Lição 5
Caim era do maligno.
Texto
Áureo
"[...]
Que nos amemos uns aos outros. Não como Caim, que era do maligno e matou a seu
irmão [...]." ( 1 Jo 3.11,12)
VERDADE
PRÁTICA
Quem ama
de verdade não se deixa dominar nem pela inveja nem pelo ódio.
LEITURA
DIÁRIA
Gn
4.1 – Caim, o primogênito de Adão, era mau
Gn
4.2 – Caim, foi um importante lavrador da terra
Gn 4.5 – Caim
e sua oferta foram rejeitados por Deus
Gn
4.6 – Caim tinha o seu coração tomado pelo rancor
Gn 4.8 – O
ódio e o rancor fizeram de Caim um homicida
1 Jo
3.12 – Caim foi dominado pelo pecado, pois seu coração era mau
LEITURA
BÍBLICA EM CLASSE
Gênesis
4.1-10
1 - E
conheceu Adão a Eva, sua mulher, e ela concebeu, e teve a Caim, e disse:
Alcancei do Senhor um varão.
2 - E teve
mais a seu irmão Abel; e Abel foi pastor de ovelhas, e Caim foi lavrador da
terra.
3 - E
aconteceu, ao cabo de dias, que Caim trouxe do fruto da terra uma oferta ao
SENHOR.
4 - E Abel
também trouxe dos primogênitos das suas ovelhas e da sua gordura; e atentou o
SENHOR para Abel e para a sua oferta.
5 - Mas
para Caim e para a sua oferta não atentou. E irou-se Caim fortemente, e
descaiu-lhe o seu semblante.
6 - E o
SENHOR disse a Caim: Por que te iraste? E por que descaiu o teu
semblante?
7 - Se bem
fizeres, não haverá aceitação para ti? E, se não fizeres bem, o pecado jaz à
porta, e para ti será o seu desejo, e sobre ele dominarás.
8 - E
falou Caim com o seu irmão Abel; e sucedeu que, estando eles no campo, se
levantou Caim contra o seu irmão Abel e o matou.
9 - E
disse o Senhor a Caim: Onde está Abel, teu irmão? E ele disse: Não sei; sou eu
guardador do meu irmão?
10 - E
disse Deus: Que fizeste? A voz do sangue do teu irmão clama a mim desde a
terra.
OBJETIVO
GERAL
Conscientizar
dos perigos de se deixar dominar pela inveja e pelo ódio.
HINOS
SUGERIDOS: 75,126,330 da Harpa Cristã
OBJETIVOS
ESPECÍFICOS
Abaixo, os
objetivos específicos referem-se ao que o professor deve atingir em cada
tópico. Por exemplo, o objetivo I refere-se ao tópico I com os seus respectivos
subtópicos.
Explicar porque Caim era do maligno;
Compreender porque Deus rejeitou o
sacrifício de Caim;
Explicar que ódio e a inveja de Caim o
levaram a matar seu irmão.
INTERAGINDO
COM O PROFESSOR
O capítulo
4 do livro de Gênesis nos mostra que o pecado de Adão e Eva não afetou somente
eles, mas trouxe sérios infortúnios para seus descendentes. A história do
pecado de Caim, muito se assemelha a de seus pais, pois podemos ver um ato de
violação (4.8), uma cena de julgamento (4.9-15) e a execução da sentença divina
sobre o pecador (4.16).
Caim tinha um coração mau, dominado
pelo ódio e a inveja, por isso, teve o seu sacrifício rejeitado. Deus não olhou
e não olha para a oferta em si, mas o mais importante é o coração do ofertante,
por isso, Jesus declarou: "Portanto, se trouxeres a tua oferta ao altar e
aí te lembrares de que teu irmão tem alguma coisa contra ti, deixa ali diante
do altar a tua oferta, e vai reconciliar-te primeiro com teu irmão, e depois
vem, e apresenta a tua oferta" (Mt 5.23,24). Jamais poderemos comprar a
Deus ou impressioná-lo com as nossas ofertas, pois tudo que existe nos céus e a
Terra pertence ao Senhor. Ele é o dono da prata e do ouro. Sejamos fiéis ao
Senhor em nossas ofertas, mas que jamais venhamos a permitir que nossos
corações sejam contaminados pelo pecado.
IMPIEDADE. A vileza de desonrar a
Deus.
INVEJA. A tristeza pelo sucesso do
outro.
IRA. O vento que apaga a lâmpada da
mente.
REBELDIA. A insistência em andar na
contramão.
HOMICÍDIO. Um atentado contra a santidade
da vida.
IMPENITÊNCIA. Um coração refratário à
obra da graça.
ORGULHO. O primeiro e o pior pecado.
Os Sete Pecados de Caim foi o título
de uma série de sermões expositivos que Judiclay pregou na Igreja Batista Betel
em fevereiro de 2010.
POR QUE CAIM MATEU ABEL?
Partindo do pressuposto que o melhor
comentário da Bíblia é a própria Bíblia, encontramos a resposta nas Escrituras.
O Novo Testamento lança luz sobre o Antigo Testamento e revela a razão pela
qual Caim matou o seu irmão. “O motivo íntimo do desumano ato de Caim é
revelado em 1 João 3.12”.
“Porque a mensagem que ouvistes desde
o princípio é esta: que nos amemos uns aos outros; não segundo Caim, que era do
Maligno e assassinou a seu irmão; e por que o assassinou? Porque as suas obras
eram más, e as de seu irmão, justas” (1 Jo 3.11-12).
O apóstolo João interpreta a
narrativa de Gênesis e afirma que o motivo principal do crime era a natureza
pecaminosa de Caim, cujo coração era maligno e perverso. João é categórico ao
dizer que Caim era do Maligno e suas obras eram más. Tendo em vista que nada
incomoda mais as trevas do que a luz, Caim nutria uma diabólica animosidade
para com Abel, homem de fé (Hb 11.4) e justo (Mt 23.35).
“Os atos de Caim era malignos, e os
de seu irmão eram justos. Esses dois adjetivos oferecem contraste. A palavra
grega para maligno é a mesma que João usa para descrever Satanás (2.13,14;
5.18,19). Em resumo, João revela que as obras de Caim tiveram sua origem em
Satanás. O termo justo, porém, é um termo que se refere a Jesus Cristo
(1.9;2.1,29;3.7) Em outras palavras, Caim pertencia a Satanás e Abel pertencia
a Deus”. [ii]
A Bíblia ensina que cada pecado,
alimentado e conservado, gera outro pecado. “O caminho do pecado é descendente,
e os homens que estão no pecado vão de mal a pior”.[iii] O salmista diz que “um
abismo chama outro abismo” (Sl. 42.7) Há pecados que servem como úteros para
outros pecados. Em seu caminho de transgressão, Caim pecou contra o seu irmão,
tirando-lhe a vida de uma maneira tão cruel. No entanto, o pecado de Caim foi
primariamente contra o seu Criador. “O pecado é um desafio à justiça de Deus,
um roubo à sua misericórdia, um zombar de sua paciência, um desprezo ao seu
poder e um desdém ao seu amor”, afirma John Bunyan.
Os Sete Pecados de Caim: os
descaminhos do filho de Adão é um livro cujo propósito é denunciar a
potencialidade destrutiva do pecado, com seus perigos e conseqüências. Como bem
exortou William Gurnall: “Nunca pense que você encontrará mel no pote, se Deus escrever
veneno no rótulo”. Portanto, evitar o caminho de Caim é fundamental para todos
os que querem permanecer no verdadeiro Caminho e, como Abel, viver pela fé e
ser justo.
COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
O capítulo
4 de Gênesis apresenta a triste história do primeiro homicídio da Terra. Caim,
o primeiro homem nascido de mulher, matou o próprio irmão depois que teve sua
oferta recusada por Deus. O que deveria ser uma ocasião de ações de graças
enlutou a família de Adão. Caim demonstrou, dessa forma, que era do maligno,
que tinha um coração e atitudes que desagradavam a Deus.
