LIÇÕES BÍBLICAS CPAD ADULTOS 1º Trimestre de 2019
Título: Batalha Espiritual — O povo de
Deus e a guerra contra as potestades do mal – Comentarista: Esequias
Soares
Lição 7: Tentação
— A batalha por nossas escolhas e atitudes
TEXTO ÁUREO
“Porque
tudo o que há no mundo, a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e
a soberba da vida, não é do Pai, mas do mundo ” (1Jo 2.16).
Pois
tudo o que há no mundo –
pode ser classificado em um ou outro dos três; o mundo contém estes e não mais.
a
cobiça da carne –
isto é, o desejo que tem sua sede e fonte em nossa natureza carnal. Satanás
usou essa tentação em Cristo: Lc 4:3: “Ordena a esta pedra que se
transforme em pão”. A juventude está especialmente sujeita a desejos
carnais.
a
cobiça dos olhos –
a avenida através da qual as coisas exteriores do mundo, riquezas e beleza, nos
inflamam. Satanás usou essa tentação em Cristo
quando mostrou a Ele os reinos do mundo. Pela cobiça dos olhos, Davi (2Sl 11:2) e Acã caíram
(Js 7:21). Compare a oração
de Davi, Sl 119:37; Mt 5:28. O único bem das riquezas do mundo
para seu possuidor é vê-las com os olhos. Compare Lc 14:18: “preciso ir e vê-lo”.
soberba
da vida –
literalmente, “presunção arrogante”: exibição vaidosa. O orgulho era o pecado
de Satanás pelo qual ele caiu e forma o elo entre os dois inimigos do homem, o
mundo (respondendo à “cobiça dos olhos”) e o diabo (como “a cobiça da carne” é
o terceiro inimigo). Satanás usou essa tentação em Cristo ao colocá-lo no pináculo do templo que, em orgulho e presunção
espiritual, com base no cuidado de Seu Pai, Ele deveria se lançar para baixo.
Os mesmos três inimigos aparecem nas três classes de solo em que a semente
divina cai: os ouvintes do caminho, o diabo; os espinhos, o mundo; o subsolo
rochoso, a carne (Mt 13:18-23; Mc 4:3-8). A horrenda antitrindade do mundo,
a “cobiça da carne, a cobiça dos olhos e a soberba da vida” são similarmente
apresentadas na tentação de Eva por Satanás: “Quando ela viu que a
árvore era boa para comida, agradável aos olhos e uma árvore a ser desejada
para tornar um sábio,” Gn 3:6 (uma
manifestação do” orgulho da vida”, o desejo de saber acima do que Deus
revelou, Cl 2:8, o orgulho do conhecimento não
santificado).
não
é do Pai, mas do mundo –
não nasce do “Pai” (usado em relação aos “filhinhos” precedentes, 1Jo 2:12). Somente aquele que é nascido de
Deus se volta para Deus; aquele que é do mundo se volta para o mundo; as fontes
de amor a Deus e amor ao mundo são irreconciliavelmente distintas. [JFB]
VERDADE PRÁTICA
A tentação no sentido religioso é a
atração ou sedução para praticar o mal tendo por recompensa prazeres ou lucros
ilícitos.
LEITURA DIÁRIA
Gn
22.1 – A tentação, às vezes, significa
teste, provação
Passado algum tempo, Deus pôs Abraão
à prova, dizendo-lhe: "Abraão!"
Ele respondeu: "Eis-me aqui".
Ele respondeu: "Eis-me aqui".
“Deus
tentou a Abraão”
Deus não incita ao pecado (Tg 1:13), mas tenta, prova
– dar ocasião para o desenvolvimento de sua fé (1Pe 1: 7).
Lc
22.28 – A tentação de Jesus foi contínua e
não se restringiu à tentação no deserto
28 E vós sois os que tendes
permanecido comigo em minhas tentações.
continuou, etc. – afetando a
evidência da tenaz suscetibilidade de Cristo à simpatia e apoio humanos! (Veja
em Jo 6:66, Jo 6:67;
veja Jo 16:32.)
1Co
7.5 – Satanás procura o ponto fraco do crente para
tentá-lo nessa área
5 Não vos priveis um ao outro, a
não ser por consentimento de ambos por algum tempo, para que vos ocupeis com
jejum, e para a oração; e voltai-vos outra vez a se juntarem, para que Satanás
não vos tente, por causa de vossa falta de domínio próprio.
jejum, e para a oração –
Os manuscritos mais antigos omitem “jejum, e”; uma interpolação,
evidentemente, de ascetas.
se juntarem –
Os manuscritos mais antigos dizem: “estar juntos”, ou seja, no estado usual dos
casados.
Satanás –
que muitas vezes lança tentações através de pensamentos profanos em meio aos
mais sagrados exercícios.
por causa de vossa falta de domínio
próprio – por causa de sua incapacidade de “conter” (1Co 7:9)
suas propensões naturais, das quais Satanás se aproveitaria. [JFB]
1Ts
3.5 – Satanás é a principal fonte externa da tentação
5 Por isso, como não podia mais
suportar, eu o enviei para saber de vossa fé. Eu temia que o tentador houvesse
vos tentado, e o nosso trabalho houvesse sido inútil.
como não podia mais suportar –
grego, “quando eu também (assim como Timóteo, que, Paulo sugere delicadamente,
estava igualmente ansioso em respeito a eles, compare“ nós ”, 1Ts 3: 1),
não podia mais me conter (suportar o suspense). “
eu o enviei –
Paul era o remetente real; daí o “eu” aqui: Paulo, Silas e o próprio Timóteo
haviam concordado com a missão, antes de Paulo ir a Atenas: daí o “nós” (veja
em 1Ts 3: 1).
Eu temia que o tentador houvesse vos
tentado – O indicativo é usado na
sentença anterior, o subjuntivo na última. Traduza, portanto, “Saber… se o
tentador o tem tentado (o indicativo implica que ele supunha que tal fosse o
caso), e para que (nesse caso) nosso trabalho não provasse ser em vão”
(compare Gl 4:11)
. Nosso labor na pregação seria, nesse caso, em vão, no que lhe concerne, mas
não nos concerne, na medida em que trabalhamos sinceramente (Is 49: 4; 1Co 3: 8).
Hb
4.15 – Não é pecado ser tentado, mas, sim,
ceder ao pecado
15 Pois não temos um Sumo Sacerdote que não
possa se compadecer das nossas fraquezas; mas, sim, um que foi provado em tudo,
conforme a nossa semelhança, porém sem pecado.
Pois –
o motivo para “manter nossa profissão” (Hb 4:14), ou seja, a
simpatia e ajuda que podemos esperar de nosso Sumo Sacerdote. Embora “grande” (Hb 4:14), Ele não está
acima de cuidar de nós; não, como sendo em todos os pontos um conosco em
relação à masculinidade, exceto pelo pecado, Ele simpatiza conosco em toda
tentação. Embora exaltado aos mais altos céus, Ele mudou seu lugar, não sua
natureza e ofício em relação a nós, sua condição, mas não sua afeição.
Compare Mt 26:38,
“vigiai comigo”: mostrando Seu desejo nos dias de Sua carne pela simpatia
daqueles a quem Ele amava: assim Ele agora dá Sua simpatia ao povo que sofre.
Compare com Arão, o tipo, tendo os nomes das doze tribos no peitoral do juízo
sobre o seu coração, quando ele entrou no lugar santo, para um memorial diante
do Senhor continuamente (Êx 28:29).
não possa se compadecer das –
grego, “não pode simpatizar com nossas enfermidades”: nossas fraquezas físicas
e morais (não o pecado, mas a responsabilidade por seus ataques). Ele, embora
sem pecado, pode simpatizar conosco pecadores; Sua compreensão mais agudamente
percebeu as formas de tentação do que nós que somos fracos; Sua vontade
repeliu-os instantaneamente como o fogo faz a gota de água lançada para ele.
Ele, portanto, experimentalmente sabia que poder era necessário para vencer as
tentações. Ele é capaz de simpatizar, pois ao mesmo tempo foi tentado sem pecado
e, ainda assim, verdadeiramente tentado (Bengel).
