ALBERTO ARAÚJO é presbítero da Igreja Evangélica Assembleia de Deus em Cuiabá -MT, professor de EBD e Teologia, publicitário, blogueiro, varios cursos biblicos por diversos institutos e escolas de teologia e biblica do Brasil, entre elas, Academia de Pregadores, etc. teólogo preliminar pela FATEBOM/SP, teólogo básico e médio pela ETC, curso de gestão acadêmica pela UFMT, pós-graduado em Gestão Ambiental /UFMT, especialista em Gestão Pública /UFMT, Especialista em Politicas Públicas / UFMT.
sexta-feira, 30 de agosto de 2013
Inimigos da Cruz de Cristo - Pr. Paranagua
Vale a pena escutar este estudo bíblico do Pr. G. Paranagua
Lição 9 do 3 Trimestre 2013 EBD - Inimigos da Cruz de Cristo
Lição 9
CONFRONTANDO OS
INIMIGOS DA CRUZ DE CRISTO
01 de setembro de 2013
Professor Alberto
TEXTO ÁUREO
“Porque
muitos há, dos quais muitas vezes vos disse e agora também digo, chorando, que
são inimigos da cruz de Cristo” (Fp 3.18).
VERDADE PRÁTICA
A
cruz de Cristo é o ponto central da fé cristã: sem ela não pode haver
cristianismo.
COMENTÁRIO DO TEXTO ÁUREO
“Porque muitos
há, dos quais muitas vezes vos disse e agora também digo, chorando, que são
inimigos da cruz de Cristo” (Fp 3.18).
Nosso texto áureo é comentado pelo autor
no próprio corpo da lição, por isso veremos apenas as considerações expostas no
nosso subsídio teológico:
No Ensinador Cristão temos a seguinte
matéria: Confrontando os inimigos da Cruz. Agora Paulo chega a uma
parte muito importante da sua carta, ele exorta os cristãos filipenses para
serem firmes em Cristo na observância do Evangelho.
A preocupação do apóstolo era com os
falsos mestres que se aproximavam dos crentes filipenses.
Estes mestres eram considerados por ele “inimigos da cruz”, pessoas
que trabalhavam para esvaziar o sentido da Cruz de Cristo.
O apóstolo havia os enfrentado noutras
ocasiões. De acordo com especialistas do Novo Testamento, é difícil identificar
os inimigos da cruz, propriamente dito, na carta de filipenses.
Mas pelo teor do ensino de Paulo contra
uma concepção legalista de cristianismo e uma perspectiva libertina da graça,
judaizantes e gnósticos são as identidades mais aceitas.
Os assuntos que Paulo trata com os
filipenses não são novos, ele havia tratado desses mesmos assuntos em ocasião
anterior (3.1).
Mas nesta seção ele se “desespera” só de
imaginar a possibilidade de os filipenses entrarem em contato com tais ensinos.
A sua preocupação é que a igreja de
Filipos, recém formada, enverede pelo caminho do legalismo ou da libertinagem.
Ambos são frontalmente contrários a natureza genuína do Evangelho.
A expressão “O deus
deles é o ventre” denota aqueles
que adoram a carne através das práticas sensuais desenfreadas.
Eles viviam o aqui e o agora, e jamais
pensavam na eternidade “comamos e bebamos que amanhã morreremos”.
Esta postura visava destruir o Evangelho
e todo o progresso dele na vida dos filipenses.
Além de sensuais, os falsos mestres
invalidavam a suficiência da Cruz de Cristo com suas atitudes degradantes e sem
quaisquer escrúpulos.
Paulo diz que para eles, não há outro
destino, se não, o da perdição eterna.
Por isso o apóstolo dos gentios conclama
aos filipenses a não darem ouvidos para esses falsos ensinamentos, ainda que
apareçam de maneira lisonjeira.
Paulo não exita de lembrá-los que a
esperança cristã está nos céus, esperando o Salvador, Jesus Cristo.
