segunda-feira, 6 de fevereiro de 2017

as bem-aventuras



Como devemos entender as bem-aventuranças?
Seria difícil imaginar uma pregação mais revolucionária ou mais importante do que o Sermão do Monte, relatado em Lucas 6 e, na versão mais completa, em Mateus 5, 6 e 7. Jesus já estava pregando o evangelho do reino (Mateus 4:23) quando sentou num monte na Galileia e começou a falar algumas das palavras mais desafiadoras de todos os tempos.
Ele introduz esta mensagem com uma lista de qualidades espirituais conhecidas como as bem-aventuranças (Mateus 5:3-12). Nestes versículos ele diz que os abençoados no reino de Cristo são: os humildes/pobres de espírito, os que choram, os mansos, os que têm fome e sede de justiça, os misericordiosos, os limpos de coração, os pacificadores, os perseguidos.
Vale a pena estudar o significado de cada qualidade para compreender melhor este desafio, mas neste artigo quero comentar sobre o valor geral destes versículos como um todo. Algumas sugestões para ajudar no entendimento das bem-aventuranças:

(1) Não devem ser tratadas separadamente, ou seja, não deve imaginar que teria algum benefício em chorar sem ser misericordioso, ou em ser perseguido se não tiver fome e sede de justiça. Jesus lança um desafio importante: cultivar todas estas qualidades em nossas vidas.
(2) Não são qualidades naturais. Jesus não descreve pessoas que são naturalmente choronas ou mansas. Ele fala das disposições de corações aptos para o reino dele. São características espirituais que exigem autonegação na vida de cada discípulo.
(3) Não devem ser entendidas em termos materiais. O reino de Cristo é espiritual, não uma nação física com fronteiras geográficas. Ele fala de pessoas humildes ou pobres de espírito, uma atitude que não tem nada a ver com sua situação financeira. Ele não fala de pessoas que negociam tratados entre países, mas de pessoas que contribuem à paz entre o pecador e seu Criador. No mesmo sentido, as bênçãos mencionadas nestes versículos devem ser entendidas como descrições da abençoada comunhão com o Senhor, e não como promessas materiais. Não devemos imaginar a ocupação perpétua deste planeta, mas devemos buscar e manter comunhão com seu dono!
Para ter o privilégio de participar do reino de Jesus Cristo, precisamos desenvolver as qualidades descritas nas bem-aventuranças.









"E Jesus vendo a multidão subiu num monte, e sentando-se, aproximaram-se dele os discípulos.
E abrindo a sua boca, os ensinava, dizendo:
Bem-aventurados os pobres de espírito, porque deles é o Reino dos Céus.
Bem-aventurados os que choram, porque serão consolados.
Bem-aventurados os mansos, porque herdarão a terra.
Bem-aventurados os que tem fome e sede de Justiça, porque serão fartos.
Bem-aventurados os misericordiosos, porque encontrarão a Misericórdia.
Bem-aventurados os puros de coração, porque verão a face e Deus.
Bem-aventurados os pacificadores, porque serão chamados filhos de Deus.
Bem-aventurados os que sofrem perseguição por causa da Justiça, porque deles é o Reino dos Céus.
Bem-aventurados sois vós, quando vos injuriarem, perseguirem e mentirem, dizendo todo mal contra vós por minha causa.
Exultai e alegrai-vos, porque é grande vosso galardão nos céus, porque assim perseguiram os profetas que foram antes de vós."
Mateus 5, 1-12

