terça-feira, 1 de outubro de 2013

DOUTRINAS DOS TEMPOS FINAIS - ESCATOLOGIA



ESCATOLOGIA - CRONOLOGIA

Escatologia é uma palavra que no original grego se subdivide em dois termos Eskato Logia.
ESKATOS = Significa "Último"
LOGIA = Significa "Estudo"
Portanto ESCATOLOGIA significa "Estudo das Últimas Coisas" ou "Estudo das Coisas Futuras".

DENTRO DESTE TEMA ESTUDAREMOS :
Tentativas houveram para determinar a data da vinda de Cristo, mas em nenhuma delas o Senhor veio na hora marcada pelos homens.
E destacou que o tempo exato da sua vinda está oculto em Deus. Mateus 24:36 - 44.
Daremos a seguir uma visão geral sobre o tempo da sua vinda.

I OS SINAIS QUE PRECEDERÃO A SUA VINDA
Falsos Cristos Mateus 24 : 5 Porque muitos virão e meu nome, dizendo : Eu sou o Cristo; e enganarão a muitos.
Guerras Mateus 24 : 6 E ouvireis de guerras e rumores de guerras; olhai, não vos assusteis,...
I Guerra Mundial - 8 milhões morreram
- 15 milhões mutilados
II Guerra Mundial - 55 milhões morreram
Fome Mateus 24 : 7 ... haverá fomes,...
Milhares de pessoas morrem [de fome] diariamente no mundo.
Pestes Mateus 24 : 7 ... e pestes ...
Câncer, Cólera, Aids e outras.
Terremotos Mateus 24 : 7 ... e terremotos em vários lugares..
1985: 8.000 mortos no México
1988: 25.000 mortos na Armênia
1990: 35.000 mortos no Irã
1993: 30.000 mortos na Índia

Multiplicação dos pecados Mateus 24 : 12 E, por se multiplicar a iniquidade, o amor de muitos se esfriará.
Proliferação do ocultismo I Timóteo 4 : 1 ... dando ouvidos a espíritos enganadores e a doutrinas de demônios.
Decadência moral II Timóteo 3 : 1 - 2 ... que nos últimos dias sobrevirão tempos trabalhosos; porque haverá homens amantes de si mesmos, avarentos, presunçosos, soberbos, blasfemos, desobedientes a pais e mães, ingratos, profanos,...
Ciência avançada Naum 2 : 4 Os carros se enfurecerão nas praças, chocar-se-ão pelas ruas; o seu parecer é como o de tochas, correrão como relâmpagos.

II CONFIRMAÇÕES BÍBLICAS DA SUA VINDA
Do próprio Jesus Mateus 24 : 27
Dos apóstolos I João 2 : 28
Dos profetas Isaías 60 : 1 – 2
Dos anjos Atos 1 : 10 – 11

A SEGUNDA VINDA DE JESUS
A segunda vinda de Jesus será dividida em duas fases :
1a Fase ARREBATAMENTO DA IGREJA
2a Fase A VINDA DE JESUS EM GLÓRIA


1a FASE ARREBATAMENTO DA IGREJA
O termo arrebatar significa "Tirar com violência"

A ASPECTOS GERAIS
- Será ante a última trombeta I Cor. 15 : 52 ... ante a última trombeta; porque a trombeta soará,...
- Será muito rápido Mat. 24 : 27 Porque, assim como o relâmpago sai do Oriente e se mostra no Ocidente, assim também a vinda do Filho do Homem.
- Cristo virá até as nuvens Atos 1 : 9 - 11 ... vendo-o eles, foi elevado às alturas, e uma nuvem o recebeu... Esse Jesus, que dentre vós foi recebido em cima no céu, há de vir assim como para o céu o viste ir.
I Tes. 4 : 17 ... seremos arrebatados juntamente com Ele nas nuvens,...
- Ocorrerá a ressurreição da vida João 5 : 29
Os mortos ressuscitarão primeiro I Tes. 4 : 16 ... e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro.
Trará consigo os seus I Tes. 4:14 ... assim também aos que em Jesus dormem, Deus os tornará a trazer com Ele.
- Ocorrerá a transformação do corpo I Cor. 15 : 52 - 55 ... e os mortos ressuscitarão incorruptível, e nós seremos transformados.
"O que será que os salvos verão quando forem arrebatados ?"


B O QUE ACONTECERÁ COM A IGREJA APÓS O ARREBATAMENTO ?
1 O TRIBUNAL DE CRISTO
II Cor. 5 : 10 Porque todos devemos comparecer ante o Tribunal de Cristo, para que cada um receba segundo o que tiver feito por meio do corpo, ou bem ou mal

Este julgamento não foi estabelecido para determinar se as pessoas que diante dEle comparecerem são culpadas ou inocentes, isto é, salvas ou perdidas, uma vez que já foram arrebatadas. Agora trata-se da questão de recompensa.

Cristo irá galardoar os seus Apoc. 22 : 12 ... e o meu galardão está comigo, para dar a cada um segundo a sua obra.

As obras serão provadas I Cor. 3 : 13 A obra de cada uma se manifestará; na verdade o dia a declarará, porque pelo fogo será descoberta, e o fogo provará qual seja a obra de cada um.
VEJAMOS ALGUNS TIPOS DE OBRAS
Ouro - Justiça , Pureza
Prata – Perdão
Pedras preciosas – solidez
Madeira – Humanidade
Feno - Alimento fraco
Palha - Muito volume
"Como estamos construindo o nosso edifício espiritual ?"

VEJAMOS ALGUNS TIPOS DE GALARDÕES
Coroa incorruptível I Cor. 9 : 25 E todo aquele que de tudo se abstém; eles o fazem para alcançar um coroa corruptível, nós, porém, uma incorruptível.
Reservada aos que tem autodomínio
Coroa da vida Apoc. 2 : 10 ... sê fiel até a morte, e dar-te-ei a coroa da vida.
Reservada aos mártires e sofredores

Coroa de glória I Pe. 5 : 3 - 4 Nem como tendo domínio sobre a herança de Deus, mas servindo de exemplo ao rebanho. E, quando aparecer o Sumo Pastor, alcançarei a incorruptível coroa de glória.
Reservada aos ministros que presidem com fidelidade
Coroa de justiça II Tim. 4 : 8 Desde agora, a coroa da justiça me está guardada, a qual o Senhor, justo juiz, me dará naquele dia; e não somente a mim, mas também a todos que amarem a sua vinda.
Reservada aos que amam a sua vinda
Pedra branca Apoc. 2 : 17 ... Ao que vencer darei eu a comer do maná escondido, e dar-lhe-ei uma pedra branca,...
Utilizadas nos julgamentos
Utilizada por pessoas especiais
Utilizadas pelos vencedores

2 AS BODAS DO CORDEIRO
Este glorioso evento terá seu inicio tão logo termine o Tribunal de Cristo.
As Bodas do Cordeiro será o enlace matrimonial entre Cristo e a Igreja.

Será a sua abertura com louvor Apoc. 19 : 7 Regozijemo-nos, e alegremo-nos, e demos - lhe glória; porque vindas são as bodas do Cordeiro,...
A esposa estará preparada Apoc. 19 : 8 ... e já a sua esposa se aprontou
Será celebrada a Ceia do Senhor Apoc. 19 : 9 ... Bem-aventurado aqueles que são chamados à ceia das bodas do Cordeiro.
Cristo mesmo servirá à mesa Lucas 12 : 37 ... Em Verdade vos digo que se cingirá, e os fará assentar `a mesa, e, chegando-se, os servirá.
Os crentes do V. T. participarão desta festa Mat. 8 : 11 ... e assentar-se-ão `a mesa com Abraão, Isaque e Jacó no reino dos Céus.

OBS. Os mártires da Grande Tribulação não participarão desta festa.





2a FASE A VINDA DE JESUS EM GLÓRIA
É a sua revelação ou manifestação pessoal em glória, majestade e poder às nações da terra.
Esta revelação se dará tão logo termine as Bodas do Cordeiro. Apoc. 19 : 11 - 16

Sua vinda se dará lentamente Mat. 24 : 30 Então, aparecerá no céu o sinal do Filho do Homem; e todas as tribos da terra se lamentarão e verão o Filho do Homem vindo sobre as nuvens do céu, com poder e grande glória.

Todo olho o verá Apoc. 1 : 7 Eis que vem com as nuvens, e todo olho o verá,...

Virá acompanhado da esposa
Jd. 14 ... Eis que é vindo o Senhor com milhares de seus santos.
Apoc. 19 : 14 E seguiam-no os exércitos que há no céu em cavalos brancos e vestidos de linho fino, branco e puro.
Virá acompanhado pelos anjos Mat. 25 : 31 E, quando o Filho do Homem vier em sua glória, e todos santos anjos, com Ele, então, se assentarão no trono da sua glória.
Haverá convulsões na terra Mat. 24:29 E, logo depois da aflição daqueles dias, o sol se escurecerá, e a lua não dará mais a sua luz, e as estrelas cairão do céu, e as potências dos céus serão abaladas.
Descerá sobre o Monte das Oliveiras Zac. 14 : 4 E, naquele dia, estarão os seus pés sobre o Monte das Oliveiras,...
O povo Judeu será libertado Zac. 14 : 4 - 5 ... e o Monte das Oliveiras será fendido pelo meio,... e fugireis pelo vale dos meus montes.

Será o fim da Grande Tribulação Apoc. 20 : 2 Ele prendeu o dragão, a antiga serpente, eu é o diabo e satanás, e amarrou-o por mil anos.

A ressurreição dos mártires da grande tribulação Apoc. 20:4 ... e vi as almas daqueles que foram degolados pelos testemunhos de Jesus, e pela Palavra de Deus...

Implantará o reino milenial Apoc. 19 : 15




A GRANDE TRIBULAÇÃO

Enquanto a Igreja se regozija no céu, a terra é sacudida por grandes catástrofes, as quais resultam dos juízos de Deus. A Grande Tribulação iniciar-se-á tão logo ocorra o arrebatamento da igreja.
A terra entrará em pânico total com a desaparição dos filhos de Deus, e em meio a desordem surgirá um ser que aparentemente solucionará os problemas mundiais, trazendo uma falsa paz.
Este período de Grande Tribulação é o cumprimento literal da última semana de Daniel. (70aSemana) Daniel 9 : 24 - 27. Será após o Arrebatamento da Igreja. II Tes. 2 : 6 – 7
A DURAÇÃO DESTE PERÍODO SERÁ DE SETE ANOS DIVIDIDOS EM DUAS ETAPAS.
3 anos e meio de falsa paz.
3 anos e meio de grande tribulação

Apoc. 13 : 5 ... e deu-se lhe poder para continuar por quarenta e dois meses.
Ler Daniel 19 : 24 - 27
Será o grande dia da ira de Deus Apoc. 6 : 16 - 17, Sofonias 1 : 14 - 18

Reino do Anti-Cristo II Tes. 2 : 3 Ninguém de maneira nenhuma vos engane, porquê não será assim sem que antes venha a apostasia, e se manifeste o homem do pecado, o filho da perdição.

As duas Bestas.
A que subiu do mar. Apoc. 13 : 7 : 10 Significa um dirigente político.

A que subiu da terra. Apoc. 13 : 11 - 18 Significa um dirigente religioso.
Conhecido como falso profeta. Apoc. 19 : 20



OS SETE SELOS
PRIMEIRO SELO CAVALO BRANCO Apoc. 6 : 1 - 2
Cavalo Branco significa falsa paz
Como conseguirá implantar esta paz ?
Resolvendo o problema do Arrebatamento
Resolvendo o problema sócio - político
Ler Apoc. 6 : 7 - 12

SEGUNDO SELO CAVALO VERMELHO Apoc. 6 : 3 - 4
Cavalo Vermelho significa guerra
Inicio da segunda etapa da Grande Tribulação. Apoc 12 : 12 Pelo que alegrai-vos, ó céus, e vós que neles habitais. Ai dos que habitam na terra e no mar, porque o diabo desceu a vós, e tem grande ira, sabendo que já tem pouco tempo.

TERCEIRO SELO CAVALO PRETO Apoc. 6 : 5 - 6
Cavalo Preto significa dificuldade e fome.
Balança significa controle.
Começa a escassez de alimento. Apoc. 13 : 16 - 17

QUARTO SELO CAVALO AMARELO Apoc. 6 : 7 - 8
Cavalo Amarelo significa doença e morte.

QUINTO SELO OS MÁRTIRES Apoc. 6 : 9 - 11
A visão dos mártires da Grande Tribulação.
São aqueles que não receberão o sinal da besta.

SEXTO SELO A VINDA DE JESUS Apoc. 6 : 12 - 17
A vinda do Senhor em glória.

SÉTIMO SELO AS TROMBETAS Apoc. 8 : 1 - 2
O soar das sete trombetas



AS SETE TROMBETAS
PRIMEIRA TROMBETA Apoc. 8 : 7
1/3 dos alimentos são destruídos
Começa a fome sobre a terra Apoc. 6 : 6
SEGUNDA TROMBETA Apoc. 8 : 8 – 9
1/3 das águas dos mares apodrecem
1/3 das criaturas marítimas morrem
1/3 dos navios e embarcações naufragam

TERCEIRA TROMBETA Apoc. 8 : 10 – 11
1/3 das águas doce apodrecem
A sede se intensifica mais Isaías 19 : 5 – 8
Comparar com Êxodo 7 : 20, 24

QUARTA TROMBETA Apoc. 8 : 12 – 13
Sol, lua e estrelas escurecerão
Serão dias sombrios, úmidos e nublados, Lucas 21 : 25 – 26
"Ai ! Ai ! dos que habitam sobre a terra..."

QUINTA TROMBETA Apoc. 9 : 1 – 6
Começa a ira de Deus sobre os homens
O abismo é aberto e soltos os demônios Lucas 8 : 31
Os homens que tiverem o sinal da besta serão possessos.
Não haverá morte por cinco meses.

SEXTA TROMBETA Apoc. 9 : 14 – 16
São chefes de 200 milhões de demônios

SÉTIMA TROMBETA Apoc. 11 : 15
Esta trombeta se refere ao milênio




AS SETE TAÇAS
PRIMEIRA TAÇA Apoc. 16 : 1 – 2
Chaga má e maligna, será uma epidemia mundial.
Comparar com Êxodo 9 : 9 e Jó 2 : 7
Esta praga afetará quem tem o sinal da besta
SEGUNDA TAÇA Apoc. 16 : 3
Toda água apodrecerá.
Todas as criaturas aquáticas morrerão.
Com a 2a trombeta somente 1/3 das águas apodrecerão.
O odor da podridão dos mares será insuportável.

