e ele destaca-se sem pestanejar como o rival do próprio Deus em suas reivindicações na homenagem dos homens. Desesperado o sucesso como um anjo de luz, ele joga fora todo disfarce, e com um esplêndido suborno solicita honra divina. Isso novamente mostra que estamos agora na última das tentações, e que a ordem de Mateus é a verdadeira.

10 Então Jesus disse: Vai embora, Satanás! Porque está escrito: Ao Senhor teu Deus adorarás, e só a ele cultuarás.
Então Jesus disse: Vai embora, Satanás! – Desde que o tentador agora jogou fora a máscara, e se destaca em seu verdadeiro caráter, nosso Senhor não lida mais com ele como um pretenso amigo e piedoso conselheiro, mas o chama pelo seu nome certo – O conhecimento dele desde o início Ele tinha cuidadosamente escondido até agora – e ordena-lo. Esta é a evidência final e conclusiva, como nós pensamos, que Mateus deve ser a ordem correta das tentações. Pois quem pode bem conceber que o tentador está retornando ao ataque depois disso, novamente no caráter piedoso, e esperando ainda desalojar a consciência de Sua Filiação, enquanto nosso Senhor deve, nesse caso, supostamente citar as Escrituras a alguém que Ele tinha chamou o diabo para o seu rosto – assim jogando suas pérolas antes do que suína?
Porque está escrito – (Dt 6:13). Assim nosso Senhor parte com Satanás na rocha da Escritura.
Ao Senhor teu Deus adorarás, – No hebraico e na Septuaginta é: “Tu temerás”; mas como o sentido é o mesmo, então a “adoração” é aqui usada para mostrar enfaticamente que o que o tentador alegou era precisamente o que Deus havia proibido.
e só a ele cultuarás – A palavra “servir” na segunda cláusula, nunca é usada pela Septuaginta de nenhum serviço religioso; e neste sentido é exclusivamente usado no Novo Testamento, como encontramos aqui. Mais uma vez a palavra “somente”, na segunda cláusula – não expressa no hebraico e na Septuaginta – é aqui acrescentada para enfatizar enfaticamente a característica negativa e proibitiva do comando. (Veja Gl 3:10 para um suplemento similar da palavra “todos” em uma citação de Dt 27:26).

11 Então o diabo o deixou; e eis que chegaram anjos, e o serviram.
Então o diabo o deixou – Lucas diz: “E quando o diabo se esgotou” – ou “terminou”, como em Lc 4:2 – “todo modo de tentação, ele partiu dele até certa estação”. “Estação” aqui indicada é expressamente referida por nosso Senhor em Jo 14:30 e Lc 22:52-53.
e eis que chegaram anjos, e o serviram – ou o supriram com alimento, como a mesma expressão significa em Mc 1:31 e Lc 8:3. Assim fizeram anjos a Elias (1Rs 19:5-8). Os críticos excelentes pensam que eles ministraram, não somente comida, mas apoio sobrenatural e alegria também. Mas esse seria o efeito natural e não o objeto direto da visita, que era claramente o que expressamos. E depois de ter se recusado a reivindicar a ministração ilegítima de anjos em Seu nome, oh, com que profunda alegria Ele aceitaria seus serviços quando enviado, sem pedir, no final de toda essa tentação, direto daquele que Ele gloriosamente glorificou! Que “alimento” dos anjos seria este repast seja a ele! e como Ele participou dela, não poderia uma Voz do Céu ser ouvida novamente, por qualquer um que pudesse ler a mente do Pai, “Não disse bem, Este é o meu Filho amado, em quem eu estou bem satisfeito”


OBJETIVO GERAL

Mostrar que Jesus venceu a tentação.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

·         Conceituar a tentação;
·         Explicar o processo da tentação de Jesus;
·         Elencar as tentações de Jesus.




INTERAGINDO COM O PROFESSOR

Nesta oportunidade trataremos sobre as escolhas e atitudes na jornada da vida espiritual. Neste contexto, aparece o tema da tentação. Em todo tempo somos instados pelo Maligno a negar nossa vida de santidade e ceder para as obras da carne afim de que manchemos as vestes espirituais. Não podemos nos dobrar às falsas promessas do Maligno. Precisamos perseverar na fé em Cristo, buscar a sua preciosa vontade para a nossa vida e honrá-lo até o fim na caminhada cristã. Uma boa aula!

