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Messiânica Ebenezer
Escola
Biblica Dominical
Lição 03: As Bases do Casamento Cristão
Bebeto de Araújo
TEXTO ÁUREO
“Vós,
maridos, amai vossa mulher, como também Cristo amou a igreja e a si mesmo se
entregou por ela” (Ef 5.25).
VERDADE PRÁTICA
O casamento cristão tem de ser
edificado tendo como base o amor a Deus e ao próximo. Sem amor não há casamento
feliz.
COMENTÁRIO DO TEXTO ÁUREO
“Vós,
maridos, amai vossa mulher, como também Cristo amou a igreja e a si mesmo se
entregou por ela” (Ef 5.25).
Nosso texto áureo (Ef 5.25)
fala sobre a vida cristã, os deveres dos casados ou os deveres domésticos (Ef
5.22-33), nestes versículos estão orientações do apóstolo Paulo aos cristãos
sobre o relacionamento conjugal, as funções de cada cônjuge cristão edificados
no amor de Deus, bem como a rica simbologia espiritual do casamento: “Grande é este mistério: digo-o, porém, a respeito de Cristo
e da Igreja” (Ef 5.32).
O apóstolo Pedro também
escrevendo sobre a função da esposa cristã acrescenta um aspecto evangelístico:
“Semelhantemente, vós, mulheres, sede sujeitas ao vosso
próprio marido, para que também, se algum não obedece à palavra, pelo
procedimento de sua mulher, seja ganho sem palavra” (1 Pe 3.1), o
apóstolo Paulo ainda agrega a esta mesma ideia do bom testemunho cristão e
das responsabilidades matrimonias o valor espiritual da vida cristã da esposa
ao marido e vice versa: “Porque o marido
descrente é santificado pela mulher,...” (1 Co 7.14ª).
Nesta lição estudaremos “As Bases do Casamento Cristão”, sendo
a base principal o amor.
O contexto do nosso texto
áureo (Ef 5.25) está apontando para o testemunho dos cônjuges cristãos, que os
maridos as amem com amor sacrificial e as mulheres sejam submissas, como a
Igreja é a Cristo (Efésios 5.22-33). Obviamente a cosmovisão mundana não
suporta esse ensinamento bíblico, reservado aos crentes nascidos de novo, que
não vivem segundo a carne, mas segundo o espírito (Gálatas 5.16-26).
Paulo declara aos cristãos: “Vós, mulheres, sujeitai-vos a vosso marido, como ao Senhor;
porque o marido é a cabeça da mulher, como também Cristo é a cabeça da igreja,
sendo ele próprio o salvador do corpo. De sorte que, assim como a igreja está
sujeita a Cristo, assim também as mulheres sejam em tudo sujeitas a seu marido.
Vós, maridos, amai vossa mulher, como também Cristo amou a igreja e a si mesmo
se entregou por ela, para a santificar, purificando-a com a lavagem da água,
pela palavra, para a apresentar a si mesmo igreja gloriosa, sem mácula, nem
ruga, nem coisa semelhante, mas santa e irrepreensível. Assim devem os maridos
amar a sua própria mulher como a seu próprio corpo. Quem ama a sua mulher
ama-se a si mesmo. Porque nunca ninguém aborreceu a sua própria carne; antes, a
alimenta e sustenta, como também o Senhor à igreja; porque somos membros do seu
corpo. Por isso, deixará o homem seu pai e sua mãe e se unirá à sua mulher; e
serão dois numa carne. Grande é este mistério; digo-o, porém, a respeito de
Cristo e da igreja” (Ef 5.22-32)
Ao observarmos o texto e
contexto com atenção, podemos ver que o ensino paulino faz um paralelo entre o
relacionamento conjugal (esposa e marido) e espiritual (Igreja e Cristo).
Observe que o texto está repleto de expressões
comparativas: “como”, “como
também”, “assim como”, “assim também”, “assim”.