O discípulo do Mestre Amado não pode
viver como se Deus não existisse. O crente tem uma promessa: “[Deus] transformará o nosso corpo abatido”.
Ainda que vivamos tempos trabalhosos e
difíceis, o nosso coração deve estar seguro em Deus, confiante em sua promessa
de que um dia Ele restaurará todas as coisas.
O que sofremos hoje não se compara com a
glória que em nós, o povo de Deus, há de ser revelada (Rm 8.18).
Segundo a obra Teologia do Novo Testamento:
“A visão cósmica e apocalíptica de Paulo da realidade é enfatizada pelo
conceito de cidadania celestial do crente (3.20).
Em Filipenses 1, esse conceito vem à tona
no verbo politeuesthe (‘viver como cidadão’). Seu cognato, politeuma
(‘nação; comunidade’), aparece no capítulo 3 de Filipenses.
O termo sugere relação com polis
(‘Cidade-estado’), isto é, a nova comunidade de Cristo, cuja origem é o céu.
Por isso, Paulo escreve: ‘Nossa nação
[cidadania] está no céu’ (3.20).
Paulo afirma que esta cidadania existe
hoje; não é apenas uma esperança futura. O termo, como tal, expressa uma
orientação e uma identidade fundamentais dos crentes.
[...] Filipenses 1.27-30 apresenta o
ponto de que a vida do crente deve ser digna dessa origem; ela deve ser digna
de sua relação com o evangelho de Cristo.
Isso quer dizer que se deve perseguir a
união, enquanto a comunidade permanece unida ‘num mesmo espírito’ (v.27) no
evangelho.
Na verdade não é mais necessário temer os
oponentes, embora o chamado para essa nova comunidade seja para crer e para
sofrer.
Os filipenses, ao se entregar a esse
chamado, compartilhariam a mesma luta (agõna) que Paulo empreende, e, por
essa razão, eles teriam comunhão com ele e demonstrariam sua união com ele e
com Cristo em humilde serviço (1.29 — 2.11)” (ZUCK, R. B. (Ed.) Teologia
do Novo Testamento. 1 ed., RJ: CPAD, 2008. p.362).
Na obra de Mayer Pearlman, Epístolas
Paulinas: Semeando as Doutrinas Cristãs, temos: “Uma advertência
solene (Fp 3.17-19). Nos versos
1-4, Paulo adverte seus leitores contra um erro do lado judaico, a saber, o
legalismo, que é submeter a vida à escravidão das leis de Moisés. Nos versos
17-21, adverte-os contra o perigo do lado pagão, a saber: a frouxidão moral.
‘Sede meus imitadores, irmãos,
e tende cuidado, segundo o exemplo que tendes em nós’ (cf. 1Co 11.1. Rm 16.17). O que deviam imitar? Nos versos 7-13,
lemos que Paulo não tinha confiança no seu eu — próprio, que estava disposto a
sacrificar todas as coisas por Cristo, que reconhecia a sua própria imperfeição
e que estava grandemente desejoso para avançar com o Senhor.
Sua advertência é necessária, porque há
aqueles que tomam uma atitude diferente. São ‘inimigos
da cruz de Cristo’, não por causa de qualquer hostilidade da
parte deles, mas por causa das vidas que vivem.
Interessam-se mais em satisfazer os seus
apetites do que servir a Deus (‘o deus deles é o ventre’) e jactam-se das
liberdades que tomam na licenciosidade e vidas impuras (2Pe 2.19).
‘Só pensam nas coisas terrenas’ — alegam estar no caminho do Céu, mas amam as coisas
mundanas; ‘o destino deles é a destruição’.
Contraste com o verso 14” (PEARLMAN, M. Epístolas Paulinas: Semeando as
Doutrinas Cristãs. 1 ed., RJ: CPAD, 1998, pp.141-42).
RESUMO DA LIÇÃO 09
CONFRONTANDO OS INIMIGOS DA CRUZ DE
CRISTO
I. EXORTAÇÃO À FIRMEZA EM CRISTO
(3.17)
1.