COMENTÁRIO

INTRODUÇÃO

Há certo paralelismo entre os quarenta anos da peregrinação de Israel no deserto e os quarenta dias e as quarenta noites em que o Senhor Jesus jejuou no lugar ermo. A diferença é que Israel não passou no teste, e Jesus foi o vitorioso sobre Satanás. Esses dois cenários têm a ver com nossas escolhas e atitudes na jornada de nossa vida espiritual.
  
PONTO CENTRAL

Ainda que sejamos tentados, em Jesus, somos vitoriosos.

I. A TENTAÇÃO
I. Conceituar a tentação

Os termos “tentação” e “tentar” na Bíblia aplicam-se tanto no campo secular como no campo religioso. Vamos analisar o assunto partindo dos significados e sentidos dessas palavras, levando em consideração o contexto das várias passagens bíblicas.

1. A provocação de Refidim. O substantivo “tentação” significa literalmente “teste, provação, instigação”. Na contenda paradigmática de Refidim, no deserto, temos o significado dessa palavra: “E chamou o nome daquele lugar Massá e Meribá, por causa da contenda dos filhos de Israel, e porque tentaram ao SENHOR, dizendo: Está o SENHOR no meio de nós, ou não?”
(Êx 17.7 E chamou o nome daquele lugar Massá e Meribá, pela briga dos filhos de Israel, e porque tentaram ao SENHOR, dizendo: Está, pois, o SENHOR entre nós, ou não?
E chamou o nome daquele lugar – Massá (“tentação”); Meribá (“repreensão”, “contenda”): a mesma palavra que é traduzida como “provocação” (Hb 3: 8).).

O vocábulo hebraico massá significa “tentação”, e meribá quer dizer “contenda”. Os israelitas estavam testando o próprio Deus.

Septuaginta traduz massá por peirasmós, “tentação”, a mesma palavra usada no Novo Testamento grego. O enfoque do termo aqui é sobre a ideia de instigação ou sedução para o pecado
(Mt 6.13 – E não nos conduzas à tentação, mas livra-nos do mal.
Mt 26.41 – Vigiai e orai, para que não entreis em tentação. De fato, o espírito está pronto, mas a carne é fraca.).

2. A experiência de Massá e Meribá. Ninguém deve testar a Javé, o Deus de Israel, pois o nosso dever é obedecê-lo
(Dt 6.16 Não tentareis ao SENHOR vosso Deus, como o tentastes em Massá.).

O que aconteceu nessa contenda teve a reprovação divina, de modo que serviu como um paradigma daquilo que não se deve fazer
(Sl 95.8, 9: 8 Não endureçais vosso coração, como em Meribá, como no dia da tentação no deserto, 9 Onde vossos pais me tentaram; eles me provaram, mesmo já tendo visto minha obra.).

Testar Deus é questionar sua fidelidade no pacto e duvidar de sua autoridade
(Sl 78.41,56 41 Pois voltavam a tentar a Deus, e perturbavam ao Santo de Israel.
56 Porém eles tentaram e provocaram ao Deus Altíssimo; e não guardaram os testemunhos dele.).

Entendemos que tentar o Criador reflete a nossa descrença nEle, e a Bíblia é contra essa prática
(Is 7.12 Mas Acaz disse: "Não pedirei; não porei o Senhor à prova".
At 15.10 Então, por que agora vocês estão querendo tentar a Deus, pondo sobre os discípulos um jugo que nem nós nem nossos antepassados conseguimos suportar?).

3. Como um teste. Isso é muito comum no Antigo Testamento
(1Rs 10.1 A rainha de Sabá soube da fama que Salomão tinha alcançado, graças ao nome do Senhor, e foi a Jerusalém para pô-lo à prova com perguntas difíceis.).

O exemplo clássico é a passagem do sacrifício de Isaque: “E aconteceu, depois destas coisas, que tentou Deus a Abraão” (Gn 22.1 Passado algum tempo, Deus pôs Abraão à prova, dizendo-lhe: "Abraão!"
Ele respondeu: "Eis-me aqui".
).

A finalidade disso é revelar ou desenvolver o nosso caráter (Êx 20.20 Moisés disse ao povo: "Não tenham medo! Deus veio prová-los, para que o temor de Deus esteja em vocês e os livre de pecar".
Jo 6.6 Fez essa pergunta apenas para pô-lo à prova, pois já tinha em mente o que ia fazer.).

