Lições Bíblicas CPAD – Jovens
e Adultos
1º Trimestre de 2014
Título: Uma jornada de
fé — A formação do povo de Israel e sua herança espiritual
Comentarista: Antonio
Gilberto
Lição
7: Os Dez Mandamentos do Senhor
TEXTO
ÁUREO
“Porque
o fim da lei é Cristo para justiça de todo aquele que crê” (Rm 10.4).
VERDADE
PRÁTICA
A Lei expõe e condena
os nossos pecados, porém, o Senhor Jesus Cristo, pelo seu sangue expiador, nos
perdoa e nos justifica mediante a fé.
LEITURA
DIÁRIA
Jo 1.16,17 – A lei de
Moisés e a graça de Deus
Rm 1.16,17 - O crente
vive em Cristo a partir da fé
Gl 4.4,5 – Cristo veio
alcançar os que estavam sob a Lei
1Co 1.30,31 - Cristo —
sabedoria, justiça, santificação e redenção
Rm 10.8,17 – A fé pela
Palavra quando crida e obedecida
Gl 2.16 – A justificação
nos vem pela fé em Cristo
LEITURA
BÍBLICA EM CLASSE
Êxodo
20.1-5,7-10,12-17.
1 - Então, falou Deus
todas estas palavras, dizendo:
2 - Eu sou o SENHOR,
teu Deus, que te tirei da terra do Egito, da casa da servidão.
3 - Não terás outros
deuses diante de mim.
4 - Não farás para ti
imagem de escultura, nem alguma semelhança do que há em cima nos céus, nem em
baixo na terra, nem nas águas debaixo da terra.
5 - Não te encurvarás a
elas nem as servirás; porque eu, o SENHOR, teu Deus, sou Deus zeloso [...].
7 - Não tomarás o nome
do SENHOR, teu Deus, em vão; porque o SENHOR não terá por inocente o que tomar
o seu nome em vão.
8 - Lembra-te do dia do
sábado, para o santificar.
9 - Seis dias
trabalharás e farás toda a tua obra,
10 - mas o sétimo dia é
o sábado do SENHOR, teu Deus; não farás nenhuma obra, nem tu, nem o teu filho,
nem a tua filha, nem o teu servo, nem a tua serva, nem o teu animal, nem o teu
estrangeiro que está dentro das tuas portas.
12 - Honra a teu pai e
a tua mãe, para que se prolonguem os teus dias na terra que o SENHOR, teu Deus,
te dá.
13 - Não matarás.
14 - Não adulterarás.
15 - Não furtarás.
16 - Não dirás falso
testemunho contra o teu próximo.
17 - Não cobiçarás a
casa do teu próximo; não cobiçarás a mulher do teu próximo, nem o seu servo,
nem a sua serva, nem o seu boi, nem o seu jumento, nem coisa alguma do teu
próximo.
INTERAÇÃO
O Decálogo expressa o
propósito de Deus para o povo de Israel: uma nação que andasse em justiça,
odiasse o pecado e amasse a santidade. Caso seguissem esse estilo de vida, os
judeus resplandeceriam como luz às nações vizinhas. Mas Israel falhou nesta
missão e voltou-se contra Deus. Entretanto, a queda do povo judeu trouxe
salvação aos gentios. Todavia, isso não deve orgulhar ou ensoberbecer a Igreja
do Senhor, representante do Reino de Deus no mundo; pelo contrário, a
comunidade dos santos deve temer a Deus e ouvir o conselho do apóstolo Paulo:
“Porque, se Deus não poupou os ramos naturais [Israel], teme que te não poupe a
ti também [Igreja]” (Rm 11.21).
OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno
deverá estar apto a:
Conhecer os propósitos
dos Dez Mandamentos.
Compreender o conceito
de cada mandamento.
Saber que os Dez
Mandamentos referem-se a relação do homem com Deus e o próximo.
ORIENTAÇÃO
PEDAGÓGICA
Prezado professor,
utilize o esquema abaixo para concluir a lição. Os objetivos desta atividade
são: recapitular os mandamentos estudados e analisar as duas relações humanas
implícitas no Decálogo.
Explique à classe o
quanto é óbvio que a interpretação dos quatro primeiros mandamentos se
distingue dos outros seis, pois os quatro primeiros tratam do relacionamento do
homem com Deus e os outros seis, do homem com o próximo. Conclua a aula
afirmando que, além do aspecto espiritual, o Decálogo apresenta um caráter social
da Lei cuja garantia da dignidade humana torna-se uma ordenança divina.
RESUMO
DO DECÁLOGO
1º Mandamento — Não
terás outros deuses diante de mim.
2º Mandamento — Não
farás imagens de escultura.
3º Mandamento — Não
tomarás o nome de Deus em vão.
4º Mandamento —
Lembra-te do sábado, para o santificar.
5º Mandamento — Honra o
teu pai e a tua mãe.
6º Mandamento — Não
matarás.
7º Mandamento — Não
adulterarás.
8º Mandamento — Não
furtarás.
9º Mandamento — Não
dirás falso testemunho.
10º Mandamento — Não cobiçarás.
COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
Palavra
Chave
Mandamento: Disposição
escrita em que se determina a realização de um ato, de uma diligência; mandato.
Hoje estudaremos o
capítulo 20 do livro de Êxodo. É uma síntese concernente aos Dez Mandamentos
que foram entregues por Deus a Moisés. Muitos pensam que os preceitos morais da
Lei foram somente para o Antigo Pacto. Todavia, Jesus ressaltou, no Sermão do
Monte, que os preceitos morais da Lei são eternos e imutáveis, por isso
precisamos conhecê-los.
I.
OS PROPÓSITOS DA LEI
1. O Decálogo (Êx
20.3-17). O termo Decálogo
literalmente significa “dez enunciados” ou “declarações”
(Êx 34.28; Dt 4.13). Ele foi proferido por Deus no Sinai (Êx 20.1), mas também
escrito por Ele em duas tábuas de pedra (Êx 31.18). O
Decálogo exprime a vontade de Deus em relação ao ser humano.
É, na verdade, um resumo da lei moral de Deus.
2. Objetivos do
Concerto divino. A lei foi dada por Deus a Israel com os seguintes objetivos:
a) Prover um padrão de justiça.
A lei entregue pelo Senhor a Moisés é um padrão de moralidade para o caráter e
a conduta do homem, seja ele judeu, seja ele gentio (Dt 4.8; Rm 7.12).
b) Identificar e expor a malignidade
do pecado. “Veio, porém, a lei para que a ofensa abundasse”;
isto é, fosse devidamente conhecida (Rm 5.20). “Pela lei vem o conhecimento do
pecado”, ou seja, o conhecimento pleno da transgressão (Rm 3.20; 7.7). A lei
não faz do ser humano um pecador, mas faz com que ele se reconheça como um
transgressor. Ela expõe a malignidade do pecado, mas ao mesmo tempo aponta o
caminho da sua expiação pela fé em Deus através dos sacrifícios que eram
oferecidos no Tabernáculo (Lv 4-7).
c) Revelar a santidade de Deus.
O Senhor revela a sua santidade por intermédio da lei mosaica (Êx 24.15-17; Lv
19.1,2), de igual forma, em o Novo Pacto, Ele revela a todo o mundo o seu seu
amor através do seu Filho Jesus (Jo 3.16; Rm 5.8). A lei foi dada por Deus para
conduzir a humanidade a Cristo (Rm 10.4).
SINOPSE
DO TÓPICO (I)
A Lei de Deus, entregue
a Moisés tinha os seguintes propósitos para Israel: prover um padrão de
justiça; identificar e expor a malignidade do pecado; revelar a santidade de
Deus.
II.
OS DEZ MANDAMENTOS (ÊX 20.1-17)
1. O primeiro
mandamento. “Não terás outros deuses diante de mim” (Êx 20.3). Neste primeiro
mandamento, Deus se revela como o único e verdadeiro Deus (Dt 6.4). Naquela
época havia entre as nações falsos deuses. Um exemplo disso é o Egito, onde o
povo de Israel estivera por 430 anos. Nossa adoração e culto devem ser dirigidos
somente ao único e verdadeiro Deus. Não devemos cultuar nem os anjos (Ap
19.10), nem os homens (At 10.25,26) ou quaisquer símbolos. O primeiro
mandamento da lei, reafirmado em o Novo Testamento, foi a respeito da adoração
somente a Deus (1Co 8.4-6; 1Tm 1.17; Ef 4.5,6; Mt 4.10).
