sexta-feira, 5 de maio de 2017

Jacó, um exemplo de um carater restaurado EBD 2017



LIÇÕES BÍBLICAS CPAD ADULTOS 2º Trimestre de 2017
Título: O Caráter do Cristão — Moldado pela Palavra de Deus e provado como ouro – Comentarista: Elinaldo Renovato
Lição 5: Jacó, um exemplo de um caráter restaurado

TEXTO ÁUREO

Como está escrito: Amei Jacó e aborreci Esaú(Rm 9.13).

VERDADE PRÁTICA

Com base em sua presciência e propósitos, Deus escolhe pessoas para que cumpram seus desígnios.

LEITURA DIÁRIA
Gn 27.11,12 A mentira traz maldição
Então disse Jacó a Rebeca, sua mãe: Eis que Esaú meu irmão é homem cabeludo, e eu homem liso; Porventura me apalpará o meu pai, e serei aos seus olhos como enganador; assim trarei eu sobre mim maldição, e não bênção. Gênesis 27:11,12

Gn 27.41 Quando o ódio se torna mortal
41 E Esaú odiou a Jacó por causa daquela bênção, com que seu pai o tinha abençoado; e Esaú disse no seu coração: Chegar-se-ão os dias de luto de meu pai; e matarei a Jacó meu irmão.

Gn 27.20 Jacó mentiu ao próprio pai
20 Então disse Isaque a seu filho: Como é isto, que tão cedo a achaste, filho meu? E ele disse: Porque o Senhor teu Deus a mandou ao meu encontro.

Gl 6.7 O que o homem planta, isso colherá
7 Não erreis: Deus não se deixa escarnecer; porque tudo o que o homem semear, isso também ceifará.

Rm 5.20 Onde abundou o pecado superabundou a graça de Deus
Veio, porém, a lei para que a ofensa abundasse; mas, onde o pecado abundou, superabundou a graça; Para que, assim como o pecado reinou na morte, também a graça reinasse pela justiça para a vida eterna, por Jesus Cristo nosso Senhor. Romanos 5:20,21

Sl 133.1 Deus quer que os irmãos vivam em união
1 Oh! quão bom e quão suave é que os irmãos vivam em união.

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Gênesis 25.28-34; 32.24,27,28,30.

Gênesis 25
28 — E amava Isaque a Esaú, porque a caça era de seu gosto; mas Rebeca amava a Jacó.
29 — E Jacó cozera um guisado; e veio Esaú do campo e estava ele cansado.
30 — E disse Esaú a Jacó: Deixa-me, peço-te, comer desse guisado vermelho, porque estou cansado. Por isso, se chamou o seu nome Edom.
31 — Então, disse Jacó: Vende-me, hoje, a tua primogenitura.
32 — E disse Esaú: Eis que estou a ponto de morrer, e para que me servirá logo a primogenitura?
33 — Então, disse Jacó: Jura-me hoje. E jurou-lhe e vendeu a sua primogenitura a Jacó.
34 — E Jacó deu pão a Esaú e o guisado das lentilhas; e ele comeu, e bebeu, e levantou-se, e foi-se. Assim, desprezou Esaú a sua primogenitura.

Gênesis 32
24 — Jacó, porém, ficou só; e lutou com ele um varão, até que a alva subia.
27 — E disse-lhe: Qual é o teu nome? E ele disse: Jacó.
28 — Então, disse: Não se chamará mais o teu nome Jacó, mas Israel, pois, como príncipe, lutaste com Deus e com os homens e prevaleceste.
30 — E chamou Jacó o nome daquele lugar Peniel, porque dizia: Tenho visto a Deus face a face, e a minha alma foi salva.

HINOS SUGERIDOS

46, 77 e 432 da Harpa Cristã.


OBJETIVO GERAL

Mostrar que Deus escolhe pessoas para que cumpram seus desígnios.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Abaixo, os objetivos específicos referem-se ao que o professor deve atingir em cada tópico. Por exemplo, o objetivo I refere-se ao tópico I com os seus respectivos subtópicos.

·                     I. Apresentar a origem de Jacó;
·                     II. Mostrar a direção de Deus na vida de Jacó;
·                     III. Refletir a respeito de alguns aspectos do caráter de Jacó.










INTERAGINDO COM O PROFESSOR

Na lição deste domingo, estudaremos a respeito do caráter de Jacó. Ele nasceu agarrado ao calcanhar de seu irmão primogênito e recebeu o nome de “enganador”. Todavia, Deus em seus desígnios já o havia escolhido e revelado aos seus pais que o primogênito serviria ao caçula. Jacó fez jus ao seu nome ao comprar a primogenitura de seu irmão e ao mentir e enganar seu pai. Seu engano e mentira levaram-no para longe de casa e fez com que ele também fosse enganado por seu tio Labão. Mas Jacó teve um encontro com Deus e foi transformado por Ele. Todo encontro com Deus é transformador. Ninguém sai da presença do Pai da mesma maneira que entrou. Atualmente, muitos apenas ouviram falar a respeito de Deus, mas na verdade nunca tiveram um encontro real e pessoal com Ele. Somente Deus, o Criador, pode transformar o nosso verdadeiro “eu”.








COMENTÁRIO

INTRODUÇÃO

Isaque teve dois filhos gêmeos. Esaú tinha uma inclinação para o campo, para vida pastoril e também para a caça. Jacó, ao contrário, pelo seu temperamento e por sua personalidade, voltou- se para vida doméstica. Logo revelou ter um caráter oportunista e usurpador, que o levou a enganar o pai com apoio da mãe. As consequências foram duras em sua vida. O que plantou, colheu com grande sofrimento. Mas a misericórdia de Deus o alcançou e o Senhor o escolheu para ser o pai das doze tribos de Israel.

[Comentário: Jacó era filho de Isaque e Rebeca, irmão gêmeo de Esaú e neto de Abraão. Sua história ocupa vinte e cinco capítulos do livro de Gênesis. Seu nome no texto grego da Septuaginta é traduzido como “aquele que segura pelo calcanhar”, fato que, por ocasião de seu nascimento, Jacó, que nasceu depois, segurando o calcanhar de seu irmão Esaú (o hebraico עקב ('aqev) significa calcanhar) – esta é a origem do sentido secundário de ‘suplantador’, alguém que, astutamente, toma o lugar de outro. Isso alude ao incidente em que Jacó utilizou de engodo e tomou a bênção paterna de Esaú. Seu nome também pode ser traduzido como "Enganador", pois a raiz do verbo "enganar" em hebraico se escreve da mesma forma ('aqav). Isto explica a fala de Esaú no versículo abaixo, que nunca fez sentido para mim em português: “Então disse ele: Não é o seu nome justamente Jacó, tanto que já duas vezes me enganou?” (Gn 27.36). Neste versículo Esaú faz um trocadilho com o nome do irmão Jacó. O que ele quis dizer foi o seguinte: "O nome dele não é Jacó porque agarrou em meu calcanhar, mas sim porque já duas vezes me enganou!" Extraído com algumas mudanças de: http://www.hebraico.pro.br/nomsig_jaco.asp. Eles nasceram para se tornarem personagens bem diferentes uma da outra. Suas diferenças tornaram-se ainda mais irreconciliáveis quando Esaú vendeu seu direito de primogenitura a Jacó, em troca de um prato de lentilhas cozidas (Gn 25.30). Esaú vendeu sua primogenitura em um ato impulsivo, quando não conseguiu caçar nenhum animal; e, estando com muita fome, vendeu aquele direito por tão pouco. Os tabletes de Nuzi confirmam o fato de que o direito de primogenitura podia ser vendido. Os intérpretes percebem uma espécie de indiferença, por parte de Esaú, no tocante ao seu privilégio como primogênito. Seria mesmo difícil explicar por que razão ele fez assim, a menos que ele tivesse alguma atitude básica de indiferença para com seus direitos religiosos. Metaforicamente, isso fala sobre sua indiferença espiritual sobre questões importantes, um sinal típico do homem carnal. Esse foi o primeiro ato suplantador de Jacó a ser registrado na Bíblia, por causa do que ele adquiriu o seu nome. O segundo desses atos ocorreu quando ele enganou seu pai, Isaque, e recebeu a bênção paterna que se destinava a Esaú (Gn 27). Tal bênção, uma vez conferida, não podia mais ser revogada (Gn 27.33 ss), um detalhe igualmente ilustrado nos tabletes de Nuzi. Dessa forma, Jacó tornou-se o porta bandeira da promessa messiânica, e o cabeça da raça eleita, segundo aprendemos em Rm 9.10 ss. Esaú teve de se contentar então com uma bênção secundária, e com territórios menos férteis que aqueles prometidos a Jacó, isto é, Edom. Desnecessário é dizer que Esaú ficou furioso, tornando necessário que Jacó fugisse. Jacó, pois, fugiu para a terra natal de Rebeca, em Padã-Harã (Gn 26.41—28.5). Rebeca tinha a esperança que Jacó se casasse com uma mulher dentre a parentela dela, porquanto Esaú se casara com mulheres hititas [o que também denota seu descaso para com as promessas feitas a Abraão e Isaque] (Gn 26.34 e 27.46). http://www.ebdareiabranca.com/2012/1trimestre/introducao.htm] Dito isto, vamos pensar maduramente a fé cristã?

PONTO CENTRAL
Deus escolhe pessoas para que cumpram seus desígnios.

Significado do Nome Jacó
Olá Pessoal! O nome "Jacó" é o primeiro que cadastro porque talvez este seja o nome mais injustiçado das Sagradas Escrituras. É de conhecimento geral que Jacó significa Enganador, mas será mesmo este o significado do nome? Veremos a seguir!
O que Jacó não significa
Alguns dizem por aí também que Jacó significa Suplantador, ou Vencedor, pois Jacó lutou com o anjo e o suplantou (venceu). Porém isso não faz sentido pois o nome Jacó lhe foi dado quando nasceu e, se acreditarmos nisso teremos que acreditar que o nome da pessoa muda o seu destino, e que Jacó só venceu o anjo porque sua mãe lhe deu este nome no nascimento. Se ele tivesse outro nome será que teria perdido?
Com a pulga atrás da orelha
Nós que estudamos a Bíblia a sério somos frequentemente testados por pessoas que não querem dar crédito a ela e para isso inventam mil e uma perguntas para nos encurralar. Se antes de aprender hebraico alguns desses tivesse me perguntado porque uma mãe colocaria o nome em seu bebê de Enganador eu não saberia dar uma resposta para essa pessoa. Aliás essa era uma questão que me deixava com a pulga atrás da orelha, afinal de contas porque essa mulher deu um nome tão terrível ao seu filho que ainda não fez nem o bem e nem o mal?
O que Jacó realmente significa
Como já vimos acima, não faz sentido que uma mãe coloque em seu filho recém nascido o nome de Enganador, portanto esse não pode ser o significado do nome Jacó.
Para resolver este mistério temos que olhar o nome no original hebraico. Veja abaixo:
יעקב Pronuncia-se Ya'aqov
O estudante do hebraico só terá êxito no idioma se aprender a ver em todas as palavras as raízes. Ao observar o nome יעקב (Ya'aqov) notamos que a primeira letra י (Yod) não faz parte da raiz, mas é na verdade um prefixo usado para flexões verbais. Por isso a raiz do nome é עקב e pronuncia-se 'aqev.
A palavra עקב ('aqev) significa calcanhar. Sabendo disso vamos nos lembrar do versículo de Gênesis 25:26:
"E depois saiu o seu irmão, agarrada sua mão ao calcanhar de Esaú; por isso se chamou o seu nome Jacó. E era Isaque da idade de sessenta anos quando os gerou."
Como a raiz do nome é "Calcanhar" e acrescenta-se a esta raiz a letra י (Yod) que é um prefixo verbal, transforma-se esta palavra em um verbo que não tem correspondente exato no português, mas cujo significado seria algo do tipo "Ele agarrou no calcanhar", sendo assim a própria Bíblia conclui: "por isso se chamou o seu nome Jacó".
Vemos então que, o fato da criança nascer agarrada ao calcanhar de seu irmão (Esaú) foi tão marcante, que seus pais quiseram tornar esta curiosidade inesquecível, colocando-a no nome do bebê. Agora faz todo o sentido, não?
E o Enganador nesta história?
Até aqui só resolvemos metade do problema pois se o nome Jacó significa "Ele agarrou no calcanhar" da onde surgiu então o significado de Enganador?
Para resolvermos esta questão vejamos abaixo a raiz do verbo "enganar" no hebraico:
עקב pronuncia-se 'aqav.
O leitor atento já deve ter percebido que, apesar de calcanhar pronunciar-se 'aqev e a raiz do verbo enganar pronunciar-se 'aqav, o fato do hebraico não ter vogais faz com que "calcanhar" e "enganar" se escreva do mesmo modo, já que a única diferença entre elas seria o "e" em 'aqev e o "a" em 'aqav. Veja abaixo:
עקב calcanhar ('aqev).
עקב raiz do verbo enganar ('aqav).
Sendo assim concluímos que sim, Jacó também pode ser traduzido como "Enganador", pois vem da raiz do verbo "enganar" em hebraico ('aqav). Isto explica a fala de Esaú no versículo abaixo, que nunca fez sentido para mim em português:
Então disse ele: Não é o seu nome justamente Jacó, tanto que já duas vezes me enganou? (Gênesis 27:36)
No versículo acima Esaú está fazendo um trocadilho com o nome do irmão Jacó. O que ele quis dizer foi o seguinte: "O nome dele não é Jacó porque agarrou em meu calcanhar, mas sim porque já duas vezes me enganou!".
Conclusões finais
Jacó pode tanto significar "Ele Agarrou no Calcanhar" quanto "Enganador". O personagem Jacó na Bíblia, recebe em seu nascimento este nome porque saiu do ventre de sua mãe agarrando no calcanhar de seu irmão Esaú. Este mesmo personagem acabou mais tarde ganhando fama de "Enganador" por ter enganado seu irmão, fazendo com que o primeiro significado do nome ficasse esquecido. Hoje Jacó é mais lembrado como "Enganador" do que a criança que nasceu agarrada no calcanhar do irmão.
JACÓ

Esboço:

I.             O Nome
II.           Israel e Seus Significados
III.         Informes Históricos Sobre Sua Vida
IV.         Seu Caráter
V.           Sentidos Espirituais e Metafóricos
VI.         A Arqueologia e a Vida de Jacó

I.       O Nome

O Jacó do Antigo Testamento era o filho mais novo de Isaque e Rebeca, e o terceiro dos patriarcas hebreus históricos, a saber: Abraão, Isaque e Jacó. Tinha um irmão gêmeo, levemente mais velho que ele, Esaú. Sua íntima identificação com a nação de Israel, que se desenvolveu de sua linhagem, torna-se imediatamente evidente pelo fato de que seu nome foi alterado para Israel, depois do incidente de sua luta com o anjo (Gn 32:28). Dali por diante, a nação inteira de Israel, que se multiplicou partindo dos doze filhos de Jacó, veio a ser assim denominada. O termo hebraico por detrás do nome «Jacó» é Yaakov, provavelmente, uma forma abreviada da palavra que significa «Deus protege». No entanto, em Gn 25:26 o nome é explicado como se significasse «aquele que segura pelo calcanhar», posto que, por ocasião de seu nascimento, Jacó emergiu do útero materno seguran­do o calcanhar de seu irmão gêmeo, Esaú. Daí é que vem o sentido secundário de «suplantador», isto é, «alguém que toma o lugar de outro, mediante astúcia». Isso alude ao incidente em que Jacó, mediante ludibrio, furtou a bênção paterna de Esaú, e por causa do que Jacó obteve ascendência sobre seu irmão gêmeo. O fato de que Esaú também perdeu seu direito de primogenitura para Jacó fez parte dessa atividade dele como suplantador (ver Gn 27:36). Sem dúvida alguma, «Deus protege» é o sentido original do nome, e as outras ideias derivam-se de uma etimologia popular e, talvez, mediante um jogo de palavras: «Este homem, cujo nome é Deus protege, de fato é um agarrador de calcanhar e um suplantador!» A raiz ’qb tem sido encontrada entre os povos dos grupos semitas ocidentais, como os amorreus. O mesmo vocábulo hebraico que tem por base a palavra calcanhar também é um elemento básico do verbo que significa «enganar», provavelmen­te como um termo homófono. Apesar desse nome ter sido encontrado em fontes extra bíblicas, é significati­vo que no Antigo Testamento, à parte do patriarca Jacó, ninguém mais foi chamado por esse nome. No período helenista, entretanto, o nome começou a ser largamente usado. Há mais de trezentas referências a Jacó no Antigo Testamento, e vinte e quatro ocorrências no Novo Testamento. Quase uma quarta parte do volume de Gênesis devota-se diretamente a traçar a biografia de Jacó. E o período de vida desse patriarca ocupa metade do volume do mesmo livro.

II.      Israel e Seus Significados

Quando Jacó lutou com o anjo de Deus e prevaleceu, e então exigiu dele uma benção, tornou-se apropriado a alteração de seu nome de Jacó para Israel. Isso assinalou um significativo avanço em sua vida, em preparação para o desenvolvimento da nação de Israel. O nome Israel faz parte da tradição judaica desde que apareceu pela primeira vez no Antigo Testamento, em Gn 32:28. O anjo deu a Jacó esse novo nome que significa «Deus luta». Naturalmente, deve-se entender que essa luta refere-se ao ato de prevalecer, mediante o qual Jacó recebeu a bênção que desejava, para daí por diante ser considerado um príncipe de Deus, por meio de quem a nação se desenvolveria, debaixo da proteção e bênção especiais de Deus. Portanto, do indivíduo o nome foi transferido a todos os seus descendentes, por meio de seus doze filhos. A antiga designação tornou-se também o nome oficial da restaurada nação, o Estado de Israel. A moderna nação de Israel foi organizada em 1948, sendo um dentre mais de cinquenta estados soberanos que vieram à existência desde o término da Segunda Guerra Mundial.

III.     Informes Históricos Sobre sua Vida

1.      Extensão do material bíblico que versa sobre Jacó. Metade do volume do livro de Gênesis conta a sua história (ver Gn 25—50). Condições e costumes constantes nessa narrativa têm sido ilustrados na literatura não-bíblica, e também através de muitas descobertas arqueológicas. Isso demonstra a autenti­cidade do relato bíblico, e do fato de que Jacó não é nenhuma figura mitológica, inventada para ser o pai de uma nação, conforme se dá no caso dos mitos de vários povos antigos.