TERCEIRA TAÇA Apoc. 16 : 4
Toda água potável se contaminará
As criaturas aquáticas morrerão
Com a 3a trombeta 1/3 das águas apodrecerão.
Leiamos Isaías 19 : 5 – 8

QUARTA TAÇA Apoc. 16 : 8 – 9
Calor intenso.
Obs. A falta de alimento, as úlceras, o mal cheiro, o sol causticante, os homens possessos.
"Serão homens normais"

QUINTA TAÇA Apoc. 16 : 10 - 11
Dores insuportáveis.

SEXTA TAÇA Apoc. 16 : 12 - 16
Preparação para o Armagedom.

SÉTIMA TAÇA Apoc. 16 : 17 - 21
A vinda do Senhor em glória.


O MILÊNIO
Após a Grande Tribulação, Cristo voltará em glória, pousará seus pés sobre o Monte das Oliveiras, e assim iniciará o Reino Milenar.



ASPECTOS GERAIS
Quem viverá no milênio ?
Cristo reinará sobre o mundo. Apoc. 11 : 15, Zac. 14 : 9
Satanás será preso por mil anos. Apoc. 20 : 1 - 2
Cristo será reconhecido como Rei dos reis. Apoc. 19 : 16
Será um reinado de paz.
Os armamento serão destruídos Ezeq. 39 : 9 - 10
Algumas armas serão transformadas [em instrumentos pacíficos]. Isaías 2 : 4, Miq. 4 : 3 - 4
Jerusalém será a capital do reino. Isaías 2 : 2 - 3
Haverá o julgamento das nações. Mat. 25 : 31 - 32
Conforme o tratamento que deram a Israel. Joel 3 : 2
O grande enterro dos mortos. Ezeq. 39 : 11 - 15
Os homens serão poucos no início. Isaías 13 : 12
A maldição da terra será tirada. Isaías 29 : 17
O mar morto terá vida. Ezeq. 36 : 29 - 30, 47 : 9 - 10
Não haverá doenças. Isaías 29 : 17 - 19, 35 : 5 - 6
A idade será prolongada. Isaías 65 : 19 - 20
A morte será em pequena escala. Isaías 65 : 20
Todos conhecerão a Cristo. Mat. 24 : 14, Isaías 11 : 9
Haverá salvação no milênio. Isaías 65 : 23 - 24
Não haverá mais crises. Isaías 65 : 21 - 23
As nações adorarão ao Senhor anualmente. Zac. 14 : 16 - 19
Os animais serão dóceis. Isaías 11 : 6 - 9
O sol brilhará mais. Isaías 30 : 26
A lua será como o sol. Isaías 24 : 23
Israel receberá Jesus como messias. Zac. 12 : 10 - 11, 13 : 6
Israel possuirá toda a terra prometida. Gên. 15:8, 17:7 - 8
Israel será reconhecido como cabeça. Zac. 8 : 23
No final satanás será solto. Apoc. 20 : 7 - 9
Enganará as nações.
Será lançado no lago de fogo. Apoc. 20 : 10




O JUÍZO FINAL

A cena do Juízo Final que aparece na Bíblia é esta que fala em justiça soberana e santa.
A idéia do Juízo e retratada através do Rei sobre o seu trono medindo a justiça de todos que estão a sua frente.
Os termos usados para descrever o Trono "Grande e Branco" salienta a Soberania e Santidade.



ASPECTOS GERAIS
Cristo será o Juiz. Atos 17 : 31
A esposa o auxiliará. I Cor. 6 : 2
Quem será julgado ?
Os mortos Apoc. 20 : 12 - 13
Os anjos caídos. I Cor. 6 : 3
Como será o julgamento ?
Conforme as obras. Rom. 2 : 5 - 7
Baseado no que foi escrito. Apoc. 20 : 12
Todos serão condenados ?


















Cronologia Escatológica

Introdução


Segue aqui a ordem cronológica dos principais fatos relacionados aos finais dos tempos de acordo com as Escrituras Sagradas: 

1)    A Primeira Vinda de Cristo promovendo: O Aprisionamento de Satanás e a Primeira Ressurreição
2)    O Milênio (Reino de Deus na era presente)
3)    A Grande Tribulação (curto período de tempo em que Satanás será solto)
4)    A Segunda Vinda de Cristo (O Dia do Senhor, evento único, visível e portentoso)
5)    A Segunda Ressurreição ou Ressurreição dos Geral dos Corpos (evento único e geral, uns para a vida, outros para a morte)
6)    O Juízo Final (evento único e geral)
7)    Novo Céu e Nova Terra (Nova Jerusalém e a plenitude do Reino Eterno)

Pretendo demonstrar que esta ordem se encontra tanto nas Escrituras do Antigo como do Novo Testamentos, tanto nos ensinos de Cristo como também de seus apóstolos, tanto nos Evangelhos como também nas Epístolas e no Apocalipse. Havendo uma coerência muito grande entre todos eles.

Agora, é importante ressaltar que o livro de Apocalipse não está todo em uma ordem cronológica, não é uma narrativa linear de começo, meio e fim, mas apresenta-se divido em 7 seções paralelas e progressivas, onde cada seção abarca o período que vai da primeira vinda de Cristo até a consumação dos séculos, cada uma trazendo novos detalhes em relação a anterior, como retratos de uma mesma história tirados de diversos ângulos diferentes de maneira a enriquecer a visão como um todo.

O Apóstolo João, autor do Apocalipse, também escreveu o Evangelho de João e lá também fez uso do número sete para destacar certas verdades, no caso, para defender a divindade de Jesus, pois o Evangelho registra sete milagres de Cristo e também sete vezes a expressão "Eu Sou". Então, Apocalipse, segue esta mesma linha, possuindo sete seções. Sendo que cada seção compreende o período que vai da primeira à segunda vinda. Cada nova seção é mais clara em seu retrato do fim até chegarmos ao clímax! Primeira Seção (1-3) - Os sete candeeiros; Segunda Seção (4-7) - Os sete selos; Terceira Seção (8-11) - As sete trombetas; Quarta Seção (12-14) - A trindade maligna; Quinta Seção (15-16) -As sete taças; Sexta Seção (17-19) - A derrota dos agentes do Dragão; e a Sétima Seção (20-22), que mostra o Reinado de Cristo com as almas do santos no céu e não em um milênio na terra depois da segunda vinda.

Embora o capítulo 19 descreva a Segunda Vinda de Cristo, ele termina com uma descrição viva do juízo final. Os eventos descritos no Capítulo 20 não seguem os do capítulo 19 em ordem cronológica, assim como também a descrição do nascimento de Jesus que encontramos no capítulo 12, de maneira alguma segue cronologicamente os eventos do juízo registrados no capítulo 11.

Portanto, assim como o capítulo 11 termina com uma descrição do Juízo Final e o capítulo 12 recomeça contando a história a partir do nascimento de Cristo, assim também, acontece com os capítulos 19 e 20. Pois, o capítulo 20 começa descrevendo os eventos que marcaram a primeira vinda. Porque foi por ocasião da Primeira Vinda de Cristo que aconteceu o aprisionamento de Satanás (Mt 12.27-29; Jo 1.5; Mt 16.18; Mt 28.18) e seu lançamento no abismo (Lc 10.18; 2Pe 2.4 e Jd 6).

Vejamos agora uma descrição mais detalha dos eventos escatológicas na ordem sequencial em que se darão conforme a sétima e última seção do Livro de Apocalipse (20-22) e como tal sequência é também ensina por Jesus, seus apóstolos e pelos profetas.


1) A Primeira Vinda de Cristo promovendo o Aprisionamento de Satanás e a Primeira Ressurreição


O Aprisionamento de Satanás


Satanás é preso por ocasião da primeira Vinda de Cristo conforme registrado em Mateus 12:28-29: a mesma palavra para “prender” (deo) e “expulsar” (ekballo) é usada tanto em Mateus 12 como também em Apocalipse 20. Depois de amarrado, Satanás é lançado no (Ap 20.3 cf. Lc 10.18). Jesus disse que Satanás foi expulso já naquele tempo em que esteve entre nós: "agora será expulso o príncipe deste mundo" (Jo 12.31). Estas ações de  "amarrar", "prender" e "expulsar" tem o propósito de restringir a ação do maligno "para assim impedi-lo de enganar as nações" (Ap 20.3). "Amarrado", Satanás não pode impedir que Jesus "atraia todos a si" através da cruz (Jo 12.32), de modo que Satanás não conseguirá também impedir que a Igreja seja bem sucedida no cumprimento de sua Grande Missão de fazer discípulos de todas as nações durante esta era do Evangelho do Reino, em que as "portas do inferno" não prevalecerão contra a Igreja (Mt 16.18), pois a Igreja recebeu sua missão do Rei que já tem todo o poder no céu e na terra (Mt 28.18-10), e recebeu deste Rei o poder do Seu Espírito para lhe ser testemunha (At 1.8), tendo recebido dele também a chave do Reino (Mt 16.19), e o poder para pisar cobras, escorpiões e sobre todo o poder do mal (Lc 10.19; Mc 16.18). Tanto é verdade, que o Apocalipse mostra uma inumerável multidão de salvos de todas as nações (Ap 6 e 7), de modo que possa se cumprir a profecia que diz que "a terra se encherá do conhecimento do Senhor, como as águas cobrem o mar"(Is 11.9). 

Tal sucesso da Igreja somente foi possível porque Jesus, que veio para desfazer as obras do Diabo (1Jo 3.8), amarrou Satanás (Mt 12.29 e Ap 20.2),  vencendo-o em todas as batalhas: na tentação do deserto (Mt 4.1-11; Mc 1.12,13 e Lc 4.1-13), na cruz (Cl 2.14,15; Cl 1.19,  Gl 6.14, Jo 19.30). Portanto, assim como um cachorro, Satanás foi acorrentado, tendo o seu raio de ação limitado de modo a não poder impedir o avançar missionário da Igreja, mas, cuidado: "Não deis lugar ao diabo",  ou seja, não entre no raio de ação dele. 

 

 

A primeira Ressurreição


A primeira ressurreição descrita em Apocalipse 20.6 é de natureza espiritual e diz respeito ao novo nascimento em Cristo que promove a ressurreição dos que estavam mortos em seus delitos e pecados (1Jo 3:14, Rm 6:8, Ef 2:4-6 e Cl 2:13). 

Os cristãos são descritos como já estando espiritualmente assentados com Cristo em seu trono celestial, reinando sobre todo principado e potestade (Ef 2:6, 1Co 3:21-22 e Cl. 3:1-2). Todos os que estão em Cristo já passaram da morte para a vida, ainda estão sujeitos a morte física, que é a primeira morte, mas "a segunda morte não tem poder sobre eles" (Ap 20.6)! Já, os demais, continuam mortos nos seus delitos e pecados durante o milênio, não participam da primeira ressurreição e nem reinam com Cristo. Todos estes ressuscitarão apenas uma única vez  na ressurreição geral e física de todos os mortos que acontecerá após o milênio e serão condenados no juízo final e padecerão a segunda morte que é o castigo eterno  (Ap 20.5).

Mais uma prova de que a primeira ressurreição (v. 6) é de caráter espiritual, sendo uma referência ao novo nascimento e a condição dos salvos, que já estão inscritos no Livro da Vida, pode ser aferida do texto paralelo que se encontra no v.15. Pois quem nasceu de novo não sofre o dano da segunda morte ou condenação do inferno. O v. 14 diz que a Segunda Morte é o Lago de Fogo, ou seja, o inferno, e conhecemos bem a afirmação paulina de que “nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus” (Rm 8.1). O que concorda plenamente com a exclamação de Nosso Senhor: “Em verdade, em verdade vos digo: quem ouve a minha palavra e crê naquele que me enviou tem a vida eterna, não entra em juízo, mas passou da morte para a vida” (João 5:24).

Portanto, quem tem o seu nome inscrito no Livro da Vida (v.15), ou seja, quem já participou da Primeira Ressurreição (v. 6), não sofrerá o dano da Segunda Morte (v. 6 e 15). Tanto a Primeira Ressurreição como a Segunda Morte são de caráter espiritual. Não seria coerente dizer que um Ressurreição física livra o homem de uma condenação espiritual.

O Novo Testamento usa com frequência o termo ressurreição, ressuscitados e ressurretos para descrever a condição do crente em Cristo: “tendo sido sepultados, juntamente com ele, no batismo, no qual igualmente fostes ressuscitados mediante a fé no poder de Deus que o ressuscitou dentre os mortos” (Cl 2:12)... “Portanto, se fostes ressuscitados juntamente com Cristo, buscai as coisas lá do alto, onde Cristo vive, assentado à direita de Deus” (Cl 3:1)... Fomos, pois, sepultados com ele na morte pelo batismo; para que, como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos pela glória do Pai, assim também andemos nós em novidade de vida” (Rm 6:4)... “Nós sabemos que já passamos da morte para a vida, porque amamos os irmãos; aquele que não ama permanece na morte” (1 Jo 3:14). Deus não é Deus de mortos, mas de vivos, de modo que os mártires cristãos estão vivos em Deus e reinam com Cristo.

Vemos, no capítulo 5 do Evangelho de João, o emprego do termo ressurreição tanto no sentido espiritual como no físico e isto num mesmo contexto (Jo 5.25-29). Portanto, não seria de se estranhar que o mesmo acontecesse neste outro escrito de João.

A primeira ressurreição mencionada em Apocalipse 20 é espiritual, apresentada aqui principalmente para indicar a vitória dos mártires que vivem e reinam com Cristo, pois o estado intermediário dos crentes, entre a morte e a ressurreição, é um período de vida (Lc 20.38) e consciência (Ap 6.9-11), que segundo Paulo é incomparavelmente melhor do que a dos crentes antes da morte (Fp 1.23), que o faz até preferir deixar o corpo para habitar com o Senhor (2 Co 5.8), pois eles desfrutam da presença do Senhor numa dimensão superior, por se acharem diante do trono de Deus, servindo a Deus de dia e de noite no seu santuário, já não tem mais fome, nem sede, e já não sofrem mais a intempéries da vida, pois são apascentados e consolados por Jesus (Ap 7.15-17), e, aqui, em Ap 20, vemos que eles também partilham de alguma maneira do privilégio de reinar juntamente com Cristo. Já, a segunda ressurreição é descrita nos versos de 11 a 13 como algo distinto da primeira, sendo uma clara referência a ressurreição do corpo que se dará por ocasião da Segunda Vinda de Cristo.

