Lições
Bíblicas CPAD – Adultos
3º Trimestre de 2015
Título: A Igreja e o seu Testemunho — As ordenanças de Cristo nas cartas
pastorais
Comentarista: Elinaldo Renovato de Lima
Lição 5: Apostasia, fidelidade e diligência no Ministério
TEXTO ÁUREO
“Mas o Espírito expressamente diz
que, nos últimos tempos, apostatarão alguns da fé, dando ouvidos a espíritos
enganadores e a doutrinas de demônios” (1Tm 4.1).
VERDADE PRÁTICA
A apostasia e a infidelidade a Deus
são características marcantes dos tempos do fim.
LEITURA DIÁRIA
Mt 7.15 – O cuidado com os ensinos dos falsos profetas
Hb 3.12 – Que não haja em nós um coração infiel
1Pe 2.2 – Desejando o “leite racional, não falsificado”
1Pe 1.15 – Santos em toda a nossa maneira de viver
Jr 48.10 – A maldição de se fazer a obra do Senhor
relaxadamente
Hb 12.14 – O cultivo da santificação na nossa vida diária
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
1 Timóteo 4.1,2,5-8,12,16.
1 — Mas
o Espírito expressamente diz que, nos últimos tempos, apostatarão alguns da fé,
dando ouvidos a espíritos enganadores e a doutrinas de demônios,
2 — pela
hipocrisia de homens que falam mentiras, tendo cauterizada a sua própria
consciência,
5 — porque,
pela palavra de Deus e pela oração, é santificada.
6 — Propondo
estas coisas aos irmãos, serás bom ministro de Jesus Cristo, criado com as
palavras da fé e da boa doutrina que tens seguido.
7 — Mas
rejeita as fábulas profanas e de velhas e exercita-te a ti mesmo em piedade.
8 — Porque
o exercício corporal para pouco aproveita, mas a piedade para tudo é
proveitosa, tendo a promessa da vida presente e da que há de vir.
12 — Ninguém despreze a tua mocidade; mas sê o
exemplo dos fiéis, na palavra, no trato, no amor, no espírito, na fé, na
pureza.
16 — Tem cuidado de ti mesmo e da doutrina;
persevera nestas coisas; porque, fazendo isto, te salvarás, tanto a ti mesmo
como aos que te ouvem.
HINOS SUGERIDOS
210, 306 e 432 da Harpa Cristã
OBJETIVO GERAL
Mostrar que a apostasia e a
infidelidade a Deus são características do tempo do fim.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Abaixo, os objetivos específicos referem-se ao que
o professor deve atingir em cada tópico. Por exemplo, o objetivo I refere-se ao
tópico I com os seus respectivos subtópicos.
· I. Tratar a
respeito da apostasia dos homens.
· II. Compreender que
o bom ministro deve ser fiel ao Senhor.
· III. Refletir a
respeito da diligência no ministério.
INTERAGINDO COM O PROFESSOR
Na lição de hoje estudaremos a
respeito da apostasia, fidelidade e diligência no ministério cristão. O termo
apostasia vem do grego apostásis e significa o abandono premeditado e
consciente da fé cristã. Ao estudar a Palavra de Deus, vemos que no Antigo
Testamento, Israel por várias vezes apostatou da fé. Em tempos de apostasia, os
profetas eram levantados pelo Senhor para denunciar o pecado e conduzi-los
novamente ao Senhor. O profeta tinha o dever de confrontar o povo, alertando
contra o pecado. Mesmo sendo perseguidos, muitos profetas foram fiéis ao Senhor
e ao seu ministério, não permitindo a apostasia do povo. Atualmente, o pastor,
não pode se calar diante da apostasia do nosso tempo. É preciso confrontar as
pessoas mediante o ensino das Escrituras Sagradas. Paulo foi incisivo ao
orientar Timóteo para que ele doutrinasse a igreja a fim de que os membros não
fossem seduzidos pelos falsos ensinos, apostando da fé. Atualmente, por falta
de ensino, muitos estão abandonando a fé genuína em Jesus Cristo, caindo nas
garras do Inimigo. Para combater a apostasia, a liderança precisa investir no
ensino bíblico. Jesus certa vez, declarou: “Errais não conhecendo as
Escrituras” (Mt 22.29)
COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
Nesta lição vamos enfatizar o cuidado
que os líderes devem ter com os falsos mestres a fim de que não destruam o
rebanho do Senhor. Timóteo foi enviado à igreja de Éfeso para combater os
falsos mestres e suas heresias e é exortado por Paulo para que realize a sua
missão com excelência.
