sexta-feira, 27 de setembro de 2013

SPROUL


CRISTO, O UNICO CAMINHO - SPROUL


O SACRIFICIO AGRADAVEL A DEUS - CPAD 2013


O Sacrificio Agradavel a Deus - CPAD 2013

O Ev. Natalino, da Assembleia de Deus do Paraná, ensinando sobre a lição da EBD.

Lição 13: O SACRIFICIO QUE AGRADA A DEUS - CPAD


Lições Bíblicas CPAD

Comunidade Messiânica Ebenezer

                                          “Até aqui nos ajudou o Senhor”

 

ALBERTO ARAÚJO

 

Lição 13: O SACRIFÍCIO QUE AGRADA A DEUS

 

 

TEXTO ÁUREO


 

“Eu te oferecerei voluntariamente sacrifícios; louvarei o teu nome, ó Senhor, porque é bom” (Sl 54.6).

 

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VERDADE PRÁTICA


 

Ajudando os nossos irmãos, contribuímos para a obra de Deus, e, ao Senhor, oferecemos a mais pura ação de graças.

 

 

COMENTÁRIO DO TEXTO ÁUREO


                                                                                            

“Eu te oferecerei voluntariamente sacrifícios; louvarei o teu nome, ó Senhor, porque é bom” (Sl 54.6).

Nosso texto áureo está inserido no Salmo de numero 54, oração de Davi a Deus para que o salve dos seus inimigos (Masquil de Davi para o cantor-mor, sobre Neguinote, quando os zifeus vieram e disseram a Saul: Porventura, não está escondido entre nós?), ou seja, um “masquil”, significa uma poesia, neste caso uma poesia de Davi para o cantor-mor. Cantor-mor do tabernáculo (1 Crônicas 25.1), era um dos profetas que Davi separou para o ministério do louvor e adoração. A expressão “sobre Neguinote”, neguinote trata-se de um instrumento de cordas. A respeito do episódio dos zifeus, veja a passagem bíblica em 1 Samuel 23. 19-29.

Sobre a origem dos sacrifícios, de acordo com o Dicionário Bíblico Wycliffe há “duas opiniões:

(1) que eles têm sua origem nos homens, e que Israel apenas reorganizou e adaptou os costumes de outras religiões, quando inaugurou, seu sistema sacrificial;

(2) que os sacrifícios foram instituídos por Adão e seus descendentes em resposta a uma revelação de Deus.

É possível que o primeiro ato sacrificial em Gênesis tenha ocorrido quando Deus vestiu Adão e Eva com peles para cobrir sua nudez (Gn 3.21). O segundo sacrifício mencionado foi o de Caim, que veio com uma oferta do ‘fruto da terra’, isto é, daquilo que havia produzido, expressando sua satisfação e orgulho. Entretanto, seu irmão Abel ‘trouxe dos primogênitos das suas ovelhas e da sua gordura’ como forma de expressar a contrição de seu coração, o arrependimento e a necessidade da expiação de seus pecados (Gn 4.3,4). [Também é possível que a razão do sacrifício de Abel ter sido agradável a Deus, em contraste com sua rejeição ao sacrifício de Caim, tenha sido o fato de Abel ter trazido o que tinha de melhor (‘primogênitos’ e ‘sua gordura’) enquanto Caim simplesmente obedeceu aos procedimentos estabelecidos — Ed.]

Em Romanos 1.21, Paulo refere-se à revelação e ao conhecimento inicial que os patriarcas tinham a respeito de Deus, e explica a apostasia e o pecado dos homens do seguinte modo: ‘Tendo conhecido a Deus, não o glorificaram como Deus, nem lhe deram graças’.

Depois do Dilúvio, ‘edificou Noé um altar ao Senhor; e tomou de todo animal limpo e de toda ave limpa e ofereceu holocaustos sobre o altar’ (Gn 8.20). Muito tempo antes de Moisés, os patriarcas Abrão (Gn 12.8; 13.18; 15.9-17; 22.2ss), Isaque (Gn 26.25), e Jacó (Gn 33.20; 35.3) também ofereceram verdadeiros sacrifícios.

Um grande avanço na organização e na diferenciação dos sacrifícios ocorreu com a entrega da lei no Monte Sinai. Um estudo dos diferentes sacrifícios indicados revela seu desenvolvimento final, visando atender às necessidades do indivíduo e da comunidade” (Dicionário Bíblico Wycliffe. 1 ed., RJ: CPAD, 2009, p.1723).

O Salvo 54, onde está o nosso texto áureo é um Salmo que está classificado no Livro II – Grupo devocional – Salmos 42 a 72, mas é interessante notarmos que o grupo de salmos do 52 ao 64, são de assuntos bastantes semelhantes, como seja, perseguição dos inimigos, traição por falsos amigos, etc. De um modo geral, essas coisas trazem grande e contínuos sofrimentos na alma humana. No entanto, há uma extraordinária lição para aprendermos com esses salmos, especialmente o nosso o de número 54.

Quando qualquer um de nós estivermos atravessando situações similares, o caminho é recorrermos a Deus com oração, adoração e louvores, como nos aponta o Salmo 54:

“Salva-me, ó Deus, pelo teu nome, e faze-me justiça pelo teu poder.

Ó Deus, ouve a minha oração, inclina os teus ouvidos às palavras da minha boca.

Porque os estranhos se levantam contra mim, e tiranos procuram a minha vida; não têm posto Deus perante os seus olhos. (Selá.)

Eis que Deus é o meu ajudador, o Senhor está com aqueles que sustêm a minha alma.

Ele recompensará com o mal os meus inimigos. Destrói-os na tua verdade.