Imitando o exemplo de Paulo (v.17a).
2.
O exemplo de outros obreiros fiéis (v.17b).
3.
Tendo outro estilo de vida.
II. OS INIMIGOS DA CRUZ DE CRISTO
(3.18,19)
1.
Os inimigos da cruz (v.18).
2.
"O deus deles é o ventre" (3.19).
3.
"A glória deles" (3.19).
III. - O FUTURO GLORIOSO DOS QUE
AMAM A CRUZ DE CRISTO (3.20,21)
1.
"Mas a nossa cidade está nos céus" (Fp 3.20).
2.
"Que transformará o nosso corpo abatido" (Fp 3.21).
3.
Vivendo em esperança.
LEITURA DIÁRIA
Jo 12.32,33 – A “atração” da cruz
Mt 27.32 — 28.10 – À cruz segue-se a glória
At 8.18-23 – Identificando o falso
mestre
Cl 2.4-8 – A vigilância quanto aos
falsos mestres
Gl 6.14 – A glória do crente
Fp 3.20 – A nossa pátria é o céu
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Filipenses 3.17-21.
17 - Sede também meus
imitadores, irmãos, e tende cuidado, segundo o exemplo que tendes em nós, pelos
que assim andam.
18 - Porque muitos há, dos quais
muitas vezes vos disse e agora também digo, chorando, que são inimigos da cruz
de Cristo.
19 - O fim deles é a
perdição, o deus deles é o ventre, e a glória deles é para confusão deles
mesmos, que só pensam nas coisas terrenas.
20 - Mas a nossa cidade está
nos céus, donde também esperamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo,
21 - que transformará o
nosso corpo abatido, para ser conforme o seu corpo glorioso, segundo o seu
eficaz poder de sujeitar também a si todas as coisas.
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Professor, para a
apresentação do tópico II da lição sugerimos que o quadro abaixo seja
reproduzido de acordo com as suas possibilidades. Divida a turma em grupos e
distribua cópias e canetas. Em seguida faça as seguintes indagações: “Quem são
os inimigos da cruz de Cristo?”; “Como combater estes inimigos?”. Ouça a todos
com atenção e em seguida peça que em grupo preencham o quadro. Reúna novamente
os grupos. Solicite que mostrem o quadro completo e discuta com os alunos as
respostas. Conclua enfatizando que para identificarmos e combatermos os
inimigos da cruz de Cristo precisamos conhecer a Palavra de Deus e perseverar
na doutrina dos apóstolos.
OBJETIVOS
Após esta aula, esta aula, o aluno deverá estar apto a:
Conscientizar-se a respeito da necessidade de se manter firme em
Cristo.
Saber quais são os inimigos da cruz de Cristo.
Aprender a respeito
do futuro glorioso daqueles que amam a cruz de Cristo.
INTERAÇÃO
No capítulo
três da Carta aos Filipenses, Paulo faz uma severa advertência contra os
judaizantes, denominados pelo apóstolo de “inimigos da cruz de
Cristo”.
Estes
apregoavam o legalismo, a lei e os códigos de conduta, porém não conheciam a
cruz de Cristo.
Todavia,
Paulo chama a atenção não somente a respeito dos judaizantes, mas também quanto
os irmãos que não viviam de acordo com o modelo de serviço e sacrifício de
Cristo.
Paulo pede
aos filipenses que lutem contra estes inimigos a fim de que não venham sucumbir
na fé.
Esta
advertência de Paulo deve ser levada a sério pela igreja na atualidade, pois
atualmente também muitos são os inimigos da cruz de Cristo.
COMENTÁRIO
PALAVRA
CHAVE
INIMIGO:
Na lição são os
judaizantes e aqueles que não tinham comunhão com a cruz de Cristo.