O hebraico aqui para “tentou” é nissá, que tem o sentido de testar, experimentar, usado para pesquisas científicas hoje em Israel. A Septuaginta traduziu por peirazo, de onde vem o substantivo peirasmós, que aparece no Novo Testamento com a mesma ideia de teste: “e puseste à prova os que dizem ser apóstolos e o não são”
(Ap 2.2 Conheço as suas obras, o seu trabalho árduo e a sua perseverança. Sei que você não pode tolerar homens maus, que pôs à prova os que dizem ser apóstolos mas não são, e descobriu que eles eram impostores.).

O Novo Testamento emprega o termo também com ideia de tentativa
(At 16.7 Quando chegaram à fronteira da Mísia, tentaram entrar na Bitínia, mas o Espírito de Jesus os impediu.
At 24.6 5 Verificamos que este homem é um perturbador, que promove tumultos entre os judeus pelo mundo todo. Ele é o principal cabeça da seita dos nazarenos 6 e tentou até mesmo profanar o templo; então o prendemos e quisemos julgá-lo segundo a nossa lei.).



SÍNTESE DO TÓPICO (I)

A provocação de Refidim e a experiência de Massá e Meribá, embora esta fosse uma ofensa a Deus, mostram que a tentação é um período de teste em nossa vida.




SUBSÍDIO DIDÁTICO-PEDAGÓGICO

Estude bem as passagens bíblicas que narram a história da provocação de Refidim a fim de contar aos alunos com riquezas de detalhes. Essa história servirá de base para você trabalhar o conceito de “tentação”. É preciso, desde o início da aula, deixar claro que o propósito do encontro desta semana é prevenir as consequências das tentações. Nesse caso, a tentação conforme a provocação de Refidim é de caráter contencioso. Onde a contenda e a confusão são o objeto da tentação. Por certo essa é uma excelente oportunidade de você trabalhar com a classe os princípios de “moderação”, “mansidão” e “domínio próprio”. Uma excelente aula!


















II. A TENTAÇÃO DE JESUS
II. Explicar o processo da tentação de Jesus

A tentação de Jesus no deserto é o primeiro acontecimento registrado de sua história depois do batismo por João Batista no rio Jordão. Era de se esperar que aquele que veio “para desfazer as obras do diabo”
(1Jo 3.8 Aquele que pratica o pecado é do Diabo, porque o Diabo vem pecando desde o princípio. Para isso o Filho de Deus se manifestou: para destruir as obras do Diabo.)
enfrentasse a reação de Satanás. O Inimigo de nossa alma decide lutar por sua causa. É que a chegada do Salvador alvoroçou todo o reino das trevas.

1. Levado ao deserto (v.1: Então Jesus foi levado pelo Espírito ao deserto, para ser tentado pelo Diabo.). O deserto é um lugar onde os seres humanos percebem a grandeza de Deus e a fragilidade humana; é um lugar de profundo silêncio para meditação e oração, onde há vastidão de espaço para ouvir a voz de Deus. Foi no deserto que grandes homens de Deus foram preparados para o serviço sagrado,
como Moisés
(At 7.30-33: 30 "Passados quarenta anos, apareceu a Moisés um anjo nas labaredas de uma sarça em chamas no deserto, perto do monte Sinai.
31 Vendo aquilo, ficou atônito. E, aproximando-se para observar, ouviu a voz do Senhor: 32 'Eu sou o Deus dos seus antepassados, o Deus de Abraão, o Deus de Isaque e o Deus de Jacó'. Moisés, tremendo de medo, não ousava olhar.
33 "Então o Senhor lhe disse: 'Tire as sandálias dos pés, porque o lugar em que você está é terra santa.)
e Elias
(1Rs 19.4-10: 3 Elias teve medo e fugiu para salvar a vida. Em Berseba de Judá ele deixou o seu servo 4 e entrou no deserto, caminhando um dia. Chegou a um pé de giesta, sentou-se debaixo dele e orou, pedindo a morte: "Já tive o bastante, Senhor. Tira a minha vida; não sou melhor do que os meus antepassados".
5 Depois se deitou debaixo da árvore e dormiu. De repente um anjo tocou nele e disse: "Levante-se e coma".
6 Elias olhou ao redor e ali, junto à sua cabeça, havia um pão assado sobre brasas quentes e um jarro de água. Ele comeu, bebeu e deitou-se de novo.
7 O anjo do Senhor voltou, tocou nele e disse: "Levante-se e coma, pois a sua viagem será muito longa".
8 Então ele se levantou, comeu e bebeu. Fortalecido com aquela comida, viajou quarenta dias e quarenta noites, até chegar a Horebe, o monte de Deus.
O Senhor aparece a Elias – 9 Ali entrou numa caverna e passou a noite.
E a palavra do Senhor veio a ele: "O que você está fazendo aqui, Elias?"
10 Ele respondeu: "Tenho sido muito zeloso pelo Senhor, o Deus dos Exércitos. Os israelitas rejeitaram a tua aliança, quebraram os teus altares, e mataram os teus profetas à espada. Sou o único que sobrou, e agora também estão procurando matar-me".).

