segunda-feira, 6 de fevereiro de 2017

Como devemos entender as bem-aventuras?



Como devemos entender as bem-aventuranças?
Seria difícil imaginar uma pregação mais revolucionária ou mais importante do que o Sermão do Monte, relatado em Lucas 6 e, na versão mais completa, em Mateus 5, 6 e 7. Jesus já estava pregando o evangelho do reino (Mateus 4:23: 23 E percorria Jesus toda a Galileia, ensinando nas suas sinagogas e pregando o evangelho do reino, e curando todas as enfermidades e moléstias entre o povo.) Quando sentou num monte na Galileia e começou a falar algumas das palavras mais desafiadoras de todos os tempos.
Ele introduz esta mensagem com uma lista de qualidades espirituais conhecidas como as bem-aventuranças (Mateus 5:3-12: 3. Bem-aventurados os pobres de espírito, porque deles é o reino dos céus;
4. Bem-aventurados os que choram, porque eles serão consolados;
5. Bem-aventurados os mansos, porque eles herdarão a terra;
6. Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque eles serão fartos;
7. Bem-aventurados os misericordiosos, porque eles alcançarão misericórdia;
8. Bem-aventurados os limpos de coração, porque eles verão a Deus;
9. Bem-aventurados os pacificadores, porque eles serão chamados filhos de Deus;
10. Bem-aventurados os que sofrem perseguição por causa da justiça, porque deles é o reino dos céus;
11. Bem-aventurados sois vós, quando vos injuriarem e perseguirem e, mentindo, disserem todo o mal contra vós por minha causa.
12. Exultai e alegrai-vos, porque é grande o vosso galardão nos céus; porque assim perseguiram os profetas que foram antes de vós. Mateus 5:3-12). Nestes versículos ele diz que os abençoados no reino de Cristo são:
·       Os humildes/pobres de espírito,
·       Os que choram,
·       Os mansos,
·       Os que têm fome e
·       Sede de justiça,
·       Os misericordiosos,
·       Os limpos de coração,
·       Os pacificadores,
·       Os perseguidos.

Vale a pena estudar o significado de cada qualidade para compreender melhor este desafio, mas neste artigo quero comentar sobre o valor geral destes versículos como um todo. Algumas sugestões para ajudar no entendimento das bem-aventuranças:

(1) não devem ser tratadas separadamente, ou seja, não deve imaginar que teria algum benefício em chorar sem ser misericordioso, ou em ser perseguido se não tiver fome e sede de justiça. Jesus lança um desafio importante: cultivar todas estas qualidades em nossas vidas.

(2) não são qualidades naturais. Jesus não descreve pessoas que são naturalmente choronas ou mansas. Ele fala das disposições de corações aptos para o reino dele. São características espirituais que exigem autonegação na vida de cada discípulo.

(3) não devem ser entendidas em termos materiais. O reino de Cristo é espiritual, não uma nação física com fronteiras geográficas. Ele fala de pessoas humildes ou pobres de espírito, uma atitude que não tem nada a ver com sua situação financeira. Ele não fala de pessoas que negociam tratados entre países, mas de pessoas que contribuem à paz entre o pecador e seu Criador. No mesmo sentido, as bênçãos mencionadas nestes versículos devem ser entendidas como descrições da abençoada comunhão com o Senhor, e não como promessas materiais. Não devemos imaginar a ocupação perpétua deste planeta, mas devemos buscar e manter comunhão com seu dono!
Para ter o privilégio de participar do reino de Jesus Cristo, precisamos desenvolver as qualidades descritas nas bem-aventuranças.