“Vós, mulheres, sujeitai-vos a
vosso marido...” (Ef 5. 22) - compreendo a incorreta repulsa feminista e a
possível aversão a este ensino cristão da cultura ocidental secularizada, mas
uma pessoa nascida de novo, que tenha a mente de Cristo, certamente rejeitará o
pensamento mundano e compreenderá claramente a comparação bíblica sobre a
função dos cônjuges no casamento: “vós, mulheres,
sujeitai-vos a vosso marido como ao Senhor”. Parafraseando o
versículo temos: “Mulher, sujeite-se
conjugalmente ao teu marido da mesma forma como você se sujeita espiritualmente
ao Senhor, sendo serva de Deus".
Veja que o Senhor está
enfatizando a liderança do marido no lar, assim como já é normal para ela a
liderança do Senhor sobre sua vida no âmbito espiritual. Muito diferente do
pensamento do sistema mundano de que este texto seja um menosprezo à mulher é,
ao contrário, na perspectiva cristã uma exaltação a ela. Ela é comparada à
Igreja do Senhor e está também em pauta aqui o amor sacrificial de Cristo,
senão vejamos: “De sorte que, assim como a igreja está sujeita
a Cristo, assim também as mulheres sejam em tudo sujeitas a seu marido. Vós,
maridos, amai vossa mulher, como também Cristo amou a igreja e a si mesmo se
entregou por ela, para a santificar, purificando-a com a lavagem da água, pela
palavra, para a apresentar a si mesmo igreja gloriosa, sem mácula, nem ruga,
nem coisa semelhante, mas santa e irrepreensível. Assim devem os maridos amar a
sua própria mulher como a seu próprio corpo” (Ef 5.24-28).
Infelizmente a cosmovisão do mundo, pinça ou recorta apenas
partes do texto bíblico: “Vós, mulheres,
sujeitai-vos a vosso marido...” (Ef 5.22) e “..as
mulheres sejam em tudo sujeitas a seu marido” (Ef 5.24), , “...mulheres, sede
sujeitas ao vosso próprio marido...” (1 Pe 3.1), desprezando o
contexto intimamente ligado e argamassado a ideia do amor sacrifical do marido,
esses recortes tornam-se numa falácia e precipitadamente numa acusação absurda
contra a fé cristã, ao descontextualizar a função dada por Deus aos cônjuges,
concluem precipitadamente que os cristãos são machistas e autoritários.
Historicamente, na religião
revelada a Moisés, ou seja, no judaísmo do Antigo Testamento, e mesmo na época
do Senhor Jesus, ideias extremadas e exageradas de subordinação feminina, levou
os judeus a não permitir que suas mulheres participassem de formas religiosas
de sua fé. Um garoto ou um escravo podiam ler a Torá nas sinagogas, mas as
mulheres jamais. É possível que essa cultura judaica tenha mantido inicialmente
impregnada na iniciante igreja cristã que era judaica, mas com o passar do
tempo essa cultura iria se desconstruir. É verdade que em muitas passagens
bíblicas Paulo ensina e age como um bom rabino judeu ensinaria (1 Co 14.34-35;
1 Tm 2.12-15). Isso se deve ao contexto da formação judaica da igreja. No
comentário do Dr. Russel Champlin encontramos a seguinte observação: “O admirável é que o cristianismo tenha
feito progresso nessa questão, considerando-se o fato que ela se desenvolveu de
bases essencialmente judaicas, tendo estado sob sua poderosa influência
formativa. (Ver 1 Co 14.34-35, quanto a uma discussão contra e a favor das
mulheres falarem e ensinarem no seio das igrejas locais). Para sermos exatos,
pode haver abusos de ambos os lados. Existem mulheres dominadoras,
completamente deslocadas em seu próprio lar; e também existem homens submissos,
o que é uma cena deplorável. Mas, na sua grande maioria, os lares se alicerçam
sobre o amor, e isso serve de alicerce para todos os males domésticos” (O Novo
Testamento Interpretado versículo por versículo – 10ª edição – pág. 627 – Vol.
