LIÇÕES BÍBLICAS CPAD ADULTOS 2º
Trimestre de 2017
Título: O Caráter
do Cristão — Moldado pela Palavra de Deus e provado como ouro – Comentarista:
Elinaldo Renovato
Lição 5: Jônatas, um Exemplo de Lealdade
TEXTO ÁUREO
“E
Jônatas e Davi fizeram aliança; porque Jônatas o amava como à sua própria alma”
(1Sm 18.3).
VERDADE
PRÁTICA
O
cristão deve ser exemplo de lealdade a Deus, a seus familiares e a todos os que
estão ao seu redor.
LEITURA
DIÁRIA
Dt 3.22 Deus peleja pelo seu povo
22 Não
os temais, porque o Senhor vosso Deus é o que peleja por vós.
Pv 17.17 Na angústia nasce o irmão
17 Em
todo o tempo ama o amigo e para a hora da angústia nasce o irmão.
Pv 18.24 Amigo mais chegado que um irmão
24 O
homem de muitos amigos deve mostrar-se amigável, mas há um amigo mais chegado
do que um irmão.
Pv 27.10 Um amigo não abandona o outro
10 Não
deixes o teu amigo, nem o amigo de teu pai; nem entres na casa de teu irmão no
dia da tua adversidade; melhor é o vizinho perto do que o irmão longe.
Jo 11.11 Um amigo de Jesus
11 Assim
falou; e depois disse-lhes: Lázaro, o nosso amigo, dorme, mas vou despertá-lo
do sono.
1Sm 26.23 O Senhor paga a lealdade
23 O
Senhor, porém, pague a cada um a sua justiça e a sua lealdade; pois o Senhor te
entregou hoje na minha mão, porém não quis estender a minha mão contra o ungido
do Senhor.
LEITURA
BÍBLICA EM CLASSE
1 Samuel 18.3,4; 19.1,2; 20.8,16,17,31,32.
1 Samuel 18
3 — E Jônatas e Davi fizeram aliança; porque
Jônatas o amava como à sua própria alma.
4 — E Jônatas se despojou da capa que trazia sobre
si e a deu a Davi, como também as suas vestes, até a sua espada, e o seu arco,
e o seu cinto.
1 Samuel 19
1 — E falou Saul a Jônatas, seu filho, e a todos os
seus servos para que matassem Davi. Porém Jônatas, filho de Saul, estava mui
afeiçoado a Davi.
2 — E Jônatas o anunciou a Davi, dizendo: Meu pai,
Saul, procura matar-te; pelo que, agora, guarda-te, pela manhã, e fica-te num
lugar oculto, e esconde-te.
1 Samuel 20
8 — Usa, pois, de misericórdia com o teu servo,
porque fizeste a teu servo entrar contigo em aliança do Senhor; se, porém, há
em mim crime, mata-me tu mesmo; por que me levarias a teu pai?
16 — Assim, fez Jônatas aliança com a casa de Davi,
dizendo: O Senhor o requeira da mão dos inimigos de Davi.
17 — E Jônatas fez jurar a Davi de novo, porquanto o
amava; porque o amava com todo o amor da sua alma.
31 — Porque todos os dias que o filho de Jessé viver
sobre a terra nem tu serás firme, nem o teu reino; pelo que envia e traze-mo
nesta hora, porque é digno de morte.
32 — Então, respondeu Jônatas a Saul, seu pai, e lhe
disse: Por que há de ele morrer? Que tem feito?
1 Samuel 18
1 E sucedeu que, acabando ele
de falar com Saul, a alma de Jônatas se ligou com a alma de Davi; e Jônatas o
amou, como à sua própria alma.
2 E Saul naquele dia o tomou,
e não lhe permitiu que voltasse para casa de seu pai.
3 E Jônatas e Davi fizeram
aliança; porque Jônatas o amava como à sua própria alma.
4 E Jônatas se despojou da
capa que trazia sobre si, e a deu a Davi, como também as suas vestes, até a sua
espada, e o seu arco, e o seu cinto.
5 E saía Davi aonde quer que
Saul o enviasse e conduzia-se com prudência, e Saul o pôs sobre os homens de
guerra; e era aceito aos olhos de todo o povo, e até aos olhos dos servos de
Saul.
6 Sucedeu, porém, que, vindo
eles, quando Davi voltava de ferir os filisteus, as mulheres de todas as
cidades de Israel saíram ao encontro do rei Saul, cantando e dançando, com
adufes, com alegria, e com instrumentos de música.
7 E as mulheres dançando e
cantando se respondiam umas às outras, dizendo: Saul feriu os seus milhares,
porém, Davi os seus dez milhares.
8 Então Saul se indignou
muito, e aquela palavra pareceu mal aos seus olhos, e disse: Dez milhares deram
a Davi, e a mim somente milhares; na verdade, que lhe falta, senão só o reino?
9 E, desde aquele dia em
diante, Saul tinha Davi em suspeita.
10 E aconteceu no outro dia,
que o mau espírito da parte de Deus se apoderou de Saul, e profetizava no meio
da casa; e Davi tocava a harpa com a sua mão, como nos outros dias; Saul,
porém, tinha na mão uma lança.
11 E Saul atirou com a lança,
dizendo: Encravarei a Davi na parede. Porém Davi se desviou dele por duas
vezes.
12 E temia Saul a Davi, porque
o Senhor era com ele e se tinha retirado de Saul.
13 Por isso Saul o desviou de
si, e o pôs por capitão de mil; e saía e entrava diante do povo.
14 E Davi se conduzia com
prudência em todos os seus caminhos, e o Senhor era com ele.
15 Vendo então Saul que tão
prudentemente se conduzia, tinha receio dele.
16 Porém todo o Israel e Judá
amava a Davi, porquanto saía e entrava diante deles.
17 Por isso Saul disse a Davi:
Eis que Merabe, minha filha mais velha, te darei por mulher; sê-me somente
filho valoroso, e guerreia as guerras do Senhor (porque Saul dizia consigo: Não
seja contra ele a minha mão, mas sim a dos filisteus).
18 Mas Davi disse a Saul: Quem
sou eu, e qual é a minha vida e a família de meu pai em Israel, para vir a ser
genro do rei?
19 Sucedeu, porém, que ao
tempo que Merabe, filha de Saul, devia ser dada a Davi, ela foi dada por mulher
a Adriel, meolatita.
20 Mas Mical, a outra filha de
Saul amava a Davi; o que, sendo anunciado a Saul, pareceu isto bom aos seus
olhos.
21 E Saul disse: Eu lha darei,
para que lhe sirva de laço, e para que a mão dos filisteus venha a ser contra
ele. Pelo que Saul disse a Davi: Com a outra serás hoje meu genro.
22 E Saul deu ordem aos seus
servos: Falai em segredo a Davi, dizendo: Eis que o rei te está mui afeiçoado,
e todos os seus servos te amam; agora, pois, consente em ser genro do rei.
23 E os servos de Saul falaram
todas estas palavras aos ouvidos de Davi. Então disse Davi: Parece-vos pouco
aos vossos olhos ser genro do rei, sendo eu homem pobre e desprezível?
24 E os servos de Saul lhe
anunciaram isto, dizendo: Foram tais as palavras que falou Davi.
25 Então disse Saul: Assim
direis a Davi: O rei não tem necessidade de dote, senão de cem prepúcios de
filisteus, para se tomar vingança dos inimigos do rei. Porquanto Saul tentava
fazer cair a Davi pela mão dos filisteus.
26 E anunciaram os seus servos
estas palavras a Davi, e este negócio pareceu bem aos olhos de Davi, de que
fosse genro do rei; porém ainda os dias não se haviam cumprido.
27 Então Davi se levantou, e
partiu com os seus homens, e feriu dentre os filisteus duzentos homens, e Davi
trouxe os seus prepúcios, e os entregou todos ao rei, para que fosse genro do
rei; então Saul lhe deu por mulher a sua filha.
28 E viu Saul, e notou que o
Senhor era com Davi; e Mical, filha de Saul, o amava.
29 Então Saul temeu muito mais
a Davi; e Saul foi todos os seus dias inimigo de Davi.
30 E, saindo os príncipes dos
filisteus à campanha, sucedia que Davi se conduzia com mais êxito do que todos
os servos de Saul; portanto o seu nome era muito estimado.
1 Samuel 19
1 E falou Saul a Jônatas, seu
filho, e a todos os seus servos, para que matassem a Davi. Porém Jônatas, filho
de Saul, estava mui afeiçoado a Davi.
2 E Jônatas o anunciou a
Davi, dizendo: Meu pai, Saul, procura matar-te, pelo que agora guarda-te pela
manhã, e fica-te em oculto, e esconde-te.
3 E sairei eu, e estarei à
mão de meu pai no campo em que estiverdes, e eu falarei de ti a meu pai, e
verei o que há, e to anunciarei.
4 Então Jônatas falou bem de
Davi a Saul, seu pai, e disse-lhe: Não peque o rei contra seu servo Davi,
porque ele não pecou contra ti, e porque os seus feitos te são muito bons.
5 Porque expôs a sua vida, e
feriu aos filisteus, e fez o Senhor um grande livramento a todo o Israel; tu
mesmo o viste, e te alegraste; porque, pois, pecarias contra o sangue inocente,
matando a Davi, sem causa?
6 E Saul deu ouvidos à voz de
Jônatas, e jurou Saul: Vive o Senhor, que não morrerá.
7 E Jônatas chamou a Davi, e
contou-lhe todas estas palavras; e Jônatas levou Davi a Saul, e esteve perante
ele como antes.
8 E tornou a haver guerra; e
saiu Davi, e pelejou contra os filisteus, e feriu-os com grande matança, e
fugiram diante dele.
9 Porém o espírito mau da
parte do Senhor se tornou sobre Saul, estando ele assentado em sua casa, e
tendo na mão a sua lança; e tocava Davi com a mão, a harpa.
10 E procurou Saul encravar a
Davi na parede, porém ele se desviou de diante de Saul, o qual feriu com a
lança a parede; então fugiu Davi, e escapou naquela mesma noite.
11 Porém Saul mandou
mensageiros à casa de Davi, que o guardassem, e o matassem pela manhã; do que
Mical, sua mulher, avisou a Davi, dizendo: Se não salvares a tua vida esta
noite, amanhã te matarão.
12 Então Mical desceu a Davi
por uma janela; e ele se foi, e fugiu, e escapou.
13 E Mical tomou uma estátua e
a deitou na cama, e pôs-lhe à cabeceira uma pele de cabra, e a cobriu com uma
coberta.
14 E, mandando Saul
mensageiros que trouxessem a Davi, ela disse: Está doente.
15 Então Saul tornou a mandar
mensageiros que fossem a Davi, dizendo: Trazei-mo na cama, para que o mate.
16 Vindo, pois, os
mensageiros, eis que a estátua estava na cama, e a pele de cabra à sua
cabeceira.
17 Então disse Saul a Mical:
Por que assim me enganaste, e deixaste ir e escapar o meu inimigo? E disse
Mical a Saul: Porque ele me disse: Deixa-me ir, por que hei de eu matar-te?
18 Assim Davi fugiu e escapou,
e foi a Samuel, em Ramá, e lhe participou tudo quanto Saul lhe fizera; e foram,
ele e Samuel, e ficaram em Naiote.
19 E o anunciaram a Saul,
dizendo: Eis que Davi está em Naiote, em Ramá.
20 Então enviou Saul
mensageiros para trazerem a Davi, os quais viram uma congregação de profetas
profetizando, onde estava Samuel que presidia sobre eles; e o Espírito de Deus
veio sobre os mensageiros de Saul, e também eles profetizaram.
21 E, avisado disto Saul,
enviou outros mensageiros, e também estes profetizaram; então enviou Saul ainda
uns terceiros mensageiros, os quais também profetizaram.
22 Então foi também ele mesmo
a Ramá, e chegou ao poço grande que estava em Secu; e, perguntando, disse: Onde
estão Samuel e Davi? E disseram-lhe: Eis que estão em Naiote, em Ramá.
23 Então foi para Naiote, em
Ramá; e o mesmo Espírito de Deus veio sobre ele, e ia profetizando, até chegar
a Naiote, em Ramá.
24 E ele também despiu as suas
vestes, e profetizou diante de Samuel, e esteve nu por terra todo aquele dia e
toda aquela noite; por isso se diz: Está também Saul entre os profetas?
1 Samuel 20
1 Então fugiu Davi de Naiote,
em Ramá; e veio, e disse a Jônatas: Que fiz eu? Qual é o meu crime? E qual é o
meu pecado diante de teu pai, que procura tirar-me a vida?
2 E ele lhe disse: Tal não
suceda; não morrerás; eis que meu pai não faz coisa nenhuma grande, nem
pequena, sem primeiro me informar; por que, pois, meu pai me encobriria este
negócio? Não será assim.
3 Então Davi tornou a jurar,
e disse: Teu pai sabe muito bem que achei graça em teus olhos; por isso disse:
Não saiba isto Jônatas, para que não se magoe. Mas, na verdade, como vive o
Senhor, e como vive a tua alma, há apenas um passo entre mim e a morte.
4 E disse Jônatas a Davi: O
que disser a tua alma, eu te farei.
5 Disse Davi a Jônatas: Eis
que amanhã é a lua nova, em que costumo assentar-me com o rei para comer; porém
deixa-me ir, e esconder-me-ei no campo, até à tarde do terceiro dia.
6 Se teu pai notar a minha
ausência, dirás: Davi me pediu muito que o deixasse ir correndo a Belém, sua
cidade; porquanto se faz lá o sacrifício anual para toda a linhagem.
7 Se disser assim: Está bem;
então teu servo tem paz; porém se muito se indignar, sabe que já está
inteiramente determinado no mal.
8 Usa, pois, de misericórdia
com o teu servo, porque o fizeste entrar contigo em aliança do Senhor; se, porém,
há em mim crime, mata-me tu mesmo; por que me levarias a teu pai?
9 Então disse Jônatas: Longe
de ti tal coisa; porém se de alguma forma soubesse que já este mal está
inteiramente determinado por meu pai, para que viesse sobre ti, não to
revelaria eu?
10 E disse Davi a Jônatas:
Quem me fará saber, se por acaso teu pai te responder asperamente?
11 Então disse Jônatas a Davi:
Vem e saiamos ao campo. E saíram ambos ao campo.