O Sermão da Montanha do Evangelho de Mateus é o texto mais importante do Novo Testamento. Aqui estão expressos os principais conceitos do cristianismo e contém, sem dúvida, a síntese da mensagem de Jesus. Afirmava Mahatma Gandi que se toda a literatura ocidental de perdesse e restasse apenas o Sermão da Montanha, nada se teria perdido.
O Sermão começa com as Bem-aventuranças, que são a síntese dos passos da iniciação cristã, que é o processo de evolução do espírito em sua jornada terrena. Aqui estão descritos, de um modo impressionante e com uma clareza cristalina, os passos que o homem deve seguir para chegar ao Reino dos Céus.
Consiste da afirmação do passo iniciático, seguida da afirmativa que se refere à conseqüência desse passo. Seguem uma ordem ascendente. Os passos são citados iniciando da condição terrena e material, que leva o espírito encarnado até sua libertação da cadeia evolutiva deste Eon. Inicia, pois, com o homem terreno, puramente materialista. que vive exclusivamente a matéria.
1 — Bem-aventurados os pobres de espírito, por que deles é o Reino dos Céus.
No primeiro momento evolutivo, do homem material, é preciso perceber que existe nele algo mais do que a matéria que conhece. Que existe nele um espírito. Que existe um mundo que não é matéria, que é algo que não conhece. Neste instante inicia-se sua evolução espiritual. Passa a buscar as coisas espirituais! Torna-se um mendigo do espírito (uma das traduções usadas para a frase).
Como não conhece nada deste mundo novo ou do seu espírito, apercebe-se neste instante que é um pobre de espírito. Põe o pé na Seara Evolutiva que vai trilhar neste seu período evolutivo terreno.
Esta já é por si só uma assertiva maravilhosa, mostrando de que modo o homem entra no caminho evolutivo deste Eon.
Mais maravilhosa é a afirmativa seguinte, conseqüência deste passo: "Porque dele é o Reino dos Céus". Aqui está claro, aquele que põe o pé na seara inevitavelmente chegará ao fim!
Quando o homem se inicia no caminho de mendigo do espírito fatalmente chegará ao Reino. Por bem ou por mal, aquele que iniciou a seara chegará ao fim, porque nele está a potencialidade divina que foi acordada pela sua vontade. A realização é inevitável, simplesmente questão de mais ou menos tempo. Esta consolação maravilhosa que se encontra na primeira bem-aventurança, vem para nos confortar, a nós que estamos neste caminho.
Como pode-se ver, existe um sentido muito mais profundo em cada palavra do Evangelho de Jesus. Basta que se tenha "olhos de ver"!

2 — Bem-aventurados os que choram e sofrem, porque serão consolados.
Tendo colocado o pé no caminho, o homem inicia sua espiritualização. Passa a sentir-se como um estranho no mundo material. As coisas do mundo não lhe dão mais a mesma satisfação e, não tendo ainda a consolação das coisas do espírito, chora e sofre!
Neste momento o ser em evolução encontra-se em total desespero; sente-se abandonado. Saiu de um mundo mas não encontrou ainda outro.
Muitos de nós nos encontramos neste estágio. Sentimos que existe um mundo maior, além do mundo, mas não conseguimos penetrar nele. Permanecemos presos ao mundo em que vivemos, aos seus valores. Por isto sofremos.
Mas, exatamente devido a este sofrimento, somos impelidos a buscar o entendimento e a consolação. Buscando, certamente encontraremos — "Busca e acharás".
A consolação está em todo canto; basta que tenhamos "olhos de ver"
Desta forma, a consolação está clara aqui nessas palavras do Evangelho — pelas quais já passamos tantas vezes sem nunca termos visto a consolação que existe nelas. Os que sofrem serão consolados!