4 – 1995 - Ed. Candeia).
A luz do texto paulino, a
submissão não implica na inferioridade pessoal da mulher ao homem. Assim como o
fato de Cristo ser submisso ao Pai, não o torna menor em absolutamente nada,
pois o que está em foco é a função e não natureza. O Senhor Jesus não deixa de
ser divino por ser submisso ao Pai, como também a mulher não deixa de ser
humana por ser submissa ao marido.
“Porque o marido é a cabeça da
mulher, como também Cristo é a cabeça da igreja” (Ef 5.23) – O apóstolo Paulo inspirado pelo
Espírito Santo explica a razão da submissão da mulher ao marido. Assim como
Cristo é o Senhor e a cabeça da Igreja; assim também o marido é a cabeça do
lar. Trata-se de uma hierarquia ou autoridade: homem a cabeça da mulher; Cristo
a cabeça do homem e Deus a cabeça de Cristo (1 Co 11.3). Existe certa ordem
decrescente, cada ser tem o seu “cabeça”. O cabeça, como diretor do corpo,
representa a autoridade. Assim, de todas as famílias do céu e da terra, Deus é
o cabeça. O Pai é o cabeça até mesmo de Cristo, e não somente na missão terrena
deste, mas também dentro da própria Trindade o Pai é o cabeça e o Filho lhe é
subordinado (1 Co 15.28).
O
autor não hesita em dizer que em muitas funções a mulher está melhor
qualificada, como nos elementos que formam o caráter, na paciência e
perseverança, na gentileza, no altruísmo, na sensibilidade, em ministrar aos
que sofrem, na educação com as crianças, no cuidado com o lar ela é melhor
capacitada que o homem. Importante ainda ressaltar que a submissão por estar
associada à função do cônjuge, não diz respeito à salvação, ou seja, em Cristo o sexo é questão indiferente,
portanto, a mulher não é espiritualmente inferior ao homem: “Nisto não há judeu nem grego; não há servo nem livre; não há
macho nem fêmea; porque todos vós sois um em Cristo Jesus ”
(Gálatas 3.28). Assim de acordo com 1 Coríntios 11 e Efésios
5.23, a mulher está subordinada ao
marido nesta esfera terrena, está em foco aqui a função e não a natureza.
“Vós, maridos, amai vossa
mulher”(5.25a) – Aqui está o
imperativo “amai”. Veja
que é exigência feita a ele (marido) enquanto dela tal não foi exigido, uma vez
que o amor dela vem sem maiores problemas à medida que vê o amor sacrificial do
marido a ela, a dedicação e o empenho do esposo no lar. É o paralelo do amor da
Igreja ao seu Senhor “nós o amamos porque
ele nos amou primeiro”, ( 1 Jo 4.19).
O texto é claríssimo em
apontar a comparação “como também Cristo
amou a igreja e a si mesmo se entregou por ela...”. Ou seja, o amor espiritual de Cristo por sua igreja
levou-o a entregar-se ao sacrifício por ela e não considerar as dificuldades
para santificá-la e purificá-la, podendo apresentá-la a Si mesmo como uma
igreja gloriosa, sem manchas ou defeitos, mas santa e irrepreensível.
Sem essa compreensão do
contexto, sem a compreensão do “amor sacrifical do marido”, não podemos
compreender a ideia da sujeição na sua plenitude.
“Assim devem os maridos amar a
sua própria mulher...” (Ef 5.28), reforçando a
comparação, identificando o marido com Cristo e exigindo dele amor sacrificial,
para o provimento de todas as necessidades de sua família. Nesse contexto ele
apresentará a si mesmo, uma esposa dedicada, zelosa, companheira, amiga, etc.
