quinta-feira, 18 de abril de 2013

EDB - As Bases do Casamento Cristão



Comunidade Messiânica Ebenezer

Escola Biblica Dominical

 

Lição 03: As Bases do Casamento Cristão

Bebeto de Araújo

 

TEXTO ÁUREO


 

“Vós, maridos, amai vossa mulher, como também Cristo amou a igreja e a si mesmo se entregou por ela” (Ef 5.25).

 


 

VERDADE PRÁTICA


 

O casamento cristão tem de ser edificado tendo como base o amor a Deus e ao próximo. Sem amor não há casamento feliz.

 

 

 

COMENTÁRIO DO TEXTO ÁUREO


 

“Vós, maridos, amai vossa mulher, como também Cristo amou a igreja e a si mesmo se entregou por ela” (Ef 5.25).

 

 

 

Nosso texto áureo (Ef 5.25) fala sobre a vida cristã, os deveres dos casados ou os deveres domésticos (Ef 5.22-33), nestes versículos estão orientações do apóstolo Paulo aos cristãos sobre o relacionamento conjugal, as funções de cada cônjuge cristão edificados no amor de Deus, bem como a rica simbologia espiritual do casamento: “Grande é este mistério: digo-o, porém, a respeito de Cristo e da Igreja” (Ef 5.32).

O apóstolo Pedro também escrevendo sobre a função da esposa cristã acrescenta um aspecto evangelístico: “Semelhantemente, vós, mulheres, sede sujeitas ao vosso próprio marido, para que também, se algum não obedece à palavra, pelo procedimento de sua mulher, seja ganho sem palavra” (1 Pe 3.1), o apóstolo Paulo ainda agrega a esta mesma ideia do bom testemunho cristão e das responsabilidades matrimonias o valor espiritual da vida cristã da esposa ao marido e vice versa: “Porque o marido descrente é santificado pela mulher,...” (1 Co 7.14ª).

Nesta lição estudaremos “As Bases do Casamento Cristão”, sendo a base principal o amor.

O contexto do nosso texto áureo (Ef 5.25) está apontando para o testemunho dos cônjuges cristãos, que os maridos as amem com amor sacrificial e as mulheres sejam submissas, como a Igreja é a Cristo (Efésios 5.22-33). Obviamente a cosmovisão mundana não suporta esse ensinamento bíblico, reservado aos crentes nascidos de novo, que não vivem segundo a carne, mas segundo o espírito (Gálatas 5.16-26).

Paulo declara aos cristãos: “Vós, mulheres, sujeitai-vos a vosso marido, como ao Senhor; porque o marido é a cabeça da mulher, como também Cristo é a cabeça da igreja, sendo ele próprio o salvador do corpo. De sorte que, assim como a igreja está sujeita a Cristo, assim também as mulheres sejam em tudo sujeitas a seu marido. Vós, maridos, amai vossa mulher, como também Cristo amou a igreja e a si mesmo se entregou por ela, para a santificar, purificando-a com a lavagem da água, pela palavra, para a apresentar a si mesmo igreja gloriosa, sem mácula, nem ruga, nem coisa semelhante, mas santa e irrepreensível. Assim devem os maridos amar a sua própria mulher como a seu próprio corpo. Quem ama a sua mulher ama-se a si mesmo. Porque nunca ninguém aborreceu a sua própria carne; antes, a alimenta e sustenta, como também o Senhor à igreja; porque somos membros do seu corpo. Por isso, deixará o homem seu pai e sua mãe e se unirá à sua mulher; e serão dois numa carne. Grande é este mistério; digo-o, porém, a respeito de Cristo e da igreja” (Ef 5.22-32)

 

Ao observarmos o texto e contexto com atenção, podemos ver que o ensino paulino faz um paralelo entre o relacionamento conjugal (esposa e marido) e espiritual (Igreja e Cristo). Observe que o texto está repleto de expressões  comparativas: “como”, “como também”, “assim como”, “assim também”, “assim”.

 

“Vós, mulheres, sujeitai-vos a vosso marido...” (Ef 5. 22) -  compreendo a incorreta repulsa feminista e a possível aversão a este ensino cristão da cultura ocidental secularizada, mas uma pessoa nascida de novo, que tenha a mente de Cristo, certamente rejeitará o pensamento mundano e compreenderá claramente a comparação bíblica sobre a função dos cônjuges no casamento: “vós, mulheres, sujeitai-vos a vosso marido como ao Senhor”. Parafraseando o versículo temos: “Mulher, sujeite-se conjugalmente ao teu marido da mesma forma como você se sujeita espiritualmente ao Senhor, sendo serva de Deus".