A Primeira Vinda de Cristo nos trouxe a primeira ressurreição, que é o novo nascimento e a Segunda Vinda nos trará a segunda ressurreição que será a do corpo. A segunda morte é uma referência ao castigo eterno, o que implica em que a primeira ressurreição, mencionada por João, não seja uma ressurreição física. Pois se os crentes já tivessem aqui (em Ap 20.6) ressuscitado fisicamente, em corpo glorificado, eles já estariam desfrutando do gozo pleno e total da vida vindoura e não seria necessário dizer que sobre eles a segunda morte não tem poder (v.6). Sendo assim, teríamos aqui o uso de um recurso estilístico comum naquela época, conhecido por chiasmo, que disporia os quatro elementos (primeira e segunda ressurreição e primeira e segunda morte) de modo a estabelecer um contraste diagonal em “X”, como ilustrado no diagrama abaixo, onde “a)” estaria se contrapondo a “b)”, espiritual com espiritual e físico com físico. Notar que este contraste, pelo menos em sua dimensão espiritual, entre a primeira ressurreição e a segunda morte, pode ser visto também no versículo 15, que diz: “E, se alguém não foi achado inscrito no Livro da Vida, esse foi lançado para dentro do lago de fogo”. A expressão “foi achado inscrito no Livro da Vida” indica a condição do salvo, daquele que nasceu de novo, que já foi ressuscitado espiritualmente com Cristo e que já passou da morte para a vida, enquanto que, no versículo 14, é dito que o lago de fogo é a segunda morte.

Assim, este texto estabelece o mesmo contraste encontrado no versículo 6, que diz “Bem-aventurado e santo é aquele que tem parte na primeira ressurreição; sobre esses a segunda morte não tem autoridade; pelo contrário, serão sacerdotes de Deus e de Cristo e reinarão com ele os mil anos”. O que fortalece o argumento em defesa da interpretação da primeira ressurreição como de natureza espiritual, não apenas pelo contraste estabelecido, mas também pelo paralelo que se vê entre os versículos 6 e 15, onde a expressão do v. 6 “aquele que tem parte na primeira ressurreição” tem a sua expressão paralela no v. 15 em termos que não deixam dúvida quanto ao caráter espiritual da mesma: “foi achado inscrito no Livro da Vida”. Ou seja, “aquele que tem parte na primeira ressurreição” é o mesmo que dizer: aquele que “foi achado inscrito no Livro da Vida”. Veja o diagrama:

Tabela – Diagrama Demonstrativo Ap 20.6

a) Primeira ressurreição” - espiritual
= símbolo da vida eterna
= “foi achado inscrito no Livro da Vida”
(Comparar v.6 com v.15)
a) “segunda ressurreição” (“reviveram” v.5)
= ressurreição geral e física (v. 13)
b) Primeira morte” (subentendida)
= morte física
b) Segunda morte” – espiritual – (v.6)
= símbolo da morte eterna
= “A Segunda Morte é o Lago de Fogo” (v.14)


Para os que fazem questão de que os dois usos do termo ezesan em Apocalipse 20 sejam referências a ressurreições físicas, existe ainda uma outra interpretação possível, plausível e em perfeita harmonia com os Evangelhos e as Epístolas, onde ezesan significaria a transição da morte física dos mártires para a vida com Cristo no Céu durante o período intermediário entre a morte e a ressurreição.

E também podemos afirmar com propriedade que a Primeira Ressurreição foi a de Jesus, o "Primogênito dentre os mortos" (Co 1.18)! De modo que os que estão em Cristo, estão, de fato, identificados com sua morte e ressurreição, tendo já passados da morte para a vida (Jo 5.24), e, como bem frisou o Apóstolo Paulo, dizendo que os cristãos já foram: "Sepultados com ele no batismo, nele também ressuscitastes pela fé no poder de Deus, que o ressuscitou dentre os mortos" (Co 2:12). "Portanto, se já ressuscitastes com Cristo, buscai as coisas que são de cima, onde Cristo está assentado à destra de Deus" (Co 3:1). "Nem tampouco apresenteis os vossos membros ao pecado por instrumentos de iniquidade; mas apresentai-vos a Deus, como vivos dentre mortos, e os vossos membros a Deus, como instrumentos de justiça" (Rm 6:13).

Mesmo no estágio intermediário, entre a morte e a ressurreição, as almas dos crentes estão bem vivas e ativas no céu (Ap 6 e 7), diferente do que acontece com os restantes dos mortos que não creem em Deus. Pois Deus não é Deus de mortos, mas sim, é Deus de vivos (Mc 12.27). O estado intermediário dos salvos já é infinitamente superior a nossa existência terrena, de modo a levar Paulo a exclamar: "desejo partir e estar com Cristo, o que é muito melhor" (Fp 1:23); e ainda: "Temos, pois, confiança e preferimos estar ausentes do corpo e habitar com o Senhor" (2 Co 5:8). Tanto é verdade, que o autor de Hebreus, após elencar uma série de mártires e heróis da fé, inicia o capítulo 12 mencionando que nós os vivos na terra estamos cercados de uma nuvem tão grande de testemunhas vivas nos céus (Hb 12.1). "As almas dos decapitados" vivem e reinam dos altos céus! (Ap 20). Obviamente, este texto de Apocalipse não pode ser interpretado literalmente, pois, se não, seríamos forçados a concluir que apenas as almas dos decapitados é que ressuscitariam para reinar, o que excluiria os crentes que foram mortos de outra forma; algo que nem mesmo o mais ferrenho literalista seria capaz de afirmar. É óbvio, portanto, que a referência aos decapitados é muito mais inclusiva e abrangente, envolvendo todos os que estão em Cristo.

Paulo ensinou que nossa posição em Cristo é muito elevada. Como ressurretos dentre os mortos, já estamos assentados com Cristo, em seu trono, muito acima de todos os principados e potestades e sobre todo o reino e domínio que existe sobre a terra (Ef 2.6). Os crentes em Cristo exercem autoridade sobre os demônios (Lc 10.16s), o maligno não lhes toca (1 Jo 5.18).

O próprio Paulo também afirmou que "é necessário que ele reine até que todos os seus inimigos sejam postos debaixo de seus pés. O último inimigo a ser destruído é a morte" (1Co 15.25,26). Sendo assim, este período de reinado de Cristo mencionado por Paulo só pode ser na era presente, pois sabemos que é por ocasião da Segunda Vinda de Cristo que a morte será destruída, como Paulo complementa no versículo 54 deste mesmo capítulo: "Quando, porém, o que é corruptível se revestir de incorruptibilidade, e o que é mortal, de imortalidade, então se cumprirá a palavra que está escrita: "A morte foi destruída pela vitória"! Portanto, para Paulo, o milênio vem antes da ressurreição e do arrebatamento, pois a morte será destruída por ocasião da Segunda Vinda de Cristo e do Juízo Final: "Então a morte e o Hades foram lançados no lago de fogo. O lago de fogo é a segunda morte" (Ap 20.14).


É possível que alguns possam estranhar o fato de Apocalipse 20 começar com a Primeira Vinda de Cristo, talvez por desconhecerem que os eventos relacionados à Primeira Vinda de Cristo são cumprimentos de profecias escatológicas do Antigo Testamento. Eis alguns exemplos:

·        Os "últimos dias" começaram com o advento de Cristo, o Rei (Dn 2.28,34-44; Lc 1.31). O Messias já veio (Is 9.6-7; Lc 1.31)! 
·        Satanás já foi amarrado (Ap 20.2,3; Mt 12.29; 16.18; Mc 16.18; Lc 10.18,19 e Jo 12.31; 1Jo 3.8). Jesus venceu Satanás em todas as batalhas: na tentação do deserto (Mt 4.1-11; Mc 1.12,13 e Lc 4.1-13), na cruz (Cl 2.14,15; Cl 1.19, Gl 6.14, Jo 19.30). 
·        "Foi morto o ungido" conforme profetizaram Daniel, Isaías e Davi (Dn 9.26; Is 53, Sl 22 cf. Mc 15.37; At 3.15; 5.30 e 1 Ts 2.15).
·        Jesus venceu a morte (Mt 28.6; Rm 8.34 e 1 Co 15.55)
·        O Reino já foi inaugurado (Mt 12.28; 28.18; Lc 17.21; Rm 14.17; Cl 1.13; Mt 13; 1 Co 15.25 e Hb 2.8). Jesus foi exaltado acima de todo principado e potestade (At 2.33; At 5.31 e Fp 2.9)
·        A profecia de Joel de que nos últimos dias seria derramado o Espírito Santo sobre toda a carne se cumpriu em Pentecostes (Jl 2.28-29 cf. At 2.16-21). 
·        A promessa de Ezequiel 36.36 "Darei a você um coração novo e porei um espírito novo em vocês" se cumpriu em Jesus Cristo que concede vida aos que estão mortos em seus delitos e pecados (Ef 2.5), os quais, pela graça de Cristo, participam da Primeira Ressurreição (Ap 20.6), que é espiritual, ou seja, uma figura de linguagem para o Novo Nascimento ou regeneração, o que Paulo também descreve em termos de ressurreição a semelhança de Apocalipse 20.6: "Isso aconteceu quando vocês foram sepultados com ele no batismo, e com ele foram ressuscitados mediante a fé no poder de Deus que o ressuscitou dentre os mortos" (Cl 2.12). João, em seu Evangelho, revela que Jesus costumava referir-se a salvação da alma em termos de ressurreição: “Eu lhes asseguro: Quem ouve a minha palavra e crê naquele que me enviou, tem a vida eterna e não será condenado, mas já passou da morte para a vida. Eu lhes afirmo que está chegando a hora, e já chegou, em que os mortos ouvirão a voz do Filho de Deus, e aqueles que a ouvirem, viverão. Pois, da mesma forma como o Pai tem vida em si mesmo, ele concedeu ao Filho ter vida em si mesmo" (Jo 5.24-26).
·        O templo foi profanado (Dn 9.27) e destruído novamente juntamente com a cidade de Jerusalém pelo abominável da desolação de que falou Daniel (Dn 9:26). E Jesus disse que isto se daria naquela mesma geração (Mt 23.35-24.2) e assim aconteceu no ano 70 através do Exército Romano liderado pelo General Tito, "príncipe", filho do Imperador Vespasiano.
Portanto, estamos vivendo os últimos dias! A Escatologia está em processo! A Igreja tem parte viva e atuante neste processo de expansão do Evangelho do Reino!



2) O Milênio (Reino de Deus)


Como demonstrado no capítulo anterior, a Bíblia ensina que Jesus amarrou a Satanás e inaugurou o seu reino em sua primeira vinda. 

Em Apocalipse 20, os 1.000 anos são usados como um símbolo de perfeição e plenitude do Reinado de Cristo na presente era que começou com a Primeira Vinda de Cristo e vai até o início da Grande Tribulação. O Uso figurado do número mil pode ser encontrado em diversas outras passagens bíblicas, tais como: "Que o Senhor, o Deus dos seus antepassados, os multiplique mil vezes mais" (Dt 1:11), "... Deus fiel, que mantém a aliança e a bondade por mil gerações daqueles que o amam e obedecem aos seus mandamentos" (Dt 7:9); "mil colinas" (Sl 50:10); "Melhor é um dia nos teus átrios do que mil noutro lugar" (Sl 84:10); e "mil anos" como um dia para Deus (Sl 90:4, 2Pe 3:8).


O Apóstolo Paulo ensinou que: "é necessário que ele reine até que todos os seus inimigos sejam postos debaixo de seus pés. O último inimigo a ser destruído é a morte" (1Co 15.25,26). Sendo assim, este período de reinado de Cristo mencionado por Paulo só pode ser na era presente, pois sabemos que é por ocasião da Segunda Vinda de Cristo que a morte será destruída, como Paulo complementa no versículo 54 deste mesmo capítulo: "Quando, porém, o que é corruptível se revestir de incorruptibilidade, e o que é mortal, de imortalidade, então se cumprirá a palavra que está escrita: "A morte foi destruída pela vitória"! Portanto, para Paulo, o milênio vem antes da ressurreição e do arrebatamento.

A expressão "até que" de 1 Co 15.25 indica um desenvolvimento paulatino do Reino em que os inimigos vão sendo gradativamente postos debaixo dos pés de Cristo e não abruptamente como ensinam os pre-milenistas. As Parábolas do Reino de Mateus 13 ensinam que o Reino de Deus se estabelece de maneira gradativa como o desenvolvimento da plantação de um grão de mostarda e também possui um caráter paradoxal e híbrido devido a presença do joio no meio do trigo, pelos pássaros que roubam a semente e que vem aninhar-se debaixo da árvore, e pelos peixes maus, coisas que seriam simplesmente inconcebíveis num milênio após a Segunda Vinda. 

Jesus falou de seu reino em termos espirituais e em ação já na presente era: "...não vem o reino de Deus com visível aparência... porque o reino de Deus está dentro em vós" (Lc.17:20,21).

A Igreja militante na terra e triunfante no céu reina com Cristo já está espiritualmente assentada, juntamente com Cristo, acima de todo o principado e potestade (Ap 4.4; Ef 2.6 cf. 20.4-6). É preciso que se reconheça a natureza deste Reino de Cristo, pois se de um lado sabemos que Jesus já é o Senhor e que o seu reinado já foi inaugurado, por outro, ainda não vemos todas as coisas debaixo dos pés de Cristo, conforme lemos em Hebreus 2:8: “todas as coisas sujeitaste debaixo dos seus pés. Ora, desde que lhe sujeitou todas as coisas, nada deixou fora do seu domínio. Agora, porém, ainda não vemos todas as coisas a ele sujeitas” (ver também Hb 10.13). É preciso observar que, na parábola do Joio e do Trigo (Mt 13), que é uma das parábolas do Reino de Deus, paralelamente ao crescimento do trigo, observasse também o crescimento do joio. Portanto, realismo bíblico ajuda a evitar os extremos perigosos do ufanismo de um lado e, de outro, a acomodação daqueles que postergam a inauguração do Reino para depois da Segunda Vinda de Cristo.

Este milênio completar-se-á quando chegar o tempo denominado de "a plenitude dos gentios" (Rm 11.25), quando, consequentemente, "todo o Israel será salvo" (Rm 11.26)! O Apóstolo Pedro explica que o motivo da aparente demora de Cristo em regressar a este mundo se deve a longanimidade de Deus que não quer que ninguém pereça, mas que todos cheguem ao arrependimento (2 Pe 3.9). Jesus aguarda até que sua Igreja cumpra cabalmente a sua missão! 


3) A Grande Tribulação


Após o milênio, Satanás será solto da sua prisão por pouco tempo (Ap 20.7), quando terá liberdade de enganar as nações, promovendo uma revolta mundial contra a Igreja de Cristo, descrita aqui como "o acampamento dos Santos" (Ap 20.7-9). Período este que é também conhecido como a Grande Tribulação (Mt 24.21), que será de curta duração por causa do amor de Deus pelos escolhidos (Mt 24.22). 

