segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

Os dez mandamentos - EBD


Lições Bíblicas CPAD – Jovens e Adultos

1º Trimestre de 2014

Título: Uma jornada de fé — A formação do povo de Israel e sua herança espiritual

Comentarista: Antonio Gilberto

 

Lição 7: Os Dez Mandamentos do Senhor

 

TEXTO ÁUREO

“Porque o fim da lei é Cristo para justiça de todo aquele que crê” (Rm 10.4).

 

VERDADE PRÁTICA

A Lei expõe e condena os nossos pecados, porém, o Senhor Jesus Cristo, pelo seu sangue expiador, nos perdoa e nos justifica mediante a fé.

 

LEITURA DIÁRIA

Jo 1.16,17 – A lei de Moisés e a graça de Deus

Rm 1.16,17 - O crente vive em Cristo a partir da fé

Gl 4.4,5 – Cristo veio alcançar os que estavam sob a Lei

1Co 1.30,31 - Cristo — sabedoria, justiça, santificação e redenção

Rm 10.8,17 – A fé pela Palavra quando crida e obedecida

Gl 2.16 – A justificação nos vem pela fé em Cristo

 

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

Êxodo 20.1-5,7-10,12-17.

1 - Então, falou Deus todas estas palavras, dizendo:

2 - Eu sou o SENHOR, teu Deus, que te tirei da terra do Egito, da casa da servidão.

3 - Não terás outros deuses diante de mim.

4 - Não farás para ti imagem de escultura, nem alguma semelhança do que há em cima nos céus, nem em baixo na terra, nem nas águas debaixo da terra.

5 - Não te encurvarás a elas nem as servirás; porque eu, o SENHOR, teu Deus, sou Deus zeloso [...].

7 - Não tomarás o nome do SENHOR, teu Deus, em vão; porque o SENHOR não terá por inocente o que tomar o seu nome em vão.

8 - Lembra-te do dia do sábado, para o santificar.

9 - Seis dias trabalharás e farás toda a tua obra,

10 - mas o sétimo dia é o sábado do SENHOR, teu Deus; não farás nenhuma obra, nem tu, nem o teu filho, nem a tua filha, nem o teu servo, nem a tua serva, nem o teu animal, nem o teu estrangeiro que está dentro das tuas portas.

12 - Honra a teu pai e a tua mãe, para que se prolonguem os teus dias na terra que o SENHOR, teu Deus, te dá.

13 - Não matarás.

14 - Não adulterarás.

15 - Não furtarás.

16 - Não dirás falso testemunho contra o teu próximo.

17 - Não cobiçarás a casa do teu próximo; não cobiçarás a mulher do teu próximo, nem o seu servo, nem a sua serva, nem o seu boi, nem o seu jumento, nem coisa alguma do teu próximo.

 

INTERAÇÃO

O Decálogo expressa o propósito de Deus para o povo de Israel: uma nação que andasse em justiça, odiasse o pecado e amasse a santidade. Caso seguissem esse estilo de vida, os judeus resplandeceriam como luz às nações vizinhas. Mas Israel falhou nesta missão e voltou-se contra Deus. Entretanto, a queda do povo judeu trouxe salvação aos gentios. Todavia, isso não deve orgulhar ou ensoberbecer a Igreja do Senhor, representante do Reino de Deus no mundo; pelo contrário, a comunidade dos santos deve temer a Deus e ouvir o conselho do apóstolo Paulo: “Porque, se Deus não poupou os ramos naturais [Israel], teme que te não poupe a ti também [Igreja]” (Rm 11.21).

 

OBJETIVOS

Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:

Conhecer os propósitos dos Dez Mandamentos.

Compreender o conceito de cada mandamento.

Saber que os Dez Mandamentos referem-se a relação do homem com Deus e o próximo.

 

 

 

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA

Prezado professor, utilize o esquema abaixo para concluir a lição. Os objetivos desta atividade são: recapitular os mandamentos estudados e analisar as duas relações humanas implícitas no Decálogo.

Explique à classe o quanto é óbvio que a interpretação dos quatro primeiros mandamentos se distingue dos outros seis, pois os quatro primeiros tratam do relacionamento do homem com Deus e os outros seis, do homem com o próximo. Conclua a aula afirmando que, além do aspecto espiritual, o Decálogo apresenta um caráter social da Lei cuja garantia da dignidade humana torna-se uma ordenança divina.

 

RESUMO DO DECÁLOGO

1º Mandamento — Não terás outros deuses diante de mim.

2º Mandamento — Não farás imagens de escultura.

3º Mandamento — Não tomarás o nome de Deus em vão.

4º Mandamento — Lembra-te do sábado, para o santificar.

5º Mandamento — Honra o teu pai e a tua mãe.

6º Mandamento — Não matarás.

7º Mandamento — Não adulterarás.

8º Mandamento — Não furtarás.

9º Mandamento — Não dirás falso testemunho.

10º Mandamento — Não cobiçarás.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

COMENTÁRIO

 

INTRODUÇÃO

 

Palavra Chave

Mandamento: Disposição escrita em que se determina a realização de um ato, de uma diligência; mandato.

 

Hoje estudaremos o capítulo 20 do livro de Êxodo. É uma síntese concernente aos Dez Mandamentos que foram entregues por Deus a Moisés. Muitos pensam que os preceitos morais da Lei foram somente para o Antigo Pacto. Todavia, Jesus ressaltou, no Sermão do Monte, que os preceitos morais da Lei são eternos e imutáveis, por isso precisamos conhecê-los.

 

I. OS PROPÓSITOS DA LEI

 

1. O Decálogo (Êx 20.3-17). O termo Decálogo literalmente significa “dez enunciados” ou “declarações” (Êx 34.28; Dt 4.13). Ele foi proferido por Deus no Sinai (Êx 20.1), mas também escrito por Ele em duas tábuas de pedra (Êx 31.18). O Decálogo exprime a vontade de Deus em relação ao ser humano. É, na verdade, um resumo da lei moral de Deus.

2. Objetivos do Concerto divino. A lei foi dada por Deus a Israel com os seguintes objetivos:

a) Prover um padrão de justiça. A lei entregue pelo Senhor a Moisés é um padrão de moralidade para o caráter e a conduta do homem, seja ele judeu, seja ele gentio (Dt 4.8; Rm 7.12).

b) Identificar e expor a malignidade do pecado. “Veio, porém, a lei para que a ofensa abundasse”; isto é, fosse devidamente conhecida (Rm 5.20). “Pela lei vem o conhecimento do pecado”, ou seja, o conhecimento pleno da transgressão (Rm 3.20; 7.7). A lei não faz do ser humano um pecador, mas faz com que ele se reconheça como um transgressor. Ela expõe a malignidade do pecado, mas ao mesmo tempo aponta o caminho da sua expiação pela fé em Deus através dos sacrifícios que eram oferecidos no Tabernáculo (Lv 4-7).

c) Revelar a santidade de Deus. O Senhor revela a sua santidade por intermédio da lei mosaica (Êx 24.15-17; Lv 19.1,2), de igual forma, em o Novo Pacto, Ele revela a todo o mundo o seu seu amor através do seu Filho Jesus (Jo 3.16; Rm 5.8). A lei foi dada por Deus para conduzir a humanidade a Cristo (Rm 10.4).

 

SINOPSE DO TÓPICO (I)

 

A Lei de Deus, entregue a Moisés tinha os seguintes propósitos para Israel: prover um padrão de justiça; identificar e expor a malignidade do pecado; revelar a santidade de Deus.

 

II. OS DEZ MANDAMENTOS (ÊX 20.1-17)

 

1. O primeiro mandamento. “Não terás outros deuses diante de mim” (Êx 20.3). Neste primeiro mandamento, Deus se revela como o único e verdadeiro Deus (Dt 6.4). Naquela época havia entre as nações falsos deuses. Um exemplo disso é o Egito, onde o povo de Israel estivera por 430 anos. Nossa adoração e culto devem ser dirigidos somente ao único e verdadeiro Deus. Não devemos cultuar nem os anjos (Ap 19.10), nem os homens (At 10.25,26) ou quaisquer símbolos. O primeiro mandamento da lei, reafirmado em o Novo Testamento, foi a respeito da adoração somente a Deus (1Co 8.4-6; 1Tm 1.17; Ef 4.5,6; Mt 4.10).