Veja que o Senhor está enfatizando a liderança do marido no lar, assim como já é normal para ela a liderança do Senhor sobre sua vida no âmbito espiritual. Muito diferente do pensamento do sistema mundano de que este texto seja um menosprezo à mulher é, ao contrário, na perspectiva cristã uma exaltação a ela. Ela é comparada à Igreja do Senhor e está também em pauta aqui o amor sacrificial de Cristo, senão vejamos: “De sorte que, assim como a igreja está sujeita a Cristo, assim também as mulheres sejam em tudo sujeitas a seu marido. Vós, maridos, amai vossa mulher, como também Cristo amou a igreja e a si mesmo se entregou por ela, para a santificar, purificando-a com a lavagem da água, pela palavra, para a apresentar a si mesmo igreja gloriosa, sem mácula, nem ruga, nem coisa semelhante, mas santa e irrepreensível. Assim devem os maridos amar a sua própria mulher como a seu próprio corpo” (Ef 5.24-28).

     Infelizmente a cosmovisão do mundo, pinça ou recorta apenas partes do texto bíblico: “Vós, mulheres, sujeitai-vos a vosso marido...” (Ef 5.22) e “..as mulheres sejam em tudo sujeitas a seu marido” (Ef 5.24), , “...mulheres, sede sujeitas ao vosso próprio marido...” (1 Pe 3.1), desprezando o contexto intimamente ligado e argamassado a ideia do amor sacrifical do marido, esses recortes tornam-se numa falácia e precipitadamente numa acusação absurda contra a fé cristã, ao descontextualizar a função dada por Deus aos cônjuges, concluem precipitadamente que os cristãos são machistas e autoritários.

Historicamente, na religião revelada a Moisés, ou seja, no judaísmo do Antigo Testamento, e mesmo na época do Senhor Jesus, ideias extremadas e exageradas de subordinação feminina, levou os judeus a não permitir que suas mulheres participassem de formas religiosas de sua fé. Um garoto ou um escravo podiam ler a Torá nas sinagogas, mas as mulheres jamais. É possível que essa cultura judaica tenha mantido inicialmente impregnada na iniciante igreja cristã que era judaica, mas com o passar do tempo essa cultura iria se desconstruir. É verdade que em muitas passagens bíblicas Paulo ensina e age como um bom rabino judeu ensinaria (1 Co 14.34-35; 1 Tm 2.12-15). Isso se deve ao contexto da formação judaica da igreja. No comentário do Dr. Russel Champlin encontramos a seguinte observação: “O admirável é que o cristianismo tenha feito progresso nessa questão, considerando-se o fato que ela se desenvolveu de bases essencialmente judaicas, tendo estado sob sua poderosa influência formativa. (Ver 1 Co 14.34-35, quanto a uma discussão contra e a favor das mulheres falarem e ensinarem no seio das igrejas locais). Para sermos exatos, pode haver abusos de ambos os lados. Existem mulheres dominadoras, completamente deslocadas em seu próprio lar; e também existem homens submissos, o que é uma cena deplorável. Mas, na sua grande maioria, os lares se alicerçam sobre o amor, e isso serve de alicerce para todos os males domésticos” (O Novo Testamento Interpretado versículo por versículo – 10ª edição – pág. 627 – Vol. 4 – 1995 - Ed. Candeia).

A luz do texto paulino, a submissão não implica na inferioridade pessoal da mulher ao homem. Assim como o fato de Cristo ser submisso ao Pai, não o torna menor em absolutamente nada, pois o que está em foco é a função e não natureza. O Senhor Jesus não deixa de ser divino por ser submisso ao Pai, como também a mulher não deixa de ser humana por ser submissa ao marido.

 

“Porque o marido é a cabeça da mulher, como também Cristo é a cabeça da igreja” (Ef 5.23) – O apóstolo Paulo inspirado pelo Espírito Santo explica a razão da submissão da mulher ao marido. Assim como Cristo é o Senhor e a cabeça da Igreja; assim também o marido é a cabeça do lar. Trata-se de uma hierarquia ou autoridade: homem a cabeça da mulher; Cristo a cabeça do homem e Deus a cabeça de Cristo (1 Co 11.3). Existe certa ordem decrescente, cada ser tem o seu “cabeça”. O cabeça, como diretor do corpo, representa a autoridade. Assim, de todas as famílias do céu e da terra, Deus é o cabeça. O Pai é o cabeça até mesmo de Cristo, e não somente na missão terrena deste, mas também dentro da própria Trindade o Pai é o cabeça e o Filho lhe é subordinado (1 Co 15.28).