 Os Cidadãos do Reino (1)
Mateus 5
Mateus 5
TB
O Sermão do Monte. As bem-aventuranças
Vendo Jesus a multidão, subiu ao monte; depois de se ter sentado, aproximaram-se seus discípulos,
e ele começou a ensiná-los, dizendo:
Bem-aventurados os humildes de espírito, porque deles é o reino dos céus.
Bem-aventurados os que choram, porque eles serão consolados.
Bem-aventurados os mansos, porque eles herdarão a terra.
Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque eles serão fartos.
Bem-aventurados os misericordiosos, porque eles alcançarão misericórdia.
Bem-aventurados os limpos de coração, porque eles verão a Deus.
Bem-aventurados os pacificadores, porque eles serão chamados filhos de Deus.
10 Bem-aventurados os que têm sido perseguidos por causa da justiça, porque deles é o reino dos céus. 11 Bem-aventurados sois, quando vos injuriarem, vos perseguirem e, mentindo, disserem todo mal contra vós, por minha causa.
12 Alegrai-vos e exultai, porque é grande o vosso galardão nos céus; pois assim perseguiram aos profetas que existiram antes de vós.
Os discípulos são o sal da terra e a luz do mundo
13 Vós sois o sal da terra; se o sal se tiver tornado insípido, como se poderá restaurar-lhe o sabor? Para nada mais presta, senão para ser lançado fora e pisado pelos homens. 14 Vós sois a luz do mundo. Não se pode esconder uma cidade situada sobre um monte; 15 ninguém acende uma candeia e a coloca debaixo do módio, mas no velador, e assim alumia a todos os que estão na casa.
16 De tal modo brilhe a vossa luz diante dos homens, que eles vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai que está nos céus.
Jesus não veio revogar, mas cumprir
17 Não penseis que vim revogar a lei ou os profetas; não vim revogar, mas cumprir. 18 Porque em verdade vos digo: Enquanto não passar o céu e a terra, de modo nenhum passará da lei um só i ou um só til, sem que tudo se cumpra. 19 Aquele, pois, que violar um destes mínimos mandamentos e assim ensinar aos homens será chamado mínimo no reino dos céus; mas aquele que os observar e ensinar, esse será chamado grande no reino dos céus.
20 Pois vos digo que, se a vossa justiça não exceder a dos escribas e fariseus, de modo nenhum entrareis no reino dos céus.
Jesus completa o que foi dito aos antigos. Sobre o homicídio
21 Tendes ouvido que foi dito aos antigos: Não matarás; e: Quem matar estará sujeito a julgamento. 22 Mas eu vos digo que todo aquele que se ira contra seu irmão estará sujeito a julgamento; e quem chamar a seu irmão: Raca estará sujeito ao julgamento do Sinédrio; e quem lhe chamar: Tolo estará sujeito à Geena de fogo. 23 Se estiveres, pois, apresentando a tua oferta no altar e aí te lembrares que teu irmão tem contra ti alguma coisa, 24 deixa ali a tua oferta diante do altar, vai primeiro reconciliar-te com teu irmão e, depois, vem apresentar a tua oferta. 25 Harmoniza-te sem demora com o teu adversário, enquanto está no caminho com ele; para que não suceda que o adversário te entregue ao juiz, o juiz, ao oficial de justiça, e sejas recolhido à prisão.
26 Em verdade te digo que não sairás dali, até pagares o último ceitil.
Sobre o adultério
27 Tendes ouvido que foi dito: Não adulterarás. 28 Eu, porém, vos digo que todo o que põe seus olhos em uma mulher, para a cobiçar, já no seu coração adulterou com ela. 29 Se o teu olho direito te serve de pedra de tropeço, arranca-o e lança-o de ti; pois te convém mais que se perca um dos teus membros do que todo o teu corpo seja lançado na Geena. 30 Se a tua mão direita te serve de pedra de tropeço, corta-a e lança-a de ti; pois te convém mais que se perca um dos teus membros do que todo o teu corpo vá para a Geena. 31 Também foi dito: Quem repudiar sua mulher, dê-lhe carta de divórcio.
32 Eu, porém, vos digo que todo o que repudia sua mulher, a não ser por causa de infidelidade, a faz ser adúltera; e qualquer que se casar com a repudiada comete adultério.
Sobre os juramentos
33 Também tendes ouvido que foi dito aos antigos: Não jurarás falso, mas cumprirás para com o Senhor os teus juramentos. 34 Eu, porém, vos digo que absolutamente não jureis; nem pelo céu, porque é o trono de Deus; 35 nem pela terra, porque é o escabelo dos seus pés; nem por Jerusalém, porque é a cidade do grande Rei; 36 nem jures pela tua cabeça, porque nem um só cabelo podes tornar branco ou preto.
37 Mas seja o vosso falar: sim, sim; não, não; pois tudo que passa disso vem do Maligno.

Sobre a vingança
38 Tendes ouvido que foi dito: Olho por olho, dente por dente. 39 Eu, porém, vos digo: Não resistais ao homem mau; mas a qualquer que te dá na face direita, volta-lhe também a outra; 40 ao que quer demandar contigo e tirar-te a túnica, larga-lhe também a capa; 41 e quem te obriga a andar mil passos, vai com ele dois mil.
42 Dá a quem te pede e não voltes as costas ao que deseja que lhe emprestes.
Sobre o amor ao próximo
43 Tendes ouvido que foi dito: Amarás o teu próximo e aborrecerás o teu inimigo. 44 Eu, porém, vos digo: Amai os vossos inimigos e orai pelos que vos perseguem, 45 para que vos torneis filhos de vosso Pai, que está nos céus, porque ele faz nascer o seu sol sobre maus e bons e vir chuvas sobre justos e injustos. 46 Pois, se amardes aos que vos amam, que recompensa tendes? Não fazem os publicanos também o mesmo? 47 Se saudardes somente aos vossos irmãos, que fazeis de especial? Não fazem os gentios também o mesmo?
48 Sede vós, pois, perfeitos como vosso Pai celestial é perfeito.


Mateus, ao descrever aquele período do ministério de Jesus que inclui o que chamamos o sermão do monte, explica que Jesus percorria “toda a Galiléia, ensinando nas sinagogas, pregando o evangelho do reino” (Mateus 4:23 23 E percorria Jesus toda a Galiléia, ensinando nas suas sinagogas e pregando o evangelho do reino, e curando todas as enfermidades e moléstias entre o povo.).