Daniel descreve os juízos de Deus que serão derramados sobre a terra no período da Grande Tribulação e afirma que é somente após isto que se dará a ressurreição geral dos mortos, "uns para a vida eterna, outros para a vergonha, para o desprezo eterno", sendo assim, para Daniel, não há nenhuma ressurreição antes da Grande Tribulação, mas somente após: 
“Naquela ocasião Miguel, o grande príncipe que protege o seu povo, se levantará. Haverá um tempo de angústia como nunca houve desde o início das nações até então. Mas naquela ocasião o seu povo, todo aquele cujo nome está escrito no livro, será liberto. Multidões que dormem no pó da terra acordarão: uns para a vida eterna, outros para a vergonha, para o desprezo eterno." (Dn 12.1,2)
A menção "as almas dos decapitados" em Apocalipse 20 é muito semelhante a visão dos mártires na glória registrada no capítulo 6. São textos paralelos, de modo que um ajuda a entender melhor o outro. Vejamos o que diz: "Quando ele abriu o quinto selo, vi debaixo do altar as almas daqueles que haviam sido mortos por causa da palavra de Deus e do testemunho que deram. Eles clamavam em alta voz: 'Até quando, ó Soberano santo e verdadeiro, esperarás para julgar os habitantes da terra e vingar o nosso sangue?' Então cada um deles recebeu uma veste branca, e foi-lhes dito que esperassem um pouco mais, até que se completasse o número dos seus conservos e irmãos, que deveriam ser mortos como eles" (Ap 6.9-11). É impressionante a similaridade das duas descrições. Compare: “as almas dos que foram mortos por amor da palavra de Deus e por amor do testemunho que deram” (Ap 6.9) com: “as almas daqueles que foram degolados pelo testemunho de Jesus, e pela palavra de Deus” (Ap 20.4). 

Os mártires estão conscientes do que se passa aqui na terra no período ainda da Grande Tribulação. Eles clamam por justiça e recebem vestiduras brancas e lhes é dito que aguardem um pouco mais, pois a Segunda Vinda de Cristo e a consequente ressurreição e o juízo final ainda estão por vir! O que é visto em Apocalipse 6 é visto também em Apocalipse 20, pois as almas dos decapitados aguardam a ressurreição do corpo cuja descrição se dá no final do capítulo 20, mais precisamente, no versículo 13.

Portanto, a ressurreição do corpo e o julgamento final estão registrados no fim do capitulo 20, após a descrição do reinado de mil anos. 
 4) A Segunda Vinda de Cristo

Em Apocalipse 20.9, temos uma descrição da Segunda Vinda de Cristo, como um fogo que desce do céu e que destruirá seus inimigos naquela batalha final que também é conhecida como a Batalha do Armagedom: "As nações marcharam por toda a superfície da terra e cercaram o acampamento dos santos, a cidade amada; mas um fogo desceu do céu e as devorou". Paulo ensinou o mesmo, afirmando que Jesus Cristo retornaria em meio a chamas flamejantes para julgar a humanidade (2 Ts 1.6-10; cf. Mt 16.27; 25.31,32) e o mesmo disse Isaías: "Vejam, O Senhor virá num fogo, e seus carros são como um turbilhão! Transformará em fúria a sua ira, e em labaredas de fogo, a sua repreensão. Pois com fogo e com a espada o Senhor executará julgamento sobre todos os homens" (Is 66.15-16 cf. ). Jesus não é ajudado por labaredas de fogo, Ele retorna a terra em labaredas de fogo! É o próprio Senhor Jesus quem matará o perverso "com o sopro da sua boca e destruirá pela manifestação de sua vinda" (2Ts 2.8)! 

O profeta Joel igualmente descreve a Segunda Vinda de Cristo como um fogo devorador (Jl 2.1-3). 

Pedro também fala da Segunda Vinda de Cristo em termos semelhantes, dizendo assim: "O dia do Senhor, porém, virá como ladrão. Os céus desaparecerão com um grande estrondo, os elementos serão desfeitos pelo calor, e a terra, e tudo o que nela há, será desnudada" (2Pe 3.10 cf. 1Ts 5.2-3). 

E, para o profeta Daniel, não há nenhuma ressurreição antes da Grande Tribulação, mas somente após (Dn 12.1,2). Sendo assim, como a ressurreição dos mortos é produto da Segunda Vinda de Cristo, chegamos a conclusão de que Daniel também é pós-tribulacionista assim como todos os autores do Novo Testamento!

Então, "imediatamente após a tribulação daqueles dias" (Mt 24.29), "aparecerá no céu o sinal do Filho do homem, e todas as nações da terra se lamentarão e verão o Filho do homem vindo nas nuvens do céus com poder e grande glória" (Mt 24.30), o arrebatamento acontecerá neste grande e glorioso Dia do Senhor, pois que, na sequência, é dito: "E ele enviará os seus anjos com grande som de trombeta, e estes reunirão os seus eleitos dos quatro ventos, de uma a outra extremidade dos céus" (Mt 24.31). A Igreja será arrebatada para encontrar-se com o Senhor nos ares e acompanhá-lo em sua triunfal descida em direção a terra (1 Ts 4.16,17). Não nos esqueçamos que Paulo ensinou que a Segunda Vinda de Cristo e a Nossa Reunião com ele não aconteceria sem que antes se desse a apostasia e fosse revelado o homem o filho da perdição (2Ts 2.1-3). De maneira que o arrebatamento da Igreja que acontece no Dia do Senhor só acontecerá após a Grande Tribulação.

Diante de todas estas afirmações bíblicas, fica patente que a Segunda Vinda de Cristo acontecerá após a manifestação do anticristo, que sabemos ocorrerá no período da Grande Tribulação. Paulo claramente ensinou que a Segunda Vinda de Jesus Cristo e o arrebatamento que promoverá nossa reunião com Ele somente acontecerá após a apostasia e a manifestação do anticristo (2Ts 2.1-3).


5) A Ressurreição dos Mortos ou A Segunda Ressurreição que é física


Após o milênio, a Grande Tribulação e a Segunda Vinda de Cristo, teremos a "segunda ressurreição" que é a ressurreição física geral de todos os mortos: 

"Vi também os mortos, grandes e pequenos, em pé diante do trono, e livros foram abertos. Outro livro foi aberto, o livro da vida. Os mortos foram julgados de acordo com o que tinham feito, segundo o que estava registrado nos livros. O mar entregou os mortos que nele havia, e a morte e o Hades entregaram os mortos que neles havia; e cada um foi julgado de acordo com o que tinha feito. Então a morte e o Hades foram lançados no lago de fogo. O lago de fogo é a segunda morte. Aqueles cujos nomes não foram encontrados no livro da vida foram lançados no lago de fogo" (Ap 20.11-15).

Uma série de outros textos bíblicos também ensinam que a Ressurreição será Geral e que depois dela vem o Juízo Final: (Dn 12.2; Mt 25.31-46; Jo 5:28-29;  Jó 19:23-27; Is 26:19; At 24:15; Rm  8:11, 23, Fp 3:20; 1Ts 4:16).

Por ocasião da Segunda Vinda de Cristo, todos mortos ressuscitarão (Dn 12.2)! "Todo olho o verá, até mesmo os que o traspassaram" (Ap 1.7) o que só será possível se a ressurreição física e geral de todos os mortos acontecer no dia da Segunda Vinda de Cristo. 

Jesus também ensinou que haveria apenas uma única ressurreição geral e que esta aconteceria logo após a Sua Segunda Vinda: 
"Quando o Filho do homem vier em sua glória, com todos os anjos, assentar-se-á em seu trono na glória celestial. Todas as nações serão reunidas diante dele, e ele separará umas das outras como o pastor separa as ovelhas dos bodes. E colocará as ovelhas à sua direita e os bodes à sua esquerda... E estes irão para o castigo eterno, mas os justos para a vida eterna" (Mt 25.31-33 e 46).

Portanto, a Primeira Vinda de Cristo trouxe a Primeira Ressurreição e a Segunda Vinda trará a Segunda Ressurreição.


6) O Juízo Final


Em Apocalipse 20, após a descrição da Ressurreição Física de todos os mortos, temos o Juízo Final: 

"O mar entregou os mortos que nele havia, e a morte e o Hades entregaram os mortos que neles havia; e cada um foi julgado de acordo com o que tinha feito" (v.13). "Aqueles cujos nomes não foram encontrados no livro da vida foram lançados no lago de fogo" (v.15).  

Paulo afirmou possuir a mesma esperança dos profetas do Antigo Testamento; de que haverá ressurreição geral tanto de justos como de injustos: "Confesso-te, porém, que adoro o Deus dos nossos antepassados como seguidor do Caminho, a que chamam seita. Creio em tudo o que concorda com a Lei e no que está escrito nos Profetas, e tenho em Deus a mesma esperança desses homens: de que haverá ressurreição tanto de justos como de injustos" (At 24.14,15).

Como vimos, Daniel e Jesus ensinaram que a ressurreição dos mortos é geral e acontece exatamente antes do Juízo final (Dn 12.2; Mt 25.31-46). 

Há também um outro importante texto em que Jesus ensina claramente que a ressurreição será geral, para todos, crentes e não crentes, uns para vida e outros para a condenação: 
“Não vos maravilheis disto, porque vem a hora em que todos os que se acham nos túmulos ouvirão a sua voz e sairão: os que tiverem feito o bem, para a ressurreição da vida; e os que tiverem praticado o mal, para a ressurreição do juízo” (João 5.28,29).
Assim como a Ressurreição, o Juízo também será geral, abarcando os vivos e os mortos, o salvos e os perdidos. Pois, todos compareceremos perante o Tribunal de Deus (2 Co 5.10; Rm 14.10-12). Os que não tiverem os seus nomes escritos no livro da vida serão condenados (Ap 20.11-13).

Paulo afirmou possuir a mesma esperança dos profetas do Antigo Testamento; de que haverá ressurreição geral tanto de justos como de injustos:
"Confesso-te, porém, que adoro o Deus dos nossos antepassados como seguidor do Caminho, a que chamam seita. Creio em tudo o que concorda com a Lei e no que está escrito nos Profetas, e tenho em Deus a mesma esperança desses homens: de que haverá ressurreição tanto de justos como de injustos" (At 24.14,15).
Paulo também ensina que Jesus virá como um ladrão à noite e que juízo e destruição é o que as nações receberão e não um milênio:
"Pois vocês mesmos sabem perfeitamente que o dia do Senhor virá como ladrão à noite. Quando disserem: “Paz e segurança”, a destruição virá sobre eles de repente, como as dores de parto à mulher grávida; e de modo nenhum escaparão" (1Ts 5.2,3).

O Profeta Joel também ensina que o Dia do Senhor é dia de Juízo Final e não de milênio terrestre. 

"Tocai a trombeta em Sião, e clamai em alta voz no meu santo monte; tremam todos os moradores da terra, porque o dia do SENHOR vem, já está perto;
Dia de trevas e de escuridão; dia de nuvens e densas trevas, como a alva espalhada sobre os montes; povo grande e poderoso, qual nunca houve desde o tempo antigo, nem depois dele haverá pelos anos adiante, de geração em geração.
Diante dele um fogo consome, e atrás dele uma chama abrasa; a terra diante dele é como o jardim do Éden, mas atrás dele um desolado deserto; sim, nada lhe escapará.
A sua aparência é como a de cavalos; e como cavaleiros assim correm.
Como o estrondo de carros, irão saltando sobre os cumes dos montes, como o ruído da chama de fogo que consome a pragana, como um povo poderoso, posto em ordem para o combate.
Diante dele temerão os povos; todos os rostos se tornarão enegrecidos.
Como valentes correrão, como homens de guerra subirão os muros; e marchará cada um no seu caminho e não se desviará da sua fileira.
Ninguém apertará a seu irmão; marchará cada um pelo seu caminho; sobre a mesma espada se arremessarão, e não serão feridos.
Irão pela cidade, correrão pelos muros, subirão às casas, entrarão pelas janelas como o ladrão.
Diante dele tremerá a terra, abalar-se-ão os céus; o sol e a lua se enegrecerão, e as estrelas retirarão o seu resplendor.
E o SENHOR levantará a sua voz diante do seu exército; porque muitíssimo grande é o seu arraial; porque poderoso é, executando a sua palavra; porque o dia do SENHOR é grande e mui terrível, e quem o poderá suportar?" (Joel 2:1-11)

Note também que as descrições deste Dia se assemelham as descrições da Segunda Vinda encontradas no Novo Testamento, tais como: "Tocai a trombeta" (Mt 24.31; 1Co 15.52; 1Ts 4.16; ), "diante dele um fogo consome" (2Ts 1.7), "a sua aparência é como a de cavalos" (Ap 19.11, 21), "como um povo poderoso", "diante dele tremeram os povos" (Mt 24.30), "diante dele tremerá a terra, abalar-se-ão os céus; o sol e a lua se enegrecerão, e as estrelas retirarão o seu resplendor" (Mt 24.29), "porque o dia do Senhor é grande e mui terrível" (1Ts 5.3 e 2 Pe 3.10). Confirmando assim que a Segunda Vinda desencadeará o Juízo Final. 

Pedro também ensina que a Segunda Vinda de Cristo trará o julgamento final:
"O dia do Senhor, porém, virá como ladrão. Os céus desaparecerão com um grande estrondo, os elementos serão desfeitos pelo calor, e a terra, e tudo o que nela há, será desnudada. Visto que tudo será assim desfeito, que tipo de pessoas é necessário que vocês sejam? Vivam de maneira santa e piedosa, esperando o dia de Deus e apressando a sua vinda. Naquele dia os céus serão desfeitos pelo fogo, e os elementos se derreterão pelo calor" (2Pe 3.10-12).

O Novo Testamento sempre diz que o Juízo Final se seguirá a Segunda Vinda de Cristo (2 Ts 1.7-10; Mt 16.27; 25.31-32; Jd 14-15 e Ap 22.12. E o Credo Apostólico também estabelece esta mesma relação ao dizer: “de onde há de vir pra julgar os vivos e os mortos”. Note que não diz “de onde há de vir para inaugurar seu reino milenar”). Seguindo este raciocínio, o Milênio só poderia acontecer antes da Segunda Vinda de Cristo, pois é o juízo final que se seguirá a sua segunda Vinda.