2. O segundo mandamento. “Não farás para ti imagem de escultura” (Êx 20.4-6). Aqui Deus proíbe terminantemente o uso de imagens idolátricas. “Deus é Espírito”, disse Jesus (Jo 4.24). Então, não há como adorá-lo por meio de imagens. Querer adorar a Deus por meio de imagens visíveis é falta de fé, pois Cristo é a imagem de Deus (Cl 1.13-23). É abominação ao Senhor a idolatria, ou seja, ter ídolos e ser idólatra (Dt 7.25). Na vida do crente, um ídolo é tudo o que ocupa o primeiro lugar em sua vida, em seu coração, em seu tempo e em sua vontade. Esse “ídolo” pode ser acúmulo de riqueza, a busca pela grandeza, pelo sucesso e pela fama. Pode ser também a busca pela popularidade, pelo prazer desenfreado. Há muita gente na igreja se arruinando espiritualmente por causa dos “ídolos do coração”.

3. O terceiro mandamento. “Não tomarás o nome do Senhor, teu Deus, em vão” (Êx 20.7). O nome de Deus representa Ele mesmo; sua divina natureza; seu infinito poder e seu santo caráter. Este mandamento, portanto, diz respeito à santidade do Senhor. Tomar o nome do Todo-Poderoso em vão é mencioná-lo de modo banal, profano, secular e irreverente.

4. O quarto mandamento. “Lembra-te do dia de sábado, para o santificar” (Êx 20.8-11). O sábado era um dia de descanso e de adoração a Deus. O termo sábado vem do hebraico shabbath (cessar; interromper). Em Gênesis 2.3 está escrito que: Deus “descansou” (literalmente “cessou”, no sentido de alguém interromper o que estava fazendo). A expressão “lembra-te”, usada pelo autor no versículo 8, indica que o sábado já fora dado por Deus no princípio, e que já era observado para descanso do trabalho e adoração a Deus (Gn 2.1-3; Êx 20.10). É importante ressaltar que em o Novo Testamento não há um só versículo que ordene a guarda do sábado como dia fixo santificado para descanso e adoração ao Senhor. O sábado foi dado como um “sinal” do pacto do Sinai entre Deus e Israel. Assim, o sábado assinala Israel como povo especial de Deus (Êx 31.12,13,17; Ez 20.10-12). A respeito dos demais mandamentos não está dito que eles são “sinais”. Para nós, o princípio que permanece é um dia de descanso na semana, para nosso benefício físico e espiritual (Cf. Mc 2.27,28). Nós, cristãos, observamos o domingo como dia de culto, pois Cristo ressuscitou no primeiro dia da semana (Lc 24.1-3).

 

SINOPSE DO TÓPICO (II)

Do primeiro ao quarto mandamento, o Decálogo apresenta leis para situar a relação do homem com Deus.

 

III. A CONTINUAÇÃO DOS MANDAMENTOS DIVINOS

 

1. O quinto mandamento. “Honra a teu pai e a tua mãe” (Êx 20.12). Honrar é respeitar e obedecer, por amor, à autoridade dos pais, e com eles cooperar em tudo. É o primeiro mandamento contendo uma promessa de Deus: “Para que se prolonguem os teus dias”.

2. O sexto mandamento. “Não matarás” (Êx 20.13). No original, o termo rasah equivale a matar o ser humano de modo doloso, premeditado, planejado. Este mandamento ressalta a sacralidade da vida humana como dádiva de Deus (At 17.25-28). Há também aqueles que matam o próximo no sentido moral, social e espiritual, mediante a mentira, a falsidade, a difamação, a calúnia, a maledicência e o falso testemunho (1Jo 3.15). Atualmente há muitos que foram atingidos mortalmente em sua honra e praticamente “morreram”.

3. O sétimo mandamento. “Não adulterarás” (Êx 20.14). Este mandamento do Senhor está vinculado à sacralidade, pureza e respeito absoluto ao sexo, ao matrimônio e à família. O adultério é um ato sexual ilícito e pecaminoso, de um cônjuge com outra pessoa estranha ao casamento. Enquanto a lei condenava a prática do ato, o Novo Testamento vai além — condena os motivos ocultos no coração que levam ao adultério (Mt 5.27,28). Portanto, mais que condenar o ato praticado, Deus espera que em todo o tempo dominemos nossos desejos e nos submetamos ao domínio do Espírito Santo.

4. O oitavo mandamento. “Não furtarás” (Êx 20.15). Furtar é apoderar-se oculta ou disfarçadamente daquilo que pertence a outrem. Isso abrange toda forma de desonestidade, de mentira, de ocultação, por palavra e por atos. É preciso respeitar os bens dos outros. Ter honestidade e pureza nos atos; no viver, no agir, no proceder.

5. O nono mandamento. “Não dirás falso testemunho contra o teu próximo” (Êx 20.16). Este mandamento do Senhor trata da nossa honestidade e sinceridade no uso da palavra em relação aos outros. Falso testemunho é falar mal dos outros; acusar e culpar injustamente; difamar; caluniar; mentir (Tg 4.11).

6. O décimo mandamento. “Não cobiçarás” (Êx 20.17). Este mandamento é o respeito ético a tudo o que pertence aos outros. Isto abrange o controle e o domínio dos apetites da alma, dos impulsos, desejos e vontade do crente. Cobiçar é querer o que pertence a alguém. Querer as coisas dos outros é um desejo insano que precisa ser debelado.

 

SINOPSE DO TÓPICO (III)

Do quinto ao décimo mandamento, o Decálogo apresenta leis que tratam da relação do homem com o próximo.

 

CONCLUSÃO

A Lei expõe e condena os nossos pecados, porém, o Senhor Jesus Cristo, pelo seu sangue expiador, nos perdoa e nos justifica mediante a fé.

 

EXERCÍCIOS

1. Qual o significado do termo “Decálogo”?

R. O termo Decálogo literalmente significa dez enunciados ou declarações.

 

2. De acordo com a lição, o que o Decálogo exprime?

R. O Decálogo exprime a vontade de Deus em relação ao ser humano.

 

3. Quais os objetivos do Concerto divino?

R. Prover um padrão de justiça; identificar e expor a malignidade do pecado; revelar a santidade de Deus.

 

4. O que significa tomar o nome de Deus em vão?

R. É mencioná-lo de modo banal, profano, secular e irreverente.

 

5. Fale a respeito do décimo mandamento.

R. Este mandamento é o respeito ético a tudo o que pertence aos outros. Isto abrange o controle e o domínio dos apetites da alma, dos impulsos, desejos e vontade do crente.

 

AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO I

 

Subsídio Teológico

 

“O Dez Mandamentos

 

Os Dez Mandamentos, aqui registrados (cf. Dt 5.6-21), foram escritos pelo próprio Deus em duas tábuas de pedra e entregues a Moisés e ao povo de Israel (31.18; Dt 4.13; 10.4). A guarda dos mandamentos proveu um meio de Israel procurar viver em retidão diante de Deus, agradecido pelo seu livramento do Egito; ao mesmo tempo, tal obediência era um requisito para os israelitas habitarem na Terra Prometida (Dt 41.14; 14 [...]).

 

(1) Os Dez Mandamentos são o resumo da lei moral de Deus para Israel, e descrevem as obrigações para com Deus e o próximo. Cristo e os apóstolos afirmam que, como expressões autênticas da santa vontade de Deus, eles permanecem obrigatórios para o crente do NT (Mt 22.37-39; Mc 12.28-34; Lc 10.27; Rm 13.9; Gl 5.14; Lv 19.18; Dt 6.5; 10.12; 30.6). Conforme esses trechos do NT, os Dez Mandamentos resumem-se no amor a Deus e ao próximo; guardá-los não é apenas uma questão de práticas externas, mas também requer uma atitude do coração [...]. Logo, a lei demanda uma justiça espiritual interior que se expressa em retidão exterior e em santidade.