Eu te oferecerei voluntariamente sacrifícios; louvarei o teu nome, ó Senhor, porque é bom,

Pois me tem livrado de toda a angústia; e os meus olhos viram o meu desejo sobre os meus inimigos” (Salmos 54.1-7).

 

 

LEITURA DIÁRIA

Gn 4.1-7 – Os primeiros sacrifícios

Sl 50.7-23 – Os sacrifícios que Deus quer

Sl 51.17 – Sacrifícios para Deus

Hb 13.15 – Sacrifício de louvor

Is 58.1-12 -  O sacrifício do jejum

Fp 4.14-18 – O auxílio como oferta a Deus

 

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

Filipenses 4.14-23.

14 - Todavia, fizestes bem em tomar parte na minha aflição.

15 - E bem sabeis também vós, ó filipenses, que, no princípio do evangelho, quando parti da Macedônia, nenhuma igreja comunicou comigo com respeito a dar e a receber, senão vós somente.

16 - Porque também, uma e outra vez, me mandastes o necessário a Tessalônica.

17 - Não que procure dádivas, mas procuro o fruto que aumente a vossa conta.

18 - Mas bastante tenho recebido e tenho abundância; cheio estou, depois que recebi de Epafrodito o que da vossa parte me foi enviado, como cheiro de suavidade e sacrifício agradável e aprazível a Deus.

19 - O meu Deus, segundo as suas riquezas, suprirá todas as vossas necessidades em glória, por Cristo Jesus.

20 - Ora, a nosso Deus e Pai seja dada a glória para todo o sempre. Amém.

21 - Saudai a todos os santos em Cristo Jesus. Os irmãos que estão comigo vos saúdam.

22 - Todos os santos vos saúdam, mas principalmente os que são da casa de César.

23 - A graça de nosso Senhor Jesus Cristo seja com vós todos. Amém!

  

 

RESUMO DA LIÇÃO 13


 

O SACRIFÍCIO QUE AGRADA A DEUS

 

I. A PARTICIPAÇÃO DA IGREJA NAS TRIBULAÇÕES DE PAULO (4.14)

1. Os filipenses tomam parte nas aflições do apóstolo.

2. O exemplo da igreja após o Pentecostes.

3. O padrão de amor para a Igreja. O

 

II. REMINISCÊNCIA: O ATO DE DAR E RECEBER (4.15-17)

1. Paulo relembra o apoio dos filipenses.

2. O necessário para viver.

3. "Não procuro dádivas".

 

III. A OBLAÇÃO DE AMOR E SAUDAÇÕES FINAIS (4.18-23)

1. A oblação no Antigo Testamento.

2. A oblação e a generosidade dos filipenses.

3. Doxologia.

 

 

 

INTERAÇÃO

Com a graça de Deus chegamos ao final de mais um trimestre.

Durante os encontros dominicais fomos com certeza edificados, exortados e consolados por intermédio da Epístola aos Filipenses.

Paulo foi um homem que colocou sua vida a disposição do Mestre.

Seu ministério esteve sempre em primeiro lugar.

Muitos foram os sacrifícios que este abnegado servo de Deus teve que fazer para que o Evangelho chegasse até aos confins da terra.

Nem mesmo a prisão foi capaz de impedi-lo de levar as boas novas aos perdidos.

Ele pregou, ensinou e fez muitos discípulos, mesmo estando no cárcere.

Paulo padeceu muito, todavia ele ensinou os crentes de Filipos e a nós também a termos uma vida cristã feliz.

Sigamos o seu exemplo!

 

OBJETIVOS

 Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:

Compreender como foi a participação da igreja de Filipos nas tribulações de Paulo.

Explicar o ato de reminiscência entre Paulo e os filipenses.

Analisar a oblação e a generosidade dos filipenses.

 

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA

Para o encerramento do trimestre reproduza o quadro abaixo conforme as suas possibilidades. Utilize-o ao concluir a lição. Apresente aos seus alunos alguns temas importantes que encontramos na Epístola aos Filipenses. Conclua perguntando à classe o que eles aprenderam de mais significativo durante o trimestre e o que gostariam de relatar para toda a classe.

 

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COMENTÁRIO

INTRODUÇÃO

PALAVRA CHAVE

OBLAÇÃO:

Oferta sacrifical comestível; na lição é a oferta que os filipenses entregaram ao apóstolo Paulo.

 

Além de apresentar assuntos de ordem doutrinária, a Epístola aos Filipenses destaca a gratidão e a alegria do apóstolo Paulo.

Nela, temos uma das mais belas expressões de amor, confiança e contentamento de toda a Bíblia.

Na última lição deste trimestre, veremos Paulo apresentando a assistência que recebera dos filipenses como oferta de amor e sacrifício agradável a Deus.

O apóstolo descreve o quanto o seu coração se aqueceu com a demonstração de amor e carinho dos filipenses.

No final da epístola, ele revela a sua total confiança na suficiência de Cristo, pois esta lhe concedeu força para desenvolver o seu ardoroso ministério.

 

I. A PARTICIPAÇÃO DA IGREJA NAS TRIBULAÇÕES DE PAULO (4.14)

 

1. Os filipenses tomam parte nas aflições do apóstolo.

Paulo via a participação dos filipenses em suas tribulações como o agir de Deus para fortalecer o seu coração.

A expressão “tomar parte” (v.14) sugere a ideia de “partilhar com, ou coparticipar de”.

A igreja de Filipos estava participando das aflições e tribulações com o apóstolo.

Ela sentia as agruras de sua prisão.

Por outro lado, o apóstolo sentia-se abençoado por Deus pelo fato de ser lembrado com tamanho amor e ternura pela comunidade cristã filipense.

 

2. O exemplo da igreja após o Pentecostes.

A igreja de Filipos vivia a mesma dimensão de serviço da comunidade de Jerusalém nos dias de Pentecostes (At 2.45-47).