3 — Bem-aventurados os mansos, porque que herdarão a terra.
Esta bem-aventurança já foi muito mal interpretada por ignorantes e interesseiros, que atribuem a ela a afirmação de que o homem deve ser submisso à instituição religiosa, ser manso, e que acena com a possibilidade de assim obterem ganhos materiais.
"Se aceitares as coisas da igreja, neste mundo mesmo receberás a recompensa" – isto foi muito usado para beneficiar aquele que "colaboravam".
Vamos à interpretação iniciática cristã.
O homem que pôs o pé no caminho, sentiu-se sozinho e buscou a consolação. Este homem não mais luta com as coisas do mundo. Adquiriu a compreensão de que mundo material nada mais é do que a manifestação de um mundo astral. Que não adianta bater de frente com as coisas do mundo, elas têm uma Lei. Que a natureza tem um ritmo, contra o qual não é possível lutar.
Com este entendimento torna-se manso. Não luta contra as coisas do mundo, coloca-se na posição em que a corrente do mundo flui. Coloca-se no "caminho perfeito".
Nesta situação, as coisas terrenas passam a acontecer de modo a beneficiá-lo.
A natureza passa a trabalhar para este homem manso. Ele usa suas forças para colocar-se na direção de receber o que deseja, porque entende como a Lei se cumpre. Este homem é manso, mas não covarde; é um grande lutador, que luta com sabedoria.
A conseqüências de ser assim manso é herdar a terra. Os bens materiais lhe são dados em acréscimo.
É impressionante a seqüência do passo com a conseqüência dele. Neste estágio encontram-se os homens que sabem viver com o que possuem — podem ser ricos que usam bem sua riqueza, e podem ser pobres que estão em harmonia com o que têm.

4 — Bem-aventurados os que tem fome e sede de Justiça, porque encontrarão a Justiça.
O homem que herdou a terra, que vive em paz com as coisas materiais, passa a ter uma aspiração ética mais ampla. Já entendeu a Justiça do mundo. Procura encontrar no mundo a presença de Deus.
Busca encontra a Justiça em tudo o que vê: tem fome de Justiça!
Este já é um homem superior a média, é o homem que do fundo do seu coração procura ser justo.
Nesta busca vai encontrar a mão e Deus em tudo que ocorre no mundo. Vai entender a Lei do Carma.
Este homem entende que o momento que vive foi criado por ele mesmo no passado. Com este entendimento encontra a Justiça.
No passo anterior, conheceu a Justiça do mundo, e aprendeu como as leis da natureza fazem a sua Justiça. Neste passo entende a Justiça de Deus, a Justiça que comanda tudo que independe do mundo.

5 — Bem-aventurados os misericordiosos, porque encontrarão a Misericórdia.
Neste quinto passo iniciático, o homem inicia-se no espírito de Deus. Passa a ter a compreensão de que existe algo além da Justiça. Que há uma força maior do que a Lei. Que há alguma coisa que o une aos outros homens. Este algo mais além da Justiça é a Misericórdia!
A semente dessa Misericórdia existia em seu coração desde o início, mas o homem só tem condição de perceber a Misericórdia depois de conhecer a Justiça.
A Misericórdia antes da Justiça gera a desarmonia e o caos.
O sentimento de Misericórdia, que estava escondido dentro de seu coração, manifesta-se neste momento e o homem se torna misericordioso. Torna-se naturalmente misericordioso, como ocorre a cada passo, confirmando a afirmação inicial de que quem põe o pé no caminho chegará ao Reino dos Céus.
A conseqüência deste passo é que encontrará a Misericórdia. Só sendo misericordioso é que se pode entender a Misericórdia de Deus, pois esta não está em qualquer lógica ou raciocínio humanos. Sendo misericordioso o homem encontrará a Misericórdia para elevá-lo no caminho de Deus.
Não é por seus méritos que chegou aqui e nem será por eles que seguirá adiante, é simplesmente pela Misericórdia de Deus!
Encontramos poucos exemplos de homens neste quinto passo iniciático. A verdadeira Misericórdia vem depois da Justiça. Só é misericordioso quem foi Justo, fora disto temos pena e dó de nossos semelhante, por egoísmo, porque vemos na sua mazela a possibilidade de sofremos igual mazela.
A Misericórdia divina, por outro lado, transcende nosso entendimento de Justiça terrena — podemos ter uma compreensão disto no Livro de Jó.

