O
que é Arrebatamento:
Arrebatamento
é o efeito ou ação de arrebatar, ou seja, retirar algo
repentinamente de um lugar. No entanto, existem diversas aplicações
diferentes para este termo.
Exemplo:
“Os reféns foram salvos graças ao arrebatamento das armas dos bandidos pelos
policiais”.
Arrebatamento pode estar relacionado
com a condição do estado de espírito ou humor de um indivíduo, dominado pela
alegria, entusiasmo e admiração por algo ou alguém.
Ainda sob o sentido figurado,
arrebatamento significa a explosão de outros sentimentos, como a euforia, a
fúria, a ira, a raiva repentina e etc.
Normalmente, este termo está
relacionado com os estudos da escatologia cristã, referentes ao fim do mundo e
ao suposto ressurgimento de Jesus Cristo.
Arrebatamento da igreja
De acordo com a doutrina cristã, o
arrebatamento é um conceito que está relacionado com os últimos sete anos que
precedem o chamado “Juízo Final”.
A descrição do arrebatamento da
igreja está no livro de I Tessalonicenses 4:13-18 e I Coríntios 15:50-54.
Segundo
os relatos da bíblia, o arrebatamento será um episódio em quetodos os
verdadeiros crentes em Deus serão, repentinamente, levados para os céus, no
“Reino Celestial”.
Assim como os crentes vivos que foram
arrebatados, os que já morreram ressuscitarão e se juntarão aos demais no
Paraíso.
Após o arrebatamento, a Terra viverá
um período chamado de Grande Tribulação, um momento de grande caos em que
reinará o anticristo, falsos profetas e a Besta (o demônio). A Grande
Tribulação, de acordo com a bíblia, durará sete anos.
Ao terminar o sétimo ano, chegará o
Juízo Final e o reino de Deus dominará a Terra por mais mil anos.
"O que é
o Arrebatamento da igreja?"
A palavra
“arrebatamento” não aparece na Bíblia. O conceito de Arrebatamento, entretanto,
é claramente ensinado nas Escrituras. O Arrebatamento da igreja é o evento no
qual Deus remove todos os crentes da terra para abrir caminho para que Seu
justo julgamento seja derramado sobre a terra durante o período da Tribulação.
O Arrebatamento é descrito principalmente em I Tessalonicenses 4:13-18 e I
Coríntios 15:50-54. I Tessalonicenses 4:13-18 descreve o Arrebatamento como
Deus ressuscitando todos os crentes que já morreram, dando a eles corpos glorificados.
“Porque o mesmo Senhor descerá do céu com alarido, e com voz de arcanjo, e com
a trombeta de Deus; e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro. Depois
nós, os que ficarmos vivos, seremos arrebatados juntamente com eles nas nuvens,
a encontrar o Senhor nos ares, e assim estaremos sempre com o Senhor” (I
Tessalonicenses 4:16-17).
I Coríntios 15:50-54
focaliza na natureza instantânea do Arrebatamento e nos corpos glorificados que
receberemos. “Eis aqui vos digo um mistério: Na verdade, nem todos dormiremos,
mas todos seremos transformados; Num momento, num abrir e fechar de olhos, ante
a última trombeta; porque a trombeta soará, e os mortos ressuscitarão
incorruptíveis, e nós seremos transformados” (I Coríntios 15:51-52). O
Arrebatamento é o acontecimento glorioso que devemos todos esperar
ansiosamente. Finalmente ficaremos livres do pecado. Estaremos para sempre na
presença de Deus. Há excessivo debate a respeito do significado e magnitude do
Arrebatamento. Esta não é a intenção de Deus. Mas ao invés disso, no que diz
respeito ao Arrebatamento, Deus quer que “encorajemos uns aos outros com estas
palavras.”
A verdade sobre o
arrebatamento.
Uma pesquisa recente da revista U.S. News & World Report descobriu
que 61 por cento dos americanos acreditam que Jesus Cristo vai voltar à terra,
e 44 por cento acreditam no Arrebatamento da Igreja.[1]
O que é o Arrebatamento? Com tamanha certeza popular, por que há tanta
confusão interpretativa a respeito desses acontecimentos? A doutrina do
Arrebatamento pré-tribulacional é um ensino bíblico importante não apenas por
oferecer percepções interessantes sobre o futuro, mas também porque oferece aos
crentes motivação para a vida contemporânea. O Arrebatamento
pré-tribulacional ensina que, antes do período de sete anos conhecido como
Tribulação, todos os membros do corpo de Cristo (tanto os vivos quanto os
mortos) serão arrebatados nos ares para o encontro com Jesus Cristo e depois
serão levados ao céu. O ensino do Arrebatamento é mais claramente
apresentado em 1 Tessalonicenses 4.13-18. Nessa passagem Paulo informa seus
leitores de que os crentes que estiverem vivos por ocasião do Arrebatamento
serão reunidos aos que morreram em Cristo antes deles. No versículo 17 a
palavra "arrebatados" traduz a palavra grega harpazo, que
significa "dominar por meio de força" ou "capturar". Essa
palavra é usada 14 vezes no Novo Testamento Grego de várias maneiras
diferentes. Ocasionalmente o Novo Testamento usa harpazo com
o sentido de "roubar", "arrastar" ou "carregar para
longe" (Mateus 12.29; João 10.12). Também pode ser usada com o sentido de
"levar embora com uso de força" (João 6.15; 10.28-29; Atos 23.10;
Judas 23). No entanto, para nossos propósitos, um terceiro uso é mais
significativo. Diz respeito ao Espírito Santo levando alguém de um lugar para
outro. Encontramos esse uso em quatro ocorrências (Atos 8.39; 2 Coríntios 12.2,
4; 1 Tessalonicenses 4.17; Apocalipse 12.5).[2] Esse último uso é
ilustrado em Atos 8.39, quando Filipe, ao completar o batismo do oficial
etíope, é "arrebatado" e divinamente transportado do deserto até a
cidade costeira de Azoto. De modo semelhante, a Igreja será, num momento,
levada da terra ao céu. Não deve-se estranhar, portanto, que um autor
contemporâneo tenha chamado esse evento peculiar de "O Grande
Seqüestro".[...]
Por que a doutrina da iminência é significativa para o Arrebatamento? O ensino
neo-testamentário de que Cristo poderia voltar a qualquer momento e arrebatar a
Sua Igreja sem sinais ou advertências prévios (i.e. iminência) é um argumento
tão poderoso em favor do pré-tribulacionismo que se tornou uma das doutrinas
mais ferozmente atacadas pelos oponentes da posição pré-tribulacionista. Eles
percebem que, se o Novo Testamento de fato ensinar a iminência, um
arrebatametno pré-tribulacional estará praticamente assegurado.