O termo “deserto” nessa passagem não é suficiente para determinar o lugar exato em que Jesus suportou os quarenta dias de jejum e tentações. Mas há concordância entre muitos estudiosos de que se trata de uma parte despovoada da Judeia, onde João Batista iniciou o seu ministério. A tradição posterior indica o monte da Quarentena a oeste de Jericó, onde foi construída na encosta da montanha uma igreja no século VI.

2. Sobre o jejum de Jesus (v.1: Então Jesus foi levado pelo Espírito ao deserto, para ser tentado pelo Diabo.). Segundo a narrativa de Mateus, Jesus jejuou “quarenta dias e quarenta noites, depois teve fome”. Só mais dois personagens bíblicos praticaram um jejum tão prolongado de quarenta dias, Moisés e Elias, mas isso aconteceu em situações específicas (Êx 34.28: Moisés ficou ali com o Senhor quarenta dias e quaren­ta noites, sem comer pão e sem beber água. E escreveu nas tábuas as palavras da aliança: os Dez Mandamentos.
Dt 9.9,11: 9 Quando subi o monte para receber as tábuas de pedra, as tábuas da aliança que o Senhor tinha feito com vocês, fiquei no monte quarenta dias e quarenta noites; não comi pão, nem bebi água.
10 O Senhor me deu as duas tábuas de pedra escritas pelo dedo de Deus. Nelas estavam escritas todas as palavras que o Senhor proclamou a vocês no monte, de dentro do fogo, no dia da assembleia.
11 "Passados os quarenta dias e quarenta noites, o Senhor me deu as duas tábuas de pedra, as tábuas da aliança, 12 e me disse: 'Desça imediatamente, pois o seu povo, que você tirou do Egito, corrompeu-se. Eles se afastaram bem depressa do caminho que eu lhes ordenei e fizeram um ídolo de metal para si'.
1Rs 19.8: Então ele se levantou, comeu e bebeu. Fortalecido com aquela comida, viajou quarenta dias e quarenta noites, até chegar a Horebe, o monte de Deus.).

Isso mostra que esse tipo de jejum (quarenta dias e quarenta noites) não é doutrina da Igreja. Lucas afirma que Jesus, “naqueles dias, não comeu coisa alguma, e, terminados eles, teve fome”
(Lc 4.2: 1 Jesus, cheio do Espírito Santo, voltou do Jordão e foi levado pelo Espírito ao deserto, 2 onde, durante quarenta dias, foi tentado pelo Diabo. Não comeu nada durante esses dias e, ao fim deles, teve fome.).

O verbo grego, nesteuou, “jejuar”, significa literalmente “abster-se de alimento”.

3. Como a tentação aconteceu (v.3ª: O tentador aproximou-se dele e disse: "Se és o Filho de Deus, manda que estas pedras se transformem em pães".). Está claro que Satanás se apresentou a Jesus de forma visível, mas os detalhes são desconhecidos. Essa tentação foi literal, e isso se evidencia pelos detalhes da própria narrativa. Rejeitamos, pois, a ideia de uma tentação subjetiva, simbólica ou visionária. Com certeza, Jesus mesmo contou essa experiência aos seus discípulos.


SÍNTESE DO TÓPICO (II)

Levado ao deserto pelo Espírito Santo, Jesus foi tentado pelo Diabo.







SUBSÍDIO DOUTRINÁRIO

É importante termos uma ideia bem clara acerca da depravação total, pois a doutrina nos ajuda a compreender a luta interna no processo da tentação. Por isso, leia o seguinte texto, objetivando ter tal consciência: “A atual condição espiritual da humanidade, considerada à parte da graça de Deus, é adequadamente descrita como tenebrosa e desanimadora. Com certeza, Wesley, em sua doutrina do pecado original, emprega o que só pode ser descrito como ‘superlativos negativos’ para demonstrar o total abismo moral e espiritual em que a humanidade decaiu. Ele comenta: ‘O homem, por natureza, é repleto de todo tipo de maldade? É vazio de todo bem? É totalmente caído? Sua alma está totalmente corrompida?’. Ou, para fazer o teste ao contrário, ‘toda imaginação dos pensamentos de seu coração [é] só má continuamente?’. Admita isso, e até aqui você é um cristão. Negue isso, e você ainda é um pagão” (COLLINS, Kenneth. Teologia de John Wesley: O Amor Santo e a Forma da Graça. RJ: CPAD, 2010, p.97).