(2) Os preceitos civis e cerimoniais do AT, que regiam o culto e a vida social de Israel [...] já não são obrigatórios para o crente do NT. Eram tipos de sombras de coisas melhores vindouras, e cumpriram-se em Jesus Cristo (Hb 10.1; Mt 7.12; 22.37-40; Rm 13.8; Gl 5.14; 6.2). Mesmo assim, contêm sabedoria e princípios espirituais a todas as gerações [...]” (Bíblia de Estudo Pentecostal. RJ: CPAD, 1995, p.145).

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO II

Subsídio Bíbliológico

 

“A Estrutura do Decálogo

 

É bastante óbvio que a intenção dos quatro primeiros mandamentos difere da intenção dos outros seis. Os quatro primeiros tratam do relacionamento com Deus, enquanto os outros seis regulam relacionamentos interpessoais. Talvez seja significativo que o mandamento acerca dos pais seja o primeiro no âmbito interpessoal [...]. Ocorre uma guinada do Criador para o procriador; a vida de uma pessoa se deve a ambos.

Ao ser perguntado sobre o mais importante mandamento (como se eles pudessem ser organizados hierarquicamente), Jesus citou Deuteronômio 6.5: ‘Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu pensamento’ (Mt 22.37), o que reduziu o primeiro mandamento a uma única frase. Apesar de não lhe pedirem maiores esclarecimentos, Jesus prosseguiu falando: ‘e o segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo’ (Mt 22.39). Isso condensa em uma única oração os últimos seis mandamentos. Observe que Jesus insiste que o amor pode ser determinado. Isso não seria uma profanação do amor? O amor não é algo a ser voluntariamente dado? Ao colocar o amor num contexto de exigência ou mesmo de imposição, Jesus dá a entender que o amor por Deus e pelo próximo se baseia na vontade, não em emoções.

Logo após ser orientado por Jesus sobre o cumprimento do mandamento como requisito para a vida eterna, o rico perguntou: ‘Quais?’. Jesus não disse nada sobre os quatro primeiros mandamentos, mas apenas sobre o segundo grupo. Até mesmo a ordem que eles são citados é interessante: sexto, sétimo, oitavo, nono e quinto. A falta de amor entre irmãos impede a possibilidade do amor de Deus e torna obscura qualquer expressão de amor por Deus (uma das mensagens de 1 João)” (HAMILTON, V. P. Manual do Pentateuco: Gênesis, Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio. 1 ed., RJ: CPAD, 2006, p.218-19)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

SUBSÍDIOS ENSINADOR CRISTÃO

 

Os Dez Mandamentos

 

Depois de caminharem pelo deserto e verem a provisão do Senhor, o povo chegou ao monte Sinai. Ali Deus falou diretamente com todo o povo na entrega do Decálogo (Dt 4.13). Podemos afirmar, sem sombra de dúvida, que o Decálogo é o ponto alto do Pentateuco. É o mais perfeito e justo código de leis da humanidade, estudado até hoje pelos juristas.

Qual o propósito dos Dez Mandamentos? Sem lei não existe transgressão. O propósito era expor e condenar os pecados dos israelitas e os nossos (Gl 3.24). O objetivo era mostrar que sem Deus, o homem não conseguiria obedecer plenamente à lei moral (Gl 3.11). A lei apontava para o Senhor Jesus Cristo, pois Ele nos resgatou da maldição da Lei (Gl 3.13). Segundo o Comentário Bíblico Moody “a lei não foi dada como meio de salvação. Foi dada a um povo já salvo a fim de instruí-lo na vontade do Senhor”.

Talvez você esteja se perguntando: A lei moral (os Dez Mandamentos) é para o crente atual? Sim! A lei não serve para a nossa salvação, pois esta é mediante a fé, todavia devemos observá-la. Jesus não veio revogar a lei e os profetas, todavia Ele criticou os excessos que eram cometidos (Mt 5.17). Observe o que Jesus falou em relação a alguns mandamentos: Compare o sexto mandamento, “não matarás” (Êx20.13), com a declaração de Jesus: [...] qualquer que, sem motivo, se encolerizar contra seu irmão será réu de juízo (Mt 5.22). Agora compare o sétimo mandamento, “não adulterará” (Êx 20.14) com as seguintes palavras do Mestre: [...] “qualquer que atentar numa mulher para a cobiçar já em seu coração cometeu adultério com ela” (Mt 5.28).

Podemos afirmar que os quatro primeiros mandamentos são uma referência ao nosso relacionamento com Deus. “Não terás outros deuses diante de mim” (Êx 20. 3); “Não farás para ti imagem de escultura” (Êx 20.4-6); “Não tomarás o nome do Senhor, teu Deus, em vão” (Êx 20.7) e “Lembra-te do dia de sábado, para o santificar” (Êx 20.8). Segundo o Comentário Bíblico Moody “o primeiro mandamento resguarda a unidade de Deus, o segundo a sua espiritualidade, e o terceiro sua divindade ou essência”.

Do quinto mandamento em diante Deus trata do relacionamento do homem com o seu próximo.

Segundo o pastor Claudionor de Andrade no seu Dicionário Teológico “teologicamente falando, a Lei de Deus, contida no Pentateuco, é a expressão máxima da vontade divina quanto à condução dos negócios, interesses e necessidades humanos em família, na sociedade e no Estado”.

 

 

 

 

O Segundo Livro de Moisés Chamado ÊXODO;

CAPÍTULO 20: 1 a 17 – Os Dez Mandamentos

1 ENTÃO falou Deus todas estas palavras, dizendo:

2 Eu sou o SENHOR teu Deus, que te tirei da terra do Egito, da casa da servidão.

3 Não terás outros deuses diante de mim.

4 Não farás para ti imagem de escultura, nem alguma semelhança do que há em cima nos céus, nem embaixo na terra, nem nas águas debaixo da terra.

5 Não te encurvarás a elas nem as servirás; porque eu, o SENHOR teu Deus, sou Deus zeloso, que visito a iniqüidade dos pais nos filhos, até a terceira e quarta geração daqueles que me odeiam.

6 E faço misericórdia a milhares dos que me amam e aos que guardam os meus mandamentos.

7 Não tomarás o nome do SENHOR teu Deus em vão; porque o SENHOR não terá por inocente o que tomar o seu nome em vão.

8 Lembra-te do dia do sábado, para o santificar.

9 Seis dias trabalharás, e farás toda a tua obra.

10 Mas o sétimo dia é o sábado do SENHOR teu Deus; não farás nenhuma obra, nem tu, nem teu filho, nem tua filha, nem o teu servo, nem a tua serva, nem o teu animal, nem o teu estrangeiro, que está dentro das tuas portas.

11 Porque em seis dias fez o SENHOR os céus e a terra, o mar e tudo que neles há, e ao sétimo dia descansou; portanto abençoou o SENHOR o dia do sábado, e o santificou.

12 Honra a teu pai e a tua mãe, para que se prolonguem os teus dias na terra que o SENHOR teu Deus te dá.

13 Não matarás.

14 Não adulterarás.

15 Não furtarás.

16 Não dirás falso testemunho contra o teu próximo.

17 Não cobiçarás a casa do teu próximo, não cobiçarás a mulher do teu próximo, nem o escravo, nem a sua escrava, nem o seu boi, nem o seu jumento, nem coisa alguma do teu próximo."

Os dez mandamentos repetem-se em Dt 5:1-21.

 

Os versículos 2 a 17 são a divisão natural dos Dez Mandamentos. Flávio Josefo separa o versículo 3 como o primeiro Mandamento, os versículos 4 a 6 como o segundo mandamento, o versículo 7 é o terceiro mandamento, os versículos 8 a 11 são o quarto mandamento (o mais longo), e os versículos 12 a 17 são o quinto ao décimo mandamento (um versículo para cada mandamento) (Antigüidades Judaicas, Vol. 3, Cap. 5 §5). Outros, inclusive Agostinho, consideravam os versículos 3 a 6 como 1 só mandamento, ignorando o versículo 4, mas dividiam o versículo 17 em dois mandamentos, o nono a respeito da cobiça da mulher alheia e o décimo contra cobiçar os seus pertences. A divisão de Agostinho foi adotada pela Igreja Católica Romana.