2.      As Datas de Jacó. Sua data tradicional aproximada é de 1800 A.C. Porém, é notoriamente problemático encontrar datas precisas para o tempo dos patriarcas hebreus. Correla­ções exatas e explícitas entre o relato de Gênesis e outras narrativas históricas (não-bíblicas), são difíceis de encontrar; e depender das datas que nos são fornecidas nas genealogias é uma maneira precária de fazer qualquer cálculo. Há evidências de que Jacó viveu durante o século XVIII A.C. Nesse caso, ele viveu no tempo da dominação do Egito pelos invasores hicsos. Sua data faria a vida de Abraão ter acontecido nos séculos XX e XIX A.C., havendo evidências bíblicas e arqueológicas em favor disso.

3.      Circunstancias do Nascimento de Jacó. A concepção de Jacó ocorreu como resposta a oração (Gn 25:26). Ele foi o segundo filho gêmeo de Isaque e Rebeca. Seu irmão, levemente mais velho, era Esaú. Nasceu segurando o calcanhar de Esaú, o que, de acordo com uma etimologia popular (e talvez por via de um jogo de palavras), deu-lhe o nome de Jacó. Ver sob a primeira seção quanto a uma completa explicação desse nome. Ver Gn 25:26. O cabeludo Esaú tornou-se um homem que gostava de viver ao ar livre, como bom caçador. Jacó, por sua vez, era homem introvertido e tranquilo, que preferia habitar em tendas (Gn 25:26,27). Houve tensões entre os dois gêmeos desde o seu nascimento. Isaque tinha preferências por Esaú, mas Rebeca tinha em Jacó o seu filho favorito.

4.      Real Relação Entre Jacó e Esaú. Eles nasceram para se tornarem personagens bem diferentes uma da outra, conforme se vê no parágrafo acima. Suas diferenças tornaram-se ainda mais irreconciliáveis quando Esaú vendeu seu direito de primogenitura a Jacó, em troca de um prato de lentilhas cozidas (ver Gn 25:30). Esaú vendeu sua primogenitura em um ato impulsivo, quando não conseguiu caçar nenhum animal; e, estando com muita fome, vendeu aquele direito por tão pouco. Os tabletes de Nuzi confirmam o fato de que o direito de primogenitura podia ser vendido. Os intérpretes percebem uma espécie de indiferença, por parte de Esaú, no tocante ao seu privilégio como primogênito. Seria mesmo difícil explicar por que razão ele fez assim, a menos que ele tivesse alguma atitude básica de indiferença para com seus direitos religiosos. Metaforicamente, isso fala sobre sua indiferença espiritual sobre questões importantes, um sinal típico do homem carnal. Esse foi o primeiro ato suplantador de Jacó a ser registrado na Bíblia, por causa do que ele adquiriu o seu nome. O segundo desses atos ocorreu quando ele enganou seu pai, Isaque, e recebeu a bênção paterna que se destinava a Esaú (Gn 27). Tal bênção, uma vez conferida, não podia mais ser revogada (Gn 27:33 ss), um detalhe igualmente ilustrado nos tabletes de Nuzi. Dessa forma, Jacó tornou-se o porta bandeira da promessa messiânica, e o cabeça da raça eleita, segundo aprendemos em Rm 9:10 ss. Esaú teve de se contentar então com uma bênção secundária, e com territórios menos férteis que aqueles prometidos a Jacó, isto é, Edom. Desnecessário é dizer que Esaú ficou furioso, tornando necessário que Jacó fugisse. Jacó, pois, fugiu para a terra natal de Rebeca, em Padã-Harã (ver Gn 26:41—28:5). Rebeca tinha a esperança que Jacó se casasse com uma mulher dentre a parentela dela, porquanto Esaú se casara com mulheres hititas (ver Gn 26:34 e 27:46).

5.      O Incidente de Betel. A caminho de Berseba para Harã, Jacó parou para descansar, em Betel, que era chamada Luz, antes de receber aquele nome. Ali, Jacó recebeu a visão da escada, com anjos que subiam e desciam pela mesma, posta entre a terra e o céu. Ele ficou sumamente admirado com a divina manifesta­ção, e rebatizou o local com o nome de Betel, «casa de Deus» (Gn 28:18,19). Jacó consagrou uma décima parte de toda a sua renda a Deus (Gn 28:10-22), aparentemente de forma perpétua. Betel ficava cerca de cem quilômetros de Berseba, pelo que esse incidente ocorreu ainda no começo de sua jornada, provavelmente com o propósito de infundir-lhe coragem. A Jacó, pois, foi garantida a proteção divina. O pacto abraâmico foi confirmado com Jacó nessa oportunidade (Gn 28:3,4), pelo que os propósitos divinos estavam em operação, apesar das vicissitudes da vida de Jacó, a respeito de seus fracassos misturados com sucessos. Jacó erigiu um altar ali, e fez seus votos, incluindo o pagamento de dízimos a Yahweh.

6.      Jacó em Harã, Sujeito a Labão. Aproximando-se de Harã, Jacó veio até um poço que havia fora da cidade. Ali conheceu sua prima, Raquel. Imediata­mente amou-a com grande amor, e assim começou um dos maiores romances de amor que há na história antiga. Raquel levou Jacó a Labão, tio dele e irmão de Rebeca. Jacó estava apaixonado por Raquel e concordou em trabalhar para Labão, pelo espaço de sete anos, a fim de tê-la como esposa (Gn 29:1 ss). O trecho de Gn 29:20 revela-nos que Jacó trabalhou durante os sete anos, os quais «...lhe pareceram como poucos dias, pelo muito que a amava». Essa é uma fantástica declaração, na qual eu não teria crido se não a tivesse lido diretamente na Bíblia. Jacó quis receber o seu pagamento, Raquel. Labão concordou, mas, mediante um artifício, pôs Lia em lugar de Raquel, quando o casal se retirou para a tenda deles. Jacó só descobriu que fora ludibriado no dia seguinte, em plena luz do dia. Essa é outra incrível declaração, sobre a qual nem quero comentar. Mas, pelo menos, podemos estar certos de que, naquele momento, Jacó deve ter-se sentido como Esaú, a quem ele havia enganado em proveito próprio. E foi assim que, para desposar Raquel, Jacó teve de comprometer-se que serviria a Labão por outros sete anos, com a diferença que ela lhe foi dada como esposa em antecipação pelo serviço, de tal maneira que, no decurso de uma semana, Jacó estava com duas esposas ao mesmo tempo. E Labão ia prosperando com o fiel trabalho prestado por Jacó, tendo compreendido que a presença de Jacó atraía bênçãos. E Jacó também foi prosperando materialmente, visto que a mão de Deus estava com ele. Rúben, primogênito de Jacó, nasceu de Lia. Três outros filhos de Lia seguiram-se, a saber: Simeão, Levi e Judá. Raquel, sem filhos, deu Bila a Jacó, para que ela tivesse filhos em nome dela. Dessa união, pois, nasceram Dã e Naftali. Zilpa, criada de Lia, tornou-se a segunda concubina de Jacó, e dessa nova união nasceram Gade e Aser, além de uma filha, Diná. Em seguida, Lia deu à luz a Issacar e Zebulom. Finalmente, Raquel teve o muito querido e amado José. Ver Gn 29:1-30:24. Passados mais alguns anos, Raquel também teve a Benjamim. Dessa maneira, encontramos os doze filhos de Jacó, dos quais vieram as doze tribos de Israel. José não se tornou cabeça de alguma tribo; mas seus dois filhos, Manassés e Efraim, tornaram-se cabeças de tribos. Isso daria treze tribos, mas doze é o número tradicional, visto que Levi tornou-se um clã sacerdotal, que não herdou territórios. Assim, quando Levi aparece como uma tribo, então Efraim e Manassés são reputados como a tribo de José (ver Nm 26:28; Js 17:14,17). Em Apocalipse 7:14 ss, Dã é excluído e José substitui a Efraim.

As Esposas e os Filhos de Jacó

Lia                          Raquel

1.      Rúben                  12.    José
2.      Simeão                 13.    Benjamim
3.      Levi
4.      Judá
9.      Issacar
10.    Zebulom
11.    Diná

Bila                         Zilpa

5.                              7.      Gade
6.      Naftali                  8.      Aser

N.B. — Os números indicam a ordem dos nascimentos.

7.      Jacó Parte de Harã. As relações entre Jacó e Labão não demoraram nada a azedar. Jacó sofreu às mãos de seu tio, Labão, o mesmo tratamento que Jacó havia conferido a Esaú, o que mostra que a lei da colheita segundo a semeadura estava operando. Todavia, Labão prosperava, porquanto Jacó era fiel e operoso, e Labão nunca teria abandonado a situação se o próprio Jacó não tivesse desistido. Reunindo sua família e suas propriedades, Jacó partiu de Padã-Harã a fim de retornar à sua terra de Canaã, o que ocorreu em cerca de 1960 A.C. Labão só descobriu a fuga de Jacó ao terceiro dia; mas, quando a percebeu, saiu ao encalço do sobrinho e genro com um grupo armado. Todavia, Deus fez intervenção e advertiu a Labão que não tentasse fazer qualquer mal a Jacó. Assim, não sendo capaz de fazer qualquer coisa de radical, ao alcançar a Jacó, limitou-se a repreendê-lo severamente. Por que Jacó partira secretamente? Por que havia enganado a seu tio? Por que havia levado suas filhas e netos, sem dar-lhe uma oportunidade de despedir-se? E, acima de tudo, por que Jacó cometera o ultraje de furtar seus deuses domésticos (seus santos protetores)?

Dessa vez, pelo menos, Jacó disse a verdade. Ele temia o que Labão poderia querer fazer contra ele. E calculou que, no mínimo, mandá-lo-ia vazio, e que os seus familiares e os seus bens seriam forçados a ficar em Padã-Harã. No tocante aos terafins ou deuses domésticos, Jacó afirmou que não os havia tirado, e que qualquer um que o tivesse feito poderia ser executado. (Raquel não contara a Jacó que ela é quem furtara os tais deuses). Labão procurou e apalpou por toda a parte e nada achou. Raquel estava assentada sobre a sela de seu camelo, e os deuses estavam ocultos debaixo da sela. Ela estava serenamente sentada, com um ar de inocência. E disse a Labão que ele teria de desculpá-la, pois não podia levantar-se, visto que estava menstruada. Os ídolos permanece­ram seguramente ocultos debaixo da sela, porquanto uma mulher, e tudo quanto ela tocasse, era considerado imundo, estando ela nesse período. Pelo menos assim se dava na lei mosaica posterior, e podemos supor que a crença era anterior a essa data.

Jacó ficou observando a busca com grande ansiedade; mas, quando viu que coisa alguma pertencente a Labão havia sido achada, ele então tomou coragem. Era a sua vez de repreender severamente a Labão. Que maldade ele havia alguma vez feito a Labão? Por que o seu salário, durante todos aqueles anos, lhe havia sido negado? Por que Labão mudara para pior o seu salário por dez vezes? Jacó acusou Labão de ser um enganador e um homem duro, dizendo que sabia que se anunciasse a sua intenção de voltar à sua terra, Labão fá-lo-ia regressar de mãos abanando. E, concluindo sua argumentação, Jacó relembrou a Labão que Deus havia aprovado a sua fuga, ao advertir que Labão não deveria tentar tolhê-lo. A discussão perdurou mais um pouco, sem produzir qualquer resultado. Finalmente Labão sugeriu que eles firmassem um acordo. E Jacó concordou. Eles levantaram uma grande pedra, como coluna, e também fizeram um montão de pedras. Esses emblemas eram testemunhas dos termos do acordo. Dessa circunstância é que vieram aquelas imortais palavras: «Vigie o Senhor entre mim e ti, quando estivermos apartados um do outro». Essas palavras têm servido de grande consolo quando pessoas que se amam têm de se separar, provocando muitas lágrimas. Jacó chamou o monumento de Galeed, «monte do testemunho»; e Labão chamou-o de Mizpah, «posto de vigia». Labão também avisou a Jacó de que se ele não cuidasse bem de suas filhas, então entraria em dificuldades. Em seguida, invoca­ram o Deus de Abraão e Naor (avô de Abraão), como testemunha do acordo estabelecido. Jacó jurou pelo Temor de Isaque, nome dado a Yahweh com base na circunstância da bem conhecida reverência de Isaque ao Senhor Deus. Jacó ofereceu sacrifícios e houve um banquete. Eles se banquetearam a noite inteira e, ao amanhecer, os dois partiram cada um em sua direção. Labão, o idoso espertalhão, amava as suas filhas e seus netos, e, com o coração saudoso, beijou-os, abençoou-os e deixou-os partir!

Quão difícil é deixarmos ir os nossos filhos, o círculo familiar desmanchando-se para que se formem outros círculos familiares, e nós avançando em anos! Apesar das grandes disputas, das mentiras, dos enganos e das astúcias, tudo termina da mesma maneira: mais uma daquelas dolorosas separações familiares que a minha própria família, com seus ramos internacionais, tem sofrido por tantas vezes. Ver o capítulo trinta e um de Gênesis, quanto a essa narrativa bíblica.

O Relato é Tão Humano. Houve alguns elementos religiosos distorcidos, houve a velha idolatria que domina tanto ao coração humano, transformando os homens em tolos; houve mentiras, egoísmo, ludíbrios. No entanto, também houve amor; e cada um, à sua maneira, a despeito de seus defeitos, estava cumprindo o desígnio divino. Essa é uma cena em miniatura do próprio drama humano. A fim de estabelecer o acordo que fizeram, tiveram de invocar a Deus como testemunha. Se Deus não for chamado como testemunha dos lances da vida humana, essa vida não terá sentido.

8.      A Presença de Deus. A separação teve lugar, e Jacó, agora uma unidade familiar distinta, começou a viver uma nova fase em sua vida. Ansioso, ele encetou sua nova caminhada. Quase imediatamente em seguida, porém, o quadro ameaçador foi aliviado. Um grupo de anjos encontrou-se com ele no caminho, e Jacó exclamou, admirado: «Este é o acampamento de Deus» (Gn 32:2). E Jacó denominou o lugar de Maanaim, «dois exércitos», evidentemente referindo- se aos dois grupos, o seu próprio grupo, composto por pessoas mortais como ele, que o acompanhavam, e o outro grupo, formado pelos anjos imortais. Temos aí uma ótima lição, ensinada com maiores detalhes no décimo primeiro capítulo da epístola aos Hebreus. O grupo imortal cuida do grupo mortal e o guia pelo caminho.

9.      O Antigo Problema Entre Jacó e Esaú. A fuga de Jacó necessariamente fá-lo-ia atravessar o território ocupado por Esaú. Por essa razão, enviou mensagei­ros à sua frente, que anunciassem sua aproximação. Jacó temia tanto por sua vida como pelas vidas dos seus, segundo se vê em Gn 32:6-8. E então soube que Esaú estava vindo ao seu encontro com uma companhia de quatrocentos homens, o que, para Jacó, representava um poderoso e hostil exército. Fora capaz de enfrentar a Labão, com a ajuda de Deus; mas, poderia enfrentar a Esaú? A vida é assim. Nenhuma vitória é definitiva e vence a guerra. Precisamos avançar para novos conflitos, procurando obter novas vitórias.

Em seu temor e aflição, Jacó fez a única coisa ao seu alcance. Voltou-se para Deus, para que o livrasse. Em oração, lembrou ao Senhor que ele é quem o enviou naquela jornada de retorno à sua terra natal. Lembrou-O acerca do pacto abraâmico, e da parte do Senhor nesse pacto. Agora, restava Deus cumprir tudo quanto havia dito, visto que Jacó estava impotente, diante de Esaú que se aproximava.

10.    Jacó Toma-se Israel. Jacó traçou planos elaborados para salvar o máximo que pudesse, no caso de Esaú promover um massacre (Gn 32:16 ss). Porém, o método de Deus era simples. Quando Jacó estava sozinho, veio ao seu encontro um anjo, e começou uma furiosa luta física. Essa luta durou a noite inteira. Jacó era forte, e o anjo não era capaz de vencê-lo. Portanto, tocou no nervo de sua coxa e a deslocou, embora a luta tivesse continuado. Quando a madrugada chegou, Jacó anunciou que não deixaria o «homem» ir-se embora, a menos que o abençoasse (Gn 23:26). Dessa bênção é que se derivou a mudança do nome de Jacó, o suplantador e enganador, para Israel, fazendo com que Jacó se tornasse um príncipe diante de Deus, aquele que se esforça e prevalece em suas lutas (Gn 32:28). Jacó tornou-se alguém dotado de poder diante de Deus. Jacó chamou o lugar onde isso ocorreu de Peniel, ou seja, «face de Deus», pois, ao defrontar-se com o Anjo do Senhor, isso foi a mesma coisa que se ter defrontado com o próprio Deus e, no entanto, a sua vida fora preservada. Ele quis saber a identidade do anjo, mas essa identidade não lhe foi conferida. Assim, podemos passar por grandes experiências místicas, mas muitas coisas continuam ocultas de nós.

11.    Jacó e Esaú Encontram-se. Chegou o dia de prestação de contas. Aproximou-se a companhia que vinha com Esaú. Jacó, temeroso, enviou à sua frente suas esposas e seus filhos, a fim de tentar tocar o coração de Esaú e fazê-lo sentir misericórdia. Porém, tudo era desnecessário. Esaú não estava mais irado. Os anos haviam varrido sua ira e amargura. E tudo se resumiu em uma daquelas tocantes reuniões de família, após tantos anos de separação. Esaú nem ao menos estava interessado nos liberais presentes que Jacó lhe oferecia. Respondeu que tinha de sobra. Portanto, todos os elaborados planos de Jacó para aplacar seu irmão, foram inúteis. Deus já havia cuidado da situação. Nesse ponto do relato, encontramos outro grande versículo que deveria servir de modelo em todas as relações domésticas: Jacó humilhou-se diante de Esaú e prostrou-se por sete vezes; mas Esaú não poderia ter dado menor atenção às homenagens. «Esaú correu-lhe ao encontro, lançou-se lhe ao pescoço e o beijou; e eles choraram» (Gn 33:4). O antigo conflito e o coração iracundo desapareceram subitamente, e o amor cobriu uma multidão de pecados.

Esaú observou o grande número de pessoas que estavam em companhia de Jacó, suas esposas, seus filhos, seus criados e todos os animais. Admirado, indagou quem era toda aquela gente. Jacó falou-lhe sobre como Deus o havia feito prosperar; e isso é o que explica todas as boas coisas que acontecem conosco. Então Jacó forçou Esaú a aceitar alguns generosos presentes, que Esaú aceitou com relutância. Jacó afirmou: «...aceita o presente da minha mão; porquanto tenho visto o teu rosto, como se tivesse visto o rosto de Deus, e tu te agradaste de mim» (Gn 33:10).

Pouco depois, os dois irmãos separaram-se em paz e amizade, o que prevaleceu durante todo o resto de suas vidas. E não se encontraram de novo senão quando chegou o tempo de sepultar o pai deles, Isaque, na sepultura da família (Gn 35:29).