2. O segundo
mandamento. “Não farás para ti imagem de escultura” (Êx 20.4-6). Aqui Deus
proíbe terminantemente o uso de imagens idolátricas. “Deus é Espírito”, disse
Jesus (Jo 4.24). Então, não há como adorá-lo por meio de imagens. Querer adorar
a Deus por meio de imagens visíveis é falta de fé, pois Cristo é a imagem de
Deus (Cl 1.13-23). É abominação ao Senhor a idolatria, ou seja, ter ídolos e
ser idólatra (Dt 7.25). Na vida do crente, um ídolo é tudo o que ocupa o
primeiro lugar em sua vida, em seu coração, em seu tempo e em sua vontade. Esse
“ídolo” pode ser acúmulo de riqueza, a busca pela grandeza, pelo sucesso e pela
fama. Pode ser também a busca pela popularidade, pelo prazer desenfreado. Há
muita gente na igreja se arruinando espiritualmente por causa dos “ídolos do
coração”.
3. O terceiro
mandamento. “Não tomarás o nome do Senhor, teu Deus, em vão” (Êx 20.7). O nome
de Deus representa Ele mesmo; sua divina natureza; seu infinito poder e seu
santo caráter. Este mandamento, portanto, diz respeito à santidade do Senhor. Tomar o nome do Todo-Poderoso em
vão é mencioná-lo de modo banal, profano, secular e irreverente.
4. O quarto mandamento.
“Lembra-te do dia de sábado, para o santificar” (Êx 20.8-11). O sábado era um
dia de descanso e de adoração a Deus. O termo sábado vem do hebraico shabbath
(cessar; interromper). Em Gênesis 2.3 está escrito que: Deus “descansou”
(literalmente “cessou”, no sentido de alguém interromper o que estava fazendo).
A expressão “lembra-te”, usada pelo autor no versículo 8, indica que o sábado
já fora dado por Deus no princípio, e que já era observado para descanso do
trabalho e adoração a Deus (Gn 2.1-3; Êx 20.10). É importante ressaltar que em
o Novo Testamento não há um só versículo que ordene a guarda do sábado como dia
fixo santificado para descanso e adoração ao Senhor. O sábado foi dado como um
“sinal” do pacto do Sinai entre Deus e Israel. Assim, o sábado assinala Israel
como povo especial de Deus (Êx 31.12,13,17; Ez 20.10-12). A respeito dos demais
mandamentos não está dito que eles são “sinais”. Para nós, o princípio que
permanece é um dia de descanso na semana, para nosso benefício físico e
espiritual (Cf. Mc 2.27,28). Nós, cristãos, observamos o domingo como dia de
culto, pois Cristo ressuscitou no primeiro dia da semana (Lc 24.1-3).
SINOPSE
DO TÓPICO (II)
Do primeiro ao quarto
mandamento, o Decálogo apresenta leis para situar a relação do homem com Deus.
III.
A CONTINUAÇÃO DOS MANDAMENTOS DIVINOS
1. O quinto mandamento.
“Honra a teu pai e a tua mãe” (Êx 20.12). Honrar é respeitar e obedecer, por
amor, à autoridade dos pais, e com eles cooperar em tudo. É o primeiro
mandamento contendo uma promessa de Deus: “Para que se prolonguem os teus
dias”.
2. O sexto mandamento.
“Não matarás” (Êx 20.13). No original, o termo rasah equivale a matar o ser
humano de modo doloso, premeditado, planejado. Este mandamento ressalta a
sacralidade da vida humana como dádiva de Deus (At 17.25-28). Há também aqueles
que matam o próximo no sentido moral, social e espiritual, mediante a mentira,
a falsidade, a difamação, a calúnia, a maledicência e o falso testemunho (1Jo
3.15). Atualmente há muitos que foram atingidos mortalmente em sua honra e
praticamente “morreram”.
3. O sétimo mandamento.
“Não adulterarás” (Êx 20.14). Este mandamento do Senhor está vinculado à
sacralidade, pureza e respeito absoluto ao sexo, ao matrimônio e à família. O
adultério é um ato sexual ilícito e pecaminoso, de um cônjuge com outra pessoa
estranha ao casamento. Enquanto a lei condenava a prática do ato, o Novo
Testamento vai além — condena os motivos ocultos no coração que levam ao
adultério (Mt 5.27,28). Portanto, mais que condenar o ato praticado, Deus
espera que em todo o tempo dominemos nossos desejos e nos submetamos ao domínio
do Espírito Santo.
4. O oitavo mandamento.
“Não furtarás” (Êx 20.15). Furtar é apoderar-se oculta ou disfarçadamente
daquilo que pertence a outrem. Isso abrange toda forma de desonestidade, de
mentira, de ocultação, por palavra e por atos. É preciso respeitar os bens dos
outros. Ter honestidade e pureza nos atos; no viver, no agir, no proceder.
5. O nono mandamento.
“Não dirás falso testemunho contra o teu próximo” (Êx 20.16). Este mandamento
do Senhor trata da nossa honestidade e sinceridade no uso da palavra em relação
aos outros. Falso testemunho é falar mal dos outros; acusar e culpar
injustamente; difamar; caluniar; mentir (Tg 4.11).
6. O décimo mandamento.
“Não cobiçarás” (Êx 20.17). Este
mandamento é o respeito ético a tudo o que pertence aos outros. Isto abrange o
controle e o domínio dos apetites da alma, dos impulsos, desejos e vontade do
crente. Cobiçar é querer o que pertence a alguém. Querer
as coisas dos outros é um desejo insano que precisa ser debelado.
SINOPSE
DO TÓPICO (III)
Do quinto ao décimo mandamento,
o Decálogo apresenta leis que tratam da relação do homem com o próximo.
CONCLUSÃO
A Lei expõe e condena
os nossos pecados, porém, o Senhor Jesus Cristo, pelo seu sangue expiador, nos
perdoa e nos justifica mediante a fé.
EXERCÍCIOS
1. Qual o significado
do termo “Decálogo”?
R. O termo Decálogo
literalmente significa dez enunciados ou declarações.
2. De acordo com a
lição, o que o Decálogo exprime?
R. O Decálogo exprime a
vontade de Deus em relação ao ser humano.
3. Quais os objetivos
do Concerto divino?
R. Prover um padrão de
justiça; identificar e expor a malignidade do pecado; revelar a santidade de
Deus.
4. O que significa
tomar o nome de Deus em vão?
R. É mencioná-lo de
modo banal, profano, secular e irreverente.
5. Fale a respeito do décimo
mandamento.
R. Este mandamento é o
respeito ético a tudo o que pertence aos outros. Isto abrange o controle e o
domínio dos apetites da alma, dos impulsos, desejos e vontade do crente.
AUXÍLIO
BIBLIOGRÁFICO I
Subsídio Teológico
“O Dez Mandamentos
Os Dez Mandamentos,
aqui registrados (cf. Dt 5.6-21), foram escritos pelo próprio Deus em duas
tábuas de pedra e entregues a Moisés e ao povo de Israel (31.18; Dt 4.13;
10.4). A guarda dos mandamentos proveu um meio de Israel procurar viver em
retidão diante de Deus, agradecido pelo seu livramento do Egito; ao mesmo
tempo, tal obediência era um requisito para os israelitas habitarem na Terra
Prometida (Dt 41.14; 14 [...]).
(1) Os Dez Mandamentos
são o resumo da lei moral de Deus para Israel, e descrevem as obrigações para
com Deus e o próximo. Cristo e os apóstolos afirmam que, como expressões
autênticas da santa vontade de Deus, eles permanecem obrigatórios para o crente
do NT (Mt 22.37-39; Mc 12.28-34; Lc 10.27; Rm 13.9; Gl 5.14; Lv 19.18; Dt 6.5;
10.12; 30.6). Conforme esses trechos do NT, os Dez Mandamentos resumem-se no
amor a Deus e ao próximo; guardá-los não é apenas uma questão de práticas
externas, mas também requer uma atitude do coração [...]. Logo, a lei demanda
uma justiça espiritual interior que se expressa em retidão exterior e em
santidade.