Com o seu exemplo, os filipenses nos ensinam que “tomar parte”, ou “associar-se”, nas tribulações de nossos irmãos é mostrar-se amorosamente recíproco.

Ou seja: devemos nos amar uns aos outros, pois assim também Cristo nos amou.

 

3. O padrão de amor para a Igreja.

O amor dos filipenses para com o apóstolo Paulo mostra-nos que esse deve ser o padrão de nosso cotidiano: a generosidade no repartir constitui-se em “sacrifícios que agradam a Deus” (Hb 13.16).

 

SINOPSE DO TÓPICO (I)

A igreja de Filipos vivia a mesma dimensão de serviço da comunidade de Jerusalém nos dias de Pentecostes.

 

 

 

II. REMINISCÊNCIA: O ATO DE DAR E RECEBER (4.15-17)

 

1. Paulo relembra o apoio dos filipenses.

O versículo 15 destaca a generosidade dos crentes filipenses em relação a Paulo.

Mesmo sendo uma igreja iniciante e pobre, assim que tomou conhecimento das necessidades do apóstolo, a comunidade de fé de Filipos o apoiou integralmente (v.16).

Com isso, os filipenses tornaram-se cooperadores do apóstolo na expansão do Reino de Deus até aos confins da terra.

É por isso que Paulo não podia esquecer do amor que lhe demonstraram os crentes daquela igreja.

 

2. O necessário para viver.

O versículo 16 revela-nos outro grande fato.

Enquanto o apóstolo estava em Tessalônica, a igreja em Filipos continuava a enviar-lhe “o necessário” à sua subsistência.

No ato de “dar e receber”, os filipenses participavam do ministério de Paulo, pois não tinham em mente os seus interesses, mas as urgências do Reino de Deus.

Por outro lado, Paulo não se deixava cair na tentação do dinheiro. As ofertas que ele recebia eram aplicadas integralmente na Obra Missionária.

O apóstolo bem sabia da relação perigosa que há entre o dinheiro e a religião (1Tm 6.10,11).

Tal atitude leva-nos a desenvolver uma consciência mais nítida quanto às demandas do Reino.

Fujamos, pois, das armadilhas das riquezas deste mundo, pois, como disse o sábio Salomão, “quem ama o dinheiro, jamais dele se farta” (Ec 5.10).

 

3. “Não procuro dádivas”.

Para o apóstolo, a oferta que lhe enviara a igreja em Filipos tinha um caráter espiritual, pois ele não andava a procura de “dádivas” (v.17).

Quem vive do ministério deve aprender este princípio áureo: o ministro de Deus não pode e não deve permitir que o dinheiro o escravize.

No final de tudo, o autêntico despenseiro de Cristo deve falar com verdade: “Não procuro dádivas”!

Sua real motivação tem de ser o benefício da igreja de Cristo. Assim agia Paulo.

Ele dava oportunidade aos filipenses, a fim de que exercessem a generosidade, tornando-os seus cooperadores na expansão do Reino de Deus (v.17 cf. Hb 13.16).

 

SINOPSE DO TÓPICO (II)

Paulo não caiu na tentação do dinheiro. As ofertas que ele recebia eram aplicadas integralmente na Obra Missionária.

 

 

 

 

 

 

III. A OBLAÇÃO DE AMOR E SAUDAÇÕES FINAIS (4.18-23)

 

1. A oblação no Antigo Testamento.

A palavra “oblação” está relacionada à linguagem proveniente do sistema sacrifical levítico.

O termo remete-nos a estas expressões: “cheiro de suavidade” e “sacrifício agradável e aprazível” (v.18).

E estas, por sua vez, estão relacionadas às “ofertas de consagração” a Deus identificadas como “holocaustos” (Lv 1.3-17), “oferta de manjares” (Lv 2; 6.14-23), oferta de libação e oferta pacífica (Nm 15.1-10).

Portanto, quando falamos de oblação, referimo-nos a uma oferta sacrifical comestível — azeite, flor de farinha etc.

Uma parte era queimada para memorial e a outra direcionada ao consumo dos sacerdotes (Lv 2.1-3).

 

2. A oblação e a generosidade dos filipenses.

Paulo encara como verdadeira oblação a assistência que lhe ofereciam os filipenses.

Tais ofertas eram-lhe como um “cheiro suave, como sacrifício agradável a Deus” (v.18).

Assim, tendo em vista a generosidade praticada pelos filipenses, Paulo declara com plena convicção: “O meu Deus, segundo as suas riquezas, suprirá todas as vossas necessidades em glória, por Cristo Jesus” (v.19).

A expressão “o meu Deus” aponta para aquEle que haveria de suprir não somente as suas necessidades, como também as dos filipenses e também as nossas. Aleluia!

 

3. Doxologia.

Os versículos 20 a 23 trazem a saudação final do apóstolo à igreja em Filipos.

E, como podemos observar, Paulo não poderia concluir a sua carta de forma mais adequada: “A graça de nosso Senhor Jesus Cristo seja com vós todos. Amém!” (v.23).

Ele denota, assim, que todo o enfoque da carta é Cristo, e que nós, seus seguidores, temos de nos lembrar e viver por sua graça, pois “Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo, não lhes imputando os seus pecados” (2Co 5.19).

 

SINOPSE DO TÓPICO (III)

O ministro de Deus não pode e não deve permitir que o dinheiro o escravize, pois sua real motivação tem de ser o benefício da igreja de Cristo.

 

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Após estudarmos esta tão rica epístola, o nosso desejo é que você ame cada vez mais o Senhor Jesus, e dedique-se a ser uma “oblação de amor” a Ele.