O sermão que se segue começa descrevendo aqueles para os quais o reino dos céus é,
(Mateus 5:3 3 Bem-aventurados os pobres de espírito, porque deles é o reino dos céus;),
e termina explicando quem entrará no reino dos céus (Mateus 7:21 21 Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus.).

O capítulo 5 é uma descrição do caráter dos cidadãos do reino e contém instruções sobre como ser aceitável ao rei.

O perfil do cidadão do reino
O sermão de Jesus abre-se com uma lista de bem-aventuranças que começa e termina dizendo que “deles é o reino dos céus”. Essas bem-aventuranças são prometidas àqueles que possuem um certo conjunto de qualidades (5:3,10: 3 Bem-aventurados os pobres de espírito, porque deles é o reino dos céus;
10 Bem-aventurados os que sofrem perseguição por causa da justiça, porque deles é o reino dos céus;) representando os muitos aspectos do caráter dos cidadãos do reino de Deus.
Essas qualidades de caráter poderiam ser surpreendentes ou até mesmo decepcionantes para alguns. Antes que pessoas conhecidas pelo orgulho, força e invencibilidade, os cidadãos do reino dos céus são pobres, e reconhecem sua pobreza
(Mateus 5. v. 3 3 Bem-aventurados os pobres de espírito, porque deles é o reino dos céus;).
Eles lamentam o que é errado (pecado e as consequências do pecado) no mundo
(Mateus 5.4 4 Bem-aventurados os que choram, porque eles serão consolados;);

estão famintos por algo que substitui sua própria injustiça
(Mateus 5. v. 6  6 Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque eles serão fartos;);
são mansos, misericordiosos, puros de coração, e ansiosos por levar a paz de Deus ao mundo
(Mateus 5. vs. 5,7,8,9 5 Bem-aventurados os mansos, porque eles herdarão a terra;
7. Bem-aventurados os misericordiosos, porque eles alcançarão misericórdia;
8. Bem-aventurados os limpos de coração, porque eles verão a Deus;
9. Bem-aventurados os pacificadores, porque eles serão chamados filhos de Deus;).

No fim da lista, eles são perseguidos
(Mateus 5. v. 10 10 Bem-aventurados os que sofrem perseguição por causa da justiça, porque deles é o reino dos céus;),

injustamente (Mateus 5. v. 11 11 Bem-aventurados sois vós, quando vos injuriarem e perseguirem e, mentindo, disserem todo o mal contra vós por minha causa.),

e sem alívio neste mundo (Mateus 5. v. 12 12 Exultai e alegrai-vos, porque é grande o vosso galardão nos céus; porque assim perseguiram os profetas que foram antes de vós.).

Somos tocados por duas coisas sobre as descrições desses cidadãos. Primeiro, os cidadãos não trazem consigo ao reino nenhum poder ou valor próprio. Alguém poderia esperar cidadãos que têm dinheiro, força, poder ou popularidade para contribuir, antes que aqueles que são pobres, lamentosos, famintos e sedentos, isto é, que necessitam de alguma coisa de seu rei.
Em segundo lugar, essas são qualidades que existem na natureza espiritual dos cidadãos. Suas necessidades e carências são espirituais, e eles não serão desapontados ao saberem que o reino de Deus não lutará por vitórias terrenas (João 18:36),
nem se preocupará com comida e bebida, mas eles esperam, em vez disso, “justiça, e paz, e alegria”
(Romanos 14:17 17 Porque o reino de Deus não é comida nem bebida, mas justiça, e paz, e alegria no Espírito Santo.).

A Justiça do Cidadão do Reino
A lei e a submissão à lei (justiça) são transações entre reis e cidadãos. Ainda que os cidadãos não forneçam nenhuma coisa essencial para a sobrevivência do reino, deles se espera muita obediência. O próprio Jesus foi o cumprimento da lei e dos profetas
(Mateus 5:17 17 Não cuideis que vim destruir a lei ou os profetas: não vim ab-rogar, mas cumprir.),
a revelação de Deus quanto a sua vontade aos possíveis súditos. Jesus ressaltou a obediência e o ensinamento da lei de Deus como uma medida direta da sua posição no reino
(Mateus 5:19 19 Qualquer, pois, que violar um destes mandamentos, por menor que seja, e assim ensinar aos homens, será chamado o menor no reino dos céus; aquele, porém, que os cumprir e ensinar será chamado grande no reino dos céus.).