            O autor não hesita em dizer que em muitas funções a mulher está melhor qualificada, como nos elementos que formam o caráter, na paciência e perseverança, na gentileza, no altruísmo, na sensibilidade, em ministrar aos que sofrem, na educação com as crianças, no cuidado com o lar ela é melhor capacitada que o homem. Importante ainda ressaltar que a submissão por estar associada à função do cônjuge, não diz respeito à salvação, ou seja,  em Cristo o sexo é questão indiferente, portanto, a mulher não é espiritualmente inferior ao homem: “Nisto não há judeu nem grego; não há servo nem livre; não há macho nem fêmea; porque todos vós sois um em Cristo Jesus” (Gálatas 3.28). Assim de acordo com 1 Coríntios 11 e Efésios 5.23, a mulher  está subordinada ao marido nesta esfera terrena, está em foco aqui a função e não a natureza.

           

 

“Vós, maridos, amai vossa mulher”(5.25a) – Aqui está o imperativo “amai”. Veja que é exigência feita a ele (marido) enquanto dela tal não foi exigido, uma vez que o amor dela vem sem maiores problemas à medida que vê o amor sacrificial do marido a ela, a dedicação e o empenho do esposo no lar. É o paralelo do amor da Igreja ao seu Senhor “nós o amamos porque ele nos amou primeiro”, ( 1 Jo 4.19).

O texto é claríssimo em apontar a comparação “como também Cristo amou a igreja e a si mesmo se entregou por ela...”. Ou seja, o amor espiritual de Cristo por sua igreja levou-o a entregar-se ao sacrifício por ela e não considerar as dificuldades para santificá-la e purificá-la, podendo apresentá-la a Si mesmo como uma igreja gloriosa, sem manchas ou defeitos, mas santa e irrepreensível.

Sem essa compreensão do contexto, sem a compreensão do “amor sacrifical do marido”, não podemos compreender a ideia da sujeição na sua plenitude.

 

“Assim devem os maridos amar a sua própria mulher...” (Ef 5.28), reforçando a comparação, identificando o marido com Cristo e exigindo dele amor sacrificial, para o provimento de todas as necessidades de sua família. Nesse contexto ele apresentará a si mesmo, uma esposa dedicada, zelosa, companheira, amiga, etc.

Novamente é exigido que ele a ame “devem os maridos amar”; ou seja, sem amor ele estará impossibilitado de “entregar-se” por sua esposa, por seus filhos e pelo seu lar. Sem a expressa manifestação do amor sacrificial do marido, não haverá a sujeição proposta na Palavra de Deus da mulher.

 

“Quem ama a sua mulher ama-se a si mesmo” (Ef 5. 28b) -  isto é, ao amar a sua esposa o marido não está lhe fazendo nenhum favor; ao contrário, está amando, respeitando e cuidando de si mesmo e sustentando a sua própria carne, pois ela é uma extensão de sua própria carne (Gn 2.23).

Neste contexto são três  os versículos (5.22,23a,b,24)  que enfatizam a submissão da mulher, explicando o porquê dessa submissão ao marido, porém o mesmo texto destaca sete versículos (5.23c, 25,26,27,28,29,30)  que enfatizam explicitamente o amor que o marido tem que ter por sua mulher, amor sacrificial, ou seja os sacrifícios daí decorrentes para salvaguardar o seu lar.

 

Portanto, cabe a cada cristão nascido de novo a desconstruir as velhas práticas e apegarem ao ensino santo da Palavra de Deus, para que as bases do seu casamento sejam firmes, pois são alicerçados em Cristo. Amém.

LEITURA DIÁRIA

 Hb 13.4 – O valor espiritual do casamento

Ef 5.25 – O amor do marido pela esposa

Tt 2.4 – O amor da mãe pelos filhos e o marido

1 Pe 3.7 – O esposo deve honrar a esposa

Ef 5.33 – A mulher reverencia o marido

1 Co 7.2 – O casamento resguarda da prostituição

 

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

Efésios 5.22-28,31,33.