Novamente é exigido que ele a
ame “devem os maridos amar”; ou seja, sem amor ele
estará impossibilitado de “entregar-se” por sua esposa, por seus filhos e pelo seu lar. Sem a
expressa manifestação do amor sacrificial do marido, não haverá a sujeição
proposta na Palavra de Deus da mulher.
“Quem ama a sua mulher ama-se a
si mesmo” (Ef
5. 28b) - isto é, ao amar a sua esposa o marido não está
lhe fazendo nenhum favor; ao contrário, está amando, respeitando e cuidando de
si mesmo e sustentando a sua própria carne, pois ela é uma extensão de sua
própria carne (Gn 2.23).
Neste contexto são três os versículos (5.22,23a,b,24) que enfatizam a submissão da mulher,
explicando o porquê dessa submissão ao marido, porém o mesmo texto destaca sete
versículos (5.23c, 25,26,27,28,29,30)
que enfatizam explicitamente o amor que o marido tem que ter por sua
mulher, amor sacrificial, ou seja os sacrifícios daí decorrentes para
salvaguardar o seu lar.
Portanto, cabe a cada cristão
nascido de novo a desconstruir as velhas práticas e apegarem ao ensino santo da
Palavra de Deus, para que as bases do seu casamento sejam firmes, pois são
alicerçados em Cristo.
Amém.
LEITURA DIÁRIA
Hb 13.4 – O valor espiritual
do casamento
Ef
5.25 – O amor do marido pela esposa
Tt
2.4 – O amor da mãe pelos filhos e o marido
1
Pe 3.7 – O esposo deve honrar a esposa
Ef
5.33 – A mulher reverencia o marido
1
Co 7.2 – O casamento resguarda da prostituição
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Efésios
5.22-28,31,33.
22
- Vós, mulheres, sujeitai-vos a vossos maridos,
como ao Senhor;
23
- Porque o marido é a cabeça da mulher, como
também Cristo é a cabeça da igreja: sendo ele próprio o salvador do corpo.
24
- De sorte que, assim como a igreja está sujeita
a Cristo, assim também as mulheres sejam em tudo sujeitas a seus maridos.
25
- Vós, maridos, amai vossas mulheres, como também
Cristo amou a igreja, e a si mesmo se entregou por ela,
26
- Para a santificar, purificando-a com a lavagem
da água, pela palavra,
27
- Para a apresentar a si mesmo igreja gloriosa,
sem mácula, nem ruga, nem coisa semelhante, mas santa e irrepreensível.
28
- Assim devem os maridos amar a suas próprias
mulheres, como a seus próprios corpos. Quem ama a sua mulher, ama-se a si
mesmo.
31
- Por isso deixará o homem seu pai e sua mãe, e
se unirá a sua mulher; e serão dois numa carne.
33
- Assim também vós cada um em particular ame a
sua própria mulher como a si mesmo, e a mulher reverencie o marido.
RESUMO DA LIÇÃO 03
AS
BASES DO CASAMENTO CRISTÃO
I. A VONTADE DE DEUS PARA O
CASAMENTO
1.
Um plano global.
2.
Os indicadores da vontade de Deus.
II. O AMOR VERDADEIRO NO
CASAMENTO
1.
O dever primordial do casal.
2.
O amor gera união plena.
III. A FIDELIDADE CONJUGAL
1.
O fator indispensável à estabilidade no casamento.
2.
Cuidado com os falsos padrões.
INTERAÇÃO
Inicie a aula pedindo aos alunos que
citem algumas características de um casamento bem-sucedido.
À medida que forem citandos, anote as
características em uma folha ou escreva-as no quadro.
Após ouvir os alunos, explique que tais
características oferecem uma ideia dos propósitos de Deus para a vida a dois.
Ressalte o fato de que, instituído por
Deus, o casamento tem o objetivo de ser a base da família e, consequentemente,
de toda a sociedade.