PONTO CENTRAL
Na atualidade, muitos estão apostatando da fé
genuína em Jesus Cristo por falta de ensino das Sagradas Escrituras.
I. A APOSTASIA DOS HOMENS
1. A apostasia. A igreja em Éfeso estava sob o ataque dos
falsos mestres. Paulo não se omitiu nem se intimidou diante deles, mas com
coragem e ousadia combateu os ensinos heréticos que estes disseminavam. Ele
tomou todas as providências necessárias para coibir a ação maligna. Paulo foi
incisivo ao advertir Timóteo, para que ele doutrinasse a igreja em Éfeso a fim
de que os irmãos não viessem apostatar da fé cristã. O que significa apostasia?
Significa “abandono premeditado e consciente da fé cristã”. Sabemos que no
Antigo Testamento foram muitas as apostasias cometidas pelos israelitas. Para
Deus a apostasia é vista como um “adultério espiritual”.
2. Doutrinas de demônios (v.1). Os falsos mestres eram e continuam sendo uma
ameaça para a Igreja de Cristo. Há uma igreja, na América Central, cujo líder e
fundador dizia ser Jesus Cristo. Esse “falso Cristo” faleceu há pouco tempo. Na
igreja por ele fundada, um dos símbolos mais importantes é o número 666, a quem
atribuem perfeição e santidade, quando a Palavra de Deus diz que tal número é
símbolo que identifica “a besta” ou o Anticristo (Ap 13.18). Isso é exemplo de
“doutrina de demônio”. O líder precisa estar atento e alertar suas ovelhas
quanto a estas doutrinas.
3. Espíritos enganadores. Os falsos mestres eram mentirosos e faziam de
tudo para que os crentes da Igreja em Éfeso seguissem “espíritos enganadores”.
Sabemos que Satanás é enganador. Ele procura, de todas as formas, iludir os
crentes a fim de que estes abandonem a fé verdadeira. Atualmente, temos visto a
atuação de muitos espíritos enganadores. A internet tem contribuído para
disseminar muitas heresias e enganar muitos que são fiéis ao Senhor. Uma das
doutrinas malignas que se tornou comum, nos tempos atuais é a desvalorização do
casamento heterossexual (homem e mulher), enquanto o casamento entre
homossexuais vem sendo incentivado pelos meios de comunicação.
SÍNTESE DO TÓPICO (I)
Paulo advertiu a Timóteo para que ele
combatesse os falsos mestres e seus ensinos que levavam as ovelhas à apostasia.
SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO
“O Espírito Santo revelou
explicitamente que haverá, nos últimos tempos, uma rebeldia organizada contra a
fé pessoal em Jesus Cristo.
Muitos crentes se desviarão da fé
porque deixarão de amar a verdade (2Ts 2.10) e de resistir às tendências
pecaminosas dos últimos dias. Por isso, o evangelho liberal dos ministros e
educadores modernistas encontrará pouca resistência em muitas igrejas.
A popularidade dos ensinos
antibíblicos vem, sobretudo pela ação de Satanás, conduzindo suas hostes numa
posição cerrada à obra de Deus. A segunda vinda de Cristo será precedida de uma
maior atividade de satanismo, espiritismos, ocultismos, possessão e engano
demoníacos, no mundo e na igreja.
A proteção do crente contra tais
enganos e ilusões consiste na lealdade total a Deus e à sua Palavra inspirada,
e a conscientização de que os homens de grandes dons e unção espirituais podem
enganar-se, e enganar os outros com suas misturas de verdade e falsidade. Essa
conscientização deve estar aliada a um desejo sincero do crente praticar a
vontade de Deus (Jo 7.17) e de andar na justiça e no temor dEle.
Os crentes fiéis não devem pensar que
pelo fato da apostasia predominar dentro do cristianismo nesses últimos dias,
não poderá ocorrer reavivamento autêntico, nem que o evangelismo segundo o
padrão do NT não será bem-sucedido. Deus prometeu que nos ‘últimos dias’
salvará todos quanto invocarem o seu nome e que se separarem dessa geração
perversa, e que Ele derramará sobre eles o seu Espírito Santo” (Bíblia de
Estudo Pentecostal. RJ: CPAD, p.1870).
