sexta-feira, 11 de outubro de 2013

Questão do Auditório - Estudo Biblico



Escola bíblica dominical
Assunto: Fidelidade

Texto: Rm 7.2,3

Por exemplo, a mulher que está sujeita ao marido, enquanto ele viver, está ligada a ele  pela lei, mas morto o marido, está livre da lei do marido.
De sorte que, vivendo o marido, será chamada adúltera se unir-se a outro homem. Mas, morto o marido, está livre da lei, e assim não será adúltera, se for de outro marido.

Introdução:
O assunto de hoje, dentro do tema família cristã é a fidelidade conjugal.
A palavra fidelidade é sinônima de lealdade. Ser fiel ao conjugue, implica em uma coisa básica e extremamente importante: Amor
A fidelidade é um sentimento profundo e uma das colunas da família. Quando esta coluna se quebra, toda estrutura familiar estará comprometida. Por se tratar de uma coluna, é difícil de ser reparada, porém não é impossível; e deverá ser reconstruída o quanto antes.

I) O amor, a origem da fidelidade
Se formos fiéis ao conjugue apenas por estar escrito, ou porque fizemos um voto; provavelmente quebraremos a aliança que fizemos ao casarmos; mas se o amor for a base da nossa fidelidade, dificilmente esta fidelidade será quebrada.
Não esquecer ainda que este amor deve ser alicerçado em Deus [Ec 4.12(b)].
Em um relacionamento regado de amor, a fidelidade se torna algo natural.
A fidelidade é “cantada” em Pv 5. 15-23.
Um dos mais lindos poemas de amor está no livro de Cânticos dos Cânticos. Neste livro vemos simbolizado pelo amor do noivo pela noiva, o amor de Cristo pela Igreja.
Notamos que este amor leva a uma situação de fidelidade mútua. Como exemplo podemos citar Ct 1. 2,16; 5.10,11 . Os olhos da noiva são para o seu noivo e ela vê nele toda a beleza que pode existir; para ela o seu noivo é mais importante do que todos os prazeres. Em Ct 6. 8-11 também vemos o mesmo da parte do noivo em relação a sua amada.

II) Confiança
A confiança também está ligada a fidelidade. Quanto mais eu sou fiel ao meu conjugue, mais ele confiará em mim.
A desconfiança é um veneno para a família! Este sentimento traz consigo muitos problemas, como por exemplo; o ciúme doentio. Lembre-se de que o amor verdadeiro não traz consigo o ciúme!

III) A Palavra de Deus e a lei como respaldo da fidelidade
Ao se unirem através do casamento, homem e mulher tornam-se uma só carne.  O matrimonio é contraído de livre e espontânea  vontade de ambas as partes, ou seja, marido e mulher casam porque querem. Deus não obriga ninguém a casar.
O compromisso de casamento é feito diante de Deus, do ministro do Senhor e das testemunhas (“padrinhos” e toda igreja presente). Também é feito diante da lei através de autoridades competentes e testemunhas.
Como prova deste compromisso, dentre outras, existe o documento de certidão de casamento e o livro de registro de cerimônia de casamento religioso. Como símbolo desta união diante de Deus existem as alianças.
Durante a cerimônia de casamento é feito um voto de compromisso de fidelidade , este voto é feito diante do Senhor, do pastor e de todas as testemunhas.
O que mantém um casamento não são os votos e promessas de amor, nem tão pouco papéis assinados; mas principalmente o amor que leva a fidelidade conjugal e o temor a Deus, entretanto, não podemos deixar de negar que duas leis exercem força sobre a união conjugal:
1ª-O mandamento da Palavra de Deus Mt 19. 4-6; Rm 7. 2,3; I Co 7.39 .
2ª-O casamento civil, registrado em cartório que garante deveres e direitos aos conjugues.
Diante da justiça humana e principalmente da justiça divina expressa na Palavra de Deus; homem e mulher possuem um compromisso que deve ser honrado!
Quebrar a fidelidade significa ferir a ordem de Deus!