Somente nEle temos um exemplo adequado aos homens de todos os tipos e sob todas
as circunstâncias. Em solidariedade, Ele se adapta a cada um, como se não
tivesse simplesmente assumido a natureza do homem em geral, mas também a
natureza peculiar daquele único indivíduo.
mas – “sim, antes, Ele foi (um)
tentado” (Alford).
como nós somos – grego, “de acordo
com (nossa) similitude”.
sem pecado –
grego, “{choris}”, “separado do pecado” (Hb 7:26). Se o grego
“{aneu}” tivesse sido usado, o pecado teria sido considerado como o objeto
ausente de Cristo no assunto; mas {choris} aqui implica que Cristo, o sujeito,
é considerado como separado do pecado o objeto [Tittmann]. Assim, ao longo de
suas tentações em sua origem, processo e resultado, o pecado não tinha nada
nele; Ele estava separado e separado dele (Alford).
Tg
1.14 – A tentação tem também a sua fonte
interna
14 Mas cada um é tentado quando é
atraído e seduzido pelo seu próprio mau desejo.
Todo homem, quando tentado, é assim
atraído (de novo aqui, como em Tg 1:13,
o grego para “de” expressa a fonte real, e não o agente de tentação) sua
própria luxúria. A causa do pecado está em nós mesmos. Mesmo as sugestões de
Satanás não nos colocam em perigo antes de serem feitas por nós. Cada um tem
sua própria luxúria peculiar (assim como a grega), surgindo de seu próprio
temperamento e hábito. A luxúria flui do pecado de nascimento original no
homem, herdado de Adão.
afastado – o primeiro passo na
tentação: afastada da verdade e da virtude.
seduzido –
literalmente, “tomado com uma isca”, como os peixes são. O progresso adicional:
o homem se permitindo (como a voz média grega implica) ser atraído para o mal (Bengel).
“Luxúria” é aqui personificada como a prostituta que fascina o homem.
LEITURA BÍBLICA
EM CLASSE
Mateus
4.1-11.
1
— Então, foi conduzido Jesus
pelo Espírito ao deserto, para ser tentado pelo diabo.
2
— E, tendo jejuado quarenta
dias e quarenta noites, depois teve fome;
3
— E, chegando-se a ele o
tentador, disse: Se tu és o Filho de Deus, manda que estas pedras se tornem em
pães.
4
— Ele, porém, respondendo,
disse: Está escrito: Nem só de pão viverá o homem, mas de toda a palavra que
sai da boca de Deus.
5
— Então o diabo o transportou
à Cidade Santa, e colocou-o sobre o pináculo do templo,
6
— e disse-lhe: Se tu és o
Filho de Deus, lança-te daqui abaixo; porque está escrito: Aos seus anjos dará
ordens a teu respeito, e tomar-te-ão nas mãos, para que nunca tropeces em
alguma pedra.
7
— Disse-lhe Jesus: Também está
escrito: Não tentarás o Senhor, teu Deus.
8
— Novamente, o transportou o
diabo a um monte muito alto; e mostrou-lhe todos os reinos do mundo e a glória
deles.
9
— E disse-lhe: Tudo isto te
darei se, prostrado, me adorares.
10
— Então, disse-lhe Jesus:
Vai-te, Satanás, porque está escrito: Ao Senhor, teu Deus, adorarás e só a ele
servirás.
11
— Então, o diabo o deixou; e, eis
que chegaram os anjos e o serviram.
Mateus 4
Tentação de Cristo
Mc 1.12, 13: E logo o Espírito o impeliu ao deserto.
1 Então
Jesus foi levado pelo Espírito ao deserto para ser tentado pelo diabo.
Então – uma nota indefinida de
sequência. Mas a palavra de Marcos (Mc 1:12) conserta o que deveríamos ter
presumido que se destinava, que foi “imediatamente” depois do Seu batismo; e
com isso concorda a afirmação de Lucas (Lc 4:1).
Jesus
foi levado – isto é, do
baixo vale do Jordão até um local mais elevado.
pelo
Espírito – esse
abençoado Espírito imediatamente antes mencionado como descendo sobre Ele no
Seu batismo e permanecendo sobre Ele. Lucas, conectando essas duas cenas, como
se uma fosse a continuação da outra, diz: “Jesus, estando cheio do Espírito
Santo, retornou do Jordão e foi conduzido” etc. A expressão de Marcos tem uma
nitidez impressionante. sobre isso – “Imediatamente o Espírito O conduz” (Mc 1:12), “põe-no” ou “o arrasta”, ou “o
impele”. (Veja a mesma palavra em Mc 1:43; Mc 5:40; Mt 9:25, Mt 13:52, Jo 10:4). O pensamento
assim expressamente expresso é o poderoso impulso restritivo do Espírito sob o
qual Ele foi; enquanto a expressão mais gentil de Mateus, “foi conduzida”,
indica quão puramente voluntária, por sua própria parte, era essa ação.
ao
deserto –
provavelmente o selvagem deserto da Judéia. O ponto particular em que a
tradição se fixou, portanto, tem o nome de Quarantana ou Quarantaria, dos
quarenta dias – “uma parede de rocha quase perpendicular a doze ou quinze
metros acima da planície” [Robinson, Palestina]. A suposição daqueles que se
inclinam a colocar a tentação entre as montanhas de Moab é, pensamos, muito
improvável.
ser
tentado – A palavra
grega (peirazein) significa simplesmente tentar ou fazer prova, e quando
atribuída a Deus em suas relações com os homens, isso significa, e não pode
significar mais do que isso. Assim, Gn 22:1 “Veio que
Deus tentou a Abraão”, ou colocou sua fé em uma prova severa (ver Dt 8:2). Mas, na maior
parte das vezes, na Escritura, a palavra é usada em um mau sentido, e significa
para atrair , solicitar ou provocar o pecado, daí o nome aqui dado ao iníquo –
“o tentador” (Mt 4:3).
Assim, “ser tentado” aqui deve ser entendido nos dois sentidos. O Espírito
levou-o ao deserto simplesmente para tentar a fé; mas como o agente neste
julgamento seria o iníquo, cujo objetivo seria seduzi-lo de sua lealdade a
Deus, era uma tentação no mau sentido do termo. A indigna inferência que alguns
tirariam disso é energeticamente repelida por um apóstolo (Tg 1:13-17).
pelo
diabo – A palavra
significa um caluniador – aquele que imputa imputações a outro. Daí aquele
outro nome dado a ele (Ap 12:10),
“O acusador dos irmãos, que os acusa diante de nosso Deus dia e noite”. Marcos
(Mc 1:13) diz: “Ele foi quarenta dias tentado
de Satanás” uma palavra que significa um adversário, alguém que fica à espera,
ou se coloca em oposição a outro. Esses e outros nomes do mesmo espírito caído
apontam para características diferentes em seu personagem ou operações. Qual
foi o alto design disso? Em primeiro lugar, ao julgarmos, dar a nosso Senhor
uma amostra do que estava diante dEle no trabalho que Ele havia empreendido; em
seguida, para julgar o glorioso equipamento que Ele acabara de receber; além
disso, para dar-Lhe encorajamento, pela vitória agora a ser vencida, para
seguir adiante os principados e poderes que estragam, até que por fim Ele
deveria fazer uma demonstração deles abertamente, triunfando sobre eles em Sua
cruz: que o tentador, também, poderia obter um gosto, no início, do novo tipo
de material no homem com o qual ele acharia que tinha aqui para lidar;
finalmente, que Ele possa adquirir habilidade experimental para “socorrer os
que são tentados” (Hb 2:18).
A tentação, evidentemente, abrangia dois estágios: o que continuava durante os
quarenta dias de jejum; o outro, na conclusão desse período.
2 E
depois de jejuar quarenta dias e quarenta noites, teve fome.