PONTO
CENTRAL
O coração
de Caim era mau, por isso, Deus rejeitou a sua oferta.
I - CAIM,
SEGUIDOR DE SATANÁS
1. A semente
da mulher. O nascimento de Caim foi acolhido
com ações de graças a Deus. Ao contemplar o filhinho, exclamou Eva:
"Alcancei do Senhor um varão" (Gn 4.1). Eva considerou que seu
primeiro filho foi um presente de Deus. A seguir, nasceu Abel, o segundo filho,
e a partir daí a narrativa bíblica vai apresentar as profissões de cada um dos
irmãos: Caim se tornou um lavrador, e Abel, um pastor.
Satanás,
pelo que inferimos dos fatos, não teve muito esforço em aliciar o primeiro
filho de Adão. Dessa forma, Caim entra para a História Sagrada como o primeiro
discípulo declarado do Diabo, cuja lista seria longa e enfadonha: Faraó,
Herodes, Stalin, e alguns contemporâneos nossos.
2. O
agricultor. Já homem
feito, pôs-se Caim a trabalhar a terra, conforme o Senhor havia ordenado (Gn
1.26-28). E, pelo que depreendemos, ele foi muito bem-sucedido como agricultor.
A Terra, embora amaldiçoada pela transgressão de seu pai, não lhe negou
colheita alguma. Solo arável não lhe faltava naquele mundo sem fronteira.
3. A apostasia
de Caim. Apesar de seu sucesso profissional,
Caim não se voltou a Deus em espírito e em verdade (Jo 4.23). Antes, deixou-se
cooptar pelo Diabo. Este, sempre oportunista, fez daquele jovem o seu principal
aliado, objetivando frustrar a redenção da humanidade.
Mas
Satanás estava enganado. Embora sagaz, pouco sabia dos reais planos de Deus
para a nossa salvação. Enquanto isso, ia o jovem Abel tangendo o seu gado na
graça divina.
SÍNTESE DO
TÓPICO I
Caim
entrou para a história de uma maneira triste, ele se tornou o primeiro homicida
da humanidade.
SUBSÍDIO
BIBLIOLÓGICO
"A
história dos primeiros dois rapazes nascidos a Adão e Eva realça as
repercussões do pecado dentro da unidade familiar. Caim e Abel, tinham
temperamentos notavelmente opostos. Caim gostava de trabalhar com plantas. Abel
gostava de estar com animais. Ambos tinham uma disposição de espírito
religioso.
Os filhos
de Adão levaram sacrifícios ao Senhor, o primeiro incidente sacrificial
registrado na Bíblia. Que Abel também trouxe dos primogênitos das suas ovelhas
e da sua gordura não quer dizer necessariamente que animais são superiores a
plantas para propósitos sacrificiais. Por que atentou o Senhor para Abel e para
a sua oferta fica evidente à medida que a história se desenrola. A primeira
pista aparece quase imediatamente. Caim não suportava que algum outro ficasse
em primeiro lugar. A preferência do Senhor por Abel encheu Caim de raiva. Só
Caim podia ser o 'número um'.
O Senhor
não estava ausente na hora da adoração. Ele abordou Caim e lhe deu um aviso.
Deus não o condenou diretamente, mas por meio de um jogo de palavras informou
Caim que ele estava em real perigo. Em hebraico, a palavra aceitação é,
literalmente, levantamento, e está em contraste com descaiu. Um olhar abatido
não é companhia adequada de uma consciência pura ou de uma ação correta. O
ímpeto das perguntas de Deus era levar Caim à introspecção e ao
arrependimento" (Comentário Bíblico Beacon. 1.ed. Vol I. Rio de
Janeiro: CPAD, 2005, p. 43).
CONHEÇA
MAIS
*Caim, um
homem dominado pela maldade
"Ele
foi amaldiçoado por Deus no sentido de
Deus já
não abençoar seus esforços para extrair da terra o seu sustento. Caim não se
humilhou com tristeza e arrependimento diante de Deus.
O sinal
posto em Caim talvez deva ser entendido como posto em Caim
para assegurá-lo da promessa de Deus. Caim não sofreu pena de morte nesse
tempo. Posteriormente, quando a iniquidade e a violência da raça humana
tornou-se extrema na terra, a pena de morte foi instituída (Gn 9.5,6)".
Para conhecer mais leia Bíblia de Estudo Pentecostal, CPAD, p. 39.
II - O
CULTO DE CAIM
A
Escritura diz que, passado algum tempo, Caim e Abel trouxeram, do fruto do seu
trabalho, uma oferenda ao Senhor.
1. O
sacrifício rejeitado. "E
aconteceu, ao cabo de dias, que Caim trouxe do fruto da terra uma oferta ao
Senhor" (Gn 4.3). É provável que ele tenha aprendido a cultuar a Deus com
o seu pai, Adão, pelo menos, exteriormente. Do fruto de sua colheita, separou
uma oferta ao Criador. Podem ter sido frutas, legumes ou cereais, oferendas
válidas (Lv 23.10).
Abel
também pôs-se a cultuar o Senhor, oferecendo-lhe as primícias do rebanho (Gn
4.4). Diz o texto sagrado que Deus atentou para o sacrifício de Abel, mas
rejeitou o de Caim (Gn 4.5). O problema não estava na oferta, mas no ofertante.
Tanto a oferta de animais, como a de frutos da terra, eram igualmente
aceitáveis no culto divino. Não nos esqueçamos de que o Senhor viria a reprovar
até mesmo a oferta animal ao tornar-se esta formal e impiedosa (Jr 6.20).
2. A atitude
interior reprovada. Por que
o Senhor reprovou o sacrifício de Caim? Porque o seu culto não passava de uma
mera formalidade. Como se não bastasse, apresentava-se a Deus com a alma tomada
pelo ódio. Naquele instante, indaga-lhe o Senhor: "Por que te iraste? E
por que descaiu o teu semblante?" (Gn 4.6). Por esse motivo, recomenda-nos
Paulo: "Quero, pois, que os homens orem em todo o lugar, levantando mãos
santas, sem ira nem contenda" (1 Tm 2.8).
Na Igreja
de Deus não pode haver espaço para homens iracundos e contenciosos, que farão
da obra do Senhor uma causa de ganho pessoal. Deus não se agrada de pessoas que
agem dessa forma
3. O pecado
sempre presente. Se Caim o
quisesse, poderia reverter aquela situação, dominando o seu coração homicida.
Eis o que lhe aconselha o amoroso Deus: "Se bem fizeres, não haverá aceitação
para ti? E, se não fizeres bem, o pecado jaz à porta, e para ti será o seu
desejo, e sobre ele dominarás" (Gn 4.7).
Caim
racionaliza o seu pecado. Recusando-se a fazer o bem, permitiu que Satanás lhe
tornasse mal o coração. Neste, o homicídio foi um processo que, germinado pela
inveja, frutificou numa ira assassina (Tg 1.13-15). Se não quisermos pecar
contra Deus, não permitamos que o pecado nos germine na alma. Arranquemos,
pois, as ervas daninhas que Satanás nos lança no íntimo.
SÍNTESE DO
TÓPICO II
O coração
de Caim era mau, por isso, sua oferta foi rejeitada pelo Senhor.
SUBSÍDIO
BIBLIOLÓGICO
"'E
irou-se Caim fortemente' (4.5). A ira de Caim mostra quão decidido ele estava
em agir por conta própria, sem se submeter a Deus. A ira é uma emoção destruidora.
Nunca poderemos nos desculpar por ter ofendido alguém dizendo: 'Tenho um
temperamento agressivo'. Precisamos considerar a ira como pecado e
conscientemente nos submeter à vontade de Deus" (RICHARDS, Lawrence O.
Guia do Leitor da Bíblia: Uma análise de Gênesis a Apocalipse capítulo por
capítulo. 10. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2012, p 28).