12 E disse Jônatas a Davi: O
Senhor Deus de Israel seja testemunha! Sondando eu a meu pai amanhã a estas
horas, ou depois de amanhã, e eis que se houver coisa favorável para Davi, e eu
então não enviar a ti, e não to fizer saber;
13 O Senhor faça assim com Jônatas
outro tanto; que se aprouver a meu pai fazer-te mal, também to farei saber, e
te deixarei partir, e irás em paz; e o Senhor seja contigo, assim como foi com
meu pai.
14 E, se eu então ainda viver,
porventura não usarás comigo da beneficência do Senhor, para que não morra?
15 Nem tampouco cortarás da
minha casa a tua beneficência eternamente; nem ainda quando o Senhor
desarraigar da terra a cada um dos inimigos de Davi.
16 Assim fez Jônatas aliança
com a casa de Davi, dizendo: O Senhor o requeira da mão dos inimigos de Davi.
17 E Jônatas fez jurar a Davi
de novo, porquanto o amava; porque o amava com todo o amor da sua alma.
18 E disse-lhe Jônatas: Amanhã
é a lua nova, e não te acharão no teu lugar, pois o teu assento se achará
vazio.
19 E, ausentando-te tu três
dias, desce apressadamente, e vai àquele lugar onde te escondeste no dia do
negócio; e fica-te junto à pedra de Ezel.
20 E eu atirarei três flechas
para aquele lado, como se atirasse ao alvo.
21 E eis que mandarei o moço
dizendo: Anda, busca as flechas. Se eu expressamente disser ao moço: Olha que
as flechas estão para cá de ti; toma-o contigo, e vem, porque há paz para ti, e
não há nada, vive o Senhor.
22 Porém se disser ao moço
assim: Olha que as flechas estão para lá de ti; vai-te embora, porque o Senhor
te deixa ir.
23 E quanto ao negócio de que
eu e tu falamos, eis que o Senhor está entre mim e ti eternamente.
24 Escondeu-se, pois, Davi no
campo; e, sendo a lua nova, assentou-se o rei para comer pão.
25 E, assentando-se o rei,
como das outras vezes, no seu assento, no lugar junto à parede, Jônatas se
levantou, e assentou-se Abner ao lado de Saul; e o lugar de Davi apareceu
vazio.
26 Porém naquele dia não disse
Saul nada, porque dizia: Aconteceu-lhe alguma coisa, pela qual não está limpo;
certamente não está limpo.
27 Sucedeu também no outro
dia, o segundo da lua nova, que o lugar de Davi apareceu vazio; disse, pois,
Saul a Jônatas, seu filho: Por que não veio o filho de Jessé nem ontem nem hoje
a comer pão?
28 E respondeu Jônatas a Saul:
Davi me pediu encarecidamente que o deixasse ir a Belém.
29 Dizendo: Peço-te que me
deixes ir, porquanto a nossa linhagem tem um sacrifício na cidade, e meu irmão
mesmo me mandou ir; se, pois, agora tenho achado graça em teus olhos, peço-te
que me deixes partir, para que veja a meus irmãos; por isso não veio à mesa do
rei.
30 Então se acendeu a ira de
Saul contra Jônatas, e disse-lhe: Filho da mulher perversa e rebelde; não sei
eu que tens escolhido o filho de Jessé, para vergonha tua e para vergonha da
nudez de tua mãe?
31 Porque todos os dias que o
filho de Jessé viver sobre a terra nem tu estarás seguro, nem o teu reino; pelo
que envia, e traze-mo nesta hora; porque é digno de morte.
32 Então respondeu Jônatas a
Saul, seu pai, e lhe disse: Por que há de morrer? Que tem feito?
33 Então Saul atirou-lhe com a
lança, para o ferir; assim entendeu Jônatas que já seu pai tinha determinado
matar a Davi.
34 Por isso Jônatas, todo
encolerizado, se levantou da mesa; e no segundo dia da lua nova não comeu pão;
porque se magoava por causa de Davi, porque seu pai o tinha humilhado.
35 E aconteceu, pela manhã,
que Jônatas saiu ao campo, ao tempo que tinha ajustado com Davi, e um moço
pequeno com ele.
36 Então disse ao seu moço:
Corre a buscar as flechas que eu atirar. Correu, pois, o moço, e ele atirou uma
flecha, que fez passar além dele.
37 E, chegando o moço ao lugar
da flecha que Jônatas tinha atirado, gritou Jônatas atrás do moço, e disse: Não
está porventura a flecha mais para lá de ti?
38 E tornou Jônatas a gritar
atrás do moço: Apressa-te, corre, não te demores. E o moço de Jônatas apanhou
as flechas, e veio a seu senhor.
39 E o moço não entendeu coisa
alguma; só Jônatas e Davi sabiam deste negócio.
40 Então Jônatas deu as suas
armas ao moço que trazia, e disse-lhe: Anda, e leva-as à cidade.
41 E, indo-se o moço,
levantou-se Davi do lado do sul, e lançou-se sobre o seu rosto em terra, e
inclinou-se três vezes; e beijaram-se um ao outro, e choraram juntos, mas Davi
chorou muito mais.
42 E disse Jônatas a Davi:
Vai-te em paz; o que nós temos jurado ambos em nome do Senhor, dizendo: O
Senhor seja entre mim e ti, e entre a minha descendência e a tua descendência,
seja perpetuamente.
43 Então se levantou Davi, e
partiu; e Jônatas entrou na cidade.
OBJETIVO GERAL
Mostrar que o cristão deve ser exemplo de
lealdade a Deus, aos familiares e amigos.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Abaixo, os objetivos específicos referem-se ao
que o professor deve atingir em cada tópico. Por exemplo, o objetivo I
refere-se ao tópico I com os seus respectivos subtópicos.
• Apresentar
as circunstâncias que uniram Jônatas a Davi;
• Mostrar
que a amizade de Jônatas e Davi foi aprovada por Deus;
• Refletir
a respeito das lições do caráter de Jônatas.
INTERAGINDO COM O PROFESSOR
Prezado
professor, estudaremos a respeito da amizade e lealdade de Jônatas e Davi. Esse
é um assunto bem relevante, pois vivemos tempos difíceis onde os interesses
pessoais foram colocados acima das amizades. Então, para refletir com
profundidade e tornar a aula mais participativa, inicie a lição pedindo que os
alunos citem algumas qualidades do caráter de Jônatas e Davi. À medida que eles
forem citando, vá relacionando as qualidades no quadro. Depois de ouvir com
atenção os alunos, explique que as características do caráter de Jônatas e Davi
revelam que eles eram homens cujo caráter foi forjado por Deus. Eles tinham
consciência de suas limitações, eram prudentes e amavam a Deus acima de todas
as coisas. Ressalte o fato de que os amigos são presentes do Pai, por isso,
merecem a nossa lealdade. Sem lealdade não pode haver amizade, é o que nos
ensina a história de Jônatas e Davi.
COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
Jônatas entrou para a história à sombra do pai,
mas pouca coisa herdou de seu genitor. Demonstrou ser um guerreiro cheio de
coragem e determinação. E, aliada à sua coragem, está a sua humildade, sua fé e
obediência ao Senhor, virtudes indispensáveis a um homem de Deus. Sua amizade
por Davi nasceu de forma inesperada, quando assistiu, de perto, a vitória do
jovem pastor de ovelhas sobre o imbatível gigante Golias, o campeão dos
filisteus, que desafiava os exércitos israelitas, e afrontava o nome do Senhor.
[Comentário: Lealdade
é a qualidade, ação ou procedimento de quem é leal, sincero, franco e honesto;
Fiel aos seus compromissos. Amizade
é um sentimento de grande afeição, simpatia, apreço entre pessoas. O Dr. John
Mackay, presidente do Seminário de Princeton, em seu livro “O sentido da vida”,
disse que não há relação mais espiritual e sublime que a amizade. A relação de
amigos é mais elevada que a de irmãos, noivos ou esposos, pois há muitos
irmãos, noivos e esposos que não são amigos. Jônatas (יְהוֹנָתָן; Yonatan: “presente de Deus”), filho mais velho do rei
Saul. Jônatas e Davi são um exemplo clássico de amizade e lealdade, bem ao
estilo das definições postas inicialmente, que deve existir em todas as
amizades. (Veja a Árvore Genealógica de Jônatas: https://pt.wikipedia.org/wiki/J%C3%B3natas). Desde o início da amizade entre estes dois vultos da história
israelita, vemos a diferença do caráter de Jônatas e do seu pai. Se Jônatas
tivesse herdado o caráter do pai, ele teria odiado Davi, já que este estaria
tomando o reino do próprio príncipe. Saul se preocupou com essa ameaça aparente
e lançou uma campanha para matar Davi e segurar o trono para Jônatas. Ele disse
para seu filho, Jônatas: “Pois, enquanto
o filho de Jessé viver sobre a terra, nem tu estarás seguro, nem seguro o teu
reino; pelo que manda buscá-lo, agora, porque deve morrer” (1Sm 20.31).
Jônatas recusou ajudar assassinar Davi, o que o colocou como alvo da fúria de
Saul. Aqui começamos a compreender o Provérbio que diz: “...há amigo mais chegado do que um irmão” (Pv 18.24). Dessa amizade
e fidelidade, Jônatas não ceifou benefícios imediatos. Pessoas egoístas que só
investem nas amizades que oferecem retorno não sabem amar como Jônatas amou, e
acabam decepcionando aqueles que se relacionam com elas. Esta amizade rendeu um
lugar importante na história e amparou seu filho: “Disse Davi: Resta ainda, porventura, alguém da casa de Saul, para que
use eu de bondade para com ele, por amor de Jônatas?” (2Sm 9.1),
Mefibosete, recebeu de Davi um lugar na mesa do rei,
e o
filho de Jônatas passou a ser sustentado como se fosse membro da família real.] Dito isto, vamos pensar maduramente a fé
cristã?
PONTO CENTRAL
Precisamos ser leal a
Deus e aos amigos.
Jónatas
Jónatas (em hebraico: יְהוֹנָתָן / יוֹנָתָן), Hebraico moderno Yonatan / Yəhonatan Tiberian Yônāṯān / Yəhônāṯān; foi um filho do Rei Saul e amigo de David. O significado de Jónatas é “Que Javé Deu”, ou “o presente de Deus”. Jónatas (pt) ou Jônatas (pt-br) e David são um verdadeiro exemplo de amizade. Foi morto em batalha, na qual Saul, seu pai, foi derrotado e se matou.[1 1 Samuel 31
Biografia bíblica
Filho mais velho de Saul, sua primeira menção
ocorre quando ele tem cerca de trinta anos de
idade,[2 ] no
momento da ascensão de Saul ao reinado.[3I Samuel
13:2] Assim como seu pai, ele era um homem de grande
força e atividade,[ II Samuel
1:23] e muito hábil com o arco e a funda.[II Samuel
1:22, I
Crônicas 12:2] A amizade entre Jônatas e seu
pai foi interrompida pelo crescimento da loucura de Saul, até que, em um acesso
de raiva, Jônatas abandona seu pai se une à causa de Davi.[ I Samuel
20:34 ] Ele caiu
junto de seu pai e dois de seus irmãos, na batalha de Gilboa.[ I Samuel
31:2-8 ]
Ele deixou um filho de seis anos de idade, Mefibosete.[ I
Crônicas 8:34] Sua
morte foi cantada por Davi, na Canção do Arco.[ II Samuel
1:17] Ele foi enterrado em Jabesh-gilead, porém seus
restos foram depois removidos, junto com os de seu pai, para Zela, em Benjamim.[II Samuel
21:12]
Mefibosete
Mefibosete (ou Meribe Baal) é um personagem
bíblico do Antigo Testamento,
mencionado no II Samuel, em seu
capítulo 4.[1].
Mefibosete era filho de Jônatas e neto
do Rei Saul, que foi
levado, pela babá, para uma cidade chamada Lo Debar (não memoria), onde havia
sequidão e miséria, e cujos habitantes eram todos mendigos ou doentes. Isso
ocorreu após o atentado contra o reino de Saul, por parte dos filisteus, na
sangrenta batalha no monte Gilboa, o que resultou na morte de Saul e seus três
filhos.[2] Teve
ainda um filho pequeno de nome Mica, morando em Jerusalém.[1]
Samuel ainda registra que Davi deu-lhe os pertences
que um dia foram de Saul e, também, que Mefibosete era "coxo de ambos os
pés". Apesar de neto de seu inimigo (Saul), era o filho de seu amigo
(Jônatas), e Davi o tinha por comensal.[1]
Revela-se que Mefibosete é manco, porque sua ama, o
tomou às pressas, fugindo de assassinos que acabaram de matar seu pai Jônatas,
quando ele tinha 5 anos de idade, e, descuidando-se ela, na pressa, deixou-o
cair, quando ele quebrou seus dois pés, ficando manco e, portanto, aleijado.
Foi o único a não ser enforcado, junto com outros sete descendentes de Saul
(entre os quais estava seu tio, também chamado Isbosete) por causa da promessa
que Davi fez a Jônatas, seu amigo, de que suas sementes cresceriam juntas.[3]
l - CIRCUNSTÂNCIAS QUE UNIRAM JÔNATAS E DAVI
1.
Quem era Jônatas. Era o filho mais velho do rei Saul. Seu nome
significa "dado por Deus" ou "presente de Deus". Ele tinha
todas as condições para ser o substituto do pai. Era valente e hábil no
combate. Sua bravura já fora provada, quando, em Micmás, derrotou toda uma
guarnição dos filisteus, contando apenas com a ajuda de seu fiel escudeiro,
colocando sua fé em ação (1Sm 14.1-14: 1 Sucedeu,
pois, que um dia disse Jônatas, filho de Saul, ao moço que lhe levava as armas:
Vem, passemos à guarnição dos filisteus, que está lá daquele lado. Porém não o
fez saber a seu pai.
2 E estava Saul à extremidade
de Gibeá, debaixo da romeira que havia em Migrom; e o povo que estava com ele
era uns seiscentos homens.
3 E Aías, filho de Aitube,
irmão de Icabode, o filho de Finéias, filho de Eli, sacerdote do Senhor em
Siló, trazia o éfode; porém o povo não sabia que Jônatas tinha ido.
4 E entre os desfiladeiros
pelos quais Jônatas procurava passar à guarnição dos filisteus, deste lado
havia uma penha aguda, e do outro lado uma penha aguda; e era o nome de uma
Bozez, e o nome da outra Sené.
5 Uma penha para o norte
estava defronte de Micmás, e a outra para o sul, defronte de Gibeá.
6 Disse, pois, Jônatas ao
moço que lhe levava as armas: Vem, passemos à guarnição destes incircuncisos;
porventura operará o Senhor por nós, porque para com o Senhor nenhum
impedimento há de livrar com muitos ou com poucos.
