Lição 11
OS
MILAGRES DE ELISEU
Professor Alberto
TEXTO ÁUREO
“Ora,
o rei falava a Geazi, moço do homem de Deus, dizendo: Conta-me peço-te, todas
as grandes obras que Eliseu tem feito”
(2 Rs 8.4).
VERDADE PRÁTICA
Os milagres realizados por Eliseu não
visaram à glorificação pessoal do profeta, mas demonstraram o amor e a graça de
Deus.
COMENTÁRIO DO TEXTO ÁUREO
“Ora, o rei
falava a Geazi, moço do homem de Deus, dizendo: Conta-me peço-te, todas as
grandes obras que Eliseu tem feito” (2 Rs 8.4).
O contexto histórico do nosso
texto áureo aborda dois diálogos, o primeiro entre o profeta Eliseu e a mulher
cujo filho o profeta o vivificara (2 Rs 8.1).
O segundo diálogo é
especificamente o nosso texto áureo, que é a fala do rei Jorão, que era irmão
de Acazias e também filho de Acabe (2 Reis 3.1; 8.16; 8.25-29) com Geazi, o auxiliar do profeta Eliseu.
Geazi era um criado, um
mensageiro, um auxiliar, um discípulo e possível sucessor do profeta Eliseu.
Geazi na língua hebraica significa “vale da minha visão” ou “vale da visão”.
Do diálogo entre o rei Jorão
e Geazi, decorre a restituição dos bens
da sunamita (2 Rs 8.4-6).
LEITURA DIÁRIA
2 Rs 4.43 – A multiplicação dos pães
2 Rs 7.1 – Abundância de víveres
2 Rs 4.36,37 – A ressurreição do filho
da sunamita
2 Rs 6.6 – O machado flutuante
2 Rs 2.21,22 – As águas de Jericó
2 Rs 5.14 – A cura de Naamã
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
2 Reis 2.9-14.
9 - Sucedeu, pois, que,
havendo eles passado, Elias disse a Eliseu: Pede-me o que queres que te faça,
antes que seja tomado de ti. E disse Eliseu: Peço-te que haja porção dobrada de
teu espírito sobre mim.
10 - E disse: Coisa dura
pediste; se me vires quando for tomado de ti, assim se te fará; porém, se não,
não se fará.
11 - E sucedeu que, indo
eles andando e falando, eis que um carro de fogo, com cavalos de fogo, os
separou um do outro; e Elias subiu ao céu num redemoinho.
12 - O que vendo Eliseu,
clamou: Meu pai, meu pai, carros de Israel e seus cavaleiros! E nunca mais o
viu; e, tomando das suas vestes, as rasgou em duas partes.
13 - Também levantou a
capa de Elias, que lhe caíra; e voltou-se e parou ã borda do Jordão.
14 - E tomou a capa de
Elias, que lhe caíra, e feriu as águas, e disse: Onde está o Senhor, Deus de
Elias? Então, feriu as águas, e se dividiram elas para uma e outra banda; e
Eliseu passou.
RESUMO DA LIÇÃO 11
OS MILAGRES DE ELISEU
I. OS MILAGRES DE PROVISÃO
1.
A multiplicação dos pães.
2.
Abundância de viveres.
II. OS MILAGRES DE RESTITUIÇÃO
1.
A ressurreição do filho da sunamita.
2.
O machado que flutuou.
III. OS MILAGRES DE RESTAURAÇÃO
1.
A cura de Naamã.
2.
As águas de Jericó.
IV. OS MILAGRES DE JULGAMENTO
1.
Maldição dos rapazinhos.
2.
A doença de Geazi.
OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
Elencar os milagres de Eliseu.
Entender o que motivou os milagres de Eliseu.
Compreender os propósitos dos milagres de Eliseu.
COMENTÁRIO
PALAVRA
CHAVE
MILAGRE:
Segundo a Bíblia, é uma suspensão
temporária das leis da natureza, visando a operação sobrenatural de Deus.
INTRODUÇÃO
“Você acredita em
milagres?”;
“Qual o verdadeiro objetivo de um milagre?”.
Ouça os alunos com atenção e diga que Deus não mudou.
Ele continua operando milagres e maravilhas.