E
depois de jejuar quarenta dias e quarenta noites – Lucas diz: “Quando eles
terminaram” (Lc 4:2).
teve
fome – evidentemente
implicando que a sensação de fome não foi sentida durante todos os quarenta
dias; chegando apenas no seu final. Assim, aparentemente, foi com Moisés (Êx 34:28) e Elias (1Rs 19:8) para o mesmo período. Um poder
sobrenatural de resistência foi naturalmente dado ao corpo, mas isso
provavelmente operou através de uma lei natural – a absorção do Espírito do
Redentor no terrível conflito com o tentador. (Veja em At 9: 9). Tivemos apenas este
Evangelho, devemos supor que a tentação não começou até depois disso. Mas está
claro, a partir da declaração de Marcos, que “Ele estava no deserto quarenta
dias tentado por Satanás” (Mc 1:13) e Lucas “sendo quarenta dias
tentado pelo diabo” (Lc 4:2),
que houve uma tentação de quarenta dias antes das três tentações específicas
depois registradas. E é isso que chamamos de primeiro estágio. Qual a natureza
e objeto precisos da tentação dos quarenta dias não está registrada. Mas duas
coisas parecem bastante claras. Primeiro, o tentador fracassou completamente em
seu objeto, do contrário não foi renovado; e os termos em que ele abre o
segundo ataque implicam tanto. Mas, além disso, o objetivo total do tentador
durante os quarenta dias evidentemente era levá-lo a desconfiar do testemunho
celestial que lhe foi dado no Seu batismo como o Filho de Deus – para
persuadi-Lo a considerá-lo apenas uma esplêndida ilusão – e, geralmente , para
desalojar do peito a consciência de sua filiação. Com que plausibilidade os
eventos de Sua história anterior, desde o início, seriam exortados a Ele em
apoio a essa tentação, é fácil de imaginar. E faz muito em apoio a essa visão
da tentação dos quarenta dias de que os detalhes dela não são registrados; como
os detalhes de uma luta puramente interna podem ser gravados, é difícil de ver.
Se isto estiver correto, como naturalmente o Segundo Estágio da tentação se
abre! No breve aviso de Marcos sobre a tentação há um particular expressivo não
dado tanto por Mateus como por Lucas – que “Ele estava com as feras” (Mc 1:12), sem dúvida para adicionar terror à
solidão, e agravar a horrores de toda a cena.
3 E
o tentador se aproximou, e disse-lhe: Se tu és o Filho de Deus, dize que estas
pedras se tornem pães.
–
em vez disso, “pães”, respondendo a “pedras” no plural; enquanto Lucas, tendo
dito: “Comanda esta pedra”, no singular, acrescenta, “que se faça pão”, no
singular (Lc 4:3).
A sensação de fome, não sentida durante todos os quarenta dias, parece agora
ter surgido com todo o seu entusiasmo – sem dúvida, para abrir uma porta para o
tentador, do qual ele não demora a aproveitar-se; “Ainda nos apegamos àquela
vaidosa confiança de que Tu és o Filho de Deus, levado por aquelas cenas
ilusórias no Jordão. Tu nasceste num estábulo; mas tu és o Filho de Deus!
correu para o Egito por medo da ira de Herodes; mas tu és o Filho de Deus! o
telhado de um carpinteiro lhe deu um lar e, na obscuridade de uma cidade
desprezível da Galiléia, Você passou trinta anos, mas ainda assim és o Filho de
Deus! e uma voz do céu, ao que parece, proclamou nos teus ouvidos, no Jordão!
Seja assim; mas depois disso, certamente Teu dia de obscuridade e julgamento
deve ter um fim. Por que demorar semanas nesse deserto, perambulando entre as
feras selvagens e as rochas escarpadas, desonradas, desacompanhadas,
desatentas, prontas para morrer de fome por falta das necessidades da vida?
Isso é condizente com “o Filho de Deus?” Por ordem do “Filho de Deus”,
certamente aquelas pedras serão todas transformadas em pães, e em um momento
apresentarão uma abundante refeição. ”
4 Mas
Jesus respondeu: Está escrito: Não só de pão viverá o ser humano, mas de toda
palavra que sai da boca de Deus.
Mas
Jesus respondeu: Está escrito –
(Dt 8:3).
Não
só de pão viverá o ser humano, mas de toda palavra que sai da boca de
Deus –
De todas as passagens das Escrituras do Antigo Testamento, nenhuma poderia ter
sido lançada sobre um propósito mais adequado, talvez não tão apropriado, ao
propósito de nosso Senhor. “O Senhor te guiou (disse Moisés a Israel, no final
de suas jornadas) estes quarenta anos no deserto, para te humilhar e te provar,
para saber o que estava no teu coração, se guardarias os seus mandamentos, ou
não. E te humilhou, e te permitiu ter fome, e te alimentou com maná, que tu não
conhecias, nem os teus pais sabiam; para que Ele saiba que o homem não vive só
de pão ”etc.,“ Agora, se Israel gastasse, não quarenta dias, mas quarenta anos
num deserto devastador e uivante, onde não houvesse meios de subsistência
humana, não faminto, mas divinamente provido, com o propósito de provar a cada
era que o apoio humano depende não do pão, mas da infalível palavra de promessa
e penhor de todos os cuidados providenciais necessários, estou desconfiando
dessa palavra de Deus, e desesperada? de alívio, para tomar a lei em minha
própria mão? É verdade que o Filho de Deus é capaz de transformar pedras em
pão; mas o que o Filho de Deus é capaz de fazer não é a questão presente, mas
qual é o dever do homem sob a necessidade das necessidades da vida. E como a
condição de Israel no deserto não justificava suas murmurações incrédulas e seu
freqüente desespero, assim também os Meus não autorizariam o exercício do poder
do Filho de Deus em arrebatar desesperadamente um alívio injustificado. Como
homem, portanto, esperarei o suprimento divino, nada duvidando de que, no
momento apropriado, ele chegará ”. A segunda tentação neste Evangelho está em
Lucas, a terceira. Que a ordem de Mateus é a correta aparecerá, nós pensamos,
claramente na continuação.
5 Então
o diabo o levou consigo à santa cidade, e o pôs sobre o ponto mais alto do
Templo,
na
cidade santa –
assim chamada (como em Is 48:2; Ne 11:1) de ser “a cidade do Grande Rei”, a
sede do templo, a metrópole de todo culto judaico.
e
o pôs sobre o ponto mais alto do Templo – “o
pináculo” – uma certa projeção bem conhecida. Se isto se refere ao ápice mais
alto do templo, que se eriçava com pontas de ouro [Josefo, Antiguidades, 5.5,
6]; ou se se refere a outro pico, no pórtico real de Herodes, pendendo sobre o
desfiladeiro de Kedron, no vale de Hinom – uma imensa torre construída na beira
desse precipício, do topo da qual ele diz que poderia não olhe para o fundo
[Antiguidades, 15.11, 5] – não é certo; mas o último é provavelmente destinado.
6 E
disse-lhe: Se tu és o Filho de Deus, lança-te abaixo, porque está escrito que:
Mandará a seus anjos acerca de ti, e te tomarão pelas mãos, para que nunca com
teu pé tropeces em pedra alguma.
E
disse-lhe: Se tu és o Filho de Deus – Como esta tentação começa com o
mesmo ponto que o primeiro – a determinação de nosso Senhor de não ser
disputada fora de Sua Filiação – parece-nos claro que veio imediatamente depois
o outro; e como a tentação remanescente mostra que a esperança de carregar esse
ponto foi abandonada, e tudo foi apostado em um empreendimento desesperado,
pensamos que a tentação restante é, portanto, mostrada como a última; como
aparecerá ainda mais quando chegarmos a ele.
porque
está escrito – (Sl 91:11-12). “Mas o que é
isso que eu vejo?”, Exclama o imponente Bispo Hall. “O próprio Satanás com uma
Bíblia debaixo do braço e um texto na boca!” Sem dúvida, o tentador, tendo
sentido o poder da Palavra de Deus na antiga tentação, estava ansioso para
experimentar o efeito disso a partir de sua própria boca (2Co 11:14).
Mandará
a seus anjos acerca de ti, e te tomarão pelas mãos, para que nunca com teu pé
tropeces em pedra alguma – A
citação é, exatamente como está no hebraico e na Septuaginta, exceto que após a
primeira cláusula as palavras “para te guardarem em todos os teus caminhos”. ,
”Estão aqui omitidos. Não poucos bons expositores pensaram que esta omissão foi
intencional, para esconder o fato de que este não teria sido um dos “Seus
caminhos”, isto é, do dever. Mas como a resposta de nosso Senhor não faz alusão
a isso, mas se apega ao grande princípio envolvido na promessa citada, então
quando olhamos para a promessa em si, é claro que o sentido dela é exatamente o
mesmo se a cláusula em questão ser inserida ou não.