 

Divisão dos Dez Mandamentos por religião/denominação
Mandamento
Judaico
Anglicano, Presbiteriano e demais protestantes.
Ortodoxa
Católico romano, Luterano*
Adventista do sétimo dia.
Amar a Deus sobre todas as coisas
1
Prefácio
1
1
Baseia-se do 1º ao 4º****
Não terás outros deuses além de d'Ele
2
1
1
Não farás para ti nenhum ídolo
2
2
2
Não dirás em vão o nome do SENHOR, o teu Deus
3
3
3
2
3
Lembra-te do dia de sábado para o santificar
4/domingo**
4/domingo**
3/domingo**
Honra teu pai e tua mãe
5
5
5
4
5
Não matarás
6
6
6
5
6
Não adulterarás
7
7
7
6
7
Não furtarás***
8
8
8
7
8
Não darás falso testemunho contra o teu próximo
9
9
9
8
9
Não cobiçarás (a mulher do teu próximo)
10
10
10
9
10
Não cobiçarás (nada do que pertença a teu próximo)
10

Notas:

*
Algumas igrejas luteranas usam uma divisão levemente diferente entre o Nono e o Décimo Mandamentos (9. Não cobiçarás a casa do teu próximo; 10. Não cobiçarás a mulher do teu próximo, nem seus servos ou servas, nem seu boi ou jumento, nem coisa alguma que lhe pertença.4 )
**
Desde o cristianismo primitivo a tradição apostólica fixou o domingo como dia de adoração a ser observado como dia de descanso.5
***
O Judaismo afirma que essa é uma referência ao seqüestro, enquanto para o Cristianismo Levítico 19:11 é a referência bíblica ao furto de propriedade. Esse entendimento se baseia nas Hermenéuticas Talmudicas conhecidas por דבר הלמד מעניינו/davar ha-lamed me-inyano, (literalmente: algo provado pelo contexto), pelo qual isso deve referir-se a uma ofensa capital, sendo que os dois mandamentos anteriores se referem a ofensas capitais.6
****
Para os cristãos quando Jesus diz: "Amar a Deus sobre todas as coisas" - Mateus 22:37 7 ele refere-se ao 1º, 2º, 3º e 4º mandamentos (pois tem a ver com o nosso amor com Deus), quando ele diz "Ame aos outros como você ama a você mesmo." 8 ele refere-se ao 5º, 6º, 7º, 8º, 9º e 10º mandamentos (pois tem a ver com o nosso amor para com o próximo). Em Mateus 22:40 Jesus diz: "Toda a Lei se resume nesses dois mandamentos."9

 

 

 

Dez Mandamentos

VISÃO GERAL

 

 Os dez mandamentos eram leis que diziam como os israelitas deviam viver como uma nação.

As leis vieram diretamente de Deus para Moisés e foram escritas em duas tábuas de pedra (veja Êxodo 31). Elas foram dadas a Moisés quando ele se encontrou com Deus no Monte Sinai durante o tempo em que os israelitas vagaram pelo deserto.

Esses mandamentos eram uma aliança entre Deus e seu povo. Eles significavam o relacionamento e a promessa de amor e orientação de Deus. Essas leis foram feitas para ajudar os israelitas a se darem bem juntos e manter a sua adoração ao único Deus verdadeiro.

 

Deus deu esses mandamentos duas vezes aos israelitas. Moisés quebrou as primeiras tábuas num surto de ira quando viu os israelitas adorando um ídolo, um bezerro de ouro. Depois disso Deus deu os mandamentos a ele novamente.

 

No Novo Testamento, Jesus diz que ele veio para cumprir os mandamentos. A aliança entre Deus e seu povo não é mais baseada na obediência aos mandamentos, mas no relacionamento com Cristo.

 

OS ANTECEDENTES BÍBLICOS DOS MANDAMENTOS

 

 Os dez mandamentos são relatados duas vezes no Velho Testamento:

 a primeira vez no livro de Êxodo (Êxodo 20:2-17), na passagem que descreve o presente de Deus a Israel, e a Segunda vez em Deuteronômio (Deuteronômio 5:6-21), no contexto de uma cerimônia de renovação da aliança. Moisés lembra o seu povo da substância e do significado dos mandamentos, enquanto eles renovam a sua lealdade à aliança com Deus.

 

Na língua original, os mandamentos são chamados de "as dez palavras". De acordo com o texto bíblico, eles são "palavras" ou leis, ditas por Deus, não o resultado de um processo legislativo humano. É dito que os mandamentos são escritos em duas tábuas. Isso não significa que havia cinco mandamentos em cada tábua. Ao invés disso, todos os dez estavam escritos nas duas tábuas, a primeira pertencia a Deus que deu a lei, e a segunda pertencia a Israel que recebeu as leis.

 

Os mandamentos tratam com duas áreas básicas da vida humana. As cinco primeiras dizem respeito ao relacionamento com Deus, e as cinco últimas ao relacionamento entre os seres humanos.

 

O CONTEXTO DOS MANDAMENTOS

 

 Os mandamentos são inseparáveis da aliança. Deus garantiu o seu comprometimento com Israel e em retorno ele impôs certas obrigações sobre o povo israelita.

 Apesar das obrigações de Israel serem expressas detalhadamente mais pra frente, a expressão mais precisa e sucinta é dada nos Dez Mandamentos. Os mandamentos listaram os princípios mais fundamentais da lei hebraica. As leis detalhadas que estão no Pentateuco, na maior parte, aplicam os princípios em situações específicas. Desta maneira, o papel dos dez mandamentos na Israel antiga era de dar direção a um relacionamento. Eles não deveriam obedecer só por obedecer ou para ganhar algum tipo de crédito, mas sim para descobrir a riqueza e a plenitude de um relacionamento com Deus.

 

 Os mandamentos não eram meramente um código de ética ou conselho moral. A aliança era entre Deus e uma nação; os mandamentos eram diretamente direcionados a vida daquela nação e seus cidadãos. Conseqüentemente, o papel inicial dos mandamentos era parecido com aquele de uma lei criminal numa nação moderna.

 Israel era uma teocracia, uma nação cujo rei era Deus (Deuteronômio 33:5). Os mandamentos proporcionavam orientação aos cidadãos da nação. Então, infringir um mandamento era cometer um crime contra a nação e contra o governador desta nação, Deus. As penalidades eram severas, pois quebrar um mandamento ameaçava a relacionamento da aliança e a existência continua da nação.

 

O SIGNIFICADO DOS MANDAMENTOS

 

 Os mandamentos começam com um prefácio (Êxodo 20:2; Deuteronômio 5:6) que identifica Deus, que deu os mandamentos a um povo com quem ele já tinha um relacionamento.

 A pessoa que da a lei é o Deus do Êxodo, que redimiu o seu povo da escravidão e os deu a liberdade. Os mandamentos foram dados a um povo que havia sido redimido; eles não foram dados para alcançar a redenção. Há algumas variações na numeração dos mandamentos.

 De acordo com alguns sistemas, o prefácio é identificado com os primeiros mandamentos. Parece preferível no entanto, entender as palavras de abertura como um prefácio para os Dez Mandamentos.