22 - Vós, mulheres, sujeitai-vos a vossos maridos, como ao Senhor;

23 - Porque o marido é a cabeça da mulher, como também Cristo é a cabeça da igreja: sendo ele próprio o salvador do corpo.

24 - De sorte que, assim como a igreja está sujeita a Cristo, assim também as mulheres sejam em tudo sujeitas a seus maridos.

25 - Vós, maridos, amai vossas mulheres, como também Cristo amou a igreja, e a si mesmo se entregou por ela,

26 - Para a santificar, purificando-a com a lavagem da água, pela palavra,

27 - Para a apresentar a si mesmo igreja gloriosa, sem mácula, nem ruga, nem coisa semelhante, mas santa e irrepreensível.

28 - Assim devem os maridos amar a suas próprias mulheres, como a seus próprios corpos. Quem ama a sua mulher, ama-se a si mesmo.

31 - Por isso deixará o homem seu pai e sua mãe, e se unirá a sua mulher; e serão dois numa carne.

33 - Assim também vós cada um em particular ame a sua própria mulher como a si mesmo, e a mulher reverencie o marido.

 

 

RESUMO DA LIÇÃO 03


 

AS BASES DO CASAMENTO CRISTÃO

 

I. A VONTADE DE DEUS PARA O CASAMENTO

1. Um plano global.

2. Os indicadores da vontade de Deus.

 

II. O AMOR VERDADEIRO NO CASAMENTO

1. O dever primordial do casal.

2. O amor gera união plena.

 

III. A FIDELIDADE CONJUGAL

1. O fator indispensável à estabilidade no casamento.

2. Cuidado com os falsos padrões.

 

 

INTERAÇÃO


 

Inicie a aula pedindo aos alunos que citem algumas características de um casamento bem-sucedido.

À medida que forem citandos, anote as características em uma folha ou escreva-as no quadro.

Após ouvir os alunos, explique que tais características oferecem uma ideia dos propósitos de Deus para a vida a dois.

Ressalte o fato de que, instituído por Deus, o casamento tem o objetivo de ser a base da família e, consequentemente, de toda a sociedade.

Lembre que a Igreja deve fazer soar sua voz profética, denunciando tudo que pode destruir o casamento monogâmico e heterossexual.

 

 

OBJETIVOS


 

Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:

Compreender qual é a verdadeira vontade divina para o casamento.

Conscientizar-se da importância do amor mútuo e verdadeiro para se estabelecer uma família.

Enfatizar a importância da fidelidade conjugal no casamento.

 

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA

Professor, reproduza como puder o esquema abaixo:

1 Coríntios 7. 1-16: O relacionamento conjugal entre o marido e a mulher (vv.1-7); os solteiros (vv.8,9,25); o casamento cristão e o misto (vv.12-16); o casamento e o serviço cristão (vv.25-38).

Explique que este capítulo é um tratado a respeito do matrimônio e do relacionamento familiar. O objetivo do capítulo é mostrar aos coríntios que o matrimônio não estava e jamais estará ultrapassado. Paulo revela aqui a importância do casamento, deixando bem claro que ele é uma aliança divina e indissolúvel.

 

 

COMENTÁRIO

Professor, reproduza como puder o esquema abaixo:

1 Coríntios 7. 1-16:

- o relacionamento conjugal entre o marido e a mulher (vv.1-7);

- os solteiros (vv.8,9,25);

o casamento cristão e o misto (vv.12-16);

o casamento e o serviço cristão (vv.25-38).

Explique que este capítulo é um tratado a respeito do matrimônio e do relacionamento familiar.

O objetivo do capítulo é mostrar aos coríntios que o matrimônio não estava e jamais estará ultrapassado.

Paulo revela aqui a importância do casamento, deixando bem claro que ele é uma aliança divina e indissolúvel.

 

introdução

 

                                    PALAVRA CHAVE

 

      AMOR CONJUGAL:

O amor entre os cônjuges.

 

Por ser uma instituição criada por Deus para atender aos propósitos divinos, não é de se admirar que o matrimônio venha sendo ridicularizado sistemática e violentamente pela mídia. Por isso, precisamos compreender a instrução divina quanto ao casamento e aplicá-la em nossa vida diária. Na epístola aos Hebreus, as Escrituras ensinam: “venerado seja entre todos o matrimônio e o leito sem mácula” (13.4). Tal verdade a respeito do casamento indica-nos que ele deve ser respeitado, honrado e valorizado.