II. A FIDELIDADE DOS MINISTROS
1. O bom ministro (v.6). Timóteo deveria dar instruções ao rebanho do
Senhor, agindo como um “bom ministro de Cristo”. Segundo o Comentário
Bíblico Beacon, “a palavra grega traduzida por ministro (diakonos) é a mesma palavra traduzida por
‘diáconos’ em 3.8”. O bom ministro é aquele que serve a Igreja, exortando,
ensinando e discipulando suas ovelhas. Pois todo o crente precisa estar firmado
na fé e na doutrina cristã (v.6b). O bom ministro zela pela vida espiritual do rebanho
do Senhor. O pastor precisa ser um estudioso da Bíblia a fim de “conhecer a
sabedoria e a instrução” para entender as palavras da prudência (Pv 1.2). O
estudo das Escrituras conduz o pastor e as ovelhas à sabedoria, em todos os
aspectos da vida.
2. Rejeitando as fábulas profanas. “Mas rejeita as fábulas profanas e de velhas
e exercita-te a ti mesmo em piedade” (v.7). As “fábulas profanas e de velhas”,
segundo o Comentário Bíblico Beacon, seriam as superstições ou
mitos e lendas a respeito de determinados assuntos. Paulo ensina a Timóteo que
tais crendices são profanas e não edificam a Igreja. Quando os crentes não são
orientados a lerem a Bíblia, nem tampouco a estudarem, quase sempre se portam
como meninos espirituais. Daí porque há tanto emocionalismo e modismos nos
cultos. Tais pessoas, por não conhecerem a Palavra e não estarem firmados nela,
acabam sendo levadas por todo vento de doutrinas e engano dos homens que, com
astúcia, enganam fraudulosamente (Ef 4.14).
3. O exercício físico e a piedade
(v.8). Paulo não estava desaprovando a
ideia do bem-estar físico. O que ele queria dizer, para uma comunidade que
valorizava excessivamente os exercícios físicos e o corpo, é que tais práticas,
ainda que saudáveis, só serviam para esta vida. Enquanto que “a piedade para
tudo é proveitosa, tendo a promessa da vida presente e da que há de vir”
(v.8b). Sabemos que o nosso corpo é templo do Espírito Santo, por isso, precisa
ser bem cuidado.
SÍNTESE DO TÓPICO (II)
A fidelidade do ministro no ensino da
Palavra de Deus e no combate as heresias.
SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO
“Líderes eclesiásticos, pastores de
igrejas locais e dirigentes administrativos da obra devem lembrar-se de que o
Senhor Jesus os têm como responsáveis pelo sangue de todos os que estão sob
seus cuidados. Se o dirigente deixar de ensinar e pôr em prática todo o
conselho de Deus para a igreja, principalmente quanto à vigilância sobre o rebanho,
não estará ‘limpo do sangue de todos’. Deus o terá por culpado do sangue dos
que se perderem, por ter deixado de proteger o rebanho contra os falsificadores
da Palavra” (Bíblia de Estudo Pentecostal. RJ: CPAD, p.1677).
III. A DILIGÊNCIA NO MINISTÉRIO
1. O ensino prescritivo. “Manda estas coisas e ensina-as” (v.11). Era
uma determinação de Paulo a Timóteo, para que ele não fraquejasse na
ministração da doutrina à igreja em Éfeso, visto que as heresias estavam se
espalhando com certa facilidade. A exortação de Paulo é de grande valor para os
dias atuais, em que, em muitas igrejas, há um desprezo pela Palavra de Deus.
2. O exemplo dos fiéis (v.12). Timóteo era um jovem pastor, com cerca de 30
a 35 anos, e fora enviado para doutrinar uma igreja, onde já havia anciãos ou
presbíteros, com mais idade. Por isso, Paulo o exorta a ser um exemplo em tudo.
O pastor, não importa a idade que tenha, precisa ter consciência de que será
sempre um exemplo para o seu rebanho, por isso, precisa ter cuidado com seu
modo de falar, agir e até de se vestir.