Lembre que a Igreja deve fazer soar sua
voz profética, denunciando tudo que pode destruir o casamento monogâmico e
heterossexual.
OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
Compreender qual é a
verdadeira vontade divina para o casamento.
Conscientizar-se da
importância do amor mútuo e verdadeiro para se estabelecer uma família.
Enfatizar a
importância da fidelidade conjugal no casamento.
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Professor, reproduza como puder o esquema abaixo:
1 Coríntios 7. 1-16:
O relacionamento conjugal entre o marido e a mulher (vv.1-7); os solteiros
(vv.8,9,25); o casamento cristão e o misto (vv.12-16); o casamento e o serviço
cristão (vv.25-38).
Explique que este capítulo é um tratado a respeito
do matrimônio e do relacionamento familiar. O objetivo do capítulo é mostrar
aos coríntios que o matrimônio não estava e jamais estará ultrapassado. Paulo
revela aqui a importância do casamento, deixando bem claro que ele é uma
aliança divina e indissolúvel.
COMENTÁRIO
Professor, reproduza como puder o esquema abaixo:
1 Coríntios 7. 1-16:
- o relacionamento conjugal entre o marido e a
mulher (vv.1-7);
- os solteiros (vv.8,9,25);
o casamento cristão e o misto (vv.12-16);
o casamento e o serviço cristão (vv.25-38).
Explique que este capítulo é um tratado a respeito do matrimônio e do
relacionamento familiar.
O objetivo do capítulo é mostrar aos coríntios que o matrimônio não
estava e jamais estará ultrapassado.
Paulo revela aqui a importância do casamento, deixando bem claro que
ele é uma aliança divina e indissolúvel.
introdução
AMOR
CONJUGAL:
O amor entre
os cônjuges.
Por ser uma instituição criada por Deus para
atender aos propósitos divinos, não é de se admirar que o matrimônio venha
sendo ridicularizado sistemática e violentamente pela mídia. Por isso,
precisamos compreender a instrução divina quanto ao casamento e aplicá-la em
nossa vida diária. Na epístola aos Hebreus, as Escrituras ensinam: “venerado
seja entre todos o matrimônio e o leito sem mácula” (13.4). Tal verdade a respeito
do casamento indica-nos que ele deve ser respeitado, honrado e valorizado.
I.
A VONTADE DE DEUS PARA O CASAMENTO
1. Um plano global.
Como expressão de sua vontade, o Criador ordenou, logo no princípio,
que o homem deixasse pai e mãe e se unisse à sua mulher, para que ambos fossem
“uma carne” (Gn 2.24).
É exatamente o que acontece no ato conjugal, sendo esta a vontade de
Deus para todas as pessoas, crentes ou não: que a humanidade cresça e, através
da união legítima entre um homem e uma mulher, multiplique-se.
2. Os indicadores da vontade de Deus.
Ao aconselhar os jovens em relação ao namoro, noivado e casamento, é
preciso orientá-los para que tomem decisões conscientes.
Nesse particular, é preciso buscar a vontade de Deus, cujos
indicadores são:
a) A Paz de
Deus no coração.
Um dos sinais da aprovação divina quanto ao que fazemos, ou
pretendemos fazer, é o sentimento de paz interior, que nos domina os
pensamentos e as emoções (Cl 3.15).
b) O
comportamento pessoal.
Se alguém não honra os pais, como honrará o seu cônjuge?
Se o noivo não respeita a noiva, demonstrando um ciúme doentio a ponto
de não lhe permitir que converse até mesmo com pessoas da própria família, isso
evidencia claramente que ele está fora da aprovação divina.
Tal relacionamento não dará certo.
c) Naturalidade.
Procurar “casa de profetas” para saber se o casamento é ou não da
vontade de Deus é muito perigoso.
Quando o relacionamento é da vontade divina, um sente amor pelo outro,
sente falta do outro, considera o outro, demonstra afeto pelo outro.