Definição de Iminência Qual é a definição bíblica de iminência? O Dr. Renald
Showers define e descreve iminência da seguinte maneira:
1) Um acontecimento iminente é aquele que está sempre "pairando
acima de alguém, constantemente prestes a vir sobre ou a alcançar alguém;
próximo quanto à sua ocorrência" (The Oxford English Dictionary,
1901, V. 66). Assim, a iminência traz consigo o sentido de que algo pode
acontecer a qualquer momento. Outras coisas podemacontecer antes do
evento iminente, mas nada precisaacontecer antes que ele aconteça.
Se alguma coisa precisa acontecer antes de determinado evento ocorrer, tal
evento não é iminente. Em outras palavras, a necessidade de que algo ocorra
antes destrói o conceito de iminência.
2) Uma vez que é impossível saber exatamente quando ocorrerá um evento
iminente, não se pode contar com a passagem de determinado período de tempo
antes que tal evento iminente ocorra. À luz disso, é preciso estar sempre
preparado para que ele aconteça a qualquer momento.
3) Não se pode legitimamente estabelecer direta ou implicitamente uma
data para sua ocorrência. Assim que alguém marca uma data para um evento
iminente, destrói o conceito de iminência, porque ao fazer isso afirma que um
determinado intervalo de tempo deve transcorrer antes que tal evento ocorra.
Uma data específica para um evento é contrária ao conceito de que tal evento
possa ocorrer a qualquer momento.
4) É impossível dizer legitimamente que um evento iminente vai acontecer
em breve. A expressão "em breve" implica que tal evento precisa ocorrer
"dentro de um tempo pequeno (depois de um ponto específico designado ou
implícito)". Em termos de contraste, um evento iminente pode ocorrer
dentro de um pequeno intervalo de tempo, mas não precisa fazê-lo
para ser iminente. Espero que você perceba, agora, que "iminente" não
é igual a "em breve".[3] O fato de que Jesus Cristo pode voltar
a qualquer momento, mesmo que não necessariamente em breve, e sem a necessidade
de qualquer sinal anterior à Sua vinda, requer o tipo de iminência ensinado
pela posição pré-tribulacionista e é um forte apoio ao pré-tribulacionismo. Que
passagens do Novo Testamento ensinam essa verdade? Os versículos que afirmam a
volta de Cristo a qualquer momento, sem aviso prévio, e aqueles que instruem os
crentes a esperar e aguardar a vinda do Senhor ensinam a doutrina da iminência.
Observem-se as seguintes passagens do Novo Testamento: • 1
Coríntios 1.7 – "...aguardando vós a revelação de nosso
Senhor Jesus Cristo".
• 1 Coríntios 16.22 – "Maranata!"
• Filipenses 3.20 – "Pois a nossa pátria
está nos céus, de onde também aguardamos o Salvador, o Senhor Jesus
Cristo".
• Filipenses 4.5 – "Perto está o
Senhor".
• 1 Tessalonicenses 1.10 – "e para
aguardardes dos céus o Seu Filho...".
• 1 Tessalonicenses 4.15-18 – "Ora, ainda
vos declaramos, por palavra do Senhor, isto: nós, os vivos, os que ficarmos até
à vinda do Senhor, de modo algum precederemos os que dormem. Porquanto o Senhor
mesmo, dada a sua palavra de ordem, ouvida a voz do arcanjo, e ressoada a
trombeta de Deus, descerá dos céus, e os mortos em Cristo ressuscitarão
primeiro; depois nós, os vivos, os que ficarmos, seremos arrebatados juntamente
com eles, entre nuvens, para o encontro do Senhor nos ares, e assim estaremos
para sempre com o Senhor. Consolai-vos, pois, uns aos outros com estas
palavras".
• 1 Tessalonicenses 5.6 – "Assim, pois,
não durmamos como os demais; pelo contrário, vigiemos e sejamos sóbrios".
• 1 Timóteo 6.14 – "que guardes o mandato
imaculado, irrepreensível, até à manifestação de nosso Senhor Jesus
Cristo". • Tito 2.13 –"aguardando a
bendita esperança e a manifestação da glória do nosso grande Deus e Salvador
Cristo Jesus".
• Hebreus 9.28 – "assim também Cristo,
tendo-se oferecido uma vez para sempre para tirar os pecados de muitos,
aparecerá segunda vez, sem pecado, aos que o aguardam para a salvação".
• Tiago 5.7-9 – "Sede, pois, irmãos,
pacientes, até a vinda do Senhor... pois a vinda do Senhor está próxima... Eis
que o Juiz está às portas".
• 1 Pedro 1.13 – "Por isso,... sede
sóbrios e esperai inteiramente na graça que vos está sendo trazida na revelação
de Jesus Cristo".
• Judas 21 – "guardai-vos no amor de Deus,
esperando a misericórdia de nosso Senhor Jesus Cristo, para a vida
eterna".
• Apocalipse 3.11; 22.7, 12, 20– "Eis que venho
sem demora!"
• Apocalipse 22.17, 20 – "O Espírito e a
Noiva dizem: Vem. Aquele que ouve diga: Vem. Aquele que dá
testemunho destas cousas diz: Certamente venho sem demora. Amém. Vem, Senhor
Jesus!"
Ao considerarmos as passagens mencionadas acima, observamos que Cristo
pode voltar a qualquer momento, que o Arrebatamento é de fato iminente. Somente
o pré-tribulacionismo pode dar um sentido pleno, literal, a tal acontecimento
iminente. Outras posições sobre o Arrebatamento precisam redefinir iminência de
maneira mais elástica do que indica o Novo Testamento. O Dr. John Walvoord
declara: "A exortação a que aguardemos a 'manifestação da glória' de
Cristo para os Seus (Tito 2.13) perde seu significado se a Tribulação tiver que
ocorrer antes. Fosse esse o caso, os crentes deveriam observar os
sinais."[4] Se a posição pré-tribulacionista sobre a iminência não for
aceita, então haverá sentido em procurar identificar os eventos relacionados à
Tribulação (i.e., o Anticristo, as duas testemunhas, etc.) e não em esperar o
próprio Cristo. O Novo Testamento, todavia, como demonstrado acima,
uniformemente instrui a Igreja a olhar para a volta de Cristo, ao passo que os
santos da Tribulação são exortados a observar os sinais. A exortação
neo-testamentária a que nos consolemos mutuamente pela volta de Cristo (João
14.1; 1 Tessalonicenses 4.18) não mais teria sentido se os crentes tivessem,
primeiro, que passar por qualquer porção da Tribulação. Em vez disso, o consolo
teria que esperar a passagem pelos eventos da Tribulação. Não! A Igreja recebeu
uma "bendita esperança", em parte porque a volta do Senhor é, de
fato, iminente. A Igreja primitiva tinha uma saudação especial que os crentes
só usavam entre si, conforme registrado em 1 Coríntios 16.22: a palavra
"Maranata!" Esta palavra é constituída de três termos aramaicos: Mar
("Senhor"), ana ("nosso"), e tha ("vem"),
significando, assim, "Vem, nosso Senhor!" Como outras passagens do Novo
Testamento, "Maranata" só faz sentido se uma vinda iminente, ou seja,
a qualquer momento, for pressuposta. Isso também serve de apoio à posição
pré-tribulacionista.Não foi à toa que os antigos cristãos cunharam essa
saudação peculiar que reflete uma ansiosa expectativa pelo cumprimento dessa
bendita esperança como uma presença real em suas vidas cotidianas. A vida da
Igreja em nossos dias só teria a melhorar se "Maranata" voltasse a
ser uma saudação sincera nos lábios de crentes que vivem com esta expectativa.