7 Então o seu pajem de armas
lhe disse: Faze tudo o que tens no coração; segue, eis-me aqui contigo,
conforme o que quiseres.
8 Disse, pois, Jônatas: Eis
que passaremos àqueles homens, e nos revelaremos a eles.
9 Se nos disserem assim:
Parai até que cheguemos a vós; então ficaremos no nosso lugar, e não subiremos
a eles.
10 Porém, se disserem: Subi a
nós; então subiremos, pois o Senhor os tem entregado nas nossas mãos, e isto
nos será por sinal.
11 Revelando-se eles à
guarnição dos filisteus, disseram os filisteus: Eis que já os hebreus saíram
das cavernas em que se tinham escondido.
12 E os homens da guarnição
responderam a Jônatas e ao seu pajem de armas, e disseram: Subi a nós, e nós
vos ensinaremos uma lição. E disse Jônatas ao seu pajem de armas: Sobe atrás de
mim, porque o Senhor os tem entregado na mão de Israel.
13 Então subiu Jônatas com os
pés e com as mãos, e o seu pajem de armas atrás dele; e os filisteus caíam
diante de Jônatas, e o seu pajem de armas os matava atrás dele.
14 E sucedeu esta primeira
derrota, em que Jônatas e o seu pajem de armas feriram uns vinte homens, em
cerca de meia jeira de terra que uma junta de bois podia lavrar.
15 E houve tremor no arraial,
no campo e em todo o povo; também a mesma guarnição e os saqueadores tremeram,
até a terra se estremeceu porquanto era tremor de Deus.
16 Olharam, pois, as
sentinelas de Saul em Gibeá de Benjamim, e eis que a multidão se dissolvia, e
fugia para cá e para lá.
17 Disse então Saul ao povo
que estava com ele: Ora contai, e vede quem é que saiu dentre nós. E contaram,
e eis que nem Jônatas nem o seu pajem de armas estavam ali.
18 Então Saul disse a Aías:
Traze aqui a arca de Deus (porque naquele dia estava a arca de Deus com os
filhos de Israel).
19 E sucedeu que, estando Saul
ainda falando com o sacerdote, o alvoroço que havia no arraial dos filisteus ia
crescendo muito, e se multiplicava, pelo que disse Saul ao sacerdote: Retira a
tua mão.
20 Então Saul e todo o povo
que havia com ele se reuniram, e foram à peleja; e eis que a espada de um era
contra o outro, e houve mui grande tumulto.
21 Também com os filisteus
havia hebreus, como dantes, que subiram com eles ao arraial em redor; e também
estes se ajuntaram com os israelitas que estavam com Saul e Jônatas.
22 Ouvindo, pois, todos os
homens de Israel que se esconderam pela montanha de Efraim que os filisteus
fugiam, eles também os perseguiram de perto na peleja.
23 Assim livrou o Senhor a
Israel naquele dia; e o arraial passou a Bete-Áven.
24 E estavam os homens de
Israel já exaustos naquele dia, porquanto Saul conjurou o povo, dizendo:
Maldito o homem que comer pão até à tarde, antes que me vingue de meus inimigos.
Por isso todo o povo se absteve de provar pão.
25 E todo o povo chegou a um
bosque; e havia mel na superfície do campo.
26 E, chegando o povo ao
bosque, eis que havia um manancial de mel; porém ninguém chegou a mão à boca,
porque o povo temia a conjuração.
27 Porém Jônatas não tinha
ouvido quando seu pai conjurara o povo, e estendeu a ponta da vara que tinha na
mão, e a molhou no favo de mel; e, tornando a mão à boca, aclararam-se os seus
olhos.
28 Então respondeu um do povo,
e disse: Solenemente conjurou teu pai o povo, dizendo: Maldito o homem que
comer hoje pão. Por isso o povo desfalecia.
29 Então disse Jônatas: Meu
pai tem turbado a terra; ora vede como se me aclararam os olhos por ter provado
um pouco deste mel,
30 Quanto mais se o povo hoje
livremente tivesse comido do despojo que achou de seus inimigos. Porém agora
não foi tão grande o estrago dos filisteus.
31 Feriram, porém, aquele dia
aos filisteus, desde Micmás até Aijalom, e o povo desfaleceu em extremo.
32 Então o povo se lançou ao
despojo, e tomaram ovelhas, e vacas, e bezerros, e os degolaram no chão; e o
povo os comeu com sangue.
33 E o anunciaram a Saul,
dizendo: Eis que o povo peca contra o Senhor, comendo com sangue. E disse:
Aleivosamente procedestes; trazei-me aqui já uma grande pedra.
34 Disse mais Saul:
Dispersai-vos entre o povo, e dizei-lhes: Trazei-me cada um o seu boi, e cada
um a sua ovelha, e degolai-os aqui, e comei, e não pequeis contra o Senhor,
comendo com sangue. Então todo o povo trouxe de noite, cada um pela sua mão, o
seu boi, e os degolaram ali.
35 Então edificou Saul um
altar ao Senhor; este foi o primeiro altar que edificou ao Senhor.
36 Depois disse Saul: Desçamos
de noite atrás dos filisteus, e despojemo-los, até que amanheça o dia, e não
deixemos deles um só homem. E disseram: Tudo o que parecer bem aos teus olhos
faze. Disse, porém, o sacerdote: Cheguemo-nos aqui a Deus.
37 Então consultou Saul a
Deus, dizendo: Descerei atrás dos filisteus? Entregá-los-ás na mão de Israel?
Porém aquele dia não lhe respondeu.
38 Então disse Saul:
Chegai-vos para cá, todos os chefes do povo, e informai-vos, e vede em que se
cometeu hoje este pecado.
39 Porque vive o Senhor que
salva a Israel, que, ainda que seja em meu filho Jônatas, certamente morrerá. E
nenhum de todo o povo lhe respondeu.). Entretanto, por direção de Deus, os rumos da
história de Saul e de Jônatas foram mudados completamente. E isso ocorreu de
forma surpreendente.
[Comentário: Certamente Jônatas, herdeiro natural da coroa
caso a dinastia de Saul tivesse se consolidado, teria sido um grande rei para
Israel, mas sua trajetória ao trono foi interrompida pelo pecado de seu pai. O
“presente de Deus” fez jus ao
significado de seu nome. Quando Saul assumiu o trono de Israel, Jônatas tinha
trinta anos e logo se destacou à frente do exército, embora não fosse o
comandante do exército de seu pai que era Abner, primo do rei Saul. Ele foi um
guerreiro valente, de grande força física e habilidade com o arco e a funda,
uma espécie de estilingue. Como nos conta o relato bíblico, certa vez Jônatas,
levando apenas seu pajem de armas e sem que seu pai soubesse, foi até a
guarnição dos filisteus e matou cerca de vinte homens. Jônatas os derrubava e o
pajem, que vinha atrás dele com as armas, ia matando, um a um, ao fio da
espada.]
2.
Uma batalha que mudou a história. Israel estava no campo de batalha contra os
filisteus, num monte, "no vale do carvalho", e os filisteus estavam
do lado oposto do vale, também sobre um monte (1Sm 17.1-3 E os
filisteus ajuntaram as suas forças para a guerra e congregaram-se em Socó, que
está em Judá, e acamparam-se entre Socó e Azeca, no termo de Damim.
Porém Saul e os homens de Israel se ajuntaram e
acamparam no vale do carvalho, e ordenaram a batalha contra os filisteus.
E os filisteus estavam num monte de um lado, e os
israelitas estavam num monte do outro lado; e o vale estava entre eles. 1 Samuel 17:1-3).
Um gigante filisteu, de nome Golias, campeão de seu povo, desafiava os
exércitos de Israel, mas ninguém tinha coragem de enfrentar o inimigo. O clima
de medo prenunciava a provável derrota de Israel (1Sm 17.10,11 10 Disse
mais o filisteu: Hoje desafio as companhias de Israel, dizendo: Dai-me um
homem, para que ambos pelejemos.
11 Ouvindo então Saul e todo o
Israel estas palavras do filisteu, espantaram-se, e temeram muito.).
[Comentário: Golias (גָּלְיָת) natural de Gate (1Sm 17.4), é descrito como um homem medindo cerca de 2,90m. Em 1º Crônicas 20.5, ficamos sabendo que este tinha um
irmão chamado Lami, morto em outra batalha por El-Hanã: “E tornou a haver guerra com os filisteus; e El-Hanã, filho de Jair,
feriu a Lami, irmão de Golias, o giteu, cuja haste da lança era como órgão de
tecelão”. (1Cr 20:5 ACF). Quando lemos 2º Samuel 21.15-22 e 1º Crônicas
20.1-8, aprendemos que Golias teve ao todo quatro irmãos: Isbi-Benobe, Safe,
Lami, e um "Homem de alta estatura". Todos estes eram gigantes e
filhos do Gigante Rapha em Gate. No site SolaScriptura temos a seguinte
descrição: “Então saiu do arraial dos
filisteus um homem guerreiro, cujo nome era Golias, de Gate, que tinha de
altura seis côvados e um palmo.” (1Sm 17.4 ACF). O cúbito tinha entre 45 e
50 cm, tomemos a média desses valores, 47 cm. Um palmo como o meu tem 25cm.
Portanto, Golias tinha cerca de 6 vezes 47 cm, mais 25 cm, igual a 3,07 metros,
um gigante sem similar nos dias de hoje! Mesmo sendo somente musculoso mas não
gordo, e sendo de proporções normais e não longelíneas e finas como as dos
jogadores de basquete de hoje, Golias deveria pesar 400 kg de fortes músculos,
ossos, e tendões. Um verdadeiro gigante. Humanamente falando, ninguém teria
coragem de enfrentá-lo, ninguém teria a menor chance contra ele. Seria como a
briga de um fila brasileiro contra um poodle” http://solascriptura-tt.org/Bibliologia-PreservacaoTT/Absurdo-GoliasNaoAltoSuficienteJogarNBA-NaLxxVaticanus-TGroppi.htm.]
Absurdo:
Golias não era alto o suficiente nem mesmo para jogar na NBA!
(Segundo a Septuaginta, o
Vaticanus, e as modernas Bíblias alexandrinas, baseadas nessas aberrações.)
Em um grosseiro e ridículo, muito hilário erro quase tão imperdoável como tendo Matusalém sobreviver o dilúvio de Noé, o texto do rasurado e corrompido manuscrito Vaticanus, e o da Septuaginta, também encurtam e abaixam, em muito, o tamanho de Golias, talvez para que não fosse nada extraordinário que Davi teve coragem de o enfrentar, nem foi nenhum milagre que o venceu. (Lembre: a Septuaginta, também conhecida por LXX, foi escrita muito depois do tempo dos apóstolos, copiando algumas frases do N.T. grego, mas fraudes e campanhas foram feitas para fazer crer que era uma tradução do V.T. para o grego, feita muito antes de Cristo. Na realidade, a Septuaginta é apenas a coluna em grego da Hexapla, tradução do Vaticanus para mais 5 idiomas)
Segue-se uma comparação da altura de Golias segundo
duas fontes:
a) O alexandrino e super-rasurado e adulterado manuscrito Vaticanus, e a alexandrina fraude conhecida como Septuaginta ou LXX
a) O alexandrino e super-rasurado e adulterado manuscrito Vaticanus, e a alexandrina fraude conhecida como Septuaginta ou LXX
b) A competente e fiel tradução de João Ferreira de
Almeida, publicada em 1753, hoje impressa somente pela ACF, a Almeida Corrigida
Fiel, da SBTB, a Sociedade Bíblica Trinitariana do Brasil.
ALMEIDA
( GENUÍNO):
“Então saiu do arraial dos filisteus um
homem guerreiro, cujo nome era Golias, de Gate, que tinha de altura seis côvados e um palmo.” (1Sm 17:4
ACF)
O cúbito tinha entre 45 e 50 cm, tomemos a média
desses valores, 47 cm. Um palmo como o meu tem 25cm. Portanto, Golias tinha
cerca de 6 vezes 47 cm, mais 25 cm, igual a 3,07 metros, um gigante sem similar
nos dias de hoje! Mesmo sendo somente musculoso mas não gordo, e sendo de
proporções normais e não longelíneas e finas como as dos jogadores de basquete
de hoje, Golias deveria pesar 400 kg de fortes músculos, ossos, e tendões. Um
verdadeiro gigante. Humanamente falando, ninguém teria coragem de enfrentá-lo,
ninguém teria a menor chance contra ele. Seria como a briga de um fila
brasileiro contra um poodle.
Ora, aqui está como o que os alexandrinos texto alexandrinos, Vaticanus e Septuaginta,. têm, segundo http://www.ecmarsh. com/lxx/Kings% 20I/index. htm (tradução da Septuaginta para o inglês):
LXX:
4 And there went forth a mighty man out of the army of the Philistines, Goliath, by name, out of Geth, his height was four cubits and a span. (1Sm 17:4, tradução da Septuaginta para o inglês)
4 And there went forth a mighty man out of the army of the Philistines, Goliath, by name, out of Geth, his height was four cubits and a span. (1Sm 17:4, tradução da Septuaginta para o inglês)
"4 E saiu um poderoso homem dos
exércitos dos filisteus, Golias por nome, de Gate, sua altura era de quatro côvados (1Sm 17:4, tradução da Septuaginta para o português)
Portanto, a altura de Golias seria de apenas 4
vezes 47 cm, mais 25 cm = 1,88 + 25 cm = 2,13 metros, somente 25
centímetros a mais que meu neto Matheus (mais alto que eu), de 17 anos, o mais
baixo de um time juvenil de um pequeno colégio da pequena capital do pequeno
estado da Paraíba, mesmo este time juvenil tem alguns jogadores que eu acho que
têm mais de 2 metros de altura.
Porque cargas dágua todo Israel estaria mortalmente aterrorizado, tremendo de medo de um homem que quase não foi alto o suficiente para jogar na NBA (National Basket Association, dos USA) ou em qualquer seleção de qualquer país de basquete de primeira linha, é insondável, mas, essa é a situação na LXX.