Portanto, é bem razoável concluir que o texto de Apocalipse 20 não está ensinando nada de novo, como duas ressurreições físicas separadas por um período de mil anos, mas, sim, estaria falando de modo simbólico, como é característico da literatura apocalíptica, do tema da ressurreição de modo a concordar com todos os vários outros textos bíblicos do Antigo e do Novo Testamento, que são unânimes no ensino de uma única ressurreição geral, tanto de crentes como de incrédulos, seguida do Juízo Final. Veremos a seguir um estudo mais acurado sobre a natureza do Reino de Deus em sua íntima relação com a natureza e a missão de Jesus e do Espírito Santo.

Os eventos registrados nos capítulos 19 e 20 não estão em ordem cronológica como querem os pre-milenistas. Pois o capítulo 19 não termina com uma descrição da Segunda Vinda, mas, sim, com uma clara descrição do juízo final, culminando com a destruição de todos os inimigos de Deus. Se o capítulo 19 conclui com a morte de todos os habitantes da terra cujos nomes não estavam escritos no livro da vida, quem restou das nações para um reinado milenar na terra? Além disso, o milênio descrito em Apocalipse 20 não descreve Jesus reinando de Jerusalém, mas do céu. Não faz também sentido algum supor um motim generalizado contra Jesus no final dos mil anos. É absurda a ideia de exércitos marchando sobre a terra para atacar com armas a Jesus e os salvos com corpos glorificados e indestrutíveis.

Soa no mínimo estanho que Jesus careça de um fogo vindo do céu para destruir seus inimigos, quando bem sabemos que é Jesus mesmo quem desce do céu no meio de labaredas de fogo para destruir seus inimigos. Temos aqui uma alusão a Segunda-Vinda de Cristo em socorro a sua igreja que sofre perseguição no período da Grande Tribulação. Paulo ensinou que Jesus Cristo retornaria em meio a chamas flamejantes para julgar a humanidade (1 Ts 1.6-10) e o mesmo disse Isaías: "Vejam, O Senhor virá num fogo, e seus carros são como um turbilhão! Transformará em fúria a sua ira, e em labaredas de fogo, a sua repreensão. Pois com fogo e com a espada o Senhor executará julgamento sobre todos os homens" (Is 66.15-16). Jesus não é ajudado por labaredas de fogo, Ele retorna a terra em labaredas de fogo!

Diante da Segunda Vinda de Cristo, os pecadores não tem esperança de um reino milenar, mas sim, uma terrível expectativa do juízo final. Jesus claramente ensinou que a Segunda Vinda precipitaria imediatamente o Juízo Final: "Quando o Filho do homem vier em sua glória, com todos os anos, assentar-se-á em seu trono na glória celestial. Todas as nações serão reunidas diante dele, e ele separará umas das outras como o pastor separa as ovelhas dos bodes... Então dirá aos que estiverem à sua esquerda: 'Malditos, apartem-se de mim para o fogo eterno, preparado para o Diabo e seus anjos'... E estes irão para o castigo eterno, mas os justos para a vida eterna" (Mt 25.31-46). A Parábola das Dez Virgens ensina que não há esperança de vida e nem de salvação para os perdidos após a Segunda Vinda de Jesus. Ficando, assim, descartada a ideia de uma segunda oportunidade de vida e salvação para os não salvos após o Arrebatamento da Igreja.

Todos estes textos ensinam que a Segunda Vinda de Cristo é o Grande e terrível Dia do Senhor em que Jesus vem para julgar a terra. Os inimigos de Deus serão condenados e o mal terá fim. Já, os remidos do Senhor receberão a vida eterna em um lar celestial.

7) O Reino Eterno nos Céus - Nova Jerusalém
O Capítulo 21 de Apocalipse descreve o destino eterno do povo de Deus como uma cidade celestial "a noiva e a esposa do Cordeiro” (v.10). Este novo céu é chamado de "Nova Jerusalém" (v.11), uma prometida Canaã celestial! 

"Então vi novos céus e nova terra, pois o primeiro céu e a primeira terra tinham passado; e o mar já não existia. Vi a Cidade Santa, a nova Jerusalém, que descia dos céus, da parte de Deus, preparada como uma noiva adornada para o seu marido. Ouvi uma forte voz que vinha do trono e dizia: “Agora o tabernáculo de Deus está com os homens, com os quais ele viverá. Eles serão os seus povos; o próprio Deus estará com eles e será o seu Deus. 4 Ele enxugará dos seus olhos toda lágrima. Não haverá mais morte, nem tristeza, nem choro, nem dor, pois a antiga ordem já passou. Aquele que estava assentado no trono disse: “Estou fazendo novas todas as coisas!” E acrescentou: “Escreva isto, pois estas palavras são verdadeiras e dignas de confiança” (Ap 21.1-5).

A descrição deste novo céu também remonta a Israel: "Nas portas estavam escritos os nomes das doze tribos de Israel" (v. 12). E é nesta mesma cidade santa que encontramos "os nomes dos doze apóstolos do Cordeiro" inscritos nos fundamentos de seus muros. O que revela que o destino de Israel não é um paraíso na terra, mas, sim, no mesmo céu da Igreja! Pois de ambos os povos, Deus fez um: A Igreja, que está edificada sobre o fundamento dos profetas do Antigo Testamento e dos Apóstolos do Novo (Ef 2.20).

O Apóstolo Pedro diz que nossa esperança não é um milênio na terra, pois o que nós aguardamos como crentes são os novos céus e a nova terra:
"Todavia, de acordo com a sua promessa, esperamos novos céus e nova terra, onde habita a justiça" (2Pe 3.13).

Paulo também confirma que a esperança do crente é um habitação celestial:
"Sabemos que, se for destruída a temporária habitação terrena em que vivemos, temos da parte de Deus um edifício, uma casa eterna nos céus, não construída por mãos humanas. 2 Enquanto isso, gememos, desejando ser revestidos da nossa habitação celestial" (2Co 5.1).




Concluindo


Portanto, em Sua Primeira Vinda, Jesus já venceu e amarrou Satanás. A grande Batalha já foi travada na cruz, onde Jesus sagrou-se vencedor. O Corpo de Cristo também partilha desta vitória, de modo que seus membros já são "mais do que vencedores". A pequena semente de mostarda transformar-se-á em grande árvore, pois a Igreja foi estabelecida com a promessa de prevalecer sobre as portas do inferno, recebendo todo o poder para ser bem-sucedida em sua missão de fazer discípulos de todas as nações, o que certamente acontecerá segundo a visão futura descritiva da grande multidão de convertidos de Apocalipse 7. Quando a igreja cumprir a sua missão, Satanás será solto por pouco tempo e promoverá uma guerra universal contra a Igreja. 

Portanto, Apocalipse 20, não está ensinando nada novo e nem diferente do ensino de Jesus e de seus Apóstolos que deixaram claro que a Primeira Vinda de Cristo inaugurou o Reino de Deus e que Jesus foi entronizado, tendo recebido todo o poder e glória, de modo que Ele já reina do seu trono celestial colocando um a um de seus inimigos debaixo de seus pés, cujo último inimigo, a morte, será destruído por ocasião da sua Segunda Vinda, que é única, pessoal, visível, portentosa, em meio a labaredas de fogo, promovendo uma ressurreição geral de todos para o Juízo Final, quando o joio será separado do trigo e os bodes das ovelhas. Os mortos em Cristo ressuscitarão e receberão corpos espirituais e indestrutíveis capacitados para viver a eternidade na Jerusalém Celestial. Pois, não pertencemos a Jerusalém terrena, nossa cidadania é celeste! Aguardamos novos céus e nova terra, nossa morada celestial que Jesus foi preparar! 




















 Mais Além de Qualquer Dúvida Razoável
23 Argumentos para a Validez Histórica da Ressurreição de Jesus Cristo
De ser verdade, a ressurreição de Jesus Cristo dentre os mortos é o acontecimento mais importante da história da humanidade, e por conseguinte é crucial poder confirmá-lo como um autêntico evento histórico. Na realidade, a ressurreição é o eixo de rotação da fé Cristã, mantendo unido cada reivindicação e cada bênção. Se pudesse ser comprovada que a ressurreição é uma fraude, o Cristianismo se desintegraria como uma invenção total com um pequeno mérito de redenção. Jesus não poderia sequer ser um exemplo de um "bom professor moral", como alguns sustentam, porque seu predicação mais importante - é que ele seria levantado dos mortos – se tornaria uma mentira.
Como Cristãos, a nossa própria salvação depende em grande parte sobre a fiabilidade dos quatro registos históricos do nascimento, vida, morte, e especialmente pela ressurreição de Jesus Cristo. Uma profunda convicção na ressurreição como um fato da história é um elemento vital para a nossa salvação eterna. Romanos 10:9 afirma: "Se você confessar com a sua boca que Jesus é Senhor e crer em seu coração que Deus o ressuscitou dentre os mortos, será salvo." Estamos a tratar com falta de reflexão os alicerces da nossa salvação quando duvidamos sobre a veracidade de qualquer parte histórica da Escritura. Mas as partes mais importantes são aquelas que fazem reivindicações históricas sobre a qual nossa salvação depende.
Por isso, aqueles que argumentam que a historicidade da ressurreição não é provável e incluso até mesmo desnecessários, estão contradizendo as testemunhas apostólicas. Realmente, todo o ministério do Apóstolo Paulo foi construído a partir do fundamento da ressurreição, e foi o seu encontro pessoal com o Cristo ressuscitado que o fez desenvolver uma inatacável convicção na realidade deste evento. Nos versículos seguintes, nos realçamos as declarações de Paulo sobre as consequências para a fé cristã se a ressurreição de Cristo, de fato, não tivera acontecido.

1 Coríntios 15:14-20
(14) e, se Cristo não ressuscitou, é inútil a nossa pregação, como também é inútil a fé que vocês têm.
(15) Mais que isso, seremos considerados falsas testemunhas de Deus, pois contra ele testemunhamos que ressuscitou a Cristo dentre os mortos. Mas se de fato os mortos não ressuscitam, ele também não ressuscitou a Cristo.
(16) Pois, se os mortos não ressuscitam, nem mesmo Cristo ressuscitou.
(17) E, se Cristo não ressuscitou, inútil é a fé que vocês têm, e ainda estão em seus pecados.
(18) Neste caso, também os que dormiram em Cristo estão perdidos.
(19) Se é somente para esta vida que temos esperança em Cristo, somos, de todos os homens, os mais dignos de compaixão.
(20) Mas de fato Cristo ressuscitou dentre os mortos, sendo ele as primícias dentre aqueles que dormiram.
Mais tarde em sua vida, Paulo testemunho publicamente sobre a ressurreição de Jesus Cristo e sua proclamação do Evangelho em Éfeso causou um alvoroço tal que as autoridades Romanas prenderam-lho para sua protecção, sob pena dele ser morto pelos judeus. Após vários apelos de acordo com a Lei Romana, Paulo encontrou-se perante o Rei Agripa, sendo seu último nível de recurso prévio ao próprio Imperador.
Dada a permissão para falar livremente, Paulo lançou-se em um relato apaixonado de sua vida, culminando com seu encontro com o Cristo ressuscitado no caminho para Damasco. Mas quando Paulo ratificou a ressurreição baseado nas profecias do Antigo Testamento, o governador, Festo, interrompe-lo e disse a ele que estava louco. A verdade da brilhante resposta de Paulo permanece brasonadas a traves das páginas de toda a história da humanidade.