Novamente, aqui ficamos surpresos. Jesus diz que: “se a vossa justiça não exceder em muito a dos escribas e fariseus, jamais entrareis no reino dos céus”. Como poderia ser ultrapassada a justiça dos escribas e fariseus, que eram famosos pelo seu conhecimento e obediência à lei de Deus?
Primeiro, a obediência dos escribas e fariseus não era motivada pelo desejo de agradar ao rei; mas sim, por outras coisas: o desejo de serem vistos pelos homens
(Mateus 6:2 2 Quando, pois, deres esmola, não faças tocar trombeta diante de ti, como fazem os hipócritas nas sinagogas e nas ruas, para serem glorificados pelos homens. Em verdade vos digo que já receberam o seu galardão.;
Mateus 23:5 5 E fazem todas as obras a fim de serem vistos pelos homens; pois trazem largos filactérios, e alargam as franjas das suas vestes,),

a esperança de receber algo em troca do que se fez
(Mateus 5:46-47 46. Pois, se amardes os que vos amam, que galardão tereis? Não fazem os publicanos também o mesmo?
47. E, se saudardes unicamente os vossos irmãos, que fazeis de mais? Não fazem os publicanos também assim?),
ou o desejo de retribuição por ofensas feitas
(Mateus 5:38,43: 38 Ouvistes que foi dito: Olho por olho, e dente por dente.
43 Ouvistes que foi dito: Amarás o teu próximo, e odiarás o teu inimigo.).
Segundo, e mais importante, a obediência deles não partia do espírito. Enquanto governantes terrenos estão preocupados só com os atos externos (não roubar, pagar seus impostos, etc.), o reino dos céus governa o coração.
Em vez de meramente proibir o homicídio (o ato), a ira sem causa é proibida e o desejo e esforço para o perdão é exigido (Mateus 5:21-24 21. Ouvistes que foi dito aos antigos: Não matarás; mas qualquer que matar será réu de juízo.
22. Eu, porém, vos digo que qualquer que, sem motivo, se encolerizar contra seu irmão, será réu de juízo; e qualquer que disser a seu irmão: Raca, será réu do sinédrio; e qualquer que lhe disser: Louco, será réu do fogo do inferno.
23. Portanto, se trouxeres a tua oferta ao altar, e aí te lembrares de que teu irmão tem alguma coisa contra ti,
24. Deixa ali diante do altar a tua oferta, e vai reconciliar-te primeiro com teu irmão e, depois, vem e apresenta a tua oferta.).
Além de restringir as atividades sexuais, a cobiça (o pensamento do coração) é condenada
(Mateus 5:27-28: 27. Ouvistes que foi dito aos antigos: Não cometerás adultério.
28. Eu, porém, vos digo, que qualquer que atentar numa mulher para a cobiçar, já em seu coração cometeu adultério com ela.).
A veracidade, ultrapassando o mero cumprimento dos votos para incluir tudo o que se fala, é exigida
(Mateus 5:33-37: 33. Outrossim, ouvistes que foi dito aos antigos: Não perjurarás, mas cumprirás os teus juramentos ao Senhor.
34. Eu, porém, vos digo que de maneira nenhuma jureis; nem pelo céu, porque é o trono de Deus; 35. Nem pela terra, porque é o escabelo de seus pés; nem por Jerusalém, porque é a cidade do grande Rei; 36. Nem jurarás pela tua cabeça, porque não podes tornar um cabelo branco ou preto.
37. Seja, porém, o vosso falar: Sim, sim; Não, não; porque o que passa disto é de procedência maligna.).
Em vez de prover meios para retaliação legal, como muitos governos humanos fazem, os cidadãos do reino precisam retribuir com bondade ao abuso
(Mateus 5:38-42: 38. Ouvistes que foi dito: Olho por olho, e dente por dente.
39. Eu, porém, vos digo que não resistais ao mau; mas, se qualquer te bater na face direita, oferece-lhe também a outra;
40. E, ao que quiser pleitear contigo, e tirar-te a túnica, larga-lhe também a capa;
41. E, se qualquer te obrigar a caminhar uma milha, vai com ele duas.
42. Dá a quem te pedir, e não te desvies daquele que quiser que lhe emprestes.).
O reino dos céus está cheio de cidadãos que amam, abençoam, fazem o bem, e oram por aqueles que os maltratam e perseguem
(Mateus 5:43-47: 43. Ouvistes que foi dito: Amarás o teu próximo, e odiarás o teu inimigo.
44. Eu, porém, vos digo: Amai a vossos inimigos, bendizei os que vos maldizem, fazei bem aos que vos odeiam, e orai pelos que vos maltratam e vos perseguem; para que sejais filhos do vosso Pai que está nos céus; 45. Porque faz que o seu sol se levante sobre maus e bons, e a chuva desça sobre justos e injustos.
46. Pois, se amardes os que vos amam, que galardão tereis? Não fazem os publicanos também o mesmo?
47. E, se saudardes unicamente os vossos irmãos, que fazeis de mais? Não fazem os publicanos também assim?).