3. O cuidado que o ministro deve ter
com o aprendizado. “Persiste em ler, exortar e
ensinar, até que eu vá” (v.13). Um ministro do evangelho precisa estar
constantemente estudando e aprendendo para que possa exortar, ensinar a Igreja.
Infelizmente, há pastores que nunca leram a Bíblia toda. Além da Bíblia é
preciso ler outros livros que vão edificar o pastor e contribuir para a
edificação da Igreja.
É importante também ressaltar que
neste versículo o vocábulo “ensinar” tem o sentido de instruir doutrinariamente
na verdade. Todavia, para “ensinar”, o líder precisa gostar de aprender.
SÍNTESE DO TÓPICO (III)
O ministro de Deus deve ser diligente
quanto ao aprendizado da Palavra de Deus.
SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO
“‘Ninguém despreze a sua mocidade
[...]’ (1Tm 4.12). A palavra grega é neotes, que indica uma pessoa que é adulta, mas abaixo
dos 40 anos. No mundo antigo, não era esperado que uma pessoa com a idade de
Timóteo, provavelmente nos seus 30 anos de idade, tivesse obtido o
discernimento e a sabedoria requerida para os líderes.
Podemos entender, em virtude do
ambiente social, no qual os pagãos e judeus igualmente esperavam que uma pessoa
tivesse entre 40 e 60 anos para ser qualificado a compreender e aconselhar, por
que Timóteo, com 30 anos de idade, pode ter estado hesitante em afirmar sua
autoridade.
É significativa a apresentação de
novos critérios pelos quais a igreja deve avaliar os seus líderes. O que
qualifica uma pessoa para a responsabilidade de liderança na igreja de Deus não
é a idade, mas sim o caráter. Timóteo e os líderes devem dar exemplo para os
crentes no modo de falar, na vida, no amor, na fé e na pureza” (RICHARDS,
Lawrence O. Comentário Histórico-Cultural do Novo Testamento. 7ª
Edição. RJ: CPAD, 2012, p.471).
CONCLUSÃO
Temos que ter cuidado, pois
atualmente muitos estão apostatando da fé e se deixando levar por doutrinas de
homens e de demônios. Para combater os falsos ensinos, o pastor deve conhecer a
Palavra de Deus e ensiná-la ao rebanho. O pastor e seus auxiliares precisam
conhecer as doutrinas bíblicas a fim de que possam ensinar a sã doutrina.
Que o Senhor guarde os ministros e as
igrejas dos ataques do maligno, da apostasia nesses últimos tempos que
antecedem a vinda de Jesus.
PARA REFLETIR
A respeito das Cartas Pastorais:
Como Deus vê a apostasia?
Como um adultério espiritual.
Segundo a lição, qual doutrina maligna
que vem se tornando comum nos dias atuais?
A desvalorização do casamento hetero.
Quem é o bom ministro?
O bom ministro é aquele que serve a
igreja, exortando, ensinando e discipulando suas ovelhas.
De acordo com a lição, o que o bom
ministro precisa fazer constantemente?
Ele precisa estudar a Palavra de Deus,
ler bons livros e estar sempre aprendendo.
Qual o sentido da palavra “ensinar” no
versículo 13?
O vocábulo ensinar tem o sentido de
instruir doutrinariamente na verdade.
SUBSÍDIOS ENSINADOR CRISTÃO
Apostasia, fidelidade e diligência no
Ministério
Muitos confundem “apostasia” com o
desvio de uma pessoa em relação a uma “instituição religiosa”. Não podemos
insistir nesse tipo de dúvida, pois a apostasia está descrita na Bíblia como um
acontecimento sério e pouco comum. Sim, não é comum quem teve um encontro
pessoal com Deus, provando da sua boa Palavra, apostatar-se da fé, mas é
biblicamente possível também não podemos confundir simples frequentadores de
templos com lavados e remidos no sangue de Jesus.
A palavra “apostasia” vem do vocábulo
do grego antigo apóstasis, que significa “estar longe de”, isto é, no
sentido de “revolta”, “rebelião”, “afastamento doutrinário e religioso”,
“apostasia da verdade”. Por isso, apostasia se refere, ao contrário da crença
popular, uma decisão deliberada, consciente, aberta ou oculta, contra fé
genuína do Evangelho.