III -CAIM
NÃO GUARDOU O SEU IRMÃO
O crime de
Caim foi doloso. Além de mover um ódio doentio contra o irmão, dissimuladamente
levou-o até a cena do crime, onde veio a matá-lo.
1. O crime. Narra o autor sagrado que, estando
ambos no campo, longe dos olhos dos pais, Caim insurgiu-se contra Abel e o
matou (Gn 4.8). Assassino dissimulado e cruel, aproveitou-se da confiança de
seu irmão para matá-lo. Esse fato deve nos servir de aviso: até que ponto
estamos nutrindo sentimentos perniciosos contra nossos irmãos a ponto de
planejar contra eles o mal ou coisa pior? Que Deus nos faça refletir sobre
nossas atitudes e não nos deixe ser pessoas como Caim.
2. O
álibi. Quando inquirido por Deus
acerca do paradeiro do irmão, Caim desculpa-se, como se estivesse noutro lugar,
quando da morte de Abel: "Não sei; sou eu guardador do meu irmão?"
(Gn 4.9). O seu álibi é energicamente destruído pelo justo Senhor: "Que
fizeste? A voz do sangue do teu irmão clama a mim desde a terra" (Gn
4.10).
Há muito
sangue clamando no mundo. A pergunta não haverá de ser emudecida: "Onde
está Abel, teu irmão?" (Gn 4.9). O que responderemos? De fato, somos
chamados a demonstrar amor e respeito uns pelos outros, pois somos guardadores
de nossos irmãos.
3. A marca do
crime. Como a administração da justiça
ainda não havia sido delegada à comunidade humana, o Senhor põe um sinal em
Caim, para que ninguém viesse reivindicar-lhe o sangue de Abel (Gn 4.15).
Caim, de
fato, não foi penalizado com a morte, mas ficou marcado para o resto de seus
dias, dando início a uma geração de assassinos, devassos e inimigos de
Deus.
SÍNTESE DO
TÓPICO III
O ódio e a
inveja levaram Caim a matar o seu irmão.
De fato,
somos chamados a demonstrar amor e respeito uns pelos outros, pois somos
guardadores de nossos irmãos.
SUBSÍDIO
BIBLIOLÓGICO
"Caim
foi amaldiçoado por Deus no sentido de Deus já não abençoar seus esforços para
extrair da terra o seu sustento (vv. 2,3). Caim não se humilhou com tristeza e
arrependimento diante de Deus, pois afastou-se do Senhor e procurou viver sem a
sua ajuda (v. 16).
O sinal na
testa de Caim (4.15) talvez deva ser entendido como posto em Caim para
assegurá-lo da promessa de Deus. Caim não sofreu pena de morte nesse tempo.
Posteriormente, quando a iniquidade e a violência da raça humana tornou-se
extrema na terra, a pena de morte foi instituída (9.5,6).
Caim e
seus descendentes foram os cabeças da civilização humana até hoje desviada de
Deus. A motivação básica de todas as sociedades humanistas está em superar a
maldição, buscar o prazer e reconquistar o 'paraíso', sem submissão a Deus.
Noutras palavras, o sistema mundial fundamenta-se no princípio da autorredenção
da raça humana na sua rebelião contra Deus" (Bíblia de Estudo Pentecostal.
Rio de Janeiro: CPAD, p. 39).
CONCLUSÃO
O exemplo
de Caim deve nos fazer lembrar de que precisamos ter uma vida íntegra diante de
Deus e demonstrar amor e respeito para com o nosso próximo.
Abel foi o
primeiro crente a ser arrolado entre os heróis da fé. Quanto a Caim, foi o
primeiro ser humano a ter o nome riscado do Livro da Vida.
O que lhe
faltava? Uma vida que agradasse a Deus e o exercício do amor fraternal. Quando
não se ama como Jesus amou, o homicídio torna-se corriqueiro na vida do homem.
Por isso, há tantos homicídios em nosso meio. Homicídios espirituais, morais e
emocionais. Lembremo-nos das palavras de João: "Porque esta é a mensagem
que ouvistes desde o princípio: que nos amemos uns aos outros. Não como Caim,
que era do maligno e matou a seu irmão. E por que causa o matou? Porque as suas
obras eram más, e as de seu irmão, justas" (1 Jo 3.11,12).
PARA
REFLETIR
A respeito
do livro de Gênesis:
O que
levou Caim a odiar Abel?
O fato da
oferta de Abel ser aceita e a dele não.
Como era o
culto de Caim?
O culto de
Caim era para satisfazer o seu ego.
Por que o
ofertório de Caim foi reprovado?
Porque seu
coração era mau, cheio de inveja e ódio.
Que
desculpa deu Caim ao Senhor?
Ele
afirmou estar em outro lugar quando da morte de Abel.
Quais as
características da geração de Caim?
Uma
geração perversa e contumaz.
CONSULTE
Revista
Ensinador Cristão - CPAD, nº 64, p. 39.
Você
encontrará mais subsídios para enriquecer a lição. São artigos que
buscam expandir certos assuntos.
SUGESTÃO
DE LEITURA
Hermenêutica
Fácil e Descomplicada
Esse
livro, mais prático do que teórico, visa criar no leitor, interesse e
comprometimento pela interpretação das Escrituras.
Quem é
Você para Julgar
É um livro
sobre discernimento; a competência de distinguir o falso do verdadeiro. Como
podemos nos precaver do farisaísmo, de um lado, e da credulidade descuidada, de
outro?
Visão
Panorâmica do Antigo Testamento
É uma
ajuda à compreensão dos livros do Pentateuco. Este livro contém análises sobre
a formação do Canon sagrado, sua credibilidade.
A oferta de Caim
Nós bem sabemos que, no princípio Deus criou o homem, mas este pecou e,
por isso, foi lançado fora do Éden. Após essa queda, Adão e Eva começaram a
povoar a terra e tiveram filhos e filhas, conforme vemos a seguir:
“1 Este é o livro da genealogia de Adão. No dia em que Deus criou o
homem, à semelhança de Deus o fez; 2 homem e mulher os criou, e os
abençoou, e lhes chamou pelo nome de Adão, no dia em que foram criados. 3
Viveu Adão cento e trinta anos, e gerou um filho à sua semelhança,
conforme a sua imagem, e lhe chamou Sete. 4 Depois que gerou a
Sete, viveu Adão oitocentos anos; e teve filhos e filhas.” (Gênesis
5:1-4 RA)
Não é difícil imaginar que Adão e Eva tenham contado suas histórias a
seus filhos e tenham lhes falado acerca do local de onde vieram, da comunhão
com o Deus único, do resultado de sua escolha em desobedecer a Deus e de como
foram recebidos novamente na presença do criador após o pecado: um cordeiro foi
sacrificado para que os dois se cobrissem e pudessem se apresentar a Deus.
Partindo da suposição de que os filhos de Adão e Eva sabiam que Deus
havia utilizado um cordeiro como sacrifício para restaurar a comunhão com eles,
podemos imaginar que tanto Abem como Caim tinham como saber que o sacrifício de
um cordeiro servia, no mínimo, para esse propósito de estabelecer comunhão de
Deus e aniquilar o pecado que faz a separação entre o santo e o impuro.
Entretanto, o comportamento desses dois filhos de Adão resultaram em
reações divinas diferentes. Abel, fez-se agradável a Deus e lhe ofereceu um
sacrifício retirado das primícias do seu rebanho, o que foi bem recebido pelo
Senhor. De modo diverso, Caim torna-se um homem cujas obras Deus não se
agradou. Este, também, fez uma oferenda ao Senhor: o produto de sua lavoura.
Mas, sua oferta não foi bem recebida pelo Senhor.
A questão é: por que Deus não se agradou da oferta de Caim, uma vez que
ele era lavrador e deu ao Senhor, espontaneamente, do fruto de seu trabalho?