Todavia, os milagres são para aqueles que creem.
Quem tem um coração duvidoso jamais poderá experimentar
dos milagres divinos.
Para fortalecer a fé dos seus alunos conclua
apresentando o quadro abaixo com os vários milagres realizados por Eliseu.
Eliseu era
um lavrador pertencente a uma família abastada de Israel, quando foi chamado a
exercer o ministério profético (1 Rs 19.19-21).
Este
abnegado servo de Deus foi um dos sete mil que não se dobraram diante de Baal.
Nem todos os
milagres operados por Eliseu serão estudados aqui, mas os que analisarmos
servirão para ilustrar os propósitos divinos na vida de seu povo.
As
intervenções sobrenaturais, realizadas por intermédio de Eliseu, são muitas, o
que torna impossível tratar de todas em uma única lição.
Todas essas
intervenções divinas operadas por Eliseu demonstram o poder de Deus.
Os milagres
tinham como único propósito evidenciar a graça e a glória do Todo-Poderoso.
A intenção
não era jamais exaltar as virtudes do profeta.
As
narrativas de seus milagres foram divididas em quatro grupos, tornando o ensino
mais didático: milagres de provisão, restituição, restauração e julgamento.
I. OS MILAGRES DE PROVISÃO
1.
A multiplicação dos pães.
Esse é um
milagre de provisão.
Eram cem os
discípulos dos profetas e só havia vinte pães para alimentá-los (2 Rs 4.42-44).
A lei da
procura era maior do que a da oferta!
O que fazer
diante da situação?
O profeta
Eliseu não olha as evidências naturais, mas seguindo a direção de Deus,
profetiza que todos comeriam e ainda sobrariam pães! Como?
Não havia
lógica nenhuma nessa predição.
Todavia,
milagres não se explicam, aceitam-se pela fé!
Muito tempo
depois encontramos o Novo Testamento detalhando como Jesus Cristo operou um
milagre com a mesma dinâmica, mas em maior proporção (Jo 6.9).
Em ambas as
histórias, a graça de Deus em prover o necessário para os carentes fica em
evidência.
2.
Abundância de víveres.
Jorão, filho
de Acabe, estava assentado no trono do reino do Norte e, a exemplo de Jeroboão,
foi mau governante (2 Rs 3.1-3).
A
consequência de suas ações pecaminosas foi o cerco à cidade de Samaria
promovida por Ben-Hadade II.
Com a cidade
sitiada, a consequência natural foi a escassez de alimentos.
Vendia-se
desde cabeça de jumento até mesmo esterco de pombo na tentativa de amenizar a
fome.
Pressionado
pela crise, o rei procurou o profeta Eliseu e o responsabilizou pela tragédia.
Sempre o
Diabo querendo culpar Deus!
Todavia, o
Senhor demonstra, mais uma vez, a sua graça, e orienta Eliseu a profetizar o
fim da fome!
Como nos
outros milagres, esse tem seu cumprimento de forma inteiramente sobrenatural e
inexplicável.
SINÓPSE DO TÓPICO (1)
Milagres
não se explicam, aceitam-se pela fé! Aqueles que duvidam não recebem nada de
Deus.
II. OS MILAGRES DE RESTITUIÇÃO
1.
A ressurreição do filho da sunamita.
Mesmo
havendo deixado o filho morto em casa, a rica mulher de Suném demonstra uma fé
inabalável (2 Rs 4.18-37).
Quando a
caminho, é interrogada por Geazi, servo de Eliseu, sobre como iam as coisas,
ela respondeu: “Tudo bem!”.
Nada está
fora de controle quando Deus está no comando.
A sequência
da história mostra o profeta Eliseu orando ao Senhor sobre o corpo inerte do
garoto (2 Rs 4.33,34).
Os gestos do
profeta parecem não ter sentido, mas sem dúvida refletem a orientação divina (2
Rs 4.34,35).
O Senhor
responde a oração do profeta e a vida volta novamente ao filho da sunamita (2
Rs 4.35-37).
2.
O machado que flutuou.
Um dos
discípulos dos profetas perdera a ferramenta que tomara emprestada (2 Rs
6.1-7).
Naqueles
dias, os instrumentos de ferro eram escassos e valiosos.