 

JESUS E OS DEZ MANDAMENTOS

 

1. O primeiro mandamento diz:

 "não terá outros deuses diante de mim." Êxodo 20:3

O que Jesus disse:

"Ao Senhor teu Deus adorarás, e só a ele servirás." Mateus 4:10

 

2. O segundo mandamento diz:

 "Não farás para ti imagem esculpida, nem figura alguma do que há em cima no céu, nem em baixo na terra, nem nas águas debaixo da terra." - Êxodo 20:4

O que Jesus disse:

 "Ninguém pode servir a dois senhores" - Lucas 16:13

 

3. O terceiro mandamento diz:

"Não tomarás o nome do Senhor teu Deus em vão;" - Êxodo 20:7

O que Jesus disse:

 "de maneira nenhuma jureis; nem pelo céu, porque é o trono de Deus;" - Mateus 5:34

 

4. O quarto mandamento diz:

 "Lembra-te do dia do sábado, para o santificar." - Êxodo 20:8-10

O que Jesus disse:

 "O sábado foi feito por causa do homem, e não o homem por causa do sábado. Pelo que o Filho do homem até do sábado é Senhor." - Marcos 2:27-28

 

5. O quinto mandamento diz:

 "Honra a teu pai e a tua mãe" - Êxodo 20:12

 O que Jesus disse:

"Quem ama o pai ou a mãe mais do que a mim não é digno de mim" - Mateus 10:37

 

6. O sexto mandamento diz:

 "Não matarás" - Êxodo 20:13

O que Jesus disse:

 "aquele que se encolerizar contra seu irmão, será réu de juízo" - Mateus 5:22

 

7. O sétimo mandamento diz:

 "Não adulterarás" - Êxodo 20:14

O que Jesus disse:

 "aquele que olhar para uma mulher para a cobiçar, já em seu coração cometeu adultério com ela." - Mateus 5:28

 

8. O oitavo mandamento diz:

 "Não roubarás" - Êxodo 20:15

O que Jesus disse:

 "e ao que quiser pleitear contigo, e tirar-te a túnica, larga-lhe também a capa;" - Mateus 5:40

 

9. O nono mandamento diz:

 "Não dirás falso testemunho contra o teu próximo" - Êxodo 20:16

O que Jesus disse:

 "Digo-vos, pois, que de toda palavra fútil que os homens disserem, hão de dar conta no dia do juízo." - Mateus 12:36

 

10. O décimo mandamento diz:

 "Não cobiçarás..." - Êxodo 20:17

O que Jesus disse:

 "Acautelai-vos e guardai-vos de toda espécie de cobiça; porque a vida do homem não consiste na abundância das coisas que possui." - Lucas 12:15.

 

 

OS MANDAMENTOS DO SENHOR JESUS

 

INTRODUÇÃO: Hoje estamos vivendo na graça e não precisamos fazer nada para a nossa salvação, Jesus já fez por nós. Mas a graça também tem uma regra que devemos seguir. E esta regra é os mandamentos do Senhor Jesus Cristo. Se nós obedecermos aos mandamentos de Jesus Cristo vamos alcançar o mais alto nível de espiritualidade.

 

Para que venhamos ter uma grande experiência em nossas vidas com Jesus Cristo é necessário guardar os seus mandamentos. Jõ. 14: 21; Ap.3: 20. Os MANDAMENTOS do Senhor Jesus não são um jugo pesado, mas sim é algo leve e fácil de ser guardado e praticado I Jõ. 5: 2 e3; Mt. 11: 29 e 30.

 

Guardar os mandamentos do Senhor Jesus Cristo é um dever de todos os crentes. E bem aventurado aquele que consegue guardar. Ec. 12: 13; Sl. 112: 1; Sl. 1: 1 ao 3.

 

O PRIMEIRO MANDAMENTO de Jesus Cristo a ser obedecido é que n ao haja na nossa vida ninguém mais digno de Deus de receber o nosso maior amor. Mt. 22: 37 e 38; Mt. 10: 37.Amar a Deus sobre todas as coisas é renunciar a tudo, deixar tudo por amor a Deus, até a própria vida. Lc. 9: 57 ao 62; Ap. 12: 10 e 11.

 

O SEGUNDO MANDAMENTO do Senhor Jesus é amar ao próximo como a nós mesmo. Mt. 22: 39.Muitos confessam amar ao próximo com a boca, mas nega pelas suas obras. Vamos ver o que é amar ao próximo. Lc. 10: 25 ao 37; Tg. 2: 14 ao 16; I Jõ. 3: 18.

 

O TERCEIRO MANDAMENTO é que nós somos luz, e devemos brilhar. Ser luz é mudança na natureza pecaminosa. Comportamento e aparência. Mt. 5: 13 ao 15; Ef. 5: 8. O crente que é luz deve tomar muito cuidado para não escandalizar. Porque se escandalizar a sua luz vai apagar. Mt. 18: 7.

 

O QUARTO MANDAMENTO do Senhor Jesus é que devemos ser justo, viver uma vida na prática da justiça. M 5: 20. Ser justo é praticar atos de justiça, é fazer o que é reto diante dos homens. Mt. 22: 16 ao 21; Mt. 17: 24 ao 27; Mt. 3: 13 ao 15. Ex: de justiça Lc. 3: 12 ao 14.

 

O QUINTO MANDAMENTO do Senhor Jesus Cristo é contra o adultério. Aquele que conhece a Jesus só de pensar em adulterar já pecou. Lc. 11: 34 e 35; Mt. 5: 27 e 28

 

O SEXTO MANDAMENTO é o divorcio, Jesus é contra o divorcio. Aquele que conhece a Jesus não deve se divorciar. Somente em caso de infidelidade conjugal é permitido, por causa da dureza do coração.Mt. 5: 31 e 32; Lc. 16: 18.

 

Se alguém antes de conhecer a Jesus se separou e casou novamente deve permanecer do jeito que estava quando Jesus o chamou. Se estiver morando junto deve regulamentar a sua vida pelo casamento. At. 17: 30; I Co. 7: 17 ao 24; At. 2: 39. Jesus se encontrou com uma mulher que for a casada por cinco vezes e naquele momento ela estava amigada o que Jesus disse a ela: Jõ. 4: 18 ao 23.

 

O SÉTIMO MANDAMENTO do Senhor Jesus é que nós devemos ter paz com os homens. O crente verdadeiro não pode sentir ódio e nem ficar em guerras. Mt. 5: 23 e 24; Hb. 12: 14 e 15; Rm.; 12: 18. Para meditar Ez. 2: 8.

 

OITAVO MANDAMENTO de Jesus é que o crente deve ser uma pessoa de palavra, pois aquele que não cumpre a sua palavra não procede de Deus. Mt. 5: 37. Assunto promessa. Tg. 4: 13 ao 15, Voto Nm. 30: 2; Ec. 5: 4 e 5; I Co. 14: 40.

 

O NONO MANDAMENTO de Jesus Cristo é que o crente de forma alguma em nenhum momento deve pagar o mal com o mal.Mt. 5: 38 ao 42; Lm. 3: 30 e 31; Rm. 12: 17 ao 21; Ts. 5: 15

 

O DECIMO MANDAMENTO do Senhor Jesus Cristo é que não temos que lutar contra a carne e nem contra o sangue, ou seja, devemos amar os que são nossos inimigos segundo a carne.Mt. 43: 47; Ef. 6: 10 ao 12; Rm. 12: 19 e 20; Ef. 4: 26.

 

O DECIMO PRIMEIRO MANDAMENTO do Senhor Jesus é que devemos nos expor a Palavra de Deus até sermos perfeitos. Mt. 5: 48; Ef. 4: 11 ao 13; II Co. 16: 9.

 

O DECIMO SEGUNDO MANDAMENTO é não praticar obras para ser visto pelos homens, e sim fazer as obras unicamente para agradar a Deus. Mt. 6: 1 ao 6; Mt. 6: 16 ao 18. Não precisamos nos justificar diante de Deus. Lc.17: 3 e 4; Rm. 8: 33.

 

O DECIMO TERCEIRO MANDAMENTO é que devemos saber perdoar, porque nos mesmo sendo injusto e pecadores e Deus nos perdoou. Assim devemos perdoar aqueles que nos fazem o mal. Mt. 6: 14 e 15; Lc. 17: 3 e 4; Mt. 18: 21 e 22.

 

O DECIMO QUARTO MANDAMENTO nos exorta a não nos preocuparmos com as riquezas materiais, com as riquezas deste mundo, mas sim com as riquezas espirituais.Mt. 6: 19 ao 21.

