LIÇÃO 01
Deus Dá sua Lei ao
Povo de Israel
04 de janeiro de 2015
Professor Alberto
TEXTO ÁUREO
“Que
são israelitas, dos quais é a adoção de filhos, e a glória, e os concertos, e a
lei, e o culto, e as promessas” (Rm 9.4).
Monte Horebe – Deserto do Sinai - Egito
VERDADE PRÁTICA
Uma nova nação despontava no horizonte e precisava de uma legislação
que definisse as bases em que o povo devia viver, isto é, fundamentado nas
promessas feitas aos patriarcas.
COMENTÁRIO DO TEXTO ÁUREO
“Que são israelitas, dos quais é a adoção de filhos, e a glória, e
os concertos, e a lei, e o culto, e as promessas” (Rm 9.4).
Nosso texto áureo está inserido
na Carta do Apóstolo Paulo aos Romanos escrita por volta do ano 57 d.C. Nos
capítulos 9 ao 11 desta Carta, o apóstolo Paulo apresenta uma profunda questão
teológica, infelizmente muito ignorada por muitas denominações. Trata-se da
eleição de Israel no passado, da sua rejeição do evangelho no presente, e da
sua salvação futura. A Bíblia de Estudo
Pentecostal apresenta uma síntese desses três capítulos da Carta aos
Romanos:
Há três elementos distintos no exame que Paulo faz
de Israel no plano divino da salvação.
(1)
O primeiro (9.6-29) é um
exame da eleição de Israel no passado. (a) Em 9.6-13, Paulo afirma que a
promessa de Deus a Israel não falhou, pois a promessa era só para os fiéis da
nação. Visava somente o verdadeiro Israel, aqueles que eram fiéis à promessa
(Gn 12.1-3; 17.19);...
(2)
O segundo elemento (9.30
-10.21) analisa a rejeição presente do evangelho por Israel. Seu erro de não
voltar para Cristo, não se deve a um decreto incondicional de Deus, mas à sua
própria incredulidade e desobediência (Rm 10.3).
(3)
Finalmente, Paulo explica
(11.1-36) que a rejeição de Israel é apenas parcial e temporária. Israel por
fim aceitará a salvação divina em Cristo. O argumento dele contém vários
passos.
(a)
Deus não rejeitou o Israel
verdadeiro, pois Ele permanece ao “remanescente” que permanece fiel a Ele,
aceitando a Cristo (11.1-6).
(b)
No presente, Deus
endureceu a maior parte de Israel, porque os israelitas não quiseram aceitar a
Cristo (11.7-10; 9.31; 10.21).
(c)
Deus transformou a
transgressão de Israel (a crucificação de Cristo) numa oportunidade de
proclamar a salvação a todo mundo (11.11,12, 15).
(d)
Durante esse tempo
presente da incredulidade nacional de Israel, a salvação de indivíduos, tanto
os judeus como os gentios (10.12,13) depende da fé em Jesus Cristo (11.13-24).
(e)
A fé em Jesus Cristo, por
uma parte do Israel Nacional, acontecerá no futuro (11.25-29).
(f)
O propósito sincero de
Deus é ter misericórdia de todos, tanto dos judeus como dos gentios, e incluir
no seu reino todas as pessoas que creem em Cristo (11.30-36; 10.12,13;
11.20-24) (BÍBLIA DE ESTUDO PENTECOSTAL, 1995, p. 1715).
Feito essa consideração geral
dos capítulos 9 a 11, voltemos ao nosso texto áureo (Rm 9.4). O nosso texto
áureo está inserido no capítulo 9 entre os versículos 1 a 5 onde está presente
a profunda tristeza de Paulo por causa da incredulidade de Israel, seu povo,
seus irmãos segundo a carne. Para análise do texto áureo apresento o comentário
do teólogo Dr. Russell Norman Champlin:
9:4: os
quais são israelitas, de quem é a adoção, e a glória, e os pactos, e a
promulgação da lei, e o culto, e as promessas; Até este ponto o apóstolo Paulo vinha expressando sua própria
infelicidade pessoal concernente à apostasia e à dureza da nação de Israel.
Isso o levou à consideração dos problemas teológicos criados por essa
apostasia; porquanto eram «...
israelitas...», aos quais haviam sido feitas promessas especiais, donos que
eram de privilégios e posições sem par. O propósito de Paulo foi, antes de
tudo, descrever exatamente quais eram os privilégios de Israel, para em seguida
entrarem no problema das modificações que isso dá ao destino dessa nação,
especialmente agora, que a igreja cristã, havia se apossado do destino
espiritual que Israel tão insensatamente rejeitara. Haveria a nação de Israel
de perder definitivamente esses privilégios, ou ainda haveria uma fruição
futura nos propósitos divinos relativos a ela? Quais seriam as relações entre a
presente nação de Israel e a igreja cristã, tanto agora como no futuro?
Ora, constituía ironia das mais abismais que os
gentios, que nunca haviam recebido privilégios similares àqueles que haviam
beneficiado a nação de Israel, fossem exatamente aqueles que deram acolhida a
Jesus de Nazaré. Até mesmo na época em que Paulo escrevia as suas epístolas, a
igreja cristã consistia, sobretudo de elementos gentílicos, de tal modo que os
judeus constituíam um elemento estranho, marginalizado quanto à economia divina
das bênçãos espirituais.