7 Jesus
lhe disse: Também está escrito: Não tentarás o Senhor teu Deus.
Jesus
lhe disse: Também está escrito: –
(Dt 6:16),
como se ele dissesse: “É verdade que está escrito, e nessa promessa eu confiro
implicitamente; mas, ao usá-lo, há outra passagem que não pode ser esquecida ”
Não
tentarás o Senhor teu Deus – “A
preservação em perigo é divinamente prometida: criarei então o perigo, seja
para colocar a segurança prometida cepticamente à prova, seja arbitrariamente
exigir uma exibição dela? Isso era para tentar o Senhor meu Deus, “que, sendo
expressamente proibido, perderia o direito de esperar pela preservação”.
8 Outra
vez o diabo o levou consigo a um monte muito alto, e lhe mostrou todos os
reinos do mundo, e a glória deles,
–
Lucas (Lc 4:5)
acrescenta a importante cláusula: “em um momento de tempo”; uma cláusula que
parece fornecer uma chave para o verdadeiro significado. Que uma cena foi
apresentada ao olho natural de nosso Senhor parece claramente expressa. Mas
limitar isso à cena mais extensa que o olho natural poderia absorver, é dar um
sentido à expressão “todos os reinos do mundo”, bastante violenta. Resta,
então, reunir da expressão “em um momento de tempo” – que manifestamente se
destina a intimar alguma operação sobrenatural – que foi permitido ao tentador
estender sobrenaturalmente por um momento a visão de nosso Senhor, e lance uma
“glória” ou brilho sobre a cena da visão: uma coisa que não é inconsistente com
a analogia de outras declarações escriturísticas sobre as operações permitidas
do iníquo. Neste caso, a “altura excedente” da “montanha” de onde esta vista
foi contemplada favoreceria o efeito a ser produzido.
9 E
disse-lhe: Tudo isto te darei se, prostrado, me adorares.
E
disse-lhe: Tudo isto te darei – “e
a glória delas”, acrescenta Lucas (Lc 4:6). Mas Mateus, já
tendo dito que isto foi “mostrado a Ele”, não precisou repeti-lo aqui. Lucas (Lc 4:6) acrescenta essas
outras cláusulas muito importantes, aqui omitidas – “pois isto é” ou “foi”,
“entregue a mim e a quem eu quiser”. Isso era totalmente falso? Não era como a
política incomum de Satanás, que é insinuar suas mentiras sob o disfarce de
alguma verdade. Que verdade, então, existe aqui? Nós respondemos: Satanás não é
três vezes chamado por nosso próprio Senhor, “o príncipe deste mundo” (Jo 12:31; Jo 14:30; Jo 16:11)? O apóstolo não
o chama de “o deus deste mundo” (2Co 4:4)? E ainda mais, não é dito que
Cristo veio para destruir por Sua morte “aquele que tem o poder da morte, isto
é, o diabo” (Hb 2:14)?
Sem dúvida, essas passagens expressam apenas a sujeição voluntária dos homens
ao domínio do iníquo enquanto vivem, e seu poder de cercar a morte a eles,
quando chega, com todos os terrores do salário do pecado. Mas como este é um
domínio real e terrível, assim toda a Escritura representa os homens como
justamente vendidos sob ela. Nesse sentido, ele fala o que não é desprovido de
verdade, quando diz: “Tudo isso me foi entregue”. Mas como ele entrega isso “a
quem quer que ele queira?” Como empregar quem ele quiser de seus súditos
dispostos em manter os homens. sob seu poder. Neste caso, a sua oferta ao nosso
Senhor foi a de uma supremacia delegada comensurável com a sua, embora como o
seu dom e para os seus fins.
se,
prostrado, me adorares – Esta
era a condição única, mas monstruosa. Nenhuma Escritura, será observado, é
citada agora, porque ninguém poderia ser encontrado para apoiar uma afirmação
tão blasfema. De fato, ele cessou agora de apresentar suas tentações sob a
máscara da piedade, e ele destaca-se sem pestanejar como o rival do próprio
Deus em suas reivindicações na homenagem dos homens. Desesperado o sucesso como
um anjo de luz, ele joga fora todo disfarce, e com um esplêndido suborno
solicita honra divina. Isso novamente mostra que estamos agora na última das
tentações, e que a ordem de Mateus é a verdadeira.
10 Então
Jesus disse: Vai embora, Satanás! Porque está escrito: Ao Senhor teu Deus
adorarás, e só a ele cultuarás.
Então
Jesus disse: Vai embora, Satanás! – Desde
que o tentador agora jogou fora a máscara, e se destaca em seu verdadeiro
caráter, nosso Senhor não lida mais com ele como um pretenso amigo e piedoso
conselheiro, mas o chama pelo seu nome certo – O conhecimento dele desde o
início Ele tinha cuidadosamente escondido até agora – e ordena-lo. Esta é a evidência
final e conclusiva, como nós pensamos, que Mateus deve ser a ordem correta das
tentações. Pois quem pode bem conceber que o tentador está retornando ao ataque
depois disso, novamente no caráter piedoso, e esperando ainda desalojar a
consciência de Sua Filiação, enquanto nosso Senhor deve, nesse caso,
supostamente citar as Escrituras a alguém que Ele tinha chamou o diabo para o
seu rosto – assim jogando suas pérolas antes do que suína?
Porque
está escrito –
(Dt 6:13).
Assim nosso Senhor parte com Satanás na rocha da Escritura.
Ao
Senhor teu Deus adorarás, –
No hebraico e na Septuaginta é: “Tu temerás”; mas como o sentido é o mesmo,
então a “adoração” é aqui usada para mostrar enfaticamente que o que o tentador
alegou era precisamente o que Deus havia proibido.
e
só a ele cultuarás – A
palavra “servir” na segunda cláusula, nunca é usada pela Septuaginta de nenhum
serviço religioso; e neste sentido é exclusivamente usado no Novo Testamento,
como encontramos aqui. Mais uma vez a palavra “somente”, na segunda cláusula –
não expressa no hebraico e na Septuaginta – é aqui acrescentada para enfatizar
enfaticamente a característica negativa e proibitiva do comando. (Veja Gl 3:10 para um suplemento similar da
palavra “todos” em uma citação de Dt 27:26).
11 Então
o diabo o deixou; e eis que chegaram anjos, e o serviram.
Então
o diabo o deixou – Lucas
diz: “E quando o diabo se esgotou” – ou “terminou”, como em Lc 4:2 – “todo modo
de tentação, ele partiu dele até certa estação”. “Estação” aqui indicada é
expressamente referida por nosso Senhor em Jo 14:30 e Lc 22:52-53.
e
eis que chegaram anjos, e o serviram – ou
o supriram com alimento, como a mesma expressão significa em Mc 1:31 e Lc 8:3. Assim fizeram
anjos a Elias (1Rs 19:5-8). Os críticos excelentes pensam que
eles ministraram, não somente comida, mas apoio sobrenatural e alegria também.
Mas esse seria o efeito natural e não o objeto direto da visita, que era
claramente o que expressamos. E depois de ter se recusado a reivindicar a
ministração ilegítima de anjos em Seu nome, oh, com que profunda alegria Ele
aceitaria seus serviços quando enviado, sem pedir, no final de toda essa tentação,
direto daquele que Ele gloriosamente glorificou! Que “alimento” dos anjos seria
este repast seja a ele! e como Ele participou dela, não poderia uma Voz do Céu
ser ouvida novamente, por qualquer um que pudesse ler a mente do Pai, “Não
disse bem, Este é o meu Filho amado, em quem eu estou bem satisfeito”
OBJETIVO GERAL
Mostrar
que Jesus venceu a tentação.
OBJETIVOS
ESPECÍFICOS
·
Conceituar a tentação;
·
Explicar o processo da tentação de
Jesus;
·
Elencar as tentações de Jesus.