CONHEÇA MAIS


Tentador
“[Do lat. tentatorem ] O que induz a práticas que contrariam às leis de Deus. Nas Sagradas Escrituras, é Satanás o tentador por antonomásia. Ou seja: é o agente e o estimulador da tentação”. Leia mais em Dicionário Teológico, CPAD, p.270.



III. A TRÍPLICE TENTAÇÃO
III. Elencar as tentações de Jesus.

Mateus e Lucas registraram as três últimas investidas de Satanás contra Jesus, e elas foram o ápice dessas tentações. Na verdade, Jesus foi tentado em todos os quarenta dias: “quarenta dias foi tentado pelo diabo”
(Lc 4.2: 1 Jesus, cheio do Espírito Santo, voltou do Jordão e foi levado pelo Espírito ao deserto, 2 onde, durante quarenta dias, foi tentado pelo Diabo. Não comeu nada durante esses dias e, ao fim deles, teve fome.).

E continuou sendo tentado durante todo o tempo de seu ministério
(Lc 22.28: Vocês são os que têm permanecido ao meu lado durante as minhas provações.
Hb 4.15: 14 Portanto, visto que temos um grande sumo sacerdote que adentrou os céus, Jesus, o Filho de Deus, apeguemo-nos com toda a firmeza à fé que professamos, 15 pois não temos um sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas, mas sim alguém que, como nós, passou por todo tipo de tentação, porém, sem pecado.).

1. A primeira das três últimas tentações (v.3b: O tentador aproximou-se dele e disse: "Se és o Filho de Deus, manda que estas pedras se transformem em pães".). O objetivo dessa investida diabólica era incitar Jesus a usar seus poderes em benefício próprio. A declaração pública do próprio Deus a respeito de Jesus, “Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo”
(Mt 3.17: Então uma voz dos céus disse: "Este é o meu Filho amado, de quem me agrado".),
indica que isso era do conhecimento de Satanás. Mas, mesmo assim, ele desafiou Jesus quanto à sua identidade: “Se tu és o Filho de Deus, manda que estas pedras se tornem em pães”. À semelhança de Eva, esse pecado consistia em satisfazer o apetite físico com algo lhe fora proibido.

2. A segunda tentação (v.5: 5 Então o Diabo o levou à cidade santa, colocou-o na parte mais alta do templo e lhe disse: 6 "Se és o Filho de Deus, joga-te daqui para baixo. Pois está escrito: " 'Ele dará ordens a seus anjos a seu respeito, e com as mãos eles o segurarão, para que você não tropece em alguma pedra'".). Aqui, o objetivo de Satanás é induzir o Senhor Jesus a tentar o Pai e persuadi-lo a um ato de vaidade. A “Cidade Santa”, para onde Jesus foi transportado, é Jerusalém
(Ne 11.1: Os líderes do povo passaram a morar em Jerusalém, e o restante do povo fez um sorteio para que, de cada dez pessoas, uma viesse morar em Jerusalém, a santa cidade; as outras nove deveriam ficar em suas próprias cidades.
Is 52.1: Desperte! Desperte, ó Sião!
Vista-se de força.
Vista suas roupas de esplendor, ó Jerusalém, cidade santa.
Os incircuncisos e os impuros não tornarão a entrar por suas portas.).

Satanás incita Jesus a jogar-se do pináculo do templo abaixo usando o texto de Salmos 91.11,12. (Salmo 91. 1-2: 1 Aquele que habita no abrigo do Altíssimo e descansa à sombra do Todo-poderoso 2 pode dizer ao Senhor: "Tu és o meu refúgio e a minha fortaleza, o meu Deus, em quem confio".

Aquele que mora no esconderijo – (Salmo 27: 5; Sl 31:20) denota proximidade de Deus. Tal como fazê-lo, permaneça seguro ou alie-se de assaltos e possa usar os termos de confiança no Salmo 91: 2.)