«...primeiramente,
meditemos profundamente sobre essa questão da dor incessante de Paulo por causa
de Israel, a fim de que, em nossa superficialidade gentílica, não ajuizemos
erroneamente sobre a importância desse acontecimento perante Deus, isto é, que
Israel, entre os quais ele habitara, se tornara desobediente, e assim fora
separado de suas bênçãos; a fim de que, em nosso próprio conceito, não nos
tornemos demasiadamente importantes, não tendo mais interesse pelos israelitas.
Permitiríamos que Paulo, nosso grande apóstolo, sinta sozinho essa ‘dor
incessante’, essa ‘profunda tristeza’ em seu coração? Não, pois Paulo não teria
ventilado a questão para nós exceto se esperasse nossa simpatia no Espírito.
Não nos assemelhemos, pois, àqueles milhares de judeus que abominavam o ensino
da graça, declarando que Paulo era um judeu apostatado, que realmente negara a
fé de seus antepassados, estando amargurado contra a sua própria raça, a fim de
obter favor entre os desprezados gentios. Esses judeus espalharam a notícia
falsa que Paulo ‘ensinava aos homens de toda parte contra Israel, contra a lei
e contra o templo’ (Atos 21:28). Quão similar ao de Cristo era o amor que havia
no coração de Paulo, amor esse que persistia, chegando mesmo a desejar a
perdição, em favor dos israelitas incrédulos que tanto o acusavam! Em segundo
lugar, podemos enumerar e examinar os oito particulares que o apóstolo Paulo
declara serem diferenciações entre Israel, e todas as demais nações, perante os
olhos de Deus». (Newell, in loc ).
«...São
israelitas...» Essas palavras significam que os
descendentes de Abraão eram herdeiros do pacto feito com Israel, seu
progenitor, quando seu nome deixou de ser Jacó. Israel significa «príncipe de
Deus» (Gên. 32:28)...
Os privilégios espirituais dos israelitas
provinham diretamente do fato de estarem relacionados a alguém favorecido por
Deus. Ora, Jesus Cristo também era um desses «favorecidos», de fato, o mais
favorecido de todos; e o Israel espiritual deriva os seus privilégios das
relações que mantém com ele. Isso ilustra algo acerca do exercício da vontade
divina, que recebe tão notável proeminência neste nono capítulo da epístola aos
Romanos. Todas as bênçãos foram dadas a Israel por causa do exercício dessa
vontade divina.
«...adoção...» Lemos as seguintes palavras em Êxo. 4:22: «Dirás
a Faraó: Assim diz o Senhor: Israel é meu filho, meu primogênito».
Similares são as palavras do trecho de Deut. 7:6: «Porque povo santo és ao Senhor
teu Deus: o Senhor teu Deus te escolheu, para que lhe fosses o seu povo
próprio, de todos os povos que há sobre a terra». E também lemos a
seguinte declaração em Amós 3:2: «De todas as famílias da terra a vós
somente conheci; portanto, todas as vossas injustiças visitarei sobre vós».
Pode-se examinar, por igual modo, a passagem de Isa. 66:22, que diz: «Porque,
como os céus novos, e a terra nova, que hei de fazer, estarão diante da minha
face, diz 0 Senhor, assim há de estar a vossa posteridade e o vosso nome».
Portanto, as promessas divinas feitas a Israel,
como nação, terão fatalmente a sua futura concretização, a despeito do
retrocesso temporário a que foi sujeitada essa nação, por haver rejeitado seu
próprio Messias, o Senhor Jesus. Eventualmente, entretanto, haverão de
aceitá-lo, reconhecendo o seu fatal equívoco e sua cegueira de coração. O alicerce
real dessa «...adoção...» foi a
chamada de Abraão e o pacto estabelecido com ele.(Atos 3:25). Quanto à doutrina
bíblica que assevera que todos os crentes são filhos espirituais de Abraão, ver
Rom. 4:11).
Na adoção divina se alicerçam todos os privilégios
espirituais que são enumerados neste versículo, porquanto somente os filhos de
Deus poderiam receber tão elevadas bênçãos espirituais. A adoção terrena da
nação de Israel foi um tipo simbólico daquela filiação mais alta, que seria
conferida à igreja cristã, através do Senhor Jesus Cristo.
«Portanto,
fica compreendida, embora apenas germinal e tipicamente, a união íntima do
crente com Cristo, o Filho unigênito que estava no seio do Pai desde a
eternidade, que envolve Deus e os homens, através da regeneração do Espírito
Santo» (Philip Schaff, in loc.).
A adoção de Israel, em um de seus aspectos, tinha
por intuito ser o alicerce e o guia daquela adoção espiritual e superior, em
Cristo. (Ver Gál. 4:1 e ss., quanto a esse conceito).