A pregação do evangelho do reino começa com a promessa de grandes bênçãos para aqueles que têm o caráter adequado. Esse caráter precisa ser desenvolvido em cada um de nós ouvindo o rei. O processo exige um reconhecimento da necessidade (“fome e sede”), uma vontade de começar sozinho (“uma cidade edificada sobre um monte”) e a coragem de fazer sacrifícios doloridos (“se o teu olho direito te faz tropeçar, arranca-o e lança-o de ti”). O resultado é uma perfeição de espírito que reflete a perfeição do Pai
(Mateus 5:48 48 Sede vós pois perfeitos, como é perfeito o vosso Pai que está nos céus.),
pelo qual as qualidades desenvolvidas em sujeição ao rei e as bênçãos recebidas X participação no reino são idênticas.


Os Cidadãos do Reino (2)
Mateus 6 e 7
Mateus 6
TB
Acerca da prática de boas obras
Guardai-vos, não façais as vossas boas obras diante dos homens, para serdes vistos por eles; de outra sorte, não tendes recompensa junto de vosso Pai, que está nos céus.
Como se deve dar esmolas
Quando, pois, deres esmola, não faças tocar a trombeta diante de ti, como fazem os hipócritas nas sinagogas e nas ruas, para serem honrados dos homens; em verdade vos digo que já receberam a sua recompensa. Tu, porém, quando dás esmola, não saiba a tua mão esquerda o que faz a tua direita,
para que a tua esmola fique em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, te retribuirá.
Como se deve orar. A Oração Dominical
Quando orardes, não sejais como os hipócritas; porque eles gostam de orar em pé nas sinagogas e nos cantos das ruas, para serem vistos dos homens; em verdade vos digo que já receberam a sua recompensa. Tu, porém, quando orares, entra no teu quarto e, fechada a porta, ora a teu Pai, que está em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, te retribuirá. Quando orais, não useis de repetições desnecessárias, como os gentios; porque pensam que pelo seu muito falar serão ouvidos. Não sejais, pois, como eles; porque vosso Pai sabe o que vos é necessário, antes que lho peçais. Portanto, orai vós deste modo: Pai nosso, que estás nos céus; santificado seja o teu nome; 10 venha o teu reino; seja feita a tua vontade, assim na terra como no céu. 11 O pão nosso de cada dia nos dá hoje; 12 e perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós também temos perdoado aos nossos devedores; 13 e não nos deixes cair em tentação, mas livra-nos do mal. 14 Pois, se perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai celestial vos perdoará;
15 mas, se não perdoardes aos homens, tão pouco vosso Pai perdoará as vossas ofensas.
Como se deve jejuar
16 Quando jejuardes, não tomeis um ar triste, como os hipócritas; porque eles desfiguram os seus rostos, para fazer ver aos homens que estão jejuando; em verdade vos digo que já receberam a sua recompensa. 17 Tu, porém, quando jejuas, unge a cabeça e lava o rosto,
18 para não mostrar aos homens que jejuas, mas somente a teu Pai, que está em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, te retribuirá.
Os tesouros no céu. A luz e as trevas. Os dois senhores. A ansiosa solicitude pela nossa vida
19 Não ajunteis para vós tesouros na terra, onde a traça e a ferrugem os consomem e onde os ladrões penetram e roubam; 20 mas ajuntai para vós tesouros no céu, onde nem a traça nem a ferrugem os consomem e onde os ladrões não penetram, nem roubam; 21 porque onde está o teu tesouro, aí estará também o teu coração. 22 A candeia do corpo são os olhos. Se estes, pois, forem simples, todo o teu corpo será luminoso; 23 mas, se forem maus, todo o teu corpo ficará às escuras. Se, portanto, a luz que há em ti são trevas, quão densas são as trevas! 24 Ninguém pode servir a dois senhores; pois ou há de aborrecer a um e amar ao outro ou há de unir-se a um e desprezar ao outro. Não podeis servir a Deus e às riquezas. 25 Por isso, vos digo: Não andeis cuidadosos da vossa vida, pelo que haveis de comer ou beber, nem do vosso corpo, pelo que haveis de vestir; não é a vida mais que o alimento, e o corpo, mais que o vestido? 26 Olhai para as aves do céu, que não semeiam, nem ceifam, nem ajuntam em celeiros, e vosso Pai celestial as alimenta; não valeis vós muito mais do que elas? 27 Qual de vós, por mais ansioso que esteja, pode acrescentar um cúbito à sua estatura? 28 Por que andais ansiosos pelo que haveis de vestir? Considerai como crescem os lírios do campo: eles não trabalham nem fiam, 29 contudo vos digo que nem Salomão em toda a sua glória se vestiu como um deles. 30 Se Deus, pois, assim veste a erva do campo, que hoje existe e amanhã é lançada no forno, quanto mais a vós, homens de pouca fé? 31 Assim, não andeis ansiosos, dizendo: Que havemos de comer? Ou: Que havemos de beber? Ou: Com que nos havemos de vestir? 32 (Pois os gentios é que procuram todas estas coisas); porque vosso Pai celestial sabe que precisais de todas elas. 33 Mas buscai primeiramente o seu reino e a sua justiça, e todas essas coisas vos serão acrescentadas.
34 Não andeis, pois, ansiosos pelo dia de amanhã, porque o dia de amanhã a si mesmo trará seu cuidado; ao dia bastam os seus próprios males.