Na “esteira” da apostasia precedem os
ensinos falsos, malignos e fantasiosos. São as “doutrinas de demônio” que o
apóstolo Paulo menciona na epístola. Uma das maneiras desses ensinos
manifestarem-se na igreja é os seus propagadores elegerem um tema da Bíblia
como ênfase doutrinária, como se o fiel que não conhecesse aquele assunto não
teria acesso aos “mistérios de Deus”. Assim, no interior do homem que
influência outras pessoas com esses falsos ensinos, nasce a egolatria e cresce
a síndrome de autossuficiência.
O apóstata não se vê apóstata. Não
reconhece nem considera a possibilidade de ele ter-se transformado
deliberadamente num apóstata da fé. Por isso, o elemento fundamental para ele
voltar atrás é quase impossível de ocorrer: o arrependimento. Para os ministros
de Cristo defenderem a Igreja da apostasia, antes de tudo, eles precisam honrar
a fé em Jesus Cristo, a simplicidade do Evangelho, servindo a igreja com amor e
fidelidade. Sendo arautos de Deus para toda boa obra. Os ministros de Deus, os
servidores da Igreja de Cristo, devem estar aptos a ensinar e a contradizer os
falsos ensinadores. Rejeitando as “fábulas profanas”, ensinamentos que em nada
edificam a Igreja de Cristo.
Portanto, aos ministros de Cristo
cabe a diligência na fé, ensinando as Sagradas Escrituras e apresentando-se
como modelos ideais que estimulem os fiéis a viver a fé. Persistirem na
pesquisa, no estudo exaustivo e sistemático das Escrituras Sagradas. Que o
Senhor nosso Deus guarde o seu povo da apostasia!
Que o Senhor guarde o seu povo!
PONTOS A ESTUDAR:
I – A APOSTASIA DOS HOMENS.
II – A FIDELIDADE DOS MINISTROS.
III – A DILIGÊNCIA NO MINISTÉRIO.
QUE HAJA DEDICAÇÃO AO
ENSINO.
I – A APOSTASIA DOS HOMENS.
1.1 A
apostasia.
Heresia é a divulgação
de ensinamentos com erros propositais de interpretação ou vícios. Não penso que
seja simplesmente por não entender um ou outro texto e que esse entendimento
não comprometa o conjunto da obra; a coisa é bem pior.
Apostasia é a iniciativa de afastar-se abraçando
esses erros. Recusa a obedecer ao evangelho e suas verdades doutrinárias.
“Apostatarão alguns da fé dando ouvidos...” (ITm4:1).
Quem dá ouvidos às heresias, enche o coração e logo
demonstra pela mudança de atitudes e palavras.
O autor faz menção da
apostasia no A.T. e declara que a mesma era vista como “adultério espiritual”.
Pior ainda, fragilizou e desnudou o povo de Deus, que foi comparada pela visão
do profeta Ezequiel, a uma prostituta Ez.37. Apesar de ser uma reprimenda, esse
texto é uma declaração de amor sempiterno declarada pelo Senhor. (Deus não
abandonou Israel para sempre).
1.2 Doutrinas de demônios.
Vejam que situação, que
exige de nós muita oração pelos pastores que militam diante das igrejas. Sempre
que falamos algo a respeito das contradições, muitos crentes ficam nervosos.
O que fazer? Perguntar
se os apóstolos se calariam diante de tanta confusão religiosa e doutrinária.
Calar é dar
autenticidade às mentiras como se fossem verdades.
É preciso saber combater
o mal.
Não concordamos também
com a maneira debochada com que muitos criticam certos “pastores” nas redes
sociais.
Evitar falar nomes de
pessoas é mostrar prudência para evitar uma eventual confrontação jurídica.
Se atacarmos os erros amparados
somente na bíblia, os contenciosos ficarão embaraçados. Eles só gostam de
discutir “ideias” teológicas.
1.3 Espíritos
enganadores.
Está muito difícil saber
se o que mais explora a fé humana são os espíritos enganadores ou os próprios
enganadores.
Claro está que se a
Bíblia fala de “espíritos enganadores” ditos pelo apóstolo Paulo é que se firma
o reconhecimento pela existência deles. Quem ousa discutir a autoridade
apostólica; não confundir com autoridade dos falsos apóstolos que tem surgido
no cenário neopentecostal. (II Co 2:11).