“2 Depois, deu à luz a Abel, seu irmão. Abel foi pastor de
ovelhas, e Caim, lavrador. 3 Aconteceu que no fim de uns tempos trouxe
Caim do fruto da terra uma oferta ao SENHOR. (Gênesis 4:2-3 RA)
É claro que do ponto de vista profético, Abel estava mais bem
posicionado, uma vez que sua oferta atingiu em cheio o centro do projeto de
Deus para a salvação do homem e para o estabelecimento da comunhão entre ambos.
Porém, poderíamos pensar que Deus não foi justo com Caim, pois ele
ofertou o que tinha de melhor, o fruto de seu trabalho como lavrador. Ademais,
Deus poderia ter relevado o fato de Caim não ter acertado o alvo por não ter
sido instruído clara e previamente a esse respeito.
Como a narrativa bíblica neste ponto é pouco esclarecedora sobre os
motivos que levaram Deus a desagradar-se da oferta de Caim, temos que observar
melhor o texto, o contexto em que os fatos ocorreram e outros textos
relacionados. Uma coisa importante a se notar é que, primeiramente, Deus olhou
para o homem e para o seu comportamento, suas atitudes, e não para a sua
oferta, conforme se vê a seguir:
“4 Abel, por sua vez, trouxe das primícias do seu rebanho e da
gordura deste. Agradou-se o SENHOR de Abel e de
sua oferta; 5 ao passo que de Caim e de sua oferta
não se agradou. Irou-se, pois, sobremaneira, Caim, e descaiu-lhe o
semblante.” (Gênesis 4:4-5 RA)
Antes da referência acerca da oferta, a bíblia é clara em dizer que Deus
agradou-se de Abeu e não agradou-se de Caim.
Somente depois vem a referência sobre a oferta.
Os versos seguintes nos mostram claramente que Deus aponta onde estava o
erro de Caim, em seu procedimento, que era continuamente mau, senão vejamos:
“6 Então, lhe disse o SENHOR: Por que andas irado, e por que descaiu o
teu semblante? 7 Se procederes bem, não é certo que serás
aceito? Se, todavia, procederes mal, eis que o pecado jaz à porta;
o seu desejo será contra ti, mas a ti cumpre dominá-lo.” (Gênesis 4:6-7 RA)
Pelo visto, o comportamento de Caim não era bom. Ele procedia mal e, por
isso, não alcançava aprovação de Deus antes mesmo de ofertar. João, nos deixa
claro que o comportamento de Caim era mau e que suas obras eram más. Isso já
estava em seu coração antes mesmo de assassinar fisicamente seu irmão, do qual
tinha inveja por ser ele um homem de obras justas.
“ não segundo Caim, que era do Maligno e assassinou a
seu irmão; e por que o assassinou? Porque as suas obras
eram más, e as de seu irmão, justas.” (1 João 3:12 RA)
O que estamos apontando é para o fato de que as obras de Caim eram más,
no plural, ou seja, todas as suas obras eram desagradáveis a Deus, antes mesmo
de matar seu irmão. Seu sentimento em relação ao seu irmão já era mau e foi
exatamente isso que fez com que sua oferta desagradasse a Deus. Pior! Caim é
soberbo! Não reconhece seus erros, não se arrepende, não confessa e não pede
perdão pelo mal que comete contra seu irmão. Até mesmo depois de assassinar
Abel, age com arrogância diante de Deus, senão vejamos:
“Disse o SENHOR a Caim: Onde está Abel, teu irmão? Ele
respondeu: Não sei; acaso, sou eu tutor de meu irmão?”
(Gênesis 4:9 RA)
Ao observar esses textos bíblicos podemos entender que muito mais Caim
necessitava de apresentar a Deus uma oferta de arrependimento, apontando para o
sacrifício que substitui o pecador arrependido e necessitado de voltar à
comunhão com Deus. Caim precisava oferecer a Deus um cordeiro! Isso seria, de
fato, agradável a Deus, um coração contrito e arrependido:
“Sacrifícios agradáveis a Deus são o espírito quebrantado; coração
compungido e contrito, não o desprezarás, ó Deus.” (Salmos 51:17 RA)
Então, por que Deus não se agrada da oferta de Caim? Porque,
primeiramente, não se agradava do próprio Caim, de seu comportamento, de suas
obras e do modo como desprezava seu irmão em seu coração, a ponto de matá-lo,
mostrando que, para ele, seu irmão não tinha nenhum valor.
Assim procedem os que desprezam seus irmãos: procuram matá-los. Vejamos
o texto em que João faz essa conexão com precisão:
“10 Nisto são manifestos os filhos de Deus e os filhos do diabo:
todo aquele que não pratica justiça não procede de Deus, nem aquele que
não ama a seu irmão. 11 ¶ Porque a mensagem que ouvistes desde o princípio
é esta: que nos amemos uns aos outros; 12 não
segundo Caim, que era do Maligno e assassinou a seu irmão; e
por que o assassinou? Porque as suas obras eram más, e as de seu irmão, justas.
13 Irmãos, não vos maravilheis se o mundo vos odeia. 14 Nós sabemos
que já passamos da morte para a vida, porque amamos os irmãos;
aquele que não ama permanece na morte. 15 Todo aquele que odeia a
seu irmão é assassino; ora, vós sabeis que todo assassino não tem a
vida eterna permanente em si.” (1 João 3:10-15 RA)
Ora, devemos aprender essa lição! Antes de pensarmos em ofertar a Deus,
devemos examinar nossos corações. Talvez, antes de oferecermos o fruto do nosso
trabalho a Deus, devamos nos arrepender de nossos pecados, especialmente sobre
o modo como tratamos nossos irmãos.
De nada adianta ao homem fazer ofertas maravilhosas a Deus se seu
comportamento lhe é desagradável, entregue ao pecado, que jaz à porta. Vejamos
uma outra passagem bíblica onde o próprio Jesus bem representa esse sentimento
de Deus:
“23 Se, pois, ao trazeres ao altar a tua oferta,
ali te lembrares de que teu irmão tem alguma coisa contra
ti, 24 deixa perante o altar a tua oferta, vai
primeiro reconciliar-te com teu irmão; e, então, voltando, faze a tua
oferta.” (Mateus 5:23-24 RA)
O que Jesus está a nos ensinar é que se estamos desagradando a Deus com
o nosso comportamento, nossa oferta não atingirá o coração de Deus. É preciso
deixar a oferta para depois.
Primeiro, Deus olha para o nosso comportamento. Depois disso, ele olha
para a nossa oferta. Especialmente por isso, nossa primeira oferta tem que
representar nosso arrependimento pelos nossos pecados.
As Duas Sementes: Lobo x Ovelha
TEXTO: Romanos 9: 1-24
PENSAMENTO: As ovelhas manifestam o
fruto do Espírito, e não se confundem com os lobos, porque suas atitudes e seu
comportamento são diferentes. O lobo engana, mas por pouco tempo, já que é o
próprio Espírito quem produz esse comportamento nas Suas ovelhas. O lobo não
permanece na casa do Pai, pois ele não é filho.
1. Um lobo pode se vestir de ovelha,
mas não pode se comportar como uma delas.
a) Gl 5: 22
* As ovelhas manifestam o fruto do Espírito.
b) Rm. 8: 5-9
* Quem produz esse comportamento é o Espírito.
c) 1ª Jo 2: 19;
Mt 12: 33-37
* O lobo não permanece.
* As ovelhas manifestam o fruto do Espírito.
b) Rm. 8: 5-9
* Quem produz esse comportamento é o Espírito.
c) 1ª Jo 2: 19;
Mt 12: 33-37
* O lobo não permanece.