(2) Os preceitos civis
e cerimoniais do AT, que regiam o culto e a vida social de Israel [...] já não
são obrigatórios para o crente do NT. Eram tipos de sombras de coisas melhores
vindouras, e cumpriram-se em Jesus Cristo (Hb 10.1; Mt 7.12; 22.37-40; Rm 13.8;
Gl 5.14; 6.2). Mesmo assim, contêm sabedoria e princípios espirituais a todas
as gerações [...]” (Bíblia de Estudo Pentecostal. RJ: CPAD, 1995, p.145).
AUXÍLIO
BIBLIOGRÁFICO II
Subsídio Bíbliológico
“A Estrutura do
Decálogo
É bastante óbvio que a
intenção dos quatro primeiros mandamentos difere da intenção dos outros seis.
Os quatro primeiros tratam do relacionamento com Deus, enquanto os outros seis
regulam relacionamentos interpessoais. Talvez seja significativo que o
mandamento acerca dos pais seja o primeiro no âmbito interpessoal [...]. Ocorre
uma guinada do Criador para o procriador; a vida de uma pessoa se deve a ambos.
Ao ser perguntado sobre
o mais importante mandamento (como se eles pudessem ser organizados
hierarquicamente), Jesus citou Deuteronômio 6.5: ‘Amarás o Senhor, teu Deus, de
todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu pensamento’ (Mt
22.37), o que reduziu o primeiro mandamento a uma única frase. Apesar de não
lhe pedirem maiores esclarecimentos, Jesus prosseguiu falando: ‘e o segundo,
semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo’ (Mt 22.39). Isso
condensa em uma única oração os últimos seis mandamentos. Observe que Jesus
insiste que o amor pode ser determinado. Isso não seria uma profanação do amor?
O amor não é algo a ser voluntariamente dado? Ao colocar o amor num contexto de
exigência ou mesmo de imposição, Jesus dá a entender que o amor por Deus e pelo
próximo se baseia na vontade, não em emoções.
Logo após ser orientado
por Jesus sobre o cumprimento do mandamento como requisito para a vida eterna,
o rico perguntou: ‘Quais?’. Jesus não disse nada sobre os quatro primeiros
mandamentos, mas apenas sobre o segundo grupo. Até mesmo a ordem que eles são
citados é interessante: sexto, sétimo, oitavo, nono e quinto. A falta de amor
entre irmãos impede a possibilidade do amor de Deus e torna obscura qualquer
expressão de amor por Deus (uma das mensagens de 1 João)” (HAMILTON, V. P.
Manual do Pentateuco: Gênesis, Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio. 1 ed.,
RJ: CPAD, 2006, p.218-19)
SUBSÍDIOS
ENSINADOR CRISTÃO
Os Dez Mandamentos
Depois de caminharem
pelo deserto e verem a provisão do Senhor, o povo chegou ao monte Sinai. Ali
Deus falou diretamente com todo o povo na entrega do Decálogo (Dt 4.13).
Podemos afirmar, sem sombra de dúvida, que o Decálogo é o ponto alto do
Pentateuco. É o mais perfeito e justo código de leis da humanidade, estudado
até hoje pelos juristas.
Qual o propósito dos
Dez Mandamentos? Sem lei não existe transgressão. O propósito era expor e
condenar os pecados dos israelitas e os nossos (Gl 3.24). O objetivo era
mostrar que sem Deus, o homem não conseguiria obedecer plenamente à lei moral
(Gl 3.11). A lei apontava para o Senhor Jesus Cristo, pois Ele nos resgatou da
maldição da Lei (Gl 3.13). Segundo o Comentário Bíblico Moody “a lei não foi
dada como meio de salvação. Foi dada a um povo já salvo a fim de instruí-lo na
vontade do Senhor”.
Talvez você esteja se
perguntando: A lei moral (os Dez Mandamentos) é para o crente atual? Sim! A lei
não serve para a nossa salvação, pois esta é mediante a fé, todavia devemos
observá-la. Jesus não veio revogar a lei e os profetas, todavia Ele criticou os
excessos que eram cometidos (Mt 5.17). Observe o que Jesus falou em relação a
alguns mandamentos: Compare o sexto mandamento, “não matarás” (Êx20.13), com a
declaração de Jesus: [...] qualquer que, sem motivo, se encolerizar contra seu
irmão será réu de juízo (Mt 5.22). Agora compare o sétimo mandamento, “não
adulterará” (Êx 20.14) com as seguintes palavras do Mestre: [...] “qualquer que
atentar numa mulher para a cobiçar já em seu coração cometeu adultério com ela”
(Mt 5.28).
Podemos afirmar que os
quatro primeiros mandamentos são uma referência ao nosso relacionamento com
Deus. “Não terás outros deuses diante de mim” (Êx 20. 3); “Não farás para ti
imagem de escultura” (Êx 20.4-6); “Não tomarás o nome do Senhor, teu Deus, em
vão” (Êx 20.7) e “Lembra-te do dia de sábado, para o santificar” (Êx 20.8).
Segundo o Comentário Bíblico Moody “o primeiro mandamento resguarda a unidade
de Deus, o segundo a sua espiritualidade, e o terceiro sua divindade ou
essência”.
Do quinto mandamento em
diante Deus trata do relacionamento do homem com o seu próximo.
Segundo o pastor
Claudionor de Andrade no seu Dicionário Teológico “teologicamente falando, a
Lei de Deus, contida no Pentateuco, é a expressão máxima da vontade divina
quanto à condução dos negócios, interesses e necessidades humanos em família, na
sociedade e no Estado”.
O Segundo Livro de
Moisés Chamado ÊXODO;
CAPÍTULO 20: 1 a 17 – Os
Dez Mandamentos
1 ENTÃO falou Deus
todas estas palavras, dizendo:
2 Eu sou o SENHOR teu
Deus, que te tirei da terra do Egito, da casa da servidão.
3 Não terás outros
deuses diante de mim.
4 Não farás para ti
imagem de escultura, nem alguma semelhança do que há em cima nos céus, nem
embaixo na terra, nem nas águas debaixo da terra.
5 Não te encurvarás a
elas nem as servirás; porque eu, o SENHOR teu Deus, sou Deus zeloso, que visito
a iniqüidade dos pais nos filhos, até a terceira e quarta geração daqueles que
me odeiam.
6 E faço misericórdia a
milhares dos que me amam e aos que guardam os meus mandamentos.
7 Não tomarás o nome do
SENHOR teu Deus em vão; porque o SENHOR não terá por inocente o que tomar o seu
nome em vão.
8 Lembra-te do dia do
sábado, para o santificar.
9 Seis dias
trabalharás, e farás toda a tua obra.
10 Mas o sétimo dia é o
sábado do SENHOR teu Deus; não farás nenhuma obra, nem tu, nem teu filho, nem
tua filha, nem o teu servo, nem a tua serva, nem o teu animal, nem o teu
estrangeiro, que está dentro das tuas portas.
11 Porque em seis dias
fez o SENHOR os céus e a terra, o mar e tudo que neles há, e ao sétimo dia
descansou; portanto abençoou o SENHOR o dia do sábado, e o santificou.
12 Honra a teu pai e a
tua mãe, para que se prolonguem os teus dias na terra que o SENHOR teu Deus te
dá.
13 Não matarás.
14 Não adulterarás.
15 Não furtarás.
16 Não dirás falso
testemunho contra o teu próximo.
17 Não cobiçarás a casa
do teu próximo, não cobiçarás a mulher do teu próximo, nem o escravo, nem a sua
escrava, nem o seu boi, nem o seu jumento, nem coisa alguma do teu
próximo."
Os dez mandamentos
repetem-se em Dt 5:1-21.
Os versículos 2 a 17
são a divisão natural dos Dez Mandamentos. Flávio Josefo separa o versículo 3
como o primeiro Mandamento, os versículos 4 a 6 como o segundo mandamento, o
versículo 7 é o terceiro mandamento, os versículos 8 a 11 são o quarto
mandamento (o mais longo), e os versículos 12 a 17 são o quinto ao décimo
mandamento (um versículo para cada mandamento) (Antigüidades Judaicas, Vol. 3,
Cap. 5 §5). Outros, inclusive Agostinho, consideravam os versículos 3 a 6 como
1 só mandamento, ignorando o versículo 4, mas dividiam o versículo 17 em dois
mandamentos, o nono a respeito da cobiça da mulher alheia e o décimo contra
cobiçar os seus pertences. A divisão de Agostinho foi adotada pela Igreja
Católica Romana.