INTERAGINDO COM
O PROFESSOR
Nesta
oportunidade trataremos sobre as escolhas e atitudes na jornada da vida
espiritual. Neste contexto, aparece o tema da tentação. Em todo tempo somos
instados pelo Maligno a negar nossa vida de santidade e ceder para as obras da
carne afim de que manchemos as vestes espirituais. Não podemos nos dobrar às
falsas promessas do Maligno. Precisamos perseverar na fé em Cristo, buscar a
sua preciosa vontade para a nossa vida e honrá-lo até o fim na caminhada
cristã. Uma boa aula!
COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
Há
certo paralelismo entre os quarenta anos da peregrinação de Israel no deserto e
os quarenta dias e as quarenta noites em que o Senhor Jesus jejuou no lugar
ermo. A diferença é que Israel não passou no teste, e Jesus foi o vitorioso
sobre Satanás. Esses dois cenários têm a ver com nossas escolhas e atitudes na
jornada de nossa vida espiritual.
PONTO CENTRAL
Ainda que sejamos tentados, em Jesus, somos
vitoriosos.
I.
A TENTAÇÃO
I.
Conceituar a tentação
Os
termos “tentação” e “tentar” na Bíblia aplicam-se tanto no campo secular como
no campo religioso. Vamos analisar o assunto partindo dos significados e
sentidos dessas palavras, levando em consideração o contexto das várias
passagens bíblicas.
1.
A provocação de Refidim. O
substantivo “tentação” significa literalmente “teste, provação, instigação”. Na
contenda paradigmática de Refidim, no deserto, temos o significado dessa
palavra: “E chamou o nome daquele lugar
Massá e Meribá, por causa da contenda dos filhos de Israel, e porque tentaram
ao SENHOR, dizendo: Está o SENHOR no meio de nós, ou não?”
(Êx
17.7 E chamou o nome daquele lugar Massá e Meribá, pela briga
dos filhos de Israel, e porque tentaram ao SENHOR, dizendo: Está, pois, o
SENHOR entre nós, ou não?
E chamou o nome
daquele lugar – Massá
(“tentação”); Meribá (“repreensão”, “contenda”): a mesma palavra que é
traduzida como “provocação” (Hb 3: 8).).
O
vocábulo hebraico massá significa “tentação”, e meribá quer dizer “contenda”. Os israelitas estavam
testando o próprio Deus.
A Septuaginta traduz massá por peirasmós,
“tentação”, a mesma palavra usada no Novo Testamento grego. O enfoque do termo
aqui é sobre a ideia de instigação ou sedução para o pecado
(Mt
6.13 – E não nos conduzas à tentação, mas livra-nos do mal.
Mt
26.41 – Vigiai e orai, para que não entreis em tentação. De fato, o
espírito está pronto, mas a carne é fraca.).
2.
A experiência de Massá e Meribá. Ninguém deve testar a Javé, o
Deus de Israel, pois o nosso dever é obedecê-lo
(Dt
6.16 Não tentareis ao SENHOR vosso Deus, como o tentastes em
Massá.).
O
que aconteceu nessa contenda teve a reprovação divina, de modo que serviu como
um paradigma daquilo que não se deve fazer
(Sl
95.8, 9: 8 Não endureçais vosso coração, como em Meribá, como no dia da
tentação no deserto, 9 Onde vossos
pais me tentaram; eles me provaram, mesmo já tendo visto minha obra.).
Testar
Deus é questionar sua fidelidade no pacto e duvidar de sua autoridade
(Sl
78.41,56 41 Pois voltavam a tentar a Deus, e perturbavam ao Santo de
Israel.
56 Porém eles tentaram e provocaram ao Deus
Altíssimo; e não guardaram os testemunhos dele.).
Entendemos
que tentar o Criador reflete a nossa descrença nEle, e a Bíblia é contra essa
prática
(Is
7.12 Mas Acaz disse: "Não pedirei; não porei
o Senhor à prova".
At
15.10 Então, por que agora vocês estão querendo
tentar a Deus, pondo sobre os discípulos um jugo que nem nós nem nossos
antepassados conseguimos suportar?).
3.
Como um teste. Isso
é muito comum no Antigo Testamento
(1Rs
10.1 A rainha de Sabá soube da fama que Salomão tinha alcançado,
graças ao nome do Senhor, e foi a Jerusalém para pô-lo à prova com perguntas
difíceis.).
O
exemplo clássico é a passagem do sacrifício de Isaque: “E aconteceu, depois
destas coisas, que tentou Deus a Abraão” (Gn 22.1 Passado algum tempo, Deus pôs Abraão à prova, dizendo-lhe:
"Abraão!"
Ele respondeu: "Eis-me aqui".).
Ele respondeu: "Eis-me aqui".).
A
finalidade disso é revelar ou desenvolver o nosso caráter (Êx 20.20 Moisés disse ao povo: "Não tenham medo!
Deus veio prová-los, para que o temor de Deus esteja em vocês e os livre de
pecar".
Jo
6.6 Fez essa pergunta apenas para pô-lo à prova,
pois já tinha em mente o que ia fazer.).
O
hebraico aqui para “tentou” é nissá, que tem o sentido de testar,
experimentar, usado para pesquisas científicas hoje em Israel. A Septuaginta traduziu
por peirazo, de onde vem o substantivo peirasmós, que aparece no Novo Testamento com
a mesma ideia de teste: “e puseste à prova os que dizem ser apóstolos e o não
são”
(Ap
2.2 Conheço as suas obras, o seu trabalho árduo e
a sua perseverança. Sei que você não pode tolerar homens maus, que pôs à prova
os que dizem ser apóstolos mas não são, e descobriu que eles eram impostores.).
O
Novo Testamento emprega o termo também com ideia de tentativa
(At
16.7 Quando chegaram à fronteira da Mísia,
tentaram entrar na Bitínia, mas o Espírito de Jesus os impediu.
At
24.6 5 Verificamos que este homem é um perturbador, que
promove tumultos entre os judeus pelo mundo todo. Ele é o principal cabeça da
seita dos nazarenos 6 e tentou até mesmo profanar o templo;
então o prendemos e quisemos julgá-lo segundo a nossa lei.).
SÍNTESE
DO TÓPICO (I)
A
provocação de Refidim e a experiência de Massá e Meribá, embora
esta fosse uma ofensa a Deus, mostram que a tentação é um período de teste em
nossa vida.
SUBSÍDIO
DIDÁTICO-PEDAGÓGICO
Estude
bem as passagens bíblicas que narram a história da provocação de Refidim a fim
de contar aos alunos com riquezas de detalhes. Essa história servirá de base
para você trabalhar o conceito de “tentação”. É preciso, desde o início da
aula, deixar claro que o propósito do encontro desta semana é prevenir as
consequências das tentações. Nesse caso, a tentação conforme a provocação de
Refidim é de caráter contencioso. Onde a contenda e a confusão são o objeto da
tentação. Por certo essa é uma excelente oportunidade de você trabalhar com a
classe os princípios de “moderação”, “mansidão” e “domínio próprio”. Uma
excelente aula!
II.
A TENTAÇÃO DE JESUS
II. Explicar o
processo da tentação de Jesus
A
tentação de Jesus no deserto é o primeiro acontecimento registrado de sua
história depois do batismo por João Batista no rio Jordão. Era de se esperar
que aquele que veio “para desfazer as
obras do diabo”
(1Jo
3.8 Aquele que pratica o pecado é do Diabo,
porque o Diabo vem pecando desde o princípio. Para isso o Filho de Deus se
manifestou: para destruir as obras do
Diabo.)
enfrentasse
a reação de Satanás. O Inimigo de nossa alma decide lutar por sua causa. É que
a chegada do Salvador alvoroçou todo o reino das trevas.
1.
Levado ao deserto (v.1: Então Jesus foi levado pelo
Espírito ao deserto, para ser tentado pelo Diabo.). O deserto é um lugar onde os seres humanos
percebem a grandeza de Deus e a fragilidade humana; é um lugar de profundo
silêncio para meditação e oração, onde há vastidão de espaço para ouvir a voz
de Deus. Foi no deserto que grandes homens de Deus foram preparados para o
serviço sagrado,
como
Moisés
(At
7.30-33: 30 "Passados quarenta anos, apareceu a Moisés um
anjo nas labaredas de uma sarça em chamas no deserto, perto do monte Sinai.