Tudo flui naturalmente.
Além disso, os pais aprovam o namoro e a igreja o reconhece. Estes
indicativos realçam que Deus está de acordo com esta união.
d) Os
princípios de santidade.
Sabemos que as tentações sobre os namorados e noivos são fortes.
Mas não devemos nos esquecer: a santidade é um requisito básico para a
felicidade conjugal.
Um relacionamento que não leva em conta o princípio da castidade já
está fora da orientação divina.
Portanto, se o namoro ou o noivado é marcado por atos e práticas que
ofendem a Deus, é sinal de que o relacionamento já está fadado ao fracasso (1
Co 6.18-20).
O sexo antes e fora do casamento é pecado (Êx 20.14; 1 Ts 4.3).
E a virgindade, tanto do rapaz, quanto da moça, continua a ser muito
importante aos olhos de Deus.
SINOPSE DO TÓPICO (I)
Deus ordenou, logo no princípio, que o homem deixasse pai e
mãe e se unisse à sua mulher, para que ambos sejam “uma só carne”.
II.
O AMOR VERDADEIRO NO CASAMENTO
1. O dever primordial do casal.
O marido que não ama a própria esposa não pode dizer que obedece a
Palavra de Deus.
Ao contrário, ele peca por desobediência, pois amar é uma ordem
divina.
A Bíblia recomenda solenemente: “vós, maridos, amai
vossa mulher, como também Cristo amou a igreja e a si mesmo se entregou por
ela” (Ef 5.25).
O amor à esposa, ordenado pelas Escrituras, deve ser o mais elevado
possível.
É semelhante ao amor de Cristo pela Igreja: “Como
também Cristo amou a Igreja”.
Perceba que o termo “como” é um advérbio de modo.
Por conseguinte, o amor do esposo pela esposa deve ser como o amor de
Cristo por sua Igreja.
É um amor sublime e sem igual.
2. O amor gera união plena.
A união é o resultado do amor sincero.
Logo, o esposo deve estar unido à esposa de modo a formar uma unidade,
ou seja, “dois numa [só] carne” (Ef 5.31).
Por isso, o apóstolo Paulo ensina: “O marido
pague à mulher a devida benevolência, e da mesma sorte a mulher, ao marido” (1
Co 7.3).
Isto quer dizer igualdade e reciprocidade no casamento; marido e
mulher são iguais nos haveres de um para com o outro.
Isso exige do casal união de pensamentos, de sentimentos e de
propósitos.
SINOPSE DO TÓPICO (II)
O marido que não ama a esposa não pode
dizer que obedece a Palavra de Deus.
III.
A FIDELIDADE CONJUGAL
1. Fator indispensável à estabilidade
no casamento.
Além de proporcionar segurança espiritual e emocional, a fidelidade é
indispensável ao bom relacionamento conjugal.
Sem fidelidade, o casamento desaba.
As estruturas do matrimônio não foram preparadas para suportar o peso
da infidelidade, cujos efeitos sobre toda a família são devastadores.
O adultério é tremendamente destrutivo tanto para o homem como para a
mulher (1 Co 6.15-20).
2. Cuidado com os falsos padrões.
O amor que se vê nos filmes, novelas e revistas seculares está longe
de preencher os requisitos da Palavra de Deus.
É falso e pecaminoso.
O verdadeiro padrão do amor conjugal é o de Cristo para com a Igreja!
Através de Malaquias, o Senhor repreendeu severamente os varões
israelitas por sua infidelidade conjugal (Ml 2.13-16).
Biblicamente, o casamento é uma aliança que deve perdurar até a morte
de um dos cônjuges.
Não é um “contrato” com prazo de validade, mas uma união perene, cuja
fidelidade é um dos elementos indispensáveis para que os cônjuges sejam
felizes.