Divisão dos Dez Mandamentos por
religião/denominação
|
|||||
Mandamento
|
Judaico
|
Anglicano, Presbiteriano e demais protestantes.
|
Ortodoxa
|
Católico romano, Luterano*
|
Adventista do sétimo dia.
|
Amar a
Deus sobre todas as coisas
|
1
|
Prefácio
|
1
|
1
|
Baseia-se do 1º ao 4º****
|
Não
terás outros deuses além de d'Ele
|
2
|
1
|
1
|
||
Não
farás para ti nenhum ídolo
|
2
|
2
|
2
|
||
Não
dirás em vão o nome do SENHOR, o teu Deus
|
3
|
3
|
3
|
2
|
3
|
Lembra-te
do dia de sábado para o santificar
|
|||||
Honra
teu pai e tua mãe
|
5
|
5
|
5
|
4
|
5
|
Não
matarás
|
6
|
6
|
6
|
5
|
6
|
Não
adulterarás
|
7
|
7
|
7
|
6
|
7
|
Não
furtarás***
|
8
|
8
|
8
|
7
|
8
|
Não
darás falso testemunho contra o teu próximo
|
9
|
9
|
9
|
8
|
9
|
Não
cobiçarás (a mulher do teu próximo)
|
10
|
10
|
10
|
9
|
10
|
Não
cobiçarás (nada do que pertença a teu próximo)
|
10
|
Notas:
*
|
Algumas
igrejas luteranas usam uma divisão levemente
diferente entre o Nono e o Décimo Mandamentos (9. Não cobiçarás a casa
do teu próximo; 10. Não cobiçarás a mulher do teu próximo, nem seus servos ou
servas, nem seu boi ou jumento, nem coisa alguma que lhe pertença.4 )
|
**
|
Desde o
cristianismo primitivo a tradição apostólica fixou o
domingo como dia de adoração a ser observado como dia de descanso.5
|
***
|
O Judaismo afirma que essa é uma
referência ao seqüestro, enquanto para o Cristianismo Levítico 19:11 é a referência bíblica
ao furto de propriedade. Esse entendimento se baseia nas Hermenéuticas Talmudicas conhecidas por דבר הלמד
מעניינו/davar
ha-lamed me-inyano, (literalmente: algo provado pelo contexto),
pelo qual isso deve referir-se a uma ofensa capital, sendo que os dois mandamentos
anteriores se referem a ofensas capitais.6
|
****
|
Para os
cristãos quando Jesus diz: "Amar a
Deus sobre todas as coisas" - Mateus 22:37 7 ele refere-se ao 1º, 2º, 3º e
4º mandamentos (pois tem a ver com o nosso amor com Deus), quando ele diz
"Ame aos outros como você ama a você mesmo." 8 ele refere-se ao 5º, 6º, 7º,
8º, 9º e 10º mandamentos (pois tem a ver com o nosso amor para com o
próximo). Em Mateus 22:40 Jesus diz: "Toda a Lei se resume nesses dois
mandamentos."9
|
Dez
Mandamentos
VISÃO
GERAL
Os dez mandamentos eram leis que diziam como
os israelitas deviam viver como uma nação.
As leis vieram
diretamente de Deus para Moisés e foram escritas em duas tábuas de pedra (veja
Êxodo 31). Elas foram dadas a Moisés quando ele se encontrou com Deus no Monte
Sinai durante o tempo em que os israelitas vagaram pelo deserto.
Esses mandamentos eram
uma aliança entre Deus e seu povo. Eles significavam o relacionamento e a promessa
de amor e orientação de Deus. Essas leis foram feitas para ajudar os israelitas
a se darem bem juntos e manter a sua adoração ao único Deus verdadeiro.
Deus deu esses
mandamentos duas vezes aos israelitas. Moisés quebrou as primeiras tábuas num
surto de ira quando viu os israelitas adorando um ídolo, um bezerro de ouro.
Depois disso Deus deu os mandamentos a ele novamente.
No Novo Testamento,
Jesus diz que ele veio para cumprir os mandamentos. A aliança entre Deus e seu
povo não é mais baseada na obediência aos mandamentos, mas no relacionamento
com Cristo.
OS
ANTECEDENTES BÍBLICOS DOS MANDAMENTOS
Os dez mandamentos são relatados duas vezes no
Velho Testamento:
a primeira vez no livro de Êxodo (Êxodo
20:2-17), na passagem que descreve o presente de Deus a Israel, e a Segunda vez
em Deuteronômio (Deuteronômio 5:6-21), no contexto de uma cerimônia de
renovação da aliança. Moisés lembra o seu povo da substância e do significado
dos mandamentos, enquanto eles renovam a sua lealdade à aliança com Deus.
Na língua original, os
mandamentos são chamados de "as dez palavras". De acordo com o texto
bíblico, eles são "palavras" ou leis, ditas por Deus, não o resultado
de um processo legislativo humano. É dito que os mandamentos são escritos em
duas tábuas. Isso não significa que havia cinco mandamentos em cada tábua. Ao
invés disso, todos os dez estavam escritos nas duas tábuas, a primeira
pertencia a Deus que deu a lei, e a segunda pertencia a Israel que recebeu as
leis.
Os mandamentos tratam
com duas áreas básicas da vida humana. As cinco primeiras dizem respeito ao
relacionamento com Deus, e as cinco últimas ao relacionamento entre os seres
humanos.
O
CONTEXTO DOS MANDAMENTOS
Os mandamentos são inseparáveis da aliança.
Deus garantiu o seu comprometimento com Israel e em retorno ele impôs certas
obrigações sobre o povo israelita.
Apesar das obrigações de Israel serem
expressas detalhadamente mais pra frente, a expressão mais precisa e sucinta é
dada nos Dez Mandamentos. Os mandamentos listaram os princípios mais
fundamentais da lei hebraica. As leis detalhadas que estão no Pentateuco, na
maior parte, aplicam os princípios em situações específicas. Desta maneira, o
papel dos dez mandamentos na Israel antiga era de dar direção a um
relacionamento. Eles não deveriam obedecer só por obedecer ou para ganhar algum
tipo de crédito, mas sim para descobrir a riqueza e a plenitude de um
relacionamento com Deus.
Os mandamentos não eram meramente um código de
ética ou conselho moral. A aliança era entre Deus e uma nação; os mandamentos
eram diretamente direcionados a vida daquela nação e seus cidadãos.
Conseqüentemente, o papel inicial dos mandamentos era parecido com aquele de
uma lei criminal numa nação moderna.
Israel era uma teocracia, uma nação cujo rei
era Deus (Deuteronômio 33:5). Os mandamentos proporcionavam orientação aos
cidadãos da nação. Então, infringir um mandamento era cometer um crime contra a
nação e contra o governador desta nação, Deus. As penalidades eram severas,
pois quebrar um mandamento ameaçava a relacionamento da aliança e a existência
continua da nação.
O
SIGNIFICADO DOS MANDAMENTOS
Os mandamentos começam com um prefácio (Êxodo
20:2; Deuteronômio 5:6) que identifica Deus, que deu os mandamentos a um povo
com quem ele já tinha um relacionamento.
A pessoa que da a lei é o Deus do Êxodo, que
redimiu o seu povo da escravidão e os deu a liberdade. Os mandamentos foram
dados a um povo que havia sido redimido; eles não foram dados para alcançar a
redenção. Há algumas variações na numeração dos mandamentos.
De acordo com alguns sistemas, o prefácio é
identificado com os primeiros mandamentos. Parece preferível no entanto,
entender as palavras de abertura como um prefácio para os Dez Mandamentos.