31 Vendo aquilo, ficou atônito. E,
aproximando-se para observar, ouviu a voz do Senhor: 32 'Eu sou o Deus dos seus antepassados, o Deus de
Abraão, o Deus de Isaque e o Deus de Jacó'. Moisés, tremendo de medo, não
ousava olhar.
33 "Então o Senhor lhe disse: 'Tire as
sandálias dos pés, porque o lugar em que você está é terra santa.)
e
Elias
(1Rs
19.4-10: 3 Elias teve medo e fugiu para salvar a vida. Em
Berseba de Judá ele deixou o seu servo 4 e entrou no deserto, caminhando um dia.
Chegou a um pé de giesta, sentou-se debaixo dele e orou, pedindo a morte:
"Já tive o bastante, Senhor. Tira a minha vida; não sou melhor do que os
meus antepassados".
5 Depois se deitou debaixo da árvore e
dormiu. De repente um anjo tocou nele e disse: "Levante-se e coma".
6 Elias olhou ao redor e ali, junto à sua cabeça,
havia um pão assado sobre brasas quentes e um jarro de água. Ele comeu, bebeu e
deitou-se de novo.
7 O anjo do Senhor voltou, tocou nele e
disse: "Levante-se e coma, pois a sua viagem será muito longa".
8 Então ele se levantou, comeu e bebeu. Fortalecido
com aquela comida, viajou quarenta dias e quarenta noites, até chegar a Horebe,
o monte de Deus.
O Senhor aparece a Elias – 9 Ali entrou numa caverna e passou a noite.
E a palavra do Senhor veio a ele: "O que você está fazendo aqui, Elias?"
E a palavra do Senhor veio a ele: "O que você está fazendo aqui, Elias?"
10 Ele respondeu: "Tenho sido muito
zeloso pelo Senhor, o Deus dos Exércitos. Os israelitas rejeitaram a tua
aliança, quebraram os teus altares, e mataram os teus profetas à espada. Sou o
único que sobrou, e agora também estão procurando matar-me".).
O
termo “deserto” nessa passagem não é suficiente para determinar o lugar exato
em que Jesus suportou os quarenta dias de jejum e tentações. Mas há
concordância entre muitos estudiosos de que se trata de uma parte despovoada da
Judeia, onde João Batista iniciou o seu ministério. A tradição posterior indica
o monte da Quarentena a oeste de Jericó, onde foi construída na encosta da
montanha uma igreja no século VI.
2.
Sobre o jejum de Jesus (v.1: Então Jesus foi
levado pelo Espírito ao deserto, para ser tentado pelo Diabo.). Segundo a narrativa de Mateus, Jesus jejuou
“quarenta dias e quarenta noites, depois teve fome”. Só mais dois personagens
bíblicos praticaram um jejum tão prolongado de quarenta dias, Moisés e Elias,
mas isso aconteceu em situações específicas (Êx 34.28: Moisés ficou ali com o Senhor quarenta dias e
quarenta noites, sem comer pão e sem beber água. E escreveu nas tábuas as
palavras da aliança: os Dez Mandamentos.
Dt
9.9,11: 9 Quando subi o monte para receber as tábuas de
pedra, as tábuas da aliança que o Senhor tinha feito com vocês, fiquei no monte
quarenta dias e quarenta noites; não comi pão, nem bebi água.
10 O Senhor me deu as duas tábuas de pedra
escritas pelo dedo de Deus. Nelas estavam escritas todas as palavras que o
Senhor proclamou a vocês no monte, de dentro do fogo, no dia da assembleia.
11 "Passados os quarenta dias e quarenta noites,
o Senhor me deu as duas tábuas de pedra, as tábuas da aliança, 12 e me disse: 'Desça imediatamente, pois o seu povo,
que você tirou do Egito, corrompeu-se. Eles se afastaram bem depressa do
caminho que eu lhes ordenei e fizeram um ídolo de metal para si'.
1Rs
19.8: Então ele se levantou, comeu e bebeu.
Fortalecido com aquela comida, viajou quarenta dias e quarenta noites, até
chegar a Horebe, o monte de Deus.).
Isso
mostra que esse tipo de jejum (quarenta dias e quarenta noites) não é doutrina
da Igreja. Lucas afirma que Jesus, “naqueles dias, não comeu coisa alguma, e,
terminados eles, teve fome”
(Lc
4.2: 1 Jesus, cheio do Espírito Santo, voltou do Jordão e
foi levado pelo Espírito ao deserto, 2 onde, durante quarenta dias, foi
tentado pelo Diabo. Não comeu nada durante esses dias e, ao fim deles, teve
fome.).
O
verbo grego, nesteuou, “jejuar”, significa literalmente
“abster-se de alimento”.
3.
Como a tentação aconteceu (v.3ª: O tentador
aproximou-se dele e disse: "Se és o Filho de Deus, manda que estas pedras
se transformem em pães".). Está claro que Satanás se
apresentou a Jesus de forma visível, mas os detalhes são desconhecidos. Essa
tentação foi literal, e isso se evidencia pelos detalhes da própria narrativa.
Rejeitamos, pois, a ideia de uma tentação subjetiva, simbólica ou visionária.
Com certeza, Jesus mesmo contou essa experiência aos seus discípulos.
SÍNTESE
DO TÓPICO (II)
Levado
ao deserto pelo Espírito Santo, Jesus foi tentado pelo Diabo.
SUBSÍDIO
DOUTRINÁRIO
É
importante termos uma ideia bem clara acerca da depravação total, pois a
doutrina nos ajuda a compreender a luta interna no processo da tentação. Por
isso, leia o seguinte texto, objetivando ter tal consciência: “A atual condição
espiritual da humanidade, considerada à parte da graça de Deus, é adequadamente
descrita como tenebrosa e desanimadora. Com certeza, Wesley, em sua doutrina do
pecado original, emprega o que só pode ser descrito como ‘superlativos
negativos’ para demonstrar o total abismo moral e espiritual em que a
humanidade decaiu. Ele comenta: ‘O homem, por natureza, é repleto de todo tipo
de maldade? É vazio de todo bem? É totalmente caído? Sua alma está totalmente
corrompida?’. Ou, para fazer o teste ao contrário, ‘toda imaginação dos pensamentos
de seu coração [é] só má continuamente?’. Admita isso, e até aqui você é um
cristão. Negue isso, e você ainda é um pagão” (COLLINS, Kenneth. Teologia
de John Wesley: O Amor Santo e a Forma da Graça. RJ: CPAD,
2010, p.97).
CONHEÇA MAIS
Tentador
“[Do
lat. tentatorem ] O que induz a práticas que
contrariam às leis de Deus. Nas Sagradas Escrituras, é Satanás o tentador por
antonomásia. Ou seja: é o agente e o estimulador da tentação”. Leia mais
em Dicionário Teológico, CPAD, p.270.
III. A TRÍPLICE TENTAÇÃO
III. Elencar as tentações de Jesus.
Mateus
e Lucas registraram as três últimas investidas de Satanás contra Jesus, e elas
foram o ápice dessas tentações. Na verdade, Jesus foi tentado em todos os
quarenta dias: “quarenta dias foi tentado pelo diabo”
(Lc
4.2: 1 Jesus, cheio do Espírito Santo, voltou do Jordão e
foi levado pelo Espírito ao deserto, 2 onde, durante quarenta dias, foi
tentado pelo Diabo. Não comeu nada durante esses dias e, ao fim deles, teve
fome.).
E
continuou sendo tentado durante todo o tempo de seu ministério
(Lc
22.28: Vocês são os que têm permanecido ao meu lado durante as minhas
provações.
Hb
4.15: 14 Portanto, visto que temos um grande sumo sacerdote
que adentrou os céus, Jesus, o Filho de Deus, apeguemo-nos com toda a firmeza à
fé que professamos, 15 pois não temos um sumo sacerdote que
não possa compadecer-se das nossas fraquezas, mas sim alguém que, como nós,
passou por todo tipo de tentação, porém, sem pecado.).
1.