SINOPSE DO TÓPICO (III)
O verdadeiro padrão do amor conjugal que deve ser seguido
por todos, sobretudo pelo cristão, é o mesmo que o de Cristo pela Igreja.
CONSIDERAÇÕES
FINAIS
Nosso desejo é que as igrejas promovam o crescimento das crianças,
adolescentes, jovens e casais na Palavra de Deus.
Enfim, que toda a família seja edificada em Cristo.
Dessa maneira, demonstraremos o valor do casamento bíblico e os
perigos das novas “configurações familiares” defendidas e apoiadas pelos que
desprezam e debocham dos princípios divinos.
Portanto, que a Igreja faça soar sua voz profética e denuncie as
iniciativas que buscam destruir o casamento monogâmico, heterossexual e
indissolúvel.
Se a família não for sadia, a sociedade será enferma.
BIBLIOGRAFIA SUGERIDA
CRUZ, E.
Sócios, Amigos & Amados. Os três pilares do casamento. 1 ed., RJ: CPAD,
2005.
YOUNG, E. Os
Dez Mandamentos do Casamento: O que fazer e o que não fazer para manter uma
aliança por toda a vida. 1 ed., RJ: CPAD, 2011.
EXERCÍCIOS
1.
Quando o marido se torna “uma só carne” com a esposa?
R.
Durante o ato conjugal.
2.
Cite pelos menos três indicadores da vontade divina no relacionamento.
R.
Paz de Deus no coração, o comportamento pessoal e naturalidade.
3.
Como deve ser o amor do marido pela esposa?
R.
O amor à esposa, ordenado pelas Escrituras, deve ser o mais elevado
possível. É semelhante ao amor de Cristo pela Igreja: “Como também Cristo amou
a Igreja”.
4. O
que é indispensável à estabilidade no casamento?
R.
A fidelidade conjugal.
5.
Qual é o verdadeiro padrão do amor conjugal?
R.
O verdadeiro padrão do amor conjugal é o de Cristo para com a Igreja!
AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO I
Subsídio
Teológico
“Bom
seria que o homem não tocasse em mulher (1 Co 7.1)
[...] A questão do
casamento é unicamente dos gentios. Os judeus, de cuja herança Paulo também
compartilhava, adotavam uma posição baseada em Gênesis 2.18: ‘Não é bom que o
homem esteja só’. No judaísmo, o casamento era considerado a principal
responsabilidade de todo homem. Mas alguns coríntios, que haviam sido
convertidos da cultura geral, com atitudes negligentes em relação ao sexo e
indecisos sobre a extensão da pureza moral à qual eram exortados em Cristo,
foram para outro extremo. Também é provável que, para alguns, seu passado de
relacionamentos sexuais havia se tornado uma questão de orgulho, uma base para
a pretensão àquela espiritualidade superior à qual muitos se inclinavam,
desejando ter um prestígio superior no corpo de Cristo.
A resposta de Paulo rejeitava esse conceito e
argumentava a favor de uma expressão normal e plena do sexo dentro do
casamento” (RICHARDS, L. O. Comentário Histórico-Cultural do Novo
Testamento. 1 ed., RJ: CPAD, 2007, p.354).
AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO II
Subsídio
Bibliológico
“A
Obrigação de Reciprocidade (1 Co 7.3,4)
Paulo declara
francamente que a relação entre as pessoas não é só um aspecto válido no
casamento, mas também é uma obrigação de acordo com a necessidade e o desejo. O
verbo traduzido como pague ‘não significa a concessão de um favor, mas o
pagamento de uma obrigação, aqui do marido para a esposa e da esposa para o
marido’. Godet diz: Este versículo nos confirma a ideia de que entre alguns dos
coríntios existia uma tendência ‘espiritualista’ exagerada, que ameaçava ferir
as relações conjugais, e desse modo a santidade da vida. Em seu sentido mais
profundo, o verbo pague (apodidomi)
significa dar o que se deve, ou o que se está sob a obrigação de dar. O
apóstolo coloca o aspecto sexual do casamento em sua perspectiva correta,
evitando tanto uma atitude promíscua como um ascetismo rígido.