JESUS
E OS DEZ MANDAMENTOS
1. O primeiro
mandamento diz:
"não terá outros deuses diante de
mim." Êxodo 20:3
O que Jesus disse:
"Ao Senhor teu
Deus adorarás, e só a ele servirás." Mateus 4:10
2. O segundo mandamento
diz:
"Não farás para ti imagem esculpida, nem
figura alguma do que há em cima no céu, nem em baixo na terra, nem nas águas
debaixo da terra." - Êxodo 20:4
O que Jesus disse:
"Ninguém pode servir a dois
senhores" - Lucas 16:13
3. O terceiro
mandamento diz:
"Não tomarás o
nome do Senhor teu Deus em vão;" - Êxodo 20:7
O que Jesus disse:
"de maneira nenhuma jureis; nem pelo céu,
porque é o trono de Deus;" - Mateus 5:34
4. O quarto mandamento
diz:
"Lembra-te do dia do sábado, para o
santificar." - Êxodo 20:8-10
O que Jesus disse:
"O sábado foi feito por causa do homem, e
não o homem por causa do sábado. Pelo que o Filho do homem até do sábado é
Senhor." - Marcos 2:27-28
5. O quinto mandamento
diz:
"Honra a teu pai e a tua mãe" -
Êxodo 20:12
O que Jesus disse:
"Quem ama o pai ou
a mãe mais do que a mim não é digno de mim" - Mateus 10:37
6. O sexto mandamento
diz:
"Não matarás" - Êxodo 20:13
O que Jesus disse:
"aquele que se encolerizar contra seu
irmão, será réu de juízo" - Mateus 5:22
7. O sétimo mandamento
diz:
"Não adulterarás" - Êxodo 20:14
O que Jesus disse:
"aquele que olhar para uma mulher para a
cobiçar, já em seu coração cometeu adultério com ela." - Mateus 5:28
8. O oitavo mandamento
diz:
"Não roubarás" - Êxodo 20:15
O que Jesus disse:
"e ao que quiser pleitear contigo, e
tirar-te a túnica, larga-lhe também a capa;" - Mateus 5:40
9. O nono mandamento
diz:
"Não dirás falso testemunho contra o teu
próximo" - Êxodo 20:16
O que Jesus disse:
"Digo-vos, pois, que de toda palavra
fútil que os homens disserem, hão de dar conta no dia do juízo." - Mateus
12:36
10. O décimo mandamento
diz:
"Não cobiçarás..." - Êxodo 20:17
O que Jesus disse:
"Acautelai-vos e guardai-vos de toda
espécie de cobiça; porque a vida do homem não consiste na abundância das coisas
que possui." - Lucas 12:15.
OS
MANDAMENTOS DO SENHOR JESUS
INTRODUÇÃO: Hoje
estamos vivendo na graça e não precisamos fazer nada para a nossa salvação,
Jesus já fez por nós. Mas a graça também tem uma regra que devemos seguir. E
esta regra é os mandamentos do Senhor Jesus Cristo. Se nós obedecermos aos
mandamentos de Jesus Cristo vamos alcançar o mais alto nível de
espiritualidade.
Para que venhamos ter
uma grande experiência em nossas vidas com Jesus Cristo é necessário guardar os
seus mandamentos. Jõ. 14: 21; Ap.3: 20. Os MANDAMENTOS do Senhor Jesus não são
um jugo pesado, mas sim é algo leve e fácil de ser guardado e praticado I Jõ.
5: 2 e3; Mt. 11: 29 e 30.
Guardar os mandamentos
do Senhor Jesus Cristo é um dever de todos os crentes. E bem aventurado aquele
que consegue guardar. Ec. 12: 13; Sl. 112: 1; Sl. 1: 1 ao 3.
O PRIMEIRO MANDAMENTO
de Jesus Cristo a ser obedecido é que n ao haja na nossa vida ninguém mais
digno de Deus de receber o nosso maior amor. Mt. 22: 37 e 38; Mt. 10: 37.Amar a
Deus sobre todas as coisas é renunciar a tudo, deixar tudo por amor a Deus, até
a própria vida. Lc. 9: 57 ao 62; Ap. 12: 10 e 11.
O SEGUNDO MANDAMENTO do
Senhor Jesus é amar ao próximo como a nós mesmo. Mt. 22: 39.Muitos confessam
amar ao próximo com a boca, mas nega pelas suas obras. Vamos ver o que é amar
ao próximo. Lc. 10: 25 ao 37; Tg. 2: 14 ao 16; I Jõ. 3: 18.
O TERCEIRO MANDAMENTO é
que nós somos luz, e devemos brilhar. Ser luz é mudança na natureza pecaminosa.
Comportamento e aparência. Mt. 5: 13 ao 15; Ef. 5: 8. O crente que é luz deve
tomar muito cuidado para não escandalizar. Porque se escandalizar a sua luz vai
apagar. Mt. 18: 7.
O QUARTO MANDAMENTO do
Senhor Jesus é que devemos ser justo, viver uma vida na prática da justiça. M
5: 20. Ser justo é praticar atos de justiça, é fazer o que é reto diante dos
homens. Mt. 22: 16 ao 21; Mt. 17: 24 ao 27; Mt. 3: 13 ao 15. Ex: de justiça Lc.
3: 12 ao 14.
O QUINTO MANDAMENTO do
Senhor Jesus Cristo é contra o adultério. Aquele que conhece a Jesus só de
pensar em adulterar já pecou. Lc. 11: 34 e 35; Mt. 5: 27 e 28
O SEXTO MANDAMENTO é o
divorcio, Jesus é contra o divorcio. Aquele que conhece a Jesus não deve se
divorciar. Somente em caso de infidelidade conjugal é permitido, por causa da
dureza do coração.Mt. 5: 31 e 32; Lc. 16: 18.
Se alguém antes de
conhecer a Jesus se separou e casou novamente deve permanecer do jeito que
estava quando Jesus o chamou. Se estiver morando junto deve regulamentar a sua
vida pelo casamento. At. 17: 30; I Co. 7: 17 ao 24; At. 2: 39. Jesus se
encontrou com uma mulher que for a casada por cinco vezes e naquele momento ela
estava amigada o que Jesus disse a ela: Jõ. 4: 18 ao 23.
O SÉTIMO MANDAMENTO do
Senhor Jesus é que nós devemos ter paz com os homens. O crente verdadeiro não
pode sentir ódio e nem ficar em guerras. Mt. 5: 23 e 24; Hb. 12: 14 e 15; Rm.;
12: 18. Para meditar Ez. 2: 8.
OITAVO MANDAMENTO de
Jesus é que o crente deve ser uma pessoa de palavra, pois aquele que não cumpre
a sua palavra não procede de Deus. Mt. 5: 37. Assunto promessa. Tg. 4: 13 ao
15, Voto Nm. 30: 2; Ec. 5: 4 e 5; I Co. 14: 40.
O NONO MANDAMENTO de
Jesus Cristo é que o crente de forma alguma em nenhum momento deve pagar o mal
com o mal.Mt. 5: 38 ao 42; Lm. 3: 30 e 31; Rm. 12: 17 ao 21; Ts. 5: 15
O DECIMO MANDAMENTO do
Senhor Jesus Cristo é que não temos que lutar contra a carne e nem contra o
sangue, ou seja, devemos amar os que são nossos inimigos segundo a carne.Mt.
43: 47; Ef. 6: 10 ao 12; Rm. 12: 19 e 20; Ef. 4: 26.
O DECIMO PRIMEIRO
MANDAMENTO do Senhor Jesus é que devemos nos expor a Palavra de Deus até sermos
perfeitos. Mt. 5: 48; Ef. 4: 11 ao 13; II Co. 16: 9.
O DECIMO SEGUNDO
MANDAMENTO é não praticar obras para ser visto pelos homens, e sim fazer as
obras unicamente para agradar a Deus. Mt. 6: 1 ao 6; Mt. 6: 16 ao 18. Não
precisamos nos justificar diante de Deus. Lc.17: 3 e 4; Rm. 8: 33.
O DECIMO TERCEIRO MANDAMENTO
é que devemos saber perdoar, porque nos mesmo sendo injusto e pecadores e Deus
nos perdoou. Assim devemos perdoar aqueles que nos fazem o mal. Mt. 6: 14 e 15;
Lc. 17: 3 e 4; Mt. 18: 21 e 22.
O DECIMO QUARTO
MANDAMENTO nos exorta a não nos preocuparmos com as riquezas materiais, com as
riquezas deste mundo, mas sim com as riquezas espirituais.Mt. 6: 19 ao 21.