Vejamos a altura de Saul:
“Este tinha um filho, cujo nome era Saul,
moço, e tão belo que entre os filhos de Israel não havia outro homem mais belo
do que ele; desde os ombros para cima sobressaía a todo o povo.” (1Sm
9:2 ACF)
Ainda jovem, Saul já era pelo menos 35 cm mais alto
do que qualquer outra pessoa no país. Como todos os anos, mesmo no Nordeste
brasileiro, tenho um ou outro aluno com mais de 1,90 metros, e sei que, mesmo
em João Pessoa, há homens com mais de 2,10 metros, tenho que concluir que Saul
provavelmente tinha entre 2,20 metros e 2,45 metros de altura. Por que um
experimentado guerreiro adulto, no auge de suas forças físicas, com cerca de
2,40 metros de altura, e todos os seus bravos campeões no seu exércitos,
provavelmente com algumas dezenas de campeões com mais de 2,00 metros de
altura, teriam tamanho pavor, tremiam de medo, aterrorizados de um
"camarãozinho pequeno" de apenas 2,13 metros, como Golias, é uma
coisa muito difícil de se conceber. Mas a Septuaginta e o Vaticanus estão
infestados de rasuras, de ridículas contradições lunáticas e incríveis, que somente
nos fazem ficar indecisos entre gargalhar ou engasgar de indignação ante seus
extremos do ridículo e contradições.
Que pessoa de mente sã, mesmo uma pessoa sã
perdida, iria aderir tão ferozmente a um texto que escreve:
- que foi o soldado que matou Cristo (ao invés de
Cristo entregar Seu espírito, por Sua livre decisão e vontade) ???!!!
- que a morte foi tragada pela controvérsia, ao
invés de ter sido tragada pela vitória ???!!!
- que Matusalém sobreviveu ao dilúvio de Noé por 14
anos ???!!!
- encurta a altura de Golias até ficar mais baixa
que um jogador médio da NBA???!!!
Teno Groppi, dez.2009.
Teno Groppi, dez.2009.
(traduzido e adaptado por Hélio de M.S., dez.2009)
3.
A presença de Davi. Jessé enviou Davi ao local da batalha para
entregar víveres para seus irmãos e para o chefe do exército (1Sm 17.12-21 12 E Davi era filho de um
homem efrateu, de Belém de Judá, cujo nome era Jessé, que tinha oito filhos; e
nos dias de Saul era este homem já velho e adiantado em idade entre os homens.
13 Foram-se os três filhos mais velhos de Jessé, e seguiram a Saul à
guerra; e eram os nomes de seus três filhos, que se foram à guerra, Eliabe, o
primogênito, e o segundo Abinadabe, e o terceiro Sama.
14 E Davi era o menor; e os três maiores seguiram a Saul.
15 Davi, porém, ia e voltava de Saul, para apascentar as ovelhas de
seu pai em Belém.
16 Chegava-se, pois, o filisteu pela manhã e à tarde; e apresentou-se
por quarenta dias.
17 E disse Jessé a Davi, seu filho: Toma, peço-te, para teus irmãos
um efa deste grão tostado e estes dez pães, e corre a levá-los ao arraial, a
teus irmãos.
18 Porém estes dez queijos de leite leva ao capitão de mil; e
visitarás a teus irmãos, a ver se vão bem; e tomarás o seu penhor.
19 E estavam Saul, e eles, e todos os homens de Israel no vale do
carvalho, pelejando com os filisteus.
20 Davi então se levantou de madrugada, pela manhã, e deixou as
ovelhas com um guarda, e carregou-se, e partiu, como Jessé lhe ordenara; e
chegou ao lugar dos carros, quando já o exército saía em ordem de batalha, e a
gritos chamavam à peleja.
21 E os israelitas e filisteus se puseram em ordem, fileira contra
fileira.).
Contrariando seus irmãos e o próprio rei, Davi se dispôs a enfrentar o
filisteu. Com permissão do rei, e confiando em Deus, Davi foi ao encontro de
Golias, com apenas uma funda e cinco pedras do ribeiro (1Sm 17.40-47 40 E tomou o seu cajado na
mão, e escolheu para si cinco seixos do ribeiro, e pô-los no alforje de pastor,
que trazia, a saber, no surrão, e lançou mão da sua funda; e foi aproximando-se
do filisteu.
41 O filisteu também vinha se aproximando de Davi; e o que lhe levava
o escudo ia adiante dele.
42 E, olhando o filisteu, e vendo a Davi, o desprezou, porquanto era
moço, ruivo, e de gentil aspecto.
43 Disse, pois, o filisteu a Davi: Sou eu algum cão, para tu vires a
mim com paus? E o filisteu pelos seus deuses amaldiçoou a Davi.
44 Disse mais o filisteu a Davi: Vem a mim, e darei a tua carne às
aves do céu e às bestas do campo.
45 Davi, porém, disse ao filisteu: Tu vens a mim com espada, e com
lança, e com escudo; porém eu venho a ti em nome do Senhor dos Exércitos, o
Deus dos exércitos de Israel, a quem tens afrontado.
46 Hoje mesmo o Senhor te entregará na minha mão, e ferir-te-ei, e
tirar-te-ei a cabeça, e os corpos do arraial dos filisteus darei hoje mesmo às
aves do céu e às feras da terra; e toda a terra saberá que há Deus em Israel;
47 E saberá toda esta congregação que o Senhor salva, não com espada,
nem com lança; porque do Senhor é a guerra, e ele vos entregará na nossa mão.
48 E sucedeu que, levantando-se o filisteu, e indo encontrar-se com
Davi, apressou-se Davi, e correu ao combate, a encontrar-se com o filisteu).
E com uma única pedra derrubou o gigante, e o matou com a espada deste (1Sm
17.48-58 E sucedeu que, levantando-se o filisteu, e indo encontrar-se com Davi,
apressou-se Davi, e correu ao combate, a encontrar-se com o filisteu.
E Davi pôs a mão no alforje, e tomou dali uma pedra e com a funda lha atirou, e feriu o filisteu na testa, e a pedra se lhe encravou na testa, e caiu sobre o seu rosto em terra.
Assim Davi prevaleceu contra o filisteu, com uma funda e com uma pedra, e feriu o filisteu, e o matou; sem que Davi tivesse uma espada na mão.
E Davi pôs a mão no alforje, e tomou dali uma pedra e com a funda lha atirou, e feriu o filisteu na testa, e a pedra se lhe encravou na testa, e caiu sobre o seu rosto em terra.
Assim Davi prevaleceu contra o filisteu, com uma funda e com uma pedra, e feriu o filisteu, e o matou; sem que Davi tivesse uma espada na mão.
Por isso correu Davi, e pôs-se em pé sobre o
filisteu, e tomou a sua espada, e tirou-a da bainha, e o matou, e lhe cortou
com ela a cabeça; vendo então os filisteus, que o seu herói era morto, fugiram.
Então os homens de Israel e Judá se levantaram, e
jubilaram, e seguiram os filisteus, até chegar ao vale, e até às portas de
Ecrom; e caíram os feridos dos filisteus pelo caminho de Saaraim até Gate e até
Ecrom.
Então voltaram os filhos de
Israel de perseguirem os filisteus, e despojaram os seus arraiais.
E Davi tomou a cabeça do filisteu, e a trouxe a Jerusalém; porém pôs as armas dele na sua tenda.
E Davi tomou a cabeça do filisteu, e a trouxe a Jerusalém; porém pôs as armas dele na sua tenda.
Vendo, porém, Saul, sair Davi a
encontrar-se com o filisteu, disse a Abner, o capitão do exército: De quem é
filho este moço, Abner? E disse Abner: Vive a tua alma, ó rei, que o não sei.
Disse então o rei: Pergunta,
pois, de quem é filho este moço.
Voltando, pois, Davi de ferir o
filisteu, Abner o tomou consigo, e o trouxe à presença de Saul, trazendo ele na
mão a cabeça do filisteu.
E disse-lhe Saul: De quem és
filho, jovem? E disse Davi: Filho de teu servo Jessé, belemita.).
Uma vitória de desfecho surpreendente. Um gigante vencido por um jovem pastor
de ovelhas. Um exército inteiro posto em fuga após um combate inusitado e
desigual. Assistindo ao duelo estava Jônatas, o filho de Saul, que ficou
profundamente tocado pela vitória de Davi sobre Golias.
[Comentário: Assim que Davi matou o gigante filisteu
Golias, o texto relata que a alma de Jônatas se apegou a Davi, veja: “E sucedeu que, acabando ele de falar com
Saul, a alma de Jônatas se ligou com a alma de Davi; e Jônatas o amou, como à
sua própria alma.” (1 Samuel 18:1). Foi uma grande amizade feita nos céus e
havia um fim proveitoso, como em tudo o que Deus faz que, neste caso, foi
salvar a vida de Davi http://sombradoonipotente.blogspot.com.br/2013/11/a-historia-do-principe-jonatas.html. Do site WebArtigos temos:
“De acordo com o histórico de normas e regras das civilizações israelitas, uma
lei obrigava os campeões de guerra de suas respectivas nações para estarem
presentes nas campanhas de guerra em conquista pelos povos vizinhos. Isso
revela que não só Golias se encontrava nos exércitos das milicias filistéias
sobre o vale de Elá, nos dias em que afrontava seu oponente Israel, mas também
seus 4 irmãos. Golias era um gigante incircunciso. E Golias tinha 4 irmãos
incircuncisos com ele também. A circunsição era a patente de DEUS sobre os
homens Israelitas. DEUS tinha uma aliança com Israel. Golias não era
circuncidado. Golias era filisteu. Davi tinha um pacto com DEUS. Um
incircunciso jamais poderia prevalecer sobre alguem que tem pacto com DEUS.
Acreditando nas promessas do DEUS Elohim para com Israel. Davi não contou
conversa. Ele estava ali para lutar. Lutar limpo. Fair Play. Sabendo que ia
ganhar. A história nos conta que Davi venceu Golias, enquanto esse ainda se
aquecia, se adiantando, tacando uma pedra na cabeça do filisteu. E de um modo
sobrenatural ainda por cima, porque com uma tacada daquelas o certo seria cair
pra trás e não pra frente. Com 1 pedra encravada na testa do herói da nação
oponente, lhe restavam mais 4 pedras. Então .. o que se conclui é que ... o menino
de boa aparência, simpático, pastor de ovelhas com uma funda e 5 pedras no
surrão, não estava ali para matar um gigante. Ele estava ali para matar os
cinco!” http://webartigos.com/artigos/as-5-pedras-de-davi-uma-pedra-pra-cada-gigante/35242.]
Sempre que se menciona o personagem Jônatas, logo
nos vem à memória a amizade de Jônatas, sucessor do trono de Israel e Davi, o
homem que Deus escolheu para reinar sobre o Seu povo, porém a história de
Jônatas não se resume à amizade verdadeira que surgiu entre ele e Davi.
Jônatas teria sido um grande rei de Israel, mas sua
trajetória ao trono foi interrompida pelo pecado de seu pai, Saul, que fez o
que era mau aos olhos do Senhor e por isso, Deus tomou o reino de suas mãos e o
entregou a Davi, cujo coração era segundo o coração de Deus.
Como filho mais velho do belo rei Saul, Jônatas era
o herdeiro natural da coroa, se a dinastia de Saul tivesse se consolidado em
Israel. Mesmo sem assumir o reino na sucessão de seu pai, Jônatas foi um homem
de grandes virtudes e toda a sua história pessoal demonstra isso.
Jônatas significa “o presente de Deus” e,
efetivamente, ele fez jus ao significado de seu nome. Quando Saul assumiu o
trono de Israel, Jônatas tinha trinta anos e logo se destacou à frente dos
exércitos de seu pai. Ele foi um guerreiro valente, de grande força física e
habilidade com o arco e a funda, uma espécie de estilingue.
Assim que Davi matou o gigante filisteu Golias, o
texto relata que a alma de Jônatas se apegou a Davi, veja: “E sucedeu que, acabando ele de falar com Saul, a alma
de Jônatas se ligou com a alma de Davi; e Jônatas o amou, como à sua própria
alma.” (1 Samuel 18:1). Foi uma grande amizade feita
nos céus e havia um fim proveitoso, como em tudo o que Deus faz que, neste
caso, foi salvar a vida de Davi.
Jônatas era um assessor próximo de seu pai e em
várias batalhas, a contar da primeira, no segundo ano do reinado de Saul,
Jônatas esteve à frente dos exércitos em função da lealdade que inspirava nas
tropas, embora não fosse o comandante do exército de seu pai que era Abner,
primo do rei Saul.
Certa vez Jônatas, levando apenas seu pajem de
armas e sem que seu pai soubesse, foi até a guarnição dos filisteus e matou
cerca de vinte homens. Jônatas os derrubava e o pajem, que vinha atrás dele com
as armas, ia matando, um a um, ao fio da espada.
Jônatas foi se afastando do pai, na medida em que
Saul foi enlouquecendo e cometendo todo tipo de pecado diante de Deus e passou
a ser o grande responsável por Saul não conseguir matar o futuro rei de Israel,
Davi. Foi assim que Jônatas avisou Davi para fugir da presença de Saul que
queria mata-lo e usou para isso um estratagema.
Davi estava preocupado, porque imaginava que sua
vida corria risco. Tudo o que Saul fazia, ele comunicava a Jônatas e ele ficou
de avisar Davi para fugir, ou voltar a sentar-se à mesa de Saul se não houvesse
risco e para isso eles combinaram que o sinal seriam flechas que Jônatas
lançaria no campo, como se estivesse praticando pontaria. Se Jônatas dissesse a
seu servo que voltasse logo com as flechas lançadas, era sinal de que Saul não
queria matar Davi, mas se ele dissesse: vai-te embora, porque o Senhor te deixa
ir, então Davi fugiria.
Davi fugiu para salvar a sua vida e só conseguiu
por causa de sua amizade com o príncipe Jônatas. A aliança entre Jônatas e Davi
não foi apenas pessoal, fruto de uma amizade como tantas outras, mas com suas
famílias, veja: “E disse Jônatas a Davi:
Vai-te em paz; o que nós temos jurado ambos em nome do Senhor, dizendo: O
Senhor seja entre mim e ti, e entre a minha descendência e a tua descendência,
seja perpetuamente.” (1 Samuel 20:42).
Jônatas foi fiel ao seu pai até o fim. Em combate
contra os filisteus, os filhos de Israel tiveram uma grande derrota e fugiram
do inimigo e muitos morreram no monte Gilboa. Os filisteus perseguiram o rei
Saul e seus filhos e mataram Jônatas, como também a Abinadabe e Malquisua, seus
irmãos. Na mesma batalha os filisteus feriram gravemente a Saul e ele, para não
cair vivo nas mãos de seus inimigos, se matou.
Os filisteus cortaram a cabeça de Saul e penduraram
seu corpo e de seus três filhos no muro de Bete-Seã e foi preciso alguns homens
corajosos resgatar, durante a noite, os corpos dos membros da Casa Real de
Israel.