 

DECIMO QUINTO MANDAMENTO o Senhor nos exorta a não julgarmos as pessoas pela aparência. Mt. 7: 1 ao 5; Jõ. 7: 24.

 

DECIMO SEXTO MANDAMENTO é o que nos manda entrar pela porta da disciplina, a qual é uma porta estreita e poucos gostam de entrar por ela. Mt. 7: 13 e 14; Ez. 20: 37; Jó 5: 17 e 18; Hb. 12: 6 ao 8.

 

DECIMO SÉTMO MANDAMENTO é preciso obedecer a Palavra, pois os que obedecem estão seguros. Mt. 7: 24 ao 27; tg. 1: 22 ao 25.

 

DECIMO OITAVO MANDAMENTO é participar da ceia do Senhor Jesus. Mt. 26: 26 e 27; Jõ. 6: 52 ao 57; I Co. 11: 23 ao 25.

 

DECIMO NONO MANDAMENTO é pregar o Evangelho, não se envergonhar e confessa – lo diante dos homens. Mc. 16: 15; Rm. 1: 16 e 17; Mt. 10: 32 e 33.

 

VIGÉZIMO MANDAMENTO de Jesus Cristo é o batismo nas águas, o qual já falamos no estudo anterior. Mc. 16: 16; Mc. 3: 5. Jesus foi batizado para servir de exemplo para nós.Lc. 3: 21 e 22.

 

Jamais alguém poderá cumprir estes mandamentos só por aparência. Pois estes mandamentos estão escritos na tábua do coração daqueles que são verdadeiramente crentes.Sl. 37: 30 e 31; Sl.40: 8; Is. 51: 7; Hb. 10: 15 ao 17.
 

 

Os Dez Mandamentos do Senhor - Luciano de Paula Lourenço

 

Leitura Bíblica: Êxodo 20:1-5,7-10,12-17

“Porque o fim da Lei é Cristo para justiça de todo aquele que crê” (Rm 10:4)

 

INTRODUÇÃO

A partir desta Aula, iniciaremos o estudo da segunda parte do Livro de Êxodo (cap. 20-40), cujo conteúdo apresenta uma série de leis e instruções detalhadas para a vida social e cerimonial dos israelitas. Na Aula de hoje estudaremos os dez Mandamentos; analisaremos a sua importância para o povo de Israel e os princípios que Deus espera que sigamos em sua Lei.

 Três meses depois da saída do Egito, Deus conduziu os hebreus pelo deserto até o Monte Sinai, onde ficaram acampados (Êx 19:1,2). Ali, Israel se tornou uma nação eleita e santa ao entrar em um relacionamento de aliança com Deus (Êx 19:3-8). A eleição divina de Israel colocou essa nação em uma posição especialmente privilegiada no mundo. Neste pacto entre o “EU SOU” (Êx 3:14,15; 20:2) e os israelitas, o Senhor fez questão de relatar Sua atuação na libertação que tirou o povo do cruel cativeiro. Para gravar na mente hebraica a importância do pacto da lei, Deus se apresentou em forma de nuvem, figura que Israel não poderia reproduzir.

 No Monte Sinai, o Senhor declarou, em particular, a Moisés, a quem chamou à Sua presença, as orientações preparatórias para a entrega da Lei (Êx 19:3-6). Ali, o Senhor proferiu os Dez Mandamentos (Decálogo) que se constituíram nos estatutos perpétuos para serem obedecidos (Êx 20:6; 24:12). Tais ordenanças revelam os princípios espirituais e relacionais de Deus ao Seu povo, bem como Sua natureza santa, os quais os homens devem observar como parâmetro de conduta (Dt 33:3).

 Deus espera duas atitudes em relação às Suas ordenanças: que possamos ouvir e obedecer (Dt 11:26,27). Desse modo, tornamo-nos Sua propriedade peculiar, Seu reino sacerdotal e Seu povo santo (Êx 19:5,6).

 

I. OS PROPÓSITOS DA LEI

1. O Decálogo (Êx 20:3-17). O Decálogo é muito mais do que um código ritual ou cerimonial. No sentido espiritual, ele revela, prioritariamente, o caráter do Deus do pacto, inspirando os homens ao temor e à reverência. Além disso, no sentido moral, o Decálogo confronta o pecado e impulsiona o homem ao comportamento que conduz à vida.

a) Seu significado. No original hebraico, “Decálogo” significa, literalmente, “dez palavras“. Segundo Leo G.Cox, “estes dizeres não foram copiados do Egito ou de outras palavras, como alguns suspeitam. As declarações do monte Sinai são nobres e inteiramente diferentes de qualquer coisa encontrada em todo o conjunto da literatura egípcia”. Deus deu estas “palavras” não como meio de salvação, porque este povo já estava salvo do Egito, mas como norma de conduta. Levando em conta que a obediência era uma cláusula para a continuação do concerto (Ex 19:5), estas “palavras” se tronaram a base de perseverança na qualidade de povo de Deus. Paulo deixou claro que a observância da lei não é meio de salvação pessoal, pois a justificação é pela fé em Cristo (Gl 2:16). A lei conduz a Cristo, mas não salva (Gl 3:24).

b) Seu aspecto relacional. Deus fez escrever o Decálogo em duas tábuas de pedra. Foram guardadas dentro da arca durante séculos. Portanto, deu-se ao tabernáculo o nome de “tenda do testemunho” para lembrar aos israelitas que dentro da arca estava a lei e que deviam viver de acordo com ela. Os primeiros quatro mandamentos compõem a primeira tábua do Decálogo e mostram a relação apropriada do homem com Deus. Têm seu cumprimento no primeiro grande mandamento: “Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu pensamento” (Mt 22:37). Os últimos mandamentos têm que ver com as relações dos homens entre si e cumprem-se no amor ao próximo como a si mesmo. Somente os que amam a Deus podem em verdade amar a seu próximo.

c) Sua divisão. Segundo Leo G. Cox, “a divisão do Decálogo é entendida de modos variados. Segundo Agostinho, a Igreja Católica Apostólica Romana e a Igreja Luterana consideram Êx 20:2-6 o primeiro mandamento e dividem o versículo 17, que trata da cobiça, em dois mandamentos. O judaísmo hodierno reputa que o versículo 2 ordena a crença em Deus e é o primeiro mandamento; e combina os versículos 3 a 6 no segundo mandamento. A divisão aceita nos primórdios da igreja torna o versículo 3 o primeiro mandamento e os versículos 4 a 6 o segundo. Esta posição foi apoiada por unanimidade pela igreja primitiva, e é mantida hoje pela Igreja Ortodoxa Oriental e pela maioria das igrejas protestantes”.

d) O Decálogo é, também, para os cristãos? Sim. Os Mandamentos revelam Deus como uma Pessoa profundamente moral e amável. Como poderíamos nós, que O assumimos como Pai, não tentarmos ser como Ele? Os Dez Mandamentos aponta o caminho; também fornecem uma visão de uma sociedade justa e moral. Em Cristo, somos libertos para expressar a realidade da salvação que recebemos como uma oferta gratuita. E uma maneira pela qual podemos demonstrar nossa salvação é ter uma vida de completa harmonia com os padrões revelados por Deus nos Dez Mandamentos apresentados no Monte Sinai (cf. Rm 8:3,4).