INTRODUÇÃO
Das
advertências de Paulo à igreja em Filipos, a exortação para que permanecessem
firmes na fé e mantivessem a alegria que a nova vida em Cristo proporciona, é
uma das mais importantes.
O apóstolo
assim os estimula, por estar ciente dos falsos cristãos que haviam se
infiltrado no seio da igreja.
Tais eram,
de fato, inimigos da cruz de Cristo.
I. EXORTAÇÃO À FIRMEZA EM CRISTO (3.17)
1. Imitando o exemplo de Paulo (v.17a).
Quando Paulo
pediu aos filipenses para que o imitassem, não estava sendo presunçoso.
Precisamos
compreender a atitude do apóstolo não como falta de modéstia, ou falsa
humildade, mas imbuída de uma coragem espiritual e moral de colocar-se, em
Cristo, como referência de vida e fé para aquela igreja (1Co 4.16,17; 11.1; Ef
5.1).
Paulo
mostrou que a verdadeira humildade acata serenamente a responsabilidade de
vivermos uma vida digna de ser imitada.
Que saibamos
refletir sobre isso num tempo em que estamos carentes de referências
ministeriais.
2.
O exemplo de outros obreiros fiéis (v.17b).
O texto da
ARA tem uma tradução melhor dessa passagem: “observai
os que andam segundo o modelo que tendes em nós”.
Paulo estava
reconhecendo o valor da influência testemunhal de outros cristãos, entre os quais
Timóteo e Epafrodito, que eram referências para as suas comunidades.
O apóstolo
chama a atenção dos cristãos filipenses para observarem os fiéis e aprenderem
uns com os outros objetivando a não se desviarem da fé.
3.
Tendo outro estilo de vida.
Muitas vezes
somos forçados a acreditar que somente os obreiros devem ter um estilo de vida
separado exclusivamente a Deus.
Essa
dualidade entre “clero” e “leigos” remonta à velha prática eclesiástica
estabelecida pela Igreja Romana, na Idade Média, onde uma elite (o clero)
governa a igreja e esta (os leigos) se torna refém daquela.
É urgente
resgatar o ideal da Reforma Protestante, ou seja, a “doutrina do sacerdócio de
todos os crentes”, ou “Sacerdócio Universal”, reivindicada em 1 Pedro 2.9.
Todos nós, obreiros
ou não, temos o livre acesso ao trono da Graça de Deus por Cristo Jesus. Não
tentemos costurar o véu que Deus rasgou!
SINÓPSE DO TÓPICO (1)
Todo crente, obreiros
ou não, tem livre acesso ao trono da Graça de Deus por Cristo Jesus.
II. OS INIMIGOS DA CRUZ DE CRISTO (3.18,19)
“Quem são os
inimigos da cruz de Cristo?”;
“Como
combater estes inimigos?”.
Conclua
enfatizando que para identificarmos e combatermos os inimigos da cruz de Cristo
precisamos conhecer a Palavra de Deus e perseverar na doutrina dos apóstolos.
1.
Os inimigos da cruz (v.18).
Depois de
identificar os inimigos da cruz de Cristo,
Paulo mostra
que o ministério pastoral é regado com muitas lágrimas.
A maior luta
do apóstolo era com as heresias dos falsos cristãos judeus.
Paulo chama
os judaizantes de “inimigos da cruz de Cristo”.
O apóstolo
conclamou a igreja a resistir tais inimigos, mesmo que com lágrimas, pois eles
tinham como objetivo principal minar a sua autoridade pastoral.
O apóstolo
já havia enfrentado inimigos semelhantes em Corinto (1Co 6.12).
Agora, em
Filipos, havia outro grupo que adotava a doutrina gnóstica.
Este grupo
de falsos crentes (3.18,19) afirmava erroneamente que a matéria é ruim.
Logo, não há
nenhum problema em pecar através da “carne”, pois toda e qualquer coisa que
fizermos com o corpo, e através dele, não afetará a nossa alma.
Essa ideia
herética e diabólica é energicamente refutada pela Palavra de Deus (1Ts 5.23).