A amizade entre Jônatas e Davi foi um tipo do amor
de Jesus por Sua Igreja. Quando Jônatas encontrou com Davi, depois que ele
matou Golias e firmou com ele uma aliança perpétua, a primeira coisa que
Jônatas fez foi se despojar, se despir de suas vestes de príncipe e entrega-las
a Davi, veja: “E Jônatas se despojou da capa
que trazia sobre si, e a deu a Davi, como também as suas vestes, até a sua
espada, e o seu arco, e o seu cinto.”
(1 Samuel
18:4).
Jesus é o Rei da Glória e por amor, para nos
resgatar de nossos pecados, Ele se despiu de Sua glória, Ele deixou Suas vestes
de Rei para nascer de uma mulher, crescer, se tornar homem e entregar
voluntariamente Sua vida na cruz. Assim como Davi fez sua aliança perpétua com
Jônatas e esta aliança foi respeitada, mesmo depois da morte de Jônatas, o que
se propõe é que você faça sua aliança pessoal com Jesus, aliança eterna, que
renderá seus frutos durante toda a sua jornada na terra e no futuro a vida
eterna com Deus.
SÍNTESE DO TÓPICO I
A batalha com Golias contribuiu para criar
laços de amizade entre Jônatas e Davi.
SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO
"A
profunda amizade entre Jônatas e Davi é surpreendente por uma série de razões.
Primeiro, Deus escolheu Davi e não Jônatas (filho de Saul e príncipe de Israel)
para ser o segundo rei de Israel. Segundo, o pai de Jônatas, Saul, sentia
intenso ciúme de Davi e tentou repetidamente matá-lo. Terceiro, Davi era um
indivíduo multitalentoso, muito popular com as massas do que Saul ou Jônatas.
Jônatas
e Davi deviam ter sido pelo menos cautelosos um para com o outro, senão
inimigos declarados. Contudo, eles foram capazes de superar esses obstáculos em
potencial e construir uma amizade exemplar. Talvez a qualidade excepcional de
sua amizade fosse a lealdade. Aquela lealdade estava fundamentada numa profunda
devoção a Deus. Esse maior compromisso foi o que capacitou a amizade deles e
não apenas sobreviver, mas crescer em tempos de confusão e conflito.
Você
é um amigo para todas as horas? Você foge de relacionamentos quando as
dificuldades surgem? Se seus relacionamentos humanos são fracos, examine a
profundidade de sua lealdade a Deus. Você pode se surpreender com o que vai
descobrir" (365 Mensagens Inspiradas em Personagens da Bíblia.12. ed. Rio
de Janeiro: CPAD, 2012, p. 103).
II - UMA AMIZADE APROVADA POR DEUS
1.
Jônatas torna-se amigo de Davi. O povo de Israel jubilou diante da tremenda
vitória. Saul ficou estupefato, e mandou o chefe do exército, Abner, chamar
Davi, que levou como troféu da batalha inusitada a cabeça do filisteu (1Sm
17.54 54 E Davi tomou a cabeça do filisteu, e a trouxe
a Jerusalém; porém pôs as armas dele na sua tenda.
54 Davi tomou a cabeça do
filisteu e a trouxe a Jerusalém; porém pôs as armas dele na sua tenda. IB
54 Davi pegou a cabeça do
filisteu, levou-a para Jerusalém e guardou as armas do filisteu em sua própria
tenda. NVI ). Porém Jônatas, filho de Saul, foi quem mais foi tocado em suas
emoções e sentimentos em relação ao jovem pastor, que derrotou o gigante com o
uso de uma simples funda e um tiro de pedra. De imediato, aquela admiração
despertou em Jônatas um sentimento de amizade e de amor fraternal por Davi.
Deus tem seus caminhos, e, quando Ele quer, cria circunstâncias ou muda
circunstâncias segundo seus propósitos amorosos e soberanos.
[Comentário: “Então
Jônatas fez um pacto com Davi, porque o amava como à sua própria vida. E Jônatas
se despojou da capa que vestia, e a deu a Davi, como também a sua armadura, e
até mesmo a sua espada, o seu arco e o seu cinto” (1Sm 18.3,4). A troca de
túnica ou Capa significa que tua vida se torna minha vida e que minha vida se
torna tua vida. A troca de cinto (ou de armadura, ou de armas) significa
proteção, quem luta contra mim luta contra ti e quem luta contra ti, luta
contra mim. Por isso Davi ajudou o filho de Jônatas depois da morte deste. A
aliança deve ser mantida eternamente, não pode ser quebrada. Davi era homem de
Aliança. Davi colocou o filho de Jônatas para comer em sua mesa e devolveu a
Mefibosete as terras de seu pai Jônatas, para cumprir a aliança feita (2Sm
9.6-9). O rei Saul buscou incansavelmente matar Davi, escolhido por Deus como
seu sucessor. Jônatas, da mesma forma, poderia ter olhado para Davi com inveja
ou ódio, pois se Deus não tivesse nomeado Davi, o próprio Jônatas seria rei
depois da morte de Saul. No entanto, não mostrou o mesmo sentimento do pai,
manteve-se fiel à aliança feita com Davi. Quando Saul tentou matar Davi,
Jônatas protegeu seu amigo (1Sm 20). Davi lamentou amargamente a morte desse
amigo tão especial (2Sm 1.17-27). Mesmo após a morte de Jônatas, Davi buscou
exercer benignidade para com o filho aleijado de seu amigo, Mefibosete (2Sm 9),
em cumprimento da aliança firmada por eles.]
2.
Uma amizade fiel e duradoura. A Bíblia registra com expressão tocante os
sentimentos de Jônatas por Davi. Diz o texto bíblico: "E Sucedeu que,
acabando ele de falar com Saul, a alma de Jônatas se ligou com a alma de Davi;
e Jônatas o amou como à sua própria alma" e fizeram uma aliança diante de
Deus (1Sm 18.1, 3,4 Tendo Davi acabado de falar com Saul, ligou-se a
alma de Jônatas com a de Davi, e Jônatas amou-o como a si mesmo.
Naquele dia Saul o tomou, e não lhe permitiu que
tornasse para a casa de seu pai.
Jônatas e Davi fizeram aliança, porque Jônatas o
amava como a si mesmo.
Despojou-se Jônatas da capa de que estava vestido,
e deu-a a Davi, e bem assim a sua armadura, incluindo a sua espada, o seu arco
e o seu cinto. 1 Samuel
18:1-4). O texto registra expressões que significam que Jônatas não só admirou
grandemente a coragem e a audácia de Davi, como sentiu no seu íntimo que
deveria nutrir por ele profunda amizade fraternal.
[Comentário: Este capítulo todo tem sido interpretado
erroneamente por parte de alguns para tentar justificar praticas abomináveis,
muitos interpretaram o amor entre Davi e Jônatas como um tipo de
homossexualismo, porem se lermos toda a história narrada no livro de 1º Samuel
vemos que o sentimento que é demonstrado ali é de uma amizade verdadeira e um
amor puro fraternal o amor Ágape. Cada um encontrou no outro a afeição que não
tinham em sua própria família. Ligou é a mesma palavra hebraica usada em Gn
44.30 para expressar o amor de Jacó para com Benjamim. Raras naturezas, como a
de Jônatas, poucas vezes atingem lugares de destaque, e o registro de suas
vidas são muito poucos. Mas conforme passam pelo mundo, fortalecem a fé do
homem na humanidade, e deixam atrás de si uma fragrância que perdura.]
3.
Uma aliança do Senhor. Grupos homossexuais procuram distorcer o
sentido desse texto quando a Bíblia diz que Jônatas fez aliança com Davi,
porque "o amava como à sua própria alma" e entregou a Davi suas
vestes e equipamentos de combate (1Sm 18.3, 4 Jônatas e Davi fizeram aliança,
porque Jônatas o amava como a si mesmo.
Despojou-se Jônatas da capa de que estava vestido,
e deu-a a Davi, e bem assim a sua armadura, incluindo a sua espada, o seu arco
e o seu cinto. 1 Samuel
18:3,4). Eles o fazem de forma desonesta e tendenciosa, afirmando que Jônatas
sentiu atração sexual por Davi, e que ambos deram início a uma relação
homoafetiva. Nada mais incoerente com a verdade bíblica. Jônatas era casado e
pai de um filho, cujo nome era Mefibo-sete (2 Sm 4.4 4 Ora
Jônatas, filho de Saul, tinha um filho aleijado dos pés. Este era de cinco anos
de idade, quando chegaram de Jezreel as novas de Saul e de Jônatas; a sua ama o
tomou e fugiu e, apressando-se ela a fugir, caiu o menino e ficou coxo. O seu
nome era Mefibosete.). Em nenhum texto da Bíblia se diz que Jônatas
desobedeceu a Deus e a sua Lei. Ele sabia que, se fosse homossexual, estaria
cometendo "abominação ao Senhor" (Lv 18.22, 22 Não
te deitarás com o homem, como se fosse mulher; é uma abominação.
20.13 13 Se
um homem se deitar com outro homem, como se faz com uma mulher, ambos terão
praticado uma abominação; certamente serão mortos, e o seu sangue recairá sobre
eles.).
Na verdade, aquela amizade calorosa foi inspirada por Deus, pois Jônatas
haveria de ser, tempos depois, o amigo que iria livrar Davi da sanha ciumenta e
sanguinária de Saul. Eles fizeram aliança espiritual, e não uma parceria
abominável aos olhos do Senhor (1Sm 18.3 3 Jônatas
e Davi fizeram aliança, porque Jônatas o amava como a si mesmo.).
Somente a má fé de quem usa a Palavra de Deus para justificar seus pecados pode
afirmar tamanha incoerência e disparate.
[Comentário: Se realizarmos uma busca na internet pelo tema
‘Jônatas e Davi’ ficaremos enojados com tantas sandices afirmando que o amor
entre estas duas personagens bíblicas era homossexual. Sendo o pecado da
homossexualidade claramente condenado pela Lei (Lv 20.13; 18.22), caso Davi e
Jônatas realmente tivessem fossem homossexuais, teriam seu pecado condenado,
conforme estipulava a Lei, ainda mais considerando a natureza publica desse
“amor homossexual” retratado nos textos bíblicos acima. Vemos claramente essa
realidade quando Davi foi punido por ter cometido adultério – que também era
proibido pela Lei – e tentou manter isso oculto, mas foi desmascarado pelo
profeta Natã (2 Sm 12.1-12) e recebeu a punição de Deus pelo seu erro. Assim
fica claro que os textos não apontam para uma relação homossexual “apoiada” por
Deus. Um outro argumento muito forte dos homossexuais está ligado ao texto onde
Davi diz: “Excepcional era o teu amor, ultrapassando o amor de mulheres.” (2
Samuel 1.26). Essa expressão “ultrapassando o amor de mulheres”, segundo os
homossexuais, seria um indício de que havia ali uma relação homossexual. A
minha pergunta é: Desde quando a relação homossexual ultrapassa o amor de
mulheres? Onde está esse parâmetro? Quem o determinou? Fica claro que taxar
essa declaração de Davi como sendo um indicio de homossexualidade é um grave
erro de interpretação! Uma breve olhada no contexto mostra que Davi presta uma
homenagem póstuma a Jônatas, que acabara de morrer. Davi destaca a lealdade e compromisso de Jônatas para com
Ele. Tal compromisso de Jônatas, para Davi, não era comparável nem ao amor de
um relacionamento amoroso entre homem e mulher. É evidente que Davi não teve a
intenção de colocar o amor de amigos como sendo superior ao amor conjugal
hetero, mas o de destacar a impressionante abnegação de Jônatas para com ele, o
que fez com que a amizade deles fosse especial, forte e única http://oseias46a.blogspot.com.br/2014/06/o-rei-davi-e-jonatas-tiveram-um.html. Quando Jônatas ofereceu seus trajes monárquicos a Davi, estava a
oferecendo também a sua aceitação e submissão sob aquele a quem Deus havia
escolhido para reinar sobre Israel. Contraiu com este uma aliança no Senhor, aliança
que só poderia ser quebrada com a morte. O índice de temas da Bíblia de
Referência Thompsom, ALMEIDA (2002, p.1260) descreve as características de
Jônatas em três frases: “fé heroica, (1Sm 14:06); valor intrépido, (1Sm
14-7-13) e amizade abnegada, (1Sm 18:04; 19:2)”.]
O Rei Davi e Jônatas tiveram um relacionamento
homossexual?
Sempre houve um debate muito grande entre cristãos
e homossexuais a respeito do que a Bíblia fala sobre homossexualidade. Aqueles
textos bíblicos que falam sobre o assunto, condenando a prática, sempre foram
rechaçados pelos homossexuais como sendo textos que não representam o
pensamento de Deus sobre o assunto. Porém, nos últimos tempos temos visto
muitos homossexuais procurando na Bíblia textos que possam apoiar suas
práticas. Um dos textos que têm sido usados é o que fala a respeito de Jônatas,
filho do rei Saul, e o rei Davi. Os dois textos mais contundentes usados para
afirmar que Jônatas e Davi tinham um relacionamento homossexual são os dois abaixo:
“Sucedeu que, acabando Davi de falar com Saul, a
alma de Jônatas se ligou com a de Davi; e Jônatas o amou como à sua própria
alma. Saul, naquele dia, o tomou e não lhe permitiu que tornasse para casa de
seu pai. Jônatas e Davi fizeram aliança; porque Jônatas o amava como à sua
própria alma.” (1 Samuel 18.1-3)
“Angustiado estou por ti, meu irmão Jônatas; tu
eras amabilíssimo para comigo! Excepcional era o teu amor, ultrapassando o amor
de mulheres.” (2 Samuel 1.26)
A pergunta é: Esses textos realmente demonstram que
Jônatas e Davi tiveram um relacionamento homossexual e aprovam essa prática?
(1) Sendo o pecado da homossexualidade claramente condenado pela Lei (Lv 20.13; 18.22), caso Davi e Jônatas realmente tivessem tido uma relação homossexual, teriam seu pecado condenado, conforme estipulava a Lei, ainda mais considerando a natureza publica desse – considerado – “amor homossexual” retratado nos textos bíblicos acima. Vemos claramente essa realidade quando Davi foi punido por ter cometido adultério – que também era proibido pela Lei – e tentou manter isso oculto, mas foi desmascarado pelo profeta Natã (2 Sm 12.1-12) e recebeu a punição de Deus pelo seu erro. Assim fica claro que os textos não apontam para uma relação homossexual “apoiada” por Deus.