6 — Bem-aventurados os puros de coração, porque verão a face de Deus.
Neste sexto passo o homem se identifica com Deus!
Já no passo anterior o homem transcendeu ao mundo, já se encontra caminhando em terrenos do coração, onde a lógica e o raciocínio humanos não alcançam.
Aqui o homem saiu de si, já não é mais sozinho, encontrou Misericórdia por tudo e por todos. Este tudo e estes todos fazem parte dele neste momento evolutivo. Todo o egoísmo saiu do seu coração, e o homem torna-se um "puro de coração"!
Este é o momento evolutivo em que o peregrino pode dizer "Eu e o Pai somos um"!
Neste momento a vontade do Homem é a vontade de Deus!
Homem com H maiúsculo, porque neste estágio se encontra o verdadeiro Homem, o unigênito, o primeiro nascido. O Mestre Jesus, saindo de sua iniciação no deserto para ser batizado e iniciar sua visa pública.
Este passo iniciático corresponde ao Amor!
Só existe o verdadeiro amor depois que se vence o mundo, que se conhece a Justiça e que se teve a Misericórdia. Antes disto o amor é egoísmo!
A conseqüência deste passo é clara": "ver a face de Deus". O peregrino deste passo identifica-se com Deus, mas não é Deus.
"Eu e o Pai somos Um, minha vontade é a vontade do Pai, mas eu não sou o Pai".
Nada mais claramente expressa estas afirmações do que "ver a face de Deus".

7 — Bem-aventurados os pacificadores, porque serão chamados filhos de Deus.
Poderíamos supor que o Homem que está diante da face de Deus, que é uno com Ele, tivesse terminado sua peregrinação evolutiva neste Eon. O evangelho ainda lhe reserva mais um passo.
Este Homem que verdadeiramente amou o mundo, não poderia simplesmente partir liberto sozinho! Tem que levar consigo os seus amados.
Não pode terminar sua peregrinação sem que todos seus amados sejam também libertos. Tem que trazer a Paz aos que ficaram para trás! "Bem-aventurados os pacificadores".
Este é o sétimo passo iniciático, que é representado pela "Paixão de Cristo".
O Homem veio trazer a Paz a nós todos que ficamos: "Eu vos dou a minha Paz", "Eu vos deixo a minha Paz".
Não é possível deixar de voltar para trazer a Paz àquele que verdadeiramente amou.
A conseqüência deste passo é aqui expressa de uma maneira clara e cristalina. Eis o verdadeiro pacificador, que será chamado "Filho de Deus "!
O filho de Deus está um passo adiante daquele que vê a face de Deus. Além de ser uno em vontade é uno em essência: é filho!
É impressionante como pode estar contido tanto em tão poucas palavras, e de modo tão claro. Porém mais impressionante é de que modo tais palavras têm sido distorcidas da realidade, visando interesses terrenos e escusos.

8 — Bem aventurado os que sofrem perseguição por causa da Justiça, porque deles é o Reino dos Céus.
Este é o passo do sofrimento de Jesus na cruz.
Ali estava o filho de Deus perseguido por causa da Justiça, sendo crucificado. É necessário que se seja crucificado por causa desta Justiça e que nesta crucificação o iniciado seja capaz de perdoar: "Pai perdoai os porque não sabem o que fazem".
Para ser filho de Deus é necessário ser pacificador, mas para entrar no Reino é necessário este oitavo passo, que decorre naturalmente de ser pacificador. O pacificador é perseguido por causa da Justiça, e é crucificado porque não é mais deste reino terreno. É do Reino dos Céus!
É bem-aventurado o que sofre esta perseguição. Esta perseguição ocorre exatamente do atraso evolutivo dos amados que ficaram.
A grandeza do ato do iniciado fica expressa nesta perseguição, tanto maior quanto maior for o desnível evolutivo entre este Homem e seus amados.
Esta oitava bem-aventurança vem a ser também a afirmação de que todos nós que habitamos neste mundo seremos libertos e atingiremos o Reino dos Céus.
Por bem ou por mal, cada um de nós será um dia um Filho de Deus! Esta é uma consolação que Evangelho nos traz, para que tenhamos ânimo na peregrinação terrena. Mesmo os que não mendigaram pelas coisas do espírito e dessa forma puseram o pé na Seara, mesmos estes terão o Reino, porque a Justiça os persegue.
Habita em cada um de nós o Deus vivo e, mesmo que não tenhamos qualquer consciência disso, far-se-á a Justiça. É justo que todos sejamos libertos!
Pela dor ou pelo amor trilharemos cada um de nós esses passos iniciáticos até que o Cristo se manifeste em nós.
Neste passo praticamente se encerra a peregrinação do iniciado neste Eon.
Este oitavo passo iniciático termina com a afirmação idêntica à inicial: "Porque dele é o Reino dos Céus".