12.    Jacó Retoma a Betel. Jacó entrou em conflito com os habitantes de Siquém. Sua filha, Diná, foi violentada, e dois dos filhos dele vingaram-se sanguinariamente dos homens daquele lugar, quase exterminando-os (Gn 34). Mediante uma ordem divina, Jacó voltou a Betel. Ali é que ele tinha visto os anjos subindo e descendo pela escada que ia da terra ao céu, há mais de vinte anos, e erigira um altar em honra a Yahweh. Mas, antes de encetar viagem, ordenou que todos quantos estavam em sua companhia que se desfizessem de seus deuses estrangeiros e se purificassem. Podemos supor que foi nessa ocasião que foi dado sumiço aos ídolos do lar que Raquel trouxera de Padã-Harã. Todos os ídolos foram enterrados sob um carvalho, perto de Siquém; e, pouco depois, Deus renovou o pacto abraâmico com Jacó, em Betel.

13.    Perda de Duas Vidas Queridas. Em viagem entre Betel e Efrata, Raquel, a amada esposa de Jacó, morreu de parto, ao dar à luz seu segundo filho, Benjamim (Gn 35:20). Não demorou muitos anos para José ser vendido como escravo pelos seus próprios irmãos; e Jacó foi enganado por seus filhos, os quais disseram que tinham encontrado uma peça do vestuário de José, toda ensanguentada, dando a entender que teria sido morto por alguma fera. Ver Gn 37. Nesta vida, depois de algumas alegrias, sempre há algumas lágrimas; e ninguém está isento de inevitáveis sofrimentos neste mundo.

14.    Os Filhos de Jacó Descem ao Egito. Veio a fome, e todos padeceram muito. No Egito, mediante seu dom profético, José soubera da aproximação do período de fome, tendo interpretado corretamente os sonhos de Faraó. Assim, em meio ao flagelo da natureza, os egípcios tinham abundância de víveres. E Jacó enviou seus filhos ao Egito, para adquirirem alimentos, tendo conservado em sua companhia somente a Benjamim (seu favorito, na ausência de José), temendo que alguma tragédia também o atingisse. Os filhos de Jacó retornaram com bom suprimento de cereais, mas informaram a Jacó que o oficial que tinham visto no Egito pensara que eles eram espiões; e, como prova de que não eram, havia exigido que levassem a seu irmão mais novo, Benjamim, na próxima vez em que descessem ao Egito. Naturalmente, esse oficial era José, embora seus irmãos ainda não tivessem descoberto isso.

Pressionados no Egito, e sob suspeita, eles lembraram seu crime de terem vendido José como escravo. Simeão foi retido no Egito, como garantia da volta dos demais irmãos. A fome continuou e o suprimento de alimentos se esgotou. Tornava-se necessária outra viagem, e assim Jacó, com relutân­cia, permitiu que Benjamim também fosse com eles, dessa vez. E os irmãos de José chegaram novamente ao Egito. Foi conseguido um encontro com José, a quem seus irmãos conheciam somente como um duro oficial egípcio. Simeão foi solto, e todos os irmãos de José estavam presentes. Quando José viu Benjamim, seu único irmão que não era meio-irmão, filho de sua mãe, Raquel, deixou-se dominar pela emoção e teve de fazer uma retirada estratégica, para não chorar diante de todos. Controlou-se e voltou, e foi servido um banquete. Finalmente, os irmãos de José foram despedidos e partiram. Mas a taça de prata de José havia sido posta ocultamente na sacola de Benjamim. Essa taça seria usada para adivinhações, no dizer de José, não havendo certeza se ele disse isso para fingir-se um egípcio ou se ele usava mesmo a tal taça como uma espécie de bola de cristal. Assim, um grupo de homens saiu ao encalço dos irmãos de José e, feita uma busca, encontrou-se a taça na saca de Benjamim. E, por causa do crime, Benjamim foi declarado escravo. Judá fez então uma longa exposição, procurando convencer o «oficial egípcio» a aceitá-lo em lugar de Benjamim; pois a permanência de Benjamim no Egito fatalmente faria o pai deles morrer de tristeza. José estava iniciando uma longa e elaborada charada; mas, de súbito, vencido por suas emoções, mandou para fora todos os circunstantes, exceto os seus irmãos. Então José prorrompeu em choro, em voz alta, de modo que os egípcios ouviram tudo. Então José anunciou sua verdadeira identidade, dizendo: «Eu sou José. Vive ainda meu pai?» E os seus irmãos não sabiam como responder, tão pasmos estavam diante dele (ver Gn 45:3). Sentiam-se consternados, uns miseráveis, sentindo todo o peso de seus pecados; José, entretanto, consolou-os, assegu­rando-lhes que o desígnio de Deus é que permitira que tudo aquilo acontecesse, a despeito dos maus propósitos que tinham inspirado o ato deles, ao vender seu próprio irmão como escravo.

«Sabemos que todas as coisas concorrem para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito» (Rm 8:29).

15.    Jacó Desce ao Egito. Quando Faraó e outros oficiais egípcios souberam que os irmãos de José estavam entre eles, ficaram muito satisfeitos e sugeriram que Jacó fosse chamado ao Egito, onde poderia desfrutar de grande abundância. Os irmãos de José apressaram-se a voltar à Terra Prometida; e, ali chegando, contaram a Jacó a incrível história de José. E, como eles haviam trazido de volta provas palpáveis de que José estava vivo, Jacó, finalmente, deixou-se convencer de que seus filhos estavam dizendo a verdade. O quadragésimo sexto capítulo de Gênesis relata a descida de Jacó ao Egito.

Após algum tempo, a bonança haveria de transformar-se em um longo período de servidão, a outra casa reinante do Egito. Os descendentes de Jacó multiplicaram-se no Egito, formando uma numerosa nação. Mas foi preciso Moisés surgir a fim de Deus pôr fim à escravidão dos filhos de Israel.

O capítulo quarenta e nove de Gênesis registra as bênçãos proferidas por Jacó a seus filhos, e o último versículo daquele capítulo registra sua morte. E o último versículo do último capítulo de Gênesis registra a morte de José. Jacó faleceu com a idade de cento e quarenta e sete anos (ver Gn 45:28), em cerca de 1854 A.C. Seu corpo foi embalsamado e transportado com grande cuidado para a terra de Canaã, sendo sepultado no sepulcro da família, onde já estavam seus genitores e sua esposa Lia, na caverna de Macpela (Gn 50:1-13). No entanto, quando José morreu, o seu corpo foi embalsamado e posto em um esquife, no Egito.

O cativeiro de Israel no Egito perdurou por cerca de quatrocentos e trinta anos, de acordo com o texto hebraico; mas apenas duzentos e quinze anos, de conformidade com a Septuaginta. Ver Êx 12:40. Estêvão, em Atos 7:6, arredonda esse número para quatrocentos anos. Pouco antes de morrer, José fez seus irmãos prometerem que, quando saíssem do Egito, levariam consigo o seu corpo. Essa promessa foi cumprida por Moisés (Êx 13:19). E seus ossos foram finalmente sepultados em Siquém (Js 24:32), no sepulcro da família, com o resto dos mortos da família patriarcal.

IV.     Seu Caráter

A primeira coisa que nos impressiona na vida de Jacó é que, apesar de suas fraquezas e fracassos, em muitas oportunidades ele teve experiências místicas que em muito alteraram o curso de sua vida. O propósito dessas experiências não era apenas o de abençoá-lo pessoalmente, pois também envolvia a nação de Israel e, finalmente, a promessa messiânica. Jacó mostrou-se muito afetuoso com a sua família. E herdou a astúcia de Rebeca, que também era própria de seu tio, Labão. Havia momentos em que Jacó perdia o ânimo; mas logo se lançava aos cuidados de Deus. Foi homem que passou por muitas provações e recuos, embora também tivesse alcançado vitórias súbitas e gloriosas. Sua desonestidade e astúcia eram neutralizadas por seus momentos de grandes vitórias e avanços espirituais. Sua história é o relato de um homem que, começando sua vida como suplantador e enganador, terminou sendo um príncipe diante de Deus, mediante o propósito remidor.

V.      Sentidos Espirituais e Metafóricos

1.      Os vários incidentes da vida de Jacó foram muito usados nos escritos judaicos a fim de ilustrar grandes e numerosas lições espirituais. Temos indicado algo sobre isso, ao longo deste artigo.

2.      O Talmude usa a vida de Jacó para ilustrar a vida da própria nação de Israel. Sua vida é ali entendida como emblemática da sorte do povo de Israel. Motivos morais são vistos em todos os seus atos, e muitos detalhes lendários têm ornado o relato do Antigo Testamento, como acréscimos tradicionais. Assim como Jacó teve muitos momentos de triunfo e de derrota, mas Deus sempre esteve com ele, intervindo por ele, sempre que necessário, assim também tem acontecido à nação de Israel, ao longo dos séculos.

3.      Há vinte e quatro referências a Jacó no Novo Testamento, algumas das quais visam a ensinar-nos alguma lição espiritual. Ver especialmente At 7:8—16, que contém um sumário da vida de Jacó. Ver também Rm 9:10 ss e Hb 11:20,21, onde Jacó aparece como um modelo da vida de fé.

4.      A transformação de Jacó em Israel ilustra como o homem não-remido, dotado de um caráter moral questionável, pode tornar-se um príncipe diante de Deus, mediante o propósito remidor.

5.      A vida de Jacó ilustra como o plano divino mostra-se ativo, no caso de indivíduos e de nações, de tal modo que o valor da vida é garantido, bem como, finalmente, uma digna realização.

6.      Usos Figurados com o Nome de Jacó: O Deus de Jacó é o Deus de Israel (Êx 3:6; 4:5; II Sm 23:1; Sl 20:1; Is 24). Deus também é denominado de «o poderoso de Jacó» (Sl 132:2). A casa de Jacó corresponde à nação de Israel (Êx 19:3; Is 2:5,6; 8:17). O povo judeu está em foco, nas seguintes expressões: a semente de Jacó (Is 45:19; Jr 33:26), os filhos de Jacó (I Rs 18:31; Mq 3:6), ou simplesmente, Jacó (Nm 23:7; 10:23; 24:5). «Em Jacó» significa «entre o povo judeu».

VI.     A Arqueologia e a Vida de Jacó

Em Nuzi, entre 1925 e 1941, foram descobertos cerca de quatro mil tabletes de argila, ilustrando certos aspectos dos relatos sobre os patriarcas hebreus, sobretudo Jacó. Naturalmente, a luz se projetou mais sobre aquela área da Mesopotâmia, com o resultado que se sabe mais sobre aquela região do que sobre qualquer outra região da Mesopotâmia. Nuzi ficava cerca de catorze quilômetros e meio a oeste da moderna cidade de Kirkut, na parte nordeste da Mesopotâmia, no atual Iraque, e cerca de cento e sessenta quilômetros da fronteira com o Irã, mais para nordeste. Os tabletes ali achados tratam sobre cidadãos comuns, em contraste com os de Mari, que abordavam a família real.

Ilustrações dos Tabletes de Nuzi sobre a Vida Patriarcal nos Dias Bíblicos:

1.      Adoção. Não há relato direto de adoção, no Antigo Testamento; mas Abraão, antes de Isaque ter nascido, pensou em fazer de Eliezer de Damasco seu filho e herdeiro adotivo (Gn 15:2). A lei de Israel não tem qualquer provisão sobre adoções; mas em Nuzi essa questão era regulamentada por lei. Um homem sem filhos podia adotar um filho que levasse avante o nome e a herança da família. Alguns veem um certo paralelo no relacionamento entre Labão e Jacó (Gn 29—31), como se houvesse entre eles uma situação de adoração. Um filho adotivo podia tomar como esposa uma filha de seu pai adotivo, mas não podia tomar uma segunda esposa, fora do círculo da família. O paralelo disso com o caso de Labão e Jacó é duvidoso.

2.      A Venda da Primogenitura. Isso tem um paralelo direto com as leis mencionadas no material encontra­do em Nuzi. Os privilégios de um filho primogênito podiam ser transferidos para outro. Isso envolvia tanto um filho adotivo como um filho autêntico. Em certo caso mencionado, o direito de primogenitura foi vendido em troca de três ovelhas, mais do que o preço pago por Jacó a Esaú, mas, mesmo assim, bastante humilde.

3.      Os Deuses Domésticos, ou Terafins. Raquel ansiava por assenhorar-se daqueles ídolos, que representavam os deuses da família (Gn 31:34). Os tabletes de Nuzi esclarecem que a possessão desses ídolos emprestava o direito de liderança da família, bem como a herança paterna. Labão tinha filhos para quem a herança seria transmitida. Ficava subenten­dido que Jacó, se ficasse com aqueles ídolos, poderia suplantar novamente a seus cunhados, obtendo a maior parte da herança deixada por Labão. É perfeitamente possível, pois, que os motivos de Raquel fossem econômicos, e não meramente religiosos. Isso permite-nos ver a natureza séria da ofensa. Ver Gn 31:19,30,35.

4.      O Nome Jacó. O sentido básico desse nome é que El (Deus) proteja (no hebraico, Ya' qub el). Esse nome tem sido encontrado em tabletes do século XVIII A.C., descobertos em Chagar Bazar, no norte da Mesopotâmia. O nome Jacó também foi encontra­do como nome locativo, na lista de lugares de Tutmés do século XV A.C.

5.      As Criadas de Lia e Rebeca. Os críticos têm duvidado do relato sobre como Labão deu criadas às suas duas filhas, criadas essas que, posteriormente, tornaram-se concubinas de Jacó. Eles supõem que tais informes são interpolações posteriores, com base no documento chamado S (sacerdotal). Todavia, os tabletes de Nuzi ilustram o costume.

6.      Os Nomes Divinos. Os tabletes de Mari, em escrita cuneiforme, em número de cerca de vinte mil, ilustram os nomes divinos que figuram no livro de Gênesis, falando sobre Yam-Addu e sobre Yawi-el, que seriam paralelos de Yahweh e El, nomes comuns dados a Deus, no Antigo Testamento.

7.      Vida Nômade. Os tabletes de Mari também ilustram a vida nômade dos habitantes da região da Mesopotâmia, a saber, os caneanos, suteanos e benjamitas, e isso lança alguma luz sobre as vidas dos patriarcas hebreus e, mais tarde, as vagueações do povo de Israel pelo deserto.

Bibliografia. AM E GC)R(1940) GOR(1937) GORD HUN MILL ND UN Z


I- QUEM ERA JACÓ

1. O filho mais novo de Isaque. Seu nome, em hebraico, é Yaakov e significa "Deus protege". Ele integra a lista dos três patriarcas hebreus, que marcaram a história de Israel: Abraão, Isaque e Jacó. Sua história foi pontilhada de episódios dramáticos desde o seu nascimento. Deus ouviu as orações de Isaque, pois Rebeca era estéril (Gn 25.21 E Isaque orou insistentemente ao Senhor por sua mulher, porquanto era estéril; e o Senhor ouviu as suas orações, e Rebeca sua mulher concebeu.). O texto diz que, no ventre, havia uma luta entre os bebés (Gn 25.22 E os filhos lutavam dentro dela; então disse: Se assim é, por que sou eu assim? E foi perguntar ao Senhor. Gênesis 25:21,22). Jacó nasceu agarrado ao calcanhar do seu irmão. Diante disso, o seu nome passou a ter o significado de "aquele que segura pelo calcanhar" ou "suplantador".

[Comentário: Os gêmeos Esaú e Jacó, filhos de Isaque e Rebeca, nasceram em Beer-Laai-Roi, no Neguebe, extremo sul de Canaã. Estavam ainda no ventre da mãe quando o Senhor disse a Rebeca: “...o mais velho servirá ao mais moço”. Por nascer primeiro, Esaú tinha o direito da primogenitura e a bênção patriarcal. Porém, Deus escolheu Jacó e o fez sucessor de Abraão e de Isaque na linhagem patriarcal e messiânica. Jacó ganhou sua benção-herança merecida de Isaque (Gn. 27:28-29). Mais tarde Isaque abençoou Esaú através de uma profecia sobre a grandeza de Esaú, mas não tinha nada de substância para lhe dar (vv. 37,39). Ele tinha dado a Jacó a benção completa, não deixando nada para Esaú. Ao dar a Jacó a plena herança, crendo que Jacó era Esaú, Isaque tinha necessariamente deserdado Esaú, pensando que estava deserdando Jacó.]



















2. O preferido de sua mãe. Isaque tinha preferência por Esaú, por que gostava da caça. Mas Rebeca amava mais Jacó, por ser "varão simples, habitando em tendas" (Gn 25.27,28 E cresceram os meninos, e Esaú foi homem perito na caça, homem do campo; mas Jacó era homem simples, habitando em tendas.
E amava Isaque a Esaú, porque a caça era de seu gosto, mas Rebeca amava a Jacó.
Gênesis 25:27,28). Quando Isaque quis dar a bênção a Esaú, o primogênito (Gn 27.1-5), Rebeca, numa demonstração clara do seu caráter astucioso, chamou Jacó e o induziu a enganar seu pai (Gn 27.11,12,14,15). Enganado, Isaque abençoou Jacó (Gn 27.27-29). Ao retornar da caça, Esaú descobriu que seu irmão tomara sua bênção. Desesperado, recebeu do pai uma bênção menor (Gn 27.39,40). Cheio de ódio, planejou matar seu irmão (Gn 27.41). Jacó teve que fugir ameaçado por Esaú. Isaque percebeu que Deus tinha um plano na vida de Jacó, e o despediu com uma bênção profética de grande significado (Gn 28.1-4 E Isaque chamou a Jacó, e abençoou-o, e ordenou-lhe, e disse-lhe: Não tomes mulher de entre as filhas de Canaã;
Levanta-te, vai a Padã-Arã, à casa de Betuel, pai de tua mãe, e toma de lá uma mulher das filhas de Labão, irmão de tua mãe; E Deus Todo-Poderoso te abençoe, e te faça frutificar, e te multiplique, para que sejas uma multidão de povos; E te dê a bênção de Abraão, a ti e à tua descendência contigo, para que em herança possuas a terra de tuas peregrinações, que Deus deu a Abraão.
Gênesis 28:1-4).