Daí o seu
desespero.
Duas coisas
observamos nesse texto: primeiramente, a motivação do milagre que está bem
expressa no lamento daquele que perdera o machado.
O que nos
faz lamentar?
A nossa
motivação está correta?
Em segundo
lugar, vemos o profeta procurando identificar o local onde a ferramenta havia
caído.
O Senhor
está pronto a restituir o que perdemos, mas temos de ter consciência disso.
SINÓPSE DO TÓPICO (2)
Nada
está fora de controle quando Deus está no comando. Ele é soberano!
III. OS MILAGRES DE RESTAURAÇÃO
1.
A cura de Naamã.
Algumas
coisas nos chamam a atenção no relato desse milagre (2 Rs 5.1-19).
Em primeiro
lugar, observamos que o general sírio fica indignado quando o profeta não age
da forma que ele imaginou (2 Rs 5.11).
Deus não faz
shows, nem tampouco opera para satisfazer nossa curiosidade.
Em segundo
lugar, vemos que Deus não estava interessado na análise lógica de Naamã (2 Rs
5.11,12), mas apenas em sua obediência.
Em terceiro
lugar, Naamã recebe a cura quando desce ao Jordão (2 Rs 5.14).
Ninguém será
restaurado se não descer!
Naamã desceu
e foi curado. Deus resiste aos soberbos, mas dá graça aos humildes (Tg 4.6).
Em quarto
lugar, Naamã tentou recompensar o profeta pelo milagre recebido (2 Rs 5.15,16).
Eliseu recusou!
A graça não
aceita pagamento por aquilo que faz.
2.
As águas de Jericó.
O texto de 2
Reis 2.19-22 narra o episódio das águas amargas de Jericó que se tornaram
saudáveis através da ação de Eliseu.
Aqui, o
profeta pede um prato novo e, que neste, se coloque sal.
Feito isso,
ele profetiza que aquelas águas tornar-se-iam potáveis segundo a palavra do
Senhor.
Tais
exigências possuíam um valor simbólico, pois o sal representa um elemento
purificador (Lv 2.13; Mt 5.13).
O prato novo
simboliza um instrumento de dedicação especial ou exclusiva a Deus para aquele
momento.
Em todo
caso, foi o poder de Deus que purificou as águas e não o poder desses objetos e
ingredientes.
SINÓPSE DO TÓPICO (3)
Deus
não faz shows e não se agrada daqueles que se utilizam dos seus milagres para
se promoverem. O Senhor não opera para satisfazer nossa curiosidade.
IV. OS MILAGRES DE JULGAMENTO
1.
Maldição dos rapazinhos.
Certa vez,
uns jovens debocharam de Eliseu, dizendo-lhe: “Sobe,
calvo, sobe, calvo!”.
Reagindo à
situação, o profeta invoca o julgamento divino sobre os zombadores,
amaldiçoando-os em nome do Senhor (2 Rs 2.23-25).
O efeito foi
devastador.
Apareceram
duas ursas selvagens, que se investiram contra os rapazes, matando quarenta e
dois deles.
Não se pode
brincar com as coisas sagradas e muito menos escarnecer dos servos de Deus.
2.
A doença de Geazi.
No relato de
2 Reis 5.20-27, observamos as razões pelas quais Geazi foi julgado.
Ele supunha
que a recusa de Eliseu em aceitar os presentes de Naamã era apenas uma questão
pessoal do profeta (2 Rs 5.20).
Por isso,
resolveu tirar partido da situação.
Usou o nome
de Eliseu para validar sua cobiça, procurando tornar aceitável o que Deus havia
abominado (2 Rs 5.22).
Ele deveria
saber que Deus não vende suas bênçãos, mas as dá gratuitamente.
E, assim, o
cobiçoso Geazi trocou o arrependimento pelo fingimento e ainda trocou a bênção
pela maldição (2 Rs 5.25,27).
Em
consequência, teve de conviver com a lepra pelo resto da sua vida!
SINÓPSE DO TÓPICO (4)
Não
se pode brincar com as coisas sagradas e muito menos escarnecer dos servos de
Deus.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Os milagres
operados por Eliseu demonstram o poder divino.
Todos
tiveram um propósito específico; evidenciar a graça e a glória de Deus nas mais
diferentes situações.