9 —Bem-aventurados sois vós, quando vos injuriarem, perseguirem e mentirem,
dizendo todo mal contra vós por minha causa.
Exultai e alegrai-vos, porque é grande vosso galardão nos céus, porque assim perseguiram os profetas que foram antes de vós.
Pode parecer estranho que no Evangelho haja ainda nona bem-aventurança, que corresponderia a um novo passo iniciativo.
Aqui não é exatamente um novo passo. A afirmativa é diferente: "Bem-aventurado sois vós".
Isto mostra que não se trata de um novo passo.
Aqui está uma benção dirigida àqueles que, entendendo a mensagem de Jesus, compreenderam que o Cristo está dentro deles, e por este Cristo são perseguidos, injuriados e caluniados.
Este é o caminho iniciativo escolhido por aqueles que, pela dor e pelo sofrimento, optam por manifestar o Cristo interno no mundo. Esta foi a opção dos profetas que nos precederam.
Esta opção só pode ser escolhida por aqueles que. Tendo uma percepção extra-sensorial, sentem a presença deste Cristo interno. Estes são os profetas, quando acertam o caminho, e são os loucos quando nele se perdem.
Este caminho é o caminho de espadas do Tarô.
Está aqui expresso como uma consolação oferecida aos discípulos e que foi mais tarde mal-entendida pelos Mártires.
[1] Ver também O Sal da Terra, Mateus 5, 13, continuação de "O Sermão da Montanha".

O Sal da Terra

«Vós sois o sal da terra, e se o sal for insípido, com que se há de salgar?
Para nada mais presta senão para se lançar fora, e ser pisado pelos homens. »
Mateus 5, 13

O Sermão da Montanha [1]
Esta é uma das passagens do Sermão da Montanha. Segue logo após as exortações da Bem-Aventuranças. Como todo o Sermão da Montanha esta afirmativa é de uma profundidade muito grande para o entendimento da mensagem do Cristo encarnado em Jesus. Trata-se da primeira de uma série de afirmações que compõem o Sermão da Montanha. Sendo a primeira assertiva, é de caráter amplo, considerando o homem em conjunto, dando o sentido principal da vida do homem.
Esta comparação é de uma propriedade maravilhosa.

O valor do sal
O sal em si não tem qualquer valor, não é alimento, não tem outra serventia que não a de ressaltar o sabor dos alimentos. O sal é indispensável à vida e, no entanto, em excesso é danoso.
A água de dentro dos tecidos vivos movimenta-se pelas diferenças de concentração do sal. O corpo humano retém a água devido ao sal que contém; a célula preserva uma concentração de sal.
O sal é uma substância que por si mesma não tem nenhuma qualidade. Por si mesmo não é um alimento, destrói o paladar.
Colocado na terra, a esteriliza. Em contato prolongado com a pele, a destrói. Não tem cor. Não tem cheiro. Não tem forma. Desaparece nos líquidos.