[Comentário: A lei da herança nos ajuda a responder a questão ética e judicial: foi errado Rebeca e Jacó enganar a Isaque? A resposta é não, não foi errado. A cegueira física de Isaque refletia seu julgamento moral. Jacó e Rebeca tomaram vantagem de sua fraqueza física para sobrepujar a sua fraqueza moral. Eles estavam encarando um velho moralmente cego, que não reconheceria a legitimidade da profecia de Deus feita à Rebeca sobre os dois filhos e a respectiva linha pactual deles, nem honraria a venda que Esaú fez de sua primogenitura a Jacó. Isaque estava disposto a desafiar Deus por causa de seu deleite no sabor de uma carne ensopada (Gn. 27.3-4). Nisso, Isaque foi tão míope quanto Esaú quando vendeu sua primogenitura por um ensopado de lentilhas. Rebeca estava moral e legalmente justificada em arruinar o plano vil do seu marido de deserdar Jacó, e através desse ato de rebelião, deserdar a semente pactual prometida por Deus. Deus tinha especificado para ela que filho deveria herdar. Isaque estava em rebelião! http://www.monergismo.com/textos/etica_crista/rebeca-jaco-enganaram_north.pdf]








3. O preferido de Deus. A escolha de Jacó é um caso especial de presciência divina face aos desígnios de Deus. Deus não tem filhos privilegiados, nem escolhe uns para a salvação e outros para a condenação, pois tal atitude contrariaria frontalmente o seu caráter santo, justo e bom. Seria uma terrível discriminação por parte de Deus que condena quem faz acepção de pessoas (Tg 2.9; 1Pe 1.17 17 E, se invocais por Pai aquele que, sem acepção de pessoas, julga segundo a obra de cada um, andai em temor, durante o tempo da vossa peregrinação,). Mas, em sua soberania, em casos especiais, Ele escolhe pessoas para serem instrumentos de sua vontade diretiva. Jacó foi um desses escolhidos, ainda no ventre (Rm 9.9-13).

[Comentário: A referência “amei a Jacó e odiei a Esaú” é uma citação do livro de Malaquias 1.1-4. Em Malaquias, esses nomes representam os povos que descenderam de Jacó, e os que descenderam de Esaú, os edomitas. Em vista de que os edomitas haviam perseguido os judeus, Deus disse:“desolarei a vossa terra...” Deus prometeu o direito de primogenitura a Jacó. Significava isso que Esaú não podia salvar-se? Logicamente não. Em parte alguma das Escrituras lemos que Esaú não podia ser salvo. Esaú de fato buscou o direito de primogenitura com lágrimas, e foi incapaz de obtê-lo, mas em parte nenhuma a Bíblia diz que ele não poderia salvar-se. Na realidade, a Bíblia diz é que Deus amoleceu o seu coração para com o irmão, e ele o acolheu no fim de sua vida (Gênesis 33.4). Extraído do site: http://www.cacp.org.br/amei-a-jaco-me-aborreci-de-esau/. Hernandes Dias Lopes escreve: “Jacó recebeu um nome que foi o espelho da sua personalidade: enganador, suplantador. Ele nasceu segurando no calcanhar do seu irmão. Ele aproveitou um momento de fraqueza do seu irmão, para arrancar-lhe o direito de primogenitura. Ele aproveitou um momento de cegueira do seu pai, para mentir para ele e se passar como se fosse Esaú. Ele mentiu em nome de Deus e roubou a bênção que Isaque intentava dar a Esaú. Jacó tinha um comportamento reprovável. Ele enganou, mentiu, traiu. Mas a despeito de quem era, Deus o amou e continuou investindo na sua vida.
• Assim é o amor de Deus por nós. Ele nos ama apesar de nós. Temos pecado contra ele, mas ele continua nos amando e investindo em nós.” http://hernandesdiaslopes.com.br/portal/jaco-um-homem-a-quem-deus-nao-desiste-de-amar/.]







Amei a Jacó me aborreci de Esaú
A explicação dos defensores da dupla predestinação é engenhosa. Como Deus preferiu Jacó e rejeitou Esaú, logo, Deus salva alguns e rejeita outros. Porém, não é essa a exata interpretação do texto.
Em Romanos 9.9 a 13, o apóstolo Paulo usa o trecho de Gn 25:23 associando detalhes de Malaquias 1:1-4. Na referência o uso é menos pessoal e mais nacional. «Amei a Jacó, porém me aborreci de Esaú». Deve ser isto interpretado no sentido de duas nações, não dos indivíduos, segundo se deduz da referência original das duas citações do Velho Testamento (Gn 25.23; Mal. 1.2,3). Jacó, o mais novo, teria um papel mais importante que o do irmão Esaú. Deus o escolheu  para ser o ancestral do Messias. Esaú, citado em Hebreus 12.16 como  “impuro” e “profano”, perdeu seu direito de primogenitura. Contudo, nada se diz dele ter perdido sua salvação. A escolha de seu irmão Jacó para um papel de destaque não significava que ele, Esaú, devesse perder sua salvação. Esaú e seus descendentes, os edomitas, não tiveram a mesma importância histórica que tiveram Jacó e os israelitas. Foram ”vasos para desonra”, ou “vasos com menos honra” (Rm 9.21).
Além disso, «amor» e «aborrecimento» não são fundamentos de eleição, como nós entendemos estes sentimentos subjetivos. Deus não é arbitrário em Sua escolha e não pode ser acusado de favoritismo irracional. Os termos sentimentais indicam antes uma função e um destino nacionais. Judá, e não Edom, foi eleito para a revelação progressiva na história. Israel deveria ser o veículo das bênçãos espirituais para as outras nações, e, nesse sentido, se tornar a mais elevada de todas as nações. Mas mesmo diante do aparente fracasso da nação predestinada,  o pináculo de tudo foi ocupado pelo Messias, o qual veio ao mundo por intermédio de Israel. Em nenhum momento da interpretação o texto bíblico sugere tratar-se da salvação e perdição de alguém,  Portanto, é lícito afirmar que essa referência dupla se aplique as duas nações, bem como as bênçãos espirituais, e não a salvação individual. E além disso nada mais é dito no texto, senão que “o mais moço será servo do mais velho” (v.12).
Literalmente, Esaú nunca serviu a seu irmão Jacó. Quando é dito em Romanos 9:12 que “o mais velho servirá o mais novo”, a profecia somente teve cumprimento com os seus descendentes.
Como foi dito, a referência  “amei a Jacó e odiei a Esaú” é uma citação do livro de Malaquias 1.1-4. Em Malaquias, esses nomes representam os povos que descenderam de Jacó, e os que descenderam de Esaú, os edomitas. Em vista de que os edomitas haviam perseguido os judeus, Deus disse:“desolarei a vossa terra. . .”
Direito de primogenitura e salvação
Deus prometeu o direito de primogenitura a Jacó. Significava isso que Esaú não podia salvar-se? Logicamente não. Em parte alguma das Escrituras lemos que Esaú não podia ser salvo.
Esaú de fato buscou o direito de primogenitura com lágrimas, e foi incapaz de obtê-lo, mas em parte nenhuma a Bíblia diz que ele não poderia salvar-se. Na realidade, a Bíblia diz é que Deus amoleceu o seu coração para com o irmão, e ele o acolheu no fim de sua vida (Gênesis 33.4).
Nada há absolutamente nas Escrituras que tome esse verso de Romanos 9 para aplica-lo ao destino eterno de indivíduos.
Encontraremos no céu crentes tanto de Edom (Am 9.12) quanto do país vizinho, Moabe (Rt 1), assim como haverá pessoas no céu de toda tribo, raça, língua, povo e nação (Ap 7.9).








Jacó, um homem a quem Deus não desiste de amar
Referência: Gênesis 32.22-32; Oséias 12.3-4


INTRODUÇÃO
• Deus não abre mão de você. O seu amor por você é determinado, incansável, vencedor. Não depende de quem você é nem de como você se comporta. O amor de Deus por você é eterno. A causa do amor de Deus por você, não está em você, mas nele mesmo.
• A vida de Jacó nos ilustra essa verdade de forma gloriosa. Vejamos:

I. DEUS AMA A JACÓ, A DESPEITO DE JACÓ
1. Deus amou e escolheu Jacó antes dele nascer – Gn 25:23; Ml 1:2
• O amor de Deus por você não é causado por fatores externos. Deus o amou e o escolheu soberanamente, livremente, independente dos seus méritos. Deus disse para Rebeca: “O mais velho servirá o mais moço” (Gn 25:23).
• Deus disse que o seu amor por Jacó foi um amor incondicional: “Eu vos tenho amado, diz o Senhor; mas vós dizeis: Em que nos tem amado? Não foi Esaú irmão de Jacó? Disse o Senhor; todavia amei a Jacó, porém aborreci a Esaú” (Ml 1:2). Deus nos escolheu em Cristo não por causa das nossas obras, mas para as boas obras; não porque éramos obedientes, mas para a obediência. Deus nos escolheu quando éramos pecadores, quando estávamos mortos. Ele colocou o seu coração em nós, antes mesmo da fundação do mundo, antes dos tempos eternos.
2. Deus amou a Jacó a despeito de seus pecados – Gn 25:23
• Jacó recebeu um nome que foi o espelho da sua personalidade: enganador, suplantador. Ele nasceu segurando no calcanhar do seu irmão. Ele aproveitou um momento de fraqueza do seu irmão, para arrancar-lhe o direito de primogenitura. Ele aproveitou um momento de cegueira do seu pai, para mentir para ele e se passar como se fosse Esaú. Ele mentiu em nome de Deus e roubou a bênção que Isaque intentava dar a Esaú. Jacó tinha um comportamento reprovável. Ele enganou, mentiu, traiu. Mas a despeito de quem era, Deus o amou e continuou investindo na sua vida.
• Assim é o amor de Deus por nós. Ele nos ama apesar de nós. Temos pecado contra ele, mas ele continua nos amando e investindo em nós.
3. Deus revelou-se a Jacó a despeito da sua crise – Gn 28:10-17
• Jacó estava em crise. Ele mentira para o pai em nome de Deus. Tomara os destinos da sua vida em suas próprias mãos, duvidando do propósito do Senhor. Enganara o seu irmão Esaú. Agora, para salvar sua vida, precisa fugir.
• Deus toma a iniciativa e revela-se a ele em Betel. Deus era o Deus de Abraão e Isaque, mas ainda não o Deus de Jacó.
• Deus faz promessas a Jacó a despeito de Jacó ainda não conhecer a Deus pessoalmente. Deus promete estar com ele, guardá-lo, ampará-lo. Jacó tem uma experiência profunda em Betel, Casa de Deus, mas ainda não com Deus.
• Talvez você já tenha tido grandes experiências do poder de Deus. Talvez você já teve experiências tremendas na casa de Deus. Talvez você já ouviu sobre as promessas de Deus. Mas você ainda não teve um encontro transformador com o Senhor.
4. Deus abençoou Jacó a despeito de Jacó ainda não ser salvo – Gn 28:10-17
• Deus abençoou Jacó dando-lhe companhia, proteção e prosperidade. Deus fez de Jacó um homem próspero: dando-lhe uma grande família e muitos bens. Deus estava cercando a vida de Jacó com bênçãos especiais. Mas Jacó ainda não estava salvo.
• Da mesma forma, Deus tem nos abençoado. Ele tem nos guardado. Ele tem nos dado o pão de cada dia. Ele tem nos dado a família. Deus tem lhe dado saúde, família, bens. Mas você já está salvo? Você já teve um encontro profundo com Deus?
II. DEUS CONFRONTA JACÓ NA HORA DA SUA MAIOR ANGÚSTIA

1. Jacó mentiu para o pai, enganou o irmão, mas não conseguiu apagar as chamas de sua própria consciência culpada – Gn 32:10-11
• Os anos não conseguiram apagar o drama existencial vivido por Jacó. A sua crise com Esaú ainda estava acesa no coração. Agora ele está de volta. Agora precisa encontrar-se com Esaú. O medo lhe vem ao coração. A culpa o assola. Ele que viveu a vida fugindo, precisa agora enfrentar a situação. Ele não pode fugir de si mesmo e por isso fica só. Ele tem que olhar no espelho da sua própria alma e contemplar de fato quem ele é: um suplantador.
2. Deus começa a lutar com Jacó – Gn 32:24
• Deus quer transformar Jacó. Deus não abre mão da vida de Jacó. Deus toma a iniciativa. Ele começa a luta. O encontro de Jacó com Deus não pode ser mais adiado. Ter as bênçãos de Deus não é suficiente. Jacó precisava ter uma experiência pessoal e profunda com o próprio Deus. Mas é Deus quem toma a iniciativa.
• Deus não desiste de você. Hoje você precisa atravessar o seu Jaboque. Deus está no seu encalço. Ele não abre mão da sua vida. Ele ama você. Ele tem investido em você. Ele tem abençoado a sua vida. Mas, agora ele quer o seu coração. Se preciso for, ele vai lutar com você, para conquistar o seu coração, porque ele não pode abrir mão do direito de ter você.
3. Deus não desiste de Jacó, a despeito da resistência de Jacó – Gn 32:24b-25
• Jacó lutou a noite toda. Ele não queria ceder. Ele não queria entregar os pontos. Ele mediu força com força, poder com poder, destreza com destreza. Jacó era um caso difícil. Um coração duro, um homem difícil de se converter. Mas, Deus não abandonou Jacó por isso. O mesmo Deus que vinha abençoando Jacó a vida toda, agora luta com ele a noite toda.
• Deus tem lutado com você também. Deus tem colocado intercessores no seu caminho. Ele tem colocado pregadores diante de você. Você tem escutado muitas vezes a voz de Deus. Não endureça o seu coração.
4. Deus feriu Jacó, a fim de não perder Jacó para sempre – Gn 32:25
• Deus deixou Jacó aleijado para que Jacó não fosse condenado por toda a eternidade. Deus foi às últimas consequências para salvar Jacó. Deus empregou um método radical. Quem não vem por amor, vem pela dor. A vocação de Deus é irresistível.
• Deus empregará todos os meios para salvar você. Se preciso for, ele tocará em seu corpo, em seus bens, para que você se quebrante, para que você se humilhe. A voz de Deus é tremenda. Ela despede chamas de fogo. Ela faz tremer o deserto. Ela despedaça os cedros do Líbano, ela quebra as nossas resistências. Deus às vezes, usa uma enfermidade, um acidente, uma perda significativa. Deus, porém, jamais desiste de salvar aqueles a quem ele escolheu desde a eternidade.
III. DEUS SALVA JACÓ NA HORA QUE ELE CONHECE SUA DEPENDÊNCIA DE DEUS

1. Jacó reconhecido da sua necessidade de Deus, não abre mão de ser abençoado por Deus – Gn 32:26

• Jacó se agarra a Deus e diz: “eu não te deixarei ir se tu não me abençoares”. Ele tem dinheiro, tem família, tem o direito de primogenitura, mas agora ele quer Deus. Sua maior necessidade é de Deus. Jacó sem Deus é nada. Jacó sem a bênção de Deus é vazio.
• Jacó agora tem pressa para ser transformado por Deus. Ele ora com intensidade. Ele ora com senso de urgência. Ele não pode perder a oportunidade. Ele anseia por Deus mais do que por qualquer outra coisa na vida.
2. Jacó chora diante de Deus buscando uma transformação da sua vida – Os 12:4
• Jacó agora tem o coração quebrantado. Ele agarra-se a Deus com senso de urgência e com os olhos molhados de lágrimas. Jacó se quebranta, se humilha, chora e reconhece que não pode mais viver sem um encontro profundo e transformador com Deus.
• Como Pedro, Jacó chora, o choro do seu arrependimento. Ele instou com Deus em lágrimas. Ele pediu a bênção de Deus com pranto. Seus olhos estão molhados e sua alma ajoelha diante do Senhor.
• E por que Jacó chora? O que ele pede com tanta urgência e com tanta sofreguidão? Ele não pede coisas. Ele pede que Deus mude a sua própria vida. Ele quer Deus e quer vida nova!
3. Jacó confessa o seu pecado e toca no ponto nevrálgico da sua vida – Gn 32:27
• Quando Deus lhe perguntou: “Qual é o teu nome?” Ele respondeu: “Jacó”. Aquela não foi uma resposta, mas uma confissão. Jacó não podia ser transformado sem antes reconhecer quem era. Ele não podia ser convertido sem antes sentir convicção de pecado. Ele não podia ser uma nova criatura sem antes reconhecer que ele era um enganador, um suplantador. A história de Jacó era uma história crivada de engano, mentira. Ele tinha nome de crente, mas ainda não era salvo.
• Jacó era um patriarca. Ele conhecia a aliança de Deus. Ele tinha as promessas de Deus, mas Jacó não vivia como um filho de Deus. O engano era a marca da sua vida. Seu nome era um espelho da sua vida. Seu nome era aquilo que ele era e vivia. Mas, agora, ele abre o coração. Ele admite o seu pecado. Ele toca no ponto de tensão, no nervo exposto da sua alma.
• Qual é o seu nome? Quem é você? É hora de você depor as armas. É hora de você deixar de resistir o amor de Deus. É hora de você confessar não apenas o que você faz, mas quem você é, a fim de que você também seja salvo!
4. Jacó prevalece com Deus, vê a Deus face a face e sua vida é salva – Gn 32:30
• Até este tremendo encontro, Deus era apenas o Deus de seu avô Abraão e seu pai Isaque, mas agora Deus passa ser conhecido como o Deus de Jacó.
• Jacó tem os olhos da sua alma abertos. Ele vê a Deus face a face. Jacó tem seus pecados perdoados, sua alma liberta, seu coração transformado, sua vida salva. Tudo se fez novo na vida de Jacó.
• Hoje, você também pode ver a Deus face a face. Esta igreja pode ser hoje a sua Peniel. Hoje esse culto pode ser o seu vau de Jaboque. Deus está aqui. Ele é poderoso para mudar sua vida, para transformar o seu coração e lhe dar a vida eterna.
5. Jacó depois de salvo tem um novo futuro: luz e reconciliação – Gn 32:31; 33:4
• Depois de ter vivido uma vida inteira de trevas, o sol nasceu para Jacó. A luz brilhou no caminho de Jacó. As trevas ficaram para trás. Tudo se fez novo na vida dele: um novo coração, uma nova mente, uma nova vida. Ele saiu manquejando, mas sua alma esta livre! Esaú deve ter lhe perguntado: Por que você está manquejando Jacó: Ah! Meu irmão, Deus me salvou. Hoje eu sou um novo homem, tenho uma nova vida! Aquele velho Jacó morreu e foi sepultado na vau de Jaboque. Agora sou uma nova criatura. O sol nasceu para mim!
• Deus transformou o ódio de Esaú em amor; o medo de Jacó em alegria. E aquele encontro temido, que acenava uma briga, uma contenda, uma guerra, transformou-se numa cena de choro, abraços, beijos e reconciliação. Deus transforma a nossa vida completamente. Ele nos reconcilia com os nossos inimigos. Ele alivia o nosso coração da culpa e do medo!
CONCLUSÃO
• Estamos atravessando o vau de Jaboque. Um novo ano está chegando. Como vamos atrevessar as fronteiras deste novo ano? Fugindo? Resistindo o amor de Deus? Ou vamos atravessá-lo agarrados com Deus, pedindo a ele, em lágrimas que transforme a nossa vida?
• Deus não desiste de amar você. Ele está no seu encalço. É melhor que você não demore, pois pode ser que você ainda fique manco!
Rev. Hernandes Dias Lopes



SÍNTESE DO TÓPICO I

Jacó foi escolhido por Deus ainda no ventre de sua mãe.



SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO
"Abraão, Isaque e Jacó estão entre as mais importantes pessoas do Antigo Testamento. Isto não se deve ao seu caráter pessoal, mas ao caráter de Deus. Eles foram homens que conquistaram o respeito relutante e até mesmo o medo de seus colegas. Eram ricos e poderosos, e ainda assim, os três foram capazes de mentir, enganar e agir com egoísmo. Eles não eram os heróis perfeitos que poderíamos ter esperado; em vez disso, eram exatamente como nós; tentavam agradar a Deus, mas não conseguiram." (Bíblia de Estudo Cronológica Aplicação Pessoal. Rio de Janeiro: CPAD, p. 56).














II – A DIREÇÃO DE DEUS NA VIDA DE JACÓ

1. A visão da escada que tocava o céu. Em sua fuga, no meio do deserto, Jacó teve um sonho dado por Deus. Ele viu uma escada posta na terra, cujo topo tocava nos céus, e os anjos de Deus subiam e desciam por ela. E Deus reiterou a bênção que lhe prometera (Gn 28.13-15). Deus não aprovou seus arranjos e enganos, mas também não retirou a bênção prometida a seus pais. Naquela noite, ele descobriu a presença de Deus, que se apresentou como o Deus de Abraão e de Isaque. Ele ouviu Deus reiterar suas promessas e descobriu que onde Deus está, ali é sua casa, "a porta dos céus" (Gn 28.13-17).

[Comentário: A caminho de Berseba para Harã, Jacó parou para descansar, em Betel, que era chamada Luz, antes de receber aquele nome. Ali, Jacó recebeu a visão da escada, com anjos que subiam e desciam pela mesma, posta entre a terra e o céu. Ele ficou sumamente admirado com a divina manifesta­ção, e rebatizou o local com o nome de Betel, «casa de Deus» (Gn 28:18,19). Jacó consagrou uma décima parte de toda a sua renda a Deus (Gn 28:10-22), aparentemente de forma perpétua. Betel ficava cerca de cem quilômetros de Berseba, pelo que esse incidente ocorreu ainda no começo de sua jornada, provavelmente com o propósito de infundir-lhe coragem. A Jacó, pois, foi garantida a proteção divina. O pacto abraâmico foi confirmado com Jacó nessa oportunidade (Gn 28:3,4), pelo que os propósitos divinos estavam em operação, apesar das vicissitudes da vida de Jacó, a respeito de seus fracassos misturados com sucessos. Jacó erigiu um altar ali, e fez seus votos, incluindo o pagamento de dízimos a Yahweh http://www.ebdareiabranca.com/2012/1trimestre/introducao.htm.]
















2. A coluna em Betel. Jacó não buscou a Deus, mas Deus o buscou, e se revelou como o Deus de seus pais. Uma prova do quanto a graça de Deus é profunda. Sem dúvida alguma, a história de Jacó se divide em dois períodos. Antes de Deus encontrá-lo e depois daquele encontro especial. Tão impactante na sua vida foi aquele episódio, que ele chamou aquele lugar deserto de Betel, que significa "Casa de Deus". Ali, naquela madrugada, Jacó ouviu Deus lhe falar; sentiu a presença divina e teve uma mudança extraordinária em sua vida.

[Comentário: A origem do nome deste nome para aquela cidade que antes chamava-se Luz é explicada em Gênesis 28.17-19. Neste capítulo começa o exílio de Jacó, para escapar do ira de seu irmão e ao mesmo tempo procurar para si uma esposa entre os familiares de seus pais em Padã-Arã. Deus apareceu-lhe quando ele menos esperava. O que se infere do fugitivo Jacó é que ele ao invés de se orgulhar com a grandiosidade da revelação, ele imediatamente sentiu temor, uma profunda reverência misturada com medo, ao se conscientizar de que o Todo-Poderoso Deus estava ali. Ainda era madrugada quando se levantou, tomou a pedra que usara como travesseiro e erigiu como altar, consagrando-a com azeite. Quando voltou, anos depois, ele construiu ali um altar, conforme vê-se no capítulo 35.7. Também mudou o nome do lugar para Betel, a casa de Deus. Quando Moisés escreveu este livro séculos mais tarde, esse era o nome do lugar, por isso o nome aparece em capítulos anteriores para identificá-lo. Nesta ocasião, Jacó estava passando por um período de medo e aflição. É nessas condições que freqüentemente as pessoas recorrem ao voto, ou quando desejam uma grande misericórdia (Nm 21.2; 1Sm 1.11; Sl 66.13,14; Jn 1.16). R David Jones http://www.bible-facts.info/comentarios/vt/genesis/JacoemBetel.htm]










JACÓ EM BETEL
Capítulo 28
Neste capítulo começa o exílio de Jacó, para escapar do furor de Esaú e ao mesmo tempo procurar para si uma esposa entre os familiares de seus pais em Padã-Arã (planície de Arã), obedecendo aos desejos deles.
Ao despedi-lo, Isaque ordena a Jacó "não tomarás esposa dentre as filhas de Canaã": Canaã estava debaixo da maldição de Noé e, assim como o próprio Isaque, era necessário que Jacó mantivesse sua linhagem puramente semita. Isaque então mandou Jacó ir até a casa do seu avô, pai de Rebeca, em Padã-Arã (de onde veio Rebeca), e tomar como esposa uma das suas primas, filhas de seu tio Labão.
Apesar de ter sido logrado por Jacó, Isaque também finalmente compreendeu que era através dele que seria cumprida a promessa do SENHOR a Abraão. Por isso ele rogou que Deus-Todo-Poderoso concedesse a Jacó a bênção de Abraão.
Então Jacó (aos 75 anos) partiu para percorrer os 800 quilômetros até a casa do seu avô.
Esaú, por sua vez, tomando conhecimento de tudo isso, e sabendo que seu pai não aprovava as duas esposas que já tinha, chegou à conclusão que também deveria tomar uma esposa para si que não fosse cananeia: foi então à casa do seu tio Ismael (que havia morrido uns 14 anos antes), e casou-se com sua prima Maalate (também chamada Basemate - capítulo 36:3).
Ela era irmã de Nebaiote, príncipe ismaelita cuja descendência formou uma nação (Isaías 60:7). Ismael, filho de Hagar, a serva egípcia de Sara, havia se casado com uma egípcia (capítulo 22:21). Os egípcios eram camitas da linha de Cuxe, irmão de Canaã (capítulo 10:6-14).
Tendo percorrido uns cem quilômetros da sua viagem, Jacó deitou-se, exausto, no chão e usou uma pedra como travesseiro para dormir. Próximo dali Abraão havia oferecido um dos seus primeiros sacrifícios a Deus quando chegara a Canaã, e outro ao voltar do Egito (capítulos 12:8, 13:4). Havia uma pequena cidade ali chamada Luz (amendoeira).
Jacó sonhou que viu uma escadaria até o céu, pela qual subiam e desciam anjos (dois mil anos mais tarde seu descendente, o Senhor Jesus, esclareceu que Ele era a escadaria, ou caminho para o céu - João 1:47-51, 14:6). Identificando-se como o SENHOR, Deus de Abraão e de Isaque, Deus estava em cima dela e confirmou a Jacó a aliança abraâmica, acrescentando que estaria com ele e o guardaria por onde quer que fosse, e o faria voltar a essa terra.
Ao despertar, Jacó se lembrou bem do sonho, e demonstrou grande surpresa porque Deus estava naquele lugar (sabemos que Deus está em todo lugar!): Deus apareceu quando ele menos esperava. Ao invés de se orgulhar com a grandiosa revelação, ele imediatamente sentiu temor, que na linguagem bíblica significa uma profunda reverência misturada com medo, ao se conscientizar de que o Todo-Poderoso Deus estava ali.
Quão temível é este lugar! Ele achou que o fato de Deus ter aparecido diante dele ali, como que abrindo uma porta de comunicação com os céus, tornava aquele lugar merecedor da maior reverência: a casa, ou lugar, de Deus.
Em seguida ele se levantou (era madrugada) e erigiu a pedra que havia usado como travesseiro, consagrando-a com azeite, para marcar o lugar onde mais tarde ele poderia construir algo melhor. Ele estava com pressa e não queria se deter ali.
Quando voltou, anos depois, ele construiu ali um altar (capítulo 35:7). Também mudou o nome do lugar para Betel, a casa de Deus. Quando Moisés escreveu este livro séculos mais tarde, esse era o nome do lugar, por isso o nome aparece em capítulos anteriores para identificá-lo.
O voto feito por Jacó traz um problema de interpretação, conforme forem os tempos dos verbos ir, guardar e dar, que não parecem ser claros no original.
Usando o futuro do condicional, como aparece na maioria das traduções, entendemos que Jacó está fazendo um voto condicional, ou seja, se Deus for comigo, e me guardar ... e me der..., Jacó por sua vez lhe retribuirá adotando o SENHOR como seu Deus, a pedra será a casa de Deus, e ele dará a Deus o dízimo de tudo o que Deus lhe conceder.
Mas se o tempo for o presente do condicional, o que Jacó realmente disse foi: se Deus é comigo, e me guarda ... e me dá, ... então o SENHOR é meu Deus, a pedra ... é a casa de Deus, e eu te dou o dízimo. Em outras palavras, porque Tu me abençoas, Tu és meu Deus e Te honrarei.
Seja como for, Deus o abençoou, mas tinha algumas lições difíceis para lhe ensinar. Jacó estava passando por um período de medo e aflição. É nessas condições que freqüentemente as pessoas recorrem ao voto, ou quando desejam uma grande misericórdia (Números 21:2; 1 Samuel 1:11; Salmo 66:13,14; Jonas 1:16). Neste voto de Jacó, notamos:
: ele confiava na promessa de Deus, crendo que Ele iria permitir sua volta à casa de seu pai.
Modéstia: ele se contentava com segurança, alimento, vestuário e paz na volta para casa (1 Timóteo 6:8).
Piedade, respeito a Deus: ele almejava a presença de Deus com ele, dando-lhe proteção na sua viagem; também resolveu dar-lhe a devida honra como seu Deus, começando por consagrar o lugar da coluna como casa de Deus, e dedicando a Deus o dízimo de tudo o que recebesse (1 Coríntios 16:2; 2 Coríntios 9:7).

SÍNTESE DO TÓPICO II
Depois de deixar a casa dos seus pais, Jacó buscou a direção de Deus para sua vida
SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO
"Em uma família de poderosos empreendedores, Isaque era do tipo quieto, que cuida apenas de sua vida, até que foi especificamente chamado para agir. Ele foi o filho único e protegido, desde o momento em que Sara se livrou de Ismael, e até que Abraão arranjou seu casamento com Rebeca. Em sua própria família, Isaque tinha a posição patriarcal, mas Rebeca tinha o poder. E em vez de defender suas convicções, Isaque achou mais fácil fazer concessões ou mentir, para evitar confrontos. Apesar desses defeitos, Isaque fazia parte do plano de Deus" (Bíblia de Estudo Cronológica Aplicação Pessoal. Rio de Janeiro: CPAD, p. 44).














CONHEÇA MAIS
Jacó
"Era o terceiro no plano de Deus para iniciar uma nação descendente de Abraão. O sucesso deste plano se deu mais 'apesar de' do que 'em razão da vida de Jacó. Antes de Jacó nascer, Deus prometera que seu plano se desenvolveria através dele, e não de seu irmão gémeo, Esaú. Embora os métodos de Jacó nem sempre fossem respeitáveis, suas habilidades, determinação e paciência tinham de ser reconhecidas. Ao acompanharmos sua vida desde o nascimento até à morte, vemos a mão de Deus trabalhando." Para conhecer mais leia. Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal, CPAD, p. 46.
"Jacó fazia tudo, o certo e o errado, com grande zelo. Ele enganou seu próprio irmão Esaú, e seu pai, Isaque. Ele lutou com Deus, e trabalhou catorze anos para se casar com a mulher que amava. Por intermédio de Jacó, aprendemos como um forte líder pode, também, ser um servo. Também vemos como ações erradas sempre voltam para nos perturbar.
Depois de enganar Esaú, Jacó correu para salvar sua vida, viajando mais de 640 quilômetros até Harã, onde vivia seu tio, Labão. Pelo caminho, ele recebeu uma mensagem do Senhor, em um sonho, e deu a esse lugar o nome de Betel. Em Harã, Jacó se casou e iniciou uma família" (Extraído de Bíblia de Estudo Cronológica Aplicação Pessoal. Rio de Janeiro: CPAD, p, 58).




III - ASPECTOS DO CARÁTER DEJACÓ

1. Antes do seu encontro com Deus. Até o encontro com Deus em Betel, ele era apenas um "homem natural", ou carnal (1Co 2.14). Naquela fase de sua vida, podemos ver alguns aspectos negativos de seu caráter.

[Comentário: Até que ponto poderemos afirmar que Jacó era carnal antes desta visão em Betel? Referente ao seu irmão sim, podemos dizê-lo com certeza dado o fato de não preocupar-se com o direito de primogenitura e tudo o que ele representa. “Os intérpretes percebem uma espécie de indiferença, por parte de Esaú, no tocante ao seu privilégio como primogênito. Seria mesmo difícil explicar por que razão ele fez assim, a menos que ele tivesse alguma atitude básica de indiferença para com seus direitos religiosos. Metaforicamente, isso fala sobre sua indiferença espiritual sobre questões importantes, um sinal típico do homem carnal”(1). Quanto a Jacó, podemos afirmar com base nesse acontecimento, que ele preocupava-se com o direito de primogenitura, que tinha em mente a promessa de Deus feita a seus pais, e estava lutando por esse direito. Jacó demonstrou gran­de interesse pelas coisas espiri­tuais. Existem sinais de que ele sempre demonstrou inclinação pelo sagrado, ao contrário de Esaú, que a Bíblia chama de pro­fano (Hb 12.16). Esaú vivia para os prazeres materiais, Jacó ambicionava as bênçãos do Senhor. Estes são fatos que apontam para um homem carnal?]

(1)                Extraído de:

a) Oportunista e egoísta. Quando seu irmão chegou com fome e lhe pediu para comer do seu guisado, ele poderia ter-lhe oferecido de sua comida, compartilhando sua refeição. Mas, numa prova de oportunismo e ambição, disse logo: "Vende-me hoje a tua primogenitura" (Gn 25.31).

[Comentário: Jacó, vendo uma oportunidade para fazer um bom negócio, propôs que Esaú lhe vendesse primeiro seu direito à primogenitura; aqui vemos que Jacó ressentia o fato que Esaú nascera primeiro, e ambicionava as vantagens que isso lhe dava: ser o principal da família, depois do pai, e o principal herdeiro. Notemos que Jacó não estava propondo a troca por um prato do ensopado, mas a venda: Jacó dava muito valor ao direito de primogenitura e decerto pagaria bastante por ele, se fosse necessário. Mas, sem dúvida para sua surpresa, Esaú declarou que estava a ponto de morrer (um grande exagero, pois nenhum filho do abastado Isaque iria morrer de fome), e que de nada lhe valia o direito à primogenitura, ou seja, considerava-o sem valor algum. Sem perda de tempo, Jacó o fez jurar que abdicava desse direito, em favor dele. Feito isso, Jacó, feliz, deu-lhe pão e o cozinhado de lentilhas. Extraído de: http://www.ebdareiabranca.com/2012/1trimestre/introducao.htm]

b) Interesseiro e calculista. Jacó era frio, calculista e de temperamento fleumático. Além de propor a troca da primogenitura ao irmão, exigiu que Esaú fizesse um juramento que lhe garantisse que a troca seria respeitada por toda a vida: "Então, disse Jacó: Jura-me hoje. E jurou-lhe e vendeu a sua primogenitura a Jacó" (Gn 25.33; Hb 12.16). Ele só esquecia uma coisa. O que ele estava plantando em sua juventude haveria de colher mais tarde (Cl 6.7). Em proporção muito maior. [Comentário: Essa benção da primogenitura, em última análise, era a presença de Deus. Era o que de melhor Deus podia dar a um homem naquele tempo. O que deixou Deus irado com Esaú foi exatamente o desprezo de Esaú com o que significava a benção da primogenitura. É importante dizer que Jacó não usou de engano para adquirir o direito, ele comprou e esta transação não era ilegal. Segundo a Bíblia, o direito de primogenitura, dava ao filho mais velho, o privilégio de herdar uma porção dobrada dos bens paternos, depois da morte destes; também dava o direito de exercer o sacerdócio sobre a família e, no caso de Esaú, por ser ele o primeiro neto de Abraão, a primogenitura ainda incluía o direito de ficar na genealogia direta do Messias. Mas Esaú rejeitou tudo isso.]

c) Mentiroso e enganador. Com seu caráter fraco e leniente, concordou com a sua mãe em enganar o velho pai. Ao chegar à presença de Isaque, mentiu três vezes. Este perguntou: "Quem és tu, meu filho?". Ele disse que era Esaú (Gn 27.19). A primeira mentira. Indagado porque chegara tão rápido com a caça, mentiu a segunda vez, dizendo: "Porque o Senhor, teu Deus, a mandou ao meu encontro" (Gn 27.20). Ao abraçar Jacó, Isaque repetiu que era Esaú — "Eu sou" (Gn 27.24). Mentiu pela terceira vez.

[Comentário: Muitos criticam esta atitude de Rebeca, mas Esaú havia se casado com mulheres estrangeiras, pondo em risco tudo o que representava o direito de primogenitura. Como o Senhor revelou ao profeta Malaquias, Ele amou a Jacó e aborreceu a Esaú (Mq 1.2-3), pois Esaú era de caráter profano (Hebreus 12:16). O Senhor, onisciente, sabia o que haveria de suceder mais tarde. “A cegueira física de Isaque refletia seu julgamento moral. Jacó e Rebeca tomaram vantagem de sua fraqueza física para sobrepujar a sua fraqueza moral. Eles estavam encarando um velho moralmente cego, que não reconheceria a legitimidade da profecia de Deus feita à Rebeca sobre os dois filhos e a respectiva linha pactual deles, nem honraria a venda que Esaú fez de sua primogenitura a Jacó. Isaque estava disposto a desafiar Deus por causa de seu deleite no sabor de uma carne ensopada (Gn. 27:3-4). Nisso, Isaque foi tão míope quanto Esaú quando vendeu sua primogenitura por um ensopado de lentilhas. Rebeca estava moral e legalmente justificada em  arruinar o plano vil do seu marido de deserdar Jacó, e através desse ato de rebelião, deserdar a semente pactual prometida por Deus.” O texto entre aspas foi retirado de: http://www.monergismo.com/textos/etica_crista/rebeca-jaco-enganaram_north.pdf]














2. Depois do seu encontro com Deus.
Observe a transformação no caráter de Jacó:

a) Um caráter agradecido. Jacó passou a ver as coisas numa perspectiva espiritual de um novo relacionamento com Deus, e lhe fez um voto, dizendo que se Deus não lhe deixasse faltar nada, levantaria um altar e daria o dízimo "de tudo" (Gn 28.20-22). Neste fato, vemos que Jacó tinha consciência do valor do dízimo, como expressão sincera de gratidão a Deus, a exemplo do que fizera seu avô, Abraão, perante Melquisedeque (Gn 14.18-20). Ele não prometeu dar o dízimo do que lhe sobrasse (da "renda líquida"), mas "de tudo" como seu avô fizera (Hb 7.2).