Maranata!
1.
Jeffrey L. Sheler, "The Christmas Covenant". U.S. News &
World Report, 19 de dezembro de 1994, pp. 62, 64.
2.
Dicionário
Internacional de Teologia do Novo Testamento, "harpazo", editado por
Colin Brown. Vida Nova, São Paulo, 1982. Volume 1, p. 239-243.
3.
Ibid., pp.
127-128.
4.
Walvoord, The Rapture Question, p. 273.
Sete Certezas Sobre o Arrebatamento
"Não
queremos, porém, irmãos, que sejais ignorantes com respeito aos que dormem,
para não vos entristecerdes como os demais, que não têm esperança. Pois, se
cremos que Jesus morreu e ressuscitou, assim também Deus, mediante Jesus,
trará, em sua companhia, os que dormem. Ora, ainda vos declaramos, por palavra
do Senhor, isto: nós, os vivos, os que ficarmos até à vinda do Senhor, de modo
algum precederemos os que dormem. Porquanto o Senhor mesmo, dada a sua palavra
de ordem, ouvida a voz do arcanjo, e ressoada a trombeta de Deus, descerá dos
céus, e os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro; depois, nós, os vivos, os
que ficarmos, seremos arrebatados juntamente com eles, entre nuvens, para o
encontro do Senhor nos ares, e, assim, estaremos para sempre com o Senhor.
Consolai-vos, pois, uns aos outros com estas palavras" (1 Ts 4.13-18).
Primeira certeza: os mortos não estão mortos
"Pois, se cremos que Jesus
morreu e ressuscitou, assim também Deus, mediante Jesus, trará, em sua
companhia, os que dormem" (v.14). Esta
certeza consiste em três partes:
a) No Novo Testamento, a ressurreição
se refere principalmente ao corpo
O "dormir" dos crentes ou a
expressão "os que dormem" dizem respeito aos corpos dos cristãos (At
13.36-37; Rm 8.10-11,23; 1 Co 15.35-46). A Bíblia não ensina o "sono"
da alma! Por exemplo, o homem rico e Lázaro, depois que morreram, estavam
respectivamente no reino dos mortos (hades) e no paraíso, mas absolutamente
conscientes (Lc 16.19-31).
O corpo, que deixamos por ocasião da
morte, "dorme"; mas o espírito do crente – sua personalidade, seu
ser, sua consciência – encontra-se com Cristo a partir do momento da morte. O
apóstolo Paulo estava totalmente convicto dessa realidade, motivo porque
escreveu: "...tendo o desejo de partir e estar com Cristo, o que é
incomparavelmente melhor" (Fp 1.23).
Quando os saduceus discutiram com
Jesus acerca da ressurreição dos mortos, Ele lhes disse: "E,
quanto à ressurreição dos mortos, não tendes lido o que Deus vos declarou (Êx
3.6): Eu sou o Deus de Abraão, o Deus de Isaque e o Deus de Jacó? Ele não é
Deus de mortos, e sim de vivos" (Mt 22.31-32).
O Senhor Jesus Cristo diz: "Eu
sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim, ainda que morra, viverá; e todo o
que vive e crê em mim não morrerá, eternamente..." (Jo 11.25-26).Em
João 8.51 Ele também acentua: "...se alguém guardar a minha
palavra, não verá a morte, eternamente." Se bem que o corpo
adormece, o espírito daquele que crê em Jesus continua vivendo.
Em 2 Coríntios 5.8 está escrito que
"deixar o corpo" significa ao mesmo tempo "habitar com o
Senhor". Em outras palavras: assim que deixamos o corpo estamos com
Cristo.
Romanos 8.10 se refere a uma verdade
espiritual que já aconteceu, mas por outro lado essa verdade também se aplica
ao futuro após a morte: "Se, porém, Cristo está em vós, o corpo,
na verdade, está morto por causa do pecado, mas o espírito é vida, por causa da
justiça."
Em 1 Tessalonicenses 4.16 lemos
acerca dos "mortos em Cristo". Uma vez
que Jesus ressuscitou e vive, também vivem todos os que dormiram nEle.
Espiritualmente eles estão em Cristo e vivem com Cristo ("Pois a
nossa pátria está nos céus" – (Fp 3.20), fisicamente eles serão
ressuscitados.
b) A esperança de estar com Cristo
Mas a realidade é ainda mais
maravilhosa, e isso também faz parte da certeza da salvação e do arrebatamento.
Como cristãos, não dizemos por acaso: "O Senhor levou tal irmão ou tal
irmã". Realmente é verdade que um cristão é buscado por Jesus, enquanto um
não-crente é levado pela morte. A Igreja de Jesus não verá a morte: "Não
queremos, porém, irmãos, que sejais ignorantes com respeito aos que dormem,
para não vos entristecerdes como os demais, que não têm esperança" (1 Ts
4.13). Os outros estão fora (v.12), não estão em Cristo!
O versículo 14 trata dos que
dormem em Jesus: "Pois, se cremos que Jesus
morreu e ressuscitou, assim também Deus, mediante Jesus, trará, em sua
companhia, os que dormem." Isso fica mais claro na Edição Revista
e Corrigida: "Porque, se cremos que Jesus morreu e ressuscitou,
assim também aos que em Jesus dormem Deus os tornará a trazer com ele".
Os cristãos que morreram foram postos para dormir por Jesus, assim como uma mãe
ou um pai põem seus filhos para dormir à noite. Isso significa na prática:
quando um crente morre, ele é buscado por Jesus, e assim não verá a morte.
Estou convicto de que o Senhor está presente na morte de cada um de Seus
filhos, para levá-los para junto de Si.
c) A garantia de que os mortos virão com Cristo
A promessa de que Deus, "mediante
Jesus, trará, em sua companhia, os que dormem" é uma afirmação
revolucionária. É importante observar que não está escrito: "trará para
Ele", mas "trará, em sua companhia", ou
seja, "trará com Ele". O próprio Senhor comunica ao apóstolo – e
assim a toda a Igreja – que os mortos em Cristo não serão prejudicados de modo
algum, mas que até terão a primazia.