Tempero e Relacionamento
Por si mesmo, não vale nada! Misturado, vem a ser a alma do mundo!
A vida não existiria sem o sal. A vida não teria forma, os alimentos não teriam sabor. A própria terra necessita certa quantidade de sal para produzir.
O sal é basicamente um tempero!
Desta mesma forma somos nós o "sal da terra"! Um homem é como o sal: precisa misturar-se, interagir com os outros e com o mundo. Toda sua potencialidade só tem valor se for para temperar a vida. Concentrada em si mesmo, é destrutiva.
O homem que vive dentro de si mesmo, com e para os seus pensamentos e o seu raciocínio, vivendo para o seu egoísmo, torna-se um ser que destrói a terra onde pisa. Misturado, interagindo com os outros seres, mesmo em pequenas quantidades, torna-se capaz de executar as grandes obras. Grandes obras que não são ele, o "sal da terra", mas que sem ele não existiriam. Por si só nada vale, mas é quem dá sabor à terra! Se não for para nos relacionarmos com tudo e com todos, nada valemos!

Como devemos viver
Devemos viver a vida na terra, nos relacionarmos uns com os outros. Este relacionamento é que faz o sal da terra. De nada adianta sermos o sal se não dermos o tempero à vida? De que serviria a vida se não fosse vivida, de que serviria o sal insosso?
"Vós sois o sal da terra e, se o sal for insípido, com que se há de salgar?" A pergunta fica propositadamente sem resposta. Se não fosse o homem no mundo, o que existiria? Com que se há de salgar?
O mundo existe em relação à nossa consciência. Sem o homem não há existência!
Este relacionamento não pode ser insípido, não pode ser morno: deve ser frio ou quente. Este é o tempero da terra!
Uma grande quantidade de sal torna tudo estéril, como está se vendo nos dias de hoje, quando tanta gente se refestela, vivendo só para si, sem se relacionar com os outros e com o mundo.
O homem por si só não vale nada, seu valor está no seu relacionamento com os outros seres e com o mundo! O homem existe para dar finalidade e beleza ao que existe, para ser o tempero do mundo.
Se não se misturar com os outros e com o mundo, torna-se insosso, deixa de ter valor, deixa de ter sentido, torna-se destrutivo. Da mesma forma que o é uma montanha de sal.
Do pouco que sejamos, se este pouco for misturado às coisas do mundo, faremos com que tudo seja grande, belo e tenha sentido. Da mesma forma que uma pitada de sal torna o alimento saboroso, o pouco que o homem seja é capaz de transformar as coisas do mundo.
O homem não vale nada por si mesmo; na medida em que se julgue importante vai se tornando como um monte de sal. Tem que encontrar seu sentido na vida, e não existir apenas para si mesmo — ele é o tempero.
Neste mundo em que vivemos, somos o sal da terra. Cada um de nós em si nada vale, não temos outra serventia que não a de adicionarmos sabor à vida. E se adicionamos em excesso, somos danosos.
Tudo o que existe no mundo não valeria nada, não teria finalidade, não teria sentido se não fosse o "sal da terra".
Vivamos agradecendo a Deus a oportunidade de viver, de nos relacionarmos, de fazermos qualquer coisa que se relacione como todos e com tudo.

A inércia
O pior de todas os males é a inércia. É o não fazer nada. É dispor dos dons de Deus sem usá-los. É não usar os talentos de que dispomos.
Vamos à luta de cada dia, enfrentemos as dificuldades relacionando-nos com as pessoas, em paz, e gerando harmonia à nossa volta.
É desta maneira que somos o Sal da Terra!
Cada um de nós, em si, não valemos nada, nada mais somos que um monte de um pó. Se, porém, formos usados para temperar a terra, geraremos a vida, a evolução e o crescimento espiritual de todos nós.
Somos o Sal da Terra!
Se formos insípidos, de nada valeremos. Somos o tempero que acrescenta sabor à vida! Nada existe de mais interessante do que esta comparação!
Somo o Sal da Terra!
É lutando que nos tornamos o Sal da Terra. Vivendo, enfim!
"Vós sois o sal da terra, e se o sal for insípido, com que se há de salgar? Para nada mais presta senão para se lançar fora, e ser pisado pelos homens."
Vós sois o sal da terra! Para que se misturem, para que interajam, para que deem sabor à terra!
Sozinhos, "se fordes insípidos", tornar-vos-ei um ser destrutivo, que não tem cheiro, que não tem forma, que destrói a pele onde toca, e esteriliza a terra onde fica, e desaparecereis nas águas do mundo!
[1] Ver também As Bem-Aventuranças, Mateus 5, 1-12, parte inicial de "O Sermão da Montanha".