2. Era um plano de Deus fazer separação
entre as duas sementes.
a) Gn. 3: 15
* Deus promete fazer separação e inimizade.
b) Ex. 34: 11-17
* Deus adverte contra a infidelidade.
c) Dt 7: 4-5
* Não devemos fazer alianças com os filhos da perdição.
d) Gn 9: 25-27
* A semente da perdição sobrevive através de Cão.
e) Gn 10: 19
* Sodoma e Gomorra – cidade dos filhos da perdição.
f) Gn 13: 13
* Homens maus e pecadores.
g) Gn 18: 23-33
* Deus guarda a semente.
h) Gn 22: 18
* a semente é abençoada para sempre.
i) Gn 24: 3
* Não se casem com esta semente da perdição.
j) Gn 28: 1
* Não tomem mulheres dos cananeus.
l) Gn 36: 2:
Rm. 9: 11, 12
* Esaú tomou esposa entre os cananeus.
m) Sf. 2: 4, 5
* Deus faz ameaças contra os filisteus.
* Deus promete fazer separação e inimizade.
b) Ex. 34: 11-17
* Deus adverte contra a infidelidade.
c) Dt 7: 4-5
* Não devemos fazer alianças com os filhos da perdição.
d) Gn 9: 25-27
* A semente da perdição sobrevive através de Cão.
e) Gn 10: 19
* Sodoma e Gomorra – cidade dos filhos da perdição.
f) Gn 13: 13
* Homens maus e pecadores.
g) Gn 18: 23-33
* Deus guarda a semente.
h) Gn 22: 18
* a semente é abençoada para sempre.
i) Gn 24: 3
* Não se casem com esta semente da perdição.
j) Gn 28: 1
* Não tomem mulheres dos cananeus.
l) Gn 36: 2:
Rm. 9: 11, 12
* Esaú tomou esposa entre os cananeus.
m) Sf. 2: 4, 5
* Deus faz ameaças contra os filisteus.
3. Nascimento das duas sementes.
a) Gn 3: 13-15
* a serpente me enganou e eu comi.
b) Gn 4: 5
* Deus não recebe a oferta do filho da perdição.
c) Gn 5: 1-5
* Deus não reconhece Caim como descendente de Adão.
d) 16 Jo 3: 12
* Caim era filho da perdição.
* a serpente me enganou e eu comi.
b) Gn 4: 5
* Deus não recebe a oferta do filho da perdição.
c) Gn 5: 1-5
* Deus não reconhece Caim como descendente de Adão.
d) 16 Jo 3: 12
* Caim era filho da perdição.
4. Nascimento de Jesus.
a) Mt 1: 18-25
* O que nela foi gerado é do Espírito Santo.
b) Jo 1: 1, 2
* E o Verbo era Deus.
c) 1ª Tm. 3: 16
* Jesus era o mistério revelado.
d) 1ª Jo 1: 1-4
* E a vida se manifestou.
* O que nela foi gerado é do Espírito Santo.
b) Jo 1: 1, 2
* E o Verbo era Deus.
c) 1ª Tm. 3: 16
* Jesus era o mistério revelado.
d) 1ª Jo 1: 1-4
* E a vida se manifestou.
5. PALAVRA FINAL
Tu és uma ovelha do Senhor, renascida de semente incorruptível, e por causa desta semente divina tu conheces a voz do teu Pastor e lhe obedeces, és predestinada para reinares em vida.
Tu és uma ovelha do Senhor, renascida de semente incorruptível, e por causa desta semente divina tu conheces a voz do teu Pastor e lhe obedeces, és predestinada para reinares em vida.
As duas Sementes
Porei inimizade entre ti e a mulher, entre a tua
descendência e o seu descendente. Este te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o
calcanhar. (Gênesis 3:15)
PENSAMENTO:
O propósito deste
estudo é entendermos claramente que neste mundo há duas sementes: os filhos de
Deus, predestinados para salvação e os filhos do diabo que foram destinados
para perdição.
1. Desde que entrou o pecado no mundo, Deus quis fazer
separação entre a semente de Deus e a semente do diabo.
a)
Porei inimizade entre ti e a mulher – para justificar a Sua ira, Deus devia ter
matado Lúcifer por este ter induzido Adão e Eva a desobedecerem a Deus, mas não
poderia porque Deus é amor e não poderia se contradizer matando sua criação;
então, Deus permitiu que no ventre da mulher fosse gerada a semente da
perdição. Algo se passou, porque Caim nasceu, ele já era filho do maligno. (A
massa do ventre de Eva teve parte com o diabo). A partir de Caim toda a sua
descendência é destinada à perdição. – Gênesis 3:15
b)
Agradou-se o Senhor de Abel e de sua oferta, ao passo que de Caim e de sua
oferta não se agradou. Caim era destinado para perdição. – Gênesis 4:4,5
c)
Não segundo Caim, que era do maligno. Os homens que não tiveram pré-existência
tiveram início após o nascimento de Caim; são os filhos da perdição, cujo pai é
o diabo. Em Caim descendem todos os filhos da perdição: faraó, Judas, Herodes
etc. – I João 3:12
d)A Bíblia nos diz que há pessoas que não têm seus nomes inscritos no livro da
vida. São os filhos da perdição, aqueles que não foram escolhidos e nem
chamados para o reino de Deus, para a salvação. Eles foram gerados pela semente
do mal e seu destino é a perdição.
2. Nem todos foram predestinados para a salvação –
alguns são destinados para a perdição.
a)
O trigo ficará no celeiro, mas a palha será queimada. – Mateus 13:29,30
b)
Vasos de ira, preparados para a destruição. – Romanos 9:22
c)
A fé não é de todos. – II Tessalonicensses 3:2
d)
Sendo desobedientes, para o que também foram postos. – I Pedro 2:8
e)
Nascidos para a destruição. – II Pedro 2:12-14
f)
Saíram do nosso meio porque não eram dos nossos. – I João 2:18,19
g)
Homens ímpios destinados para condenação. – Judas 4,11
3. Os filhos do diabo não crerão em Jesus Cristo
nem darão bons frutos.
a)
Os perversos procederão perversamente, e nenhum deles entenderá. –Daniel 12:10
b)
A árvore boa dá bons frutos (filhos de Deus), a árvore má dá maus frutos
(filhos do diabo). – Mateus 7:15-20
c)
Não compreendeis a minha linguagem. – João 8: 37-47
d)
Vós não credes, porque não sois das minhas ovelhas. Aquelas cujos nomes não
foram escritos no livro da vida desde a fundação do mundo. – João 10:24-26
4. Os filhos do diabo não têm os seus nomes
escritos no livro da vida.
a)
Nomes que não foram escritos no livro da vida do Cordeiro. – Apocalípse 13:8
b)
Aqueles cujos nomes não foram escritos no livro da vida desde a fundação do
mundo. – Apocalípse 17:8
5. A Bíblia fala de quatro mundos, na aula de hoje
estudaremos dois deles.
5.1 O mundo de Deus (os filhos de Deus).
Todas
as palavras MUNDO nestes versículos se referem ao mundo dos eleitos (Okumene).
a) Mateus 24:13,14
b) João 3:16
c) II Coríntios 5:19
d) I João 2:2
5.2 O mundo do diabo (filhos do diabo).
Todas
as palavras MUNDO nestes versículos se referem ao mundo dos filhos da perdição
(Ayom).
a) João 14:17
b) João 17:12-15
c) I João 4:5
6. Parábolas que falam das duas sementes.
a)
O trigo e o joio. – Mateus 13:24-43
b)
O peixe bom e o peixe ruim. – Mateus 13:47-50
c)
As virgens prudentes e as virgens insensatas. – Mateus
25:1-13
d)
Parábola do semeador. – Marcos 4:1-20
7. Judas Iscariotes sempre foi filho da perdição.
a) João 6:70
b) João 13:10,18
PALAVRA
FINAL: Não questione o fato de Deus ter
permitido a existência de outra raça sobre a face da terra e ter feito
separação entre as duas sementes. Creia que Ele é Soberano, e agradeça a Deus
todos os dias por você fazer parte da boa semente, aquela que ouve a Sua voz.