Essa passagem refere-se a alguém que confia em Deus e, por isso mesmo, ao próprio Senhor Jesus. Ter a proteção divina, conforme as promessas desse salmo, é muito diferente de tentar a Deus. A proposta de Satanás era para Jesus testar Deus, algo que as Escrituras proíbem
(Êx 17.2-7: 2 Por essa razão queixaram-se a Moisés e exigiram: "Dê-nos água para beber".
Ele respondeu: "Por que se queixam a mim? Por que põem o Senhor à prova?"
3 Mas o povo estava sedento e reclamou a Moisés: "Por que você nos tirou do Egito? Foi para matar de sede a nós, aos nossos filhos e aos nossos rebanhos?"
4 Então Moisés clamou ao Senhor: "Que farei com este povo? Estão a ponto de apedrejar-me!"
5 Respondeu-lhe o Senhor: "Passe à frente do povo. Leve com você algumas das autoridades de Israel, tenha na mão a vara com a qual você feriu o Nilo e vá adiante.
6 Eu estarei à sua espera no alto da rocha do monte Hore­be. Bata na rocha, e dela sairá água para o povo beber". Assim fez Moisés, à vista das autorida­des de Israel.
7 E chamou aquele lugar Massá e Meribá, porque ali os israelitas reclamaram e puseram o Senhor à prova, dizendo: "O Senhor está entre nós, ou não?").

3. A terceira tentação (v.8: Depois, o Diabo o levou a um monte muito alto e mostrou-lhe todos os reinos do mundo e o seu esplendor.). Esse último ataque consistia em induzir Jesus a se apoderar do domínio do mundo por meios ilícitos. Como disse um grande comentarista dos Evangelhos: “A concessão era pequena; a oferta, grande”. Teria Satanás o controle do mundo a ponto de oferecê-lo a quem desejasse? Jesus não discutiu sobre essa reivindicação do Diabo.

O Novo Testamento mostra que Satanás é “o deus deste século”
(2 Co 4.4: O deus desta era cegou o entendimento dos descrentes, para que não vejam a luz do evangelho da glória de Cristo, que é a imagem de Deus);
“o príncipe das potestades do ar”
(Ef 2.2: 1 Vocês estavam mortos em suas transgressões e pecados, 2 nos quais costumavam viver, quando seguiam a presente ordem deste mundo e o príncipe do poder do ar, o espírito que agora está atuando nos que vivem na desobediência.);
“os príncipes das trevas deste século, […] as hostes espirituais da maldade, nos lugares celestiais”
(Ef 6.12: 11 Vistam toda a armadura de Deus, para poderem ficar firmes contra as ciladas do Diabo, 12 pois a nossa luta não é contra seres humanos, mas contra os poderes e autoridades, contra os dominadores deste mundo de trevas, contra as forças espirituais do mal nas regiões celestiais.)
e “todo o mundo está no Maligno”
(1Jo 5.19: Sabemos que somos de Deus e que o mundo todo está sob o poder do Maligno.).

Mas Satanás não tem nada para ninguém; tudo não passa de mera aparência e engano.

4. Respostas de Jesus. O ataque diabólico foi nas áreas mais sensíveis do ser humano: “a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida”
(1Jo 2.16: Pois tudo o que há no mundo - a cobiça da carne, a cobiça dos olhos e a ostentação dos bens - não provém do Pai, mas do mundo.).
Pois tudo o que há no mundo – pode ser classificado em um ou outro dos três; o mundo contém estes e não mais.
a cobiça da carne – isto é, o desejo que tem sua sede e fonte em nossa natureza carnal. Satanás usou essa tentação em Cristo: Lc 4:3“Ordena a esta pedra que se transforme em pão”. A juventude está especialmente sujeita a desejos carnais.
a cobiça dos olhos – a avenida através da qual as coisas exteriores do mundo, riquezas e beleza, nos inflamam. Satanás usou essa tentação em Cristo quando mostrou a Ele os reinos do mundo. Pela cobiça dos olhos, Davi (2Sl 11:2) e Acã caíram (Js 7:21). Compare a oração de Davi, Sl 119:37Mt 5:28. O único bem das riquezas do mundo para seu possuidor é vê-las com os olhos. Compare Lc 14:18: “preciso ir e vê-lo”.
soberba da vida – literalmente, “presunção arrogante”: exibição vaidosa. O orgulho era o pecado de Satanás pelo qual ele caiu e forma o elo entre os dois inimigos do homem, o mundo (respondendo à “cobiça dos olhos”) e o diabo (como “a cobiça da carne” é o terceiro inimigo). Satanás usou essa tentação em Cristo ao colocá-lo no pináculo do templo que, em orgulho e presunção espiritual, com base no cuidado de Seu Pai, Ele deveria se lançar para baixo. Os mesmos três inimigos aparecem nas três classes de solo em que a semente divina cai: os ouvintes do caminho, o diabo; os espinhos, o mundo; o subsolo rochoso, a carne (Mt 13:18-23Mc 4:3-8). A horrenda antitrindade do mundo, a “cobiça da carne, a cobiça dos olhos e a soberba da vida” são similarmente apresentadas na tentação de Eva por Satanás: “Quando ela viu que a árvore era boa para comida, agradável aos olhos e uma árvore a ser desejada para tornar um sábio,” Gn 3:6 (uma manifestação do” orgulho da vida”, o desejo de saber acima do que Deus revelou, Cl 2:8, o orgulho do conhecimento não santificado).
não é do Pai, mas do mundo – não nasce do “Pai” (usado em relação aos “filhinhos” precedentes, 1Jo 2:12). Somente aquele que é nascido de Deus se volta para Deus; aquele que é do mundo se volta para o mundo; as fontes de amor a Deus e amor ao mundo são irreconciliavelmente distintas. [JFB]