(2) Em 1 Samuel 18.1 vemos uma expressão usada pelos homossexuais pra dizer que o rei Davi e Jônatas tinha uma “amizade colorida”. O texto diz que “a alma de Jônatas se ligou com a de Davi; e Jônatas o amou como à sua própria alma…”. Segundo eles essa expressão é clara e mostra algo “diferente” entre os dois. Mas será que essa expressão é um indicativo de que ali havia uma relação “homem com homem”? É evidente que não! Em primeiro lugar a palavra “ligou” usada nesse texto, no hebraico, é a mesma palavra usada em Gn 44.30 para expressar o relacionamento de amor (ligação) de Jacó para com seu filho Benjamim, ou seja, não era uma palavra comumente usada para indicar relacionamentos eróticos ou de homossexualidade. Foi usada na Bíblia para indicar uma ligação especial fraterna.
Em segundo lugar, uma observação básica do contexto nos mostra que se trata de uma amizade verdadeira e forte. A leitura de todo o contexto da história desses dois homens de Deus mostra que Jônatas entendia claramente que seu pai Saul perderia o trono e que Davi era o escolhido do Senhor para reinar. Nesse sentido Jônatas mostra compromisso de amizade e lealdade ao futuro rei, mesmo ainda ele não sendo o rei empossado. (1 Sm 23. 15-18; 1 Sm 18.4-5; 1 Sm 20. 12-29;).
(3) A amizade entre Jônatas e o rei Davi não está contrária as indicações bíblicas sobre o exercício de amor ao próximo por ser relatada como intensa, pelo contrário, está dentro do padrão exigido pela Lei: “…mas amarás o teu próximo como a ti mesmo.” (Levítico 19.18). Esse é o padrão máximo do exercício do amor fraternal: Amar como se ama a si mesmo. Infelizmente em nosso tempo cheio de malícia e maldade, quando um homem exerce o amor para com seu próximo da forma que a Bíblia orienta, é taxado por muitos como sendo um homossexual “no armário”. Davi e Jônatas se amaram conforme a Lei e não em descumprimento da Lei tendo uma relação homossexual.
(4) Um outro argumento muito forte dos homossexuais está ligado ao texto onde Davi diz: “Excepcional era o teu amor, ultrapassando o amor de mulheres.” (2 Samuel 1.26). Essa expressão “ultrapassando o amor de mulheres”, segundo os homossexuais, seria um indício de que havia ali uma relação homossexual. A minha pergunta é: Desde quando a relação homossexual ultrapassa o amor de mulheres? Onde está esse parâmetro? Quem o determinou? Fica claro que taxar essa declaração de Davi como sendo um indicio de homossexualidade é um grave erro de interpretação! Uma breve olhada no contexto mostra que Davi presta uma homenagem póstuma a Jônatas, que acabara de morrer.
Davi destaca a lealdade e compromisso de Jônatas para com Ele. Tal compromisso de Jônatas, para Davi, não era comparável nem ao amor de um relacionamento amoroso entre homem e mulher. É evidente que Davi não teve a intenção de colocar o amor de amigos como sendo superior ao amor conjugal hetero, mas o de destacar a impressionante abnegação de Jônatas para com ele, o que fez com que a amizade deles fosse especial, forte e única.
(5) O livro de provérbios destaca que existem amizades tão fortes que podem até superar o amor de irmãos: “O homem que tem muitos amigos sai perdendo; mas há amigo mais chegado do que um irmão.” (Provérbios 18.24). Era esse tipo de amor especial, forte, leal, compromissado que havia entre Jônatas e o Rei Davi, conforme os relatos bíblicos!
(6) Dessa forma concluímos que, qualquer tentativa de dizer que o rei Davi e Jônatas tinham uma relação homossexual, está contrária ao que os textos expressam, sendo uma tentativa de “forçar” o texto para que ele se enquadre em desejos e pensamentos humanos, o que é reprovável.
Fonte: Esboçando Ideias
SÍNTESE DO TÓPICO II
Deus aprovou a amizade entre Davi e Jônatas.
SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO
Jônatas
O
filho de Saul é uma das personalidades mais admiráveis do Antigo Testamento. Ao
descobrir que Davi estava destinado a suceder seu pai no trono, Jônatas,
corajosamente, defende Davi como um leal servidor do rei. Quando forçado a
tomar posição, Jônatas novamente escolhe apoiá-lo, e enfrenta a fúria de seu
pai para salvar a vida do amigo. Quando nos lembramos que Jônatas sucederia
naturalmente a Saul como rei de Israel, sua amizade por Davi torna-se
particularmente comovente. O Antigo Testamento não tem exemplo mais belo de
amizade. A história de como Davi correspondeu à amizade de Jônatas é encontrada
em 2 Samuel 9" (RICHARDS, Lawrence O. Guia do Leitor da Bíblia: Uma
análise de Génesis a Apocalipse capitulo por capitulo. 9.ed. Rio de Janeiro:
CPAD, p. 192).
CONHEÇA MAIS
A amizade de Davi e Jônatas
"Esta amizade é uma das mais profundas e
legítimas na Bíblia.
(1) Eles basearam este pacto no compromisso
para com Deus, não apenas para com o outro.
(2) Não permitiram que qualquer coisa se
colocasse entre eles, nem mesmo o interesse próprio ou os problemas familiares.
(3) Aproximaram-se ainda mais quando a amizade
foi testada.
(4) Permaneceram amigos até o fim. Jônatas o
primogénito do rei, mais tarde predisse que Davi, e não ele, seria o próximo
monarca. Mas isso não enfraqueceu sua estima pelo amigo. Jônatas preferia a
amizade de Davi ao trono de Israel. Para conhecer mais leia, Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal, CPAD, p. 394.
III - O CARÁTER DE JÔNATAS E SUAS
LIÇÕES
Há um provérbio popular que diz: "Tal pai,
tal filho", sugerindo que os filhos tendem a demonstrar o mesmo
comportamento de seus pais. Mas tal entendimento não pode ser generalizado. O
exemplo de Jônatas é prova disso. Seu caráter praticamente era oposto ao do seu
pai. Vejamos alguns aspectos do caráter de Jônatas.
[Comentário: Os estudos modernos feitos sobre a herança
genética mostram-nos que devemos receber menos crédito quando nossos filhos se
saem bem, e menos culpa quando se saem mal. Jônatas era o oposto de seu pai.
Jônatas era homem generoso, justo e completamente destituído de inveja. Em
contraste com o espírito traiçoeiro de Saul, Jônatas era leal. Era homem dotado
de grande coragem e determinação, capaz de amar verdadeiramente. Uma outra
característica significativa sua era que, a despeito de todos os erros
cometidos por seu pai, ainda assim ele se pôs ao lado de seu pai, combatendo
junto com ele até o fim. Os dois foram companheiros na morte. Extraído de:
JÔNATAS - Dicionario Champlin.]
1.
Um homem de coragem. Saul era um homem inseguro e ciumento. Jônatas
não herdou nem desenvolveu esse traço da personalidade do pai. Era corajoso. Em
Micmás, ele lutou contra a guarnição dos filisteus, com seu pajem de armas, e
os derrotou, confiando em Deus. Revelou-se um comandante de tropas, um herói e
um homem de fé (1Sm 14.6 NVI6 Disse
Jônatas ao seu escudeiro: Vem, e passemos à guarnição destes incircuncidados.
Talvez Jeová opere por nós, porque nada há que proíba a Jeová de livrar ou com
muitos ou com poucos. Sociedade Britânica 6 Disse, pois,
Jônatas ao moço que lhe levava as armas: Vem, passemos à guarnição destes
incircuncisos; porventura operará o Senhor por nós, porque para com o Senhor
nenhum impedimento há de livrar com muitos ou com poucos.).
Mas sua coragem não era apenas física e emocional. Ele tinha a grandeza
espiritual que lhe dava confiança, diante das adversidades (1Sm 14.1-4 Sucedeu
um dia que Jônatas, filho de Saul, disse ao seu escudeiro: Vem, e passemos à guarnição
dos filisteus, que está do outro lado. A seu pai, porém, não disse nada.
Saul estava sentado na extremidade de Gibeá debaixo
da romeira que está em Migrom, e o povo que estava com ele era cerca de
seiscentos homens.
Aías, filho de Aitube, irmão de Icabode, filho de
Finéias, filho de Eli, sacerdote de Jeová em Silo, trazia o efode. O povo não
sabia que Jônatas tinha ido.
Entre os desfiladeiros, pelos quais Jônatas
intentava passar à guarnição dos filisteus, havia um penhasco de uma e de outra
banda: o nome de um era Bozez, e o nome do outro era Sené.
Um penhasco elevava-se ao norte em frente de Micmás, e o outro ao sul em frente de Geba.
Disse Jônatas ao seu escudeiro: Vem, e passemos à guarnição destes incircuncidados. Talvez Jeová opere por nós, porque nada há que proíba a Jeová de livrar ou com muitos ou com poucos. 1 Samuel 14:1-6). Ele revelou firmeza diante dos inimigos, e lealdade diante dos amigos.
Um penhasco elevava-se ao norte em frente de Micmás, e o outro ao sul em frente de Geba.
Disse Jônatas ao seu escudeiro: Vem, e passemos à guarnição destes incircuncidados. Talvez Jeová opere por nós, porque nada há que proíba a Jeová de livrar ou com muitos ou com poucos. 1 Samuel 14:1-6). Ele revelou firmeza diante dos inimigos, e lealdade diante dos amigos.
[Comentário: Em Micmás, a liderança fraca de Saul quase põe
tudo a perder. No entanto, a fidelidade e o compromisso com Deus de seu filho
Jônatas, leva a vitória a Israel, mesmo diante de uma situação impossível de
ser vencida! Jônatas não levou em conta a superioridade numérica do inimigo,
pois sabia que o Senhor estava ao seu lado. A coragem do anônimo pajem de
Jônatas deve ser destacada, também. Ele respondeu: “Faze tudo o que tiveres em mente; eu irei contigo” (1Sm.14.7).
Quando Saul chegou, não precisou lutar. Deus não traria vitória através de
Saul. Deus suscitou um exército do próprio exército inimigo! Um exército que
eles não sabiam que tinham!]
2.
Um homem humilde. Sua coragem moral fê-lo não ter medo de perder
a posição, como herdeiro do trono para Davi. Soube reconhecer que seu amigo
tinha a direção de Deus, e as condições humanas para substituir Saul no cargo
de monarca de Israel (1Sm 16.1,12,13 1 Então
disse o SENHOR a Samuel: Até quando terás dó de Saul, havendo-o eu rejeitado,
para que não reine sobre Israel? Enche um chifre de azeite, e vem, enviar-te-ei
a Jessé o belemita; porque dentre os seus filhos me tenho provido de um rei.
Então mandou chamá-lo e fê-lo entrar (e era ruivo e
formoso de semblante e de boa presença); e disse o Senhor: Levanta-te, e
unge-o, porque é este mesmo.
Então Samuel tomou o chifre do azeite, e ungiu-o no meio de seus irmãos; e desde aquele dia em diante o Espírito do Senhor se apoderou de Davi; então Samuel se levantou, e voltou a Ramá.). Um exemplo para os dias presentes. Há muitos, em igrejas evangélicas, que brigam por cargos e posições, agindo, muitas vezes, com métodos carnais, seguindo o exemplo dos ímpios. São obreiros carnais, dominados por "torpe ganância" (1Tm 3.3 3 Não dado ao vinho, não espancador, não cobiçoso de torpe ganância, mas moderado, não contencioso, não avarento;). A humildade é qualidade que só possuem os que têm grandeza de alma. E Deus se agrada dos humildes (1Pe 5.6 Humilhai-vos, pois, debaixo da potente mão de Deus, para que a seu tempo vos exalte; Lançando sobre ele toda a vossa ansiedade, porque ele tem cuidado de vós. 1 Pedro 5:6,7).
Então Samuel tomou o chifre do azeite, e ungiu-o no meio de seus irmãos; e desde aquele dia em diante o Espírito do Senhor se apoderou de Davi; então Samuel se levantou, e voltou a Ramá.). Um exemplo para os dias presentes. Há muitos, em igrejas evangélicas, que brigam por cargos e posições, agindo, muitas vezes, com métodos carnais, seguindo o exemplo dos ímpios. São obreiros carnais, dominados por "torpe ganância" (1Tm 3.3 3 Não dado ao vinho, não espancador, não cobiçoso de torpe ganância, mas moderado, não contencioso, não avarento;). A humildade é qualidade que só possuem os que têm grandeza de alma. E Deus se agrada dos humildes (1Pe 5.6 Humilhai-vos, pois, debaixo da potente mão de Deus, para que a seu tempo vos exalte; Lançando sobre ele toda a vossa ansiedade, porque ele tem cuidado de vós. 1 Pedro 5:6,7).
[Comentário: A Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal (CPAD)
traz a seguinte nota: “Esta amizade é uma das mais profundas e legítimas na
Bíblia.
(1) Eles basearam este pacto no compromisso
para com Deus, não apenas para com o outro.
(2) Não permitiram que qualquer coisa se
colocasse entre eles, nem mesmo o interesse próprio ou os problemas familiares.
(3) Aproximaram-se ainda mais quando a amizade
foi testada.
(4) Permaneceram amigos até o fim. Jônatas o
primogênito do rei, mais tarde predisse que Davi, e não ele, seria o próximo
monarca. Mas isso não enfraqueceu sua estima pelo amigo. Jônatas preferia a
amizade de Davi ao trono de Israel.” Para conhecer mais leia, Bíblia de
Estudo Aplicação Pessoal, CPAD, p. 394.]
3.
Um homem leal. Em todas as ocasiões, depois que se tornou
amigo de Davi, Jônatas demonstrou sua lealdade. Poderia ter ficado ao lado do
seu pai, mas não cedeu aos caprichos de Saul, quando este, injustamente, quis
eliminar a vida de Davi. Quando soube do plano de Saul para matar Davi, Jônatas
procurou o amigo e lhe advertiu do perigo de morte (1Sm 19.1-3 E falou
Saul a Jônatas, seu filho, e a todos os seus servos, para que matassem a Davi.
Porém Jônatas, filho de Saul, estava mui afeiçoado a Davi.
E Jônatas o anunciou a Davi, dizendo: Meu pai,
Saul, procura matar-te, pelo que agora guarda-te pela manhã, e fica-te em
oculto, e esconde-te.