 

I. A VONTADE DE DEUS PARA O CASAMENTO

 

1. Um plano global.

Como expressão de sua vontade, o Criador ordenou, logo no princípio, que o homem deixasse pai e mãe e se unisse à sua mulher, para que ambos fossem “uma carne” (Gn 2.24).

É exatamente o que acontece no ato conjugal, sendo esta a vontade de Deus para todas as pessoas, crentes ou não: que a humanidade cresça e, através da união legítima entre um homem e uma mulher, multiplique-se.

 

2. Os indicadores da vontade de Deus.

Ao aconselhar os jovens em relação ao namoro, noivado e casamento, é preciso orientá-los para que tomem decisões conscientes.

Nesse particular, é preciso buscar a vontade de Deus, cujos indicadores são:

a)   A Paz de Deus no coração.

Um dos sinais da aprovação divina quanto ao que fazemos, ou pretendemos fazer, é o sentimento de paz interior, que nos domina os pensamentos e as emoções (Cl 3.15).

b)   O comportamento pessoal.

Se alguém não honra os pais, como honrará o seu cônjuge?

Se o noivo não respeita a noiva, demonstrando um ciúme doentio a ponto de não lhe permitir que converse até mesmo com pessoas da própria família, isso evidencia claramente que ele está fora da aprovação divina.

Tal relacionamento não dará certo.

c)    Naturalidade.

Procurar “casa de profetas” para saber se o casamento é ou não da vontade de Deus é muito perigoso.

Quando o relacionamento é da vontade divina, um sente amor pelo outro, sente falta do outro, considera o outro, demonstra afeto pelo outro.

Tudo flui naturalmente.

Além disso, os pais aprovam o namoro e a igreja o reconhece. Estes indicativos realçam que Deus está de acordo com esta união.

d)   Os princípios de santidade.

Sabemos que as tentações sobre os namorados e noivos são fortes.

Mas não devemos nos esquecer: a santidade é um requisito básico para a felicidade conjugal.

Um relacionamento que não leva em conta o princípio da castidade já está fora da orientação divina.

Portanto, se o namoro ou o noivado é marcado por atos e práticas que ofendem a Deus, é sinal de que o relacionamento já está fadado ao fracasso (1 Co 6.18-20).

O sexo antes e fora do casamento é pecado (Êx 20.14; 1 Ts 4.3).

E a virgindade, tanto do rapaz, quanto da moça, continua a ser muito importante aos olhos de Deus.

 


 

SINOPSE DO TÓPICO (I)

Deus ordenou, logo no princípio, que o homem deixasse pai e mãe e se unisse à sua mulher, para que ambos sejam “uma só carne”.


 

 

 

II. O AMOR VERDADEIRO NO CASAMENTO

 

1. O dever primordial do casal.

O marido que não ama a própria esposa não pode dizer que obedece a Palavra de Deus.

Ao contrário, ele peca por desobediência, pois amar é uma ordem divina.

A Bíblia recomenda solenemente: “vós, maridos, amai vossa mulher, como também Cristo amou a igreja e a si mesmo se entregou por ela” (Ef 5.25).

O amor à esposa, ordenado pelas Escrituras, deve ser o mais elevado possível.

É semelhante ao amor de Cristo pela Igreja: “Como também Cristo amou a Igreja”.

Perceba que o termo “como” é um advérbio de modo.

Por conseguinte, o amor do esposo pela esposa deve ser como o amor de Cristo por sua Igreja.

É um amor sublime e sem igual.

 

2. O amor gera união plena.

A união é o resultado do amor sincero.

Logo, o esposo deve estar unido à esposa de modo a formar uma unidade, ou seja, “dois numa [só] carne” (Ef 5.31).

Por isso, o apóstolo Paulo ensina: “O marido pague à mulher a devida benevolência, e da mesma sorte a mulher, ao marido” (1 Co 7.3).

Isto quer dizer igualdade e reciprocidade no casamento; marido e mulher são iguais nos haveres de um para com o outro.

Isso exige do casal união de pensamentos, de sentimentos e de propósitos.

 


 

SINOPSE DO TÓPICO (II)

 

O marido que não ama a esposa não pode dizer que obedece a Palavra de Deus.