IV) Fiéis em tudo!
A fidelidade deve ser algo abrangente, ou seja, deve envolver todas as áreas da vida de um casal em todas as circunstâncias.
Quando assumimos o compromisso de casamento na Igreja (e até mesmo no cartório), fizemos um voto de fidelidade, e este voto, selado com as alianças, continha a promessa de fidelidade independente de circunstâncias; na saúde ou na doença; na alegria ou na tristeza, na prosperidade ou na adversidade; seja em qualquer situação.
Existem casais que rapidamente esquecem dos votos que fizeram diante do Senhor e na primeira dificuldade, abandonam o conjugue; ou ainda começam o festival de ofensas e infidelidade.
Até mesmo quando um falhar, pois ninguém há que seja perfeito, devemos lembrar do nosso amor e fidelidade e saber levantar o companheiro (Ec 4.9-12).

V) O namoro, um treino de fidelidade.
A fidelidade conjugal começa a ser treinada no namoro. Certo é, que um casal de namorados não necessariamente vão se casar, entretanto dizer que este casal ainda não tem compromisso é tolice! O namoro cristão pode não terminar em casamento, mais certamente visa o casamento.
Durante o namoro, coisas básicas são treinadas, e entre elas está a fidelidade.
Um rapaz aprenderá a ser um marido fiel durante o namoro; uma moça, idem. A prova de que os namorados estão compromissados é que não podem namorar duas moças ao mesmo tempo.
Se um namorado cristão trair a sua namorada, ele não cometeu adultério, pois não são casados, mais foi infiel. Esta atitude poderá levar as seguintes conseqüências:
Término do relacionamento (se não é fiel agora; será depois de casado??)
Reprovação por parte dos pais
Disciplina na igreja (traição é pecado! Não se brinca com o sentimento do próximo, alem de ser mau testemunho!)

VI) A fidelidade no noivado
Se durante o namoro já existe um compromisso, que dirá durante o noivado. Neste período o compromisso é mais sério ainda do que no namoro, pois:
Há um voto de noivado feito em cerimônia diante de Deus e da igreja e;
O noivado é oficialmente um preparo para o casamento.
Nos tempos bíblicos, o noivado era praticamente um casamento e quebrar a fidelidade durante este período poderia custar à própria vida. O noivo era chamado muitas vezes de marido. Veja como exemplo o caso de José e Maria; eles não eram casados, mais tinham um compromisso de noivado, por isso José temia que apedrejassem a sua noiva por ela estar grávida e como ele não era o pai e imaginava que ela o tivesse traído; por amor, resolveu deixa-la! Mt 1. 18-25
Em todos os exemplos do relacionamento de Jesus com a Igreja ele é chamado de noivo e a Igreja de noiva, isto porém, não diminui o seu compromisso conosco e nem o nosso com ele. O nosso noivo é fiel e virá nos buscar!

VII) A cobiça
Desejar o namorado de alguém é cobiça, e isto é pecado! Este tipo de atitude não cabe a cristãos! Se o rapaz tenta “tomar” a namorada do irmão ou se a moça tenta “tirar” a namorada da irmã, ela está cometendo um pecado sério e se não for corrigida esta atitude, um dia esta pessoa poderá cometer um adultério!
Quando se trata de noivos, a seriedade é maior ainda; e com casados; cobiçar a mulher alheia ou o marido de alguém é adultério!
Conclusão:
Aprendemos nesta aula sobre a fidelidade conjugal e vimos que ela está embasada no amor alicerçado em Deus. Aprendemos também que esta fidelidade ganha força com o temor a Palavra de Deus e ainda com a lei.
Vimos que a fidelidade se inicia a partir do momento do namoro, estendendo-se pelo noivado e perdurando por toda a vida de casado.
Estudamos que a fidelidade conjugal abrange a todas as áreas da vida independente das circunstâncias, e que quebrar esta fidelidade é algo bastante sério.


Assunto: Adultério- parte1(o adultério no Antigo Testamento)
Texto: Ex 20.14

Não adulterarás.