E sairei eu, e estarei à mão de meu pai no campo em
que estiverdes, e eu falarei de ti a meu pai, e verei o que há, e to
anunciarei. 1 Samuel
19:1-3
20.11-17,32,33 Então disse Jônatas a Davi: Vem e
saiamos ao campo. E saíram ambos ao campo.
E disse Jônatas a Davi: O Senhor Deus de Israel
seja testemunha! Sondando eu a meu pai amanhã a estas horas, ou depois de
amanhã, e eis que se houver coisa favorável para Davi, e eu então não enviar a
ti, e não to fizer saber; O Senhor faça assim com Jônatas outro tanto; que se
aprouver a meu pai fazer-te mal, também to farei saber, e te deixarei partir, e
irás em paz; e o Senhor seja contigo, assim como foi com meu pai.
E, se eu então ainda viver, porventura não usarás
comigo da beneficência do Senhor, para que não morra?
Nem tampouco cortarás da minha casa a tua
beneficência eternamente; nem ainda quando o Senhor desarraigar da terra a cada
um dos inimigos de Davi.
Assim fez Jônatas aliança com a casa de Davi,
dizendo: O Senhor o requeira da mão dos inimigos de Davi.
E Jônatas fez jurar a Davi de novo, porquanto o
amava; porque o amava com todo o amor da sua alma. 1 Samuel 20:11-17
32 Então respondeu Jônatas a
Saul, seu pai, e lhe disse: Por que há de morrer? Que tem feito?
33 Então Saul atirou-lhe com a
lança, para o ferir; assim entendeu Jônatas que já seu pai tinha determinado
matar a Davi.). Jônatas teve um último encontro com Davi, onde mais uma vez selaram o
pacto de lealdade diante de Deus (1Sm 20.41-43 E, indo-se o moço, levantou-se
Davi do lado do sul, e lançou-se sobre o seu rosto em terra, e inclinou-se três
vezes; e beijaram-se um ao outro, e choraram juntos, mas Davi chorou muito
mais.
E disse Jônatas a Davi: Vai-te em paz; o que nós
temos jurado ambos em nome do Senhor, dizendo: O Senhor seja entre mim e ti, e
entre a minha descendência e a tua descendência, seja perpetuamente.
Então se levantou Davi, e partiu; e Jônatas entrou
na cidade. 1 Samuel
20:41-43). Até o dia da sua morte, Saul continuou perseguindo Davi. Jônatas
também veio a morrer em Gilboa ao lado de seu pai (1 Sm 31.8 8 Sucedeu,
pois, que, vindo os filisteus no outro dia para despojar os mortos, acharam a
Saul e a seus três filhos estirados na montanha de Gilboa.).
[Comentário: A profunda amizade entre Jônatas e Davi é
surpreendente por uma série de razões. Primeiro, Deus escolheu Davi e não
Jônatas (filho de Saul e príncipe de Israel) para ser o segundo rei de Israel.
Segundo, o pai de Jônatas, Saul, sentia intenso ciúme de Davi e tentou
repetidamente matá-lo. Terceiro, Davi era um indivíduo multitalentoso, muito
popular com as massas do que Saul ou Jônatas. Jônatas e Davi deviam ter sido
pelo menos cautelosos um para com o outro, senão inimigos declarados. Contudo,
eles foram capazes de superar esses obstáculos em potencial e construir uma
amizade exemplar. Talvez a qualidade excepcional de sua amizade fosse a
lealdade. Aquela lealdade estava fundamentada numa profunda devoção a Deus.
Esse maior compromisso foi o que capacitou a amizade deles e não apenas
sobreviver, mas crescer em tempos de confusão e conflito. Você é um amigo para
todas as horas? Você foge de relacionamentos quando as dificuldades surgem? Se
seus relacionamentos humanos são fracos, examine a profundidade de sua lealdade
a Deus. Você pode se surpreender com o que vai descobrir" (365 Mensagens
Inspiradas em Personagens da Bíblia.12.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2012, p. 103).]
SÍNTESE DO TÓPICO III
Ao examinar o caráter de Jônatas e Davi podemos
extrair importantes lições para nossas vidas.
SUBSÍDIO DIDÁTICO
Professor,
reproduza o esquema abaixo no quadro. Utilize-o para enfatizar as
características de Jônatas.
QUALIDADES E REALIZAÇÕES
|
LIÇÕES DE VIDA
|
Corajoso e um líder natural.
|
Lealdade é uma das partes mais
forte da coragem.
|
O amigo mais íntimo que Davi teve.
|
Lealdade a Deus coloca
todos os outros relacionamentos em perspectiva.
|
Confiava em Deus.
|
Trabalhador.
|
Leal
|
Grandes amizades são custosas.
|
CONCLUSÃO
Deus não está sujeito às leis nem aos costumes
dos povos. Ele estabelece sua vontade diretiva de forma implacável, contrariando todas as
expectativas e previsões históricas ou políticas. Assim, em meio a um grave
desafio contra o povo de Israel, levantou o jovem Davi para derrotar o gigante
filisteu. Assistindo a extraordinária vitória, Jônatas sentiu profunda
admiração pelo jovem pastor de Belém, e compreendeu que ele seria o escolhido
por Deus. Em lugar de inveja ou ciúme, Jônatas tornou-se o maior e mais leal
amigo de Davi.
[Comentário: (VONTADE DIRETIVA -- Essa vontade determinativa é, por vezes,
diretiva, através da qual Deus guia as nossas vidas. Ele lança mão de nós para
que Sua vontade determinativa se cumpra. Foi Sua vontade determinativa, por
exemplo, salvar o Eunuco etíope. Para realizar esta vontade, Ele enviou o
evangelista Filipe ao seu encontro (Atos 8.26). Se nós dissermos
"não", Ele inspirará a outra pessoa ou mesmo as pedras (Lucas 19.40).
Ele fez o mesmo com Ananias, a quem enviou para discipular o recém-convertido
Saulo (Atos 9.15). Somos, portanto,
chamados para fazer a obra de Deus e este chamado pode ser geral, a partir dos
ensinos da Palavra de Deus, ou específico, através de uma instrução particular,
modo modo cotidiano (uma visão da necessidade) ou miraculoso (um sopro do
Espírito Santo em nossos corações)
http://www.prazerdapalavra.com.br/component/content/article/3806-romanos-828-deus-intervem-mas-as-vezes-nao-intervem-.html). A amizade entre Jônatas e Davi foi um tipo do amor de Jesus por Sua
Igreja. Quando Jônatas encontrou com Davi, depois que ele matou Golias e firmou
com ele uma aliança perpétua, a primeira coisa que Jônatas fez foi se despojar,
se despir de suas vestes de príncipe e entregá-las a Davi, veja: “E Jônatas se
despojou da capa que trazia sobre si, e a deu a Davi, como também as suas
vestes, até a sua espada, e o seu arco, e o seu cinto.” (1Sm 18.4).] “Ora, àquele que é poderoso para vos
guardar de tropeçar e apresentar-vos irrepreensíveis, com alegria, perante a
sua glória. Ao único Deus sábio, Salvador nosso, seja glória e majestade,
domínio e poder, agora, e para todo o sempre. Amém”. (Judas 24-25),
Um caminhão tomba na curva. O experiente motorista
morre, deixando desoladas dezenas de pessoas.
As chuvas, numa região, caem e suas lamas levam
casas e corpos, campos e cidades.
Uma criança, esperada por seus pais com uma bênção
de Deus para suas vidas, nasce com uma doença que a incapacita para uma
existência da imaginada, em parques, escolas e atividades profissionais.
Os que não tem fé atribuem tudo as leis naturais ou
ao acaso.
Os que têm fé atribuem tudo à vontade de Deus ou
simplesmente se perguntam por que Deus não evitou esses desdobramentos
desagradáveis e dolorosos. Por que Deus não interveio?
Há situações nas quais Deus intervém e realiza o
que chamamos de milagre.
Há situações nas quais Deus não intervém ou
aparentemente não intervém.
Talvez nos ajude superar a dificuldade considerar o
sentido de "vontade de Deus" no Novo Testamento, que usa duas
palavras: "boule" (que aparece 18 vezes) e "thelema"
(mencionada 62 vezes, 7 das quais em Efésios). (A distinção, aqui assumida,
está em SPROUL, R.C. Can I know God’s will? Orlando: Ligonier
Ministries, 1999. 58p.)
A VONTADE DETERMINATIVA
Consideremos a primeira palavra.
"Boule" é a vontade determinativa (ou
decisória) de Deus e pode ser traduzida também como "plano de Deus"
ou "decisão", como em Atos 2.23 ("Este homem lhes foi entregue
por propósito determinado ["boule"] e pré-conhecimento de Deus; e
vocês, com a ajuda de homens perversos, o mataram, pregando-o na cruz"),
Atos 4.28 ("Fizeram o que o teu poder e a tua vontade ["boule"]
haviam decidido de antemão que acontecesse") e em Tiago 1.18 ("Por
Sua decisão ["boule"] Ele nos gerou pela palavra da verdade, a fim de
sermos como que os primeiros frutos de tudo o que Ele criou"), entre
outros.
Esta vontade de Deus é pré-determinada e
inflexível. Vem de uma decisão de Deus e é inalterável. Vem da soberania de
Deus, que diz "haja luz" e, sem discussão, a luz passa a existir
(Gênesis 1.3). Assim, Deus determinou que Jesus Cristo nasceria de uma virgem,
descendendo de Abraão. Deus determinou que Jesus Cristo seria crucificado,
morto, sepultado e ressuscitado, como parte do plano divino para a redenção da
humanidade. Deus determinou que, através de Jesus Cristo, Deus redimiria a
todos os que aceitassem seu oferecimento de graça. Deus determinou que, no
final dos tempos, Jesus voltará para buscar a Sua igreja. (TISDALE, W.P.. ed. The Will of God.)
Ilustremos ainda com o caso de Judas. Deus
pré-determinou que Jesus Cristo morreria na cruz, para perdoar os nossos
pecados. Mas quem crucificou Seu Filho foram pessoas, que agiram livremente.
Judas foi chamado "filho da perdição", não porque Deus o
determinasse. O que Deus determinou é que Jesus seria crucificado, o que
implicou em uma traição, um julgamento injusto e uma execução. Todos que agiram
nesse caso agiram por livre escolha, depois de tentados por Satanás, cuja
orientação aceitaram. Ao procederem assim, fizeram (inclusive Satanás) com o
que a vontade determinativa de Deus se realizasse.
Então, quando Deus decreta algo, nada pode evitar
que Sua decisão se torne uma realidade. Cabe ao ser humano escolher, responder
e agir, porque Deus realiza Sua vontade através de escolhas reais de pessoas
que desejam, pensam e agem.
VONTADE DIRETIVA -- Essa vontade determinativa é,
por vezes, diretiva, através da qual Deus guia as nossas vidas. Ele lança mão
de nós para que Sua vontade determinativa se cumpra. Foi Sua vontade
determinativa, por exemplo, salvar o Eunuco etíope. Para realizar esta vontade,
Ele enviou o evangelista Filipe ao seu encontro (Atos 8.26). Se nós dissermos
"não", Ele inspirará a outra pessoa ou mesmo as pedras (Lucas 19.40).
Ele fez o mesmo com Ananias, a quem enviou para discipular o recém-convertido
Saulo (Atos 9.15). Somos, portanto, chamados para fazer a obra de Deus e
este chamado pode ser geral, a partir dos ensinos da Palavra de Deus, ou
específico, através de uma instrução particular, modo cotidiano (uma visão da
necessidade) ou miraculoso (um sopro do Espírito Santo em nossos corações).
VONTADE IMPLÍCITA -- Podemos acrescentar outra
dimensão desta vontade determinativa. É a vontade implícita de Deus. Ela se dá
nas leis naturais. Deus decidiu que o mundo (logo, as nossas vidas) seria
governado por leis, leis morais (sei que não posso matar ou mentir, certo que
matar ou mentir tem conseqüências para a minha vida e as vidas dos outros) e
leis naturais, conhecidas pelas ciências. Podemos dizer que essas leis põem em
prática a vontade determinativa de Deus. Se construo em cima de um vulcão ou sobre
um aterro sanitário, é da vontade de Deus que um dia esse vulcão cuspa fogo ou
que a chuva leve o lixo e tudo o que estiver sobre ele. É da vontade de Deus
porque esta vontade foi desenvolvida em forma uma lei natural. É da vontade de
Deus que eu cuide dos meus dentes. Se eu não cuidar, virão as caries e talvez a
dor. Assim como é da vontade determinativa de Deus que eu cuide dos meus
dentes, é da vontade determinativa dEle que as caries venham. O cuidado e as
conseqüências da falta de cuidado são duas faces de uma mesma moeda. Uma dor de
dente vem da vontade indireta de Deus (ao deixar uma lei sobre o funcionamento
da vida e uma instrução sobre o meu cuidado com os dentes) e da vontade direta
do homem (que desobedeceu, mesmo quando era criancinha e não tinha noção das
conseqüências).
VONTADE PRESCRITIVA
Tratemos agora do segundo tipo de vontade de
Deus.
"Thelema" é a vontade prescritiva de
Deus. Trata-se do desejo de Deus para o ser humano, como na oração do "Pai
nosso": Seja feita a tua vontade (Mateus 6.10).
É da vontade de Deus que todos vivamos de modo
justo. Por isto Ele deixa Suas instruções na Bíblia. Nela Ele nos lega o que é
justo e certo para a vida individual e coletiva. Somos chamados a viver segundo
estas regras. Uma reportagem mostra, por exemplo, que o "trabalhador rural
paulista vive na cidade e não come o que planta", consumindo
"principalmente produtos industrializados". Um dos analistas garante
que "gente que trabalha na roça, mas não tem condições de viver nela é
algo muito comum. O ideal seria que o homem do campo morasse no campo, mas
infelizmente isso não é viável hoje". (CASTILHO, Araripe. Trabalhador
rural paulista vive na cidade e não come o que planta. Folha de S. Paulo,
de 29.1.2011, caderno Mercado)
Podemos ampliar o retrato para os que trabalham na
construção civil.
E qual a vontade de Deus para esses trabalhadores?
Ela é clara: "Construirão casas e nelas habitarão; plantarão vinhas e
comerão do seu fruto. Já não construirão casas para outros ocuparem, nem
plantarão para outros comerem. Pois o meu povo terá vida longa como as árvores;
os meus escolhidos esbanjarão o fruto do seu trabalho" (Isaías 65.21-22).
O pecado impede que a vontade prescritiva de Deus
se realize.