2.
“O deus deles é o ventre” (3.19).
O termo
“ventre” aqui é figurado e representa os “apetites” carnais e sensuais.
Os inimigos
da cruz viviam para satisfazer os prazeres da carne — glutonaria, bebedice,
imoralidade sexual, etc. — satisfazendo todos os desejos lascivos, pois
acreditavam que tais atitudes “meramente carnais” não afetariam a alma nem o
espírito.
Porém, o
ensino de Paulo aos gálatas derruba por terra esse equivocado pensamento (Gl
5.16,17).
3.
“A glória deles” (3.19).
Paulo sabia
que aqueles falsos crentes não tinham qualquer escrúpulo nem vergonha.
Entregavam-se
às degradações morais sem o menor pudor e, mesmo assim, queriam estar na igreja
como se nada tivessem feito de errado.
O apóstolo
os trata como inimigos da cruz de Cristo, porque as atitudes deles invalidavam
a obra expiatória do Senhor.
A declaração
paulina é enfática acerca daqueles que negam a eficácia da cruz de Cristo: a
perdição eterna.
O castigo
dos ímpios será inevitável e eterno (Ap 21.8; Mt 25.46).
Um dia, eles
ressuscitarão para se apresentarem diante do Grande Trono Branco, no Juízo
Final, e serão julgados e lançados na Geena (o lago de fogo), que é o estado
final dos ímpios e dos demônios (Ap 20.11-15).
SINÓPSE DO TÓPICO (2)
Paulo conclamou a
igreja a resistir os inimigos da cruz de Cristo, mesmo que com lágrimas. Estes
inimigos tinham como objetivo principal minar a fé dos irmãos.
III. O FUTURO GLORIOSO DOS QUE AMAM A CRUZ DE CRISTO
(3.20,21)
1. “Mas a nossa cidade está nos céus” (Fp 3.20).
Os inimigos
da cruz de Cristo eram os crentes que viviam para as coisas terrenas.
Paulo,
então, lembra aos irmãos de Filipos que “a nossa cidade está
nos céus”.
Quando o
apóstolo escreveu tais palavras, ele tomou como exemplo a cidade de Filipos.
Segundo a
Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal, “Filipos estava localizada na principal
rota de transportes da Macedônia, uma extensão da Via Ápia, que unia a parte
oriental do império à Itália”.
O apóstolo
faz questão de mostrar que aquilo que Cristo tem preparado para os crentes é
algo muito superior a Filipos (v.20).
O apóstolo
mostra que o cidadão romano honrava a César, porém os crentes de Filipos
deveriam honrar muito mais a Jesus Cristo, o Rei da pátria celestial.
Em breve o
Senhor virá sobre as nuvens do céu com poder e glória, para arrebatar a sua
igreja levando-a para a cidade celeste, a Nova Jerusalém (Mt 24.31; At 1.9-11).
2.
“Que transformará o nosso corpo abatido” (Fp 3.21).
O estado
atual do nosso corpo é de fraqueza, pois ainda estamos sujeitos às enfermidades
e à morte. Mas um dia receberemos um corpo glorificado e incorruptível.
Os gnósticos
ensinavam que o mal era inerente ao corpo.
Por isso,
diziam que só se deve servir a Deus com o espírito.
Eles
afirmavam ainda que de nada aproveita cuidar do corpo, pois este se perderá.
Erroneamente,
acrescentavam que o interesse de Cristo é salvar apenas o espírito.
A Palavra de
Deus refuta tal doutrina.
Ainda que
venhamos a sucumbir à morte, seremos um dia transformados e teremos um corpo
glorioso semelhante ao de Cristo glorificado (Fp 3.21; 1Ts 5.23; 1Co 15.42-54).
3.
Vivendo em esperança.
Vivemos tempos
trabalhosos e difíceis (2Tm 3.1-9).
Quantas
falsas doutrinas querem adentrar nossas igrejas.