O Senhor é o meio providenciado pelo Pai, a fim de reconciliar o mundo com Deus. Exalte o Eterno, pois você foi reconciliado com Ele em Cristo Jesus.

A exemplo da igreja em Filipos, não esqueça: “a alegria do Senhor é a vossa força” (Ne 8.10).

 

Para o encerramento do trimestre reproduza o quadro abaixo conforme as suas possibilidades.

Utilize-o ao concluir a lição.

Apresente aos seus alunos alguns temas importantes que encontramos na Epístola aos Filipenses.

Conclua perguntando à classe o que eles aprenderam de mais significativo durante o trimestre e o que gostariam de relatar para toda a classe.


 

VOCABULÁRIO

 

Doxologia: Manifestação de louvor e enaltecimento à divindade através de expressões de exaltamentos (Deus seja louvado!) e hinos.

Graça vicária: O sacrifício de Cristo que nos substituiu.

Reminiscência: Lembrança.

 

EXERCÍCIOS

1. Como o apóstolo Paulo via a participação dos filipenses em suas tribulações?

R. Paulo via a participação dos filipenses em suas tribulações como o agir de Deus para fortalecer o seu coração.

 

2. O que sugere a expressão “tomar parte”?

R. A expressão “tomar parte” (v.14) sugere a ideia de “partilhar com, ou coparticipar de”.

 

3. Qual o conselho do sábio Salomão em relação ao dinheiro?

R. “Quem ama o dinheiro, jamais dele se farta” (Ec 5.10).

 

4. O que são ofertas de oblação?

R. Oferta sacrifical comestível — azeite, flor de farinha etc. Uma parte era queimada para memorial e a outra direcionada ao consumo dos sacerdotes (Lv 2.1-3).

 

5. Como Paulo conclui a Carta aos Filipenses?

R. “A graça de nosso Senhor Jesus Cristo seja com vós todos. Amém!” (v.23).

 

 

AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO I

Subsídio Teológico

“Saudações Finais de Paulo (4.21-23)

Considerando que as cartas seculares eram frequentemente concluídas com um desejo de boa sorte ou boa saúde, do autor, para o destinatário, Paulo concluiu tipicamente suas cartas oferecendo palavras de saudação (por exemplo, Rm 6.3; 1Co 16.19; 1Ts 5.26). A epístola aos filipenses reflete este estilo, pelo fato de o apóstolo concluir esta carta com algumas saudações finais. Esta parte final da carta pode ter sido uma observação realmente escrita pelo próprio Paulo, após seu escriba ter concluído a parte mais formal da carta. Esta parte é destinada a várias pessoas dentro da igreja — possivelmente os líderes mencionados no capítulo 1.1 (daí o uso do plural imperativo: ‘Saudai a todos os santos em Cristo Jesus’).

No verso 21, Paulo não está somente trazendo uma saudação coletiva à Igreja em Filipos, no mesmo sentido em que uma pessoa hoje pede a alguém que ‘cumprimente a todos’ em seu nome. Mantendo seu relacionamento afetuoso e sincero com os filipenses, está pedindo que cada um, e todos os cristãos da congregação, recebam a sua saudação.

As palavras finais de bênçãos proferidas por Paulo repercutem suas palavras de saudação. Seus seguidores são lembrados da ‘graça’ que lhes foi estendida, pela obra vicária realizada em seu favor pelo Senhor exaltado (2.6-11)” (ARRINGTON, F. L.; STRONSTAD, R. (Eds.) Comentário Bíblico Pentecostal: Novo Testamento. 4 ed., Vol. 2, RJ: CPAD, 2009. p.511).

 

 

AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO II

Subsídio Teológico

“A Origem dos Sacrifícios

Em relação à origem dos sacrifícios, existem duas opiniões: (1) que eles têm sua origem nos homens, e que Israel apenas reorganizou e adaptou os costumes de outras religiões, quando inaugurou, seu sistema sacrificial; e (2) que os sacrifícios foram instituídos por Adão e seus descendentes em resposta a uma revelação de Deus.

É possível que o primeiro ato sacrificial em Gênesis tenha ocorrido quando Deus vestiu Adão e Eva com peles para cobrir sua nudez (Gn 3.21). O segundo sacrifício mencionado foi o de Caim, que veio com uma oferta do ‘fruto da terra’, isto é, daquilo que havia produzido, expressando sua satisfação e orgulho. Entretanto, seu irmão Abel ‘trouxe dos primogênitos das suas ovelhas e da sua gordura’ como forma de expressar a contrição de seu coração, o arrependimento e a necessidade da expiação de seus pecados (Gn 4.3,4). [Também é possível que a razão do sacrifício de Abel ter sido agradável a Deus, em contraste com sua rejeição ao sacrifício de Caim, tenha sido o fato de Abel ter trazido o que tinha de melhor (‘primogênitos’ e ‘sua gordura’) enquanto Caim simplesmente obedeceu aos procedimentos estabelecidos — Ed.]

Em Romanos 1.21, Paulo refere-se à revelação e ao conhecimento inicial que os patriarcas tinham a respeito de Deus, e explica a apostasia e o pecado dos homens do seguinte modo: ‘Tendo conhecido a Deus, não o glorificaram como Deus, nem lhe deram graças’.

Depois do Dilúvio, ‘edificou Noé um altar ao Senhor; e tomou de todo animal limpo e de toda ave limpa e ofereceu holocaustos sobre o altar’ (Gn 8.20). Muito tempo antes de Moisés, os patriarcas Abrão (Gn 12.8; 13.18; 15.9-17; 22.2ss), Isaque (Gn 26.25), e Jacó (Gn 33.20; 35.3) também ofereceram verdadeiros sacrifícios.