Quando voltar, Jesus trará consigo os
que morreram nEle, pois eles já estão com Ele (1 Ts 4.14-15), e ressuscitará
seus corpos mortos em primeiro lugar (v.16). Somente depois disso acontecerá a
transformação dos crentes ainda vivos, e então eles serão arrebatados juntos ao
encontro do Senhor (v.17).
Examinemos o versículo 14 em duas
outras versões:
"Visto que nós cremos que Jesus
morreu e depois voltou à vida, podemos também crer que, quando Jesus voltar,
Deus trará de volta com Ele todos os cristãos que já morreram" (A Bíblia
Viva).
"Porque, se cremos que Jesus
morreu e ressuscitou, assim também aos que em Jesus dormem Deus os tornará a
trazer com ele" (Edição Revista e Corrigida).
Portanto, isso significa simplesmente
que os trazidos com Jesus em Sua vinda são os espíritos sem corpo dos que
morreram em Cristo. Primeiro, seus corpos serão ressuscitados e juntados aos
espíritos. Depois os crentes vivos serão transformados e toda a Igreja será
levada para o céu com Jesus.
O fundamento dessa esperança de ressurreição foi criado exclusivamente por
Jesus através da Sua morte e ressurreição. Disso consiste a força e o poder da
ressurreição. Agora, o que importa é se cremos na Sua morte e ressurreição
(v.14). Certa vez Jesus perguntou aos Seus discípulos: "Quem dizeis (ou
crêdes) que eu sou?" (Mt 16.15). Então Pedro deu a única
resposta certa: "Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo"
(v.16). Na sua opinião, quem é Jesus?
Segunda certeza: o Senhor voltará pessoalmente
"Porquanto o Senhor mesmo...
descerá dos céus..."(1 Ts 4.16). A
ressurreição/o arrebatamento será o momento em que o Senhor Jesus deixará Seu
trono no céu e virá pessoalmente ao encontro da Sua Igreja a fim de levá-la
para a casa do Pai. Assim como um noivo vai ao encontro da sua noiva, o
Salvador virá ao encontro dos que comprou pelo Seu sangue e os conduzirá para
Sua glória.
O Senhor não enviará um anjo ou
qualquer outro emissário para fazer isso, Ele virá pessoalmente. Então se
cumprirá literalmente a promessa de João 14.3: "E, quando eu for e
vos preparar lugar, voltarei e vos receberei para mim mesmo, para que onde eu
estou, estejais vós também." Assim como Ele em pessoa nos salvou
e morreu na cruz por nós, assim como Ele mesmo foi preparar-nos lugar – Ele
voltará pessoalmente para buscar-nos para Si, para que estejamos onde Ele está.
Em inúmeras passagens do Novo Testamento somos conclamados a esperar a volta de
Jesus a qualquer momento (por exemplo, em 1 Co 11.26; 1 Ts 1.10; Hb 10.37).
Terceira certeza: a palavra de ordem
"Porquanto o Senhor mesmo, dada
a sua palavra de ordem, ouvida a voz do arcanjo, e ressoada a trombeta de Deus,
descerá dos céus, e os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro" (1 Ts
4.16). A Edição Revista e Corrigida
diz: "Porque o mesmo Senhor descerá do céu com alarido e com voz
de arcanjo, e com a trombeta de Deus; e os que morreram em Cristo ressuscitarão
primeiro". Segundo meu entendimento, o próprio Senhor dará esta
palavra de ordem, pois Ele é o Soberano a quem todos os exércitos celestiais
obedecem. Isso é indicado nas seguintes passagens:
"Em verdade, em verdade vos digo
que vem a hora e já chegou, em que todos os mortos ouvirão a voz do Filho de
Deus; e os que a ouvirem viverão" (Jo 5.25). Jesus, o Bom Pastor, também disse: "As minhas ovelhas
ouvem a minha voz; eu as conheço, e elas me seguem. Eu lhes dou a vida eterna;
jamais perecerão, e ninguém as arrebatará da minha mão" (Jo 10.27-28). Você
já é uma ovelha do rebanho de Jesus? A resposta a essa pergunta tem importância
decisiva em relação à eternidade. Você já tem um relacionamento pessoal com
Jesus, por tê-lO recebido em sua vida (Jo 1.12)? Você pode dizer com certeza
que é um filho de Deus? Se não o pode, pedimos que você dê esse passo decisivo
ainda hoje!
• Quando o Senhor Jesus ressuscitou a
Lázaro, lemos que Ele clamou dando uma ordem:"...(Jesus) clamou
em alta voz: Lázaro, vem para fora!" (Jo 11.43). Devemos imaginar
o seguinte: no decorrer dos tempos, milhões de pessoas crentes no Senhor Jesus
dormiram, ou seja, faleceram. Aí chega a hora do arrebatamento. O Senhor se
levanta do Seu trono e clama: "Vem para fora!" Então as sepulturas se
abrirão, e nenhum dos que foram comprados pelo Seu sangue ficará para trás. Não
importa se seus corpos foram queimados, se morreram contaminados por radiação
nuclear ou se estão nas profundezas dos mares – Ele é o Criador, Ele os
ressuscitará e os conduzirá ao encontro de seus espíritos/almas.
• No Salmo 33.9 está escrito acerca
dEle, o Filho do Altíssimo: "Pois ele falou, e tudo se fez; ele
ordenou, e tudo passou a existir" (compare também Is 55.4).
Essa "palavra de ordem" do
Senhor vem da linguagem militar. Ela é semelhante à voz de comando de um
general que chama suas tropas para o combate. Por ocasião do arrebatamento, o
General celestial dará ordem às tropas que lutam por Ele, que deveriam estar
revestidas de toda a armadura espiritual (Ef 6.11ss), para que deixem o campo
de batalha sobre a terra e venham com Ele para a Sua glória.
Quarta certeza: a voz do arcanjo
"Porquanto o Senhor mesmo, dada
a sua palavra de ordem, ouvida a voz do arcanjo, e ressoada a trombeta de Deus,
descerá dos céus, e os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro" (1 Ts
4.16). A designação
"arcanjo" se aplica a apenas um anjo na Bíblia, isto é, a
Miguel: "Contudo, o arcanjo Miguel..." (Jd 9). Miguel
significa "Quem é como Deus?" Este anjo é um dos mais importantes em
hierarquia (Dn 10.13).