 


 

III. A FIDELIDADE CONJUGAL

 

1. Fator indispensável à estabilidade no casamento.

Além de proporcionar segurança espiritual e emocional, a fidelidade é indispensável ao bom relacionamento conjugal.

Sem fidelidade, o casamento desaba.

As estruturas do matrimônio não foram preparadas para suportar o peso da infidelidade, cujos efeitos sobre toda a família são devastadores.

O adultério é tremendamente destrutivo tanto para o homem como para a mulher (1 Co 6.15-20).

 

2. Cuidado com os falsos padrões.

O amor que se vê nos filmes, novelas e revistas seculares está longe de preencher os requisitos da Palavra de Deus.

É falso e pecaminoso.

O verdadeiro padrão do amor conjugal é o de Cristo para com a Igreja!

Através de Malaquias, o Senhor repreendeu severamente os varões israelitas por sua infidelidade conjugal (Ml 2.13-16).

Biblicamente, o casamento é uma aliança que deve perdurar até a morte de um dos cônjuges.

Não é um “contrato” com prazo de validade, mas uma união perene, cuja fidelidade é um dos elementos indispensáveis para que os cônjuges sejam felizes.


 

SINOPSE DO TÓPICO (III)

 

O verdadeiro padrão do amor conjugal que deve ser seguido por todos, sobretudo pelo cristão, é o mesmo que o de Cristo pela Igreja.

 


 

 

CONSIDERAÇÕES FINAIS

 

Nosso desejo é que as igrejas promovam o crescimento das crianças, adolescentes, jovens e casais na Palavra de Deus.

Enfim, que toda a família seja edificada em Cristo.

Dessa maneira, demonstraremos o valor do casamento bíblico e os perigos das novas “configurações familiares” defendidas e apoiadas pelos que desprezam e debocham dos princípios divinos.

Portanto, que a Igreja faça soar sua voz profética e denuncie as iniciativas que buscam destruir o casamento monogâmico, heterossexual e indissolúvel.

Se a família não for sadia, a sociedade será enferma.

 

BIBLIOGRAFIA SUGERIDA


 

CRUZ, E. Sócios, Amigos & Amados. Os três pilares do casamento. 1 ed., RJ: CPAD, 2005.

YOUNG, E. Os Dez Mandamentos do Casamento: O que fazer e o que não fazer para manter uma aliança por toda a vida. 1 ed., RJ: CPAD, 2011.

EXERCÍCIOS

1. Quando o marido se torna “uma só carne” com a esposa?

R. Durante o ato conjugal.

2. Cite pelos menos três indicadores da vontade divina no relacionamento.

R. Paz de Deus no coração, o comportamento pessoal e naturalidade.

3. Como deve ser o amor do marido pela esposa?

R. O amor à esposa, ordenado pelas Escrituras, deve ser o mais elevado possível. É semelhante ao amor de Cristo pela Igreja: “Como também Cristo amou a Igreja”.

4. O que é indispensável à estabilidade no casamento?

R. A fidelidade conjugal.

5. Qual é o verdadeiro padrão do amor conjugal?

R. O verdadeiro padrão do amor conjugal é o de Cristo para com a Igreja!

AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO I

Subsídio Teológico

“Bom seria que o homem não tocasse em mulher (1 Co 7.1)

[...] A questão do casamento é unicamente dos gentios. Os judeus, de cuja herança Paulo também compartilhava, adotavam uma posição baseada em Gênesis 2.18: ‘Não é bom que o homem esteja só’. No judaísmo, o casamento era considerado a principal responsabilidade de todo homem. Mas alguns coríntios, que haviam sido convertidos da cultura geral, com atitudes negligentes em relação ao sexo e indecisos sobre a extensão da pureza moral à qual eram exortados em Cristo, foram para outro extremo. Também é provável que, para alguns, seu passado de relacionamentos sexuais havia se tornado uma questão de orgulho, uma base para a pretensão àquela espiritualidade superior à qual muitos se inclinavam, desejando ter um prestígio superior no corpo de Cristo.

A resposta de Paulo rejeitava esse conceito e argumentava a favor de uma expressão normal e plena do sexo dentro do casamento” (RICHARDS, L. O. Comentário Histórico-Cultural do Novo Testamento. 1 ed., RJ: CPAD, 2007, p.354).