Actos 26: 25 e 26
(25)
Respondeu Paulo: “Não estou louco, excelentíssimo Festo. O que estou dizendo é verdadeiro e de bom senso.
(26) O rei está familiarizado com essas coisas, e lhe posso falar abertamente. Estou certo de que nada disso escapou do seu conhecimento, pois nada se passou num lugar qualquer. Amém! E é por isso que, tomadas em seu conjunto, as seguintes provas históricas da ressurreição de Jesus Cristo apresentam evidencias de que está mais além de qualquer dúvida razoável.
1. As narrativas da ressurreição têm as características duma verdade histórica
As narrativas da ressurreição mostram sinais inconfundíveis de serem historicamente precisas. A narração dos primeiros relatos, numa altura em que havia testemunhas hostis presentes, teria feito uma história inverosímil, improvável e perigosa. As narrações concordam nos principais fatos e mostram uma grande variedade de testemunhas, contudo não são uma mera repetição de alguma história estandardizada a qual todas as discrepâncias foram solucionadas. De facto, os relatos dos aparecimentos do Cristo ressuscitado são claramente independentes um do outro, como sugerem as suas diferenças superficiais. no entanto, uma análise mais profunda, revela que estas aparências não são contraditórias. Henry Morris escreve:
Trata-se de uma bem conhecida regra de provas de que os testemunhos de vários e diferentes testemunhas, cada um dos quais relata desde seu particular ponto de referência, fornece a maior evidencia possível, quando os testemunhos contem contradições superficiais que resolvem-se mediante um exame estreito e cuidadoso. Isto é exactamente a situação com as várias testemunhas da ressurreição.
2. A vida e o ministério do Apóstolo Paulo são um forte testemunho da ressurreição
Na altura em que Paulo conheceu ao Cristo ressuscitado, ele era um fervoroso antagonista da fé Cristã. Um homem erudito, não era fácil persuadi-lo de nada que parecia contrário a, ou incoerente com as tradições Mosaicas. Poderia ser dito que ele teria sido a última pessoa na terra que aceitaria a ideia de um Messias crucificado e ressuscitado, com base nas expectativas judaicas da época. O facto de que ele tornou-se tão plenamente convencido da ressurreição de Cristo ao ponto de que ele dedicou sua vida completamente a seu Senhor ressuscitado é uma poderosa evidência da realidade da ressurreição. Canon Kennett escreve:
Passados alguns poucos anos da data da crucificação de Jesus, a evidencia da ressurreição de Jesus era, na mente de pelo menos um homem educado [o Apóstolo Paulo], absolutamente irrefutável.
3. O sepulcro vazio é um facto histórico aceitado
Nenhum respeitado historiador do Novo Testamento dúvida do fato histórico de que o sepulcro no qual Cristo foi colocado após sua crucificação estava vazio. Portanto, só há três explicações para isso. Os seus inimigos tomaram o corpo, seus amigos tomaram corpo, ou Jesus foi levantado dentre os morto. A primeira possibilidade é extremamente improvável, porque seus inimigos certamente teriam exibido o seu corpo se eles tiveram podido, a fim de humilhar a seus discípulos, calar os rumores da sua ressurreição, bem como para cortar qualquer novo movimento religioso que ameaçavam as suas tradições Mosaicas.
É igualmente pouco provável que seus amigos levaram seu corpo, porque depois da sua crucificação, eles estavam profundamente decepcionados e desanimados e não acreditavam que ele seria ressuscitado. É absurdo pensar que nestas condições eles iriam inventar um esquema em que roubariam o corpo e depois inventariam uma história que obviamente não acreditavam.
4. Os discípulos eram judeus devotos
Os discípulos eram judeus que assumiam seriamente os seus privilégios e obrigações Judaicas. Por isso, é impensável que eles tiveram sido parte de iniciar uma nova religião para benefício pessoal. Para um Judeu do primeiro século, um acto de tal índole era equivalente a mentir contra o Deus de Israel, como Paulo argumenta em 1 Coríntios 15:12-19 (onde ele chamou isto "considerados falsas testemunhas," contrariamente a um dos Dez Mandamentos). Para um Judeu do primeiro século, mentir contra Deus e perverter Sua revelação significava arriscar a salvação e uma futura participação no Reino Messiânico. Tal pessoa arriscaria a retribuição divina por unos poucos anos de prestígio como líder de uma nova religião? A resposta só pode ser um enfático não.
5. O testemunho das mulheres
A presença das mulheres no sepulcro é uma forte evidência de que o registo bíblico é verdade. As mulheres não tinham praticamente nenhuma credibilidade no primeiro século da cultura judaica, e seu depoimento em um tribunal de lei era considerada de nenhum valor. Por exemplo, se um homem era acusado de um crime que só tinha sido testemunhado por mulheres, ele não podia ser condenado com base na declaração delas. Se o relato da ressurreição de Jesus fora uma fábula adicionada mais tarde em uma tentativa para autenticar o Cristianismo, porque é que as mulheres neste relato são as primeiras a vê-lo e testemunharam que o sepulcro estava vazio, a menos que realmente tivesse acontecido dessa forma? Se as mulheres testemunhavam acerca de sua ressurreição e logo os discípulos masculinos negavam-lha, eles não ficariam bem vistos, e estes homens foram os primeiros líderes da Igreja Cristã. Uma história inventada e acrescentada mais tarde pela Igreja teria feito que os seus primeiros líderes tiveram uma melhor imagem.
6. A propaganda Judia pressupõe o sepulcro vazio e ausência do corpo
As autoridades Judaicas do Templo pagaram aqueles que tinham visto o sepulcro vazio para mentir e dizer que os discípulos tinham roubado o corpo, e incluso assassinaram muitos daqueles que pregaram sobre sua ressurreição. Com um incentivo tão poderoso para esmagar ao novo movimento, eles teriam feito o impossível para mostrar o corpo morto de Jesus se isto fora possível. O fato de que não lho fizeram foi porque não puderam, porque ele tinha ressuscitado.
7. Seus inimigos teriam feito aparecer seu corpo para silenciar aos crentes
Se ele não ressuscitou dos morto, o que sucedeu com o seu corpo? Se os seus inimigos roubaram-lho e nunca lho mostraram abertamente, isso teria incentivado os mesmos rumores de ressurreição que eles estavam muito ansiosos de evitar. Mas a prova decisiva de que seus inimigos não levaram o corpo é que eles certamente lho teriam mostrado rapidamente com grande alarde, porque teriam feito qualquer coisa para desacreditar a história. Como William Lane Craig argumenta:
"Isto é evidência histórica da mais alta qualidade, desde que não vem dos cristãos mas dos mesmos inimigos da ceda fé cristã."
8. O sepulcro não foi venerado
Se Jesus não estava ressuscitado, porque é que não existe um registo dos seus discípulos venerando o seu sepulcro como tão frequentemente acontece com os líderes religiosos? Embora Deus proibisse isto, a prática continuo entre os Israelitas, ao ponto de que o Próprio Deus desapareceu os corpos de Moisés e de Elias porque se não lho fazia, seus seguidores venerariam os seus sepulcros.
9. Um historiador não cristãos testemunha em apoio da ressurreição
Josephus, o historiador Judeu do primeiro século, escreveu sobre Jesus Cristo e do crescimento do cristianismo da seguinte maneira:
E quando Pilatos, à sugestão dos principais homens entre nós, tinha-o condenado à cruz, aqueles que lhe amaram desde o princípio não lhe abandonaram; pões apareceu vivo novamente ante eles ao terceiro dia, como os divinos profetas tinham predito estas e dez mil outras coisas maravilhosas respeito a ele. E a tribo dos cristãos, chamada assim devido a ele, não estão extintas ate este dia.
Embora alguns tentaram negar este confirmado testemunho secular chamando-o fraudulento, isto é pouco provável porque os escritos de Josephus foram bem recebidos na altura que foram escritos, tanto por Judeus e Romanos. Ainda ele foi feito cidadão Romano honorário.
Não há registo de qualquer objecção a esta passagem pelos primeiros detractores do Cristianismo, e se isto tinha sido uma posterior inserção fraudulenta aos escritos de Josephus, este facto teria sido debatido abertamente na literatura do dia. Devido a que isto não aconteceu, o silêncio dos críticos é condenação para sua causa.
10. Não existem explicações alternativas nas primeiras fontes não bíblicas
Nas primeiras fontes históricas, não existe nenhuma explicação alternativa para o crescimento da Igreja Cristã que intente dar a "verdadeira" história. No caso em que a história tinha sido inventada, certamente algum crítico ou "ex-cristão" descontente teria tentado uma tal explicação alternativa. Mas a única explicação adequada para o crescimento da Igreja que tenha sido alguma vez dada, é que os primeiros Cristãos acreditavam que Jesus tinha sido levantada dentre os morto.
11. Os registos bíblicos das aparições depois da ressurreição, apresentam um testemunho unificado
Os quatro evangelhos e o Apóstolo Paulo apresentam um testemunho das dez aparições depois da ressurreição. Esses registos são harmoniosos e não se contradizem, portanto o peso da prova está sobre aqueles que dizem que eles não dizem a verdade.
As dez aparições depois da ressurreição, em sua provável ordem, são as seguintes:
1. A Maria Madalena (Marcos 16:9; João 20:11-18)
2. As outras mulheres (Mateus 28:8-10)
3. O Pedro (Lucas 24:34; 1 Cor. 15:5)
4. Aos dois homens no caminho de Emaús (Marcos 16:12; Lucas 24:13-35)
5. Onze dos discípulos (excepto Tomé - Lucas 24:33-49, João 20:19-24)
6. Aos doze uma semana depões (João 20:24-29; 1 Cor. 15:5)
7. A sete discípulos à margem do mar de Tiberíades (João 21:1-23)
8. A quinhentos seguidores (1 Cor. 15:6)
9. O Tiago (1 Cor. 15:7)
10. Aos doze na ascensão (Actos 1:3-12)
12. A ideia do novo corpo de Cristo era um conceito totalmente estranho
Os discípulos tinham bastantes dificuldades para acreditar que Cristo morreria e logo seria levantado, e nunca teriam sequer concebido a ideia de que o Messias teria um corpo diferente. É virtualmente inconcebível que os primeiros Cristãos inventaram tal história, que ainda hoje soa como ficção científica para muitos dos que duvidam.
13. Os estudiosos e historiadores modernos admitem que há fortes indícios da ressurreição do seu corpo
JP Moreland confirma isto e cita outros estudiosos:
Quase nenhum dos estudantes do Novo Testamento nega hoje que Jesus apareceu a um certo número de seus seguidores após a sua morte. Alguns estudiosos interpretam isto como alucinações subjectivas ou visões objectivas dadas por Deus e que não eram visões dum ser físico. Mas ninguém nega que os crentes tiveram algum tipo de experiência. O céptico estudioso do Novo Testamento Norman Perrin admitiu: "Quanto mais estudamos a tradição no que diz respeito às apariçoes, mais firme começa parecer a rocha na qual elas estão baseadas." Dunn, professor da divindade na Universidade de Durham, Inglaterra, concorda: "É quase impossível contradizer o facto de que nas raízes históricas do Cristianismo encontram-se algumas experiencias oculares dos primeiros Cristãos, quem as interpretaram como aparições de Jesus, levantado por Deus dentre os mortos."
Thomas Arnold, ex-professor de História em Rugby e Oxford, e um dos maiores historiadores do mundo, fez a seguinte declaração sobre a evidência histórica para a ressurreição de Jesus Cristo:
Eu não sei de um fato na história da humanidade, que tenha sido provada por melhores e maiores evidências de todo tipo, conforme o entendimento de um indagador imparcial, do que a grande sinal que Deus nos tem dado do que Cristo morreu, e ressuscitou dentre os mortos.
Simon Greenleaf é uma das mentes jurídicas mais altamente respeitadas jamais vista na América. Ele foi um especialista em as leis da evidência, e fundador da Escola de leis de Harvard. Ele analisou os relatos da ressurreição de Cristo nos Quatro Evangelhos em termos da sua validade como prova testemunhal objectiva, e concluiu:
Por conseguinte, era impossível que eles pudessem ter persistido na afirmação das verdades que tinham narrado, se Jesus não tivera realmente ressuscitado dos mortos, e se eles não tiveram conhecido este facto com tanta certeza como qualquer outro fato.
14. A convicção dos seus seguidores na ressurreição
Aqueles que primeiro publicaram a história de que Jesus tinha ressuscitado dos mortos, acreditavam que fosse um facto. Eles não só apoiavam sua fé com o facto do sepulcro vazio, mas sobre o fato de que eles próprios tinham visto Jesus vivo após o seu enterro. Ele não foi visto uma ou duas vezes, sino, pelo menos dez vezes registadas, e não só um de cada vez, mas em grupos de dois, sete, dez, onze, e quinhentos.
15. O martírio dos seus seguidores por sua crença na ressurreição
Os crentes do primeiro século predicaram e agiram com convicção acerca da verdade da sua ressurreição, muitos deles mesmo morreram por causa de sua crença. Se seus amigos tinham roubado o corpo para fazer ver como que ele tinha ressuscitado, eles teriam sabido que eles estavam acreditando uma mentira, e os homens não tornam-se mártires por aquilo que sabemos ser falso.
16. O testemunho unânime dos testemunhos oculares, os quais não podiam ter sido todos enganados ou iludidos
Alguns críticos dizem que os primeiros Cristãos tiveram uma visão ou uma alucinação de Cristo após a sua morte, da mesma maneira como as pessoas de hoje afirmam ter "visto" o ícone pop Elvis Presley. Poderia ter sido uma visão eufórica? Um sonho? Uma fantasia de uma imaginação excitada? Talvez foi uma aparição? Nenhum destes é para nada provável, por que diferentes grupos de pessoas não têm de contínuo a mesma alucinação. 500 pessoas em uma multidão não poderiam sonhar o mesmo sonho, ao mesmo tempo. Alguns apologistas Cristãos modernos têm defendido que é irrelevante se Cristo foi levantado fisicamente ou não, porque o seu "espírito" foi a ter com Deus. Deus então, supostamente, deu aos seguidores de Cristo uma "visão" de Cristo como que continua a viver "espiritualmente" ao lado de Deus. No entanto, tal conceito místico e espiritualista não teria satisfeito a mente Hebraica dos discípulos, que acreditavam que os mortos estavam mortos ate que foram levantados em uma ressurreição corporal e física. [9] Além disso, teria colocado a fé Cristã sobre uma base subjectiva e mística sem base histórica, e não explicaria o energético testemunho dos discípulos da ressurreição corporal de Cristo.
17. A incredulidade dos discípulos sobre a sua ressurreição
Com a excepção de José de Arimatéia, os seguidores de Jesus não acreditaram que ele iria morrer e logo ressuscitaria. Eles não estavam esperando o acontecimento, e quando aconteceu, ao princípio eles não acreditaram. Consideraram-lho ser uma "história sem sentido" (Lucas 24:11 - OL). Não acreditaram até que tiveram que faze-lo, quando foram directamente confrontados por o Senhor ressuscitado. Henry Morris escreve:
Uma coisa é certa: os discípulos não poderiam ter inventado a história da ressurreição de sua própria imaginação. Pelo contrário, de alguma maneira, eles não conseguiram antecipa-lo, mesmo após de tanta abundância de preparação profética para a mesma, tanto das Escrituras como de Cristo. Levou as mais fortes evidências para convencê-los de que efectivamente tinha sucedido.
18. A ideia de um Messias ressuscitado foi para os judeus um engano e para os Gregos um absurdo.
A imagem de Jesus não estava em conformidade com os conceitos correntes do que seria o Messias (um governante teocrático que libertaria Israel da opressão Gentil) e teria sido difícil convencer outros de sua verdade. Os gregos, com a sua doutrina da imortalidade da alma, creiam que a ideia de uma ressurreição corporal era absurda e desnecessária (cp. Atos 17:32). Se os discípulos tiveram inventado um acontecimento ou uma doutrina em torno da qual edificar uma nova religião, teria estado mais em conformidade com as expectativas standard da época.
19. Só poderia ter saído do sepulcro apenas pela ressurreição
A teoria do "desvanecimento" propôs que Jesus não estava realmente morto quando ele foi sepultado, e que "raciono" outra vez. Mas, nesse caso, fraco e esgotado, envolto em pesadas envoltorios mortuários, ele dificilmente poderia ter-se movido, e muito menos remover a pedra pesada da porta e sair fora do sepulcro. Além disso, as autoridades romanas tinham fechado a porta, e mesmo se tivesse podido mover a pedra, os guardas teriam arrestado novamente, e ainda humilhá-lo mais. Como não há registo de tal evento, não deve ter acontecido, porque seus inimigos teriam aproveitado muito esse bizarro acontecimento.
20. A própria existência e o crescimento da Igreja Cristã não faz sentido se ele não tivesse ressuscitado
Alguns críticos dizem que a ressurreição foi um posterior agregado à história de Cristo, inventada anos mais tarde pela Igreja para glorificar um herói morto. Mas sabe-se, a partir de registos históricos fora das Escrituras, que a seita conhecida como Cristãos começou a existir, no reinado de Tibério, e que a coisa que os fez existir foi sua crença de que Jesus tinha ressuscitado dos mortos.
A ressurreição não era uma posterior adição à fé Cristã, mas a própria causa e o incentivo para ela. Eles baseavam sua fé, não em registos históricos, mas por aquilo que tinham visto com seus próprios olhos. Os registos foram o resultado de sua fé, e não a causa do mesmo. O Cristianismo depende do facto histórico da ressurreição de Cristo, sem ela a fé na sua totalidade fora um fraude. Se não houvesse ressurreição, não teria havido Novo Testamento, e não teria havido Igreja Cristã.
21. Os discípulos não tinham ganhado nada se inventavam uma história e começavam uma nova religião
Seus seguidores enfrentaram dificuldades, ridicularização, hostilidade, e morte dos mártires. Em virtude disso, eles nunca poderiam ter mantido tal motivação inquebrantável se eles soubessem que o que estavam pregando era uma mentira. A religião teve a sua recompensa para eles, mas essas recompensas vieram de uma sincera crença de que o que eles estavam vivendo era verdade.
22. O testemunho unânime dos primeiros líderes Cristãos
Se o sepulcro vazio e a ressurreição foram uma invenção, por que não, pelo menos um dos discípulos separou-se do resto e iniciou a sua própria versão do Cristianismo? Ou por que não, pelo menos um deles revelou que a afirmação era uma mentira? As autoridades do Templo estavam dispostos a pagar bom dinheiro a qualquer pessoa que forneça tal informação. Ou se o dinheiro não fora suficientemente sedutor, que tal com a possibilidade de provar que a ressurreição era uma mentira, a fim de aleijar aos discípulos para que seguiram alguns empreendedor futuro líder de culto? A história tem demonstrado que esse papel é um rol popular, e esta teria sido uma oportunidade de ouro. Sem as sólidas e convincentes provas da ressurreição, a continuação da unidade dos primeiros líderes Cristãos é inexplicável à luz da tendência dos seres humanos de querer promover-se a si mesmo. A suposição de que eles estavam todos comprometidos com a verdade de sua mensagem é a única explicação adequada para sua contínua unidade e o facto de que nunca revelou-se que tivera havido fraude. Aqueles que mentem para benefício pessoal não mantém-se juntos muito tempo, especialmente quando as dificuldades são maiores que os benefícios.
23. Nenhuma das explicações alternativas propostas para a ressurreição tem credibilidade
À luz da evidência do sepulcro vazio, as aparições depois da ressurreição e o surgimento da Igreja Cristã, uma pessoa razoável deveria concluir que a ressurreição de Jesus Cristo é um fato histórico bem estabelecido. Em uma corte de justiça, tal evidência seria obrigatoriamente certa, a menos que pudera-se apresentar evidências contraditórias para introduzir "uma dúvida razoável." Mas todas as explicações e teorias alternativas são extremamente duvidosas e contrarias a qualquer conclusão lógica.
Por isso, os Cristãos estão a ser racionais, sensatos, e plenamente consistentes com o senso comum quando baseiam sua fé sobre este acontecimento histórico bem estabelecido. Não só há convincentes evidências históricas para apoiar a crença, mas para aqueles que acreditam é prometido esplêndidos benefícios no futuro. De acordo com Bíblia, a única promessa certa da vida eterna para a humanidade, tanto a nível individual e colectivo, depende da crença na ressurreição de Jesus Cristo. Como Halley escreve:
"Que Grande glória espalha sobre a vida humana esta simples crença. A nossa esperança de ressurreição e a vida eterna é baseada, não em uma suposição filosófica sobre imortalidade, mas num fato histórico."









