No tempo de Daniel, Miguel lutou
contra um príncipe dos demônios no mundo celestial e veio ajudar Gabriel, para
que este pudesse confirmar a Daniel que suas orações haviam sido atendidas (Dn
10.12-14 e 21). Anteriormente este arcanjo também lutou com Satanás pelo corpo
de Moisés: "Contudo, o arcanjo Miguel, quando contendia com o
Diabo e disputava a respeito do corpo de Moisés, não se atreveu a proferir
juízo difamatório contra ele; pelo contrário, disse: O Senhor te
repreenda!" (Jd 9). No final, Miguel e seus exércitos de anjos
lutarão contra os exércitos de demônios de Satanás, os vencerão e lançarão
sobre a terra para que não tenham mais acesso ao céu (Ap 12.7-9).
Por que se ouvirá a voz do arcanjo
Miguel no momento do arrebatamento? Por que e para que ele levantará a sua voz
– após a palavra de ordem do Senhor para o arrebatamento? A chave ou a resposta
para isso está nas significativas palavras do arcanjo Gabriel ao judeu
Daniel: "Mas eu te declararei o que está expresso na escritura da
verdade; e ninguém há que esteja ao meu lado contra aqueles, a não ser
Miguel, vosso príncipe" (Dn 10.21). Este arcanjo
intervém de modo especial em favor do povo de Israel: "Nesse
tempo, se levantará Miguel, o grande príncipe, o defensor dos filhos do teu
povo..." (Dn 12.1).
Devemos lembrar que no momento em que
o Senhor Jesus Cristo der a ordem para a ressurreição e para o arrebatamento da
Sua Igreja, a dispensação da graça terminará. Então o "corpo de
Cristo" estará completo, então o Pentecoste em sentido inverso (a retirada
do Espírito Santo) acontecerá e a Igreja será levada para o céu.
Depois disso será restabelecida
novamente uma espécie de "situação do Antigo Testamento" – a conexão
entre a 69ª e a 70ª semana de anos de Daniel. Lembremo-nos apenas do quinto
selo e daqueles na Grande Tribulação "...que tinham sido mortos
por causa da palavra de Deus e por causa do testemunho que sustentavam. Clamaram
em grande voz, dizendo: Até quando, ó Soberano Senhor, santo e verdadeiro, não
julgas, nem vingas o nosso sangue dos que habitam sobre a terra?" (Ap
6.9-10). Conforme meu entendimento, estes não pertencem à Igreja, pois
verdadeiros discípulos de Jesus não pedem vingança. Pelo contrário. Ao morrer
apedrejado pelos fariseus e escribas, Estevão clamou: ‘Senhor Jesus,
recebe o meu espírito! Então, ajoelhando-se, clamou em alta voz: Senhor, não
lhes imputes este pecado! Com estas palavras, adormeceu" (At
7.59-60).Quanto às condições típicas do Antigo Testamento durante a Grande
Tribulação, lembremos também das duas testemunhas, que farão milagres, ferirão
a terra com toda sorte de flagelos e farão sair fogo das suas bocas para
devorar os inimigos (Ap 11.3-6; compare também Lc 9.54-55).
A Igreja de Jesus era um mistério,
ela foi inserida por Deus entre a 69ª e a 70ª semana de anos de Daniel. Depois
que ela for arrebatada, começará a 70ª semana de anos (ligada à 69ª semana) de
Daniel 9. Enquanto a Igreja estiver na casa do Pai celestial, o mundo e Israel
entrarão na Grande Tribulação. Assim, o povo judeu passará outra vez
inteiramente para o centro da ação de Deus. Por isso o príncipe angélico de
Israel entrará novamente em ação (como no caso de Daniel), e levantará a sua
voz. Para quê? Em favor do povo de Israel: "Nesse tempo, se
levantará Miguel, o grande príncipe, o defensor dos filhos do teu povo, e
haverá tempo de angústia, qual nunca houve, desde que houve nação até àquele
tempo; mas, naquele tempo, será salvo o teu povo, todo aquele que for achado
inscrito no livro" (Dn 12.1). "Naquele tempo" significa:
quando a Igreja tiver sido arrebatada, o anticristo tiver aparecido e a Grande
Tribulação tiver começado, o arcanjo Miguel intervirá em favor do povo de Israel,
pois então começará a salvação do remanescente de Israel: "Muitos
dos que dormem no pó da terra ressuscitarão, uns para a vida eterna, e outros
para vergonha e horror eterno. Os que forem sábios, pois, resplandecerão como o
fulgor do firmamento; e os que a muitos conduzirem à justiça, como as estrelas,
sempre e eternamente. Tu, porém, Daniel, encerra as palavras e sela o livro,
até ao tempo do fim; muitos o esquadrinharão, e o saber se multiplicará...
Muitos serão purificados, embranquecidos e provados; mas os perversos
procederão perversamente, e nenhum deles entenderá, mas os sábios
entenderão" (Dn 12.2-4 e 10). A voz do arcanjo em geral também é
entendida como uma chamada coletiva de reunião e recolhimento dos santos do
Antigo Testamento.
Atualmente muitos israelitas já
chegaram ao conhecimento mais elevado que existe: eles creram em Jesus Cristo,
o seu Messias! E o próprio Senhor acrescenta sempre mais judeus à Sua Igreja,
como se conclui pelo seguinte relato:
(...) Cinco pessoas foram batizadas em
outubro. Shalom e Ora, um jovem casal israelense, e duas filhas converteram-se
através de sua vizinha, que freqüenta regularmente a igreja. "É algo
especial", escreve John Pex, "quando jovens judeus reconhecem o seu
Messias – principalmente quando um casal se converte e é batizado".
(...) A loja da Sociedade Bíblica em
Tel Aviv está muito bem localizada e é visitada por muitos israelenses. Andy
Ball, seu diretor, relata o exemplo de uma mulher ortodoxa que comprou um Novo
Testamento na loja: ela queria conhecer a fé cristã em primeira mão. Uma
funcionária do governo queria um Antigo Testamento em árabe para outra pessoa e
nessa oportunidade comprou um Novo Testamento para si própria. A loja bíblica
também abastece outras casas de comércio, universidades e hotéis com Novos
Testamentos, livros e artigos cristãos... (Amzi 3/98)
Ao profeta Daniel foi ordenado: "Tu,
porém, Daniel, encerra as palavras e sela o livro, até ao tempo do fim; muitos
o esquadrinharão, e o saber se multiplicará." Que tipo de saber
se multiplicará? Resposta: cada vez mais judeus reconhecerão que Jesus é o
Messias. Já observamos o início disso hoje em dia. O número de membros das
igreja judaico-messiânicas multiplicou-se por 10 nos últimos 30 anos!
Mas, voltando à voz do arcanjo:
podemos imaginar que Miguel acompanhará o Senhor quando Ele vier buscar a Sua
Igreja. A Bíblia Viva diz: "Pois o próprio Senhor descerá do céu
com um potente clamor, com o vibrante brado do arcanjo e com o
vigoroso toque de trombeta de Deus" (1 Ts 4.16). Evidentemente o
Senhor não teria necessidade desse acompanhamento, mas parece que o arcanjo
Miguel é o guerreiro que atua nos ares contra Satanás (Daniel 10), e como
Israel terá entrado em cena novamente, o arcanjo intervirá lutando em favor do
povo da aliança de Deus.