Mesmo com toda a sua habilidade maligna, foi grande e devastadora a derrota de Satanás
(v.11: Então o Diabo o deixou, e anjos vieram e o serviram.).

Ele foi vencido pelo poder da Palavra de Deus: “está escrito, está escrito e está escrito”. Jesus citou três passagens do Pentateuco
(Dt 6.13,16: 13 Temam o Senhor, o seu Deus e só a ele prestem culto e jurem somente pelo seu nome.
14 Não sigam outros deuses, os deuses dos povos ao redor; 15 pois o Senhor, o seu Deus, que está no meio de vocês, é Deus zeloso; a ira do Senhor, o seu Deus, se acenderá contra vocês, e ele os banirá da face da terra.
16 Não ponham à prova o Senhor, o seu Deus, como fizeram em Massá.
Dt 8.3: Assim, ele os humilhou e os deixou passar fome. Mas depois os sustentou com maná, que nem vocês nem os seus antepassados conheciam, para mostrar a vocês que nem só de pão viverá o homem, mas de toda palavra que procede da boca do Senhor.).

Assim, o grande conquistador, o Senhor Jesus Cristo, pode simpatizar com os que são tentados, pois Ele mesmo foi tentado de maneira real. Podemos nos consolar porque temos um Protetor no céu que é capaz de se compadecer de nossas fraquezas
(Hb 4.15: 14 Portanto, visto que temos um grande sumo sacerdote que adentrou os céus, Jesus, o Filho de Deus, apeguemo-nos com toda a firmeza à fé que professamos, 15 pois não temos um sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas, mas sim alguém que, como nós, passou por todo tipo de tentação, porém, sem pecado.).


SÍNTESE DO TÓPICO (III)

Três tentações de Jesus: transformar pedras em pães; jogar-se do pináculo do templo e ser amparado por um anjo e dominar o mundo se adorasse o Diabo.















SUBSÍDIO VIDA CRISTÃ

“[…] A presença de Cristo conosco não é apenas como a de um companheiro externo, mas é uma força real e divina, revolucionando nossa natureza e tornando-nos como Ele é. De fato, o propósito final e último de Cristo é que o crente seja reproduzido segundo a sua própria semelhança, por dentro e por fora.
Paulo expressa a mesma coisa no primeiro capítulo de Colossenses, quando diz: ‘Para, perante ele, vos apresentar santos, e irrepreensíveis, e inculpáveis’ (Cl 1.22). Esta transformação deve ser uma transformação interior. É uma transformação de nossa vida, de nossa natureza segundo a natureza dEle, segundo a semelhança dEle.
Como é maravilhosa a paciência, como é maravilhoso o poder que toma posse da alma e realiza a vontade de Deus — uma transformação absoluta segundo a maravilhosa santidade do caráter de Jesus! Nosso coração fica desconcertado quando pensamos em tal natureza, quando contemplamos tal caráter. Este é o propósito de Deus para você e para mim” (LAKE, John G. Devocional. Série: Clássicos do Movimento Pentecostal. RJ: CPAD, 2003, pp.31-32).











CONCLUSÃO

Diante dos fatos aqui expostos, aprendemos a não subestimar a força e os ardis de Satanás e seus demônios, pois ele ousou tentar o próprio Filho de Deus. Adão foi testado e não passou no teste
(Gn 3.11,12: 11E Deus perguntou: "Quem disse que você estava nu? Você comeu do fruto da árvore da qual o proibi de comer?"
12 Disse o homem: "Foi a mulher que me deste por companheira que me deu do fruto da árvore, e eu comi".).