A volta do Senhor Jesus Cristo – Como será.

 

O mundo inteiro verá a vinda do Filho de Deus.
Eis que vem com as nuvens, e todo olho o verá, até mesmo aqueles que o traspassaram; e todas as tribos da terra se lamentarão sobre ele. Sim. Amém. Ap 1:7.
A esperança de todos os que obedecem a Deus, que acreditam sem reservas na Sua existência e no Seu poder, está na vinda do Senhor Jesus, porque mesmo que já estivermos mortos no dia do Senhor, seremos ressuscitados (I Tess. 4:16), e se ainda estivermos vivos, o Senhor nos levará com Ele (I Tess. 4:17).
Vamos estudar a palavra de Deus para não sermos enganados quanto a esse assunto.
1-Quantos verão a vinda do Senhor Jesus? Ap 1:7
 2-O que o Senhor Jesus disse ao sumo sacerdote? Mt 26:63-64.
 Muitos que se dizem mensageiros de Deus ensinam que Jesus vem buscar o seu povo ocultamente, que o povo vai desaparecer e os que aqui ficarem entrarão em desespero… O filho procura a mãe, o pai procura o filho, os aviões ficam sem seus pilotos, o que estava internado desaparece e os médicos ficam sem entender, então percebem: aconteceu a vinda do Senhor. Este ensinamento é absolutamente contrário ao que nos revela a Bíblia Sagrada. Alguns desses mensageiros ensinam desta forma porque aprenderam com seus superiores e não examinaram as Escrituras para confirmar; outros o fazem por imposição do seu ministério, para que não percam seus cargos. No entanto, convém ensinar o que Deus pediu que fosse ensinado. Por isso, Deus falou: Muitos pastores destruíram a minha vinha (igreja), pisaram o meu campo (povo); tornaram em desolado deserto o meu campo desejado (Jr. 12:10), ou seja, deixou seu povo vazio e sem conhecimento. O Senhor Jesus disse ao sumo sacerdote Caifás que ele mesmo veria o Filho do Homem assentado à direita do poder, e vindo sobre as nuvens do céu.

 SÃO PALAVRAS DO SENHOR JESUS
 3-O que profetizou o Senhor Jesus sobre a Sua vinda? Mt 24:29-31.
 Sendo assim, conforme as palavras de Jesus Cristo, o dia de Sua vinda não passará despercebido. O céu escurecerá e as estrelas cairão, a lua deixará de brilhar… A verdade é que no dia da sua vinda, todas as tribos da terra vão se lamentar, vendo o Filho de Deus vindo sobre as nuvens do céu com poder e grade glória, e seus anjos tocando as trombetas e ajuntando os salvos do Senhor, aqueles que guardaram os mandamentos de Deus, e tiveram e fé do Senhor Jesus (Ap 14:12).
 4-O que acontecerá com todas as nações no dia da vinda do Senhor Jesus? Mt 25:31-33.
 5-Passará despercebida a vinda do Senhor Jesus? Lc 17:24
 No dia da vinda do Senhor Jesus, Ele vai reunir todas as nações e vai separar uns dos outros, irá colocar os seus a sua direita e vai entregar a vida eterna, a qual está preparada antes da fundação do mundo. O Senhor ainda diz: Como o relâmpago ilumina desde uma extremidade inferior do céu até à outra extremidade, assim será também o Filho do homem no seu dia. Um relâmpago não acontece sem que ninguém veja.
 Lc 17:26 diz que como aconteceu nos dias de Noé, assim será também nos dias do Filho do homem. Mas, no dia em que Ló saiu de Sodoma choveu do céu fogo e enxofre e consumiu a todos, assim será no dia em que o Filho do Homem se há de manifestar (v.29-30). Nos dias de Noé o mundo inteiro viu o dilúvio e por ele foi tragado, exceto Noé e sua família. Nos dias de Ló choveu enxofre e fogo do céu, todos os moradores de Sodoma viram e não resistiram, e conseqüentemente morreram. O Senhor Jesus comparou o dia de Sua vinda com estes episódios. Todo olho verá, esta é a mensagem do Senhor Jesus.
 6-Para onde irão os salvos no dia da vinda do Senhor? João 14:3.
 7-O que acontecerá com os que morreram em Cristo Jesus, no dia da sua vinda? ITs 4:15-17.
 8-O que acontecerá com o restante dos mortos, que quando vivos, não serviram a Deus, no dia da volta do Senhor Jesus? Ap 20:4-6.
 9-Que esperança dois anjos deixaram para os apóstolos e para a igreja de Deus? At 1:10-11.
 10-Considerando as palavras do Senhor Jesus ao sumo sacerdote (Mt 26:63-64) e os ensinamentos sobre a sua vinda (Lc 17:24-30), como entenderemos as colocações A, B, C e D a seguir?

 A. Lc 12:39-40; Mat. 24:43-44: Sabei, porém, isto: que, se o pai de família soubesse a que hora havia de vir o ladrão, vigiaria, e não deixaria minar a sua casa. Portanto, estai vós também apercebidos; porque virá o Filho do Homem à hora que não imaginais.
 B. Ap 3:3: Lembra-te, pois, do que tens recebido e ouvido, e guarda-o, e arrepende-te. E, se não vigiares, virei sobre ti como um ladrão, e não saberás a que hora sobre ti virei.
 C. IIPe 3:10: Mas o dia do Senhor virá como o ladrão de noite; no qual os céus passarão com grande estrondo, e os elementos, ardendo, se desfarão, e a terra, e as obras que nela há, se queimarão.
 D. ITs 5:2-3: Porque vós mesmos sabeis muito bem que o dia do Senhor virá como o ladrão de noite; Pois que, quando disserem: Há paz e segurança, então lhes sobrevirá repentina destruição.
 A expressão virei como um ladrão de noite (Ap 3:3) e virá como um ladrão de noite (IIPe 3:10), entre outras não significam que Jesus virá escondido sem que ninguém perceba. O ladrão não avisa a hora da noite em que vai arrombar a nossa porta e roubar a nossa casa, do mesmo modo o Senhor Jesus não vai avisar a hora em que virá buscar Seu povo. Então, Ele pede que vigiemos para não sermos pegos de surpresa, porque vai ser uma destruição total naquele dia. Pedro diz que haverá um grande estrondo, e que os elementos se queimarão. Por isso Ap 3:3 pede para nos arrependermos. O Senhor Jesus diz que pode acontecer de dois homens estarem trabalhando no campo, ou moendo no mesmo moinho, e um ser levado e o outro não (Mt 24:40-41).
 Em IIPe 3:10 Pedro diz que os que ficarem ardendo se queimarão. Pedro apenas confirmou o que fora dito por Deus em Ml 3:2: Mas quem suportará o dia da sua vinda? E quem subsistirá, quando ele aparecer? Porque ele será como o fogo do ourives e como o sabão dos lavandeiros. Isso é o que Deus ensina a respeito da volta de seu Filho Jesus.
 Já o falso profeta, o lobo vestido de pastor, vem dizendo que o povo salvo desaparecerá, e que os ímpios ficarão aqui sofrendo. Esses pastores são impiedosos, enganam grandes e pequenos, mas a passos largos estão correndo para a condenação, pois torcem a verdade e se opõem à Palavra de Deus. Em seus sermões, estes homens conseguem fazer as pessoas chorarem, baterem no próprio peito, erguerem as mãos ao céu e se sentirem perto de Deus, no entanto esses condutores, vivem mentiras e se apresentam como um deus, uma autoridade, cheios de poder e razão, e normalmente manipulam as pessoas a crerem em seus ensinos sem que consultem as Sagradas Escrituras. Por isso o Senhor Jesus alerta: Porque surgirão falsos cristos e falsos profetas, e farão tão grandes sinais e prodígios que, se possível fora, enganariam até os escolhidos (Mt 24:24).
 Ah se esta política religiosa, que causa uma enorme divisão entre os evangélicos, caísse por terra e as lideranças de todos os ministérios se reunissem para tentar descobrir onde está de fato tanta diferença… Se realmente todos se preocupassem em fazer a vontade de Deus, guiando esta enorme multidão que são os evangélicos para dentro da bíblia, para o caminho da salvação… Tudo ficaria mais fácil se não fosse o volume de dinheiro arrecadado por cada igreja, se não fosse as lindas casas pastorais, lindos carros de luxo e os salários altíssimos que muitos pastores recebem.  Isso e muito mais pode atrapalhar o pastor de passar as verdades bíblicas a seu rebanho, pois o seu ministério não ensina e não permite que ensine, mesmo sabendo que a Bíblia Sagrada é o único pasto verdejante onde seu rebanho pode de fato se alimentar e buscar força para a vinda do Senhor Jesus. Mas Deus diz: Ai dos pastores que destroem e dispersam as ovelhas do meu pasto (Jr. 23:1).

CONCLUSÃO
Vamos estudar e aprender a obedecer a Palavra de Deus, pois caso contrário, não resistiremos o dia de Sua vinda (Ap 6:17; IIPe 3:10; Ml 3:2; Ml 4:1-3). Mas se obedecermos estaremos naquele dia com o Senhor Jesus (Jo 17:24), seremos Seus escolhidos (Mt 24:31) e estaremos para sempre com Ele (Jo 14:3). Amém.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

A Volta do Senhor


A Bíblia ensina que Jesus voltará. Esta volta deveria interessar a todas as pessoas. Quando Jesus voltará? E como? E o que acontecerá, quando Cristo voltar? Estas perguntas têm respostas simples na Bíblia, mas tornaram-se complicadas e confusas por causa do acréscimo de especulações e doutrinas humanas. Este livreto, primeiro, examinará o que a Bíblia claramente ensina e depois mostrará as falhas das teorias humanas mais ensinadas.

 

Quando?

"Mas a respeito daquele dia e hora, ninguém sabe nem os anjos dos céus, nem o Filho, senão o Pai. Pois assim como foi nos dias de Noé, também será a vinda do Filho do homem. Porquanto, assim como nos dias anteriores ao dilúvio, comiam e bebiam, casavam e davam-se em casamento, até ao dia em que Noé entrou na arca, e não o perceberam, senão quando veio o dilúvio e os levou a todos, assim será também a vinda do Filho do homem" (Mateus 24:36-39). "Mas a respeito daquele dia ou da hora ninguém sabe; nem os anjos no céu, nem o Filho, senão o Pai" (Marcos 13:32). "Irmãos, relativamente aos tempos e às épocas, não há necessidade de que eu vos escreva; pois vós mesmos estais inteirados com precisão de que o Dia do Senhor vem como ladrão de noite. Quando andarem dizendo: Paz e segurança, eis que lhes sobrevirá repentina destruição, como vêm as dores de parto à que está para dar à luz; e de nenhum modo escaparão" (1 Tessalonicenses 5:1-3). Ninguém sabe quando Cristo voltará. O próprio Cristo não sabia. Sabemos somente que ele voltará inesperadamente, sem aviso. Quem quer que se proponha a marcar uma data para a volta do Senhor pensa que sabe algo que nem Jesus, nem os anjos sabiam.
Sempre temos que permanecer preparados para a volta do Senhor. "Portanto, vigiai, porque não sabeis em que dia vem o vosso Senhor. Mas considerai isto: se o pai de família soubesse a que hora viria o ladrão, vigiaria e não deixaria que fosse arrombada a sua casa. Por isso, ficai também vós apercebidos; porque, à hora em que não cuidais, o Filho do homem virá" (Mateus 24:42-44). Desde que nunca sabemos quando o ladrão pode chegar, temos que manter nossas casas sempre fechadas. Desde que não sabemos quando o Senhor voltará, temos que sempre viver fielmente. A natureza imprevista da volta do Senhor significa que é impossível olhar em volta buscando sinais, numa tentativa de calcular uma data aproximada. Ninguém tem qualquer idéia de quando o Senhor pode voltar. Ele pode voltar antes que você termine de ler isto; ou poderiam se passar outros 2000 anos a partir de hoje. Que possamos estar sempre prontos!

Como?