Um grande avanço na organização e na diferenciação dos sacrifícios ocorreu com a entrega da lei no Monte Sinai. Um estudo dos diferentes sacrifícios indicados revela seu desenvolvimento final, visando atender às necessidades do indivíduo e da comunidade” (Dicionário Bíblico Wycliffe. 1 ed., RJ: CPAD, 2009, p.1723).

 

 

SUBSÍDIOS ENSINADOR CRISTÃO

O sacrifício que agrada a Deus

Chegamos ao fim da Epístola do apóstolo Paulo aos Filipenses. É importante recordar que o tema geral deste trimestre objetivou aprendermos a humildade de Jesus como exemplo para a igreja contemporânea. Em cada lição víamos a humildade do Meigo Nazareno desdobrando-se na comunidade cristã antiga. À luz da relação do apóstolo Paulo com a igreja filipense ao longo da epístola, pode-se destacar três lições maravilhosas para vida eclesiástica contemporânea:

Uma igreja participante das aflições alheias. Quando estudamos a Epístola aos Filipenses percebemos que a igreja não se fechava em si mesma. Incentivada pelo apóstolo, os membros daquela comunidade eram incansáveis no amor mútuo. Sua preocupação em repartir o que tinham com o apóstolo preso denota a predisposição que os cristãos devem ter em repartir generosamente com o outro aquilo que tem. Este é o sacrifício que agrada a Deus: “E não vos esqueçais da beneficência e comunicação, porque, com tais sacrifícios, Deus se agrada” (Hb 13.16).

Dar e receber: um ato amoroso. O apóstolo mantém o tom de gratidão pelo carinho dispensado dos crentes de Filipos ao longo de toda a Epístola. Era uma recíproca permanente. Paulo tinha as suas necessidades materiais supridas pelos filipenses, enquanto estes achavam-se espiritualmente sanados pelo apóstolo dos gentios. Uma relação como esta é o que Deus requer para sua igreja. Um relacionamento baseado no amor, sem interesse egoísta, mas pelo fato de estarmos ligados com o outro irmão pelo amor do Pai.

O verdadeiro sacrifício. Se tiver uma igreja que sabia adequadamente o significado da palavra sacrifício ou oblação era a de Filipos. Ela encarnou exatamente o que o apóstolo escreveu para os crentes romanos: “Rogo-vos, pois irmãos, pela compaixão de Deus, que apresenteis o vosso corpo em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus” (Rm 12.1). Os filipenses encarnaram isso até a última consequência. Mente, coração e corpo estavam em plena sintonia para fazer o bem, pois quem faz o bem em Deus, ama, e “quem ama aos outros cumpriu a lei” (Rm 13.8). Aqui, não há sacrifício maior que amar. Deus não o rejeita.

Que a igreja de Filipos nos ensine o verdadeiro significado de humildade, serviço e amor. Uma comunidade simples que nasceu a partir de uma simples mensagem do Evangelho, mas que tem o poder de, com simplicidade, mudar o mais duro dos corações. Ouçamos o que o Espírito diz através da comunidade de Filipos!

Lições Bíblicas CPAD

Jovens e Adultos

 4º Trimestre de 2013

 Título: Sabedoria de Deus para uma vida vitoriosa — A atualidade de Provérbios e Eclesiastes

Comentarista: José Gonçalves

Lição 1: O valor dos bons conselhos

Data: 06 de Outubro de 2013

TEXTO ÁUREO

 “O temor do Senhor é o princípio da ciência; os loucos desprezam a sabedoria e a instrução(Pv 1.7).

 

VERDADE PRÁTICA

 Provérbios e Eclesiastes são verdadeiras pérolas da sabedoria divina para o nosso bom viver.

LEITURA DIÁRIA

 

Pv 1.2 – A sabedoria revela prudência

 Pv 1.3 – A sabedoria oferece justiça, juízo e equidade

 Pv 1.4 – A sabedoria traz conhecimento

 Pv 1.5 – A sabedoria gera sábios conselhos

  Pv 1.6 – A sabedoria interpreta a vida

 Pv 1.7 – O temor do Senhor e a sabedoria

 

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

 

Provérbios 1.1-6.

 1 - Provérbios de Salomão, filho de Davi, rei de Israel.

2 - Para se conhecer a sabedoria e a instrução; para se entenderem as palavras da prudência;

3 - para se receber a instrução do entendimento, a justiça, o juízo e a equidade;

4 - para dar aos simples prudência, e aos jovens conhecimento e bom siso;

5 - para o sábio ouvir e crescer em sabedoria, e o instruído adquirir sábios conselhos;

6 - para entender provérbios e sua interpretação, como também as palavras dos sábios e suas adivinhações.

 

INTERAÇÃO

 Prezado professor, iniciaremos mais um trimestre, o último do ano. Esta é uma excelente oportunidade para fazer uma autoanálise a respeito do seu ministério de ensino. Seus objetivos foram alcançados? Seus alunos cresceram na graça e no conhecimento de Deus? Neste trimestre estudaremos parte da literatura sapiencial judaica, isto é, os livros de sabedoria dos judeus que tratam dos conselhos divinos para a vida humana. Veremos o quanto eles são atuais e relevantes em seus ensinamentos.

O comentarista deste trimestre é o pastor José Gonçalves, professor de Teologia, filósofo, escritor e vice-presidente da Comissão de Apologética da CGADB.

 

OBJETIVOS

Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:

  • Conhecer o conceito geral dos livros de Provérbios e Eclesiastes.
  • Identificar as fontes da sabedoria dos sábios antigos.
  • Compreender o propósito da sabedoria ensinada em Provérbios e Eclesiastes.