DECIMO QUINTO
MANDAMENTO o Senhor nos exorta a não julgarmos as pessoas pela aparência. Mt.
7: 1 ao 5; Jõ. 7: 24.
DECIMO SEXTO MANDAMENTO
é o que nos manda entrar pela porta da disciplina, a qual é uma porta estreita
e poucos gostam de entrar por ela. Mt. 7: 13 e 14; Ez. 20: 37; Jó 5: 17 e 18;
Hb. 12: 6 ao 8.
DECIMO SÉTMO MANDAMENTO
é preciso obedecer a Palavra, pois os que obedecem estão seguros. Mt. 7: 24 ao
27; tg. 1: 22 ao 25.
DECIMO OITAVO
MANDAMENTO é participar da ceia do Senhor Jesus. Mt. 26: 26 e 27; Jõ. 6: 52 ao
57; I Co. 11: 23 ao 25.
DECIMO NONO MANDAMENTO
é pregar o Evangelho, não se envergonhar e confessa – lo diante dos homens. Mc.
16: 15; Rm. 1: 16 e 17; Mt. 10: 32 e 33.
VIGÉZIMO MANDAMENTO de
Jesus Cristo é o batismo nas águas, o qual já falamos no estudo anterior. Mc.
16: 16; Mc. 3: 5. Jesus foi batizado para servir de exemplo para nós.Lc. 3: 21
e 22.
Jamais
alguém poderá cumprir estes mandamentos só por aparência. Pois estes
mandamentos estão escritos na tábua do coração daqueles que são verdadeiramente
crentes.Sl. 37: 30 e 31; Sl.40: 8; Is. 51: 7; Hb. 10: 15 ao 17.
Os Dez Mandamentos do
Senhor - Luciano de Paula Lourenço
Leitura Bíblica: Êxodo
20:1-5,7-10,12-17
“Porque o fim da Lei é
Cristo para justiça de todo aquele que crê” (Rm 10:4)
INTRODUÇÃO
A partir desta Aula,
iniciaremos o estudo da segunda parte do Livro de Êxodo (cap. 20-40), cujo
conteúdo apresenta uma série de leis e instruções detalhadas para a vida social
e cerimonial dos israelitas. Na Aula de hoje estudaremos os dez Mandamentos; analisaremos
a sua importância para o povo de Israel e os princípios que Deus espera que
sigamos em sua Lei.
Três meses depois da saída do Egito, Deus
conduziu os hebreus pelo deserto até o Monte Sinai, onde ficaram acampados (Êx
19:1,2). Ali, Israel se tornou uma nação eleita e santa ao entrar em um
relacionamento de aliança com Deus (Êx 19:3-8). A eleição divina de Israel
colocou essa nação em uma posição especialmente privilegiada no mundo. Neste
pacto entre o “EU SOU” (Êx 3:14,15; 20:2) e os israelitas, o Senhor fez questão
de relatar Sua atuação na libertação que tirou o povo do cruel cativeiro. Para
gravar na mente hebraica a importância do pacto da lei, Deus se apresentou em
forma de nuvem, figura que Israel não poderia reproduzir.
No Monte Sinai, o Senhor declarou, em
particular, a Moisés, a quem chamou à Sua presença, as orientações
preparatórias para a entrega da Lei (Êx 19:3-6). Ali, o Senhor proferiu os Dez
Mandamentos (Decálogo) que se constituíram nos estatutos perpétuos para serem
obedecidos (Êx 20:6; 24:12). Tais ordenanças revelam os princípios espirituais
e relacionais de Deus ao Seu povo, bem como Sua natureza santa, os quais os
homens devem observar como parâmetro de conduta (Dt 33:3).
Deus espera duas atitudes em relação às Suas
ordenanças: que possamos ouvir e obedecer (Dt 11:26,27). Desse modo,
tornamo-nos Sua propriedade peculiar, Seu reino sacerdotal e Seu povo santo (Êx
19:5,6).
I. OS PROPÓSITOS DA LEI
1. O Decálogo (Êx
20:3-17). O Decálogo é muito mais do que um código ritual ou cerimonial. No
sentido espiritual, ele revela, prioritariamente, o caráter do Deus do pacto,
inspirando os homens ao temor e à reverência. Além disso, no sentido moral, o
Decálogo confronta o pecado e impulsiona o homem ao comportamento que conduz à
vida.
a) Seu significado. No
original hebraico, “Decálogo” significa, literalmente, “dez palavras“. Segundo
Leo G.Cox, “estes dizeres não foram copiados do Egito ou de outras palavras,
como alguns suspeitam. As declarações do monte Sinai são nobres e inteiramente diferentes
de qualquer coisa encontrada em todo o conjunto da literatura egípcia”. Deus
deu estas “palavras” não como meio de salvação, porque este povo já estava
salvo do Egito, mas como norma de conduta. Levando em conta que a obediência
era uma cláusula para a continuação do concerto (Ex 19:5), estas “palavras” se
tronaram a base de perseverança na qualidade de povo de Deus. Paulo deixou
claro que a observância da lei não é meio de salvação pessoal, pois a
justificação é pela fé em Cristo (Gl 2:16). A lei conduz a Cristo, mas não
salva (Gl 3:24).
b) Seu aspecto
relacional. Deus fez escrever o Decálogo em duas tábuas de pedra. Foram
guardadas dentro da arca durante séculos. Portanto, deu-se ao tabernáculo o
nome de “tenda do testemunho” para lembrar aos israelitas que dentro da arca
estava a lei e que deviam viver de acordo com ela. Os primeiros quatro
mandamentos compõem a primeira tábua do Decálogo e mostram a relação apropriada
do homem com Deus. Têm seu cumprimento no primeiro grande mandamento: “Amarás o
Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu
pensamento” (Mt 22:37). Os últimos mandamentos têm que ver com as relações dos
homens entre si e cumprem-se no amor ao próximo como a si mesmo. Somente os que
amam a Deus podem em verdade amar a seu próximo.
c) Sua divisão. Segundo
Leo G. Cox, “a divisão do Decálogo é entendida de modos variados. Segundo
Agostinho, a Igreja Católica Apostólica Romana e a Igreja Luterana consideram
Êx 20:2-6 o primeiro mandamento e dividem o versículo 17, que trata da cobiça,
em dois mandamentos. O judaísmo hodierno reputa que o versículo 2 ordena a
crença em Deus e é o primeiro mandamento; e combina os versículos 3 a 6 no
segundo mandamento. A divisão aceita nos primórdios da igreja torna o versículo
3 o primeiro mandamento e os versículos 4 a 6 o segundo. Esta posição foi
apoiada por unanimidade pela igreja primitiva, e é mantida hoje pela Igreja
Ortodoxa Oriental e pela maioria das igrejas protestantes”.
d) O Decálogo é,
também, para os cristãos? Sim. Os Mandamentos revelam Deus como uma Pessoa
profundamente moral e amável. Como poderíamos nós, que O assumimos como Pai,
não tentarmos ser como Ele? Os Dez Mandamentos aponta o caminho; também
fornecem uma visão de uma sociedade justa e moral. Em Cristo, somos libertos
para expressar a realidade da salvação que recebemos como uma oferta gratuita.
E uma maneira pela qual podemos demonstrar nossa salvação é ter uma vida de
completa harmonia com os padrões revelados por Deus nos Dez Mandamentos apresentados
no Monte Sinai (cf. Rm 8:3,4).
2. Objetivos do
Concerto divino. Os objetivos de Deus com a Lei foram, inicialmente:
a) Providenciar um
padrão de justiça que pudesse ser alcançado. As leis de Deus eram demonstração
de sua justiça por meio de símbolos e forneciam uma disciplina pela qual os
israelitas poderiam ser conformados à santidade de Deus. Inicialmente, a lei
foi dada ao povo de Israel, mas, de forma atemporal, os princípios norteadores
da lei são eternos e contemplam a todos nós. Segundo Alexandre Coelho, “esses
princípios são expostos em regras, ou seja, quando Deus desejou proteger o
fruto do trabalho dos israelitas, ordenou que não se furtasse. Os princípios
desse mandamento são a proteção da propriedade e a valorização do trabalho, e
eles são expostos na regra ‘não furtarás’. Portanto, os princípios estão no
topo, e as regras, na base. Regras podem variar com o passar do tempo, como o
local e o povo, mas os princípios não” (Dt 4:8; Rm 7:12). Portanto, as leis
sociais e cerimoniais mudam, mas as relações fundamentais entre Deus e o homem,
e entre os homens, conforme exaradas no Decálogo, são eternas.
b) A lei de Deus também
mostra o pecado do homem. Segundo Alexandre Coelho, “ela não faz do homem um
pecador, mas mostra o quanto ele é inclinado a desobedecer às regras e
princípios que Deus determinou. Paulo comenta isso em Romanos 5:20: ‘Veio,
porém, a lei para que a ofensa abundasse’, isto é, fosse devidamente conhecida.