2º Tema: “AS SEMENTES DE DEUS, E AS SEMENTES DO MALIGNO”
Texto Principal: Romanos 9: 22-24 “Que diremos, pois, se
Deus, querendo mostrar a sua ira e dar a conhecer o seu poder, suportou com
muita longanimidade os vasos de ira, preparados para a perdição, a fim de que
também desse a conhecer as riquezas da sua glória em vasos de misericórdia, que
para glória preparou de antemão, os quais somos nós, a quem também chamou, não
só dentre os judeus, mas também dentre os gentios?”
Introdução: Ao entendermos que a predestinação é algo real em
nossas vidas, passamos a compreender que, existem os filhos de Deus (eleitos
por Deus) e os filhos do maligno (aqueles que não foram eleitos), ou seja, há
dois tipos de pessoas (duas comunidades), “duas sementes”. Aquele que não foi
gerado pela semente incorruptível é fruto de uma semente maldita, cujo primeiro
depositário foi Caim. A bíblia define muito bem os portadores desta semente,
quando fala em ímpios, lobos, cabritos e joio, são os filhos da perdição. A
origem dessas sementes é diferente. No mundo convivem juntas, suas vidas se
cruzam e, por vezes, se entrelaçam para que o plano arquitetado por Deus, seja
cumprido, mas seus destinos são diferentes. Quando você conhecer a verdade
sobre as duas sementes, tu não terás dificuldade para entender a predestinação,
a espinha dorsal do evangelho da graça de Deus.
1 - Quando o pecado entrou no mundo, Deus quis fazer
separação entre justos e ímpios (permitindo que do ventre de Eva saíssem duas
sementes), os que seriam justificados e os que seriam condenados no tocante à
vida eterna. Gênesis 3: 1-5, 12-15 “Porei inimizade entre ti e a mulher”
Gênesis 4: 1-5 “Agradou-se o Senhor de Abel... ao passo que de Caim... não se
agradou” Aparentemente, Deus dá uma chance a Caim (V: 6-7), mas como ele era
uma semente do maligno... (V: 8) I João 3: 12 “Caim... era do Maligno... suas
obras eram más” I João 3: 7-10 “filhos de Deus e os filhos do diabo” Romanos 9:
19-21 “tem o oleiro direito sobre a massa, para... fazer um vaso para honra e
outro, para desonra”
2 - Nem todos foram predestinados à salvação, alguns foram
destinados à perdição. A Bíblia traz alguns exemplos de filhos da perdição, ou
daqueles que nunca tiveram seus nomes escritos no Livro da Vida. Mateus 7:
15-23 “disfarçados em ovelhas... são lobos roubadores” João 6: 70-71 “um de vós
é diabo” João 8: 33-38, 44-47 “Vós sois do diabo, que é o vosso pai” João 13:
10-11, 18 “vós estais limpos, mas não todos. Pois ele sabia quem era o traidor”
João 17: 12 “nenhum deles se perdeu, exceto o filho da perdição” II Pedro 2:
12-14 “filhos malditos” Apocalipse 13: 8 “aqueles cujos nomes não foram
escritos no livro da vida... desde a fundação do mundo”
3 - Quando a Bíblia se refere à palavra “mundo”, nem sempre
ela traz o mesmo sentido (pois há um “mundo” que ama a Deus e é amado por Ele,
e há um “mundo” que o odeia). João 3: 16 “Deus amou o mundo” II Coríntios 5:
18-19 “Cristo reconciliando consigo o mundo” I João 2: 1-2 “Jesus...
propiciação pelos... pecados... do mundo inteiro” João 14: 17 “o Espírito da
verdade... o mundo não pode receber” João 17: 14-15 “o mundo os odiou” (odiou
aos filhos) I João 4: 4-5 “falsos profetas... procedem do mundo”
4 - Jesus sempre citou parábolas que mostram a existência de
“duas sementes”. Mateus 13: 24-30 (o trigo e o joio); Mateus 13: 47-50 (o peixe
bom e o peixe ruim) Mateus 25: 1-12 (as virgens prudentes e as virgens
imprudentes) Marcos 4: 1-20 (a semente e a terra boa).
Palavra Final: Nenhum filho do diabo se salvará, mas somente
os filhos de Deus. Os filhos do diabo são os ímpios que andam sempre errados e
não se convertem, (Salmos 58: 3), para a semente do maligno não há nem
arrependimento e nem reconciliação com Deus, pois eles já tem o seu Deus, o
diabo. Os filhos de Deus são os justos que, ainda que nasçam em pecado chegarão
a Deus, para eles há reconciliação (Salmos 51: 5).
Lições
Bíblicas CPAD – Adultos = 4º Trimestre de 2015
Título: O começo de todas as coisas — Estudos sobre o
livro de Gênesis
Comentarista: Claudionor de Andrade
Lição 5: Caim era do Maligno
TEXTO ÁUREO
“[...] Que nos amemos uns aos
outros. Não como Caim, que era do maligno e matou a seu irmão [...]” (1Jo
3.11,12).
VERDADE PRÁTICA
Quem ama de verdade não se deixa
dominar nem pela inveja nem pelo ódio.
LEITURA DIÁRIA
Gn 4.1 - Caim, o primogênito de Adão, era mau
Gn 4.2 – Caim, foi um importante lavrador da terra
Gn 4.5 – Caim e sua oferta foram rejeitados por Deus
Gn 4.6 – Caim tinha o seu coração tomado pelo rancor
Gn 4.8 – O ódio e o rancor fizeram de Caim um homicida
1Jo 3.12 – Caim foi dominado pelo pecado, pois seu coração era
mau
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Gênesis 4.1-10.
1 — E
conheceu Adão a Eva, sua mulher, e ela concebeu, e teve a Caim, e disse:
Alcancei do Senhor um varão.
2 — E
teve mais a seu irmão Abel; e Abel foi pastor de ovelhas, e Caim foi lavrador
da terra.
3 — E
aconteceu, ao cabo de dias, que Caim trouxe do fruto da terra uma oferta ao
SENHOR.
4 — E
Abel também trouxe dos primogênitos das suas ovelhas e da sua gordura; e
atentou o SENHOR para Abel e para a sua oferta.
5 — Mas
para Caim e para a sua oferta não atentou. E irou-se Caim fortemente, e
descaiu-lhe o seu semblante.
6 — E
o SENHOR disse a Caim: Por que te iraste? E por que descaiu o teu semblante?
7 — Se
bem fizeres, não haverá aceitação para ti? E, se não fizeres bem, o pecado jaz
à porta, e para ti será o seu desejo, e sobre ele dominarás.
8 — E
falou Caim com o seu irmão Abel; e sucedeu que, estando eles no campo, se
levantou Caim contra o seu irmão Abel e o matou.
9 — E
disse o Senhor a Caim: Onde está Abel, teu irmão? E ele disse: Não sei; sou eu
guardador do meu irmão?
10 — E
disse Deus: Que fizeste? A voz do sangue do teu irmão clama a mim desde a
terra.
HINOS SUGERIDOS
75, 126 e 330 da Harpa Cristã.
OBJETIVO GERAL
Conscientizar dos perigos de se
deixar dominar pela inveja e pelo ódio.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Abaixo, os objetivos específicos
referem-se ao que o professor deve atingir em cada tópico. Por exemplo, o
objetivo I refere-se ao tópico I com os seus respectivos subtópicos.
· I. Explicar porque
Caim era do maligno;
· II. Compreender porque
Deus rejeitou o sacrifício de Caim;
· III. Explicar que
ódio e a inveja de Caim o levaram a matar seu irmão.
INTERAGINDO COM O PROFESSOR
O capítulo 4 do livro de Gênesis nos
mostra que o pecado de Adão e Eva não afetou somente eles, mas trouxe sérios
infortúnios para seus descendentes. A história do pecado de Caim, muito se
assemelha a de seus pais, pois podemos ver um ato de violação (4.8), uma cena
de julgamento (4.9-15) e a execução da sentença divina sobre o pecador (4.16).