Em nenhum
momento, essas intervenções exaltam as virtudes do profeta.
BIBLIOGRAFIA SUGERIDA
RICHARDS,
L. O. Guia do Leitor da Bíblia: Uma análise de Gênesis a Apocalipse
capítulo por capítulo. 9 ed., RJ: CPAD, 2010.
ZUCK,
R. B. Teologia do Antigo Testamento. 1 ed., RJ: CPAD, 2009.
AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO I
Subsídio Bibliográfico
“Deus cura a
lepra de Naamã
O poder
divino, o qual se manifestou através da cura da lepra de Naamã, tinha o
propósito de demonstrar que o Deus de Israel era maior que as divindades da
Síria. O milagre aconteceu em benefício dos israelitas e também dos sírios. Os
israelitas entenderam que Deus desejava fazer deles o seu instrumento para
conquistar outros povos. Também está aqui evidente o ponto de vista profético
de que o reino do Norte, assim como o de Judá, estava essencialmente
relacionado com o cumprimento de Deus para seu povo.
O desespero
de Naamã, causado pela impureza do rio Jordão, pode ter sido provocado em parte
pela correta comparação que fez com os rios Abana e Farpar. Entretanto, a
questão verdadeira era a sua má vontade em se humilhar adequadamente, e
obedecer à ordem de Deus para obter a cura.
O registro
da cura de Naamã representa um cativante relato da ‘cura de leproso’. Existe
aqui um retrato notável sobre: (1) A grandeza que não leva a coisa alguma — um
grande homem... porém leproso; (2) O testemunho da fé de uma escrava; (3) Um
pedido inesperado e humilde; (4) A obediência e a cura completa” (Comentário
Bíblico Beacon. Vol. 2, 1 ed., RJ: CPAD, 2005, p.349).
AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO II
Subsídio Bibliográfico
▪ “A fama de
Eliseu (2 Rs 6.12) — Vários eventos claramente mostram que os milagres de
Eliseu foram realizados com a intenção de produzir fé tanto fora como dentro
dos limites de Israel. A cura de Naamã (2 Rs 5), a reputação conseguida expondo
os planos dos sírios (2 Rs 6.12) e o livramento da unidade militar que veio
para capturá-los (2 Rs 6.12,13) todos testemunham o poder de Deus. Sirvamos à
igreja de Cristo. Porém, nunca percamos a visão daqueles fora de seus limites”
(RICHARDS, L. O. Guia do Leitor da Bíblia: Uma análise de Gênesis a Apocalipse
capítulo por capítulo. 9 ed., RJ: CPAD, 2010, p.247).
▪ “Geazi é
atacado de lepra (2 Rs 5-20-27) — Naamã havia oferecido um presente a Eliseu;
porém, o profeta o recusou. No entanto, sua gratidão era tão grande que ele
prontamente deu dois talentos de prata a Geazi supostamente para dois jovens
profetas necessitados. Eliseu transferiu a lepra de Naamã para Geazi, não só
porque ele havia mentido por razões pessoais, mas o que é ainda pior, seu
interesse egoísta por dinheiro havia diminuído a eficiência do ministério de
Eliseu para Deus. Esse incidente se apresenta como uma impressionante
advertência a todos os servos do Senhor que colocam os interesses pessoais à
frente da causa do Mestre” (Comentário Bíblico Beacon. Vol. 2, 1 ed., RJ: CPAD,
2005, p.350).
SUBSÍDIOS ENSINADOR CRISTÃO
Os
milagres de Eliseu
Deus confirmou
o ministério de Eliseu não apenas com poder, mas também com a manifestação de
milagres. De forma geral, esses milagres foram manifestos em momentos de
angústia, onde apenas Deus poderia intervir, como foi o caso da predição de
abundância de alimentos para a Samaria sitiada e faminta. Eliseu também trouxe
de volta da morte o filho da Sunamita, que havia morrido. Observe que nesse
caso, especificamente, Deus não disse nada a Eliseu sobre o filho da Sunamita,
que estava morto: “Chegando ela, pois, ao homem de Deus, ao monte, pegou nos
seus pés; mas chegou Geazi para a retirar; disse porém o homem de Deus:
Deixa-a, porque a sua alma nela está triste de amargura, e o Senhor mo encobriu
e não mo manifestou”. O Deus que revelou a Eliseu os planos do exército inimigo
fez com que o homem de Deus fosse verificar o que estava acontecendo na casa
daquela mulher. Eliseu sabia que quando a revelação divina não se manifesta,
Deus deseja que tenhamos sabedoria para resolver problemas. Ele não foi apenas
um homem de milagres, mas também um homem prudente e sensível.