«...a
glória...» Está aqui em foco a «kabhodh» ou presença de Deus,
conforme é mencionado nos trechos de Êxo. 16:10; 24:26; Eze. 1:28 e Heb. 9:5,
além de diversas outras passagens. É por esse motivo que diz Meyer (in loc.)·. «Trata-se da presença simbólica e visível de
Deus, conforme ela se manifestou no deserto, como uma coluna de nuvem e fogo,
ou como a nuvem sobre a arca da aliança...» Diversos comentadores bíblicos
chamam a isso de glória «shechinah»,
palavra hebraica essa que significa «habitação», dando a entender a presença habitadora
de Deus, o que algumas vezes assumia um aspecto visível para os olhos
humanos...
«...as
alianças...» Esse vocábulo pode ser melhor
entendido em seu significado, através do desdobramento do que nele está
envolvido, negativa ou positivamente:..., estão em foco os diversos pactos
estabelecidos com os patriarcas, incluindo o pacto abraâmico e o pacto
davídico. (Ver Gên. 6:18; 9:9; 15:18; II Sam. 7:11-16; Sal. 89:28; Livro da
Sabedoria 18:22; Ben Siraque 44:11; II Macabeus 7:15; Efé. 2:12; Gál. 3:16,17.
... sobre o «pacto davídico», ver Atos 2:30; quanto ao «pacto abraâmico», ver
Atos 3:25).
»...legislação...» Está aqui em foco tanto o ato divino da outorga da legislação
mosaica como essa própria legislação. Para nenhuma outra nação Deus outorgou
essas leis básicas. Não podemos separar a substância da lei do ato de sua
outorga; por conseguinte, a substância da lei mosaica também deve estar em foco
aqui, embora o próprio original grego fale especificamente do ato de sua
outorga. O apóstolo Paulo jamais negou a majestade e a elevada significação da
lei mosaica, embora houvesse ensinado doutrinas consideradas não-ortodoxas
sobre as funções da lei mosaica, conforme vemos nos capítulos terceiro a sétimo
desta epístola aos Romanos. Em certo sentido, a lei mosaica foi uma revelação
de Deus, sobretudo no que concerne às exigências morais de sua natureza.
Somente a nação de Israel recebeu esse tipo de revelação direta, embora a
própria natureza possa prestar-se para conferir aos homens pensamentos
corretos, posto que incompletos, sobre Deus, segundo também insiste o primeiro
capítulo desta epístola. Conforme Paulo explicou, entretanto, a lei tinha por
sua função principal mostrar aos homens a necessidade que têm de Cristo, pois
embora ela ·aponte para a justiça, não pode produzi-la no homem. Cristo, por
intermédio do seu Espírito Santo, é quem produz no crente as demandas da
justiça, exigidas pela lei.
«...o
culto...» Em outras palavras, os ritos, as
cerimônias, os sacrifícios e as ordenanças religiosas, que são úteis para os
homens, em sua expressão religiosa, e que simbolizavam o Cristo ou Messias que
haveria de vir, mas que se tornaram todos supérfluos, em face de sua vinda. O
templo de Jerusalém era o centro onde tais práticas encontravam sua mais
elevada expressão; esse templo, por si mesmo, era veículo desse tipo de
«adoração» ou «culto». Alguns intérpretes esperam que essa forma de adoração
venha a ser restaurada em Israel, durante 0 período do milênio, pois esses
estudiosos aceitam algumas passagens do A.T. de forma literal. Porém, se
realmente isso vier a suceder, tal adoração será memorial, e não profética,
conforme acontecia nos tempos do A.T., sob a lei mosaica.
«...as
promessas...» Mui provavelmente essa palavra
indica as promessas específicas esboçadas nos vários pactos: os pactos
soteriológicos feitos com Abraão e os pactos sobre o reino, estabelecidos com
Davi. Em ambos esses tipos de pactos, transparecem as muitas promessas sobre a
glória futura da nação de Israel que formam o tema fundamental dos escritos dos
profetas. Essas promessas incluem o aparecimento do Messias, isto é, as
promessas messiânicas; e isso tanto no que se refere ao primeiro como ao
segundo advento de Cristo. As promessas inclusas no «pacto abraâmico» são
expostas e discutidas no trecho de Rom. 4:13-20. (Ver também Heb. 7:6; Gál.
3:16,21 e Atos 26:6,7) CHAMPLIN, Vol. 3, 1995, p. 744).
INFORMAÇÕES INICIAIS
1º Trimestre -
2015
(Janeiro, Fevereiro e Março)
Título: “A LEI DE DEUS —
Valores imutáveis para uma sociedade em constante mudança”
Comentarista: Pastor Esequias Soares é pastor presidente da Assembleia de Deus em
Jundiaí-SP, graduado em Hebraico pela Universidade de São Paulo e mestre em
Ciências da Religião pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Autor dos
livros: Gramática prática de grego: um curso dinâmico para leitura e
compreensão do Novo Testamento (2011); Septuaginta: Guia Histórico e Literário
(2009); Cristologia: A Doutrina de Jesus Cristo (2008); Testemunhas de Jeová: A
Inserção de Suas Crenças e Práticas no Texto da Tradução do Novo Mundo (2008),
todos eles publicados pela Editora
Hagnos. Já publicou outros títulos pela CPAD como: Analisando o Divórcio à Luz
da Bíblia; Manual de Apologética Cristã; Oséias (Série: Comentário Bíblico –
CPAD);Visão Panorâmica do Antigo Testamento e seu último lançamento Os Dez
Mandamentos – Valores Divinos Para Uma Sociedade em Constante Mudança.