Introdução:
Na aula anterior estivemos falando sobre a fidelidade e vimos que em um relacionamento deve existir, acima de tudo, a presença de Deus; e o amor que procede dele deve ser à base desta união. O amor rega a fidelidade, ou seja, a base da fidelidade é o amor.
Na aula de hoje iremos começar a estudar o oposto; a infidelidade conjugal , especialmente em sua expressão máxima que é o adultério. A mulher ou o seu marido pode ser infiel de várias formas, até mesmo quando existem pequenas mentiras entre ambos, mais uma das expressões máximas desta infidelidade está no adultério, por se tratar de um gravíssimo exemplo de traição, tanto que o adultério é comparado a traição de Israel para com o seu Deus.
No assunto de hoje, estudaremos o adultério no Antigo Testamento.
I)Como o povo de Israel enxergava o adultério?
No Antigo Testamento, o adultério é condenado pelo Senhor. Quando Deus entregou a lei através de Moisés, vemos claramente a condenação do adultério em Ex 20.14 como parte do decálogo. O mesmo mandamento é repetido em Dt 5.18. Os adúlteros deveriam ser punidos com a morte (Lv 20.10).
Quando se pensava em infidelidade, pensava-se mais precisamente em adultério, e, principalmente, da parte da mulher.
Para que os irmãos tenham idéia dos efeitos deste pecado para o povo do Antigo Testamento, é necessário saber um pouco do pensamento da época. Vejamos:
1º)A mulher não tinha na sociedade o valor que ela merece e não era vista como é nos dias de hoje na civilização ocidental. Existia muito preconceito em relação às mulheres.
Imaginem o que aconteceria com a mulher adúltera.
2º)Com relação ao papel conjugal feminino; era comum a mulher ser abandonada por motivos fúteis (existia até uma escola de pensamento do rabino Hillel, que interpretava a lei extremamente, alegando ser lícito abandonar a mulher até mesmo se deixasse a comida queimar, este pensamento era baseado em textos como o de Dt 24.1, aonde coisa indecente poderia ser qualquer coisa), era comum a poligamia (embora não fosse aprovada por Deus), e ainda era da mesma forma comum o homem ter várias concubinas. Isto não quer dizer, obviamente, que todo o homem maltratava a sua esposa. Destas influências é que veio a indagação dos fariseus em Mt. 19.3.
3º)Este preconceito da sociedade em relação à mulher, exercia forte influencia sobre as leis, em especial no povo judeu. Existia um duplo padrão de interpretação da lei divina, ou seja, as leis de Deus eram distorcidas a favor dos homens. Veja, por exemplo, o caso da mulher adúltera em Jo 8.1-11, quando trouxeram apenas a mulher para ser apedrejada, quando na verdade, deveriam trazer o homem também (Lv 20.10).
4º)O adultério sempre foi visto como crime e pecado diante de Deus.

Resumindo:
O adultério na sociedade do AT era visto com gravidade e pecado diante de Deus, embora o preconceito com relação à mulher levasse a maior severidade de punição para a mulher, sendo freqüentemente distorcido os ensinos e mandamentos de Deus.

II) O adultério e a traição ao Senhor
A gravidade do adultério pode ser notada ainda através da sua comparação com a traição do povo de Israel ao deixar o seu Deus e seguir a outros “deuses”. Jr 3.6-10; Ez 36.35-38; Os 1.2, 2. 5-23.