2. Objetivos do Concerto divino. Os objetivos de Deus com a Lei foram, inicialmente:

a) Providenciar um padrão de justiça que pudesse ser alcançado. As leis de Deus eram demonstração de sua justiça por meio de símbolos e forneciam uma disciplina pela qual os israelitas poderiam ser conformados à santidade de Deus. Inicialmente, a lei foi dada ao povo de Israel, mas, de forma atemporal, os princípios norteadores da lei são eternos e contemplam a todos nós. Segundo Alexandre Coelho, “esses princípios são expostos em regras, ou seja, quando Deus desejou proteger o fruto do trabalho dos israelitas, ordenou que não se furtasse. Os princípios desse mandamento são a proteção da propriedade e a valorização do trabalho, e eles são expostos na regra ‘não furtarás’. Portanto, os princípios estão no topo, e as regras, na base. Regras podem variar com o passar do tempo, como o local e o povo, mas os princípios não” (Dt 4:8; Rm 7:12). Portanto, as leis sociais e cerimoniais mudam, mas as relações fundamentais entre Deus e o homem, e entre os homens, conforme exaradas no Decálogo, são eternas.

b) A lei de Deus também mostra o pecado do homem. Segundo Alexandre Coelho, “ela não faz do homem um pecador, mas mostra o quanto ele é inclinado a desobedecer às regras e princípios que Deus determinou. Paulo comenta isso em Romanos 5:20: ‘Veio, porém, a lei para que a ofensa abundasse’, isto é, fosse devidamente conhecida. ‘Pela lei vem o conhecimento do pecado’ (Rm 3:20), ou seja, o conhecimento pleno dele. ‘Mas eu não conheci o pecado, senão pela lei’ (Rm 7:7). Ou seja, Paulo deixa claro que a lei traz o conhecimento de nossos pecados. Ela não os cria, mas os denuncia”.

c) A lei mostra ainda a santidade de Deus. Segundo Alexandre Coelho, “Deus é santo, e não pode tolerar o pecado. A lei mostra que o padrão de Deus para uma vida justa deve ser buscado pelo homem. Com o passar do tempo, percebe-se que essa busca pela justiça não poderia ser alcançada sem a ajuda de um Salvador, a quem Deus enviou ao mundo, seu Filho Jesus Cristo. Apenas por Ele podemos nos aproximar da santidade de Deus e buscá-la para um viver santo neste mundo decaído”.

 

II. OS DEZ MANDAMENTOS (Êx 20:1-17)

A) DEVERES PARA COM DEUS

1. O primeiro mandamento - Êx 20:3 - “Não terás outros deuses diante de mim”. O versículo 2 é a introdução deste mandamento - “Eu sou o SENHOR, teu Deus, que te tirei da terra do Egito, da casa da servidão“. Neste, mostra quem tirou Israel da servidão egípcia: O SENHOR. Visto que Ele os libertara e provara que era supremo, Ele exigia absoluta prioridade a Ele: “não terás outros deuses diante de mim“. Deus proíbe o politeísmo que caracterizava todas as religiões do antigo Oriente Próximo. Israel não devia adorar, nem invocar nenhum dos deuses doutras nações. Deus lhe ordenou a temer e a servir somente a Ele (Dt 32:29; Js 24:14,15). Para nós cristãos, este mandamento importa pelo menos três princípios:

a) A nossa adoração deve ser dirigida exclusivamente a Deus. Não deve haver jamais adoração ou oração a quaisquer “outros deuses”, espíritos ou pessoas falecidas, nem se permite buscar orientação e ajuda da parte deles (Lv 17:7; Dt 6:4; 1Co 10:19,20).

b) Devemos plenamente nos consagrar a Deus. Somente Deus, mediante sua vontade revelada e Palavra inspirada, pode guiar a nossa vida (Mt 4:4).

c) Nós cristãos devemos ter como propósito na vida, buscar a amar a Deus de todo o coração, de toda a alma e de todas as nossas forças, confiando nEle para nos conceder aquilo que é bom para a nossa vida (Mt 6:33; Fp 3:8; Cl 3:5).

2. O segundo mandamento - Êx 20:4-6 - “Não farás para ti imagem de escultura, nem alguma semelhança do que há em cima nos céus, nem em baixo na terra, nem nas águas debaixo da terra. Não te encurvarás a elas nem as servirás; porque eu, o SENHOR, teu Deus, sou Deus zeloso, que visito a maldade dos pais nos filhos até à terceira e quarta geração daqueles que me aborrecem“.

O primeiro mandamento de Deus no Sinai foi “não terás outros deuses diante de mim” (Êx 20:3). E o segundo mandamento foi não fazer imagens de escultura e nem se encurvar a elas (Êx 20:4-6).

 Segundo Leo G. Cox, “os versículos 4 e 5 devem ser considerados juntos. Não há condenação para confecção de imagens, contanto que não se tornem objetos de veneração. No Tabernáculo (Êx 25:31-34) e no primeiro Templo (1Rs 6:18,29) haviam obras esculpidas. A idolatria consiste em transformar uma imagem em objeto de adoração e atribuir a ela poderes do deus que representa. Se considerarmos que gravuras ou imagens de pessoas possuam poderes divinos e que sejam adorados, então elas se tornam ídolos. Há formas de criaturas nos céus (anjos), na terra (animais, seres humanos) e nas águas (peixes e baleias), e nenhuma dessas formas poderia jamais representar Deus. Tentar reduzir Deus a uma figura conhecida era o mesmo que reduzir sua glória. Deus apresentou os motivos para esta proibição: ‘Ele é Deus zeloso‘, no sentido de que não permite que o respeito e a reverência devidos a Ele sejam dados a outrem”. Está escrito: “Eu sou o Senhor; este é o meu nome; a minha glória, pois, a outrem não darei, nem o meu louvor às imagens de esculturas” (Is 42:8).

Observação: As palavras “porque eu, o SENHOR, teu Deus, sou Deus zeloso, que visito a maldade dos pais nos filhos até à terceira e quarta geração daqueles que me aborrecem”(Êx 20:5) devemser interpretadas à luz do caráter de Deus e de outras Escrituras. Deus é zeloso no sentido de ser exclusivista, não tolerando que seu povo preste culto a outros deuses. Como um marido que ama a sua esposa não permite que ela reparta seu amor com outros homens, Deus não tolera nenhum rival.

 Deus não castiga os filhos pelos pecados de seus pais senão nos casos em que os filhos continuem nos pecados dos pais. Castiga os que o “aborrecem” e não os arrependidos. “A alma que pecar, essa morrerá”; “o filho não levará a maldade do pai, nem o pai levará a maldade do filho” (Ezequiel 18:20). Em vez disso, a maldade passa de geração a geração pela influência dos pais e quando chega a seu ponto culminante, Deus traz castigo sobre os pecadores” (Gn 15:16; 2Reis 17:6-23; Mt 23:32-36) (Hoff, Paul. O Pentateuco. Ed.Vida).

3. O terceiro Mandamento - Êx 20:7 - “Não tomarás o nome do SENHOR, teu Deus, em vão; porque o SENHOR não terá por inocente o que tomar o seu nome em vão“. A proibição de usar o nome de Deus “em vão” ocorre em função de o mesmo estar intimamente ligado ao caráter divino (Êx 3:15; Lv 22:32). Assim, por causa da natureza santa do nome do Senhor, o mesmo deve ser reverenciado, invocado, louvado e bendito (Mt 6:9). Tomar o nome do Senhor “em vão” inclui o fazer uma falsa promessa usando esse nome (Lv 19:12; cf. Mt 5:33-37), pronunciá-lo de modo hipócrita ou leviano, ou amaldiçoar e blasfemar envolvendo esse nome (Lv 24:10-16). O nome de Deus deve ser santificado, honrado e respeitado por ser profundamente sagrado, e deve ser usado somente de maneira santa (ver Mt 6:9).

 Era comum o uso de palavras mágicas em encantamentos no mundo antigo. Um exemplo bíblico ocorre em Atos 19:13-16, onde lemos sobre a tentativa pecaminosa de invocar o nome do Senhor Jesus, por magos que usavam o nome do Salvador como uma forma de encantamento.

4. O quarto mandamento - Êx 20:8-11 - “Lembra-te do dia do sábado, para o santificar”. O sábado (mencionado pela primeira vez em Gênesis 2:1-3 e depois juntamente com o relato do maná em Êxodo 16) agora é formalmente instituído como lei à nação de Israel. Esse dia era um símbolo do descanso que os cristãos hoje desfrutam em Cristo e também da redenção que a criação desfrutará no milênio. O sábado judaico (hb. Shabbath - “cessar, interromper”), o sétimo dia da semana, começa ao pôr-do-sol da sexta-feira e termina ao pôr-do-sol do sábado. Nenhuma passagem do Novo Testamento ordena os cristãos a observar o sábado.