Conferencista, teólogo, apologista, professor de Grego e Hebraico, membro do
Conselho de Doutrina e da Comissão de Apologia da Convenção Geral das
Assembleias de Deus no Brasil (CGADB), é comentarista de Lições Bíblicas da
CPAD.
Capa:
O que vemos?
Uma figura com as duas tabuas de pedras da lei vindas do céu da parte do
Eterno: “Então disse o SENHOR a Moisés: Lavra duas
tábuas de pedra, como as primeiras; e eu escreverei nas tábuas as mesmas
palavras que estavam nas primeiras tábuas, que tu quebraste.” (Êxodo 34.1).
O que
isto tem a ver com o tema?
As duas
tábuas de pedras onde estavam os dez mandamentos escritos pelo dedo de Deus e
toda a Torah (Pentetauco), ou seja, a
lei de Moisés não consiste apenas num compêndio religioso; trata de profecias,
histórias, registros genealógicos e cronológicos, regulamentos, ritos,
cerimônias, exortações, preceitos morais, civis e cerimoniais, instrução para
sacerdotes, sacrifícios, ofertas, festas e o tabernáculo. A grande diversidade
de conteúdo e suas várias formas de apresentação dos dados da revelação têm
impressionado o espírito humano até hoje. A estrutura literária dessa parte das
Escrituras Sagradas é complexa e sobre ela muitas interpretações e especulações
têm sido levantadas ao logo dos séculos.
O ano
de 2015 terá início com o convite a frequentarmos a EBD a fim de estudarmos a Lei
de Deus, valores imutáveis para uma sociedade em constante mudança, trata-se
de um comentário exegético e explicativo apresentado de forma prática para
facilitar a compreensão dessa parte da lei de Moisés, ajudando o povo de Deus a
distinguir entre lei e evangelho. Todo o conteúdo dos dez mandamentos serão
estudados em 13 lições.
Como um
recurso a mais para professores e alunos há também o livro temático de apoio do
trimestre: OS DEZ MANDAMENTOS Valores divinos para uma
sociedade em constante mudanças
Nesta obra,
está apresentada a entrega dos DEZ MANDAMENTOS legado para o povo de Israel,
para a humanidade como um todo como valores divinos para uma sociedade em
constante mudanças. Adquira essa obra: http://www.cpad.com.br/os-dez-mandamentos-valores-divinos-para-uma-sociedade-em-constante-mudanca-242984/p#.VKHzql4AM
SUMÁRIO
DA REVISTA:
Lição 1 – Deus dá a sua Lei ao Povo de Israel
– 04.01.15
Lição
2 – O Padrão da Lei Moral – 11.01.15
Lição
3 – Não Terás outros deuses – 18.01.15
Lição
4 – Não farás imagens de Esculturas – 25.01.15
Lição
5 – Não Tomarás o Nome do Senhor Deus em Vão – 01.02.15
Lição
6 – Santificarás o Sábado – 08.02.15
Lição
7 – Honrarás Pai e Mãe – 15.02.15
Lição
8 – Não Matarás – 22.02.15
Lição
9 – Não adulterarás – 01.03.15
Lição
10 – Não furtarás – 08.03.15
Lição
11 – Não darás Falso Testemunho – 15.03.15
Lição
12 – Não cobiçarás - 22.03.15
Lição
13 – A Igreja e a Lei de Deus – 29.03.15
RESUMO DA LIÇÃO 01
DEUS DÁ SUA LEI AO POVO
DE ISRAEL
I. A
PROMULGAÇÃO DA LEI
1. A
solenidade.
2. A
credibilidade de Moisés.
3. A
lei.
II. OS
CÓDIGOS
1.
Classificação.
2. O
que há de concreto?
III. O
CONCERTO
1. O
que é um concerto?
2.
Preparativos.
3. O
concerto do Sinai.
4. O
livro do concerto.
IV. O
SACRIFÍCIO
1.
Os holocaustos.
2. O
sangue.
3. A
aspersão.
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Êxodo 20.18-22,24; 24.4,6-8.
20.18 - E todo o povo viu os trovões, e
os relâmpagos, e o sonido da buzina, e o monte fumegando; e o povo, vendo isso,
retirou-se e pôs-se de longe.
19 - E disseram a Moisés: Fala tu
conosco, e ouviremos; e não fale Deus conosco, para que não morramos.
20 - E disse Moisés ao povo: Não
temais, que Deus veio para provar-vos e para que o seu temor esteja diante de
vós, para que não pequeis.
21 - E o povo estava em pé de longe:
Moisés, porém, se chegou à escuridade onde Deus estava.
22 - Então, disse o SENHOR a Moisés:
Assim dirás aos filhos de Israel: Vós tendes visto que eu falei convosco desde
os céus.