III) O adultério na vida de um rei
O pecado da relação extraconjugal era a causa da queda de muitos, principalmente homens, haja vista a severidade maior com relação à mulher. Mesmo homens ungidos caíram neste erro, daí as inúmeras advertências no Velho Testamento.
Vemos o pecado de adultério ser cometido pelo rei Davi em II Samuel, capítulos 11 e 12, levando o rei a cometer também um homicídio e trazendo sérias seqüelas sobre a sua vida. No entanto vemos este mesmo rei se arrependendo e recebendo do Senhor o perdão (neste caso observamos um exemplo da graça e misericórdia de Deus sendo manifesta no Antigo Testamento, provando que o desejo do Senhor sempre foi restaurar o caído e perdoar aquele que se arrepende), embora sofresse as conseqüências do seu ato; mesmo sendo perdoado, sofreu bastante pelo seu erro.
IV) O adultério e seus efeitos em provérbios 
Inicialmente aconselho que seja feita a leitura dos seguintes textos em sua totalidade: Provérbios capítulos 5, 6(vs20-35) e 7.
Estes textos do livro de Provérbios trazem advertências e conselhos sobre o adultério que nos mostram verdades importantíssimas válidas para os dias de hoje, podemos citar como exemplos:
O adultério se inicia com lisonjas e parece agradável (Pv 5.3-lábios destilam favos de mel- Lisonja), muitas vezes soa como um remédio para problemas de rejeição ou auto-estima (azeite- era usado como remédio para aliviar feridas, etc... O adultério no princípio parece como um alívio, como uma suposta solução para um problema conjugal ou ainda emocional, mais na verdade traz consigo o golpe fatal da destruição).
No final, causa feridas em todos os envolvidos (Pv 5.4-espada de dois gumes- fere para todos os lados). O adúltero vive num mundo de ilusões e incertezas (Pv 5.6-caminhos incertos- vive na ilusão).
Melhor é não pagar para ver até onde vai o pecado, melhor é evitar e fugir da sedução [Pv 5.8-afastar- vigiar, fugir da aparência do mal (I Ts 5.22)]
Certamente corre perigo quem entra por tal caminho (Pv 5.9-nem teus anos a cruéis- morrer banalmente devido à vingança) e muitos acabam em desgraça (Pv 5.11-gemer no fim da vida- muitos que adulteraram acabaram os seus dias só e sofrendo). Infelizmente, na maioria das vezes o arrependimento vem tarde demais, quando as conseqüências do erro já estão acontecendo ou já passaram (Pv 5.12,13-arrepender tarde demais).
A vergonha será notória (Pv 5.14-vergonha diante de todos).
Melhor é conservar a fidelidade conjugal, reparar sempre nas qualidades do conjugue (Pv 5.15-17-cisterna-reservatório de água. Este texto é uma figura que representa a relação sexual entre o casal. O corpo da esposa pertence ao marido e vice-versa.)
A santidade na intimidade do casal deve ser preservada; e valorizado o matrimônio, buscando sempre a benção de Deus (Pv 5.19- manancial- leito de amor).
O pecado jamais poderá ficar em oculto perante o Senhor (Pv 5.21-Deus tudo vê!)
O adultério é como um laço que leva à morte (Pv 5.22)!
Devemos vigiar com o que ouvimos e com o que vemos(Pv 6.24,25), também não devemos permitir o início do pecado, ele deve ser cortado pela raiz. Muitas vezes o Diabo diz aquela famosa frase no ouvido daquele que está sendo tentado: “É só um pouquinho, não vai dar em nada!” Certamente haverá uma conseqüência (Pv 6. 27-35). Se um ladrão que rouba para comer é punido, quanto mais o que adultera sem ter desculpa alguma para isso (Pv 6. 30-35).
Realmente é falta de sabedoria o adulterar (Pv 7.7-9).
A mulher adúltera é sedutora (Pv 7.10).
Podemos perceber ainda que alguns estão no pecado, mais ainda acham que estão bem diante de Deus (Pv 7.14).
Os textos de Provérbios a respeito do adultério são bastante profundos, os conselhos são muitos e é necessário meditar em toda a sua totalidade. As observações feitas anteriormente são apenas um pouco do retrato da seriedade com que este tipo de pecado era tratado no Antigo Testamento.
Conclusão:
Nesta aula procuramos mostrar como era visto e tratado o adultério entre os judeus no antigo Testamento e aprendemos que este tipo de pecado era punido com severidade. Este pecado era usado freqüentemente como símbolo da infidelidade do povo para com o Senhor.
Observamos que a advertência contra o adultério era vista na lei, fazendo parte dos 10 mandamentos e encontramos várias passagens ao longo do Antigo Testamento que tratam do assunto. Mesmo no Antigo pacto, podemos ter uma idéia do quanto este pecado era sério para Deus e percebemos as suas terríveis conseqüências.
Na aula seguinte continuaremos o assunto à luz do Novo Testamento.

Assunto: Adultério- parte 2 (o adultério no novo testamento)
Texto: Mt. 5.28

Eu, porém,vos digo: Qualquer que olhar para uma mulher com intenção impura; no coração já cometeu adultério com ela.