Uma palavra
sobre milagres e a vida pessoal. Milagres são operações de caráter divino,
fazendo intervenções na esfera física. Podem ser visto na cura de doentes, na
multiplicação de víveres, na intervenção sobre os elementos da natureza e até
na ressurreição de mortos. Mas os milagres ainda seguem um padrão: eles seguem
os que crêem, conforme Marcos 16.17.
Esperar
milagres da parte do Senhor é importante, mas não é a essência da vida cristã.
E a presença constante de milagres não garante necessariamente a fé e a
fidelidade das pessoas. O povo que estava no Egito viu as manifestações de Deus
de forma poderosa, mas logo se rebelaram contra Ele. O povo que viu o Jordão se
abrir para que entrassem na terra prometida e viu Jericó cair diante de si anos
depois escolheu servir a outros deuses. As manifestações poderosas conduzidas
por Elias não fizeram de Acabe um rei temente a Deus. Geazi presenciou muitos
milagres realizados por Eliseu, mas perdeu o temor e a saúde por causa de
alguns presentes oferecidos por Naamã.
Claro que
esses casos não invalidam o poder de Deus e a sua soberania, e em sua
presciência, o Senhor sabia que alguns de seu povo seriam rebeldes e mesmo
assim não deixou de operar. Mas devemos aprender que precisamos ter comunhão
com Deus quando Ele manda milagres e quando Ele não manda. E acima de tudo, ser
fiéis a Ele sempre.
EXERCÍCIOS
1. Quais milagres de provisão
são listados na lição?
R. Multiplicação dos pães e
abundância de víveres.
2. Que lição podemos aprender
com o machado que flutuou?
R. O Senhor está pronto a
restituir ou restaurar quem perdeu alguma coisa, desde que se tome consciência
disso.
3. Cite pelo menos duas
lições extraídas da cura de Naamã.
R. Deus não opera milagres para
satisfazer nossa curiosidade. Ele também resiste aos soberbos.
4. Como os rapazes zombaram
do profeta?
R. “Sobe, calvo. Sobe, calvo”.
5. Cite pelo menos duas
razões pelas quais Geazi experimentou o juízo divino.
R. Geazi viu apenas uma ação
humana quando deveria ver uma ação divina e também trocou a verdade pela
mentira.
AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO I
Subsídio Bibliográfico
“Deus cura a lepra de
Naamã
O poder divino, o qual se
manifestou através da cura da lepra de Naamã, tinha o propósito de demonstrar
que o Deus de Israel era maior que as divindades da Síria. O milagre aconteceu
em benefício dos israelitas e também dos sírios. Os israelitas entenderam que
Deus desejava fazer deles o seu instrumento para conquistar outros povos.
Também está aqui evidente o ponto de vista profético de que o reino do Norte,
assim como o de Judá, estava essencialmente relacionado com o cumprimento de
Deus para seu povo.
O desespero de Naamã,
causado pela impureza do rio Jordão, pode ter sido provocado em parte pela
correta comparação que fez com os rios Abana e Farpar. Entretanto, a questão
verdadeira era a sua má vontade em se humilhar adequadamente, e obedecer à
ordem de Deus para obter a cura.
O registro da cura de
Naamã representa um cativante relato da ‘cura de leproso’. Existe aqui um retrato
notável sobre: (1) A grandeza que não leva a coisa alguma — um grande homem...
porém leproso; (2) O testemunho da fé de uma escrava; (3) Um pedido inesperado
e humilde; (4) A obediência e a cura completa” (Comentário Bíblico Beacon.
Vol. 2, 1 ed., RJ: CPAD, 2005, p.349).
AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO II
Subsídio Bibliográfico
▪ “A fama de Eliseu (2
Rs 6.12) — Vários eventos claramente mostram que os milagres de Eliseu
foram realizados com a intenção de produzir fé tanto fora como dentro dos
limites de Israel. A cura de Naamã (2 Rs 5), a reputação conseguida expondo os
planos dos sírios (2 Rs 6.12) e o livramento da unidade militar que veio para
capturá-los (2 Rs 6.12,13) todos testemunham o poder de Deus. Sirvamos à igreja
de Cristo. Porém, nunca percamos a visão daqueles fora de seus limites”
(RICHARDS, L. O. Guia do Leitor da Bíblia: Uma análise de Gênesis a
Apocalipse capítulo por capítulo. 9 ed., RJ: CPAD, 2010, p.247).
▪ “Geazi é atacado de
lepra (2 Rs 5-20-27) — Naamã havia oferecido um presente a Eliseu; porém, o
profeta o recusou. No entanto, sua gratidão era tão grande que ele prontamente
deu dois talentos de prata a Geazi supostamente para dois jovens profetas necessitados.
Eliseu transferiu a lepra de Naamã para Geazi, não só porque ele havia mentido
por razões pessoais, mas o que é ainda pior, seu interesse egoísta por dinheiro
havia diminuído a eficiência do ministério de Eliseu para Deus. Esse incidente
se apresenta como uma impressionante advertência a todos os servos do Senhor
que colocam os interesses pessoais à frente da causa do Mestre” (Comentário
Bíblico Beacon. Vol. 2, 1 ed., RJ: CPAD, 2005, p.350).
SUBSÍDIOS ENSINADOR
CRISTÃO
Os milagres de Eliseu
Deus confirmou o
ministério de Eliseu não apenas com poder, mas também com a manifestação de
milagres. De forma geral, esses milagres foram manifestos em momentos de
angústia, onde apenas Deus poderia intervir, como foi o caso da predição de
abundância de alimentos para a Samaria sitiada e faminta. Eliseu também trouxe
de volta da morte o filho da Sunamita, que havia morrido. Observe que nesse
caso, especificamente, Deus não disse nada a Eliseu sobre o filho da Sunamita,
que estava morto: “Chegando ela, pois, ao homem de Deus, ao monte, pegou nos
seus pés; mas chegou Geazi para a retirar; disse porém o homem de Deus:
Deixa-a, porque a sua alma nela está triste de amargura, e o Senhor mo encobriu
e nao mo manifestou”. O Deus que revelou a Eliseu os planos do exército inimigo
fez com que o homem de Deus fosse verificar o que estava acontecendo na casa
daquela mulher. Eliseu sabia que quando a revelação divina não se manifesta,
Deus deseja que tenhamos sabedoria para resolver problemas. Ele não foi apenas
um homem de milagres, mas também um homem prudente e sensível.
Uma palavra sobre
milagres e a vida pessoal. Milagres são operações de caráter divino, fazendo
intervenções na esfera física. Podem ser visto na cura de doentes, na
multiplicação de víveres, na intervenção sobre os elementos da natureza e até
na ressurreição de mortos. Mas os miiagres ainda seguem um padrão: eles seguem
os que crêem, conforme Marcos 16.17.
Esperar milagres da parte
do Senhor é importante, mas não é a essência da vida cristã. E a presença
constante de milagres não garante necessariamente a fé e a fidelidade das
pessoas. O povo que estava no Egito viu as manifestações de Deus de forma
poderosa, mas logo se rebelaram contra Ele. O povo que viu o Jordão se abrir
para que entrassem na terra prometida e viu Jericó cair diante de si anos
depois escolheu servir a outros deuses. As manifestações poderosas conduzidas
por Elias não fizeram de Acabe um rei temente a Deus. Geazi presenciou muitos
milagres realizados por Eliseu, mas perdeu o temor e a saúde por causa de
alguns presentes oferecidos por Naamã.
Claro que esses casos não
invalidam o poder de Deus e a sua soberania, e em sua presciência, o Senhor
sabia que alguns de seu povo seriam rebeldes e mesmo assim não deixou de
operar. Mas devemos aprender que precisamos ter comunhão com Deus quando Ele
manda milagres e quando Ele não manda. E acima de tudo, ser fiéis a Ele sempre.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.