24 - Um altar de terra me farás e sobre
ele sacrificarás os teus holocaustos, e as tuas ofertas pacíficas, e as tuas
ovelhas, e as tuas vacas: em todo lugar onde eu fizer celebrar a memória do meu
nome, virei ali e te abençoarei.
24.4 - E Moisés escreveu todas as
palavras do SENHOR, e levantou-se pela manhã de madrugada, e edificou um altar
ao pé do monte e doze monumentos, segundo as doze tribos de Israel;
6 - E Moisés tomou a metade do sangue e
a pôs em bacias; e a outra metade do sangue espargiu sobre o altar.
7 - E tomou o livro do concerto e o leu
aos ouvidos do povo, e eles disseram: Tudo o que o SENHOR tem falado faremos e
obedeceremos.
8 - Então, tomou Moisés aquele sangue,
e o espargiu sobre o povo, e disse: Eis aqui o sangue do concerto que o SENHOR
tem feito convosco sobre todas estas palavras.
OBJETIVO
GERAL
Explicar o
processo de desenvolvimento da Lei de Deus.
OBJETIVOS
ESPECÍFICOS
Abaixo, os objetivos específicos referem-se aos
que o professor deve atingir em cada tópico. Por exemplo, o objetivo 1
refere-se ao tópico I com os seus respectivos sub tópicos.
I. Conhecer
como a Lei foi promulgada.
II. Afirmar a
autoria de Moisés.
III. Conceituar
“Concerto” ou “Aliança”.
IV. Classificar
os sacrifícios que foram estabelecidos com a Lei.
INTERAGINDO
COM O PROFESSOR
Caro professor, uma nova revista foi pensada, reformulada e elaborada
especialmente para você.
A equipe de Educação Cristã da CPAD tem o prazer de apresentar uma
revista com um formato novo a fim de estudarmos a Bíblia.
A revista Lições Bíblicas do professor, traz as seguintes seções como
novidades:
- o objetivo geral da lição;
- os específicos;
- o ponto central,
- e outros pontos específicos que
podem ser explorados por você de acordo com a realidade da sua classe.
A criatividade do professor e sua competência em sala de aula contarão
muito para o trimestre ser um sucesso.
Para conhecer o restante das seções da revista, solicite a cartilha do
novo currículo CPAD.
Ela pode ser encontrada nas livrarias CPAD, livrarias colaboradoras e
no site da Editora.
Desejamos um ótimo ano! Ótimo trimestre!
COMENTÁRIO
PONTO CENTRAL
Deus revelou a sua Lei aos homens através de
Moisés, o seu servo. Mas a revelação plena consiste em Cristo, o Filho de Deus.
INTRODUÇÃO
O tema do presente trimestre são os Dez Mandamentos, a base de toda a
legislação mosaica.
Aqui vamos iniciar com a solenidade da promulgação da lei, no Sinai, a
cerimônia do concerto que Deus fez com Israel.
O evento envolveu holocaustos e a leitura do livro da lei num ritual
com profundas implicações messiânicas.
I.
A PROMULGAÇÃO DA LEI
SUBSÍDIO DIDÁTICO
Professor, neste tópico consta a explicação do processo de promulgação
da Lei de Deus ao seu servo, Moisés.
As perguntas abaixo são pertinentes para ministrá-las na aula:
“Como a Lei surgiu?”;
“Quem a ditou?” e
“Quem a recebeu?”
Aqui, o autor propõe-se respondê-las.
Por isso, o desenvolvimento deste tópico será de grande importância
para o aluno conhecer a revelação da Lei a fim de que tenha o conhecimento
bíblico básico para acompanhar o desdobramento dos Dez Mandamentos ao longo da
revista.
Portanto, algumas questões são importantes, também, serem esclarecidas
para a classe:
“Em que livro do Pentateuco inicia a revelação da
Lei?”;
“Quem fazia a mediação entre Deus e o povo?”;
“Qual é o significado da palavra torah?”.
Sugerimos ao professor responder a essas perguntas de modo que os
alunos compreendam as informações básicas a respeito da Lei revelada no
Pentateuco.
Bons comentários bíblicos sobre o Pentateuco poderão auxiliá-lo.
1. A solenidade.
O ritual do concerto e da promulgação da lei no pé do monte Sinai aconteceu
cerca de três meses após a saída de Israel do Egito (Êx 19.1-3).
Os israelitas permaneceram ali durante um ano (Nm 10.11,12).
A revelação da lei começa aqui e vai até o livro de Levítico (Lv
27.34).
O livro de Números registra as jornadas de Israel no deserto, e
Deuteronômio é o discurso em que Moisés recapitula a lei e traz ao povo uma
reflexão sobre os acontecimentos no deserto desde a saída do Egito, exortando
Israel à fidelidade a Deus (Dt 1.3; 4.1).
2. A credibilidade de Moisés.
Diante de tudo o que aconteceu, quem poderia questionar a legitimidade
de Moisés como mediador entre Deus e o povo?
Quem podia duvidar da autenticidade e da autoridade da lei (Êx 20.22)?
Não seria exagero afirmar que Deus quis fortalecer a autoridade de Moisés
com aquelas manifestações sobrenaturais (Êx 19.9).