Introdução:
Na aula anterior estivemos estudando o adultério à luz do antigo Testamento. Nesta aula estaremos vendo este assunto na perspectiva Neotestamentária.
Jesus nos dá uma visão muito mais ampla e profunda sobre o assunto. Como nosso advogado e também aquele que há de julgar os vivos e os mortos; o Senhor Jesus explica a questão do adultério com perfeição, mostrando o verdadeiro pensamento de Deus a respeito do adultério e dando o verdadeiro sentido do que a lei realmente afirmava.

I) Jesus e o ensino sobre o adultério
Quando se falava em adultério no Antigo Testamento, pensava-se apenas na relação sexual extraconjugal, o pensamento ficava restrito ao contato físico. Qualquer fariseu poderia estar cheio de adultério no seu coração, mais por não ter tido nenhuma relação sem ser com o seu conjugue, achava que isso passava “em branco” diante de Deus.
Jesus nos traz um sentido muito mais profundo quanto ao que o adultério significava.
Ao analisarmos o texto de Mateus 5.27,28; percebemos imediatamente que, para Deus, o adultério é um problema que está no coração do homem. Aquele que cobiça uma pessoa sem ser o seu conjugue, já pecou em seu coração; foi infiel ao seu companheiro, ainda que, não necessariamente, tenha praticado relação sexual com aquela(e) a quem desejou.                               
O ensino Neotestamentário dá um significado mais abrangente ao adultério: Ele se inicia no coração; e não podemos esquecer que Deus enxerga o coração. Adúltero não é apenas aquele que tem relação sexual fora do casamento, mais também aquele que vive com desejos impuros.
Este pensamento é repetido em: Mt.15.19; Mc 7.21-23.
Muitos, naquele grande dia, ficarão de fora, por causa daquilo que está em seus corações. Por vezes um adúltero é punido por ter praticado ato sexual fora do seu casamento e ao ser corrigido se arrepende; mais muitos adúlteros de coração permanecem em seus pecados e acham que tudo está bem, quando na verdade Deus está vendo o coração deles.
Jesus afirma que o pecado começa com a intenção do coração. No texto de Mt 5. 27 e 28, o Senhor diz que quem olha com intenção impura comete adultério, isto é, o pecado não está no ver, mais sim no desejar; imaginar algo que é errado. Constantemente vemos coisas que “agridem” a santidade de Deus, nos deparamos com situações que nos deixam constrangidos, entretanto, para não nos depararmos com estas coisas, necessário seria sair do mundo(Jo 17.15; I Co 5.9-12), esta não é a questão, o problema está nas intenções do coração.

II) O que significa o adultério?
O verbo adulterar, no dicionário da língua portuguesa  tem como sinônimo: “corromper; desfazer; falsificar”; adúltero é sinônimo de: “alterado; corrompido; violado; falsificado” e adultério: “infidelidade conjugal”.
As afirmações acima nos dão o seguinte sentido em nossa língua: Quando digo que um documento está adulterado é porque alguém o falsificou, corrompeu, violou; logo, perdeu a validade. Quando digo que alguém cometeu adultério, estou afirmando que fulano cometeu infidelidade conjugal, violou uma aliança que fez diante de Deus, desfez ou corrompeu a sua aliança matrimonial, foi infiel ao seu compromisso de fidelidade assumido diante de Deus, do ministro e das testemunhas.
Perceba o quanto Jesus explicou o adultério com exatidão ao afirmar que aquele que olha e deseja uma mulher já adulterou em seu coração, pois o adultério não é apenas a relação sexual em si, mais a infidelidade conjugal. O Senhor tirou este pecado do âmbito externo e o trouxe para o mais íntimo do homem. Se alguém olha para outrem com intenção impura no coração; já adulterou, pois no seu íntimo está sendo infiel.