 

 

 

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA

 

Para introduzir o primeiro tópico da lição, sugerimos que você reproduza o esquema abaixo. É importante que todos os alunos tenham uma cópia do quadro. O objetivo é fazer um resumo a respeito dos elementos literários presentes nos livros dos Provérbios e do Eclesiastes. Explique aos alunos que quando estes livros foram compilados nos tempos bíblicos, a cultura, a língua e o estilo literário eram opostos aos da literatura moderna. Compreender o estilo literário usado pelo compilador antigo é essencial para entendermos o sentido real do texto e evitarmos interpretações mirabolantes.

 

CARACTERÍSTICAS LITERÁRIAS DOS LIVROS DE:

 PROVÉRBIOS

1. O estilo literário do livro dos Provérbios é pelo menos dois: Provérbio e Instrução.

2. Provérbios: A expressão é de difícil definição, mas suas características são singulares: a) concisão; b) sagacidade; c) forma memorável; d) base na experiência; e) verdade universal; f) objetivo prático e longo uso. Quase sempre, o provérbio é descrito como poético ou rítmico, com metáforas sucintas, vivazes, convincentes e admiráveis.

3. Instrução: Quase sempre articulada como o legado de um pai ao filho, ou do mestre ao discípulo, que incluem ordens de proibições e as motivações pelos quais eles devem obedecer.

 

ECLESIASTES

1. O livro se divide em quatro partes: a primeira, a central, a segunda e o epílogo.

2. Primeira parte [1.1 — 3.15]. Reflexões bem organizadas sobre a vida, acompanhadas de um poema enternecedor sobre o tempo.

3. Parte central [3.16 — 11.8]. Alguns provérbios aparecem. De vez em quando uma parábola e poesia também.

4. Segunda parte [11.9 — 12.8]. Há uma mudança de tom. A ideia é dar esperança ao jovem, pois a velhice chega depressa demais.

5. O epílogo [vv.9-14]. Esta seção é a justificativa de como o pregador ensinou ao povo provérbios e ensinos verdadeiros e com clareza.

 

COMENTÁRIO

 

introdução

Palavra Chave

Sabedoria: Grande instrução; ciência, erudição, saber.

Lembro-me dos ditados populares que ouvia dos meus pais: “Águas passadas não movem moinhos”; “Água mole em pedra dura tanto bate até que fura”; “Quem espera sempre alcança”, e muitos outros. Essas pequenas expressões contêm conselhos de uma cultura popular impregnada de valores éticos, morais e sociais, que acabam por dirigir as regras da vida em sociedade.

Mais do que qualquer outra fonte, a Bíblia está recheada dessas pérolas. São bons conselhos que revelam a sabedoria divina. Tais máximas bíblicas são expressas em linguagem figurada, das mais variadas formas (parábolas, fábulas, enigmas e provérbios). Por isso, neste trimestre, conheceremos o que a Bíblia revela sobre os conselhos divinos contidos nos livros de Provérbios e Eclesiastes. Veremos ainda como esses conselhos se revelam na vida dos que temem ao Senhor.

 

I. JOIAS DA LITERATURA SAPIENCIAL

1. O livro de Provérbios. A Bíblia diz que Salomão compôs “três mil provérbios, e foram os seus cânticos mil e cinco” (1Rs 4.32). O texto sagra do identifica Salomão como o principal autor do livro de Provérbios (Pv 1.1), mas não o único. O próprio Salomão exorta a que se ouça “as palavras dos sábios” (Pv 22.17), e declara fazer uso de alguns dos provérbios desses sábios anônimos (Pv 24.23).

O livro revela que havia alguns provérbios de Salomão que circulavam nos dias do rei Ezequias, e que posteriormente foram compilados pelos homens deste piedoso rei (Pv 25.1).

Por último, o livro de Provérbios revela que Agur, filho de Jaque, de Massá, é o autor do capítulo 30. Já o capítulo 31 é atribuído ao rei Lemuel de Massá. O livro pertence ao gênero literário hebreu conhecido como sapiencial, isto é, literatura da sabedoria.

2. O livro de Edesiastes. Eclesiastes, juntamente com Cantares, Jó, Salmos e Provérbios, também faz parte do gênero literário conhecido como “Literatura Sapiencial”. Sua autoria é atribuída a Salomão (Ec 1.1). Embora escrito pelo filho de Davi e pertença ao mesmo gênero literário, o livro de Eclesiastes possui um estilo diferente de Provérbios. Ele se apresenta como um discurso usado em assembleias ou templos. Alguns intérpretes acreditam que se trata de uma coletânea utilizada por Salomão em seus discursos.

Ao contrário do que muitos pensam, o livro de Eclesiastes não expõe uma espécie de ceticismo ou desencanto existencial. Salomão faz um balanço da vida do ponto de vista de alguém que teve o privilégio de vivê-la com intensidade, mas que descobre ser ela totalmente vazia se não vivida em Deus. A própria sabedoria, tão celebrada nos Provérbios, quando posta a serviço de interesses pessoais e objetivos mesquinhos é tida como tola.

SINOPSE DO TÓPICO (I)

Provérbios e Eclesiastes são livros de sabedoria judaica que revelam os desígnios eternos para a vida.

 

II. A SABEDORIA DOS ANTIGOS

1. A inteligência dos sábios. Já observamos que pelo menos duas referências do livro de Provérbios fazem citação das “Palavras dos Sábios” (Pv 22.17; 24.23). Mas quem são esses sábios? O texto não os identifica. Todavia, o Primeiro Livro dos Reis fala acerca de outros sábios, igualmente famosos, e como Salomão os sobrepujou em sabedoria (1Rs 4.29-31).