[Comentário: A graça é demonstrada no fato de que Deus veio até Jacó. Ele não disse o que Jacó deveria fazer, mas o que Ele faria por Jacó. Deus prometeu a Jacó a terra de Canaã. Ele prometeu estar com Jacó em suas jornadas, e o trazer seguro de volta a Canaã. O voto de Jacó não foi um mero contrato com Deus. Ele amava a Deus e acreditava em Suas promessas. Tendo crido nas promessas de Deus, ele fez estes três votos para demonstrar sua gratidão:
A. Jeová seria o seu Deus. Ele se dedicaria a adorar, servir e confiar no Deus verdadeiro.
B. Betel seria o lugar onde ele adoraria e serviria a Deus.
C. O dízimo seria entregue a Deus. Isto já foi demonstrado ser algo sagrado para Deus [Gênesis 14:20].
Muitos acreditam que isto seja um relato da conversão de Jacó. Na verdade, podemos olhar para este capítulo como um quadro do filho de Deus no caminho da obediência. Este texto foi retirado de: http://www.palavraprudente.com.br/estudos/sergio_f/genesis/cap17.html]

















Cap 17 - Perguntas e Respostas Referente ao Livro de Gênesis
PERGUNTA 17
17. Porque Deus abençoou a Jacó, se ele enganou a seu pai e seu irmão? Gênesis 28
Resposta
Esta passagem apresenta uma refrescante mudança com relação a carnalidade vista no relato do capítulo 27. Muitos acreditam que nesta ocasião Jacó estava verdadeiramente convertido.
Isaque se Submete aos Planos de Deus - versículos 1-5.
Em Gênesis 27:33 Isaque parece se humilhar sinceramente diante de Deus. Aqui ele volta a trilhar nos caminhos dos planos de Deus. Não o vemos mais se rebelando contra a vontade do Senhor, pois ele demonstra ter aceitado o fato de Jacó ter sido escolhido por Deus. Note que ele abençoou Jacó e lhe deu sábios conselhos.
A. Ele ordena que Jacó volte a Padã-Arã em busca de uma esposa, para que se casasse com uma mulher que adorasse o Deus verdadeiro.
B. Ele pede a Deus que abençoe Jacó com muitos descendentes.
C. Ele invoca a Deus para que dê a Jacó a bênção de Abraão. Isto envolvia a herança de Canaã e também um lugar na linhagem do Messias.
Dificuldade da Benção de Esaú - versículos 6-9.
Esaú não tinha nenhuma percepção espiritual. Ele não poderia fazer o certo porque suas atitudes não eram espiritualmente corretas. Enquanto ele estava crescendo, ele nunca entendeu porque Abraão mandou buscar uma esposa para Isaque em Padã-Arã. As coisas espirituais não tinham nenhum valor para ele, pois nem mesmo considerou o que Deus e seus pais pensavam a respeito das suas esposas pagãs. Quando Esaú viu seu pai recomendar que Jacó se casasse com uma mulher temente a Deus, e que este demonstrou interesse, ele ficou extremamente irritado. Agora que Isaque tinha se submetido aos planos de Deus, Esaú deve ter se sentido inseguro com relação a sua posição na família. Ele finalmente desejou agradar seus pais. (Infelizmente, ele nunca se importou em agradar a Deus).
Entretanto, Esaú estava cometendo mais um erro ao tentar agradar seus pais, pois a família de Ismael já tinha sido lançada fora do favor de Deus. A poligamia é claro, nunca foi da vontade de Deus. Até que alguém venha a "nascer de novo" e assim ser capaz de agir corretamente, todas suas tentativas de fazer as coisas certas acabam em tropeços espirituais.
Jacó Encontra Deus - versículos 10-12.
Em João 1:43-51 temos a história de Natanael chegando até o Senhor Jesus. Ele era um homem espiritualmente honesto [vers. 47], que sentiu a necessidade de um Salvador. No versículo 51, Cristo descreve-se a si mesmo como uma escada para o céu. As bênçãos de Deus descem até nós através de Cristo, e nossas orações sobem até a presença de Deus em nome de Jesus [João 14:13-14]. Assim Natanael compreendeu esta verdade quando creu em Cristo.
Ao fazer esta alusão ao sonho de Jacó, não estaria nosso Senhor dizendo que a experiência de Natanael era semelhante à de Jacó? Não há dúvidas que Jacó veio a Betel com um coração contrito e humilde. Em seu sonho ele vê uma escada que chegava até Deus. Isto não é uma revelação de Cristo como o "caminho" que leva a Deus [João 14:6] e também como "um só Mediador entre Deus e os homens" [I Timóteo 2:5].
Lembremo-nos que não havia Bíblia na época de Jacó. Deus muitas vezes falava aos homens através dos sonhos e visões. Portanto, o Evangelho foi revelado desta maneira naquela época [Números 12:6]. Hoje, porém, o evangelho se faz conhecido pela pregação da Palavra de Deus [Romanos 10:14].
As Promessas de Deus - versículos 13-15.
Deus veio até Jacó na base da graça incondicional. Ele não disse o que Jacó deveria fazer, mas o que Ele faria por Jacó. Deus prometeu a Jacó a terra de Canaã. Ele prometeu estar com Jacó em suas jornadas, e o trazer seguro de volta a Canaã.
Betel - versículos 16-19.
Betel significa a casa de Deus. Jacó reconheceu que ali era o lugar onde Deus se encontrou com ele e no futuro se encontraria novamente. Anos mais tarde, após se desviar, ele retorna a comunhão com Deus em Betel [Gênesis 35:1-7]. Jacó edificou um memorial como lembrança da presença de Deus naquele lugar [vers. 18-19]. Deus sempre teve uma casa para se encontrar com o Seu povo. Hoje, a igreja é a casa de Deus [I Timóteo 3:15]. Ali encontramos as ordenanças e o verdadeiro Evangelho, os quais apontam para Cristo como o caminho que conduz ao céu. Ali nos reunimos e adoramos a Deus. A maioria de nós encontrou a Deus, pela primeira vez, através do ministério de uma das igrejas do Senhor. O nosso serviço e sacrifício espiritual são oferecidos a Deus através do ministério da igreja. Assim como Jacó, nossa atitude para com Betel é um teste da proximidade do nosso caminhar com Deus.
O Voto de Jacó - versículos 20-22.
O voto de Jacó não foi um mero contrato com Deus. Ele amava a Deus e acreditava em Suas promessas. Tendo crido nas promessas de Deus, ele fez estes três votos para demonstrar sua gratidão:
A. Jeová seria o seu Deus. Ele se dedicaria a adorar, servir e confiar no Deus verdadeiro.
B. Betel seria o lugar onde ele adoraria e serviria a Deus.
C. O dízimo seria entregue a Deus. Isto já foi demonstrado ser algo sagrado para Deus [Gênesis 14:20].
Muitos acreditam que isto seja um relato da conversão de Jacó. Na verdade, podemos olhar para este capítulo como um quadro do filho de Deus no caminho da obediência.
Note as semelhanças com o caminho dos filhos de Deus hoje:
A. Ao confessarmos a Cristo, nos comprometemos com o verdadeiro Deus e o verdadeiro Evangelho.
B. Ao fazermos parte da igreja, pela maneira apontada por Deus (o batismo), estamos fazendo um voto para servir a Deus na e através da Sua casa. Reconhecemos a igreja como "Betel".
C. Como membros da Igreja, fazemos um voto de devolver a Deus uma parte daquilo que Ele nos tem dado, para que a Sua obra possa continuar.
Votos bíblicos são sempre apropriados. Como membros, prometemos a Deus e fazemos um pacto com a Sua igreja para servir Ele. Entretanto, vamos tomar cuidado de não fazer votos que nós não cumpriremos [Eclesiastes 5:4-6].
Bibliografia:
Bíblia Sagrada. João Ferreira de Almeida. São Paulo, São Paulo, Sociedade Bíblica Trinitariana do Brasil, 1994.
Um Guia de Estudo Para o Livro de Gênesis - Pastor Ron Crisp, EUA, 2002.











b) Um caráter esforçado e sofredor. Ao chegar à casa de Labão, seu tio, revelou-se um homem trabalhador. Ali, começou a colher o que semeara em engano e mentira. Na "lua de mel", foi enganado pelo sogro. Em lugar de casar com Raquel, teve de casar com Leia. Só depois, casou com sua amada, e para tanto, trabalhou "outros sete anos" (Gn 29.21-30). Não foi apenas esse o preço que Jacó teve que pagar por sua vida de enganos e mentiras. Labão mudou o seu salário dez vezes, durante vinte anos (Gn 31.7). O que o homem semeia, isso é o que colhe (Gl 6.7).

[Comentário: Mesmo tendo sido logrado por Labão, ele honestamente cumpriu com sua parte do acordo. dedicou-se ao seu trabalho, e usou dos recursos que conhecia para fazer com que os cordeiros e cabritos que nascessem fossem pretos, malhados ou salpicados. Teve grande sucesso, e usou de uma técnica de seleção a fim de aprimorar seu próprio rebanho. Durante seis anos seu rebanho se multiplicou, e devido à sua técnica, as ovelhas de Labão eram fracas e as dele, fortes. Ele enriqueceu, adquirindo muitos rebanhos, escravos, camelos e jumentos, o que ele atribuiu a Deus (capítulo 31:7,9). http://www.bible-facts.info/comentarios/vt/genesis/JacoEnriqueceeFogedeLabao.htm]
JACÓ ENRIQUECE E FOGE DE LABÃO
Capítulos 30:25 a 31:21
Até este ponto, Deus havia dado a Jacó uma família, onze filhos e uma filha. Mas ele era pobre, pois todo o seu trabalho havia sido feito exclusivamente para ganhar suas duas esposas: não havia recebido recompensa material em forma de salário ou bens. Mesmo tendo sido logrado por Labão, ele honestamente cumpriu com sua parte do acordo.
Terminada a sua obrigação, Jacó se dispôs a voltar para o seu lugar e a sua terra, que era Canaã. Aquela era a terra da promessa, e embora ele já tivesse passado muitos anos em Harã, ele tinha o propósito de não residir definitivamente ali (assim como o mundo não é o lugar e terra do crente - Hebreus 13:14). Ele nada pediu de Labão a não ser permissão para ir embora, levando suas mulheres e filhos com ele. Ele confiava na promessa de Deus, que estaria com ele e lhe daria prosperidade.
Labão suplicou a Jacó para que não o deixasse: o motivo era egoísta, pois observou que ele próprio havia prosperado por causa do amor do SENHOR a Jacó; isso ele havia aprendido através da experiência ao longo dos anos. Ao invés de lhe fazer uma oferta generosa, Labão pediu a Jacó que estipulasse um salário para os seus serviços.
Jacó recordou a Labão como o SENHOR o havia abençoado, aumentando grandemente o pouco que ele anteriormente tinha, e da maneira como Jacó se conduzira durante todo esse tempo. Labão então aparentemente reconheceu que lhe devia mais que um simples salário, perguntando: que te darei?
Jacó, sabiamente, disse que nada queria de Labão (em troca de serviços passados), mas propôs continuar apascentando e guardando o rebanho de Labão em troca dos cordeiros negros e das cabras malhadas e salpicadas que nele estivessem. A idéia que ele tinha, decerto, era separar logo esses animais para si, que iniciariam um rebanho próprio, e em troca ele continuaria também cuidando do rebanho de Labão. Daí para a frente, os que fossem nascendo seriam separados pela sua cor.
Labão achou que viu aqui uma oportunidade para se valer dos valiosos serviços de Jacó com pouco custo para si: ele concordou imediatamente, e logo separou do rebanho os animais negros, malhados e salpicados (que deveriam formar o rebanho de Jacó), passou-os aos seus filhos e os levou a uma distância de três dias. Ele portanto não só roubou os animais que dariam inicio ao rebanho de Jacó, mas impediu que se misturassem, reduzindo as possibilidades de Jacó conseguir um grande rebanho das suas crias.
Jacó aparentemente não protestou, mas dedicou-se ao seu trabalho, e usou dos recursos que conhecia para fazer com que os cordeiros e cabritos que nascessem fossem pretos, malhados ou salpicados. Teve grande sucesso, e usou de uma técnica de seleção a fim de aprimorar seu próprio rebanho. Durante seis anos seu rebanho se multiplicou, e devido à sua técnica, as ovelhas de Labão eram fracas e as dele, fortes. Ele enriqueceu, adquirindo muitos rebanhos, escravos, camelos e jumentos, o que ele atribuiu a Deus (capítulo 31:7,9).
Mas ao fim deste tempo, seu sucesso já estava causando inveja aos filhos de Labão, e mesmo Labão já não mais o via com bons olhos como antes. 0 SENHOR mandou Jacó voltar a Canaã, prometendo protegê-lo. Jacó então chamou Raquel e Lia ao campo, para uma conferência secreta.
Ele relatou às suas esposas como Labão estava se virando contra ele, apesar de toda a sua dedicação. Freqüentemente Labão havia procurado reduzir o ordenado de Jacó, limitando seus ganhos ora aos animais malhados, ou aos listados, mas Deus havia dirigido as coisas de forma que Jacó não sofrera dano. Finalmente Deus o mandara voltar para sua terra.
Suas esposas sentiam-se igualmente defraudadas por Labão: de acordo com os costumes da época, elas deveriam ter recebido os benefícios do dote pago por Jacó com seus quatorze anos de trabalho pesado. Como Labão não havia lhes dado nada, elas perceberam que nada iriam herdar dele. Elas portanto concordaram imediatamente com o plano de Jacó, de reunir tudo o que possuíam e partir dali para a terra dele.
Jacó então reuniu sua família, montando todos em camelos. Era um dia em que Labão havia saído para tosquiar suas ovelhas (guardadas por seus filhos a três dias de viagem dali), e Raquel aproveitou para roubar dele seus ídolos do lar: estes eram pequenos ídolos, ou imagens, feitos de madeira ou metal, também chamados terafim que os povos daquele tempo (e ainda hoje!) guardavam em suas casas julgando que lhes davam proteção e orientação em tempos de necessidade. A maior porção da herança de uma família passava à pessoa a quem fossem legados.
É provável que Raquel furtou as imagens do seu pai a fim de que, segundo ela pensava, elas não revelassem para onde eles estariam fugindo ou, quem sabe, ela pretendia mais tarde reivindicar para si a herança da família com elas; outra teoria, ainda, é que ela, conhecendo o Deus verdadeiro através de seu marido, tirou os ídolos do seu pai a fim de que ele percebesse que eles não tinham poder algum para impedir que eles se fossem

c) Um homem na direção de Deus. Depois de ser enganado pelo sogro, Jacó reuniu sua família e fugiu de Harã. Mas não o fez apenas por medo do sogro. Sua saída de Harã foi por direção de Deus (Gn 31.3,13). Desse modo, Jacó empreendeu a fuga com a família, e logo foi perseguido pelo sogro. Este não pôde lhe fazer mal, porque Deus entrou em ação e lhe determinou que não falasse com Jacó "nem bem nem mal" (Gn 31.24).

[Comentário: A providência divina é um fato, e ela nos guia pelo caminho. Essa é a convicção central de todo o livro de Gênesis. Apesar das faltas e falhas de Jacó, o propósito divino sempre controlou tudo em sua vida. O fato de Jacó ter voltado para sua terra foi outro capítulo na história de como Deus cuidava dele, dando-lhe alguma orientação especial necessária. Para esclarecer o fato das varas listradas, leia-se Gn 31.10 - um sonho de Revelação. Somente neste ponto somos informados de que Jacó havia recebido uma experiência mística acerca da questão dos rebanhos. O trecho de Gn 30.32 ss. indica somente que ele fizera um negócio esperto, aparentemente usando sua razão, e não alguma revelação divina. Assim sendo, a questão das varas listradas foi somente uma medida de segurança. Ele acrescen­tou o artifício para garantir que o plano funcionaria. Seu sonho de revelação havia mostrado quais animais se multiplicariam mais. As varas eram apenas um artifício para garantir o resultado previsto em seu sonho. https://www.bibliaonline.com.br/acf/gn/31]