‘Pela lei vem o conhecimento do pecado’ (Rm 3:20), ou seja, o conhecimento pleno
dele. ‘Mas eu não conheci o pecado, senão pela lei’ (Rm 7:7). Ou seja, Paulo
deixa claro que a lei traz o conhecimento de nossos pecados. Ela não os cria,
mas os denuncia”.
c) A lei mostra ainda a
santidade de Deus. Segundo Alexandre Coelho, “Deus é santo, e não pode tolerar
o pecado. A lei mostra que o padrão de Deus para uma vida justa deve ser
buscado pelo homem. Com o passar do tempo, percebe-se que essa busca pela
justiça não poderia ser alcançada sem a ajuda de um Salvador, a quem Deus
enviou ao mundo, seu Filho Jesus Cristo. Apenas por Ele podemos nos aproximar
da santidade de Deus e buscá-la para um viver santo neste mundo decaído”.
II. OS DEZ MANDAMENTOS
(Êx 20:1-17)
A) DEVERES PARA COM
DEUS
1. O primeiro
mandamento - Êx 20:3 - “Não terás outros deuses diante de mim”. O versículo 2 é
a introdução deste mandamento - “Eu sou o SENHOR, teu Deus, que te tirei da
terra do Egito, da casa da servidão“. Neste, mostra quem tirou Israel da
servidão egípcia: O SENHOR. Visto que Ele os libertara e provara que era
supremo, Ele exigia absoluta prioridade a Ele: “não terás outros deuses diante
de mim“. Deus proíbe o politeísmo que caracterizava todas as religiões do
antigo Oriente Próximo. Israel não devia adorar, nem invocar nenhum dos deuses
doutras nações. Deus lhe ordenou a temer e a servir somente a Ele (Dt 32:29; Js
24:14,15). Para nós cristãos, este mandamento importa pelo menos três
princípios:
a) A nossa adoração
deve ser dirigida exclusivamente a Deus. Não deve haver jamais adoração ou
oração a quaisquer “outros deuses”, espíritos ou pessoas falecidas, nem se
permite buscar orientação e ajuda da parte deles (Lv 17:7; Dt 6:4; 1Co
10:19,20).
b) Devemos plenamente
nos consagrar a Deus. Somente Deus, mediante sua vontade revelada e Palavra
inspirada, pode guiar a nossa vida (Mt 4:4).
c) Nós cristãos devemos
ter como propósito na vida, buscar a amar a Deus de todo o coração, de toda a
alma e de todas as nossas forças, confiando nEle para nos conceder aquilo que é
bom para a nossa vida (Mt 6:33; Fp 3:8; Cl 3:5).
2. O segundo mandamento
- Êx 20:4-6 - “Não farás para ti imagem de escultura, nem alguma semelhança do
que há em cima nos céus, nem em baixo na terra, nem nas águas debaixo da terra.
Não te encurvarás a elas nem as servirás; porque eu, o SENHOR, teu Deus, sou
Deus zeloso, que visito a maldade dos pais nos filhos até à terceira e quarta
geração daqueles que me aborrecem“.
O primeiro mandamento
de Deus no Sinai foi “não terás outros deuses diante de mim” (Êx 20:3). E o
segundo mandamento foi não fazer imagens de escultura e nem se encurvar a elas
(Êx 20:4-6).
Segundo Leo G. Cox, “os versículos 4 e 5 devem
ser considerados juntos. Não há condenação para confecção de imagens, contanto
que não se tornem objetos de veneração. No Tabernáculo (Êx 25:31-34) e no primeiro
Templo (1Rs 6:18,29) haviam obras esculpidas. A idolatria consiste em
transformar uma imagem em objeto de adoração e atribuir a ela poderes do deus
que representa. Se considerarmos que gravuras ou imagens de pessoas possuam
poderes divinos e que sejam adorados, então elas se tornam ídolos. Há formas de
criaturas nos céus (anjos), na terra (animais, seres humanos) e nas águas
(peixes e baleias), e nenhuma dessas formas poderia jamais representar Deus.
Tentar reduzir Deus a uma figura conhecida era o mesmo que reduzir sua glória.
Deus apresentou os motivos para esta proibição: ‘Ele é Deus zeloso‘, no sentido
de que não permite que o respeito e a reverência devidos a Ele sejam dados a
outrem”. Está escrito: “Eu sou o Senhor; este é o meu nome; a minha glória,
pois, a outrem não darei, nem o meu louvor às imagens de esculturas” (Is 42:8).
Observação: As palavras
“porque eu, o SENHOR, teu Deus, sou Deus zeloso, que visito a maldade dos pais
nos filhos até à terceira e quarta geração daqueles que me aborrecem”(Êx 20:5)
devemser interpretadas à luz do caráter de Deus e de outras Escrituras. Deus é
zeloso no sentido de ser exclusivista, não tolerando que seu povo preste culto
a outros deuses. Como um marido que ama a sua esposa não permite que ela
reparta seu amor com outros homens, Deus não tolera nenhum rival.
Deus não castiga os filhos pelos pecados de
seus pais senão nos casos em que os filhos continuem nos pecados dos pais.
Castiga os que o “aborrecem” e não os arrependidos. “A alma que pecar, essa
morrerá”; “o filho não levará a maldade do pai, nem o pai levará a maldade do
filho” (Ezequiel 18:20). Em vez disso, a maldade passa de geração a geração
pela influência dos pais e quando chega a seu ponto culminante, Deus traz
castigo sobre os pecadores” (Gn 15:16; 2Reis 17:6-23; Mt 23:32-36) (Hoff, Paul.
O Pentateuco. Ed.Vida).
3. O terceiro
Mandamento - Êx 20:7 - “Não tomarás o nome do SENHOR, teu Deus, em vão; porque
o SENHOR não terá por inocente o que tomar o seu nome em vão“. A proibição de
usar o nome de Deus “em vão” ocorre em função de o mesmo estar intimamente
ligado ao caráter divino (Êx 3:15; Lv 22:32). Assim, por causa da natureza
santa do nome do Senhor, o mesmo deve ser reverenciado, invocado, louvado e
bendito (Mt 6:9). Tomar o nome do Senhor “em vão” inclui o fazer uma falsa
promessa usando esse nome (Lv 19:12; cf. Mt 5:33-37), pronunciá-lo de modo
hipócrita ou leviano, ou amaldiçoar e blasfemar envolvendo esse nome (Lv
24:10-16). O nome de Deus deve ser santificado, honrado e respeitado por ser profundamente
sagrado, e deve ser usado somente de maneira santa (ver Mt 6:9).
Era comum o uso de palavras mágicas em
encantamentos no mundo antigo. Um exemplo bíblico ocorre em Atos 19:13-16, onde
lemos sobre a tentativa pecaminosa de invocar o nome do Senhor Jesus, por magos
que usavam o nome do Salvador como uma forma de encantamento.
4. O quarto mandamento
- Êx 20:8-11 - “Lembra-te do dia do sábado, para o santificar”. O sábado
(mencionado pela primeira vez em Gênesis 2:1-3 e depois juntamente com o relato
do maná em Êxodo 16) agora é formalmente instituído como lei à nação de Israel.
Esse dia era um símbolo do descanso que os cristãos hoje desfrutam em Cristo e
também da redenção que a criação desfrutará no milênio. O sábado judaico (hb.
Shabbath - “cessar, interromper”), o sétimo dia da semana, começa ao pôr-do-sol
da sexta-feira e termina ao pôr-do-sol do sábado. Nenhuma passagem do Novo
Testamento ordena os cristãos a observar o sábado.