A manifestação visível do poder de Deus ao povo era uma prova
irrefutável de sua origem divina (Êx 20.18-22; 19.16-19).
As coisas de Deus são sempre às claras.
Uma das grandezas do cristianismo é que ele foi erigido sobre fatos.
Os evangelhos estão repletos dos milagres que Jesus operou diante do
povo (Jo 18.19-21).
3. A lei.
A lei de Moisés é o alicerce de toda a Bíblia, e os judeus a
consideram “a expressão máxima da vontade de Deus”.
O termo hebraico torah
aparece no Antigo Testamento como “instrução, ensino, lei, decreto, código
legal, norma”, e vem da raiz de um verbo que significa “instruir, ensinar”.
A Septuaginta emprega a palavra grega nomos, “lei, norma”, usada também no Novo Testamento.
Além de designar toda a legislação mosaica (Dt 1.5; 30.10) — o
Pentateuco (Lc 24.44; Jo 1.45) — indica também o Antigo Testamento (Jo
10.34,35; Rm 3.19; 1Co 14.21).
Segundo os antigos rabinos, a lei contém 613 preceitos contendo 248
mandamentos e 365 proibições.
SÍNTESE
DO TÓPICO (I)
A Lei foi entregue a Moisés no Monte Sinai. O legislador de Israel
cumpriu o papel de mediador entre a vontade de Deus e o povo de Israel.
II.
OS CÓDIGOS
SUBSÍDIO TEOLÓGICO
“O Pentateuco apresenta-se basicamente como obra de Moisés, um dos
primeiros e certamente o maior profeta do Antigo Testamento (Nm 12.6-8; Dt
34.10-12).
Deus comumente falava por Moisés de viva voz, como também fez mais
tarde com os profetas, mas a atividade de Moisés como escritor também é
mencionada muitas vezes (Êx 17.14; 24.4,7; 34.27, Nm 33.2; Dt 28.58,61;
29.20-27; 30.10; 31.9-13,19,22,24-26).
[...] A razão de Moisés e os profetas registrarem por escrito a
mensagem de Deus, não se contentando apenas em entregá-la oralmente, era que às
vezes a enviavam a outros lugares (Jr 29.1; 36.1-8; 51.60,61; 2Cr 21.12).
Mas, na maioria das vezes, era para preservá-la para o futuro, como um
memorial (Êx 17.14) ou uma testemunha (Dt 31.24-26), a fim de que ficasse escrita
para o tempo vindouro (Is 30.8).
A falibilidade da tradição oral era bem conhecida entre os escritores
do Antigo Testamento.
Temos uma lição prática disso quando da perda do Livro da Lei durante
os maus reinados de Manassés e Amom.
Quando foi redescoberto por Hilquias, seus ensinamentos causaram
grande choque, pois haviam sido esquecidos (2Rs 22-23; 2Cr 34).
Não podemos ter certeza de quanto tempo levou para que o Pentateuco
alcançasse a sua forma final.
Entretanto, vimos no caso do livro do concerto, cuja alusão reporta-se
a Êxodo 24, que foi possível um documento pequeno, como Êxodo 20-23, tornar-se
canônico antes que tivesse atingido o tamanho do livro do qual hoje faz parte.
O livro de Gênesis também incorpora documentos antigos (Gn 5.1).
Números inclui um trecho proveniente de uma antiga coleção de poemas
(Nm 21.14,15), e Deuteronômio já era considerado canônico mesmo no tempo em que
Moisés vivia (Dt 31.24-26), pois foi colocado ao lado da arca do concerto.
Contudo, a parte final de Deuteronômio foi escrita depois da morte de
Moisés” (COMFORT, Philip Wesley (Ed.). A
Origem da Bíblia. 1ª Edição. RJ: CPAD, 1998, pp.81-83).
1. Classificação.
Os críticos costumam fragmentar os escritos de Moisés.
Consideram a legislação mosaica uma coleção de diversos códigos
produzidos num longo lapso de tempo.
A classificação apresentada é a seguinte: os Dez Mandamentos encabeçam
a lista desses expositores (Êx 20.1-17; Dt 5.6-21).
Em seguida, há o que eles denominam Código da Aliança (Êx
20.22-23.33).
O que vem depois é o Código de Santidade (Lv 17-26).
O Código Sacerdotal é o restante do livro de Levítico e o Código
Deuteronômico (Dt 12-26).
2. O que há de concreto?
Estas seções ou códigos são realmente identificáveis no Pentateuco; no
entanto, é inaceitável a ideia de sua existência independente de cada um deles
na história.
O argumento dos críticos contraria todo o pensamento bíblico.
Não existem provas bíblicas nem extrabíblicas de qualquer código isolado
no Antigo Israel.
A Bíblia inteira atribui a autoria a Moisés, e o próprio Senhor Jesus
Cristo chamava o Pentateuco de “lei de Moisés” (Lc 24.44).
SÍNTESE
DO TÓPICO (II)
Embora os críticos bíblicos afirmem que os escritos atribuídos a
Moisés são fragmentados, a Bíblia inteira, bem como o testemunho de Jesus
Cristo, atribui a Moisés a autoria do Pentateuco (Lc 24.44).