Mateus 7
TB
O juízo temerário é proibido
Não julgueis, para que não sejais julgados; porque, com o juízo com que julgais, sereis julgados; e a medida de que usais, dessa usarão convosco. Por que vês o argueiro no olho de teu irmão, porém não reparas na trave que tens no teu? Ou como poderás dizer a teu irmão: Deixa-me tirar o argueiro do teu olho, quando tens a trave no teu?
Hipócrita, tira primeiro a trave do teu olho e, então, verás claramente para tirar o argueiro do olho do teu irmão.
Não deis o que é santo aos cães
Não deis aos cães o que é santo, nem lanceis as vossas pérolas diante dos porcos, para que não suceda que as calquem aos pés e, voltando-se, vos despedacem.
Jesus incita a orar. A regra áurea
Pedi, e dar-se-vos-á; buscai, e achareis; batei, e abrir-se-vos-á. Pois todo o que pede recebe; o que busca acha; e a quem bate, abrir-se-lhe-á. Qual de vós dará a seu filho uma pedra, se ele lhe pedir pão? 10 Ou uma serpente, se pedir peixe? 11 Ora, se vós, sendo maus, sabeis dar boas dádivas a vossos filhos, quanto mais vosso Pai, que está nos céus, dará boas coisas aos que lhas pedirem?
12 Portanto, tudo o que quiserdes que os homens vos façam, fazei-o assim também vós a eles; porque esta é a lei e os profetas.
As duas estradas
13 Entrai pela porta estreita (larga é a porta e espaçosa a estrada que conduz à perdição, e muitos são os que entram por ela),
14 porque estreita é a porta, e apertada, a estrada que conduz à vida, e poucos são os que acertam com ela.
Os falsos profetas
15 Guardai-vos dos falsos profetas, que vêm a vós com vestes de ovelhas, mas por dentro são lobos vorazes. 16 Pelos seus frutos os conhecereis. Colhem-se, porventura, uvas dos espinheiros ou figos dos abrolhos? 17 Assim, toda árvore boa dá bons frutos, porém a árvore má dá maus frutos. 18 Uma árvore boa não pode dar maus frutos, nem uma árvore má dar bons frutos. 19 Toda árvore que não dá bom fruto é cortada e lançada no fogo. 20 Logo, pelo seus frutos os conhecereis. 21 Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus. 22 Naquele dia, muitos hão de dizer-me: Senhor, Senhor, não profetizamos em teu nome, e em teu nome não expelimos demônios, e em teu nome não fizemos muitos milagres?
23 Então lhes direi claramente: Nunca vos conheci; apartai-vos de mim, os que praticais a iniquidade.
Os dois fundamentos
24 Todo aquele, pois, que ouve essas minhas palavras e as observa será comparado a um homem prudente, que edificou a sua casa sobre a rocha. 25 Desceu a chuva, vieram as torrentes, sopraram os ventos e deram com ímpeto contra aquela casa, e ela não caiu; pois estava edificada sobre a rocha. 26 Mas todo aquele que ouve essas minhas palavras e não as observa será comparado a um homem néscio, que edificou a sua casa sobre a areia.
27 Desceu a chuva, vieram as torrentes, sopraram os ventos e bateram com ímpeto contra aquela casa, e ela caiu: e foi grande a sua ruína.
Termina aqui o Sermão do Monte
28 Tendo terminado Jesus este discurso, as turbas admiravam-se do seu ensino;
29 porque ele as ensinava como quem tinha autoridade, e não como os escribas do povo.

Grupos numerosos de pessoas (governos, empresas, exércitos) exigem a hierarquia do comando. Essa organização hierárquica é necessária para compensar as limitações de um único líder que não pode instruir ou comandar pessoalmente a população inteira e não pode perceber e prover todas as necessidades individuais.
As imperfeições dos cidadãos também exigem a partilha da autoridade. Todos os cidadãos precisam ser instruídos e corrigidos, e alguns podem até mesmo necessitar serem policiados. Todas essas responsabilidades estão além da capacidade de apenas um comandante humano desempenhá-las sem uma organização hierárquica de apoio.
O resultado desse arranjo, contudo, é que introduz preocupações estranhas ao propósito geral do grupo. Inevitavelmente, os indivíduos aspiram a posições mais altas e maiores benefícios; há competições e valorizações erradas. Até mesmo num reino podem ser feitos esforços para atingir posição e honra impressionando outros e não o rei.
O reino dos céus não tem outra hierarquia além do Rei e seus súditos, porque o Rei não tem limitações de atenção ou capacidade. “Porque Deus, o vosso Pai, sabe o de que tendes necessidade, antes que lho peçais”
(Mateus 6:8 8 Não vos assemelheis, pois, a eles; porque vosso Pai sabe o que vos é necessário, antes de vós lho pedirdes.);
ele pode ser abordado diretamente, como um Pai, por todos os cidadãos
(Mateus 6:9 9 Portanto, vós orareis assim: Pai nosso, que estás nos céus, santificado seja o teu nome;);
Ele é capaz de ver até mesmo as coisas secretas
(Mateus 6:4,8 4 Para que a tua esmola seja dada em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, ele mesmo te recompensará publicamente.
8 Não vos assemelheis, pois, a eles; porque vosso Pai sabe o que vos é necessário, antes de vós lho pedirdes.);
e ele é capaz de prover não somente para os cidadãos humanos, mas até mesmo para os reinos vegetal e animal
(Mateus 6:28-30 28. E, quanto ao vestuário, por que andais solícitos? Olhai para os lírios do campo, como eles crescem; não trabalham nem fiam; 29. E eu vos digo que nem mesmo Salomão, em toda a sua glória, se vestiu como qualquer deles.
30. Pois, se Deus assim veste a erva do campo, que hoje existe, e amanhã é lançada no forno, não vos vestirá muito mais a vós, homens de pouca fé?).