Caim tinha um coração mau, dominado
pelo ódio e a inveja, por isso, teve o seu sacrifício rejeitado. Deus não olhou
e não olha para a oferta em si, mas o mais importante é o coração do ofertante,
por isso, Jesus declarou: “Portanto, se trouxeres a tua oferta ao altar e aí te
lembrares de que teu irmão tem alguma coisa contra ti, deixa ali diante do
altar a tua oferta, e vai reconciliar-te primeiro com teu irmão, e depois vem,
e apresenta a tua oferta” (Mt 5.23,24). Jamais poderemos comprar a Deus ou
impressioná-lo com as nossas ofertas, pois tudo que existe nos céus e a Terra
pertence ao Senhor. Ele é o dono da prata e do ouro. Sejamos fiéis ao Senhor em
nossas ofertas, mas que jamais venhamos a permitir que nossos corações sejam
contaminados pelo pecado.
COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
O capítulo 4 de Gênesis apresenta a
triste história do primeiro homicídio da Terra. Caim, o primeiro homem nascido de
mulher, matou o próprio irmão depois que teve sua oferta recusada por Deus. O
que deveria ser uma ocasião de ações de graças enlutou a família de Adão. Caim
demonstrou, dessa forma, que era do maligno, que tinha um coração e atitudes
que desagradavam a Deus.
PONTO CENTRAL
O coração de Caim era mau, por isso, Deus rejeitou
a sua oferta.
I. CAIM, SEGUIDOR DE SATANÁS
1. A semente da mulher. O nascimento de Caim foi acolhido com ações
de graças a Deus. Ao contemplar o filhinho, exclamou Eva: “Alcancei do Senhor
um varão” (Gn 4.1). Eva considerou que seu primeiro filho foi um presente de
Deus. A seguir, nasceu Abel, o segundo filho, e a partir daí a narrativa bíbica
vai apresentar as profissões de cada um dos irmãos: Caim se tornou um lavrador,
e Abel, um pastor.
Satanás, pelo que inferimos dos
fatos, não teve muito esforço em aliciar o primeiro filho de Adão. Dessa forma,
Caim entra para a História Sagrada como o primeiro discípulo declarado do
Diabo, cuja lista seria longa e enfadonha: Faraó, Herodes, Stalin, e alguns
contemporâneos nossos.
2. O agricultor. Já homem feito, pôs-se Caim a trabalhar a
terra, conforme o Senhor havia ordenado (Gn 1.26-28). E, pelo que depreendemos,
ele foi muito bem-sucedido como agricultor. A Terra, embora amaldiçoada pela
transgressão de seu pai, não lhe negou colheita alguma. Solo arável não lhe
faltava naquele mundo sem fronteira.
3. A apostasia de Caim. Apesar de seu sucesso profissional, Caim não
se voltou a Deus em espírito e em verdade (Jo 4.23). Antes, deixou-se cooptar
pelo Diabo. Este, sempre oportunista, fez daquele jovem o seu principal aliado,
objetivando frustrar a redenção da humanidade.
Mas Satanás estava enganado. Embora
sagaz, pouco sabia dos reais planos de Deus para a nossa salvação. Enquanto
isso, ia o jovem Abel tangendo o seu gado na graça divina.
SÍNTESE DO TÓPICO (I)
Caim entrou para a história de uma
maneira triste, ele se tornou o primeiro homicida da humanidade.
SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO
“A história dos primeiros dois
rapazes nascidos a Adão e Eva realça as repercussões do pecado dentro da
unidade familiar. Caim e Abel, tinham temperamentos notavelmente opostos. Caim
gostava de trabalhar com plantas. Abel gostava de estar com animais. Ambos
tinham uma disposição de espírito religioso.
Os filhos de Adão levaram sacrifícios
ao Senhor, o primeiro incidente sacrificial registrado na Bíblia. Que Abel
também trouxe dos primogênitos das suas ovelhas e da sua gordura não quer dizer
necessariamente que animais são superiores a plantas para propósitos
sacrificiais. Por que atentou o Senhor para Abel e para a sua oferta fica
evidente à medida que a história se desenrola. A primeira pista aparece quase
imediatamente. Caim não suportava que algum outro ficasse em primeiro lugar. A
preferência do Senhor por Abel encheu Caim de raiva. Só Caim podia ser o
‘número um’.
O Senhor não estava ausente na hora
da adoração. Ele abordou Caim e lhe deu um aviso. Deus não o condenou
diretamente, mas por meio de um jogo de palavras informou Caim que ele estava
em real perigo. Em hebraico, a palavra aceitação é, literalmente, levantamento,
e está em contraste com descaiu. Um olhar abatido não é companhia adequada de
uma consciência pura ou de uma ação correta. O ímpeto das perguntas de Deus era
levar Caim à introspecção e ao arrependimento” (Comentário Bíblico Beacon. 1ª
Edição. Volume I. RJ: CPAD, 2005, p.43).
II. O CULTO DE CAIM
A Escritura diz que, passado algum
tempo, Caim e Abel trouxeram, do fruto do seu trabalho, uma oferenda ao Senhor.
1. O sacrifício rejeitado. “E aconteceu, ao cabo de dias, que Caim
trouxe do fruto da terra uma oferta ao Senhor” (Gn 4.3). É provável que ele tenha
aprendido a cultuar a Deus com o seu pai, Adão, pelo menos, exteriormente. Do
fruto de sua colheita, separou uma oferta ao Criador. Podem ter sido frutas,
legumes ou cereais, oferendas válidas (Lv 23.10).
Abel também pôs-se a cultuar o
Senhor, oferecendo-lhe as primícias do rebanho (Gn 4.4). Diz o texto sagrado
que Deus atentou para o sacrifício de Abel, mas rejeitou o de Caim (Gn 4.5). O
problema não estava na oferta, mas no ofertante. Tanto a oferta de animais,
como a de frutos da terra, eram igualmente aceitáveis no culto divino. Não nos
esqueçamos de que o Senhor viria a reprovar até mesmo a oferta animal ao
tornar-se esta formal e impiedosa (Jr 6.20).
2. A atitude interior reprovada. Por que o Senhor reprovou o sacrifício de
Caim? Porque o seu culto não passava de uma mera formalidade. Como se não
bastasse, apresentava-se a Deus com a alma tomada pelo ódio. Naquele instante,
indaga-lhe o Senhor: “Por que te iraste? E por que descaiu o teu semblante?”
(Gn 4.6). Por esse motivo, recomenda-nos Paulo: “Quero, pois, que os homens
orem em todo o lugar, levantando mãos santas, sem ira nem contenda” (1Tm 2.8).
Na Igreja de Deus não pode haver
espaço para homens iracundos e contenciosos, que farão da obra do Senhor uma
causa de ganho pessoal. Deus não se agrada de pessoas que agem dessa forma.
3. O pecado sempre presente. Se Caim o quisesse, poderia reverter aquela
situação, dominando o seu coração homicida. Eis o que lhe aconselha o amoroso
Deus: “Se bem fizeres, não haverá aceitação para ti? E, se não fizeres bem, o
pecado jaz à porta, e para ti será o seu desejo, e sobre ele dominarás” (Gn
4.7).
Caim racionaliza o seu pecado.
Recusando-se a fazer o bem, permitiu que Satanás lhe tornasse mal o coração.
Neste, o homicídio foi um processo que, germinado pela inveja, frutificou numa
ira assassina (Tg 1.13-15). Se não quisermos pecar contra Deus, não permitamos
que o pecado nos germine na alma. Arranquemos, pois, as ervas daninhas que
Satanás nos lança no íntimo.
SÍNTESE DO TÓPICO (II)
O coração de Caim era mau, por isso, sua
oferta foi rejeitada pelo Senhor.
SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO
“‘E irou-se Caim fortemente’ (4.5). A
ira de Caim mostra quão decidido ele estava em agir por conta própria, sem se
submeter a Deus. A ira é uma emoção destruidora. Nunca poderemos nos desculpar
por ter ofendido alguém dizendo: ‘Tenho um temperamento agressivo’. Precisamos
considerar a ira como pecado e conscientemente nos submeter à vontade de Deus”
(RICHARDS, Lawrence O. Guia do Leitor da Bíblia: Uma
análise de Gênesis a Apocalipse capítulo por capítulo. 10ª Edição. RJ:
CPAD, 2012, p.28).
III. CAIM NÃO GUARDOU O SEU IRMÃO
O crime de Caim foi doloso. Além de
mover um ódio doentio contra o irmão, dissimuladamente levou-o até a cena do
crime, onde veio a matá-lo.
1. O crime. Narra o autor sagrado que, estando ambos no
campo, longe dos olhos dos pais, Caim insurgiu-se contra Abel e o matou (Gn
4.8). Assassino dissimulado e cruel, aproveitou-se da confiança de seu irmão
para matá-lo. Esse fato deve nos servir de aviso: até que ponto estamos
nutrindo sentimentos perniciosos contra nossos irmãos a ponto de planejar
contra eles o mal ou coisa pior? Que Deus nos faça refletir sobre nossas
atitudes e não nos deixe ser pessoas como Caim.
2. O álibi. Quando inquirido por Deus acerca do paradeiro
do irmão, Caim desculpa-se, como se estivesse noutro lugar, quando da morte de
Abel: “Não sei; sou eu guardador do meu irmão?” (Gn 4.9). O seu álibi é
energicamente destruído pelo justo Senhor: “Que fizeste? A voz do sangue do teu
irmão clama a mim desde a terra” (Gn 4.10).
Há muito sangue clamando no mundo. A
pergunta não haverá de ser emudecida: “Onde está Abel, teu irmão?” (Gn 4.9). O
que responderemos? De fato, somos chamados a demonstrar amor e respeito uns
pelos outros, pois somos guardadores de nossos irmãos.
3. A marca do crime. Como a administração da justiça ainda não
havia sido delegada à comunidade humana, o Senhor põe um sinal em Caim, para
que ninguém viesse reivindicar-lhe o sangue de Abel (Gn 4.15).
Caim, de fato, não foi penalizado com
a morte, mas ficou marcado para o resto de seus dias, dando início a uma
geração de assassinos, devassos e inimigos de Deus.
SÍNTESE DO TÓPICO (III)
O ódio e a inveja levaram Caim a matar o
seu irmão.
SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO
“Caim foi amaldiçoado por Deus no
sentido de Deus já não abençoar seus esforços para extrair da terra o seu
sustento (vv.2,3). Caim não se humilhou com tristeza e arrependimento diante de
Deus, pois afastou-se do Senhor e procurou viver sem a sua ajuda (v.16).
O sinal na testa de Caim (4.15)
talvez deva ser entendido como posto em Caim para assegurá-lo da promessa de
Deus. Caim não sofreu pena de morte nesse tempo. Posteriormente, quando a
iniquidade e a violência da raça humana tornou-se extrema na terra, a pena de
morte foi instituída (9.5,6).
Caim e seus descendentes foram os
cabeças da civilização humana até hoje desviada de Deus. A motivação básica de
todas as sociedades humanistas está em superar a maldição, buscar o prazer e
reconquistar o ‘paraíso’, sem submissão a Deus. Noutras palavras, o sistema
mundial fundamenta-se no princípio da autorredenção da raça humana na sua rebelião
contra Deus” (Bíblia de Estudo Pentecostal. RJ: CPAD, p.39).
CONCLUSÃO
O exemplo de Caim deve nos fazer
lembrar de que precisamos ter uma vida íntegra diante de Deus e demonstrar amor
e respeito para com o nosso próximo.
Abel foi o primeiro crente a ser
arrolado entre os heróis da fé. Quanto a Caim, foi o primeiro ser humano a ter
o nome riscado do Livro da Vida.
O que lhe faltava? Uma vida que
agradasse a Deus e o exercício do amor fraternal. Quando não se ama como Jesus
amou, o homicídio torna-se corriqueiro na vida do homem. Por isso, há tantos
homicídios em nosso meio. Homicídios espirituais, morais e emocionais.
Lembremo-nos das palavras de João: “Porque esta é a mensagem que ouvistes desde
o princípio: que nos amemos uns aos outros. Não como Caim, que era do maligno e
matou a seu irmão. E por que causa o matou? Porque as suas obras eram más, e as
de seu irmão, justas” (1Jo 3.11,12).
PARA REFLETIR
A respeito do livro de Gênesis:
O que levou Caim a odiar Abel?
O fato da oferta de Abel ser aceita e a dele não.
Como era o culto de Caim?
O culto de Caim era para satisfazer o seu ego.
Por que o ofertório de Caim foi reprovado?
Porque seu coração era mau, cheio de inveja e ódio.
Que desculpa deu Caim ao Senhor?
Ele afirmou estar em outro lugar quando da morte de Abel.
Quais as características da geração de Caim?
Uma geração perversa e contumaz.
SUBSÍDIOS ENSINADOR CRISTÃO
Caim era do Maligno
O capítulo 4 do livro do Gênesis
apresenta a consumação do pecado e sua história de implicações práticas para o
gênero humano. O assassinato de Abel por seu irmão, Caim, é o símbolo do
alcance do mal quando este domina o coração humano. E o consequente banimento
de Caim da presença de Deus mostra o quanto o homem se afasta da presença do
Altíssimo quando decide em seu coração fazer o mal.
O caminho de Caim se torna o caminho
de todos nós, quando desejamos em nosso coração a vingança, o “dar o troco”, o
revide, ou seja, tudo o que passa na contramão do filtro de Jesus Cristo: ame o
vosso inimigo.
Tudo começa bem na vida do ser
humano. Assim, Caim nasceu e cresceu numa família que devotava a vida a Deus,
tanto que a sua mãe, Eva, devotou a Deus ação de graças: “Alcancei do Senhor um
varão” (Gn 4.1). A vida de Caim para os seus pais era uma bênção de Deus. Um
presente.
Adulto, Caim tornara-se um
agricultor, pois trabalhava a terra, administrava-a e assim cumpria o plano de
Deus estabelecido para a humanidade (Gn 1.26-28). Fazendo assim, Caim obedecia
a Deus. Até que, num belo dia, o ciúme, a inveja e o desejo egoístico tomaram o
coração de Caim. Seu sacrifício fora rejeitado por Deus e o de seu irmão,
aprovado e aceito por Ele. A razão de o Senhor aceitar o sacrifício de Abel e
rejeitar o de Caim, embora não esteja totalmente claro nas Escrituras, pelo
menos deixa claro que o Senhor olhava e olha com atenção e justiça para o
interior do ser humano, de modo que nada lhe escapa o olhar divino.
Caim não se achou aprovado, muito
menos aceito, pelo olhar de Deus. Entretanto, essa reprovação de Deus não
significava que Caim seria banido de sua presença, pois bastava outro
sacrifício com a motivação correta, espontânea e voluntária que o Senhor não
haveria de rejeitá-lo. Mas Caim não escolheu o caminho do bem. Ele matou o seu
irmão covardemente. O resultado: Caim foi banido da presença de Deus.
O caminho de Caim é muito fácil de
trilhar. Basta dar vazão ao ódio, à inveja, ao rancor, à raiva e a tudo que não
esteja de acordo com o nosso interesse. O caminho de Caim está a cada dia
próximo de nós, quando rejeitamos considerar o nosso próximo superior a nós
mesmos. O caminho de Caim está mais próximo das nossas vidas, quando procuramos
fugir da realidade inventando desculpas para não fazermos a nossa parte com
retidão.
Qual o caminho que você deseja
trilhar: o de Caim ou o de Jesus?
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