No versículo 4,
Paulo expande a ideia de mútua reciprocidade para incluir tudo o que faz parte
da vida, ao declarar que parceiros casados possuem poder sobre os corpos um do
outro. As palavras não têm poder refere-se ao exercício de autoridade. O
entendimento mútuo elimina dois extremos no estado dos casados — a posse
separada de si mesmo, e a sujeição de uma parte a outra. No casamento, cada
parceiro tem um direito legítimo à pessoa do outro. Em outras passagens Paulo
considera o marido como a cabeça da família, declarando que a esposa lhe deve
ser sujeita (Ef 5.22-23). Mas na área sexual ambos estão no mesmo nível. O
principal ensinamento aqui é que maridos e esposas têm os mesmos direitos.
Ambos devem agir como cristãos. Portanto, qualquer conduta excessiva ou abusiva
é proibida” [GREATHOUSE, W. M.; METZ, D. S.; CARVER, F. G. (Orgs.) Comentário
Bíblico Beacon. Volume 8, 1 ed., RJ: CPAD, 2006, p.295].
SUBSÍDIOS ENSINADOR CRISTÃO
As
bases do Casamento Cristão
O casamento é uma
instituição divina, e a Palavra de Deus nos mostra em diversos textos a
importância dele diante de Deus e da sociedade.
Dentre as bases do
casamento cristão está o amor. Nesse aspecto, é importante deixar claro a
importância de utilizarmos o bom senso na escolha do futuro cônjuge. A não ser
a descrição de Gênesis 2.22, em que Deus literalmente traz Eva a Adão, a Bíblia
não traz outros textos em que Deus apresenta diretamente uma pessoa à outra. E
como a Bíblia não diz que “João” vai se casar com “Josefina”, entendemos que a
escolha de uma pessoa para o casamento deve passar pela orientação geral de
Deus e pelo bom senso que Ele dá aos Seus servos.
A profecia
manifesta a vontade de Deus, mas, no tocante ao casamento, Deus não se utiliza
de profecias para direcionar casamentos. A função da profecia é exortar,
edificar e consolar, e não casar pessoas. Por isso, não recomendamos profecias
casamenteiras para crentes solteiros. É imprescindível que os casais, ao invés
de buscarem profetas para descobrirem se Deus é favorável a tal união ou não,
analisem a forma com que o pretendente trata os pais, como se porta na igreja e
fora dela, se é uma pessoa que busca trabalhar e ter uma vida produtiva, se
sabe buscar ao Senhor em oração e obedece à vontade dEle, e se sabe resolver
conflitos de forma adequada.
Outra base para que
o casamento dê certo, dentro dos parâmetros bíblicos, é a abstinência sexual
dos solteiros até o matrimônio e a fidelidade sexual dos casados. A castidade é
necessária tanto para as moças quanto para os rapazes da igreja, pois diante de
Deus não há diferença no tocante à santidade do sexo. Os moços cristãos não
podem alegar que precisam ser experientes sexualmente para desobedecer ao
Senhor. E a fidelidade sexual dos casados é esperada por Deus como requisito de
um compromisso feito no altar, diante do próprio Deus.
A monogamia também
é uma das bases para o casamento cristão, inclusive é uma das características
esperadas de quem está no ministério pastoral. Um ministro que não respeita a
monogamia perde a capacidade de estar diante do rebanho do Senhor, pois a
Palavra de Deus deixa claro que o obreiro deve ser marido de uma mulher,
reiterando a monogamia. Logo, para que possa ministrar, deve obedecer à
Palavra. Caso contrário, que se afaste do ministério, pois não terá o aval da
parte de Deus para permanecer à frente do rebanho. Deus não espera menos de
seus ministros do que espera da igreja.
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