O arrebatamento da Igreja de Jesus
(toda pessoa salva, seja judeu ou gentio, será retirada da terra) provocará um
golpe repentino, dramático e inimaginável na história da humanidade que ficará
para trás. Esse acontecimento revolucionário desencadeará uma série de outros
acontecimentos subseqüentes. Queremos destacar um deles:
Em Israel irromperá um avivamento
Romanos 11.25 diz de maneira bem
clara: "Porque não quero, irmãos, que ignoreis este mistério (para
que não sejais presumidos em vós mesmos): que veio endurecimento em parte a
Israel, até que haja entrado a plenitude dos gentios (na Igreja de
Jesus)." Quando a plenitude dos gentios (das nações) tiver
entrado no "corpo de Cristo", ele será levado para o céu. Aí
terminará o endurecimento de Israel, sua cegueira acabará.
Então muitos judeus chegarão ao saber
de Daniel 12.4, entendendo que o Senhor Jesus é o seu Messias. É muito provável
que nos dias após o arrebatamento milhares e milhares de judeus se converterão
a Jesus, à semelhança do que aconteceu no começo da Igreja no livro de Atos.
Então brotará e nascerá a semente do Evangelho espalhada oralmente e de forma
impressa pelos judeus messiânicos, que nesse tempo também terão sido
arrebatados. Os que ficarem para trás, familiares, amigos, colegas, etc.,
procurarão Bíblias, livros e outras publicações cristãs deixadas pelos
arrebatados. Eles se lembrarão daquilo que leram e ouviram, de comentários
bíblicos e pregações sobre a esperança pelo Messias. Essa esperança já germina
atualmente no coração de muitos judeus.
Depois do arrebatamento aparecerão
também os 144.000 selados de Israel (Ap 7.4-8) e as duas testemunhas (Ap
11.3ss). Cada vez mais judeus se converterão e levarão o Evangelho ao seu
próprio povo e aos gentios. Nisto os judeus terão uma grande vantagem, pelo
fato de terem sido espalhados por todo o mundo e dominarem muitas línguas
diferentes.
Mas, para sermos exatos, devemos
dizer também que nem todos os judeus se converterão. Muitos, especialmente os
ligados ao governo, farão a aliança com o anticristo, isto é, com o líder
romano [europeu] (Dn 9.26-27; Ap 13.1; Is 28.14-16). Quando fala desse tempo,
também Daniel diz que muitos serão purificados (converter-se-ão), mas muitos
permanecerão ímpios; que muitos entenderão, mas muitos outros não entenderão
(Dn 12.10). Apenas um remanescente será salvo, como se vê claramente em outras
passagens das Escrituras (por exemplo, em Rm 9.27; Ez 20.33-38). Mas atrás de
todo esse remanescente crente se colocará o arcanjo Miguel como príncipe de
Israel. No arrebatamento ele levantará a sua voz, porque terá chegado sua hora
para agir em favor do remanescente de Israel.
Como vimos, em nossos dias muitos
israelitas estão crendo no seu Messias, em Jesus Cristo. Será que o Senhor está
preparando o Seu povo para o arrebatamento e a Grande Tribulação? Será que Ele
o faz porque a hora já está muito adiantada?
Quinta certeza: a trombeta de Deus
"Porquanto o Senhor mesmo, dada
a sua palavra de ordem, ouvida a voz do arcanjo, e ressoada a trombeta de Deus,
descerá dos céus, e os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro" (1 Ts
4.16). A trombeta de Deus aqui
mencionada é a mesma de 1 Coríntios 15.52: "...num momento, num
abrir e fechar de olhos, ao ressoar da última trombeta. A trombeta soará, os
mortos ressuscitarão incorruptíveis, e nós seremos transformados." Esta
trombeta de Deus chamará todos os santos de todos os tempos para a casa do Pai.
Por que ela é chamada de "última
trombeta"? Porque então a dispensação da graça chegará ao fim. A
dispensação da anunciação do Evangelho da graça começou com uma
"trombeta" e terminará com uma trombeta. Por que ela começou com uma
"trombeta"? Porque podemos dizer que a pregação do Evangelho
"repercutiu", "ressoou" ou foi "trombeteada". Por
exemplo, a frase: "Porque de vós repercutiu a palavra do
Senhor..." (1 Ts 1.8), significa literalmente: "porque vocês
trombetearam a palavra do Senhor". Em Romanos 10.18 está escrito: "Mas
pergunto: Porventura, não ouviram? Sim, por certo: Por toda a terra se fez
ouvir a sua voz, e as suas palavras, até aos confins do mundo."
A trombeta do Evangelho conclamando
para a salvação em Jesus Cristo ressoou por quase dois mil anos. Em breve se
ouvirá a última trombeta, o Evangelho deixará de ser pregado, a dispensação da
graça chegará ao fim e a Igreja estará concluída, a sua plenitude terá sido
alcançada. A Igreja será chamada para subir à casa do Pai.
Em que será que pensaram os tessalonicences,
que em grande parte eram judeus, quando Paulo escreveu sobre a trombeta? O
Apocalipse ainda não existia, portanto eles ainda não sabiam nada sobre as sete
trombetas de juízo ali descritas. Por isso, certamente eles pensaram na
trombeta da salvação de Números 10.2-10. Nesse trecho do Antigo Testamento são
mencionadas duas trombetas que eram tocadas em certas ocasiões. A ordem de Deus
dizia: "Faze duas trombetas de prata; de obra batida as farás;
servir-te-ão para convocares a congregação e para a partida dos arraiais"
(Nm 10.2). Por um lado, portanto, estas trombetas de prata eram
tocadas para convocar, chamar, juntar e reunir, e por outro lado para levantar
acampamento e partir. Isso não tem sentido profético? Convocação (chamamento) =
pregação do Evangelho para vir a Jesus ("muitos são chamados..."),
até que a plenitude estiver reunida. Partida = ressurreição/arrebatamento para
a casa do Pai.
É interessante verificar que essas
trombetas deviam ser confeccionadas de prata. Que prata era usada para essa
finalidade? O siclo de prata do resgate [salvação] (Êx 30.12-13). Esses siclos
eram dados como pagamento de resgate pela vida dos israelitas, para que não
houvesse entre eles nenhuma praga. Isso também nos faz lembrar das 30 moedas de
prata que foram pagas pela prisão do Senhor Jesus, que obteve a nossa salvação
na cruz.