2. A sabedoria de Salomão. O escritor americano Eugene Peterson mostra a singularidade da sabedoria salomônica em diferentes áreas da vida. Mais especificamente nos Provérbios, há uma amostra de como honrar os pais, criar os filhos, lidar com o dinheiro, conduzir a sexualidade, trabalhar e exercitar liderança, usar bem as palavras, tratar os amigos com gentileza, comer e beber saudavelmente, bem como cultivar emoções e atitudes em relação aos outros de modo pacífico. Peterson ainda mostra que o princípio da sabedoria salomônica destaca que o nosso modo de pensar e corresponder-nos com Deus reflete a prática cotidiana de nossa existência. Isto significa que nada, em nossa vida, precede a Deus. Sem Ele nada podemos fazer.

SINOPSE DO TÓPICO (II)

A sabedoria dos antigos, e particularmente a de Salomão, versava sobre diferentes áreas da vida humana.

 

 

III. AS FONTES DA SABEDORIA

1. A sabedoria popular. Os livros poéticos mostram, entre outras coisas como louvores e orações, muito da sabedoria do povo de Israel. Ciente dessa verdade, Salomão apresenta máximas populares para compor os seus Provérbios (Pv 22.17; 24.23). Podemos entender que Deus dá inteligência aos homens para que estes possam analisar as situações da vida e tirar delas conclusões que servirão para si mesmos e para outras pessoas, em forma de conselhos e advertências, como ocorre no livro de Provérbios.

2. A sabedoria divina. O texto bíblico destaca que Salomão “falou das árvores, desde o cedro que está no Líbano até ao hissopo que nasce na parede; também falou dos animais, e das aves, e dos répteis, e dos peixes. E vinham de todos os povos a ouvir a sabedoria de Salomão e de todos os reis da terra que tinham ouvido da sua sabedoria” (1Rs 4.33,34). De onde vinha tanta sabedoria? O texto bíblico revela que Salomão orou pedindo a Deus sabedoria (1Rs 3.9), e que o Senhor respondeu-lhe integralmente (1Rs 3.10-12). Esta é a fonte da sabedoria de Salomão e explica o porquê de ninguém conseguir superá-la.

SINOPSE DO TÓPICO (III)

A fonte de toda sabedoria do rei Salomão era o Senhor nosso Deus.

 

IV. O PROPÓSITO DA SABEDORIA

1. Valores éticos e morais. Na introdução do livro de Provérbios, encontramos um conjunto de valores éticos e morais que revelam o propósito desses conselhos. Ali, consta todo o objetivo proposto pelo livro: (1) Conhecer a sabedoria e a instrução; (2) entender as palavras da prudência; (3) receber a instrução do entendimento, a justiça, o juízo e a equidade; (4) dar aos simples prudência e aos jovens conhecimento e sensatez; (5) ouvir e crescer em sabedoria; (6) adquirir sábios conselhos; (7) compreender provérbios e sua interpretação, bem como também as palavras dos sábios e suas metáforas (Pv 1.1-6).

2. Valores espirituais. Além de apontar valores éticos e morais, ao afirmar que o “temor do Senhor é o princípio da ciência; [e que somente] os loucos desprezam a sabedoria e a instrução” (Pv 1.7), o cronista sacro abaliza os valores espirituais que sobressaem nas palavras de Provérbios. Da mesma forma, o livro de Eclesiastes aponta para Deus como a razão de toda a existência humana. Fora dele não há base segura para uma moral social. Os livros de Provérbios e Eclesiastes formam uma tessitura milenar no contexto religioso judaico que, adaptado à nossa realidade, apresentam conselhos práticos para a vida cotidiana de todos os homens.

 

SINOPSE DO TÓPICO (IV)

O propósito da sabedoria nos livros de Provérbios e Eclesiastes é constituir um conjunto de valores éticos, morais e espirituais para a vida.

 

CONCLUSÃO

A literatura sapiencial, representada neste trimestre pelos livros de Provérbios e Eclesiastes, revela que o temor do Senhor é o fundamento de todo o saber. Ninguém pode ser considerado sábio se os seus conselhos não revelarem princípios do saber divino. Segundo a Bíblia, um sábio não se caracteriza apenas por ter muita informação ou inteligência, mas é alguém que aprendeu o temor do Senhor como a base de toda sua vida e, por isso, sabe viver e conviver (Tg 3.13-18).

 

VOCABULÁRIO

Desencanto Existencial: Desgosto ou decepção com a realidade vivida, isto é, com a vida.
Tessitura: Modo como estão interligadas as partes de um todo; organização, contextura.
Sétuplo: Numeral que vale sete vezes o outro.
Epítome: A síntese, o resumo.

  

EXERCÍCIOS

 

1. O que o livro de Provérbios revela acerca de Salomão?

R. O livro revela que havia alguns provérbios de Salomão que circulavam nos dias do rei Ezequias. Posteriormente, eles foram compilados pelos homens desse rei (Pv 25.1).

 

2. Embora pertença ao mesmo gênero literário de sabedoria judaica, qual a diferença entre Eclesiastes e Provérbios?

R. Diferentemente de Provérbios, Eclesiastes apresenta-se como um discurso usado em assembleias ou templos.

 

3. Além de louvores e orações, o que os livros poéticos mostram?

R. Muito da sabedoria do povo de Israel.

 

4. Cite pelo menos três objetivos propostos na introdução do livro de Provérbios.

R. Conhecer a sabedoria, a instrução; entender as palavras da prudência; adquirir sábios conselhos.

 

5. Os livros de Provérbios e Eclesiastes formam uma tessitura milenar no contexto religioso judaico. Para nós, o que eles falam hoje?

R. Adaptados a nossa realidade, eles apresentam conselhos práticos para a vida cotidiana.

 

AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO I

 Subsídio Bibliológico

“Livros da Sabedoria

São considerados livros da sabedoria três dos livros poéticos: Jó, Provérbios e Eclesiastes, embora Jó seja realmente um livro de espécie única.