A primeira das três últimas tentações (v.3b: O tentador
aproximou-se dele e disse: "Se és o Filho de Deus, manda que estas pedras
se transformem em pães".). O objetivo dessa investida
diabólica era incitar Jesus a usar seus poderes em benefício próprio. A
declaração pública do próprio Deus a respeito de Jesus, “Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo”
(Mt
3.17: Então uma voz dos céus disse: "Este é o
meu Filho amado, de quem me agrado".),
indica
que isso era do conhecimento de Satanás. Mas, mesmo assim, ele desafiou Jesus
quanto à sua identidade: “Se tu és o
Filho de Deus, manda que estas pedras se tornem em pães”. À semelhança de
Eva, esse pecado consistia em satisfazer o apetite físico com algo lhe fora
proibido.
2.
A segunda tentação (v.5: 5 Então o Diabo o levou à cidade santa,
colocou-o na parte mais alta do templo e lhe disse: 6 "Se és o Filho de Deus, joga-te daqui para
baixo. Pois está escrito: " 'Ele dará ordens a seus anjos a seu respeito, e
com as mãos eles o segurarão, para que você não tropece em alguma pedra'".). Aqui, o objetivo de Satanás é induzir o
Senhor Jesus a tentar o Pai e persuadi-lo a um ato de vaidade. A “Cidade
Santa”, para onde Jesus foi transportado, é Jerusalém
(Ne
11.1: Os líderes do povo passaram a morar em Jerusalém, e o restante
do povo fez um sorteio para que, de cada dez pessoas, uma viesse morar em
Jerusalém, a santa cidade; as outras nove deveriam ficar em suas próprias
cidades.
Is
52.1: Desperte! Desperte, ó Sião!
Vista-se de
força.
Vista suas roupas
de esplendor, ó Jerusalém, cidade santa.
Os incircuncisos
e os impuros não tornarão a entrar por suas portas.).
Satanás
incita Jesus a jogar-se do pináculo do templo abaixo usando o texto de Salmos
91.11,12. (Salmo 91. 1-2: 1 Aquele que habita no abrigo do Altíssimo e descansa
à sombra do Todo-poderoso 2 pode dizer ao Senhor: "Tu és o meu refúgio e a
minha fortaleza, o meu Deus, em quem confio".
Aquele que mora no esconderijo –
(Salmo 27: 5; Sl 31:20)
denota proximidade de Deus. Tal como fazê-lo, permaneça seguro ou alie-se de
assaltos e possa usar os termos de confiança no Salmo 91: 2.)
Essa
passagem refere-se a alguém que confia em Deus e, por isso mesmo, ao próprio
Senhor Jesus. Ter a proteção divina, conforme as promessas desse salmo, é muito
diferente de tentar a Deus. A proposta de Satanás era para Jesus testar Deus,
algo que as Escrituras proíbem
(Êx
17.2-7: 2 Por essa razão queixaram-se a Moisés e exigiram:
"Dê-nos água para beber".
Ele
respondeu: "Por que se queixam a mim? Por que põem o Senhor à prova?"
3 Mas o povo estava sedento e reclamou a
Moisés: "Por que você nos tirou do Egito? Foi para matar de sede a nós,
aos nossos filhos e aos nossos rebanhos?"
4 Então Moisés clamou ao Senhor: "Que farei com
este povo? Estão a ponto de apedrejar-me!"
5 Respondeu-lhe o Senhor: "Passe à
frente do povo. Leve com você algumas das autoridades de Israel, tenha na mão a
vara com a qual você feriu o Nilo e vá adiante.
6 Eu estarei à sua espera no alto da rocha do monte
Horebe. Bata na rocha, e dela sairá água para o povo beber". Assim fez
Moisés, à vista das autoridades de Israel.
7 E chamou aquele lugar Massá e Meribá,
porque ali os israelitas reclamaram e puseram o Senhor à prova, dizendo:
"O Senhor está entre nós, ou não?").
3.
A terceira tentação (v.8: Depois, o
Diabo o levou a um monte muito alto e mostrou-lhe todos os reinos do mundo e o
seu esplendor.). Esse último ataque consistia em
induzir Jesus a se apoderar do domínio do mundo por meios ilícitos. Como disse
um grande comentarista dos Evangelhos: “A
concessão era pequena; a oferta, grande”. Teria Satanás o controle do mundo
a ponto de oferecê-lo a quem desejasse? Jesus não discutiu sobre essa
reivindicação do Diabo.
O
Novo Testamento mostra que Satanás é “o deus deste século”
(2
Co 4.4: O deus desta era cegou o entendimento dos
descrentes, para que não vejam a luz do evangelho da glória de Cristo, que é a
imagem de Deus);
“o
príncipe das potestades do ar”
(Ef
2.2: 1 Vocês estavam mortos em suas transgressões e
pecados, 2 nos quais costumavam viver, quando seguiam a
presente ordem deste mundo e o príncipe do poder do ar, o espírito que agora
está atuando nos que vivem na desobediência.);
“os
príncipes das trevas deste século, […] as hostes espirituais da maldade, nos
lugares celestiais”
(Ef
6.12: 11 Vistam toda a armadura de Deus, para poderem ficar
firmes contra as ciladas do Diabo, 12 pois a nossa luta não é contra seres
humanos, mas contra os poderes e autoridades, contra os dominadores deste mundo
de trevas, contra as forças espirituais do mal nas regiões celestiais.)
e
“todo o mundo está no Maligno”
(1Jo
5.19: Sabemos que somos de Deus e que o mundo todo está
sob o poder do Maligno.).
Mas
Satanás não tem nada para ninguém; tudo não passa de mera aparência e engano.
4.
Respostas de Jesus. O
ataque diabólico foi nas áreas mais sensíveis do ser humano: “a concupiscência
da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida”
(1Jo
2.16: Pois tudo o que há no mundo - a cobiça da
carne, a cobiça dos olhos e a ostentação dos bens - não provém do Pai, mas do
mundo.).
Pois
tudo o que há no mundo –
pode ser classificado em um ou outro dos três; o mundo contém estes e não mais.
a
cobiça da carne –
isto é, o desejo que tem sua sede e fonte em nossa natureza carnal. Satanás
usou essa tentação em Cristo: Lc 4:3: “Ordena a
esta pedra que se transforme em pão”. A juventude está especialmente
sujeita a desejos carnais.
a
cobiça dos olhos –
a avenida através da qual as coisas exteriores do mundo, riquezas e beleza, nos
inflamam. Satanás usou essa tentação em Cristo
quando mostrou a Ele os reinos do mundo. Pela cobiça dos olhos, Davi (2Sl 11:2) e Acã caíram (Js 7:21). Compare a oração
de Davi, Sl 119:37; Mt 5:28. O único bem das
riquezas do mundo para seu possuidor é vê-las com os olhos. Compare Lc 14:18: “preciso ir e vê-lo”.
soberba
da vida –
literalmente, “presunção arrogante”: exibição vaidosa. O orgulho era o pecado
de Satanás pelo qual ele caiu e forma o elo entre os dois inimigos do homem, o
mundo (respondendo à “cobiça dos olhos”) e o diabo (como “a cobiça da carne” é
o terceiro inimigo). Satanás usou essa tentação em Cristo ao colocá-lo no pináculo do templo que, em orgulho e presunção
espiritual, com base no cuidado de Seu Pai, Ele deveria se lançar para baixo.
Os mesmos três inimigos aparecem nas três classes de solo em que a semente
divina cai: os ouvintes do caminho, o diabo; os espinhos, o mundo; o subsolo
rochoso, a carne (Mt 13:18-23; Mc 4:3-8). A horrenda antitrindade do mundo,
a “cobiça da carne, a cobiça dos olhos e a soberba da vida” são similarmente
apresentadas na tentação de Eva por Satanás: “Quando ela viu que a
árvore era boa para comida, agradável aos olhos e uma árvore a ser desejada
para tornar um sábio,” Gn 3:6 (uma manifestação do” orgulho
da vida”, o desejo de saber acima do que Deus revelou, Cl 2:8, o orgulho do conhecimento não
santificado).
não
é do Pai, mas do mundo –
não nasce do “Pai” (usado em relação aos “filhinhos” precedentes, 1Jo 2:12). Somente aquele que é nascido de
Deus se volta para Deus; aquele que é do mundo se volta para o mundo; as fontes
de amor a Deus e amor ao mundo são irreconciliavelmente distintas. [JFB]
Mesmo
com toda a sua habilidade maligna, foi grande e devastadora a derrota de
Satanás
(v.11:
Então o Diabo o deixou, e anjos vieram e o serviram.).