As diferentes maneiras de tocar as
trombetas significavam, entre outras coisas, o seguinte:
a) Quando as duas trombetas eram
tocadas de maneira normal, isso servia para o
chamamento e ajuntamento de toda a congregação na porta da tenda da congregação
(Nm 10.3) = um chamamento para salvação.
b) Quando as trombetas eram tocadas a
rebate, fortemente, como "sinal de
alarme", isso indicava a ordem para partir. O último toque da trombeta era
o sinal para juntar os pertences e partir = uma maravilhosa ilustração do
arrebatamento.
Agora ainda ressoa a trombeta do
Evangelho para chamamento e ajuntamento. Mas quando for tocada a última
trombeta de Deus como "sinal de alarme" para o arrebatamento, ao
mesmo tempo isto será um sinal para o ajuntamento de Israel, porque então terá
chegado o tempo do seu salvamento. É o que se conclui de Números 10.9: "Quando,
na vossa terra, sairdes a pelejar contra os opressores que vos apertam, também
tocareis as trombetas a rebate, e perante o SENHOR, vosso Deus, haverá
lembrança de vós, e sereis salvos de vossos inimigos."
Depois do arrebatamento virá o
opressor, o anticristo, mas o Senhor se lembrará de Israel e no final salvará o
Seu povo. Isaías 27.12-13 anuncia isso de maneira muito bonita: "Naquele
dia, em que o SENHOR debulhará o seu cereal desde o Eufrates até ao ribeiro do
Egito; e vós, ó filhos de Israel, sereis colhidos um a um. Naquele dia, se
tocará uma grande trombeta, e os que andavam perdidos pela terra da Assíria e
os que forem desterrados para a terra do Egito tornarão a vir e adorarão ao
SENHOR no monte santo de Jerusalém."
Pelos motivos já mencionados e os que
vamos acrescentar, a trombeta de Deus para o arrebatamento, segundo o meu
entendimento, não equivale às sete trombetas do Apocalipse (capítulos 8-11).
• A trombeta de Deus para o
arrebatamento anuncia a conclusão da era da graça. Trata-se da trombeta da
salvação. No seu som temos a salvação, o perdão e a vitória do Evangelho. Ela
ressoa principalmente para a Igreja, mas também para Israel, no sentido de que
então o remanescente será reunido.
• As trombetas tocadas pelos anjos em
Apocalipse, entretanto, são todas trombetas de juízo sobre o mundo das nações
que rejeitou a Cristo. Além disso, os vinte e quatro anciãos (a Igreja, veja Ap
4.9-11) já se encontram no céu por ocasião da sétima trombeta e anunciam a
volta de Jesus e Seu reino (Ap 11.15-17ss).
• É muito interessante observar que
outras traduções de 1 Tesalonisences 4.16, por exemplo a Edição Corrigida e
Revisada, dizem: "...Porque o mesmo Senhor descerá do céu... com a
trombeta de Deus...". Isto quer dizer que o próprio Senhor – como Sumo
Sacerdote da Sua Igreja – tocará a trombeta, porque ela estará na Sua mão. Ele
mesmo chamará os Seus para casa. Ele mesmo dará a ordem e o sinal para a
retirada da Sua Igreja. Segundo o meu entendimento, isso também é o mais
provável, pois a trombeta é chamada de "trombeta de Deus", e Jesus
Cristo é Deus (Tt 2.13; 1 Jo 5.20). Por que não seria o Salvador que haveria de
chamar os Seus salvos? Aliás, no Antigo Testamento apenas os sacerdotes podiam
tocar as trombetas. E Jesus é o Sumo Sacerdote, não um anjo qualquer. As sete
trombetas de juízo (Ap 8.6-9,12; 11.15) são empunhadas e tocadas por anjos. Por
isso, deve haver uma diferença entre a trombeta do arrebatamento e as sete
trombetas de juízo.
Sexta certeza: ressurreição e arrebatamento
"Porquanto o Senhor mesmo, dada
a sua palavra de ordem, ouvida a voz do arcanjo, e ressoada a trombeta de Deus,
descerá dos céus, e os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro; depois, nós, os
vivos, os que ficarmos, seremos arrebatados juntamente com eles, entre nuvens,
para o encontro do Senhor nos ares, e, assim, estaremos para sempre com o
Senhor" (1 Ts 4.16-17). Não
se trata aqui de uma ressurreição geral. Somente os mortos emCristo
e os vivos em Cristo serão ressuscitados ou transformados.
Todos os demais mortos permanecerão nas suas sepulturas até o dia do juízo
final. O que é descrito aqui é uma ressurreição seletiva dentre os mortos e
realmente diz respeito somente àqueles que estãoem Cristo.
Em João 5.28-29 o Senhor mencionou
duas diferentes ressurreições: "Não vos maravilheis disto, porque
vem a hora em que todos os que se acham nos túmulos ouvirão a sua voz e sairão:
os que tiverem feito o bem, para a ressurreição da vida; os que tiverem
praticado o mal, para a ressurreição do juízo." E quando Jesus
desceu do monte com Seus discípulos depois da Sua transfiguração, Ele lhes
disse algo que muito os admirou e que até então eles ainda não tinham ouvido.
Trata-se de uma expressão totalmente nova em relação ao arrebatamento: "Ao
descerem do monte, ordenou-lhes Jesus que não divulgassem as coisas que tinham
visto, até o dia em que o Filho do Homem ressuscitasse dentre os
mortos. Eles guardaram a recomendação, perguntando uns aos outros que seria o
ressuscitar dentre os mortos?" (Mc 9.9-10).
Jesus foi o primeiro que
ressuscitou dentre os mortos (At 26.23; Cl 1.18; 1 Co 15.20).
Também 1 Coríntios 15.23 fala disso: "Cada um, porém, por sua
própria ordem: Cristo, as primícias; depois, os que são de Cristo, na sua
vinda." Esta afirmação, em conexão com 1 Tessalonicences 4.16,
explica que todos os que estão em Cristo ressuscitarão dentre os
mortos. Esta é a chamada "primeira ressurreição" (Ap 20.5-6). As
outras pessoas, as que não estavam em Jesus, que não pertenciam a Ele pela fé
salvadora e, assim, não tinham um relacionamento pessoal com Ele, serão
ressuscitadas mil anos mais tarde e então irão para o inferno (Ap 20.11-15).
Na primeira
ressurreição/arrebatamento o Senhor Jesus deixará o Seu trono e, vindo do céu
(da casa do Pai), aparecerá nos ares (1 Ts 4.17). Ele não virá de maneira visível
sobre a terra, mas permanecerá na atmosfera superior. Os espíritos/almas dos
que dormiram nEle O acompanharão, como provavelmente também o arcanjo Miguel.