Gênesis 31
Ouvir
1 Então ouvia as palavras dos filhos de Labão, que diziam: Jacó tem tomado tudo o que era de nosso pai, e do que era de nosso pai fez ele toda esta glória.
2 Viu também Jacó o rosto de Labão, e eis que não era para com ele como anteriormente.
3 E disse o Senhor a Jacó: Torna-te à terra dos teus pais, e à tua parentela, e eu serei contigo.
4 Então mandou Jacó chamar a Raquel e a Lia ao campo, para junto do seu rebanho,
5 E disse-lhes: Vejo que o rosto de vosso pai não é para comigo como anteriormente; porém o Deus de meu pai tem estado comigo;
6 E vós mesmas sabeis que com todo o meu esforço tenho servido a vosso pai;
7 Mas vosso pai me enganou e mudou o salário dez vezes; porém Deus não lhe permitiu que me fizesse mal.
8 Quando ele dizia assim: Os salpicados serão o teu salário; então todos os rebanhos davam salpicados. E quando ele dizia assim: Os listrados serão o teu salário, então todos os rebanhos davam listrados.
9 Assim Deus tirou o gado de vosso pai, e deu-o a mim.
10 E sucedeu que, ao tempo em que o rebanho concebia, eu levantei os meus olhos e vi em sonhos, e eis que os bodes, que cobriam as ovelhas, eram listrados, salpicados e malhados.
11 E disse-me o anjo de Deus em sonhos: Jacó! E eu disse: Eis-me aqui.
12 E disse ele: Levanta agora os teus olhos e vê todos os bodes que cobrem o rebanho, que são listrados, salpicados e malhados; porque tenho visto tudo o que Labão te fez.
13 Eu sou o Deus de Betel, onde tens ungido uma coluna, onde me fizeste um voto; levanta-te agora, sai-te desta terra e torna-te à terra da tua parentela.
14 Então responderam Raquel e Lia e disseram-lhe: Há ainda para nós parte ou herança na casa de nosso pai?
15 Não nos considera ele como estranhas? Pois vendeu-nos, e comeu de todo o nosso dinheiro.
16 Porque toda a riqueza, que Deus tirou de nosso pai, é nossa e de nossos filhos; agora, pois, faze tudo o que Deus te mandou.
17 Então se levantou Jacó, pondo os seus filhos e as suas mulheres sobre os camelos;
18 E levou todo o seu gado, e todos os seus bens, que havia adquirido, o gado que possuía, que alcançara em Padã-Arã, para ir a Isaque, seu pai, à terra de Canaã.
19 E havendo Labão ido a tosquiar as suas ovelhas, furtou Raquel os ídolos que seu pai tinha.
20 E Jacó logrou a Labão, o arameu, porque não lhe fez saber que fugia.
21 E fugiu ele com tudo o que tinha, e levantou-se e passou o rio; e se dirigiu para a montanha de Gileade.
22 E no terceiro dia foi anunciado a Labão que Jacó tinha fugido.
23 Então tomou consigo os seus irmãos, e atrás dele seguiu o seu caminho por sete dias; e alcançou-o na montanha de Gileade.
24 Veio, porém, Deus a Labão, o arameu, em sonhos, de noite, e disse-lhe: Guarda-te, que não fales com Jacó nem bem nem mal.
25 Alcançou, pois, Labão a Jacó, e armara Jacó a sua tenda naquela montanha; armou também Labão com os seus irmãos a sua, na montanha de Gileade.
26 Então disse Labão a Jacó: Que fizeste, que me lograste e levaste as minhas filhas como cativas pela espada?
27 Por que fugiste ocultamente, e lograste-me, e não me fizeste saber, para que eu te enviasse com alegria, e com cânticos, e com tamboril e com harpa?
28 Também não me permitiste beijar os meus filhos e as minhas filhas. Loucamente agiste, agora, fazendo assim.
29 Poder havia em minha mão para vos fazer mal, mas o Deus de vosso pai me falou ontem à noite, dizendo: Guarda-te, que não fales com Jacó nem bem nem mal.
30 E agora se querias ir embora, porquanto tinhas saudades de voltar à casa de teu pai, por que furtaste os meus deuses?
31 Então respondeu Jacó, e disse a Labão: Porque temia; pois que dizia comigo, se porventura não me arrebatarias as tuas filhas.
32 Com quem achares os teus deuses, esse não viva; reconhece diante de nossos irmãos o que é teu do que está comigo, e toma-o para ti. Pois Jacó não sabia que Raquel os tinha furtado.
33 Então entrou Labão na tenda de Jacó, e na tenda de Lia, e na tenda de ambas as servas, e não os achou; e saindo da tenda de Lia, entrou na tenda de Raquel.
34 Mas tinha tomado Raquel os ídolos e os tinha posto na albarda de um camelo, e assentara-se sobre eles; e apalpou Labão toda a tenda, e não os achou.
35 E ela disse a seu pai: Não se acenda a ira aos olhos de meu senhor, que não posso levantar-me diante da tua face; porquanto tenho o costume das mulheres. E ele procurou, mas não achou os ídolos.
36 Então irou-se Jacó e contendeu com Labão; e respondeu Jacó, e disse a Labão: Qual é a minha transgressão? Qual é o meu pecado, que tão furiosamente me tens perseguido?
37 Havendo apalpado todos os meus móveis, que achaste de todos os móveis de tua casa? Põe-no aqui diante dos meus irmãos e de teus irmãos; e que julguem entre nós ambos.
38 Estes vinte anos eu estive contigo; as tuas ovelhas e as tuas cabras nunca abortaram, e não comi os carneiros do teu rebanho.
39 Não te trouxe eu o despedaçado; eu o pagava; o furtado de dia e o furtado de noite da minha mão o requerias.
40 Estava eu assim: De dia me consumia o calor, e de noite a geada; e o meu sono fugiu dos meus olhos.
41 Tenho estado agora vinte anos na tua casa; catorze anos te servi por tuas duas filhas, e seis anos por teu rebanho; mas o meu salário tens mudado dez vezes.
42 Se o Deus de meu pai, o Deus de Abraão e o temor de Isaque não fora comigo, por certo me despedirias agora vazio. Deus atendeu à minha aflição, e ao trabalho das minhas mãos, e repreendeu-te ontem à noite.
43 Então respondeu Labão, e disse a Jacó: Estas filhas são minhas filhas, e estes filhos são meus filhos, e este rebanho é o meu rebanho, e tudo o que vês, é meu; e que farei hoje a estas minhas filhas, ou a seus filhos, que deram à luz?
44 Agora pois vem, e façamos aliança eu e tu, que seja por testemunho entre mim e ti.
45 Então tomou Jacó uma pedra, e erigiu-a por coluna.
46 E disse Jacó a seus irmãos: Ajuntai pedras. E tomaram pedras, e fizeram um montão, e comeram ali sobre aquele montão.
47 E chamou-o Labão Jegar-Saaduta; porém Jacó chamou-o Galeede.
48 Então disse Labão: Este montão seja hoje por testemunha entre mim e ti. Por isso se lhe chamou Galeede,
49 E Mispá, porquanto disse: Atente o Senhor entre mim e ti, quando nós estivermos apartados um do outro.
50 Se afligires as minhas filhas, e se tomares mulheres além das minhas filhas, ninguém está conosco; atenta que Deus é testemunha entre mim e ti.
51 Disse mais Labão a Jacó: Eis aqui este mesmo montão, e eis aqui essa coluna que levantei entre mim e ti.
52 Este montão seja testemunha, e esta coluna seja testemunha, que eu não passarei este montão a ti, e que tu não passarás este montão e esta coluna a mim, para mal.
53 O Deus de Abraão e o Deus de Naor, o Deus de seu pai, julgue entre nós. E jurou Jacó pelo temor de seu pai Isaque.
54 E ofereceu Jacó um sacrifício na montanha, e convidou seus irmãos, para comer pão; e comeram pão e passaram a noite na montanha.
55 E levantou-se Labão pela manhã de madrugada, e beijou seus filhos e suas filhas e abençoou-os e partiu; e voltou Labão ao seu lugar.
















3. No seu encontro com Esaú. Ao se aproximar de Seir, onde seu irmão vivia, Jacó enviou mensageiros a Esaú, anunciando seu retorno. Os mensageiros voltaram e disseram que Esaú vinha ao seu encontro com quatrocentos homens. Jacó temeu grandemente (Gn 32.7-12). Mas, no Vale do Jaboque, teve um encontro que marcou o resto da sua vida. Seu nome foi mudado para Israel, e viu Deus "face a face" (Gn 32.22-30). Ao encontrar Esaú, reconciliou-se com ele e o abraçou com perdão e amor.

[Comentário: O Vale de Jaboque encerra um dos relatos mais envoltos em mistério. Conta-nos a história da luta entre um ser humano e um anjo e a da outorga de um novo nome a esse homem. A luta durou apenas uma noite; no entanto, seu resultado ecoa na história humana,com reverberações até os nossos dias. Jaboque no hebraico é ‘fluir fora’ ou ‘adiante’, é o rio que atravessa a região a leste do Jordão, que, depois de um curso quase perfeitamente do leste para o oeste, entra no Jordão cerca de 48 km abaixo do mar da Galiléia. Nas escrituras, este rio é mencionado como formador da margem que separou o reino de Seom, rei dos amorreus, daquele de Ogue, rei de Basã. Enciclopédia de Bíblia Teologia e Filosofia.]


SÍNTESE DO TÓPICO III

Antes de ter um encontro com Deus Jacó era oportunista, mentiroso e enganador.




SUBSÍDIO DIDÁTICO
Professor, reproduza o esquema do quadro. Utilize-o para enfatizar as características de Jacó antes do seu encontro com Deus e depois. Ressalte que somente Deus pode mudar o nosso caráter.

JACÓ ANTES DO SEU ENCONTRO COM DEUS
JACÓ DEPOIS DO SEU ENCONTRO COM DEUS
Oportunista
Verdadeiro
Mentiroso
Paciente
Enganador
Trabalhador
Confia em sua esperteza em vez de buscara Deus
Confia em Deus para o abençoar e busca sua direção













CONCLUSÃO

Em suas experiências com Deus, vemos que Jacó teve seu caráter transformado. De oportunista e enganador, passou a ser humilde, sofredor, paciente, longânimo, altruísta. Foi pela sua paciência e graça que Deus escolheu Jacó, em lugar de Esaú. Quando damos lugar ao Espírito Santo, Ele nos transforma radicalmente o caráter.

[Comentário: Deus veio mostrar para Jacó que a sua luta não era contra Labão ou Esaú, mas contra o próprio Deus. Jacó descobre isso no decorrer da luta, e mesmo machucado, não larga aquele com quem luta reconhecendo que o mesmo pode abençoá-lo."O fato de aleijá-lo e dar-lhe outro nome mostra que os fins de Deus continuavam sendo os mesmos; queria ter para Si toda a disposição que Jacó tinha para vencer, alcançar, conseguir, mas expurgada da auto-suficiência, e reorientada para o objeto certo do amor humano - Deus mesmo". Gênesis - comentário de Derek Kidner-Editora Mundo Cristão. Como acontece com muitas pessoas, tinha sido uma luta contra um Deus que estava determinado a abençoá-lo e ajudá-lo. Deus está lutando com você? Ele não quer colocá-lo em uma situação de miséria em que você não tenha outra escolha a não ser lançar-se sobre a misericórdia dEle. Mas Ele o fará se necessário. Talvez já o tenha feito. http://www.ibmorumbi.org.br/intercessao/view_printer.asp?CID=1&ID=9.] “Ora, àquele que é poderoso para vos guardar de tropeçar e apresentar-vos irrepreensíveis, com alegria, perante a sua glória. Ao único Deus sábio, Salvador nosso, seja glória e majestade, domínio e poder, agora, e para todo o sempre. Amém”. (Judas 24-25),



















Jacó e o vau do Jaboque - 3/10/2001

Quando Deus luta para nos abençoar
(vau - trecho raso do mar ou do rio onde se pode transitar à pé, ou à cavalo).
Gênesis 32: 22 - 32:
  • 22 "Levantou-se naquela mesma noite, tomou suas duas mulheres, suas duas servas e seus onze filhos e transpôs o vau de Jaboque. (Jaboque é um tributário do rio Jordão, desaguando nele cerca de 39 quilômetros ao norte do mar Morto. A palavra" Jaboque. significa "lutar").
  • 23 Tomou-os e fê-los passar o ribeiro; fez passar tudo o que lhe pertencia,
  • 24 ficando ele só; e lutava com ele um homem, até ao romper do dia.
  • 25 Vendo este que não podia com ele, tocou-lhe na articulação da coxa; deslocou-se a junta da coxa de Jacó, na luta com o homem.
  • 26 Disse este: Deixa-me ir, pois já rompeu o dia. Respondeu Jacó: Não te deixarei ir se não me abençoares.
  • 27 Perguntou-lhe, pois: Como te chamas Ele respondeu: Jacó.
  • 28 Então disse: Já não te chamarás Jacó, e, sim, Israel: pois como príncipe lutaste com Deus e prevaleceste.
  • 29 Tornou Jacó: Dize, rogo-te, como te chamas? Respondeu ele: Por que perguntas pelo meu nome? E o abençoou ali.
  • 30 Àquele lugar chamou Jacó Peniel, pois disse: Vi a Deus face a face, e a minha vida foi salva.
  • 31 Nasceu-lhe o sol, quando ele atravessava Peniel; e manquejava de uma coxa.
  • 32 Por isso os filhos de Israel não comem, até hoje, o nervo do quadril, na articulação da coxa, porque o homem tocou a articulação da coxa de Jacó no nervo do quadril."
"O que significa tudo isso? Significa que Jacó esteve lutando contra Deus durante toda a sua vida. O conflito junto ao Jaboque simboliza a sua luta de toda uma vida. Sua vida pregressa o levara àquele ponto e o restante dela começaria ali. Até aquele momento, a sua vida fora uma longa tentativa de resistir à bondade de Deus. Como acontece com muitas pessoas, tinha sido uma luta contra um Deus que estava determinado a abençoá-lo e ajudá-lo". ("Ousadia na oração" - John White - ABU Editora)
Ao lermos o texto, o primeiro fato que notamos é que Jacó não é o agressor (lutava com ele um homem). Ele não teve escolha e teve de lutar. Mas, por que Deus resolveu lutar? Por que Deus se reduziu (em forma humana) para não levar vantagem sobre um adversário mais fraco? (pelo menos vemos que ele o fez até ver clara mente que Jacó não tinha intenção de desistir).
Entendendo a luta
O início da luta: Gên 25: 21 - 26
  • 21 Isaque orou ao Senhor por sua mulher, porque ela era estéril; e o Senhor lhe ouviu as orações, e Rebeca, sua mulher, concebeu.
  • 22 Os filhos lutavam no ventre dela; então disse: Se é assim, porque vivo eu? E consultou ao Senhor.
  • 23 Respondeu-lhe o Senhor: Duas nações há no teu ventre, dois povos nascidos de ti, se dividirão: um povo será mais forte que o outro, e o mais velho servirá ao mais moço.
  • 24 Cumpridos os dias para que desse à luz, eis que se achavam gêmeos no seu ventre.
  • 25 Saiu o primeiro, ruivo, todo revestido de pelo; por isso lhe chamaram Esaú.
  • 26 Depois nasceu o irmão; segurava com a mão o calcanhar de Esaú; por isso lhe chamaram Jacó. Era Isaque de sessenta anos quando Rebeca lhos deu à luz.
(Obs; Jacó significa "trapaceiro' ou" suplantador ")".
A luta continua: Conforme iam crescendo, parecia que a profecia sobre Jacó nunca ia se cumprir, pois Esaú era o favorito de seu pai Isaque. 'Isaque amava a Esaú, porque se saboreava de sua caça; Rebeca, porém, amava a Jacó "- Gen. 25:28. Dessa forma, além dos direitos de primogenitura, Esaú também herdaria a bênção de seu pai Isaque - um pronunciamento profético que os patriarcas faziam em seus leitos de morte em relação a seus filhos".

"Jacó certamente percebia tudo isso. Mas ele também deve ter sido informado por sua mãe sobre a promessa que Deus fizera. Porém, nem Rebeca nem Jacó levaram a promessa muita a sério. Certamente deduziram dali que Jacó tinha o direito à hegemonia sobre Esaú, mas a ambos faltava a confiança de que Deus daria o que havia prometido. Daí, se Jacó tinha de conseguir aquilo a que tinha direito, teria que se aproveitar de alguma fraqueza de Esaú, através de fraude e superstição. Desse modo, ele lutou durante metade de sua vida para obter as coisas que Deus planejara lhe dar de qualquer forma. No final, ele obteve exatamente o que Deus havia prometido (mas, nada mais). Tragicamente, nessa luta ele perdeu a paz e a comunhão com Deus, as quais, de outra forma, teria desfrutado. Deus queria que ele recebesse a herança, mais a paz e a comunhão. Em lugar disso, Jacó teve vinte e um anos de ansiedade".( Ousadia na oração - John White - ABU Editora)

Tentando dar uma "mãozinha" a Deus: Gen 25: 29 - 34
A conquista do direito de primogenitura
  • 29 "Tinha Jacó feito um cozinhado, quando, esmorecido, veio do campo ESAÚ",
  • 30 e lhe disse: Peço-te que me deixes comer um pouco desse cozinhado vermelho, pois estou esmorecido. Daí chamar-se Edom.
  • 31 Disse Jacó: Vende-me primeiro o teu direito de primogenitura.
  • 32 Ele respondeu: Estou a ponto de morrer; de que me aproveitará o direito de primogenitura?
  • 33 Então disse Jacó: Jura-me primeiro. Ele jurou, e vendeu o seu direito de primogenitura a Jacó.

Continuando a dar uma "mãozinha" a Deus: Gen 27:1 -46.


A conquista da bênção de Isaque
Resumindo, "um dia Isaque, cego e sentindo a proximidade da morte, mandou que Esaú fosse caçar. Se ele tinha de dar a bênção patriarcal, queria fazê-lo de barriga cheia. Mas Rebeca e Jacó enganaram Isaque. Ela preparou o tipo de prato que Isaque estava esperando, vestiu Jacó com peles de cabritos e o mandou a seu pai para receber a bênção que seria de Esaú".(idem)
Fugindo da raiva de Esaú: Gen.27: 41-44
  • 41 Passou Esaú a odiar a Jacó por causa da bênção com que seu pai o tinha abençoado; e disse consigo: Vêm próximos os dias de luto por meu pai; então matarei a Jacó, meu irmão.
  • 42 Chegaram aos ouvidos de Rebeca estas palavras de Esaú, seu filho mais velho; ela, pois, mandou chamar a Jacó, seu filho mais moço, e lhe disse: Eis que Esaú, teu irmão, se consola a teu respeito, resolvendo matar-te.
  • 43 Agora, meu filho ouve o que te digo: Retira-te para a casa de Labão, meu irmão, em Harã;
  • 44 fica com ele alguns dias até que passe o furor de teu irmão ".
Recebendo as promessas de Deus, e mesmo assim querendo "amarrar Deus com ele" (continua bancando o esperto!).
O sonho e a promessa de Jacó: Gen 28:10 - 22

"Uma noite, quando dormia sob o céu aberto, tendo uma pedra por travesseiro, sonhou com uma escada pela qual os anjos subiam ao céu e desciam O Senhor se pôs ao seu lado e lhe fez uma série de promessas surpreendentes".
Primeiro assegurou a Jacó que o território de centenas de quilômetros ao redor seria dado aos seus descendentes. Estendendo mais ainda a promessa, Ele disse que o mundo todo seria abençoado através daqueles mesmos descendentes. E para tranquilizá-lo quanto aos perigos que havia de enfrentar, reais e imaginários, garantiu-lhe a sua presença e proteção pessoal até Jacó retornar a salvo ao lar."(idem)".
Então Jacó despertou, erigiu um altar a Deus, e jurou que "se Deus cumprisse aquelas palavras de guardá-lo naquela jornada e de volta ao lar, então Deus seria o Deus de Jacó e a esse Deus Jacó daria os dízimos".