Infelizmente,
não são poucos os que naufragam na fé.
Nós,
contudo, à semelhança de Paulo, nutrimos uma gloriosa esperança (Rm 8.18).
Haja o que
houver, aconteça o que acontecer, o nosso coração estará seguro em Deus e em
sua promessa (Ap 7.17; 21.4).
SINÓPSE DO TÓPICO (3)
À semelhança de Paulo
precisamos ter a confiança de que o futuro daqueles que amam a cruz de Cristo
será glorioso.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Precisamos
estar atentos, pois muitos são os inimigos da cruz de Cristo.
Eles
procuram introduzir, sorrateiramente, doutrinas contrárias e perniciosas à fé
cristã.
Muitos são
os ardis do adversário para enganar os crentes e macular a Igreja do Senhor.
Por isso,
precisamos vigiar, orar e perseverar no “ensino dos apóstolos” até a vinda de
Jesus.
Eis a
promessa que gera a gloriosa esperança em nosso coração.
EXERCÍCIOS
1. O que Paulo pretendia ao pedir que os filipenses o
imitassem?
R. Paulo pretendia mostrar que
a verdadeira humildade acata serenamente a responsabilidade de vivermos uma
vida digna de ser imitada.
2. O que a dualidade entre “clero” e “leigos” remonta?
R. Remonta à velha prática
eclesiástica estabelecida pela Igreja Romana, na Idade Média, onde uma elite (o
clero) governa a igreja e esta (os leigos) se torna refém daquela.
3. O que significa o termo “ventre” empregado por Paulo?
R. O termo “ventre” tem um
sentido figurado e representa os “apetites” carnais e sensuais.
4. A exemplo dos cidadãos romanos que honravam a César,
quem os filipenses deveriam honrar?
R. Os crentes de Filipos
deveriam honrar muito mais a Jesus Cristo, o Rei da pátria celestial.
5. O teu coração está seguro em Deus? Há esperança em
você?
R. Resposta pessoal.
AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO I
Subsídio Teológico
“Cidadania e unidade celestial.
A visão cósmica e apocalíptica de Paulo da realidade é enfatizada pelo
conceito de cidadania celestial do crente (3.20). Em Filipenses 1, esse
conceito vem à tona no verbo politeuesthe (‘viver como cidadão’). Seu cognato, politeuma (‘nação; comunidade’), aparece no capítulo 3 de Filipenses. O termo
sugere relação com polis (‘Cidade-estado’), isto é, a nova comunidade de Cristo, cuja origem é o
céu. Por isso, Paulo escreve: ‘Nossa nação [cidadania] está no céu’ (3.20).
Paulo afirma que esta cidadania existe hoje; não é apenas uma esperança futura.
O termo, como tal, expressa uma orientação e uma identidade fundamentais dos
crentes.
[...] Filipenses 1.27-30 apresenta o ponto de que a vida do crente deve
ser digna dessa origem; ela deve ser digna de sua relação com o evangelho de
Cristo. Isso quer dizer que se deve perseguir a união, enquanto a comunidade
permanece unida ‘num mesmo espírito’ (v.27) no evangelho. Na verdade não é mais
necessário temer os oponentes, embora o chamado para essa nova comunidade seja
para crer e para sofrer. Os filipenses, ao se entregar a esse chamado,
compartilhariam a mesma luta (agõna) que Paulo empreende, e, por essa razão, eles teriam comunhão com ele e
demonstrariam sua união com ele e com Cristo em humilde serviço (1.29 — 2.11)”
(ZUCK, R. B. (Ed.) Teologia do Novo Testamento. 1 ed., RJ: CPAD, 2008.
p.362).
AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO II
Subsídio Teológico
“Uma advertência solene (Fp 3.17-19)
Nos versos 1-4, Paulo adverte seus leitores contra um erro do lado
judaico, a saber, o legalismo, que é submeter a vida à escravidão das leis de
Moisés. Nos versos 17-21, adverte-os contra o perigo do lado pagão, a saber: a
frouxidão moral.