Então serão ressuscitados primeiro os corpos dos que morreram em Cristo. Logo a
seguir, os corpos dos que ainda estiverem vivos serão transformados. Então a
Igreja será arrebatada coletivamente ao encontro do Senhor nos ares, entre
nuvens, e Ele levará Sua noiva para a casa do Pai. A Igreja terá então deixado
seu lugar na terra e João 14.1-6 estará cumprido. Tudo isso naturalmente
acontecerá numa fração de segundos (comp. 1 Co 15.51-53).
Sétima certeza: estar para sempre com o Senhor
"...e, assim, estaremos para
sempre com o Senhor. Consolai-vos, pois, uns aos outros com estas
palavras" (1 Ts 4.17-18). Esta
garantia: "...estaremos para sempre com o Senhor", é
um consolo eterno acima de tudo o que é passageiro neste mundo... A partir
desse momento, nada mais estará sujeito à morte para qualquer filho de Deus.
Todas as tristezas do passado, todas as misérias e tentações, todas as
perguntas, tudo será esquecido e respondido por este fato: "...estaremos
para sempre com o Senhor." "Estaremos para sempre com o
Senhor" significa que a Igreja estará sempre onde Jesus estiver;
ela participará de toda a Sua riqueza divina. Então se cumprirá o que está
escrito em Tito 2.13:
"...aguardando a bendita
esperança e a manifestação da glória do nosso grande Deus e Salvador Cristo
Jesus."
"Aguardando ansiosamente aquele
tempo quando se verá a sua glória – a glória do nosso grande Deus e Salvador
Jesus Cristo" (A Bíblia Viva).
Mas quem não tem Jesus cai num abismo
insondável de desespero. Aquele que não tem Jesus perde a bendita e eterna
esperança. Justamente nesta passagem da ressurreição e do arrebatamento, a
Bíblia nos mostra que haverá pessoas que estarão dentro (1 Ts 4.16) e pessoas
que estarão fora (v.12), que haverá pessoas cheias de esperança e pessoas sem
esperança (v.13), pessoas que estarão para sempre com o Senhor e pessoas
eternamente separadas dEle (v.17), pessoas consoladas e pessoas sem consolo
(v.18). Aquele que nãoestá em Cristo não tem nenhum relacionamento
com Deus; tal pessoa está "fora", sem esperança, porque não tem lar.
Uma pessoa sem Jesus ficará eternamente sem consolo e sem paz.
Como você pode ganhar o direito de
morar na casa do Pai celestial, adquirir a esperança de "estar para sempre
com o Senhor" e transmitir esse consolo também para outros? Decidindo-se
por Jesus Cristo e por Sua obra de salvação consumada na cruz – também por
você. Se você aceitar isso pela fé, 1 Tessalonicenses 4.14-18 realmente se
cumprirá também em sua vida. Por isso, decida-se totalmente por Jesus Cristo, o
Filho do Deus vivo! A Palavra do Deus Eterno lhe diz em Jó 11.13 e 18: "Se
dispuseres o coração e estenderes as mãos para Deus... Sentir-te-ás seguro,
porque haverá esperança".
Qual a diferença entre o arrebatamento e a vinda de
Cristo?
É de extrema importância entender a distinção que
existe nas Escrituras entre o arrebatamento e a vinda de Cristo. O
arrebatamento não deve ser confundido com a vinda de Cristo. Embora o Senhor
venha dos céus em ambas as ocasiões, o arrebatamento e a vinda de Cristo são
eventos que diferem de forma distinta.
·
Arrebatamento é quando o
Senhor vem para os Seus santos (Jo 14.2,3) ‑‑ Vinda de Cristo é quando Ele vem
com os Seus santos (que foram levados à glória no arrebatamento) Jd 14; Zc
14.5.
·
O arrebatamento pode
acontecer a qualquer momento ‑‑ a vinda de Cristo não acontecerá até cerca de 7
anos após o arrebatamento.
·
No arrebatamento o
Senhor vem secretamente, num piscar de olhos (1 Co 15.52) ‑‑ em Sua vinda Ele
vem publicamente e todo olho O verá (Ap 1.7).
·
No arrebatamento Ele vem
para libertar a Igreja (1 Ts 1.10) ‑‑ em Sua vinda Ele vem para libertar Israel
(Sl 6.1‑4).
·
No arrebatamento Ele vem
nos ares para a Sua Igreja, pois é o Seu povo celestial (1 Ts 4.15‑18) ‑‑ em
Sua vinda Ele volta à terra (no local chamado Monte das Oliveiras) para Israel
que é o Seu povo terrenal (Zc 14.4,5).
·
No arrebatamento é o
próprio Senhor Quem reúne os Seus santos (1 Ts 4.15‑18; 2 Ts 2.1) ‑‑ em Sua
vinda Ele envia os Seus anjos para reunir os eleitos de Israel (Mt 24.30,31).
·
No arrebatamento Ele
leva os crentes para fora deste mundo, deixando para trás os ímpios (Jo 14.2,3)
‑‑ em Sua vinda os ímpios são tirados do mundo para julgamento e os crentes
(aqueles que tiverem se convertido por meio do evangelho do Reino que será
pregado durante a tribulação) são deixados para desfrutar de bênçãos na terra
(Mt 13.41‑43; 25.41).
·
No arrebatamento Ele vem
para libertar os Seus santos (a Igreja) da ira vindoura (1 Ts 1.10) ‑‑ em Sua
vinda Ele vem para derramar a Sua ira (Ap 19.15).
·
No arrebatamento Ele vem
como o Noivo, para receber Sua noiva, a Igreja (Mt 25.6,10) ‑‑ em Sua vinda Ele
vem como o Filho do Homem em juízo sobre aqueles que O rejeitaram (Mt 24.27,
28).
·
No arrebatamento Ele vem
como a "Estrela da Manhã" que desponta pouco antes de raiar o dia (Ap
22.16) ‑‑ em Sua vinda Ele vem como o "Sol de Justiça", que é o
próprio raiar do dia (Ml 4.2).
·
No arrebatamento Ele vem
sem quaisquer sinais, pois o cristão anda por fé e não por vista (2 Co 5.7) ‑‑
já a Sua vinda será cercada de sinais pois os judeus pedem sinais (Lc 21.11,25‑27;
1 Co 1.22).
Nas Escrituras nunca é feita referência ao
arrebatamento como um "ladrão de noite". Este termo refere‑se à vinda
do Senhor (1 Ts 5.2; 2 Pd 3.10; Mt 24.43; Ap 16.15; 3.3).
Em um certo sentido há três vindas. Sua vinda para o que era Seu (Primeira
Vinda Jo 1.10,11; Hb 10.7), Sua vinda para os que Lhe pertencem (Arrebatamento
Jo 14.2,3; 1 Ts 4.15‑18 ‑‑ N.T.: ou "pelos que Lhe pertencem"), e Sua
vinda com os que Lhe pertencem (A Vinda de Cristo Jd 14).
(traduzido de "Outline
of Prophetic Events ‑ Bruce Anstey)