Conquanto o cristão não esteja mais obrigado a
observar o sábado judaico, ele tem fortes razões bíblicas para dedicar um dia,
em sete, para seu repouso e adoração a Deus:
a) O principio de um
dia sagrado de repouso foi instituído antes da lei judaica - “E abençoou Deus o
dia sétimo e o santificou“(Gn 2:3). Isto indica que o propósito divino é que um
dia, em sete, fosse uma fonte de benção para toda a humanidade e não apenas
para a nação judaica.
b) O propósito
espiritual de um dia de descanso em sete é beneficio ao cristão. No Novo
Testamento esse dia era visto como uma cessação de labor e ao mesmo tempo um
dia dedicado a Deus; um período para se conhecer melhor a Deus e adorá-lo; uma
oportunidade para dedicar-se em casa e em público às coisas de Deus(Nm 28:9; Lv
24:8).
c) Jesus nunca ab-rogou
o principio de um dia de descanso para o homem. O que Ele reprovou foi o abuso
dos líderes judaicos quanto à guarda do sábado(Mt 12:1-8; Lc 13:10-17; 14:1-6).
d) Jesus indica que o
dia de descanso semanal foi dado por Deus para o bem-estar espiritual e físico
do homem (Mc 2:27).
e) Nos tempos do Novo
Testamento os cristãos dedicavam um dia especial, o primeiro dia da semana,
para adorar a Deus e comemorar a ressurreição de Cristo(At 20:7; 1Co 16:2; Ap
1:10).
B) DEVERES PARA COM O
PRÓXIMO
Os últimos seis mandamentos tratam dos
relacionamentos humanos e estabelecem normas de convivência de suprema
importância para a sociedade.
5. O quinto mandamento
- Êx 20:12 - “Honra a teu pai e a tua mãe, para que se prolonguem os teus dias
na terra que o SENHOR, teu Deus, te dá“. Segundo Leo G. Cox, este é o primeiro
mandamento em relação aos homens e rege o primeiro relacionamento que a pessoa
tem com outrem: a relação dos filhos com os pais. Este mandamento é tão básico
que é amplamente universal. A maioria das sociedades reconhece a importância de
filhos obedientes. A melhor exegese deste versículo é a exortação de Paulo encontrada
em Efésios 6:1-3, onde ele destaca as responsabilidades de pais e filhos.
Com este mandamento ocorre uma promessa. Quem
honra os pais tem a garantia de vida longa. O propósito desta promessa visava a
nação em sua permanência no território prometido (Israel) e o indivíduo que
obedece. A promessa ainda vigora: a nação cujos filhos são obedientes permanece
sob a benção de Deus, e os indivíduos obedientes aos pais têm a promessa de
vida mais longa. Haverá exceções a esta regra, mas aqui destacamos sua
aplicação geral.
6. O sexto mandamento -
Êx 20:13 - refere-se ao respeito e à
preservação da vida humana: “não matarás“. Este mandamento proíbe o homicídio,
o qual insulta a Deus, o doador da vida (Gn 9:6). A existência do homem é a Sua
mais importante possessão. Por isso, o Senhor expressa Seu desejo de que ela
seja honrada, respeitada e preservada.
7. O sétimo mandamento
- Êx 20:14 - “Não adulterarás”. Esta ordenança protege a família de sua
desintegração, pois o adultério viola a santidade do matrimônio enquanto
instituição criada por Deus (Hb 13:4). O Mandamento abrange o comportamento de
ambos os cônjuges (Lv 20:10), muito embora a comunidade judaica, no tempo de
Jesus, pareça inclinada a aplicá-la apenas à mulheres (João 8:1-11).
A concepção em vigor atualmente afirma haver
exceções a esta regra; mas, isso não tem justificativa bíblica. Jesus deixou
claro que o adultério está no coração e ocorre antes do ato (Mt 5:28).
Este Mandamento condena todas as relações
sexuais que acontecem fora do laço matrimonial. Também infere a proibição de
atos que precedem e conduzem ao ato sexual.
8. O oitavo mandamento
- Êx 20:15 - “Não furtarás”. Este Mandamento refere-se a qualquer ato que
despoje outra pessoa de algo que lhe pertença. Ensina o respeito à propriedade
particular. Infelizmente, esse mandamento tem sido desonrado por uma sociedade
desonesta e fraudulenta. O amor ao dinheiro é o pecado básico condenado por
este mandamento.
Dentre os exemplos de atitudes pecaminosas que
quebram este mandamento, temos: subornos e prática de corrupção; comércio de
produtos adulterados; roubo de propriedade intelectual; desídia no emprego;
retenção do salário dos empregados; cobrança majorada ou indevida de valores na
prestação de serviços; cobrança de juros abusivos; falta de pagamento das
dívidas.
9. O nono mandamento -
Êx 20:16 - “Não dirás falso testemunho contra o teu próximo“. Este Mandamento
proíbe manchar a reputação de outra pessoa com declarações falsas que podem
levá-la a receber punição ou até mesmo a morte. Ensina a respeitar a reputação
dos outros.
Este Mandamento focaliza tanto o indivíduo
como o sistema judicial, pois de acordo com as antigas leis de Israel, uma
pessoa era considerada culpada ou inocente com base na declaração de uma
testemunha fidedigna (Dt 17:6). O falso testemunho arruinava gradativamente a
justiça.
Portanto, seja no tribunal ou em outro lugar,
nossa palavra sempre deve ser verdadeira. Não devemos divulgar um relato até
que verifiquemos sua veracidade. A repetição da fofoca é imoral; antes de falar
devemos averiguar a correção do que dizemos.
10. O décimo mandamento
- Êx 20:17 - “Não cobiçarás a casa do teu próximo; não cobiçarás a mulher do
teu próximo, nem o seu servo, nem a sua serva, nem o seu boi, nem o seu
jumento, nem coisa alguma do teu próximo“.
Cobiçar é desejar ter o
que o outro possui. Vai muito além de simplesmente admirar o bem de outra
pessoa ou pensar: “eu gostaria de ter uma destes“. A cobiça inclui a inveja,
que é ressentir-se do fato de outros terem o que você não tem; é possuir uma
vontade incontrolável, excessiva e egoísta de apoderar-se do bem de outrem,
sendo, portanto, a raiz da quebra dos demais mandamentos (Rm 7:7,8). Assim, a
aliança com Deus nos convida a tratar os outros e seus bens com amor e cuidado
(1Co 12:25).
CONCLUSÃO
Conquanto o Decálogo tenha sido destinado,
originalmente, ao povo de Israel, o mesmo é perfeitamente aplicável à
atualidade, pois estabelece a perfeita plataforma moral para a vida social de
qualquer nação civilizada.
Em relação a Deus,
somos instruídos a jamais permitir que nada, além dEle, ocupe o Seu lugar
central em nossa vida. Portanto, cristãos autênticos não adoram e nem
reverenciam imagens de criaturas que são consideradas “santas”.
Em memorial da criação,
separamos um tempo (Cl 2:16,17), à parte de nossa jornada semanal de trabalho,
para honrar, servir a Deus e viver para o louvor do Seu santo nome.
Em relação aos nossos
semelhantes, somos orientados a valorizar a família, preservando e honrando
nossos pais e a santidade do casamento. Além disso, obedecemos à orientação
divina por meio de uma vida honesta, verdadeira e pura.
Jesus Cristo, em toda a
Sua sabedoria, resumiu os mandamentos em duas atitudes: amar a Deus acima de
todas as coisas e ao próximo como a nós mesmos (Mc 12:29-31). Estamos atentos a
essa verdade? Que o Senhor permita-nos viver de modo a honrar o Seu nome e a
Sua criação.
——
Referências
Bibliográficas:
Bíblia de Estudo
Pentecostal.
Bíblia de estudo -
Aplicação Pessoal.
Revista Ensinador
Cristão - nº 57 - CPAD.
Paul Hoff - O
Pentateuco. Ed. Vida.
Leo G. Cox - O Livro de Êxodo - Comentário Bíblico Beacon. CPAD.
Victor P. Hamilton -
Manual do Pentateuco. CPAD.
Alexandre Coelho - Uma
jornada de Fé (Moisés, o Êxodo e o Caminho à Terra Prometida). CPAD.
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