Ele
foi vencido pelo poder da Palavra de Deus: “está escrito, está escrito e está
escrito”. Jesus citou três passagens do Pentateuco
(Dt
6.13,16: 13 Temam o Senhor, o seu Deus e só a ele prestem culto
e jurem somente pelo seu nome.
14 Não sigam outros deuses, os deuses dos povos ao
redor; 15 pois o Senhor, o seu Deus, que está no meio de
vocês, é Deus zeloso; a ira do Senhor, o seu Deus, se acenderá contra vocês, e
ele os banirá da face da terra.
16 Não ponham à prova o Senhor, o seu Deus, como
fizeram em Massá.
Dt
8.3: Assim, ele os humilhou e os deixou passar fome. Mas depois os
sustentou com maná, que nem vocês nem os seus antepassados conheciam, para
mostrar a vocês que nem só de pão viverá o homem, mas de toda palavra que
procede da boca do Senhor.).
Assim,
o grande conquistador, o Senhor Jesus Cristo, pode simpatizar com os que são
tentados, pois Ele mesmo foi tentado de maneira real. Podemos nos consolar
porque temos um Protetor no céu que é capaz de se compadecer de nossas
fraquezas
(Hb
4.15: 14 Portanto, visto que temos um grande sumo sacerdote
que adentrou os céus, Jesus, o Filho de Deus, apeguemo-nos com toda a firmeza à
fé que professamos, 15 pois não temos um sumo sacerdote que
não possa compadecer-se das nossas fraquezas, mas sim alguém que, como nós,
passou por todo tipo de tentação, porém, sem pecado.).
SÍNTESE
DO TÓPICO (III)
Três
tentações de Jesus: transformar pedras em pães; jogar-se do pináculo do templo
e ser amparado por um anjo e dominar o mundo se adorasse o Diabo.
SUBSÍDIO VIDA
CRISTÃ
“[…]
A presença de Cristo conosco não é apenas como a de um companheiro externo, mas
é uma força real e divina, revolucionando nossa natureza e tornando-nos como
Ele é. De fato, o propósito final e último de Cristo é que o crente seja
reproduzido segundo a sua própria semelhança, por dentro e por fora.
Paulo
expressa a mesma coisa no primeiro capítulo de Colossenses, quando diz: ‘Para,
perante ele, vos apresentar santos, e irrepreensíveis, e inculpáveis’ (Cl
1.22). Esta transformação deve ser uma transformação interior. É uma
transformação de nossa vida, de nossa natureza segundo a natureza dEle, segundo
a semelhança dEle.
Como
é maravilhosa a paciência, como é maravilhoso o poder que toma posse da alma e
realiza a vontade de Deus — uma transformação absoluta segundo a maravilhosa
santidade do caráter de Jesus! Nosso coração fica desconcertado quando pensamos
em tal natureza, quando contemplamos tal caráter. Este é o propósito de Deus
para você e para mim” (LAKE, John G. Devocional. Série:
Clássicos do Movimento Pentecostal. RJ: CPAD, 2003, pp.31-32).
CONCLUSÃO
Diante
dos fatos aqui expostos, aprendemos a não subestimar a força e os ardis de
Satanás e seus demônios, pois ele ousou tentar o próprio Filho de Deus. Adão
foi testado e não passou no teste
(Gn
3.11,12: 11E Deus perguntou: "Quem disse que você estava
nu? Você comeu do fruto da árvore da qual o proibi de comer?"
12 Disse o homem: "Foi a mulher que
me deste por companheira que me deu do fruto da árvore, e eu comi".).
Da
mesma forma, Israel foi reprovado logo no limiar de sua história como nação
(Dt
9.12: 11 "Passados
os quarenta dias e quarenta noites, o Senhor me deu as duas tábuas de pedra, as
tábuas da aliança, 12 e me disse: 'Desça imediatamente, pois o seu povo, que
você tirou do Egito, corrompeu-se. Eles se afastaram bem depressa do caminho
que eu lhes ordenei e fizeram um ídolo de metal para si'.).
Mas
Jesus foi aprovado, glória a Deus!
(At
2.22: "Israelitas, ouçam estas palavras: Jesus de Nazaré foi
aprovado por Deus diante de vocês por meio de milagres, maravilhas e sinais que
Deus fez entre vocês por intermédio dele, como vocês mesmos sabem.).
PARA REFLETIR
A
respeito de “Tentação — A batalha por nossas escolhas e atitudes”, responda:
Qual
o sentido da palavra “tentação” em Massá e Meribá?
O
vocábulo hebraico massá significa “tentação”, e meribá quer dizer “contenda”.
Qual
a finalidade da tentação como teste?
A
finalidade é revelar ou desenvolver o nosso caráter (Êx 20.20; Jo 6.6).
O
que evidenciam os detalhes da narrativa da tentação de Jesus no deserto?
A
tentação de Jesus no deserto é o primeiro acontecimento registrado de sua
história depois do batismo por João Batista no rio Jordão.
Quais
os objetivos de Satanás em cada uma das três últimas tentações?
(1)
O objetivo dessa investida diabólica era incitar Jesus a usar seus poderes em
benefício próprio; (2) O objetivo de Satanás é induzir o Senhor Jesus a tentar
o Pai e persuadi-lo a um ato de vaidade; (3) Esse último ataque consistia em
induzir Jesus a se apoderar do domínio do mundo por meios ilícitos.
Como
o Senhor Jesus derrotou o Diabo?
Ele
foi vencido pelo poder da Palavra de Deus: “está escrito, está escrito e está
escrito”. Jesus citou três passagens do Pentateuco (Dt 6.13,16; 8.3).
SUBSÍDIOS
ENSINADOR CRISTÃO
Tentação
— A batalha por nossas escolhas e atitudes
Para
introduzir a lição desta semana é importante o prezado professor, a prezada
professora, fazer um preâmbulo, com base em Êxodo 34.28 e Deuteronômio 9.9,11,
em que certo paralelismo entre os quarenta anos de peregrinação de Israel e os
quarenta dias e noites de tentação de Jesus fique bem claro. Mostre o contraste
entre a reprovação da nação de Israel no deserto e a aprovação de Jesus. Esta
seria uma boa maneira de introduzir a aula desta semana.
Sobre
a tentação
Na
Bíblia está presente a ideia de “tentação” como provação. Essa perspectiva o
comentarista atinge ao desenvolver o primeiro tópico da lição a partir de “a
provocação de Refidim” e “a experiência de Massá e Meribá ”.
A “contenda” foi o elemento chave da reprovação de Deus a respeito da nação.
Aqui, vemos que as Escrituras revelam a tentação, muitas vezes, como uma
provação que Deus permite para testar nossa fé, amadurecermos e estabelecer em nós
um senso de obediência que transcende os ritos religiosos. Quando somos
aprovados por Deus, depois de passar pela provação, faz todo sentido as
palavras do profeta Jeremias: “porei a minha lei no seu interior e a escreverei
no seu coração; e eu serei o seu Deus, e eles serão o meu povo” (31.33b).
Sobre
a tentação de Jesus
Neste
tópico a palavra “deserto” deve ser destacada. Aqui, podemos lembrar as
palavras do profeta Oseias: “eis que eu a atrairei, e a levarei para o deserto,
e lhe falarei ao coração”. Sim, o deserto nas Escrituras aparece como um lugar
onde Deus fala com o ser humano. O segundo tópico desta lição pode ser
desenvolvido na perspectiva de que a tentação hoje pode acontecer num período
de solidão, como Jesus estava no deserto, quando foi tentado. Embora
sistematicamente tentado, nosso Senhor esteve sempre em comunhão com o Pai.
Sobre
a tríplice tentação
Por
fim, este terceiro tópico especifica as esferas em que a tentação vem sobre a
vida do crente:
(1)
Tentação física, a ideia de obter benefício para satisfazer as próprias
necessidades (fome: transformar pedras em pão);
(2)
Tentação religiosa, a ideia de usar “a experiência religiosa” para a sua
própria vaidade (aparecer em público amparado por anjos);
(3)
Tentação política, a ideia de adquirir poder político para dominar sobre todas
as coisas.
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