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Apresentação em tema: "OS FRUTOS DO ESPÍRITO SANTO. Tema: “Quem está atento observa os Frutos do Espírito Santo” Ö Os frutos do Espírito Santo tornam-se referência para aqueles."— Transcrição da apresentação:
1 OS FRUTOS DO ESPÍRITO SANTO
2 Tema: “Quem está atento observa os Frutos do Espírito Santo” Ö Os frutos do Espírito Santo tornam-se referência para aqueles que se deixam conduzir pelo próprio Espírito. Ö O nome já diz: FRUTO Ö O Fruto, em si, serve para alimentar o CORPO. Mais Jesus nos OFERECE um Novo FRUTO para Alimentar: Ö O ESPÍRITO: Ö ALMA: A Vida Dá Ânimo a Vida
3 Ö Quais são esses Frutos do Espírito Santo? Ö Em Gálatas 5, 22 23, nós encontramos nove dons que são manifestados como "Frutos do Espírito". Vemos também esses dons em 1Pedro 1,3-11. Paulo frisou claramente que os cristãos são caracterizados pelos Frutos do Espírito. Aqueles cujas vidas são exibições constantes de trabalhos da carne não entrarão o Reino de Deus ( Gálatas 5:21). è Amor : O amor é um afeto para com Deus e o homem. É produzido pelo novo nascimento ( I João 4,7-8), e descrito por Paulo em I Coríntios 13,1-8. Somente quando somos controlados pelo Espírito de Deus podemos verdadeiramente amar. Amor - Êxodo 20 è Gozo, Alegria : Esse gozo santo vem por conhecer a Deus e crer em suas promessas. Ele é necessário para o serviço cristão ( Deuteronômio 28,47 ; Salmos 51,12-13), e é um atributo de cristãos cheios do Espírito.
4 è Paz : Essa é uma calma disposição da mente e do coração vinda da certeza de termos sido perdoados e sabermos que Deus pode satisfazer todas as nossas necessidades ( Filipenses 4,6-7). Paz - Armadura - Efésios 6,11-18; Os Criadores da Paz - Bem- Aventuranças - Mateus 5; Não Mate - Mandamentos - Êxodo 20 è Paciência, Longanimidade : Essa é uma característica cristã que se caracteriza por não se sentir ofendido ou provocado facilmente. Puro em coração - Bem-Aventuranças - Mateus 5; Adultério - Mandamentos - Êxodo 20 è Benevolente, Benignidade, Amabilidade, Delicadeza no trato com os outros: Esse é um espírito amável e benevolente visto naqueles que caminham com Deus. Humilde - Armadura - Efésios 6,11-18; Misericordioso - Bem-Aventuranças - Mateus 5; Não Furtarás - Mandamentos - Êxodo 20
5 è Bondade : Esta é uma moral geral e excelente que não tem motivos secundários. Puro em Coração -nas Bem-Aventuranças - Mateus 5 ; Adultério - nos Mandamentos - Êxodo 20 è Fé, Fidelidade,Verdade : Toda fé verdadeira é produzida pelo Espírito de Deus, seja a fé salvadora ou a fé exercida diariamente nas promessas de Deus quando surgem necessidades ou aflições. Fé, Verdade - na Armadura - Efésios 6,11-18 ; Não Minta - nos Mandamentos - Êxodo 20 è Mansidão, Brandura : Esta é a disposição de conter- se em conseqüência de um reconhecimento de nossa própria depravação ( Mateus 5,4-5). è Domínio Próprio (de si mesmo), Temperança : Baseia-se no auto-controle e na moderação encontrados naqueles que vivem somente para a glória de Deus. Não furtarás, Não Cobiçarás - nos Mandamentos - Êxodo 20