 Conquanto o cristão não esteja mais obrigado a observar o sábado judaico, ele tem fortes razões bíblicas para dedicar um dia, em sete, para seu repouso e adoração a Deus:

a) O principio de um dia sagrado de repouso foi instituído antes da lei judaica - “E abençoou Deus o dia sétimo e o santificou“(Gn 2:3). Isto indica que o propósito divino é que um dia, em sete, fosse uma fonte de benção para toda a humanidade e não apenas para a nação judaica.

b) O propósito espiritual de um dia de descanso em sete é beneficio ao cristão. No Novo Testamento esse dia era visto como uma cessação de labor e ao mesmo tempo um dia dedicado a Deus; um período para se conhecer melhor a Deus e adorá-lo; uma oportunidade para dedicar-se em casa e em público às coisas de Deus(Nm 28:9; Lv 24:8).

c) Jesus nunca ab-rogou o principio de um dia de descanso para o homem. O que Ele reprovou foi o abuso dos líderes judaicos quanto à guarda do sábado(Mt 12:1-8; Lc 13:10-17; 14:1-6).

d) Jesus indica que o dia de descanso semanal foi dado por Deus para o bem-estar espiritual e físico do homem (Mc 2:27).

e) Nos tempos do Novo Testamento os cristãos dedicavam um dia especial, o primeiro dia da semana, para adorar a Deus e comemorar a ressurreição de Cristo(At 20:7; 1Co 16:2; Ap 1:10).

B) DEVERES PARA COM O PRÓXIMO

 Os últimos seis mandamentos tratam dos relacionamentos humanos e estabelecem normas de convivência de suprema importância para a sociedade.

5. O quinto mandamento - Êx 20:12 - “Honra a teu pai e a tua mãe, para que se prolonguem os teus dias na terra que o SENHOR, teu Deus, te dá“. Segundo Leo G. Cox, este é o primeiro mandamento em relação aos homens e rege o primeiro relacionamento que a pessoa tem com outrem: a relação dos filhos com os pais. Este mandamento é tão básico que é amplamente universal. A maioria das sociedades reconhece a importância de filhos obedientes. A melhor exegese deste versículo é a exortação de Paulo encontrada em Efésios 6:1-3, onde ele destaca as responsabilidades de pais e filhos.

 Com este mandamento ocorre uma promessa. Quem honra os pais tem a garantia de vida longa. O propósito desta promessa visava a nação em sua permanência no território prometido (Israel) e o indivíduo que obedece. A promessa ainda vigora: a nação cujos filhos são obedientes permanece sob a benção de Deus, e os indivíduos obedientes aos pais têm a promessa de vida mais longa. Haverá exceções a esta regra, mas aqui destacamos sua aplicação geral.

6. O sexto mandamento - Êx 20:13 -  refere-se ao respeito e à preservação da vida humana: “não matarás“. Este mandamento proíbe o homicídio, o qual insulta a Deus, o doador da vida (Gn 9:6). A existência do homem é a Sua mais importante possessão. Por isso, o Senhor expressa Seu desejo de que ela seja honrada, respeitada e preservada.

7. O sétimo mandamento - Êx 20:14 - “Não adulterarás”. Esta ordenança protege a família de sua desintegração, pois o adultério viola a santidade do matrimônio enquanto instituição criada por Deus (Hb 13:4). O Mandamento abrange o comportamento de ambos os cônjuges (Lv 20:10), muito embora a comunidade judaica, no tempo de Jesus, pareça inclinada a aplicá-la apenas à mulheres (João 8:1-11).

 A concepção em vigor atualmente afirma haver exceções a esta regra; mas, isso não tem justificativa bíblica. Jesus deixou claro que o adultério está no coração e ocorre antes do ato (Mt 5:28).

 Este Mandamento condena todas as relações sexuais que acontecem fora do laço matrimonial. Também infere a proibição de atos que precedem e conduzem ao ato sexual.

8. O oitavo mandamento - Êx 20:15 - “Não furtarás”. Este Mandamento refere-se a qualquer ato que despoje outra pessoa de algo que lhe pertença. Ensina o respeito à propriedade particular. Infelizmente, esse mandamento tem sido desonrado por uma sociedade desonesta e fraudulenta. O amor ao dinheiro é o pecado básico condenado por este mandamento.

 Dentre os exemplos de atitudes pecaminosas que quebram este mandamento, temos: subornos e prática de corrupção; comércio de produtos adulterados; roubo de propriedade intelectual; desídia no emprego; retenção do salário dos empregados; cobrança majorada ou indevida de valores na prestação de serviços; cobrança de juros abusivos; falta de pagamento das dívidas.

9. O nono mandamento - Êx 20:16 - “Não dirás falso testemunho contra o teu próximo“. Este Mandamento proíbe manchar a reputação de outra pessoa com declarações falsas que podem levá-la a receber punição ou até mesmo a morte. Ensina a respeitar a reputação dos outros.

 Este Mandamento focaliza tanto o indivíduo como o sistema judicial, pois de acordo com as antigas leis de Israel, uma pessoa era considerada culpada ou inocente com base na declaração de uma testemunha fidedigna (Dt 17:6). O falso testemunho arruinava gradativamente a justiça.

 Portanto, seja no tribunal ou em outro lugar, nossa palavra sempre deve ser verdadeira. Não devemos divulgar um relato até que verifiquemos sua veracidade. A repetição da fofoca é imoral; antes de falar devemos averiguar a correção do que dizemos.

10. O décimo mandamento - Êx 20:17 - “Não cobiçarás a casa do teu próximo; não cobiçarás a mulher do teu próximo, nem o seu servo, nem a sua serva, nem o seu boi, nem o seu jumento, nem coisa alguma do teu próximo“.

Cobiçar é desejar ter o que o outro possui. Vai muito além de simplesmente admirar o bem de outra pessoa ou pensar: “eu gostaria de ter uma destes“. A cobiça inclui a inveja, que é ressentir-se do fato de outros terem o que você não tem; é possuir uma vontade incontrolável, excessiva e egoísta de apoderar-se do bem de outrem, sendo, portanto, a raiz da quebra dos demais mandamentos (Rm 7:7,8). Assim, a aliança com Deus nos convida a tratar os outros e seus bens com amor e cuidado (1Co 12:25).

 

CONCLUSÃO

 Conquanto o Decálogo tenha sido destinado, originalmente, ao povo de Israel, o mesmo é perfeitamente aplicável à atualidade, pois estabelece a perfeita plataforma moral para a vida social de qualquer nação civilizada.

Em relação a Deus, somos instruídos a jamais permitir que nada, além dEle, ocupe o Seu lugar central em nossa vida. Portanto, cristãos autênticos não adoram e nem reverenciam imagens de criaturas que são consideradas “santas”.

Em memorial da criação, separamos um tempo (Cl 2:16,17), à parte de nossa jornada semanal de trabalho, para honrar, servir a Deus e viver para o louvor do Seu santo nome.

Em relação aos nossos semelhantes, somos orientados a valorizar a família, preservando e honrando nossos pais e a santidade do casamento. Além disso, obedecemos à orientação divina por meio de uma vida honesta, verdadeira e pura.

Jesus Cristo, em toda a Sua sabedoria, resumiu os mandamentos em duas atitudes: amar a Deus acima de todas as coisas e ao próximo como a nós mesmos (Mc 12:29-31). Estamos atentos a essa verdade? Que o Senhor permita-nos viver de modo a honrar o Seu nome e a Sua criação.

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Referências Bibliográficas:

Bíblia de Estudo Pentecostal.

Bíblia de estudo - Aplicação Pessoal.

Revista Ensinador Cristão - nº 57 - CPAD.

Paul Hoff - O Pentateuco. Ed. Vida.

Leo G. Cox -  O Livro de Êxodo - Comentário  Bíblico Beacon. CPAD.

Victor P. Hamilton - Manual do Pentateuco. CPAD.

Alexandre Coelho - Uma jornada de Fé (Moisés, o Êxodo e o Caminho à Terra Prometida). CPAD.

 

 

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