III.
O CONCERTO
1. O que é um concerto?
O termo usado no Antigo Testamento para “concerto” é berit, “pacto, aliança”, que
literalmente indica obrigação entre pessoas como amigos, marido e mulher; entre
grupos de pessoas; ou entre divindade e indivíduo ou um povo. Sua etimologia é
incerta.
A Septuaginta emprega o termo grego diatheke, “pacto, aliança, testamento”, ou seja, a mesma palavra
usada por Jesus ao instituir a Ceia do Senhor.
O Antigo Testamento fala de três concertos: com Noé, com Abraão e com
Israel no monte Sinai (Gn 9.8-17; 15.18; Êx 24.8).
O Novo Testamento fala do novo concerto que o Senhor Jesus fez com
toda a humanidade (Mt 26.28; Hb 8.13).
2. Preparativos.
Até este ponto na história dos israelitas, Deus vinha agindo em
cumprimento às promessas feitas aos patriarcas Abraão, Isaque e Jacó (Gn 15.18;
17.19; Êx 2.24).
Essa promessa precisava ser levada avante.
Agora os filhos de Israel formavam um grande aglomerado de pessoas, e
essa multidão precisava ser organizada como nação e estabelecida uma forma de
governo com estatutos que constituíssem sua lei.
3. O concerto do Sinai.
O concerto do Sinai não era apenas a ratificação da promessa feita a
Abraão, mas sua aprovação oficial (Gn 15.18; Gl 3.17).
As duas partes envolvidas eram, de um lado, o grande Deus Jeová: “se diligentemente
ouvirdes a minha voz” (ÊX 19.5); e, de outro, Israel: “Tudo o que o
SENHOR tem falado faremos” (Êx 19.8).
O povo reafirma esse compromisso mais adiante (Êx 24.7).
Era um concerto temporal, local e nacional com mediador falível, ao
passo que o de Cristo tinha aplicação universal, foi em favor de toda a raça humana
e o Mediador era perfeito.
4. O livro do concerto.
Moisés “tomou
o livro do concerto e o leu aos ouvidos do povo” (24.7).
O concerto foi feito sob as palavras desse livro que continha os
mandamentos e os direitos e deveres para a vida de Israel (24.8).
Deus já havia mandado Moisés escrever os acontecimentos ocorridos até
a guerra dos amalequitas (Êx 17.14).
Mas aqui o texto se refere a uma coleção de ordenanças escritas pelo
próprio Moisés (24.4).
Segundo Umberto Cassuto, professor das universidades de Milão, Roma e
Jerusalém, esse livro continha Êxodo 19—20.19 e 20.22—23.33.
Nessa época, a revelação do Sinai ainda estava em andamento.
SÍNTESE
DO TÓPICO (III)
Enquanto o Antigo Testamento fala de três concertos — os de Noé,
Abraão e Israel — o Novo revela uma nova e suficiente aliança: Jesus Cristo se
fez homem.
IV.
O SACRIFÍCIO
1. Os holocaustos.
A solenidade foi celebrada com sacrifícios de animais (20.4).
O holocausto, olah, em
hebraico, significa “o que sobe”, pois a queima subia em forma de fumaça, como
cheiro suave diante de Deus.
Neste sacrifício, a vítima era completamente queimada como sinal de
consagração do ofertante a Deus.
A Septuaginta emprega holokautoma,
derivado de duas palavras gregas: hotos,
“inteiro, completo, total”, e kaustos,
“queima”.
Ou seja, uma oferta totalmente queimada, ou completamente queimada no
altar, era considerada o mais perfeito dos sacrifícios.
2. O sangue.
Deus mandou Moisés oferecer o sacrifício do concerto e aspergir o
sangue sobre o altar e o povo (24.6,8).
Todo o sistema sacrifical fundamenta-se na ideia de substituição, e
isso implica expiação, redenção, perdão e sacrifício vicário à base de sangue
(Lv 17.11).
O sangue aqui era o ponto de união entre Deus e seu povo; com ele,
Israel começava uma nova etapa em sua história (Sl 50.5).
O escritor aos Hebreus lembra que o concerto do Sinai foi celebrado
com sangue e faz uma analogia com a Nova Aliança, porque o Senhor Jesus a selou
com seu próprio sangue (Hb 9.18-22).
3. A aspersão.
Moisés colocou metade do sangue em bacias e aspergiu outra metade
sobre o altar (24.6).
O sangue das bacias foi aspergido sobre o povo, como recipiente das
bênçãos de Deus e parte do concerto.
O sangue do altar representa o próprio Deus, a outra parte da aliança,
visto que sem derramamento de sangue não há remissão (Hb 9.22).
Tudo isso era também um prenúncio da redenção em Cristo.
SÍNTESE
DO TÓPICO (IV)
Deus informou a Moisés, na Lei, a constituição de sacrifícios
santos: os holocaustos; derramamento de sangue; aspersão do sangue.
CONSIDERAÇÕES
FINAIS
A grandeza do acontecimento no Sinai mostra a natureza sem igual da
cerimônia, algo nunca visto.