"Se Deus o trouxesse de volta em segurança, então Deus seria o Deus de Jacó, e este lhe dedicaria um décimo de suas riquezas. Era confortador (embora assustador) ser informado de que Deus faria tanta coisa por ele. Mas seria imprudência apegar-se demasiadamente à promessa. Não temos meios de descobrir qual era o raciocínio de Jacó. Talvez jamais lhe ocorresse que duvidar da integridade do Deus Altíssimo era pecado. O que está claro é que ele adotou uma atitude de" ver para crer "com relação às promessas. E de suas ações subseqüentes podemos ter certeza de que ele pretendia" dar uma mãozinha "às promessas com todo tipo de ardis que pudesse imaginar".
Será que às vezes não fazemos o mesmo? Será que, às vezes, não queremos dar uma "mãozinha" a Deus?
Trabalhando, mas sendo enganado por um tio trapalhão:
1. Jacó foi enganado em seu casamento - após trabalhar sete anos para casar com Raquel, a filha mais jovem de Labão, casaram-no com Lia, e teve de se comprometer de trabalhar mais sete anos para casar-se com a amada Raquel.
2. Teve um relacionamento de desconfiança com Labão por causa de negócios (este por dez vezes mudou o seu salário - Gen 31:7. Cada um procurava levar vantagem sobre o outro).
A coisa mais importante num relacionamento com Deus não é o que a pessoa ganha em segurança pessoal ou prosperidade material, mas em comunhão com Ele e paz de espírito. Você pode estar em perfeita segurança, mas sem experimentar nenhuma paz. Ainda que Jacó não o soubesse estava seguro.
Deixando o tio (mas se reconciliando com ele)

Tendo deixado Labão, em segredo, Deus promoveu que, dessa vez, a fuga de Jacó não fosse como foi com Esaú, e Jacó e Labão se afastaram, mas reconciliados, sem mágoa.
Gen 31:26-(55). Deus não permitiu que acontecesse com Jacó e Labão o mesmo corte de relações que acontecera entre Jacó e Esaú.
O retorno à parentela - aprendendo a depender de Deus.
Alguns de nossos caminhos mais difíceis é quando retornamos à nossa parentela. Parece que aqui as dificuldades se multiplicam e a nossa energia diminui. Jacó chega a estabelecer uma estratégia de presentes para "amansar o irmão", mas quando soube que Esaú vinha até ele com quatrocentos homens... Teve medo.

Gen 32:6-13
  • 6 Voltaram os mensageiros a Jacó, dizendo: Fomos a teu irmão Esaú; também ele vem de caminho para se encontrar contigo, e quatrocentos homens com ele.
  • 7 Então Jacó teve medo e se perturbou; dividiu em dois bandos o povo que com ele estava, e os rebanhos, os bois e os camelos.
  • 8 Pois disse: Se vier Esaú a um bando e o ferir, o outro bando escapará.
  • 9 E orou Jacó: Deus de meu pai Abraão, e Deus de meu pai Isaque, ó Senhor que me disseste: Torna à tua terra, e à tua parentela, e te farei bem;
  • 10 sou indigno de todas as misericórdias e de toda fidelidade, que tens usado para com teu servo; pois apenas com o meu cajado atravessei este Jordão; já agora sou dois bandos.
  • 11 Livra-me das mãos de meu irmão Esaú, porque eu o temo, para que não venha ele matar-me, e as mães com os filhos.
  • 12 E disseste: Certamente eu te farei bem, e dar-te-ei a descendência como a areia do mar, que, pela multidão, não se pode contar.
  • 13 E, tendo passado ali aquela noite, separou do que tinha um presente para seu irmão Esaú.
A luta (Gen. 32:22-32)

Deus veio mostrar para Jacó que a sua luta não era contra Labão ou Esaú, mas contra o próprio Deus. Jacó descobre isso no decorrer da luta, e mesmo machucado, não larga aquele com quem luta reconhecendo que o mesmo pode abençoá-lo."O fato de aleijá-lo e dar-lhe outro nome mostra que os fins de Deus continuavam sendo os mesmos; queria ter para Si toda a disposição que Jacó tinha para vencer, alcançar, conseguir, mas expurgada da auto-suficiência, e reorientada para o objeto certo do amor humano - Deus mesmo"."Gênesis - comentário de Derek Kidner-Editora Mundo Cristão".
Como acontece com muitas pessoas, tinha sido uma luta contra um Deus que estava determinado a abençoá-lo e ajudá-lo. Deus está lutando com você? Ele não quer colocá-lo em uma situação de miséria em que você não tenha outra escolha a não ser lançar-se sobre a misericórdia dEle. Mas Ele o fará se necessário. Talvez já o tenha feito.
"Não te deixarei ir se não me abençoares".

Eram as palavras que Deus estava esperando há mais de quarenta anos. Ele preferia que Jacó tivesse reconhecido a sua impotência e tivesse se lançado sobre a misericórdia divina muito tempo antes. Ele não queria reduzi-lo àquela condição extrema, mas Jacó deixou-lhe pouca escolha. E a resposta de Deus foi rápida. Jacó tinha vencido através de sua dependência e desamparo.




















PARA REFLETIR

A respeito de Jacó, um exemplo de caráter restaurado, responda:

Que significa o nome Jacó?
“Aquele que segura pelo calcanhar” ou “suplantador”.

Por que Esaú aborreceu a Jacó?
Por causa da bênção que seu pai deu a Jacó por engano.

Quantas vezes Jacó mentiu a seu pai por ocasião da bênção?
Três vezes.

O que Jacó prometeu a Deus se fosse abençoado em sua viagem?
Dar o dízimo de tudo.

Que aconteceu com Jacó, no vau de Jaboque?
Seu nome foi mudado para Israel, e viu Deus “face a face”.




SUBSÍDIOS ENSINADOR CRISTÃO

Jacó, um exemplo de um caráter restaurado

O desvio de caráter é algo sério. Significa violar valores fundamentais que, uma vez não respeitados, põem em xeque o bem estar do outro. Essa afirmativa pode ser exemplificada a partir de dois exemplos.
Primeiramente, digamos que você entrega um valor monetário para uma pessoa, em tese de sua confiança, para depositá-lo numa conta mencionada por você. A pessoa diz que o depositou conforme solicitado. Mas passam os dias e o beneficiário informa que não o recebeu. Ora, por certo houve um problema eletrônico ou algo do tipo — pode-se pensar. Entretanto, a pessoa que você pediu para depositar o valor sabe que não houve problema algum, pois simplesmente ela o tomou para si.
Segundo, imagine um partido político uma vez no poder, que outrora pregava contra a corrupção, deliberadamente não obedece as leis fiscais, não se faz transparente, maquia a contabilidade no ano de eleições a fim de os adversários políticos e a sociedade não terem acesso às informações verdadeiras. Tudo em nome de uma causa que poucos conhecem a quem interessa. Desobedecer deliberadamente as leis a fim de esconder o próprio crime é a prova cabal do desvio de caráter. Portanto, algo muito sério!
Os casos mencionados, ambos exemplos da vida real, prejudicaram pessoas. O primeiro lesou duas: a que solicitou o depósito e a que teria de recebê-lo. Imagine o transtorno com atrasos, necessidades não atendidas e outras mais! O segundo caso lesou a nação inteira, pois trabalhadores perderam seus empregos, empresas faliram e a Economia quebrou. É impossível calcular as décadas de perda para essa nação. Demorará muito para ela se recuperar.
Na presente lição acerca do caráter de Jacó, tanto do ponto de vista individual quanto do coletivo, não podemos tratar o desvio de caráter como se fosse algo distante de nós. Invariavelmente, é possível o cristão comum se vê num contexto em que essa luta travada com a natureza humana se manifeste. Entretanto, devemos dar ênfase ao aspecto restaurador do caráter de Jacó, pois a história do patriarca mostra o quanto a natureza humana pode ser alterada a partir de um verdadeiro encontro com Deus. Um processo de metanoia se instala, isto é, há uma transformação radical no caráter, carregada de uma convicção profunda de arrependimento. Ora, em Cristo Jesus, todo ser humano pode ter esse encontro com o nosso eterno Senhor. Em Cristo, o caráter pode ser restaurado!















Panorama do AT – Gênesis (Patriarcas)
Gênesis 12-36

No estudo anterior vimos:

Como são chamados os primeiros cinco livros da Bíblia – Pentateuco. E que no entendimento dos hebreus, a Lei de Deus tem cinco partes e toda ela está ali, naquele livro. Para eles o Pentateuco é a totalidade da Lei Divina. Portanto, Pentateuco significa livro em cinco volumes.
Que Gênesis vem de uma palavra grega e significa origem ou princípio e, que na Bíblia hebraica, o livro recebe o nome correspondente à primeira palavra do livro Bereshit, que é traduzida comumente para o português por “No princípio”.

O conteúdo do livro de Gênesis que, pode ser estudado em três partes: 1ª) Primórdios – Gn 1-11; 2ª) Patriarcas – Gn 12-36; e 3ª) Descida para o Egito – Gn 37-50.
Na primeira parte, o período dos primórdios, se resume em três expressões: Criação, Dilúvio e Babel. Na segunda parte, o período dos patriarcas, em três nomes: Abraão, Isaque e Jacó. E na terceira parte, o período da descida para o Egito, em três fases: Até o Egito, até a exaltação e até a morte.
Terminamos estudando os Primórdios – Gn 1-11, em suas três fases: Criação, Dilúvio e Babel.

Hoje, vamos olhar com mais atenção, a segunda parte do livro de Gênesis: PatriarcasGn 12-36Abraão, Isaque e Jacó.

I. Segunda Parte – Patriarcas – Gn 12-36 – Abraão, Isaque e Jacó.

1. Abraão – Gn 12.1-25.18 – Os pontos importantes da sua vida são:

a.    Sua descendência – Gn 11.10-32 – Nos vv.10-26 temos “uma lista seletiva de dez gerações registrada com o propósito de mostrar a ascendência de Abraão”.[1] Nos vv.27-32 temos a família de Abraão começando por Tera, seu pai, e seus dois irmãos Naor e Harã. A saída de Tera de Ur dos Caldeus com a intenção de ir para Canaã, mas sua parada e morte em Harã.

b.   Seu chamado – Gn 12.1-3 – Aqui Abraão ainda era chamado de Abrão. Abrão significa pai exaltado. “Essa passagem é a promessa cujo cumprimento perpassa toda a Escritura (de fato ou em expectativa) até Apocalipse 20”.[2] O chamado de Abraão foi acompanhado de algumas promessas feitas por Deus. Dentre elas, temos três que são as mais importantes encontradas, aqui, no texto. Elas são enfatizadas de modo especial no restante do livro e são básicas para o entendimento do restante do Antigo Testamento: 1ª) A promessa da terra (12.1, 7; 15.18-21) – De 12.4 a 14.24 temos a confirmação de sua fé nesta promessa (13.12; 14.6, 17, 18, 19, 21); 2ª) A promessa de ser uma grande nação (12.2) – De 15.1 a 17.27 temos a confirmação de sua fé nesta promessa (15.2, 4, 18; 16.1-3; 16.12; 17.7, 8, 11; 17.16, 19, 21); e 3ª) a promessa de proteção e descendência abençoadora (12.3; 18.18; 22.18) – De 18.1 a 19.38 temos a confirmação de sua fé nesta promessa (18.16-19; 18.22, 23; 19.16, 29).

c.    Sua humanidade – Apesar de sua generosidade e da sua fé, Abraão era pecador e caiu na fraqueza da sedução e mentira – Gn 12.10-20; 13.7-18; 16; 20.

d.   Sua Fé – Temos um resumo de sua vida de fé em Hebreus 11.8-19. (cf. Gn 12-25) Então, podemos afirmar que: Abraão é o exemplo de homem de fé.

2. Isaque – Gn 25.19-36.43 – Os pontos importantes da sua vida são:

a.    Seu casamentoGn 24. Uma história comovente de fé e esperança.

b.   Seu chamado na confirmação da promessa feita a Abração seu pai – Deus confirma a promessa feita a Abraão e faz a promessa também a Isaque, enfatizando os mesmos três importantes elementos anteriores:
1º) terra – Gn 26.2b, 3;
2º) grande nação – Gn 26.4a; e
3º) proteção e descendência abençoadora – Gn 26.3b, 4b, 5.

c.    Sua humanidade – Apesar de ser pacífico e da sua fé, Isaque era pecador e caiu na fraqueza da mentira – Gn 26.

d.   Sua Fé – Isaque seguiu os passos de seu pai – Hebreus 11.20. (cf. 27.1-28.5) Isaque é o exemplo de homem pacifista – Gn 26.12-35.

3. Jacó – Gn 27-36 – Os pontos importantes da sua vida são:

a.    Seu nascimentoGn 25.19-27 – O nascimento de Jacó e seu irmão Esaú deu início a dois povos – israelitas e edomitas. A luta dentro do ventre da mãe, Rebeca, prefigurava o futuro antagonismo que haveria entre duas nações que procederiam dos gêmeos, Esaú e Jacó – v.23.

b.   Seu chamado na confirmação da promessa feita a Abração e a Isaque – Deus confirma a promessa feita a Abraão e a Isaque e faz a promessa também a Jacó, enfatizando os mesmos três importantes elementos anteriores:
1º) a terra – Gn 28.13;
2º) a grande nação – Gn 28.14a; e
3º) a proteção e descendência abençoadora – Gn 28.14b, 15.

c.    Sua humanidade – Apesar de ser pacato e da sua fé, Jacó era pecador e caiu na fraqueza da mentira e do engano – Gn 27.35, 37.

d.   Sua fé – Jacó demorou um pouco para seguir os passos de fé de seu avô Abraão e de seu pai Isaque, mas, após um encontro pessoal com Deus, ele passou a servi-lo corretamente – Gn 32.22-32; Hb 11.21. Assim, Jacó se tornou o exemplo do homem convertido.


Concluindo

Vimos como Abraão é o exemplo do homem de fé, como Isaque é o exemplo do homem pacifista e como Jacó é o exemplo do homem convertido. A principal lição dos patriarcas é esta: “nossa vida deve ser dirigida por Deus”.[3]

Enquanto a pessoa não se encontra realmente com Deus, não dá o passo definitivo na vida. Nada tem significação sem a decisão de servir aos propósitos divinos, decisão feita, de uma vez para sempre.[4]





[1] Ryrie, Charles C. A Bíblia Anotada, SBB e MC, 2007, p. 17.
[2] MacArthur, John. Bíblia de Estudo MacArthur, SBB, 2010, p. 32.
[3] Ferreira, Júlio Andrade. Conheça sua Bíblia, Volume 1 – Gênesis a Levítico, LPC, 2008, p. 28.
[4] Ibid., p. 28.








Jacó
Nome hebraico ou grego
יעקב
Pais
Filhos
Anos de vida
147 anos
Livros
Jacó ou Jacob (em hebraico: יעקב, transl. Yaʿaqov, em árabe: يعقوب, transl. Yaʿqūb), também conhecido como Israel (em hebraico: יִשְׂרָאֵל, transl. Yisraʾel; em árabe: اسرائيل, transl. Isrāʾīl), foi o terceiro patriarca da bíblia. Entretanto, arqueólogos não encontraram nenhuma evidência significativa da existência de Jacó.

Etimologia
Jacó – no texto grego da Septuaginta, Ἰακώβ – é traduzido como “aquele que segura pelo calcanhar”. Tomando como referência a mesma fonte, Israel – no grego, Ἰσραήλ - é traduzido como “aquele que lutou com Deus”.

História
Jacó era filho de Isaac (ou Isaque) e Rebeca, irmão gêmeo de Esaú e neto de Abraão. Sua história ocupa vinte e cinco capítulos do livro de Gênesis. [Seu nascimento é descrito em Gênesis 25:19 e sua morte em Gênesis 50:13.]
Feita a profecia de Deus a Rebeca sobre as duas nações que nasceriam do seu ventre[Gênesis 25:23.] é que nascem Esaú e Jacó. Seus descendentes seriam os edomitas e os israelitas, respectivamente. Jacó, com suas esposas Leia e Raquel, e suas duas concubinas, Bila e Zilpa, teria doze filhos – os futuros líderes das famosas Doze (12) Tribos de Israel: Rúben, Simeão, Levi, Judá, , Naftali, Gade, Aser, Issacar, Zebulom, José e Benjamim [Durante o Êxodo do Egito, a tribo de José foi dividida em duas, as tribos de Manassés e Efraim (os dois filhos de José com a sua esposa egipicia Azenate, que José elevou ao estado de tribos] – e uma única filha, Diná. José não entra na composição direta do futuro Estado de Israel, mas sim seus dois filhos – Manasses e Efraim –, que seriam adotados por Jacó. Levi é outro filho de Jacó que não recebe herança na Terra Prometida, porque o Senhor é a sua herança.
Após se passar pelo irmão para obter a bênção do pai, Isaque (já em leito de morte), Jacó entra em pé de guerra com Esaú. Sua mãe aconselha-o a sair de casa, prometendo-o chamar de volta quando o irmão se acalmasse. Neste ponto a idade de Jacó é de 40 anos. Isso pode ser atestado pelo casamento de Esaú, aos 40 anos, com mulheres que trouxeram problemas para a família (Gênesis 26:34,35). Rebeca usou desse argumento para que Isaque abençoasse a ida de Jacó, então com 100 anos, para Padã-Arã. Jacó, então, deixa a casa do pai e ruma a Padã-Arã (região da atual Siria), onde casa-se com duas jovens, Léia e Raquel. Após trabalhar 14 anos pelas esposas e mais 6 anos pela familia, (Gênesis 31.41), Deus diz para retornar à sua terra. (Gênesis 31.3) Ele parte com suas duas esposas, duas criadas, onze filhos e uma filha, seus criados e respectivos rebanhos[ Gênesis 32:22]. Após fazer um pacto com Deus, que o ajudaria a voltar para a Terra Prometida são e salvo, já em viagem e rumando sul ao longo de uma rota que ficaria a leste do rio Jordão, a caravana chega ao Jaboque, um afluente do rio maior, e Jacó toma ciência de que o irmão estaria a caminho com um exército de 400 homens[Gênesis 32:6]. Ele resolve, então, mandar a família atravessar o rio para ali ficar em comunhão com Deus, passando a noite à margem norte do afluente. Diz o Gênesis:
"Ficando ele só (...) lutava com ele um homem, até o romper do dia. Vendo este que não podia com ele, tocou-lhe a articulação da coxa; deslocou-se a junta da coxa de Jacó, na luta com o homem. Disse este: 'não te deixarei ir, se não me abençoares'. Perguntou-lhe, pois: 'Como te chamas?'. Ele respondeu: 'Jacó'. Então disse: 'Já não te chamarás Jacó, e, sim, Israel: pois como príncipe lutaste com Deus e os homens, e prevaleceste'. Tornou Jacó: 'Dize, rogo-te, como te chamas?'. Respondeu ele: 'Por que perguntas pelo meu nome?'. E o abençoou ali." (Gênesis 32:24:9)
Jacó retorna a Terra de seus pais com 60 anos (40 anos na ida mais 20 em Padã-Arã) e ainda vê seu pai durante mais 60 anos, que morre com 180 anos de idade, 10 anos antes de Jacó ir para o Egipto encontrar seu filho José (Gênesis 35.28). Jacó viveu 17 anos no Egito (Gênesis 47.28) e morreu aos 147 anos.
1.                 Durante o Êxodo do Egito, a tribo de José foi dividida em duas, as tribos de Manassés e Efraim (os dois filhos de José com a sua esposa egipicia Azenate, que José elevou ao estado de tribos).

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