“Eis que a mão do Senhor não está encolhida, para que não possa salvar; nem surdo o seu ouvido, para não poder ouvir” (Isaías 59:1: 1 Eis que a mão do SENHOR não está encolhida, para que não possa salvar; nem agravado o seu ouvido, para não poder ouvir.).
Tendo em vista que o Rei do Céu não tem nenhuma das deficiências dos governadores humanos, não há necessidade das hierarquias intermediárias e preocupações externas que caracterizam as organizações do mundo. Desde que o Rei está sempre ciente das ações e motivos de cada um, os cidadãos do reino dos céus não devem ter necessidade de se preocuparem com impressionar uns aos outros. Não são obtidas promoções por grandes feitos vistos pelos homens. De fato, não há hierarquia na qual se é promovido. Além do mais, atos feitos meramente para a glória dos homens perdem o seu valor diante do Rei, que julga os motivos
(Mateus 6:2 2 Quando, pois, deres esmola, não faças tocar trombeta diante de ti, como fazem os hipócritas nas sinagogas e nas ruas, para serem glorificados pelos homens. Em verdade vos digo que já receberam o seu galardão.).
As realizações em favor do Rei podem e devem ser secretos, assim demonstrando o motivo adequado e confiando no Rei para que ele veja e galardoe
(Mateus 6:3-4: 3. Mas, quando tu deres esmola, não saiba a tua mão esquerda o que faz a tua direita; 4. Para que a tua esmola seja dada em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, ele mesmo te recompensará publicamente.,
Mateus 6.16-18 16. E, quando jejuardes, não vos mostreis contristados como os hipócritas; porque desfiguram os seus rostos, para que aos homens pareça que jejuam.
Em verdade vos digo que já receberam o seu galardão.
17. Tu, porém, quando jejuares, unge a tua cabeça, e lava o teu rosto, 18. Para não pareceres aos homens que jejuas, mas a teu Pai, que está em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, te recompensará publicamente.).

Desde que o Rei tem um relacionamento pessoal com cada cidadão, não é necessário demonstrar nossa ligação íntima com ele a outros cidadãos por meio de orações públicas. O Rei pode ouvir-nos até mesmo em lugares escondidos. Orações longas e repetitivas são sem sentido, desde que Ele sabe o que precisamos antes que o peçamos
(Mateus 6:5-7 5. E, quando orares, não sejas como os hipócritas; pois se comprazem em orar em pé nas sinagogas, e às esquinas das ruas, para serem vistos pelos homens. Em verdade vos digo que já receberam o seu galardão.
6. Mas tu, quando orares, entra no teu aposento e, fechando a tua porta, ora a teu Pai que está em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, te recompensará publicamente.
7. E, orando, não useis de vãs repetições, como os gentios, que pensam que por muito falarem serão ouvidos.).
Uma vez que o Rei está ciente de todas as necessidades dos cidadãos e é capaz de provê-las, não há necessidade de se preocupar com acumular tesouros
(Mateus 6:19-21 19. Não ajunteis tesouros na terra, onde a traça e a ferrugem tudo consomem, e onde os ladrões minam e roubam; 20. Mas ajuntai tesouros no céu, onde nem a traça nem a ferrugem consomem, e onde os ladrões não minam nem roubam.
21. Porque onde estiver o vosso tesouro, aí estará também o vosso coração.)