"Porquanto o Senhor mesmo, dada a sua palavra de ordem, ouvida a voz do arcanjo, e ressoada a trombeta de Deus, descerá dos céus, e os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro; depois nós, os vivos, os que ficarmos, seremos arrebatados juntamente com eles, entre nuvens, para o encontro do Senhor nos ares, e assim estaremos para sempre com o Senhor" (1 Tessalonicenses 4:16-17). Quando Jesus retornar, todos saberão. A idéia de uma volta secreta do Senhor para, em silêncio, carregar uns poucos, é desconhecida nas Escrituras. A voz do arcanjo e o som da trombeta, com certeza, não são sinais silenciosos e secretos.

O Quê?

Já vimos que os mortos ressurgirão quando Cristo voltar. Em João 5:28-29 Jesus disse que todos os mortos (os justos e os ímpios) ouvirão sua voz, ao mesmo tempo, para saírem de suas tumbas. 1 Coríntios 15:50-55 indica que aqueles que ainda estiverem vivos, no retorno de Cristo, serão transformados de modo que possam herdar o reino de Deus, com corpos glorificados e incorruptíveis.
Quando Cristo voltar, o mundo será destruído pelo fogo. "Virá, entretanto, como ladrão, o Dia do Senhor, no qual os céus passarão com estrepitoso estrondo e os elementos se desfarão abrasados; também a terra e as obras que nela existem serão atingidas. Visto que todas essas cousas hão de ser assim desfeitas, deveis ser tais como os que vivem em santo procedimento e piedade, esperando e apressando a vinda do Dia de Deus, por causa do qual os céus incendiados serão desfeitos e os elementos abrasados se derreterão" (2 Pedro 3:10-12). Muitos estão esperando que Cristo volte e fique na terra por muitos anos; mas isto será impossível, desde que a terra será destruída quando ele voltar.
Quando Cristo retornar, ele levará todos os homens para encontrá-lo no julgamento. Mateus 25:31-46 descreve o julgamento, minuciosamente. Aqui, Jesus disse que isso acontecerá quando ele voltar (v. 31). Paulo, também, falou do julgamento que acontecerá, na volta de Cristo. "E a vós outros, que sois atribulados, alívio juntamente conosco, quando do céu se manifestar o Senhor Jesus com os anjos do seu poder, em chama de fogo, tomando vingança contra os que não conhecem a Deus e contra os que não obedecem ao evangelho do nosso Senhor Jesus. Estes sofrerão penalidade de eterna destruição, banidos da face do Senhor e da glória do seu poder, quando vier para ser glorificado nos seus santos, e ser admirado em todos os que creram, naquele dia (porquando foi crido entre vós o nosso testemunho)" (2 Tessalonicenses 1:7-10).
Quando Cristo voltar, ele devolverá o reino a Deus. "Cada um, porém, por sua própria ordem: Cristo, as primícias; depois, os que são de Cristo, na sua vinda. E, então, virá o fim, quando ele entregar o reino ao Deus e Pai, quando houver destruído todo principado, bem como toda potestade e poder. Porque convém que ele reine até que haja posto todos os inimigos debaixo dos seus pés. O último inimigo a ser destruído é a morte" (1 Coríntios 15:23-26). Cristo está reinando agora. Ele reinará até que o último inimigo seja destruído. Então ele devolverá o reino ao seu Pai. O último inimigo é a morte. Cristo destrói a morte pela ressurreição. Portanto, quando Cristo voltar e levantar todos os homens, ele estará destruindo o último inimigo e entregará, então, o reino ao Pai, para que ele reine eternamente.
Cristo voltará visível, em tempo inesperado e desconhecido. Quando ele voltar:
- Todos os mortos serão ressuscitados.
- Os viventes serão transformados.
- A terra será destruída.
- Todos os homens serão julgados.
- O reino será devolvido ao Pai.
Estes pontos são simples e claramente vistos nas passagens anotadas. O problema começa ao tentar reconciliar estes ensinamentos bíblicos básicos com as doutrinas produzidas pelos homens. As anotações seguintes examinam várias objeções freqüentemente levantadas contra estas claras verdades da Bíblia.
 

Objeções e Perguntas

E sobre o estabelecimento do reino de Cristo?
O Velho Testamento predisse a vinda do reino de Cristo. "Disse o Senhor ao meu Senhor: Assenta-te à minha direita, até que eu ponha os teus inimigos debaixo dos teus pés. O Senhor enviará de Sião o cetro do seu poder, dizendo: Domina entre os teus inimigos" (Salmo 110:1-2). É interessante que o Novo Testamento cita esta passagem muitas vezes e mostra que ela foi cumprida quando Cristo subiu de volta ao Pai. "Exaltado, pois, à destra de Deus, tendo recebido do Pai a promessa do Espírito Santo, derramou isto que vedes e ouvis. Porque Davi não subiu aos céus, mas ele mesmo declara: Disse o Senhor ao meu Senhor: Assenta-te à minha direita, até que eu ponha os teus inimigos por estrado dos teus pés. Esteja absolutamente certa, pois, toda a casa de Israel de que a este Jesus, que vós crucificastes, Deus o fez Senhor e Cristo" (Atos 2:33-36). Deus já instalou Cristo como rei. Estude também Mateus 28:18; Efésios 1:20-23; e Apocalipse 19:16. Os cristãos já estão no reino de Cristo. "Ele nos libertou do império das trevas e nos transportou para o reino do Filho do seu amor" (Colossenses 1:13). "E nos constituiu reino, sacerdotes para o seu Deus e Pai, a ele a glória e o domínio pelos séculos dos séculos. Amém. . . . Eu, João, irmão vosso e companheiro na tribulalção, no reino e na perseverança, em Jesus. . ." (Apocalipse 1:6,9). Freqüentemente, Apocalipse 20 é citado para tentar provar um futuro reino de Cristo, de 1000 anos, aqui na terra. Mas, de acordo com o contexto de Apocalipse 20, são os mártires descritos em 6:9-11 que estão ressuscitados, para sentarem-se em tronos e reinarem com Cristo no céu. Apocalipse 20 não discute um reino com Cristo fisicamente presente na terra. Às vezes, algumas pessoas argumentam que Cristo não pode estar reinando sobre a terra agora, porque muitas pessoas o desobedecem. Mas a desobediência não é prova de que Cristo não está reinando. Um rei pode reinar sobre um reino físico na terra e, entretanto, alguns podem desobedecê-lo. No fim, Cristo punirá a desobediência (estude a parábola em Mateus 13:24-30,36-43). Jesus nunca teve a intenção de estabelecer o tipo de reino material que alguns pensam que vai acontecer (João 18:36).
 
E sobre as promessas de Deus aos judeus?
Deus prometeu dar a Abraão e seus descendentes, os judeus, a terra de Canaã. Ele cumpriu essa promessa completamente (Josué 21:43-45; Neemias 9:7-8). Se os judeus conservariam essa terra ou não, isso dependeria de sua fidelidade ao Senhor (Deuteronômio 28:58,63). Por causa de sua infidelidade os judeus perderam seu direito à terra prometida.
Deus também prometeu abençoar os judeus e todas as nações com a vinda de Cristo. As bênçãos espirituais em Cristo não foram destinadas a todos com sangue de Abraão em suas veias, mas àqueles que compartilham a fé de Abraão (Romanos 2:28-29; 4:16-17; 9:6-8; 11:1-5; Gálatas 3:6-9). O Velho Testamento tinha predito claramente que os gentios fiéis também seriam trazidos para partilhar igualmente as bênçãos dos judeus fiéis (Gênesis 12:3; Isaías 2:1-4; 11:10-12; Zacarias 8:23). Paulo disse que atualmente: "Não pode haver judeu nem grego; nem escravo nem liberto; nem homem nem mulher; porque todos vós sois um em Cristo Jesus" (Gálatas 3:28).
Muitas das promessas dos profetas do Velho Testamento são mal entendidas e, portanto, mal aplicadas a algum tipo de reino material de Cristo na terra. Muitas das profecias do Velho Testamento descrevem o reino de Cristo em um tempo de paz e prosperidade. Há pessoas que compreendem mal e imaginam que elas estão falando de uma paz e uma fartura material; mas não estão. Estas profecias do Velho Testamento têm que ser espiritualmente entendidas. Passagens como Isaías 11:1-10 e Amós 9:11-15, que são freqüentemente aplicadas a algum futuro reino material de Cristo, são ditas por escritores do Novo Testamento como tendo sido cumpridas espiritualmente no reino de Cristo agora (Romanos 15:12; Atos 15:13-18). É muito importante que permitamos que a revelação que Deus fez no Novo Testamento tenha prioridade na explicação do que ele pretendia nas profecias do Velho Testamento.
 
E sobre os sinais dos tempos?
Em contraste com o ensinamento de Jesus em Mateus 24:37-44, que o tempo de sua volta seria um período comum, sem sinais especiais, há muitos que ensinam hoje em dia que podemos saber que a volta de Jesus está próxima se olharmos para os sinais dos tempos. Este ponto de vista está baseado num mau entendimento de "E, certamente, ouvireis falar de guerras e rumores de guerras; vede, não vos assusteis, porque é necessário assim acontecer, mas ainda não é o fim. Porquanto se levantará nação contra nação, reino contra reino, e haverá fomes e terremotos em vários lugares; porém tudo isto é o princípio das dores" (Mateus 24:6-8). Observe o assunto desta passagem. Em Mateus 24:1-2, Jesus falou sobre a destruição do templo e de Jerusalém, o que ocorreu 40 anos mais tarde, em 70 d.C. Os discípulos no versículo 3, perguntaram quando estas coisas aconteceriam e também sobre sua última volta. Jesus, primeiro, respondeu à pergunta sobre a destruição de Jerusalém. Ele advertiu, nos versículos 4-14, que muitas coisas aconteceriam, mas que não ficassem alarmados. Estes não seriam ainda os sinais do fim de Jerusalém. Então, ele lhes contou o que o sinal realmente seria, no versículo 15, e advertiu-os para que fugissem quando o vissem. No versículo 34 Jesus disse: "Em verdade vos digo que não passará esta geração sem que tudo isto aconteça" (Mateus 24:34). Tudo, até o versículo 34 deste capítulo, tinha que acontecer antes que aquela geração terminasse. Muitas pessoas olham para achar os sinais da volta de Cristo neste trecho do capítulo que está falando sobre a destruição de Jerusalém, e até mesmo no trecho que mostra as coisas que não foram sinais desta destruição. Quando as pessoas citam os acontecimentos de Mateus 24:6-8 como sinais da volta do Senhor, elas ignoram o contexto. É no versículo 35 que Jesus começa a falar sobre sua segunda volta, e não antes.
 
E sobre as duas ressurreições?
A Bíblia ensina que todos os mortos ressurgirão ao mesmo tempo. "Não vos maravilheis disto, porque vem a hora em que todos os que se acham nos túmulos ouvirão a sua voz e sairão: os que tiverem feito o bem, para a ressurreição da vida; e os que tiverem praticado o mal, para a ressurreição do juízo" (João 5:28-29). Veja também Atos 24:15. De fato, aprendemos em João que a ressurreição e o julgamento ocorrerão no mesmo dia (João 6:54; 12:48) Algumas pessoas tentam provar que haverá duas ressurreições da matéria, citando Apocalipse 20. Mas esta passagem não trata de ressurreições da matéria. O assunto central do Apocalipse é a pergunta de 6:10. Neste versículo, as almas daqueles decapitados por amor de Cristo estão em baixo do altar do céu, perguntando por quanto tempo ainda esperariam até que fossem vingados e quando aqueles que os mataram seriam julgados. É dito a eles que esperem um pouco mais. Quando o livro se abre, vemos o julgamento de Deus sobre aqueles que mataram os primeiros cristãos. Finalmente, no capítulo 20, vemos esses mártires sendo levantados e saindo debaixo do altar do céu, para se assentarem nos tronos da vitória. Esta ressurreição não tem nada a ver com a ressurreição de nossos corpos da cova, mas é uma ressurreição das almas no céu. As passagens que tratam da ressurreição dos corpos mortos da terra (João 5:28-29, etc.) ensinam claramente que todos serão ressuscitados ao mesmo tempo.
 
E sobre a grande tribulação?
Está na moda ensinar que Jesus voltará secretamente e arrebatará seus fiéis, e que o mundo então passará por um período de 7 anos de sofrimentos. A idéia desse período de 7 anos de tribulação, quando o Senhor voltar, não é nem sequer sugerido na Bíblia, muito menos ensinado. A Bíblia certamente ensina que os cristãos sofrerão tribulação (João 16:33; Atos 14:22; 2 Timóteo 3:12). E há períodos de tribulação ainda maior, tal como o que ocorreu quando Jerusalém foi destruída (Mateus 24:21) ou como aquele que as igrejas do Apocalipse sofreram (Apocalipse 1:9; 2:9-10; 7:14). Mas nenhuma passagem da Bíblia menciona um período especial de 7 anos de tribulações na volta de Cristo.
 
E sobre o anticristo?
A palavra anticristo é mencionada em 3 capítulos da Bíblia: "Filhinhos, já é a última hora; e, como ouvistes que vem o anticristo, também agora muitos anticristos têm surgido, pelo que conhecemos que é a última hora. Eles saíram de nosso meio; entretanto não eram dos nossos; porque se tivessem sido dos nossos, teriam permanecido conosco; todavia, eles se foram para que ficasse manifesto que nenhum deles é dos nossos. . . . Quem é o mentiroso, senão aquele que nega que Jesus é o Cristo? Este é o anticristo, o que nega o Pai e o Filho" (1 João 2:18-19,22). "E todo espírito que não confessa a Jesus não procede de Deus; pelo contrário, este é o espírito do anticristo, a respeito do qual tendes ouvido que vem, e presentemente já está no mundo" (1 João 4:3). "Porque muitos enganadores têm saído pelo mundo fora, os quais não confessam Jesus Cristo vindo em carne; assim é o enganador e o anticristo" (2 João 7). A idéia moderna do anticristo é a de um futuro líder político, que se levantará dentre os incrédulos para se empenhar em um conflito militar contra Cristo. Mas estes textos bíblicos falam de muitos, não de um só. Eles falam de anticristos que estavam presentes, não de futuros. Eles dizem que eles se levantam dentre os cristãos, não dentre os incrédulos. As escrituras mostram que os anticristos são falsos mestres, e não líderes políticos. E falam de um conflito espiritual, e não militar, contra Cristo. É notável que uma idéia, tão completamente oposta ao que as Escrituras ensinam, possa ter sido tão largamente aceita.
Em qualquer estudo sério da Bíblia, temos que deixar as idéias humanas e as especulações de lado e voltar a um exame cuidadoso das Escrituras em contexto. Quando fazemos assim, o ensinamento sobre a volta de Cristo fica bem claro.

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