Da mesma forma, Israel foi reprovado logo no limiar de sua história como nação
(Dt 9.12: 11 "Passados os quarenta dias e quarenta noites, o Senhor me deu as duas tábuas de pedra, as tábuas da aliança, 12 e me disse: 'Desça imediatamente, pois o seu povo, que você tirou do Egito, corrompeu-se. Eles se afastaram bem depressa do caminho que eu lhes ordenei e fizeram um ídolo de metal para si'.).

Mas Jesus foi aprovado, glória a Deus!
(At 2.22: "Israelitas, ouçam estas palavras: Jesus de Nazaré foi aprovado por Deus diante de vocês por meio de milagres, maravilhas e sinais que Deus fez entre vocês por intermédio dele, como vocês mesmos sabem.).





PARA REFLETIR

A respeito de “Tentação — A batalha por nossas escolhas e atitudes”, responda:

Qual o sentido da palavra “tentação” em Massá e Meribá?
O vocábulo hebraico massá significa “tentação”, e meribá quer dizer “contenda”.

Qual a finalidade da tentação como teste?
A finalidade é revelar ou desenvolver o nosso caráter (Êx 20.20; Jo 6.6).

O que evidenciam os detalhes da narrativa da tentação de Jesus no deserto?
A tentação de Jesus no deserto é o primeiro acontecimento registrado de sua história depois do batismo por João Batista no rio Jordão.

Quais os objetivos de Satanás em cada uma das três últimas tentações?
(1) O objetivo dessa investida diabólica era incitar Jesus a usar seus poderes em benefício próprio; (2) O objetivo de Satanás é induzir o Senhor Jesus a tentar o Pai e persuadi-lo a um ato de vaidade; (3) Esse último ataque consistia em induzir Jesus a se apoderar do domínio do mundo por meios ilícitos.

Como o Senhor Jesus derrotou o Diabo?
Ele foi vencido pelo poder da Palavra de Deus: “está escrito, está escrito e está escrito”. Jesus citou três passagens do Pentateuco (Dt 6.13,16; 8.3).


SUBSÍDIOS ENSINADOR CRISTÃO

Tentação — A batalha por nossas escolhas e atitudes

Para introduzir a lição desta semana é importante o prezado professor, a prezada professora, fazer um preâmbulo, com base em Êxodo 34.28 e Deuteronômio 9.9,11, em que certo paralelismo entre os quarenta anos de peregrinação de Israel e os quarenta dias e noites de tentação de Jesus fique bem claro. Mostre o contraste entre a reprovação da nação de Israel no deserto e a aprovação de Jesus. Esta seria uma boa maneira de introduzir a aula desta semana.

Sobre a tentação
Na Bíblia está presente a ideia de “tentação” como provação. Essa perspectiva o comentarista atinge ao desenvolver o primeiro tópico da lição a partir de “a provocação de Refidim” e “a experiência de Massá e Meribá ”. A “contenda” foi o elemento chave da reprovação de Deus a respeito da nação. Aqui, vemos que as Escrituras revelam a tentação, muitas vezes, como uma provação que Deus permite para testar nossa fé, amadurecermos e estabelecer em nós um senso de obediência que transcende os ritos religiosos. Quando somos aprovados por Deus, depois de passar pela provação, faz todo sentido as palavras do profeta Jeremias: “porei a minha lei no seu interior e a escreverei no seu coração; e eu serei o seu Deus, e eles serão o meu povo” (31.33b).

Sobre a tentação de Jesus
Neste tópico a palavra “deserto” deve ser destacada. Aqui, podemos lembrar as palavras do profeta Oseias: “eis que eu a atrairei, e a levarei para o deserto, e lhe falarei ao coração”. Sim, o deserto nas Escrituras aparece como um lugar onde Deus fala com o ser humano. O segundo tópico desta lição pode ser desenvolvido na perspectiva de que a tentação hoje pode acontecer num período de solidão, como Jesus estava no deserto, quando foi tentado. Embora sistematicamente tentado, nosso Senhor esteve sempre em comunhão com o Pai.

Sobre a tríplice tentação
Por fim, este terceiro tópico especifica as esferas em que a tentação vem sobre a vida do crente:
(1) Tentação física, a ideia de obter benefício para satisfazer as próprias necessidades (fome: transformar pedras em pão);
(2) Tentação religiosa, a ideia de usar “a experiência religiosa” para a sua própria vaidade (aparecer em público amparado por anjos);
(3) Tentação política, a ideia de adquirir poder político para dominar sobre todas as coisas.



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