ou estar ansioso pelas necessidades desta vida
(Mateus 6:25-34 25. Por isso vos digo: Não andeis cuidadosos quanto à vossa vida, pelo que haveis de comer ou pelo que haveis de beber; nem quanto ao vosso corpo, pelo que haveis de vestir. Não é a vida mais do que o mantimento, e o corpo mais do que o vestuário?
26. Olhai para as aves do céu, que nem semeiam, nem segam, nem ajuntam em celeiros; e vosso Pai celestial as alimenta. Não tendes vós muito mais valor do que elas?
27. E qual de vós poderá, com todos os seus cuidados, acrescentar um côvado à sua estatura?
28. E, quanto ao vestuário, por que andais solícitos? Olhai para os lírios do campo, como eles crescem; não trabalham nem fiam; 29. E eu vos digo que nem mesmo Salomão, em toda a sua glória, se vestiu como qualquer deles.
30. Pois, se Deus assim veste a erva do campo, que hoje existe, e amanhã é lançada no forno, não vos vestirá muito mais a vós, homens de pouca fé?
31. Não andeis, pois, inquietos, dizendo: Que comeremos, ou que beberemos, ou com que nos vestiremos?
32. Porque todas estas coisas os gentios procuram. Decerto vosso Pai celestial bem sabe que necessitais de todas estas coisas; 33. Mas, buscai primeiro o reino de Deus, e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas.
34. Não vos inquieteis, pois, pelo dia de amanhã, porque o dia de amanhã cuidará de si mesmo. Basta a cada dia o seu mal.).
“Pois vosso Pai celeste sabe que necessitais de todas” essas coisas
(Mateus 6:32: 32 Porque todas estas coisas os gentios procuram. Decerto vosso Pai celestial bem sabe que necessitais de todas estas coisas;).

O exemplo simples de oração
(Mateus 6:9-13 9. Portanto, vós orareis assim: Pai nosso, que estás nos céus, santificado seja o teu nome; 10. Venha o teu reino, seja feita a tua vontade, assim na terra como no céu; 11. O pão nosso de cada dia nos dá hoje; 12. E perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós perdoamos aos nossos devedores; 13. E não nos conduzas à tentação; mas livra-nos do mal; porque teu é o reino, e o poder, e a glória, para sempre. Amém.)

dado por Jesus ilustra cada um destes pontos: a íntima ligação pessoal com o Rei (“Pai nosso”), a dependência e confiança nele para prover nossas necessidades (“O pão nosso...dá-nos hoje”) e responsabilidade direta com o Rei (“perdoa-nos as nossas dívidas”). Essa oração também ilustra o único interesse que os cidadãos podem ter, e devem ter, como resultado da eliminação das distrações que são parte dos reinos terrestres. “Venha o teu reino”
(Mateus 6:10 10 Venha o teu reino, seja feita a tua vontade, assim na terra como no céu;)
é mais do que um pedido pela vinda do Reino. É uma expressão de fidelidade ao Rei e seus propósitos. Na realidade é uma definição do reino: a vontade de Deus sendo feita na terra (e em nós) do mesmo modo como é cumprida no céu. Essa visão clara, centralizada, de nosso lugar no reino é ilustrada pela bênção de uma boa visão, que inunda o corpo com informação necessária para agir corretamente
(Mateus 6:22-23: 22. A candeia do corpo são os olhos; de sorte que, se os teus olhos forem bons, todo o teu corpo terá luz; 23. Se, porém, os teus olhos forem maus, o teu corpo será tenebroso. Se, portanto, a luz que em ti há são trevas, quão grandes serão tais trevas!),
e pela impossibilidade de servir a dois mestres ao mesmo tempo
(Mateus 6:24 24 Ninguém pode servir a dois senhores; porque ou há de odiar um e amar o outro, ou se dedicará a um e desprezará o outro. Não podeis servir a Deus e a Mamom.).
A participação no reino dos Céus exige uma devoção ao Rei que poucos atingirão
(Mateus 7:13-14: 13. Entrai pela porta estreita; porque larga é a porta, e espaçoso o caminho que conduz à perdição, e muitos são os que entram por ela; 14. E porque estreita é a porta, e apertado o caminho que leva à vida, e poucos há que a encontrem.).
Expressões de devoção (“Senhor, Senhor”), ou mesmo grandes realizações em nome do Rei
(Mateus 7:21-22: 21. Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus.
22. Muitos me dirão naquele dia: Senhor, Senhor, não profetizamos nós em teu nome? e em teu nome não expulsamos demônios? e em teu nome não fizemos muitas maravilhas?)
 não são suficientes são até mesmo contra as leis do Rei se não forem a vontade do Pai.
Com Deus, o Filho como nosso Rei, podemos dar toda a força de nossa lealdade, atenção e atividade somente a ele. Buscar louvor, posição ou posses, tudo são distrações características das organizações mundanas, com seus governantes imperfeitos e egoístas. Nosso Rei sabe e pode prover tudo o que verdadeiramente necessitamos. Mas “buscai, pois, em primeiro lugar, o seu reino e a sua justiça, e todas estas cousas vos serão acrescentadas”
(Mateus 6:32-33: 32. Porque todas estas coisas os gentios procuram. Decerto vosso Pai celestial bem sabe que necessitais de todas estas coisas; 33. Mas, buscai primeiro o reino de Deus, e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas.).


















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