II A FIDELIDADE DOS MINISTROS.
2.1 O bom ministro.
Há muito a considerar neste tópico:
1 – Quando o autor
explica a origem da palavra “ministro” deixando entrever que se trata de um
diácono, isto por si, mostra que na igreja do Senhor não há maiores nem
melhores; mal comparando a um time de futebol e suas posições; são todos
jogadores, porém, a posição de cada um define o que e como fazer.
2 – Servir a igreja
ensinando, exortando e discipulando mostra o quão cuidadoso são os que assim
fazem, ao invés de tentar ganhar o povo com agrados e sorrisos, ainda que
necessários.
2 – Zela pela vida
espiritual, é zeloso pela vida do rebanho. É preciso lembrar que o rebanho é
constituído de pessoas fracas, fortes, novos convertidos, crianças e idosos.
Carinho igual e ensinos diferentes para cada grupo.
2.2. Rejeitando as fábulas profanas.
Este tópico tem muito de
informativo e dispensa comentários, todavia, sempre é bom ter atenção, pois,
infelizmente, há até professores de escolas dominicais que gastam o tempo
exercitando suas fábulas, deixando de lado, lições tão ricas como está,
produzida pela CPAD e escritas pelo pastor Elinaldo.
2.3. O exercício físico
e a piedade.
Achei muito oportuno o
comentário do autor neste ponto. É sabido que a obesidade tem desfigurado
muitas vidas. Somos uma sociedade sedentária. Não nos movimentamos na mesma
proporção em que nos alimentamos, assim, as gorduras não são queimadas
convenientemente, levando-se em conta ainda, os aditivos industriais nos
produtos.
Definitivamente, não é
pecado usar os recursos de uma academia que além da atividade aeróbica, oferece
condicionamento físico.
Alguns cuidados precisam
ser tomados principalmente quando as elegantes e justíssimas roupas usadas sem
um camisetão, acabam atraindo olhares libidinosos nas ruas.
Na academia onde malho,
tem um período entregue às moscas e certa feita, pensei se não seria útil fazer
um pacote para que senhoras das nossas igrejas e somente elas, pudessem usar
para exercícios. Há homens, para quem tudo é pecado. A vida é assim; coam mosquito
e engolem camelos.
III – A DILIGÊNCIA NO MINISTÉRIO.
3.1 O ensino prescritivo.
PO erro de muitos tem
sido o desprezo dado ao ensino sistemático das doutrinas bíblicas e da doutrina
dos costumes, dos bons costumes.
Ensinar o povo é
fortalecê-los a ponto de sequer darem atenção para o lixo apregoado nos nossos
arraiais e através das mídias.
Quem ensina, sofre
menos. A igreja se livra dos encrenqueiros, dos fofoqueiros e de outros males.
Não há quem suporte viver desqualificadamente e querer conviver em uma igreja
onde há bons ensinamentos.
3.2. O exemplo dos fiéis.
Um jovem pastor diante
da igreja e de auxiliares por vezes, bem mais velhos. Sempre tive pastores mais
velhos que eu e hoje está invertido. Os pastores que tem presidido sobre a
minha vida são mais novos, porém, o carinho e respeito não muda.
O que é importante para
o jovem pastor é não fazer como alguns que cursam teologia e assumem igrejas
com o nariz empinado, sentindo-se “o senhor dos anéis”. A humildade é uma
virtude que além de qualificar aproxima as pessoas.
As palavras acima são
extensivas aos professores de escolas bíblicas, homem ou mulher. Homem soberbo
e vaidoso é horrível e mulher assim, ninguém suporta.
3.3 O cuidado que o
ministro deve ter com o aprendizado.
Eu tenho muito respeito
por quem lê a bíblia toda de maneira sequencial e programada. Para mim há uma
grande diferença entre ler a bíblia toda e conhecer a bíblia toda.
Não é possível conceber
que alguém assume o lugar de ensinado na igreja e não conheça a principal
ferramenta de trabalho.
Em se tratando de EBD é
fundamental que o professor conheça bem o que ensina sendo está a única maneira
de não abusar da paciência dos santos.
Quem não gosta de
aprender não está apto para ensinar; pensemos nisso.