Essa classificação é baseada no fato de tratarem esses três livros dos problemas que mais interessam à humanidade. Jó trata do problema do sofrimento, Provérbios, do problema do dever moral, e Eclesiastes, do problema da felicidade.

Os livros chamados de Sabedoria são diferentes da literatura profética de Israel porque expressam melhor a filosofia dos pensadores do que as determinações das mensagens de Jeová. Não se encontra neles a frase: ‘Assim diz o Senhor’, quando falam dos problemas da vida e das conclusões dos homens.

Os sábios anunciaram as verdades como um tratado de filosofia moral, usando palavras de profundeza mais elevada do que seus conhecimentos, de modo que só tempos depois é que puderam ser interpretadas.

Provérbios e Eclesiastes apresentam principalmente esse fato” (MELO, J. L. Eclesiastes versículo por versículo. RJ: CPAD, 1999, p.12).

 

AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO II

Subsídio Lexicográfico

“Sabedoria [de Cristo]

Embora no Antigo Testamento a sabedoria seja personificada no livro de Provérbios e mostrada como tendo existido eternamente em Deus (Pv 8.22-30), ela é centrada em uma pessoa, o Senhor Jesus Cristo (1Co 1.30; Cl 2.2,3; cf. Lc 11.49).

Cristo, em sua natureza humana, cresceu em sabedoria, e em estatura, e em graça para com Deus e os homens (Lc 2.52), mas em sua natureza divina, repousava sobre ele o Espírito sétuplo cujo principal atributo é a sabedoria (Is 11.2). Como resultado os homens perguntaram, ‘Donde veio a este a sabedoria’ (Mt 13.54; Mc 6.2), não percebendo que alguém maior que Salomão estava ali (Mt 12.42). O apóstolo Paulo escreve que Ele é o poder e a sabedoria de Deus, destacando que a vida e a morte de Cristo eram o sábio plano de salvação de Deus (1Co 1.24).

Os gregos, com sua filosofia, buscavam a sabedoria (1Co 1.22) e produziram grandes homens como Platão e Aristóteles, mas não vieram a conhecer a Deus. Em contraste, Deus, em sua infinita sabedoria, usou a Palavra da cruz para revelar o modo como o homem pode ser salvo. O evangelho provou ser um tropeço para os judeus, que estavam tentando obter a salvação através das boas obras (Rm 9.30-33); e ‘uma loucura ou insensatez’ (gr. moria, os pensamentos de um simplório, simples demais para ser aceito como o verdadeiro conhecimento da salvação) para os gregos cultos. Os judeus ficavam ofendidos com o pensamento da crucificação, e por serem tão impotentes a ponto de precisarem que alguém morresse pelos seus pecados. Os gregos consideravam a simples fé em uma expiação substitutiva um modo fácil demais para a salvação. Contudo, a morte expiatória do Senhor Jesus Cristo é o epítome de toda a sabedoria (Ef 3.10), uma vez que ela resolve o maior problema do mundo e do homem, isto é, o pecado” (Dicionário Bíblico Wycliffe. 1 ed., RJ: CPAD, 2009, p.1712).

 

SUBSÍDIOS ENSINADOR CRISTÃO

O valor dos bons conselhos

Neste trimestre, teremos a oportunidade ímpar de estudar os livros de Provérbios e Eclesiastes. São duas pérolas das Sagradas Escrituras. Provérbios nos ensina a viver de modo sábio e Eclesiastes nos mostra o verdadeiro sentido da vida.

O livro de Provérbios

O livro de Provérbios é um verdadeiro compêndio de sabedoria em forma de parábolas. São sentenças curtas, porém carregadas de significados e verdades que foram aprendidas e ensinadas no dia-a-dia dos israelitas. Ao estudar este livro, precisamos observar algumas particularidades importantes:

1. Salomão não foi o único autor dos provérbios, embora ele tenha escrito uma grande parte (cf. 1.1; 10.1; 25.1). O próprio Salomão declara: “... também estes são provérbios dos sábios” (Pv 24.23). Não podemos negar que Salomão foi um dos homens mais sábios do seu tempo e que proferiu 3 mil provérbios (1Rs 4.32), todavia há outros autores das citações, como Agur (Pv 30.1) e o rei Lemuel (Pv 31.1). É importante também observar que seus autores pertenceram a épocas distintas.

2. Os provérbios têm a sua origem nos ditos populares. Todavia, os provérbios bíblicos são breves declarações que expressam os conselhos divinos para nós. Podemos afirmar que cada provérbio é uma parábola resumida e o livro todo é a Palavra de Deus. É Deus falando por intermédio das circunstâncias da vida.

3. Existem várias formas literárias dentro do livro, como, por exemplo, parábolas, poemas, antíteses e comparações.

O propósito do livro é ensinar os leitores a viverem de forma justa, correta e ética. O objetivo é levar as pessoas a expressarem, no seu dia-a-dia, a sabedoria de Deus. Embora o livro também trate das questões corriqueiras da vida, ele é um convite à busca da sabedoria que vem do Alto, a sabedoria divina.

 

O livro de Eclesiastes

Ao ler Eclesiastes 1.1 e o capítulo 2, não temos dúvida de que Salomão é seu autor. Além disso, tanto a tradição judaica quanto a cristã conferem a autoria do livro a Salomão.

Eclesiastes é um livro biográfico e durante a sua leitura percebemos que não existe uma sequência lógica. A impressão que temos é que os textos foram surgindo de tempos em tempos, como em um diário. É o relato triste de um homem que, embora sábio, viveu parte da sua vida longe de Deus. O propósito é mostrar, e em especial aos jovens, que o sentido da vida não está nos bens materiais, no conhecimento, no prazer, na fama. O verdadeiro sentido da vida está em Deus, o Criador.