III) Advertências contra o adultério no Novo Testamento
Muitas são as advertências com relação ao adultério no Novo Testamento. Observe os seguintes textos; por exemplo:
1-Em Rm 7.3, Paulo afirma que se a mulher se unir a outro homem enquanto o seu marido vive, será chamada de adúltera, haja vista a lei do casamento ser válida até a morte. O mesmo princípio é válido para os homens.
2-A epístola aos Hebreus, traz a advertência de que Deus julgará aos adúlteros (Hb 13.4).
3-Nas listas de I Co 6.9; Ap 21.8; 22.15, os adúlteros estão relacionados com aqueles que não hão de entrar no céu!
4-Nos textos de Mc 10.19; Lc 18.20, Jesus confirma o mandamento contido em Ex 20.14.
IV) A gravidade do adultério na perspectiva do Novo Testamento
Por que será que existem tantas advertências contra o adultério no Novo Testamento? A resposta está na própria Bíblia.
IV.1) Gl 5.19
O adultério é uma obra da carne, portanto de responsabilidade do próprio pecador. Não existe demônio do adultério, o homem adultera por causa do seu coração mau.
O homem será julgado pelo seu próprio ato. O Diabo apenas irá tentar, gerar situações, aproveitar-se da situação; mais a responsabilidade é da própria pessoa que errou. Veja este princípio em Tg 1.14,15
IV.2) I Co 6.15-18
Contamina o corpo de Cristo, que é a Igreja. Somos um com Cristo, membros do seu corpo e, quando peco, estou “trazendo pecado para a Igreja”. Embora este texto se refere a todo pecado na área sexual, obviamente aplica-se ao adultério.
Na verdade, ou não faço parte da igreja quando permaneço no pecado(I Jo 3.6), ou devo me arrepender o mais rápido possível(I Jo 1.9)!
IV.3) I Co 6.18
A relação sexual extraconjugal, contamina o próprio corpo!
IV.4) I Co 6. 19-20
O nosso corpo é o templo do Espírito Santo.
Se Jesus expulsou os vendedores do Templo ao entrar em Jerusalém mostrando a sua indignação e zelo pela “sua casa”, quanto mais pelo nosso corpo que é a morada do seu Santo Espírito.

Observações importantes:
a)No Antigo Testamento, as conseqüências do adultério eram vistas nos problemas exteriores, nas feridas que causavam na família e no pecador; no Novo Testamento, vemos conseqüências bem maiores para o cristão, pois o Espírito Santo habita em nós!
b)Aprendemos que o adultério parte do coração do homem, que para Deus aquele que olha e deseja, já adulterou em seu coração, entretanto, quando o adultério extrapola o limite do pensamento e exterioriza-se na relação sexual, torna-se mais grave, suas conseqüências são piores, os estragos na família são graves e as feridas profundas. Em termos de pecado, diante do Senhor, quem cobiça outra mulher ou outro homem que não seja o seu conjugue, já peca; e quem tem relação sexual extraconjugal também. Sabemos que somente Deus enxerga o coração; mais quando há um relacionamento sexual, um contato físico, o erro vem à tona e com ele todas as seqüelas.
c)Em termos de disciplina eclesiástica, ninguém será disciplinado publicamente porque desejou, mais sim porque praticou o adultério, isto pode dar uma falsa sensação de que o indivíduo pode permanecer tendo pensamentos impuros de cobiça sexual,  daí mais um motivo de gravidade, pois quem vive em tal situação, está pecando contra Deus e precisa se arrepender também.
d)Se o pecado está no coração, há o perigo de se exteriorizar, devendo ser corrigido imediatamente antes que seja pior e tarde demais.

Conclusão:
Estudamos nesta aula sobre o adultério no Novo Testamento, vimos as várias advertências sobre este pecado e a sua gravidade. Quem adultera sendo cristão, peca contra a igreja (Corpo de Cristo) e contamina o templo do Espírito Santo que nele habita. Nosso corpo não foi feito para o pecado, mais sim para glorificar a Deus, muitos afirmam que o Senhor só quer o coração, isto é uma grande mentira, pois Deus deseja encontrar todo o nosso ser irrepreensível para a sua vinda (ITs 5.23).
Este tipo de pecado é tão sério que pode levar a uma separação (divórcio), e é sobre este assunto que iremos aprender nas próximas aulas.

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