6 Ö É notável que os cristãos podem ter um ( ou mais ) dom espiritual(ais), contudo nunca é o caso dos "Frutos do Espírito". Cristãos cheios do Espírito terão todos os "Frutos do Espírito" porque a "Mente de Cristo" ( Filipenses 2,5) está neles. Assim que eles são controlados pelo Espírito de Deus tornar-se- ão como Cristo em todas as áreas do seu caráter. Ö Pode ser vista a unidade dos "Frutos do Espírito" pelo fato de que todos os frutos podem ser incluídos junto ao primeiro que é " amor ". Em Romanos 13,8-10, achamos que o amor cumpre a lei. Ö Todos os deveres do homem podem ser incluídos sob o comando de amar a Deus e o homem. Medite na descrição de Paulo sobre o amor em I Coríntios 13,1-8. Observe que todos os "Frutos do Espírito" são manifestados pelo amor.
7 Ö Nós, CONSAGRADOS de Jesus devemos dar lugar em tudo ao Espírito Santo, nas atitudes, nas palavras, nas ações e comportamentos. A vida cristã é um todo e somos conhecidos de Deus através dos nossos frutos. Toda árvore boa dá bons frutos. Mateus: 7, Ö Através do amor ágape recebido de Deus exerceremos em harmonia os dons e o Fruto do Espírito. "Convém que Jesus cresça e eu diminua", palavras de João Batista (Jo 3,30), e agora nossas também. Ö Estes Frutos só se desenvolvem em nosso coração quando não colocamos obstáculos para que isso aconteça. Ö João Batista experimentou esses Frutos porque aceitou ser o PRECURSOR, isto é, preparou muitos corações para aceitar o Senhor. Hoje somos chamados a preparar outros corações oferecendo os FRUTOS DO ESPÍRITO que são Frutos da Vida Eterna.
8 Ö Não podemos permitir que as pragas do mundo contamine e descaracterize o coração do Homem. Ö Essas pragas são: Medos Mágoas Rejeição Ódio Depressão Inveja Orgulho Vaidade Omissão Fornicação Adultério Idolatria
9 Ö Mais queremos um coração SEGUNDO O CORAÇÃO DE JESUS, pois é nesse coração que EMANARÁ os FRUTOS DO ESPÍRITO SANTO Jo 7, Ö CORAÇÃO que sofre mais carrega o vigor da VIDA NO ESPÍRITO COMO NO DIA DE PENTECOSTE Atos 2, 1-6 Ö CORAÇÃO que emana o principal Fruto do ESPÍRITO: Ö O AMOR. Esse que vai transformar o mundo
10 Ö São os Frutos do Espírito que irão EDIFICAR A COMUNIDADE Ö Ela vai se tornar: Frutos Espirituais da Comunidade Vida Nova VivaUnida MaduraOrante AcolhedoraDócil TransparenteAmor (Ágape) MisericórdiaCheio do Espírito Santo TrinitáriaHumilde Outros
11 Ö Deixa Jesus controlar sua vida para que experimente o Poder do FOGO ESPÍRITO SANTO Ö O ESPÍRITO SANTO fará suscitar os DONS necessários para que a Comunidade Viva Nova viva como as primeiras COMUNIDADES Cristãs Ö Acredite: DEUS quer a COMUNIDADE VIDA NOVA para que através dela aconteça uma grande:
12 RENOVAMENTO “E TODOS AQUELES QUE CREEM NO PODER DO ESPÍRITO SANTO SEJAM VERDADEIROS DISCÍPULOS DE JESUS PARA LEVAR A BOA NOVA A TODOS OS POVOS COMO NO DIA DE PENTECOSTE”
13 DEUS ABENÇOE E VOS GUARDE, CONCEDA PAZ, E A ALEGRIA DE PENTECOSTE FIM

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