É da vontade de Deus que ninguém se perca (Mateus
18.14), porque Ele quer que todas as pessoas sejam salvos e cheguem ao
conhecimento da verdade (1Timóeo 2.4), mas nem todos têm o mesmo desejo. Nem
tudo o que fazemos, mesmo aquelas aparentemente santas e boas, é da vontade de
Deus. O apóstolo Paulo, por exemplo, desejava, se fosse da vontade de Deus,
visitar os coríntios (1Coríntios 16.7), os de Jerusalém (Atos 18.21) e também
os romanos (Romanos 1.1). Paulo foi a Roma, mas preso. Não era da vontade
(desejo) de Deus, mas o era dos homens e Paulo foi. Não era também da vontade
(decisão) de Deus, mas o era dos homens e Paulo foi, talvez para morrer.
Fica claro o significado da vontade prescritiva de
Deus quando nos lembramos que é Sua vontade (thelema) que não pequemos
(1Tessalonicenses 4.3), mas nós pecamos. Ele deseja que nos comportemos de modo
insensato, mas nós o fazemos (Efésios 5.17). Ele espera que não nos amoldemos
aos padrões deste mundo (Romanos 12.2), mas, como cordeiros para o matadouro,
nós obedecemos aos mandamentos do mundo, geralmente com muito prazer.
A vontade prescritiva é para nos ensinar a viver.
Por que não aprendemos?
A VONTADE PERMISSIVA
Para os que crêem, uma das soluções teológicas para
enfrentar o dificílimo problema do mal, vivenciado como sofrimento, é a chamada
"vontade permissiva" de Deus.
Deus permite que vivamos como queremos viver,
dentro ou fora das instruções que nos deixou.
Deus permite que exploremos a terra como queremos,
em lugar de cuidar dela.
Deus permite que as conseqüências de nossas ações
nos alcancem, a nós e a outros.
Deus não deseja que o mal aconteça, mas permite que
se ele se dê.
A vontade permissiva de Deus é, portanto, uma
vontade indireta. A vontade direta de Deus é determinativa e/ou prescritiva. Na
vontade permissiva, Deus age, mas age de outro modo. A vontade permissiva de
Deus está agarrada à Sua vontade determinativa. O fato de que coisas ruins
aconteçam, a pessoas boas e a pessoas más, confirma a regra que as leis legadas
por Deus é um dos seus métodos para governar o mundo; o outro é o milagre ou a
suspensão das leis. O fato de que coisas ruins aconteçam, a pessoas boas a
pessoas más, põe em ação a vontade prescritiva, quando pessoas obedientes à
vontade prescritiva de Deus se levantam em solidariedade: para ajudar, ajudar a
consolar, ajudar a minorar a dor, ajudar a reconstruir as vidas abaladas.
Assim, não é da vontade de Deus que um bebê nasça
com uma doença grave, incapacitadora ou letal, mas isto acontece. Faz parte das
leis que as ciências naturais catalogam, todas legadas por Deus em Sua vontade
determinativa.
Não é da vontade de Deus que um pai despenque
moralmente seu carro numa curva. E Deus não o interceptou. Quando não
interceptou, Sua vontade determinativa continuou aplicada.
Não é da vontade de Deus que chuvas produzam lamas
que sepultem corpos e casas. E Deus não impediu. Quando não impediu a tragédia,
Deus deixou em vigor Sua vontade determinativa.
A criança nasce enferma porque uma lei natural foi
quebrada, conheçamo-la ou não.
Um caminhão tomba na curva porque houve uma falha:
do motorista, do construtor da entrada, do órgão fiscalizador das rodovias ou
outra pessoa ou organização.
As chuvas destroem porque, tendo caído, precisaram
passar.
As leis da natureza manifestam a glória de Deus
(Salmo 19.1).
Com isto, até um ateu pode concordar.
No entanto, homens e mulheres de fé, leitores e
leitoras da Bíblia, gostaríamos que Deus tivesse agido e abortado essas
conseqüências.
O fato é que Deus não interveio para evitar. No
entanto, isto não quer dizer que Deus seja desinteressado das coisas humanas ou
impotente para as resolver. Antes, Deus continua presente e potente,
onipresente e onipotente em todas as situações. Ele não interveio ou
aparentemente não interveio por uma razão, podemos dizer, que nós não sabemos.
A teologia em torno da "vontade
permissiva" de Deus é uma boa idéia, mas tem seus problemas.
No seu sentido comum, a palavra
"permissão" sugere aprovação. Na verdade, quando dizemos que Deus
permite que aconteça algo (ruim, sim, ruim, porque não questionamos o bem que
Ele permite), não estamos dizendo que Ele aprova essa ocorrência. Deus, por
exemplo, permite o pecado humano, mas jamais o aprova. (SPROUL, R.C. Sproul. Exposing the
Permissive Will of God.
Leríamos melhor a Bíblia se não confundíssemos as
coisas. O fato de um fato ter ocorrido e estar narrado na Bíblia não quer dizer
que Deus o aprove. De igual modo, viveríamos melhor se prestássemos mais
atenção à palavra de Deus para obedece-la. É mais cômodo agir
irresponsavelmente e pôr na cota da vontade permissiva de Deus. A graça de Deus
não pode ser uma avenida larga e longa para a prática dos nossos pecados.
O outro problema com a idéia da "vontade
permissiva" é que podemos errar a mão na questão da liberdade humana. Não
podemos negar o paradoxo que Deus é soberano e o homem é livre. Estes dois
termos podem nos soar antagônicos, mas a soberania de Deus inclui a liberdade
humana. Em outras palavras, nossa liberdade se dá na espiral da soberania divina.
Ilustro com algo corriqueiro. Você entra num
supermercado e olha todos os produtos, porque é livre para comprar todos eles,
mas você só compra aquele(s) que você pode pagar. O desejo é livre, mas o
dinheiro é soberano.
Voltando ao paradoxo da fé, precisamos compreender
três verdades essenciais:
1. Às vezes, uma coisa acontece porque Deus decide
que ela acontecerá e Ele faz com que aconteça. Esta é a vontade determinativa
de Deus.
Como é onisciente, Deus sabe previamente tudo o que
nos vai acontecer, o que inclui as tragédias.
Por isto, Sua vontade determinativa jamais falha. O
fato de Ele conhecer o que vai acontecer não significa que Ele determinou que
acontecesse. Devemos saber também que, mesmo nestes casos, a vontade de Deus é
amorosa sempre; nunca é autoritária; mais nos prejudica.
2. Às vezes, uma coisa acontece porque Deus deseja
que ela aconteça e uma pessoa decide, por livre e espontânea vontade, fazer o
que Deus deseja. Isto acontece no interior da vontade prescritiva de Deus.
3. Às vezes, uma coisa acontece porque uma pessoa
ou um grupo de pessoas deseja que aconteça e Deus permite que aconteça. Nesta
condição estão os nossos pecados ou as nossas falhas, individuais ou coletiva.
Estão aí também as tragédias, individual ou coletivas. (O resumo é de TURNER,
Allan. The Will
Of God.)
Todos estes três tipos de acontecimentos estão na
conta da "vontade de Deus", mas só o primeiro (vontade determinativa)
é causado por Deus, que respeita integralmente a liberdade humana.
Deus permite que os homens rejeitem o evangelho e
persigam os que são justos. No entanto, Deus está no controle. Deus permite
aquelas coisas que levarão à realização de Sua vontade determinativa, inclusive
a de que somos governados por leis naturais, porque Ele está no controle. Deus
permite até aquelas para as quais jamais veremos um propósito. Ainda assim, Ele
está no controle.
"A chave para a soberania é o controle final.
Através de Sua presciência absoluta de cada plano do coração do homem e através
de Sua capacidade absoluta (onipotência) de permitir ou impedir qualquer plano
particular que uma pessoa possa ter, Deus mantém controle completo (soberania)
sobre a Sua criação. O poder para impedir que significa que Deus, afinal, tem a
palavra final em tudo o que acontece. Negar isso é negar a soberania de
Deus!" (TURNER, Allan. The Will
Of God.)
Nossa maior dificuldade está no propósito da
não-intervenção de Deus. Como me perguntou um "contato" do facebook:
"dor consentida por Deus?"
Podemos afirmar que a vontade permissiva de Deus
obedece a um propósito. No entanto, perguntamo-nos: qual foi o propósito?
Ás vezes, em vida (próximo ou distantes do evento)
descobrimos o propósito e e a descoberta nos serve de consolo.
Às vezes, em vida nunca percebemos o propósito da
não-intervenção de Deus, mesmo que saibamos que Deus trabalha em planos de
longo prazo para o universo e os seres criados. Se a razão nos falha, só temos
uma saída: crer que Deus faz com que todas as coisas (até essa tragédia em
nossa família), sejam aquelas provocadas por homem ou não, se juntem para o
nosso bem (Romanos 8.28). Como lemos em Gênesis, Deus permitiu que os irmãos de
José o vendessem como escravo, mas Deus fez com que tudo convergisse para o bem
de José, dos seus irmãos e do seu povo. A providência de Deus se serve até do
pecado humano.
ATITUDES PESSOAIS
Diante do sofrimento, algumas atudes devem nos
acompanhar:
1. Não escondamos a nossa dor.
Mesmo que aceitemos a sugestão da "vontade
permissiva" de Deus, sofremos quando a dor é no nosso peito. Choramos,
quando as perdas são em nossa família. Perdemos o sono de noite tentando fazer
com que as peças do quebra-cabeças da vida se encaixem e o chão sob nossos pés
volte a ficar firme.
Digamos a Deus que, no fundo, em nosso caso,
queremos um Deus que suspenda Suas próprias leis em nosso favor.
Nosso sofrimento é legítimo. Nossa queixa, se for o
caso, é bem recebida por Deus.
2. Oremos pela intervenção divina.
Devemos pedir que Deus intervenha, antes e depois
da tragédia.
Devemos pedir por saúde, mesmo comendo mal. Devemos
pedir para chegar bem ao destino, mesmo dirigindo mal. Devemos pedir por
segurança em nossa casa, mesmo que a tenhamos construído em lugar inseguro.
Pedir é com os filhos. Conceder é com o Pai.
Só ora quem reconhece a soberania de Deus.
Só ora quem se acha aceito por Deus, confiando no
amor dEle.
3. Oremos por sabedoria para viver.
Aprender a viver é coisa nossa.
Martele-nos a instrução divina:
"Ouçam agora, vocês que dizem: 'Hoje ou amanhã
iremos para esta ou aquela cidade, passaremos um ano ali, faremos negócios e
ganharemos dinheiro'.
Vocês nem sabem o que lhes acontecerá amanhã! Que é
a sua vida? Vocês são como a neblina que aparece por um pouco de tempo e depois
se dissipa.
Ao invés disso, deveriam dizer: 'Se o Senhor
quiser, viveremos e faremos isto ou aquilo'.
Agora, porém, vocês se vangloriam das suas
pretensões. Toda vanglória como essa é maligna.
Pensem nisto, pois: Quem sabe que deve fazer o bem
e não o faz, comete pecado.
(Tiago 4.13-17)
Por que não aprendemos?
ISRAEL BELO DE AZEVEDO
PARA
REFLETIR
A
respeito de Jônatas, um exemplo de lealdade, responda:
Que
significa o nome Jônatas?
“Dado
por Deus” ou “presente de Deus”.
Quando
começou a amizade entre Jônatas e Davi?
Logo
após a batalha em que Davi venceu Golias.
Qual
a natureza da aliança entre Jônatas e Davi?
De
natureza espiritual, “aliança do Senhor”.
Além
da coragem física e emocional, que grandeza tinha Jônatas?
Ele
tinha grandeza espiritual que lhe dava confiança, diante das adversidades.
Que
pacto fizeram Jônatas e Davi?
Um
pacto de lealdade diante de Deus.
SUBSÍDIOS
ENSINADOR CRISTÃO
Jônatas,
um exemplo de lealdade
Como nasce
uma amizade? Segundo as Escrituras, do amor. “Amarás a Deus sobre todas as
coisas e o próximo como a ti mesmo” é o resumo de Marcos 12.30,31. A verdadeira
amizade só é possível quando forjada no amor, do contrário se estabelecerá uma
relação com base nos interesses egoístas. Por isso, segundo a ética das
Escrituras Sagradas, não há relação que seja possível, mais estreita entre
pessoas, senão, pelos meandros do verdadeiro amor: “Amados, se Deus assim nos
amou, também nós devemos amar uns aos outros” (1Jo 4.11).
A história
de Davi e Jônatas é um maravilhoso exemplo de amizade desprovida de qualquer
interesse mesquinho. Para demonstrar isso, refletiremos acerca do perfil de
Jônatas:
(1) Filho
mais velho de Saul;
(2) um
herdeiro legítimo para suceder seu pai;
(3) hábil e
valente guerreiro;
(4)
apresentava o porte de um verdadeiro príncipe. A partir de todo esse perfil,
por que Jônatas estabeleceria uma amizade sincera com Davi, que mais tarde,
seria a pessoa a substituir Saul, seu pai, no trono de Israel?
O contexto
para a amizade entre os dois guerreiros ser entretecida foi o evento auspicioso
do combate entre Davi e o gigante Golias. Não há dúvidas de que a vitória de
Davi, assim como aconteceu com o rei Saul, despertou emoções em Jônatas. A
emoção da vibração, a emoção da conquista de uma batalha, a emoção de vencer um
inimigo que há muito havia humilhado a nação inteira. Mas passada a euforia da
vitória, o auspício da conquista, o texto bíblico testemunha algo encantador e
sincero: “a alma de Jônatas se ligou com a alma de Davi; e Jônatas o amou como
à sua própria alma. [...] E Jônatas e Davi fizeram aliança; porque Jônatas o
amava como à sua própria alma” (1Sm 18.1,3).
Note que
duas vezes o texto menciona “Jônatas o amou como à sua própria alma”. Uma amizade
como a de Davi e Jônatas só poderia ter brotado a partir da perspectiva do
amor. Por isso, em Jesus Cristo, essa perspectiva é mais abertamente ampliada e
confirmada, por exemplo, pelo apóstolo João em suas cartas, pois só amamos
porque Deus nos amou primeiro (1Jo 4.19). E se amamos a Deus, devemos amar o
próximo. Só então temos a plataforma formada para a vivência de uma verdadeira
amizade cristã. Portanto, é tempo de nos entregarmos em amor ao próximo e,
então, preparar o caminho a fim de construirmos verdadeiras amizades. Amizade
que edifique, abençoe e frutifique. Nunca é tarde para isso!