‘Sede meus imitadores, irmãos, e tende cuidado, segundo o exemplo que
tendes em nós’ (cf. 1Co 11.1. Rm 16.17). O que deviam imitar? Nos versos 7-13,
lemos que Paulo não tinha confiança no seu eu — próprio, que estava disposto a
sacrificar todas as coisas por Cristo, que reconhecia a sua própria imperfeição
e que estava grandemente desejoso para avançar com o Senhor. Sua advertência é
necessária, porque há aqueles que tomam uma atitude diferente. São ‘inimigos da
cruz de Cristo’, não por causa de qualquer hostilidade da parte deles, mas por
causa das vidas que vivem. Interessam-se mais em satisfazer os seus apetites do
que servir a Deus (‘o deus deles é o ventre’) e jactam-se das liberdades que
tomam na licenciosidade e vidas impuras (2Pe 2.19). ‘Só pensam nas coisas
terrenas’ — alegam estar no caminho do Céu, mas amam as coisas mundanas; ‘o
destino deles é a destruição’. Contraste com o verso 14” (PEARLMAN, M. Epístolas
Paulinas: Semeando as Doutrinas Cristãs. 1 ed., RJ: CPAD, 1998,
pp.141-42).
SUBSÍDIOS ENSINADOR CRISTÃO
Confrontando os inimigos da Cruz
Agora Paulo chega a uma parte muito importante da sua carta, ele exorta
os cristãos filipenses para serem firmes em Cristo na observância do Evangelho.
A preocupação do apóstolo era com os falsos mestres que se aproximavam dos
crentes filipenses. Estes mestres eram considerados por ele “inimigos da cruz”,
pessoas que trabalhavam para esvaziar o sentido da Cruz de Cristo. O apóstolo
havia os enfrentado noutras ocasiões. De acordo com especialistas do Novo
Testamento, é difícil identificar os inimigos da cruz, propriamente dito, na
carta de filipenses. Mas pelo teor do ensino de Paulo contra uma concepção
legalista de cristianismo e uma perspectiva libertina da graça, judaizantes e
gnósticos são as identidades mais aceitas.
Os assuntos que Paulo trata com os filipenses não são novos, ele havia
tratado desses mesmos assuntos em ocasião anterior (3.1). Mas nesta seção ele
se “desespera” só de imaginar a possibilidade de os filipenses entrarem em
contato com tais ensinos. A sua preocupação é que a igreja de Filipos, recém
formada, enverede pelo caminho do legalismo ou da libertinagem. Ambos são
frontalmente contrários a natureza genuína do Evangelho.
A expressão “O deus deles é o ventre” denota aqueles que adoram a carne
através das práticas sensuais desenfreadas. Eles viviam o aqui e o agora, e
jamais pensavam na eternidade “comamos e bebamos que amanhã morreremos”. Esta
postura visava destruir o Evangelho e todo o progresso dele na vida dos
filipenses. Além de sensuais, os falsos mestres invalidavam a suficiência da
Cruz de Cristo com suas atitudes degradantes e sem quaisquer escrúpulos. Paulo
diz que para eles, não há outro destino, se não, o da perdição eterna.
Por isso o apóstolo dos gentios conclama aos filipenses a não darem
ouvidos para esses falsos ensinamentos, ainda que apareçam de maneira
lisonjeira. Paulo não exita de lembrá-los que a esperança cristã está nos céus,
esperando o Salvador, Jesus Cristo. O discípulo do Mestre Amado não pode viver
como se Deus não existisse. O crente tem uma promessa: “[Deus] transformará o
nosso corpo abatido”. Ainda que vivamos tempos trabalhosos e difíceis, o nosso
coração deve estar seguro em Deus, confiante em sua promessa de que um dia Ele
restaurará todas as coisas. O que sofremos hoje não se compara com a glória que
em nós, o povo de Deus, há de ser revelada (Rm 8.18).
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