 

 

 

 

AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO II

Subsídio Bibliológico

“A Obrigação de Reciprocidade (1 Co 7.3,4)

Paulo declara francamente que a relação entre as pessoas não é só um aspecto válido no casamento, mas também é uma obrigação de acordo com a necessidade e o desejo. O verbo traduzido como pague ‘não significa a concessão de um favor, mas o pagamento de uma obrigação, aqui do marido para a esposa e da esposa para o marido’. Godet diz: Este versículo nos confirma a ideia de que entre alguns dos coríntios existia uma tendência ‘espiritualista’ exagerada, que ameaçava ferir as relações conjugais, e desse modo a santidade da vida. Em seu sentido mais profundo, o verbo pague (apodidomi) significa dar o que se deve, ou o que se está sob a obrigação de dar. O apóstolo coloca o aspecto sexual do casamento em sua perspectiva correta, evitando tanto uma atitude promíscua como um ascetismo rígido.

No versículo 4, Paulo expande a ideia de mútua reciprocidade para incluir tudo o que faz parte da vida, ao declarar que parceiros casados possuem poder sobre os corpos um do outro. As palavras não têm poder refere-se ao exercício de autoridade. O entendimento mútuo elimina dois extremos no estado dos casados — a posse separada de si mesmo, e a sujeição de uma parte a outra. No casamento, cada parceiro tem um direito legítimo à pessoa do outro. Em outras passagens Paulo considera o marido como a cabeça da família, declarando que a esposa lhe deve ser sujeita (Ef 5.22-23). Mas na área sexual ambos estão no mesmo nível. O principal ensinamento aqui é que maridos e esposas têm os mesmos direitos. Ambos devem agir como cristãos. Portanto, qualquer conduta excessiva ou abusiva é proibida” [GREATHOUSE, W. M.; METZ, D. S.; CARVER, F. G. (Orgs.) Comentário Bíblico Beacon. Volume 8, 1 ed., RJ: CPAD, 2006, p.295].

SUBSÍDIOS ENSINADOR CRISTÃO

As bases do Casamento Cristão

O casamento é uma instituição divina, e a Palavra de Deus nos mostra em diversos textos a importância dele diante de Deus e da sociedade.

Dentre as bases do casamento cristão está o amor. Nesse aspecto, é importante deixar claro a importância de utilizarmos o bom senso na escolha do futuro cônjuge. A não ser a descrição de Gênesis 2.22, em que Deus literalmente traz Eva a Adão, a Bíblia não traz outros textos em que Deus apresenta diretamente uma pessoa à outra. E como a Bíblia não diz que “João” vai se casar com “Josefina”, entendemos que a escolha de uma pessoa para o casamento deve passar pela orientação geral de Deus e pelo bom senso que Ele dá aos Seus servos.

A profecia manifesta a vontade de Deus, mas, no tocante ao casamento, Deus não se utiliza de profecias para direcionar casamentos. A função da profecia é exortar, edificar e consolar, e não casar pessoas. Por isso, não recomendamos profecias casamenteiras para crentes solteiros. É imprescindível que os casais, ao invés de buscarem profetas para descobrirem se Deus é favorável a tal união ou não, analisem a forma com que o pretendente trata os pais, como se porta na igreja e fora dela, se é uma pessoa que busca trabalhar e ter uma vida produtiva, se sabe buscar ao Senhor em oração e obedece à vontade dEle, e se sabe resolver conflitos de forma adequada.

Outra base para que o casamento dê certo, dentro dos parâmetros bíblicos, é a abstinência sexual dos solteiros até o matrimônio e a fidelidade sexual dos casados. A castidade é necessária tanto para as moças quanto para os rapazes da igreja, pois diante de Deus não há diferença no tocante à santidade do sexo. Os moços cristãos não podem alegar que precisam ser experientes sexualmente para desobedecer ao Senhor. E a fidelidade sexual dos casados é esperada por Deus como requisito de um compromisso feito no altar, diante do próprio Deus.

A monogamia também é uma das bases para o casamento cristão, inclusive é uma das características esperadas de quem está no ministério pastoral. Um ministro que não respeita a monogamia perde a capacidade de estar diante do rebanho do Senhor, pois a Palavra de Deus deixa claro que o obreiro deve ser marido de uma mulher, reiterando a monogamia. Logo, para que possa ministrar, deve obedecer à Palavra. Caso contrário, que se afaste do ministério, pois não terá o aval da parte de Deus para permanecer à frente do rebanho. Deus não espera menos de seus ministros do que espera da igreja.

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