Era a manifestação do próprio Deus de maneira explícita diante de todo
o povo.
O que devemos aprender é que a observância meramente exterior,
destituída de significado interior, não passa de simples cerimônia.
A riqueza espiritual e seu significado residem na figura do Filho de
Deus e no cumprimento do concerto em Cristo.
BIBLIOGRAFIA
COMFORT, Philip Wesley (Ed.). A Origem da Bíblia. 1ª Edição. RJ:
CPAD, 1998.
Revista Ensinador Cristão. CPAD, nº 61.
FONSECA, Alberto Alves da. O Povo de Israel – Uma Perspectiva
Bíblica e Histórica. SP: Clarim – Gráfica e Carimbos, 2008.
PARA
REFLETIR
Sobre a lei de Moisés e a lei de Cristo, responda:
Qual é a maior e a mais completa lei: a de Moisés ou a de Cristo?
Ouça as respostas dos alunos com atenção. Em seguida, explique que o
Senhor Jesus cumpriu toda a Lei, de modo que toda a moral contida no sistema
mosaico foi incorporada e restaurada sob a graça derramada por Jesus através do
sacrifício do Calvário. O mandamento de Cristo é a lei do amor, o mais
importante mandamento (Rm 13.10).
É correto anular a lei de Moisés em nome da Graça?
Embora a lei tenha a sua importância, servindo durante um longo tempo
como um “pedagogo” para o pecador, ela não tem mais domínio sobre nós. Isso não
quer dizer que a lei foi anulada, mas efetivamente cumprida por Jesus e, por
essa razão, vivemos debaixo da Graça (Gl 3.23-25).
O sistema de sacrifício judaico tem algum significado para os
cristãos?
Sim, mas se trata de um significado simbólico. Todo o sistema de
sacrifício do judaísmo fundamentava-se na ideia de substituição, expiação,
redenção, perdão e sacrifício à base de sangue. Todo esse sistema era como
sombra, porque Jesus Cristo selou uma nova aliança com a humanidade por meio do
seu sangue (Hb 9.18-22). Ele expiou todos os nossos pecados.
A quem devemos obedecer: a Moisés ou a Jesus?
Jesus é maior que Moisés. Logo, todo o ensino de Moisés, no Antigo
Testamento, deve ser compreendido à luz do Evangelho de Cristo (Hb 3.1-6).
Qual é o nosso maior modelo de vida?
Jesus Cristo (Fp 2.5-11).
SUBSÍDIOS
ENSINADOR CRISTÃO
Deus dá sua lei ao povo de Israel
Currículo novo, escola Dominical nova! É o que deseja o Departamento
de Educação Cristã neste Ano Novo de 2015. Desafios modernos exigem uma nova
maneira de se fazer a Educação Cristã em nossa nação. Precisamos pensar a fé de
forma a falar ao coração das pessoas, desde as mais simples às mais doutas. Não
é uma tarefa fácil, pois o currículo da CPAD atende ao Brasil inteiro, um país
continental. Por isso, temos diferentes realidades em nosso país: as do Sudeste
diferem das do Centro-Oeste; as do Nordeste, das do Norte etc. Assim vamos
proclamando e ensinando o Evangelho, confiando em Deus e em você, professor.
Sim, você é quem pode contextualizar o que não é possível fazê-lo. É o
professor quem conhece o aluno, cada pessoa, cada vida, cada família. É você,
professor, quem pode fazer as lições da CPAD, principalmente a Bíblia, fazerem
sentido para as pessoas, desde ribeirinhas às grandes metrópoles. Muito nos
honra chegar ao querido professor!
Sobre a lição
A primeira lição do novo currículo estuda “Os Dez Mandamentos”. Num
tempo marcado pelas tentativas de desconstrução da herança civilizatória
ocidental (Jerusalém, Atenas e Roma) — isto é, as contribuições das culturas
judaica (noções morais), grega (a filosofia, a política e a literatura) e
romana (do direito e das instituições) —, torna-se imperioso iniciarmos este
novo ano estudando as leis divinas.
O que os Dez Mandamentos têm a nos dizer hoje? Uma pergunta honesta
que o professor deve fazer. Os princípios descritos ali são tão atuais como os
eram outrora? Quando lemos os Dez Mandamentos, quase sempre, não paramos para
refletir no contexto de libertação em que o povo judeu estava situado.
Geralmente olhamos para os mandamentos como “leis fixas ou regras duras” e não
damo-nos conta de que a existência deste código divino tinha o objetivo de
garantir a liberdade recém-conquistada pelos israelitas.
Há pouco, o povo judeu fora liberto da opressão dos egípcios. Os
israelitas sofreram as influências da cultura, da religião, da filosofia de
vida egípcia, etc. Não há como ficar incólume sob 430 anos de influência em uma
cultura majoritária como a do Egito Antigo. Por isso, a providência divina foi
a de estabelecer princípios divinos e de vida para os judeus a fim de que o
processo de libertação do povo não fosse em vão. Voltar ao “espírito” do Egito,
em pleno deserto, seria a sombra que os hebreus conviveriam por 40 longos anos.
Mas, Deus estava disposto a libertá-los para sempre dessa sombra.
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